Aviso importante sobre a transliteração das palavras em hebraico 

Os Rabinos portugueses de centenas de anos atrás usaram a letra “H” para a transliteração da letra “ח” em Hebraico que equivale a dois erres “rr” em português

Na transliteração do hebraico nessa página vamos usar a letra “h” com um apóstrofo ( ‘ ) como dois erres (rr) assim ‘h

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Não só de pão a pessoa vai viver, mas de toda palavra Divina 

Porque precisamos comer Kasher?

 

Somos um conjunto de uma Alma espiritual eterna dentro de um corpo material.

Tudo nesse mundo tem corpo e Alma, e quando comemos alguma coisa estamos unindo o lado espiritual do que comemos à nossa Alma.

De maneira geral quando um animal morre, mesmo sendo ele um animal que pela Torá é considerado puro, paira sobre ele um espírito impuro como consequência de sua morte.

Se comermos esse animal, essa vitalidade impura vai nos puxar espiritualmente para baixo.

Mas quando um animal considerado puro pela Torá passa por um abate Kasher, paira sobre ele uma vitalidade espiritual pura que temos a capacidade de elevar, e por isso é permitido para nós comermos esse animal.

Isso não é somente para o nosso bem, mas também para o bem do animal.

Porque dessa maneira elevamos sua vitalidade, elevamos sua alma animal para um nível mais elevado dentro da sua própria fonte, o que ele não teria a possibilidade de fazer sozinho.

Essa é a principal diferença entre uma comida Kasher e uma que não é Kasher. E isso acontece mesmo se a pessoa não está consciente do que está comendo.

Por isso temos que verificar sempre se o que estamos comendo é Kasher!

 

Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra Divina….

 

“Explica o Ari ZaL que a vitalidade da Alma não vem por meio da comida que comemos mas sim por meio da palavra Divina que se encontra nela que é o lado espiritual dos alimentos

Porque o lado espiritual dos alimentos é chamado de de palavra Divina?

Diz o Ari ZaL que isso é uma referência às Bênçãos que fazemos antes de comer, indicando que por meio dessas Bençãos nos conectamos ao lado Divino desses alimentos.

A BraHá, a Benção que fazemos antes e depois de comer, eleva o lado “Alma” dos alimentos que são pequenas revelações Divinas chamadas de “Centelhas Divinas”.

Essas “Centelhas Divinas” caíram nesse mundo por meio do fenômeno cabalístico conhecido como “a quebra dos receptáculos”, e se misturaram com o lado espiritual negativo do mundo.

Por meio da BraHá refinamos essas pequenas revelações Divinas tirando elas das impurezas espirituais do nosso mundo.

Delas nossa Neshamá, nossa alma Divina, recebe sua vitalidade e esse é o “alimento da Alma”.

Conclusão:

Quer que a sua Alma vibre cheia de energia positiva? Capriche nas BraHot!

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O que significa a palavra Kasher?

 

A palavra hebraica kasher que também pode aparecer escrita como “kosher” ou “casher” significa “apropriada” e pode ser utilizada em variadas situações.

Quando é usada para a comida, significa que esse alimento é permitido pela Torá, é permitido para nós comermos essa comida.

Para que a palavra Kasher tenha uma validade ela precisa aparecer junto com o nome de quem está atestando que esse produto é Kasher.

Ou seja, o Rabino que está se responsabilizando por esse produto e atestando que esse produto foi verificado por ele e constatado que é Kasher, deve colocar esse produto na lista de produtos verificados por ele.

Isso no caso de o produto necessitar da verificação do rabino como produtos industrializados que não temos acesso a todos os ingredientes que se encontram nele e não sabemos se as máquinas usadas para fazer esses produtos não estão sendo usadas para fazer produtos não kasher também.

Mas produtos que você pode verificar pessoalmente como cereais, frutas e verduras que só foram descascados e embalados, como no caso do arroz, ou somente embalados como no caso do feijão, é o suficiente verificar se não há neles bichinhos.

Produtos industrializados que foram verificados pelos rabinos de S.Paulo se encontram nos sites:

BDK – http://www.bdk.com.br

BKA – http://www.bka.com.br

 

Como saber se um produto é Kasher 

BESSARÍ, HALAVÍ, E PÁRVE 

 

Leite e derivados de leite são judaicamente chamados de “comida de leite”, em hebraico HALAVÍ חֲלָבִי

Carne e derivados de carne são judaicamente chamados de “comida de carne”, em hebraico BESSARÍ בְּשָׂרִי 

Alimentos que não são nem derivados de carne e nem derivados de leite são judaicamente chamados de “PARVEפַּרְוֶה que é uma palavra em Yidish usada especificamente para esse fim.

Quando o processo de industrialização de um produto Parve acontece em equipamentos usados para laticínios, ou quando são utilizados aditivos que são derivados de leite, ele perde sua condição de Parve e se torna uma “comida de leite”

O mesmo acontece para o produto parve que foi processado em equipamentos que foram usados para carne ou receberam aditivos derivados de carne.

Carne com leite, curto circuito espiritual 

 

O principio básico da cozinha kasher é nunca misturar carne e leite em uma mesma refeição. Também não podemos misturar derivados de carne com derivados de leite, em uma mesma refeição.

As louças e utensílios utilizados para as “comidas de carne” não podem ser utilizadas para “comidas de leite” e as louças e utensílios utilizados para comidas de leite não podem ser utilizadas para comidas de carne.

Devemos ter uma toalha para comidas de carne e uma para comidas de leite a não ser que a toalha tenha sido lavada entre a refeição de carne e a refeição de leite.

 

O Zohar nos conta que quando misturamos carne com leite causamos um “curto circuito espiritual”.

A carne recebe sua vitalidade da Sefirá chamada de Guevura que é a fonte do fogo da rigidez, a fonte da severidade. A Guevura é representada pela cor vermelha que é a cor da carne.

O leite recebe sua vitalidade da Sefirá chamada de Hessed que é a fonte da água, a fonte da bondade. A Hessed é representada pela cor branca que é a cor do leite.

Misturando carne com leite aqui neste mundo causamos essa mistura nas energias dessas Sefirót que se repelem causando aqui nesse mundo a mistura da vida com a morte, do lado bom com o lado ruim.

Por isso, diz o Zohar, esse é o motivo espiritual que está por trás do Mandamento da Torá que determina que é proibido cozinhar carne com leite.

 

Intervalo entre leite e carne 

O Shul’han Aru’H diz que depois de comer queijo, leite ou derivados de leite, é permitido de acordo com a lei Judaica comer carne e derivados de carne imediatamente na condição de que você lave as mãos bem lavadas dos vestígios das comidas de leite, coma alguma coisa como por exemplo um pedaço de pão, e beba alguma coