13 Princípios

Aviso importante sobre a transliteração das palavras em hebraico 

Os Rabinos portugueses de centenas de anos atrás usaram a letra “H” para a transliteração da letra “ח” em Hebraico que equivale a dois erres “rr” em português

Na transliteração do hebraico nessa página vamos usar a letra “h” com um apóstrofo ( ‘ ) como dois erres (rr) assim: ‘h

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Os Treze Princípios da Fé Judaica do Rambam, Rabi Moshe ben Maimon

Os treze princípios da fé judaica com a nossa querida Morá Rifka no YouTube

O primeiro princípio da fé judaica é:

Crer com plena fé que D’us é o Criador de todas as criaturas e as dirige. Só Ele fez, faz e fará tudo.

Diferente dos povos do mundo que comparam a criação Divina com a obra de um artista que depois de pintar um quadro sua obra de arte continuaria existindo estando seu criador vivo ou não, muito diferente disso é a realidade da criação Divina

D’us recria o mundo do nada a cada instante continuamente dirigindo-o de acordo com o seu referencial, e é isso que diz o Rambam com as palavras “Só Ele fez faz e fará”

Ou seja, a criação do mundo não foi uma ação que aconteceu a quase seis milênios atrás mas é algo que acontece continuamente a cada instante.

D’us recria tudo a cada instante de acordo com a sua vontade. Ou seja, dirige o mundo.

Sobre como D’us dirige o mundo vemos na Torá muitos exemplos.

Um exemplo interessante é o que aconteceu quando Yossef foi nomeado Vice rei do Egito e tornou o Egito o país mais rico e forte do mundo, uma superpotência mundial

Era de se esperar de uma maneira natural que os egípcios nos vissem como o povo que lhes trouxe a prosperidade .

Mas o que aconteceu na prática?

Eles disseram que somos como espinhos aos seus olhos, nos escravizaram , jogaram nossas crianças recém nascidas no rio Nilo , nos fizeram construir Pitom e Ramses e nos deram trabalhos forçados, o oposto do que deveria acontecer de maneira natural

Na décima praga, quando na casa de cada egípcio havia pelo menos um filho morto por causa de nós, era de se esperar que os egípcios não quisessem mais nos ver.

Mas, ao contrário do que aconteceria de maneira natural D’us despertou no coração deles uma enorme simpatia pelo nosso povo e eles nos deram  jóias, roupas caríssimas e etc com muita alegria, novamente o oposto do que deveria acontecer de maneira natural

Daqui vemos que há uma interação Divina não só no mundo em geral mas também nos pensamentos e sentimentos das pessoas, D’us dirige o mundo a cada instante!

O grande cabalista, o Ari Za”l explica por que isso aconteceu dessa maneira

As almas judias que desceram para o Egito eram a reencarnação de três gerações . A geração que por meio de seus atos causou o diluvio, a geração que construiu a torre de babel para mostrar que não há D-us no mundo e a geração de Sodoma e Gomorra.

As crianças que nasceram e foram jogadas no rio eram a reencarnação da geração que causou o diluvio , os que tiveram que construir Pitom e Ramses eram a reencarnação dos que tinham construído a torre de Bavel, os que fizeram todos os trabalhos forçados eram a reencarnação da geração de Sodoma e Gomorra

D’us colocou na cabeça dos egípcios esses pensamentos por causa da correção necessária pendente nessas almas, quando essas almas foram purificadas D’us despertou nos egípcios uma enorme simpatia por nós

Conclusão: D’us dirige o mundo de acordo com a sua vontade

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O segundo princípio da fé judaica é:

Crer com plena fé que o Criador é Único. Não há unicidade igual à d’Ele. Só ele é nosso D’us; Ele sempre existiu, existe e existirá.

O segundo princípio consiste em ser o Criador “Único” e não existir unicidade igual à dele. Só ele é nosso D’us; Ele sempre existiu, existe e existirá;

Quando falamos sobre Único, infinito , em primeiro lugar queremos dizer que tudo faz parte dele,

Não estamos dizendo apenas que D’us está em todo lugar, mas estamos dizendo que todo lugar é D’us, e a diferença entre um lugar e outro é o nível de revelação Divina que se encontra nele

Porque se dissermos que D’us não está no lugar impuro estaremos dizendo que existem duas entidades, uma que só se encontra em lugares puros e a outra é o próprio lugar impuro que será uma entidade por si só, e isso não é possível porque D’us é único e infinito

O Baal HaTanya, Rabi Shneior Zalman, comparou a existência do mundo em relação a D’us como um raio de sol em relação ao próprio sol.

Quando o sol está oculto esse raio de sol é visível, mas no próprio sol ele é irrelevante.

Assim é o nosso mundo. Em relação a nós , a revelação Divina está oculta e estamos vendo o mundo como uma entidade separada de D’us, ou seja, o brilho do sol quando o sol está oculto.

Mas em relação a D’us somos como o brilho do sol dentro do próprio sol.

Por isso, diz o Rambam que D’us sempre existiu, existe e existirá, ele é igual antes da criação do mundo e depois da criação do mundo como se nós nunca tivéssemos existido.

Quando o Rambam diz que não há unicidade igual a unicidade de D’us, se refere a isso.

Ou seja , relativo a nós , o mundo é uma entidade separada do Criador, mas na verdade tudo é irrelevante em relação a D’us que é o referencial correto.

Pela lei judaica não podemos pensar em D’us em determinados lugares como no banheiro, por exemplo. O motivo é ligado aos níveis de revelação Divina que são ocultos para nós.

A revelação Divina no lugar impuro está tão oculta que lá é proibido até pensar em D’us, e no lugar puro ela é menos oculta e lá devemos pensar em D’us.

Um exemplo da limitação do entendimento humano em relação às revelação Divina vemos na Guemará:

Certa vez um romano perguntou à Raban Gamaliel:

:- Vocês dizem que quando dez judeus se reúnem, D’us se revela lá! Em muitos lugares vemos dez judeus se reunirem , então , quantos deuses vocês tem?

Raban Gamliel estava acompanhando do seu “Shamash” (a tradução disso hoje seria faxineiro) e, se espantando com a ignorância da pergunta, a dirigiu ao faxineiro perguntando

:-Tinha sol na sua casa hoje?

:-Sim, respondeu o faxineiro

:- Tinha sol na casa do romano hoje? Perguntou Raban Gamliel

– Sim, respondeu o faxineiro

Então, concluiu Raban Gamliel :- Se até o sol que é um entre dezenas de milhares de criações Divinas pode estar em muitos lugares ao mesmo tempo, quanto mais o próprio Criador!

O Rebe sempre frisou que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem e essa ocultação foi feita para que pudéssemos superá-la e chegar a um nível infinitamente superior ao nível anterior a ela.

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O Terceiro Princípio da fé judaica é:

Crer com plena fé que o Criador não é corpo. Conceitos físicos não se aplicam a Ele. Não há nada que se assemelhe a Ele.

A desmaterialização dos conceitos:

Falar com um ser humano sobre o que é um “mundo da Yetzirá” (o Baixo Paraíso) ou um “Mundo da Briá” (o Alto Paraíso) e quais revelações Divinas temos nessas grandes alturas espirituais é como por exemplo descrever para um cego que nasceu cego e só vê escuridão tudo o que você viu nas suas ultimas férias , paisagens maravilhosas que ele não tem como imaginar.

Você vai contando para ele e no pensamento dele “preto mais preto é igual a preto” “escuro mais escuro é igual a escuro” e por fim ele te diz que já conseguiu imaginar tudo o que você contou.

Você responde :- Querido, você não tem culpa, mas se você conseguiu imaginar saiba que não é isso!

Simplesmente você pode ouvir mas não pode imaginar, tudo que você vai imaginar vai ser “preto mais preto é igual a preto, uma grande escuridão!”

Assim funciona o nosso pensamento , ” matéria mais matéria é igual a matéria ” e novamente “matéria mais matéria é igual a matéria” e você acha que já sabe tudo!

Ou seja , espiritualmente falando “preto mais preto é igual a preto” se conseguimos com nosso pensamento imaginar o espiritual uma coisa já podemos ter certeza :- Que não era isso!!!

Ou seja, o espiritual é tão bom, tão melhor , que não temos os sentidos para imaginá-lo .

Então simplesmente temos que saber que O Criador não é corpo. Conceitos físicos não se aplicam a Ele. Não há nada que se assemelhe a Ele;

Nosso principal problema é que desde pequenos damos forma ao que ouvimos (e sendo que são formas materiais consequentemente são erradas) e o nosso trabalho Divino principal é eliminar essas materializações dos assuntos espirituais e cada vez novamente nos conscientizar de que O Criador não é corpo. Conceitos físicos não se aplicam a Ele. Não há nada que se assemelhe a Ele !!

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 O quarto princípio da fé judaica é:

Crer com plena fé que o Criador é o primeiro e o último

O Zohar explica que isso se refere a união de dois nomes de D’us.

Hashem, nos referimos assim ao Nome de quatro letras e Elokim.
O Nome Elokim no seu valor numérico forma a palavra “natureza ” , para se referir a ele (de acordo com o exemplo que usamos chamando a Revelação Divina de “Luz Infinita”) é usado o nome de “Brilho” que representa um nível baixo de luz.

Esse nome representa o “Brilho” da Luz Divina que está por trás do fato dos mundos serem aparentemente separados de D’us.

Mesmo assim esse “Brilho Divino” é totalmente unido ao Nome que indica a “Revelação Divina Sobrenatural ” , o Nome de quatro letras , esse é o segredo das palavras ” Eu sou o Primeiro e eu sou o Último”

O Zohar explica esses dois níveis básicos de Revelação Divina, o Nome de quatro letras se refere a um nível altíssimo de revelação Divina denominado “Sovev Col Almin” , “Envolve todos os mundos”

Essa revelação é tão elevada que não pode se revelar dentro dos mundos para que eles não desapareçam mas “ilumina os mundos” de maneira oculta .

O nome Elokim se refere a um nível mais baixo de revelação Divina chamado de “Memale Col Almin,” , “Preenche todos os mundos”, que por ser uma revelação Divina menos elevada pode “iluminar” de uma maneira revelada dentro dos mundos sem que eles desapareçam , dando a eles um aspecto de “como se fossem” coisas naturais.

A isso se referem as palavras Divinas “Eu Sou o Primeiro (Envolve todos os mundos) e Eu Sou o Último (Preenche todos os mundos) querendo dizer que também a “Vitalidade” que D’us ilumina de uma maneira revelada por causa das ocultações pela qual passou e portanto é chamada de “Preenche todos os mundos” não tem um aspecto de separação e existência própria mas ela é somente um nível da própria revelação Divina

Portanto o nível Sobrenatural chamado de “Envolve todos os mundos” também é o “Preenche todos os mundos” e isso é representado pela frase “Eu Sou o Primeiro e Eu Sou O Último.

Aos nossos olhos existe a natureza mas para Hashem tudo sempre foi uma coisa só, como no exemplo dos raios do sol que em relação a nós eles são luz mas no próprio sol eles são irrelevantes.

Para nós tudo existe, mas em relação a Revelação Divina representada pelo nome de quatro letras fazemos parte de Hashem como a luz do sol no próprio sol que é totalmente anulada em relação ao sol.

Vemos na Torá um exemplo interessante sobre esses diferentes níveis de revelação . Quando D’us pediu para Moshe ir ao Egito tirar o povo de Israel da escravidão Moshe perguntou

:-Se eles me perguntarem qual é o seu Nome o que eu digo para eles ? D-eus falou para ele dizer o Nome de quatro letras.

Mesmo que aparentemente uma pessoa naquela situação não se importaria tanto com esses detalhes e o importante seria sair da escravidão .

Quando Moshe disse ao Faraó que Hashem pediu para mandar o povo para o deserto o Faraó respondeu :-Não conheço Hashem (Nome de D-eus de quatro letras)

O Faraó sabia muito bem quem era o D’us dos Hebreus porque no passado quando Yossef disse à ele “Elokim” vai revelar os sonhos do Faraó , ele não disse que não conhecia esse D’us.

A intenção do Faraó era dizer que ele conhecia D’us na revelação de “Elokim” a “Natureza” , “D’us ajuda a quem se ajuda” um D’us que ajuda a quem faz tudo de uma maneira natural, ara a terra, planta, colhe .

Mas um D’us que ajuda de uma maneira Sobrenatural, leva um povo inteiro para um lugar que não tem água nem comida, um D’us que faz a comida cair do céu e se a pessoa ara a terra só atrapalha porque a comida cai no buraco, um D’us em um aspecto Sobrenatural que faz as roupas crescerem junto com o corpo e uma coluna de fogo iluminar o caminho para o povo, isso o Faraó não conhecia !

E por isso também era importante para o nosso povo saber com que Nome D’us iria se revelar para eles.

Se fosse com o nome de Elokim já não iria adiantar porque ele sabiam que somente conseguiriam sair de lá por meio da Revelação Divina Sobrenatural.

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O quinto princípio da fé judaica é:

Crer com plena fé que somente para Hashem (D’us) devemos rezar, enaltecer, publicar a sua grandeza e servir e não devemos rezar para nada a não ser para Hashem 

O Rambam nos explica que não devemos rezar para nada fora Hashem sendo que tudo está abaixo dele. Até mesmo as criaturas espirituais como os Anjos, ou aqueles níveis espirituais que estão ligados ao universo, às estrelas e aos elementos que o compõe, pelo fato de que todos estão subjugados à Hashem.

A Mitzvá da Tefilá

De acordo com a Torá, a Mitzvá da Tefilá consiste em pedir para Hashem o que você precisa na hora que você precisa. Por exemplo: em uma hora de perigo, um dos 613 mandamentos da Torá é de rezar e pedir para Hashem nos salvar do perigo, e isso é um dos princípios da nossa fé.

O motivo desse princípio é de que por meio disso a pessoa vai saber, entender, e também se conscientizar de que Hashem sozinho dirige o mundo e toma conta de cada detalhe de cada uma das criaturas, e que somente Hashem tem a possibilidade de nos salvar, como escreveu o Rambam nesse nosso quinto dos treze princípios da fé Judaica.

O fato de cada um de nós ser obrigado a cumprir o mandamento Divino da Tefilá  por meio de pedir para Hashem o que precisamos na hora que precisamos, nos mostra que a Mitzvá da Tefilá não é direcionada especificamente à pessoas próximas de Hashem como Tzadikim mas sim à cada um de nós.

Quando precisamos de alguma coisa é uma Mitzvat Assé, Mandamento “Faça”, fazer nossos pedidos para Hashem. Por esse motivo, mesmo estando as mulheres liberadas de cumprir os mandamentos “faça” que tem um tempo determinado, as mulheres também são obrigadas a rezar, sendo que pela Torá o mandamento da reza não tem um tempo determinado.

Às vezes nosso pedido será aceito e nosso desejo realizado, e às vezes, para nosso próprio benefício material ou espiritual, nosso pedido não é aceito, mas como vimos anteriormente nunca podemos pensar isso na hora do pedido.

Isso se compara a alguém que manda seu pedido a um rei. Qualquer pessoa pode mandar para o rei um pedido, e mesmo sendo a pessoa mais distante dele, pode ser que o rei vai atender à seus pedidos porque condiz à natureza boa e piedosa do rei atender especificamente aos mais humildes e etc…

O fato de a pessoa estar mais próxima ou mais distante do rei só vai fazer diferença em relação à pedidos sobre assuntos públicos e de grande importância para o povo, mas em assuntos de necessidades particulares não faz diferença se a pessoa está mais próxima ou mais distante.

Dessa mesma maneira Hashem se relaciona às rezas que rezamos e aos pedidos que fazemos para Ele porque explicitamente Ele atende às rezas de cada pessoa e esse é o mandamento da reza pela Torá.

Nossos Profetas e Sábios no exílio da Babilônia viram que estávamos esquecendo o que precisamos e diminuindo a frequência em que deveríamos pedir, e fizeram para nós a Tefilá de 18 Brachot conhecida como “Shmone Esrei” ou Amidá como hoje se encontra no Sidur.

Os Sábios da Mishná conhecidos como Tanaim e os Sábios da Guemará conhecidos como Amoraim acrescentaram mais algumas rezas, seguidos pelos Sábios das gerações posteriores, até chegarmos ao Sidur que temos hoje.

Conclusão: Capriche nas rezas e não economize nos seus pedidos, você só tem a ganhar!

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O sexto princípio da fé judaica é:

Crer com plena fé que todas as palavras dos profetas são autênticas

Existem diferentes níveis de revelação profética. Essa passagem aparece em uma linguagem exclusiva que é explicada pelo Zohar e pela Guemará:

A profecia não é somente uma informação Divina, mas ela tem que se incorporar ao mundo causando uma transformação nele.

Para ela descer ao mundo e acontecer por meio dela um vínculo entre o mundo espiritual e o mundo material, ou seja, para que ela aconteça, ela tem que ser incorporada pelo profeta, e por meio dele ela se incorpora ao mundo.

A revelação e incorporação da profecia para Moshe Rabeinu é direta, como alguém que olha por uma janela de vidro transparente e vê claramente o que há do outro lado, uma profecia clara e objetiva, na linguagem dos nossos Sábios: “Aspaklaria Meirá” .

A tradução literal desse termo técnico da antiguidade é: “vidro (speculo em latim) que ilumina”, ou seja, uma janela de vidro transparente.

A revelação da profecia para todos os outros profetas é oculta e indireta, um nível mais baixo, levando em consideração a capacidade do profeta de incorporá-la.

Ela acontece por meio de visões e sonhos, por meio de exemplos e enigmas, como alguém que olha para um espelho que reflete a imagem e não está vendo ela diretamente, mas sim um reflexo dela que tem que ser decifrado.

Na linguagem dos nossos Sábios: “Aspaklaria Sheeina Meirá”. Um vidro que não ilumina, ou seja, uma janela de vidro que não é transparente e somente reflete as imagens.

Dentro desse contexto existem alguns critérios, como nos explica o Zohar a seguir:

A Revelação Divina só acontece em um lugar adequado, em um ambiente adequado e sobre uma pessoa adequada para recebê-la, e de acordo com o nível que o profeta pode incorporar.

Por esse motivo, por exemplo, o profeta Yoná tentou fugir para um lugar inadequado para que a profecia de Nínive não acontecesse por meio dele.

Avraham Avinu, nosso primeiro patriarca, era a pessoa adequada no lugar adequado, mas Lot estava morando ao lado dele e se comportando como os habitantes de Sodoma, fazendo com que o ambiente ficasse inadequado.

Hashem se revelou para Avraham naquele mesmo lugar somente depois que Lot saiu de lá e foi morar definitivamente em Sodoma, e assim o ambiente de Avraham voltou a ser adequado. Mas mesmo assim a profecia era somente no nível que ele tinha a capacidade de incorporar.

Yaakov Avinu, nosso terceiro patriarca, teve uma revelação profética quando fugiu de Essav. Essa revelação foi por meio de um sonho que é o nível mais baixo de recebimento de uma profecia.

Diz o Zohar que o motivo disso foi o fato de Yaakov ainda não estar casado, e mesmo estando em Beit E-l , lugar adequado, ainda não era a pessoa totalmente adequada por estar solteiro.

Depois que ele se casou em Haran, teve novamente uma revelação profética por meio de sonho, aí ele já era a pessoa adequada, mas o lugar, Haran na Síria, não era adequado, e por isso o nível da profecia foi o mais baixo.

Quando ele voltou já casado para a “Terra Santa”, a revelação profética aconteceu para ele estando acordado mas por meio de uma “visão”, ainda não era o nível de Moshe que via a profecia claramente.

E mesmo assim, diz o Zohar que esse nível só foi alcançado porque seu pai Itzhak já havia falecido, mais um critério na profecia.

Ou seja, enquanto um profeta está no mais alto nível possível na sua época, outro profeta não tem como atingir esse nível. Mesmo assim a profecia dele ainda estava no nível dos patriarcas, não tinha chegado ao nível de Moshe.

Diz o Zohar que Moshe teve o maior de todos os níveis de profecia. Ele incorporava a revelação profética para trazê-la ao mundo diretamente, em pé e com toda a sua força e energia, e via a revelação claramente.

Diferente dos outros profetas que na hora de incorporar a profecia caíam sobre suas faces, enfraqueciam, e não tinham a capacidade de incorporar a profecia claramente.

E qual era o motivo dessa fraqueza? Diz o Zohar que era pelo fato de o “anjo de Essav” ter ferido a perna de Yaakov e Yaakov ter saído mancando desse acontecimento.

Espiritualmente o anjo ”sugou” a força das pernas de Yaakov causando com que depois disso nenhum profeta conseguisse incorporar (trazer para esse mundo) a profecia do que Hashem vai fazer para os “Bnei Essav”.

De acordo com Don Itzhak Abarbanel, os “Bnei Essav” são os povos da Europa e suas ramificações coloniais.

Nenhum profeta conseguiu incorporar a profecia do final dos Bnei Essav com exceção do profeta Ovadiahu (Abadias) , proveniente de Edom que eram os descendentes diretos de Essav, por isso, sobre ele o assunto espiritual do anjo de Essav não recaiu.

Ele pôde incorporar claramente a profecia do fim de Essav e não enfraqueceu, e nenhum outro profeta pôde incorporar isso.

Moshe é a exceção de todas essas regras por estar em um nível tão alto que poderia incorporar claramente qualquer revelação sem enfraquecer.

Diz o Zohar que Moshe recebia a profecia em um nível de Sefirat HaTiferet de Atzilut , nível espiritual que nenhum profeta teve acesso

Diz o Ari Zal que o Mashiach vai ser a reencarnação de Moshe Rabeinu e vai revelar para todos nós as maravilhas ocultas da Torá.

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O sétimo princípio da fé judaica é:

Crer com plena fé que a profecia de Moshê Rabênu é verdadeira. Ele foi o mais importante de todos os profetas, antes e depois dele;

Moshe Rabeinu era uma Alma do mundo de “Atzilut” , ou seja, também quando ele estava aqui nesse mundo ele estava no nível de mundo de “Atzilut”

Como nos explica o Rambam sobre a supremacia da profecia de Moshe Rabeinu em relação à profecia de todos os outros profetas.

Todos os outros profetas tinham que se “desmaterializar” na hora da sua profecia, sendo que seu corpo material atrapalhava nessa hora, mas Moshe Rabeinu não precisava se “desmaterializar” na hora da profecia, porque não só que o seu corpo material não atrapalhava a revelação Divina que acontecia nele, mas ao contrário, o seu corpo era o receptáculo para a revelação Divina, Hashem (D’us) falava por meio da garganta material de Moshê

E esse também é o motivo da diferença entre a profecia de todos os profetas e a profecia de Moshe Rabeinu

Todos os profetas profetizaram com “Assim” (Assim disse D’us) que é o nível dos mundos de Briá, Yetzirá e Assiá, mas Moshe profetizou com “Esse” (Esse é o meu D’us….)

E portanto, quando Moshê falou dos céus, estava se referindo ao mundo de “Atzilut”, e por isso usou a palavra Haazinu, uma linguagem de proximidade, e quando ele falou da terra estava se referindo aos mundos de “Briá”, “Yetzirá” e “Assiá, e por isso ele usou a palavra “Vatishmá”, uma linguagem de distância

Mas Yeshaiahu, sendo que a profecia dele se enquadra na categoria dos outros profetas, mesmo que ele viu uma revelação espiritual imensa descrita como a “Merkavá” ( A Carruagem), ele viu somente a ” Merkavá” do mundo da Briá, e por isso sobre os “céus”, ou seja, o mundo de Atzilut, ele usou a palavra “shim’u”, uma linguagem de distância, e sobre a “terra” (Briá Yetzirá e Assiá) uma linguagem de proximidade.

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O oitavo princípio da fé judaica é:

Crer com plena fé que toda a Torá que se encontra em nosso poder foi dada a Moshê Rabênu

O Sefer Torá, o livro da profecia de Moshe Rabeinu, foi escrito quarenta anos depois da entrega da Torá e repassado de mestre para aluno de geração em geração sem nenhuma interrupção.

Quarenta anos depois da entrega da Torá, Moshe escreveu em setenta línguas diferentes o Sefer Torá que Hashem pediu para ele escrever.

Assim começa a categoria da nossa Torá conhecida como Torá escrita, começando pelo Sefer Torá que é dividido em cinco livros traduzido como pentateuco.

A categoria da Torá chamada de “Torá Escrita” é composta por 24 livros e dividida em três categorias:

1- “Torá”, que também serve como nome genérico para qualquer livro judaico mas que nesse caso está falando especificamente sobre o pentateuco.

2- Neviim, que são os livros dos profetas que sucederam Moshe Rabeinu que foi o maior de todos os profetas.

3- Ketuvim, escrituras sagradas.

Essas três categorias da Torá escrita juntas são chamadas de TaNa’H que são as iniciais das palavras Torá, Neviim e Ketuvim. O TaNa’H é composto de 24 livros.

Como vimos anteriormente, os primeiros desses 24 livros, o Pentateuco, foram escritos somente quarenta anos após a entrega da Torá, e todos os outros livros da Torá escrita foram

escritos depois disso.

Torá Oral

Certa vez uma pessoa que não era judeu perguntou ao grande Sábio Hilel :- Quantas Torot (plural de Torá) vocês tem? :- Duas, respondeu Hilel, a Torá escrita e a Torá oral.

Ouvindo isso a pessoa declarou :- Na Torá escrita eu acredito, mas na oral não. Eu quero me converter ao judaísmo na condição de que você só me ensine a Torá escrita.

Hilel concordou. Hilel começou a ensinar ele a ler a Torá. Mostrou para ele a letra Alef e explicou oralmente que o nome dela é  Alef. Mostrou a letra Beit e explicou que o nome dela é Beit. O mesmo fez com a letra guimel e a letra dalet .

Na outra aula Hilel mostrou para ele a letra Alef e disse que isso é o Dalet. O aluno se espantou e disse :- Mas ontem você não me explicou assim! Você confiou no que eu te expliquei oralmente ontem? Disse Hilel, então confie em mim também em relação à Torá oral!

Sendo que quando D’us deu à Moshe a Torá escrita, a explicou oralmente e detalhadamente para Moshe, que a ensinou oralmente para o povo de Israel, e assim a Torá chegou até nós desde o começo!

Ou seja, sem a Torá oral não saberíamos nem ler e nem entender a Torá escrita

Quando D’us nos deu a Torá, elas eram duas desde o começo. Uma escrita e uma oral. Moisés ,o maior de todos os profetas escreveu a Torá escrita e explicou oralmente como colocar ela na prática. Ou seja, de que forma cumprir o que está escrito. Em outras palavras, o “como cumprir” a Mitzvá é chamado de Torá oral.

A Torá escrita começa com Moshe, o maior de todos os profetas, e continuou sendo escrita posteriormente por profetas menores até o exílio da Babilônia que aconteceu depois da destruição do primeiro Templo de Jerusalém.

Os últimos profetas viveram no exílio da babilônia, continuando até a época em que o império persa dominava o mundo e o segundo Templo foi construído.

Depois dos persas veio o império grego e depois o império romano. Na época dos gregos e romanos não tínhamos mais profetas, e portanto não tivemos mais Torá escrita.

A Torá escrita terminou de ser escrita nos exílios da Babilônia e Pérsia completando 24 livros. Posteriormente a Torá oral que desde o começo era repassada oralmente, também foi escrita. Incluindo a Torá oculta conhecida como Kabalah.

A Torá oral continua sendo escrita a cada geração sendo que surgem novas situações que precisam ser esclarecidas, comparadas às anteriores, diagnosticadas e classificadas. As pessoas também ficaram mais frágeis, consequentemente necessitando de explicações mais detalhadas.

As explicações dos Sábios de cada geração de como cumprir a Torá da maneira correta naquela geração também é chamada de Torá oral. Em resumo, o que chamamos de TORÁ inclui Torá oral e escrita .

A Torá escrita é composta de 24 livros e a oral hoje já chega à dezenas de milhares de volumes (dos quais mais de 63.000 livros sem direitos autorais  já estão disponíveis no site Hebrew books

http://www.hebrewbooks.org

 

O nono princípio da fé judaica é: Crer com plena fé que esta Torá não será alterada e que nunca haverá outra dada pelo Criador;

A tradução da Torá para setenta idiomas

“E foi no quadragésimo ano, no décimo primeiro mês, no primeiro dia do mês, começou Moshe a explicar esta Torá dizendo…” (Devarim 1/5).Dizem nossos Sábios, como traz Rashi, que esse versículo está nos ensinando que Moshê explicou a Torá em setenta línguas diferentes.

Porque Moshê precisaria explicar a Torá em setenta idiomas?

Rabi Moshe bem Nachman, o Ramban, nos ensinou que a Torá, as Profecias e todas as Escrituras Sagradas foram ditas na “Língua Santa” que é o idioma Divino no qual D’us falou com Moshe e com os Profetas.

Sendo que a Torá é a “Torá de Hashem”, Hashem “nos deu Sua Torá “, aparentemente o estudo da Torá deveria ser somente na “língua Divina”, a “Língua Santa”.

A definição de Torá “escrita” é : Nenhuma letra a menos e nenhuma letra a mais, mas exatamente como foi dada por D’us, e por esse motivo a leitura do Sefer Torá na sinagoga é considerado estudo e temos que dizer uma Brachá com nome de Hashem mesmo que o Judeu que está dizendo a Bênção não entende o que está lendo, e muitas vezes não entende nem a tradução da Benção.

Talvez por isso poderíamos dizer que a leitura da Torá escrita em qualquer ocasião só poderia ser feita na “língua Santa”, idioma no qual ela foi dada por D’us !

E não somente isso, mas até em relação às explicações da Torá, chamadas de “Torá Oral”, mesmo que aparentemente dependem somente do nosso entendimento, e se não entendemos a Torá Oral não cumprimos a Mitzvá de estudá-la, mesmo assim a Halachá é que “pensamento não é fala” e para cumprir a Mitzvá devemos falar a Torá Oral.

E novamente poderíamos pensar que só poderíamos cumprir essa Mitzvá falando a Torá Oral na “língua Santa”.

E algumas leis que recaem sobre “falar” palavras de Torá são vigentes também em relação a Torá Oral como a proibição de falar palavras da Torá sem roupas e também o fato de não podermos fazer uma Bênção sobre a Torá que vamos pensar mas somente sobre a que vamos falar.

Ainda mais, sendo que a “Torá Oral” também é de D’us, poderíamos dizer que a classificação de “Estudo de Torá” só recaísse sobre a Torá Oral quando fosse dita na língua falada por D’us, na língua Santa.

Essa foi a ação de Moshe Rabeinu na nossa Parashá. Por meio de ele ter explicado a Torá em setenta línguas, a partir daí recai o nome “Torá” sobre assuntos de Torá estudados pelo povo de Israel em outras línguas, mesmo não sendo essa a língua que D’us deu a Torá.

Fazendo com que recaia sobre ela a classificação de “Torá” a tal ponto que quando falamos assuntos de Torá em outras línguas estamos falando verdadeiras “Palavras da Torá” e se torna proibido falarmos elas antes de dizer a “Bênção da Torá”, e nem precisamos dizer que é proibido falar assuntos de Torá em qualquer idioma se não estivermos vestidos.

A iniciativa que teve Moshe na nossa Parashá foi incentivada pela própria Torá que usa algumas palavras nas línguas dos outros povos, como por exemplo “Yegar Sahaduta” , “Totafot” e etc.

O Midrash Tan’huma nos conta que até a primeira palavra dos Dez Mandamentos, Ano’hi (Eu) que engloba todos os mandamentos positivos da Torá é uma palavra retirada da língua egípcia antiga

O motivo que essas palavras fazem parte da Torá que é toda de Hashem é para que recaia a santidade da Torá sobre essas palavras e por meio disso as línguas dos povos se tornam refinadas para que se possa “repassar” a Torá por meio delas.

Isso acontece nos idiomas atuais também. O que a Torá fez em curta escala somente indicando que isso é possível, e Moshe Rabeinu fez em larga escala , traduzindo toda a Torá para setenta línguas, aparentemente foi uma dica para a nossa situação atual.

Surgiram novas línguas, todas derivadas daquelas setenta, e nós somos os que estão refinando esses novos idiomas quando repassamos a Torá por meio deles.

Na torre de Bavel aconteceu um milagre que deu origem a setenta línguas, e delas saíram todos os idiomas que existem hoje. Sabemos que a “Língua Santa” , que por meio dela D’us criou o mundo, foi falada por Adam e Havá (Adão e Eva) e continuou sendo falada por pessoas de cada geração também depois da torre de Bavel.

A maior prova disso é que o Povo de Israel que desceu para o Egito não mudou a sua língua que era a mesma desde a criação do mundo.

O Tossfot Yom Tov nos conta que o Hebraico antigo que foi a primeira língua existente no mundo deu origem ao aramaico, e o aramaico ao árabe.

Poderíamos pensar, será que o aramaico, sendo que é um derivado da “Língua Santa” já vem com a santidade do”Idioma Divino”?

A Torá nos dá a dica: Está escrito: “Yaakov chamou aquele lugar de “Gal Ed” e Lavan de “Yegar Sahaduta” ou seja, tanto os idiomas derivados da “Língua Santa” quanto os derivados das outras línguas são o idioma de “Lavan o Arameu” e precisam ser refinados pela Torá !

O motivo que isso teve que ser feito especificamente por Moshe Rabeinu é porque todos os assuntos da Torá foram dados para o povo de Israel por meio de Moshe , “Moshe recebeu a Torá no Sinai”, a tal ponto que disseram nossos Sábios :-“Tudo que um aluno experiente vai inovar já foi dado para Moshe no Sinai”

Por isso também que o fato de os assuntos de Torá ditos nas setenta línguas também serem chamados de “Torá” teria que ser revelado pelo próprio Moshe Rabeinu.

Porque Moshe pediu para o povo de Israel escrever a Torá nas pedras em setenta línguas?

Fora o fato de Moshe ter explicado oralmente a Torá em setenta línguas, Moshe e os anciãos de Israel pediram ao povo que no dia em que atravessassem o rio Jordão erguessem pedras grandes e escrevessem nelas todas as palavras desta Torá nessas setenta línguas, cada uma nas suas letras como nos contou o grande Tzadik Rabi Moshe bem Maimon, o Rambam, que a Torá foi escrita naquelas pedras com as letras de cada idioma.

Vemos aqui que Moshe Rabeinu conseguiu fazer com que não haja diferença entre traduzir a Torá oralmente para as setenta línguas e escrever ela em setenta línguas, nos dois casos ela se tornou considerada “Torá” com toda a devida santidade relacionada a ela.

Por esse motivo Moshe também teve que traduzir oralmente a Torá e também pedir para que ela fosse escrita na escrita de cada povo.

Duas obras distintas, uma para que recaia a santidade da Torá sobre a língua dos povos e a outra para que essa santidade recaia também sobre a escrita dos povos.

Ou seja, para que os livros com assuntos de Torá escritos nas letras dos setenta idiomas também sejam chamados de Livros Sagrados, “Sifrei Kodesh”, e devam ser cuidados com o mesmo respeito que damos aos livros escritos na “Língua Santa

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O décimo princípio da fé judaica é:

Crer com plena fé que o Criador conhece todos os atos e pensamentos do ser humano

Diz o Baal Shem Tov que a Divina providência não recai somente à assuntos globais, mas Hashem se relaciona à menor coisa do mundo da mesma maneira que se relaciona à maior coisa do mundo.

E não só à menor coisa como também a menor das menores, porque o menor detalhe completa a mais suprema perfeição da intenção Divina.

Hashem mesmo sendo o Todo Poderoso está cuidando de cada detalhe de uma criança pequena nesse mundo e até de coisas ainda menores como uma folhinha que cai de uma árvore, a Divina Providência está acompanhando ela e determinado quantas voltas ela vai dar, e se vai ser por meio do vento ou de outra forma.

Temos a obrigação de confiar em D’us Porque se não confiamos em D’eus , automaticamente estaremos confiando em outra coisa, e quem confia em outra coisa a não ser D’us está abrindo mão da Divina Providência e caindo nas mãos daquilo em que confiou.

Quem acha que não precisa da ajuda Divina por ser muito inteligente e esperto e ter muita força e dedicação , precisa se lembrar de que se D’eus não desse à ele constantemente inteligência, esperteza, saúde e dedicação ele estaria fraco, intelectualmente e fisicamente, e também deixaria escapar grandes oportunidades por não percebê-las a tempo.

Quem confia na própria riqueza tem que se lembrar que sem a proteção Divina essa riqueza poderia ser tirada dele e dada a outros, ou poderia continuar com ele sem que tivesse proveito e ainda fosse obrigado a protegê-la e aumentá-la até que ela chegar ao destino certo. Ou, no pior dos casos, essa riqueza poderia se tornar o motivo da sua desgraça ou da sua morte.

Quem confia em D’eus vive sempre tranquilo , não fica dependente das pessoas e não tem nada acima de si a não ser D’eus.

Quem confia em D’eus sempre terá como manter sua família , porque D’eus vai fazer com que ele descubra sempre um meio para isso sendo que nenhum meio está oculto para ele em nenhum lugar e em nenhuma época .

Quem confia em D’eus não fica preocupado com coisas que possam acontecer mas sabe que só vão acontecer para ele coisas boas ou que pelo menos sejam para o seu bem . Recebe todos os acontecimentos com alegria e trabalha sempre com muita calma e tranquilidade .

Quem confia em D’eus sabe que D’eus sempre vai dar à ele tudo o que precisar quando precisar e no lugar que precisar , da mesma maneira que D’eus cuidou dele quando ainda estava no ventre da sua mãe, da mesma maneira que D’eus sustenta as aves no céu e os peixes na água e até as criaturas tão pequenininhas e fraquinhas

Quem confia em D’eus sempre vai ser querido por todos, até os animais vegetais e minerais querem o seu bem.

Quem confia em D’eus está confiante que não vai ficar doente, e se isso acontecer pelo menos vai ser uma refinação para a sua alma no lugar de alguma coisa pior .

Quem confia em D’eus não vai passar necessidades em nenhuma época durante todos os dias da sua vida.

Quem confia em D’eus vai estar sempre seguro no seu país e tranquilo no seu lugar, só terá que mudar dele por motivo Divino.

Quem confia em D’eus vai ser acompanhado pela recompensa da sua confiança neste mundo e no próximo !!!

O décimo primeiro princípio da fé judaica é:

Crer com plena fé que o Criador recompensa aqueles que cumprem Seus preceitos e pune quem os transgride

O pagamento pelo que fizemos de bom neste mundo não está explícito na Torá porque o bem é eterno, e portanto a recompensa por ele, não só que também é eterna, mas mais do que isso, ela também é imensamente maior do que o bem que fizemos

Por isso não tem como recebermos essa recompensa no nosso mundo material do jeito que ele é hoje. Primeiro recebemos um Gan Éden HaTahton (Baixo Paraíso) onde uma hora lá equivale a setenta anos dos maiores prazeres aqui nesse mundo, e de lá vamos para o Gan Éden HaElion onde uma hora lá equivale a setenta anos no Gan Éden HaTahton

E quando acontecer o décimo terceiro dos treze princípios da fé judaica e os mortos ressuscitarem, o lado espiritual deste nosso mundo material vai se revelar e ultrapassar de longe a intensidade dos prazeres dos mundos espirituais, e consequentemente todos que estão no Gan Éden vão querer ressuscitar para usufruir da revelação do “Keter” que vai acontecer aqui embaixo

Ao contrário disso, a regra da Torá em relação ao castigo do tribunal Divino que recebemos por termos feito algo proibido é limitada ao nível máximo de acontecer para nós somente exatamente o que fizemos de mal, e nunca jamais mais do que isso

Como diz a Torá de maneira figurativa “olho por olho e dente por dente”. Ou seja, não podemos receber um castigo que ultrapasse em um único milímetro o mal que fizemos

Ou seja, ao contrário da regra Divina em relação à recompensa pelas coisas boas que fazemos, o castigo pelas coisas ruins que fizemos pode ser sempre menor do que o que fizemos, mas nunca maior

De vez em quando pensamos :-“E se acontecer alguma coisa errada? Nessa hora devemos nos lembrar que a única coisa errada que aconteceu foi o fato de pensarmos assim!

Ou seja, esse tipo de pensamento foi a coisa errada! Esse pensamento é um desperdício de ânimo e esforço. Devemos nos lembrar que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e com certeza D’us vai fazer com que tudo dê certo mesmo que o ser humano não imagina como isso vai acontecer.

Isso não vai contra o décimo primeiro princípio da nossa fé que “o Criador recompensa aqueles que cumprem Seus preceitos e dá uma retificação para quem os transgride”, porque quando temos a segurança de que Hashem vai nos ajudar, essa segurança já é um bom motivo para recebermos essa ajuda.

D’us está nos recompensando por essa Mitzvá do “Bitahon” que consiste, não em acreditar que tudo o que D’us faz é para o nosso bem (Emuná), mas sim que D’us vai fazer para nós o que é bom aos nossos olhos de maneira revelada (Bitahon)!

Expressamos nossa confiança em D’us por meio da nossa alegria e tranquilidade por pior que seja a situação

Alegria é energia! Quando estamos alegres, expressamos por meio disso nossa confiança em D’us. Alegria em situações preocupantes demonstram que confiamos em D’us e por isso não nos preocupamos com nada e estamos com fé total que tudo vai dar certo.

A atitude de estarmos alegres e confiar em D’us tem a força de mudar a realidade e fazer com que as coisas ruins desapareçam e o bem oculto no mundo se revele. Sendo assim temos que estar alegres e tranquilos o dia inteiro!

Cada um de nós, (tanto homens quanto mulheres) tem que se lembrar que D’us, bendito seja, não só dirige o grande mundo, mas dirige sem dúvida alguma também o pequeno mundo de cada um e um de nós.

E da mesma maneira que ele dirige o universo de acordo com o que ele vê que é bom para o universo, assim dessa mesma maneira ele dirige o nosso mundinho particular de acordo com o que ele está vendo que é bom para nós . Temos que confiar nele que com certeza ele dirige o nosso mundo pequeno de um jeito bom.

Uma mãe não esquece o seu nenê no supermercado, D’us nunca se esquece de nós. D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, por isso podemos começar o dia confiantes de que tudo vai dar certo,

Confiar no Criador e Administrador do mundo, que toma conta de cada um de nós particularmente e que não existe um lugar aonde ele não se encontra.

E como exemplo nos perguntamos:- Será que podemos ficar tristes quando estamos na presença de um grande e bom Rei, um Rei cheio de bondade verdadeira? Claro que nesse caso não temos mais com o que nos preocupar e do que teríamos que ter medo se estamos na sala do Rei.

O exemplo está claro, e principalmente pelo fato de não ser um exemplo mas sim uma verdadeira realidade, e muito mais do que no exemplo, infinitamente maior e maior, acima e acima disso.

Uma mãe não esquece o seu nenê no supermercado, quanto mais D’us não nos esquece por aí mas está cuidando de nós a cada instante

O décimo segundo princípio da fé judaica é:

Crer com plena fé na vinda do Mashia’h. Mesmo que demore, esperarei por sua vinda a cada dia

Esse princípio consiste em que, no fim do “Galut” que é o nosso exílio entre os povos do mundo, um descendente direto do rei David que está dentro dos seguintes critérios

1- Se iguala ao rei David no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot que são os Mandamentos Divinos

2- Constrói o Beit Hamikdash que é o Templo Sagrado de Jerusalém, no lugar sagrado chamado o “Monte do Templo” onde hoje se encontra o Kotel

3- Ele vence as guerras contra os povos do mundo que se opõem à Gueulá

4- Ele traz todos os judeus de volta para Israel.

Fazendo isso ele se torna o Mashia’h que em hebraico quer dizer simplesmente o “rei ungido”.

Sendo que ele é um descendente direto do rei David o qual foi ungido rei de Israel pelo profeta Samuel ele não precisa de uma segunda unção para ser o rei de Israel, mas se torna o rei de Israel automaticamente

Daqui aprendemos que a solução para o fim do problema do exílio judaico e do mundo de um modo geral não é um presidente eleito mas sim o Mashia’h.

Na época da Guemará, há quase dois mil anos atrás, os alunos dos grandes Sábios que estavam dentro desses critérios

Ou seja, eram descendentes do rei David e se igualavam a ele nos estudos da Torá e no cumprimento das Mitzvót

Diziam que o Rebe deles era o Mashia’h, como vemos na Guemará em Sanhedrin.

Com isso queriam dizer que caso acontecesse a Gueulá na época deles, o candidato mais adequado para ser o Mashia’h seria aquele Sábio.

Na nossa geração o Rebe de Lubavitch foi apontado como candidato a Mashia’h, dentro desses critérios dos antigos Sábios da Guemará.

Quando acontecer a Gueulá, o Beit Hamikdash for reconstruído em Jerusalém e as guerras vencidas, o candidato a Mashia’h se torna o Mashia’h na prática.

Antes disso, os alunos do Rabi Hanina na Guemará ou os alunos do Rabi Inon puderam dizer que o Rebe deles era o Mashia’h dentro dessa intenção, e isso não consistiu em um problema de lei judaica.

O mesmo se aplica hoje à quem aponta o Rebe de Lubavitch como candidato a Mashia’h da nossa geração.

A Guemará em Sanhedrin também diz que o fato de o Mashia’h ser dos vivos ou dos mortos não é relevante nesse caso

Contanto que a Gueulá aconteça na geração dele e ele cumpra esses quatro critérios

Ou seja, construir o Beit Hamikdash, vençer as guerras e trazer o nosso povo de volta para a terra prometida, passando depois junto com todo o povo de Israel para a etapa na qual os mortos vão ressuscitar e a vida será eterna.

Os romanos antigos copiaram esse aspecto da religião judaica e o aplicaram  inadequadamente ao J.C. que:

1- Não era um descendente do rei David

2- Não cumpriu a Torá e as Mitzvot como o rei David,

3- Na época dele o Beit Hamikdash foi destruído

4- As guerras perdidas

5- Nosso povo se espalhou para fora de Israel pelo mundo inteiro

Ou seja, ele não teve qualquer relação ou comparação com o princípio judaico da vinda do Mashia’h e com o fato de os alunos dos Sábios de Israel dizerem que o Rebe deles era o Mashia’h

Em resumo, dizer que o Rebe é Mashia’h não é contra a lei judaica sendo que a intenção é de apontá-lo como candidato aos grandes milagres da Gueulá que estão para acontecer.

Por que Rabi Akiva acreditou que o Bar Ko’hva era o Mashia’h?

O Rei David não pôde construir o Beit Hamikdash porque teve que guerrear para salvar o nosso povo dos seus inimigos.

Mesmo que aquelas guerras foram uma grande Mitzvá, um Mandamento Divino de salvar o nosso povo dos seus inimigos,  mesmo assim, ele não pôde construir o Beit Hamikdash, o Templo Sagrado de Jerusalém por ter matado nossos inimigos

Seu filho, o Rei Salomão, que nunca participou de uma guerra, recebeu a ordem Divina de construir o Beit Hamikdash.

Quando falamos sobre Mashia’h vemos também uma alusão à uma guerra chamada de Gog Umagog.

Se o Mashia’h participar da guerra, ele não poderá construir o Beit Hamikdash

Por isso existe uma referência à um “pré Mashia’h” chamado de  Mashia’h Ben Yossef” que faz as guerras e falece depois de vencê-las.

Sendo que a regra é que uma profecia negativa não é obrigada a acontecer, o Mashia’h Ben Yossef não é obrigado a existir.

Rabi Akiva achou que Bar Co’hva poderia ser esse Mashia’h Ben Yossef, sendo que ele começou a fazer as guerras.

Quando ele perdeu as guerras, Rabi Akiva viu que ele não era o Mashia’h Ben Yossef.

A Guemará nos traz um caso em que a Gueulá quase aconteceu sem precisar de Mashia’h ben Yossef.

Esse é o caso do Rei da Judéia, Hizkiahu, que venceu o Rei da Assíria San’herib sem precisar sair da própria cama.

O Anjo Gabriel se revelou para o exército dos Assírios, e todos eles faleceram com exceção de cinco.

A Guemará diz que dessa maneira, Hizkiahu que era um descendente do rei David poderia ser diretamente o Mashia’h Ben David, e Sanherib Gog e Magog, caso tivessem tido o mérito de a Gueulá acontecer na época dele.

Nesse caso não teria havido a necessidade de Mashia’h ben Yossef.

O décimo terceiro princípio da fé judaica é:

Crer com plena fé na Ressurreição dos Mortos que ocorrerá quando for do agrado do Criador.

A fusão do mundo de cima com o mundo de baixo

Diz o Zohar que antes da entrega da Torá, a Kedushá (Santidade) do mundo de cima não descia para o mundo de baixo, o espiritual não se unia ao material.

O dia da entrega da Torá foi o dia da fusão do mundo de cima com o mundo de baixo.

A revelação Divina baixou ao nível do nosso mundo material e a partir desse acontecimento, quando cumprimos um Mandamento Divino por meio de um objeto material, este objeto recebe a Kedushá do mundo de cima.

A partir do Matan Torá, o lugar onde estudamos Torá recebe Kedushá. Por isso, diz a Guemará, no futuro próximo quando o nosso terceiro e eterno Beit Hamikdash (Templo Sagrado de Jerusalém) descer pronto do mundo de cima, todas as Sinagogas (em hebraico Beit Haknesset) e Centros de Estudos de Torá (em hebraico Beit Hamidrash) que já existiram durante toda a nossa história vão “ressuscitar” milagrosamente e se unir ao Beit Hamikdash, se tornando uma extensão dele.

E assim o Beit Hamikdash vai se espalhar por toda a cidade de Yerushaláim (Jerusalém) e Yerushaláim por toda a Terra Santa.

A partir da entrega da Torá nosso mundo se tornou o lugar principal da Presença Divina, e a partir de lá começamos a trazer a Kedushá para a matéria construindo aqui no nosso mundo material o futuro Paraíso Espiritual, fazendo com que o mundo material se torne o receptáculo do mundo Superior

Baixo Paraíso”, “Alto Paraíso” e o “Mundo da Ressurreição”

Uma hora no baixo Paraíso (mundo da Yetzirá) equivale à setenta anos dos maiores prazeres nesse mundo. Uma hora no alto Paraíso (mundo da Briá) equivale à setenta anos no Baixo Paraíso. Por meio da entrega da Torá começamos a trazer para esse mundo um nível superior ao alto Paraíso.

No futuro, quando esse nível superior se revelar, nosso mundo se tornará mais alto Paraíso do que o próprio alto paraíso, a ponto de todos os Tzadikim que estão por próprio mérito no alto Paraíso quererem ressuscitar aqui no nosso mundo material.

E isso só se tornou possível por meio da entrega da Torá no Monte Sinai. A partir daquele dia, por meio do estudo da Torá e do cumprimento dos Mandamentos Divinos, trazemos as “Luzes de Tohu” para os “Receptáculos de Tikun” e construímos aqui o Paraíso do futuro, o objetivo da criação, o último dos 13 princípios da fé Judaica enumerados pelo Rambam.

Por isso está escrito que no dia da entrega da Torá o povo “viu” as vozes, viu a revelação de todos os mundos superiores, e por isso, quando ouviram o primeiro Mandamento Divino as Almas saíram dos corpos em vista ao que se revelou à eles naquela ocasião.

No segundo Mandamento aconteceu o mesmo. O povo viu o fenômeno de o mundo de baixo e o mundo de cima se tornarem uma coisa só, mas não aguentaram essa revelação, e por isso pediram para Moshe, e não Hashem, repassar para eles os oito Mandamentos restantes.

No futuro a revelação Divina vai ser muito maior do que o que foi revelado na entrega da Torá, e isso no mérito do Trabalho Divino que fizemos durante esses mais de 3.300 anos desde a entrega da Torá.

Na ressurreição vamos usufruir dessa revelação a ponto de todos os Tzadikim que estão no alto Paraíso quererem ressuscitar.

Porque no mérito dessa grande abertura que foi a entrega da Torá, nosso mundo material chegará ao nível da revelação do Keter chamado de mundo da “Ytkássia”, o mundo oculto acima de Atzilut.

O mundo de Atzilut é a raiz da nossa Alma Divina, da nossa identidade própria, e no futuro vamos chegar à um nível muito superior à ele, tudo isso no mérito da entrega da Torá no Monte Sinai

 

O Rambam 

O Rambam, Rabi Moshê ben Maimon , também conhecido como Maimônides (1135-1204) autor do livro “Mishnê Torá” que é considerada até hoje como a mais conceituada e completa codificação da lei judaica, nos ensinou que a Torá é uma unidade, uma só essência, e quando uma pessoa nega qualquer preceito ou conceito da Torá (talvez até por falta de conhecimento) é como se ele estivesse negando a Torá inteira.

Se uma pessoa desconhece algum princípio da Torá, ele é simplesmente considerado ignorante. Mas se alguém é ignorante em um dos Treze Princípios de Fé Judaica do Rambam, então ele deixou de conhecer o que é Judaísmo.

Ao formular os Treze Princípios de Fé Judaica o Rambam percorreu toda a literatura judaica sagrada, estabelecendo os principais pontos de afirmação e crença no D’us único e em Sua revelação a Moshê, o líder de nosso povo.

​​https://rabinogloiber.com/13-principios/

 

13 Princípios

שלשה עשר עיקרים:

 

(א) שֶׁהַקָּדוֹשׁ בָּרוּךְ הוּא נִמְצָא וּמַשְׁגִּיחַ

Creio com plena fé que Hashem (D-us) é o Criador de todas as criaturas e as dirige. Só Ele fez, faz e fará tudo.

 

(ב) וְהוּא אֶחָד

2. Creio com plena fé que o Hashem (D-us) é Único. Não há unicidade igual à d’Ele. Só ele é nosso D-us; Ele sempre existiu, existe e existirá.

 

(ג) וְאֵין לוֹ גּוּף וְאֵין לוֹ דְּמוּת הַגּוּף

3. Creio com plena fé que o Hashem ( D-us) não é corpo. Conceitos físicos não se aplicam a Ele. Não há nada que se assemelhe a Ele.

 

(ד) וְהוּא קַדְמוֹן לְכָל קְדוּמִים

4. Creio com plena fé que o Hashem (D-us) é o primeiro e o último.

 

(ה) וְאֵין עֲבוֹדָה לְזוּלָתוֹ

5. Creio com plena fé que é adequado rezar somente a Hashem ( D-us) Não se dever rezar para ninguém ou nada mais.

 

(ו) וְיוֹדֵעַ מַחְשְׁבוֹת בְּנֵי אָדָם

6. Creio com plena fé que todas as palavras dos profetas são autênticas.

 

(ז) וְשֶהַנְּבוּאָה אֱמֶת

7. Creio com plena fé que a profecia de Moshê Rebênu é verdadeira. Ele foi o mais importante de todos os profetas, antes e depois dele.

 

(ח) וְשֶׁמֹּשֶׁה רַבֵּינוּ עָלָיו הַשָּׁלוֹם הוּא אֲדוֹן לְכָל הַנְּבִיאִים

8. Creio com plena fé que toda a Torá que se encontra em nosso poder foi dada a Moshê Rebênu.

 

(ט) וְשֶׁהַתּוֹרָה כֻלָּהּ נְתוּנָה מִן הַשָּׁמַיִם,

9. Creio com plena fé que esta Torá não será alterada e que nunca haverá outra dada por Hashem D-us

 

(י) וְשֶׁלֹּא תִּשְׁתַּנֶּה בְּשׁוּם זְמַן חַס וְשָׁלוֹם

10. Creio com plena fé que Hashem D-us conhece todos os atos e pensamentos do ser humano.

 

(יא) וְשֶׁהַקָּדוֹשׁ בָּרוּךְ הוּא מַעֲנִישׁ לָרְשָׁעִים וּמְשַׁלֵּם שָׂכָר טוֹב לַצַּדִּיקִים

11. Creio com plena fé que Hashem D-us recompensa aqueles que cumprem Seus preceitos e pune quem os transgride.

 

(יב) וְשֶׁיָּבוֹא מֶלֶךְ הַמָּשִׁיחַ,

12. Creio com plena fé na vinda de Mashiach. Mesmo que demore, esperarei por sua vinda a cada dia.

 

(יג) וְשֶׁהַמֵּתִים עֲתִידִים לִחְיוֹת

13.Creio com plena fé na Ressurreição dos Mortos que ocorrerá quando for do agrado do Hashem D-us.

🌻🌻🌻

 

Rabino Gloiber – Sempre rezando por você

 

https://www.youtube.com/c/Gloiber18

לא תם ולא נשלם

11 Comments

  • Posted julho 2, 2013 8:01 am
    by
    mami

    Lindas palavras tenho muito orgulho de ser sua esposa e admiro sua integridade e inteligência

  • Posted maio 25, 2014 12:15 am
    by
    stely ramler

    Parabéns Rabino,essa é nossa fé,mas é muito bom ler .

  • Posted fevereiro 1, 2015 1:15 pm
    by
    Weslei Rodrigues

    Muito Obrigado Rabino!

  • Posted dezembro 23, 2015 9:09 am
    by
    Vicente Mourão Landim

    Maravilhoso. Obrigado por estas palavras…

  • Posted maio 1, 2017 7:41 am
    by
    Shneur Zalman

    Muito bom! Bem que explicado!

  • Posted abril 6, 2021 12:21 am
    by
    Claudia Cortez de Oliveira

    Maravilhoso! todah rabah!

  • Posted outubro 27, 2021 2:04 am
    by
    Glaucia Amaral

    Muito obrigado Rabino🌻 suas aulas clareiam nosso caminho⭐⭐🌻🌻🌻

    • Posted dezembro 26, 2021 1:51 am
      by
      Marcelo Alves de Brito Simões

      Obrigado pela atenção! Quero muito estudar sobre a Torá e sobre o verdadeiro D’us!

  • Posted janeiro 20, 2022 10:21 am
    by
    Anderson Gonçalves

    Obrigado Rabino, ótimo texto.

  • Posted janeiro 22, 2022 5:48 pm
    by
    Jorge Antônio

    Nossa gostei e tenho certeza que essas palavras foram celadas por D-us

  • Posted julho 21, 2022 6:44 pm
    by
    Eugênio lacerda

    Grato.
    Suas aula e escritos são valorosos é muito importantes para irmos além da leitura simples.
    🖖🏾

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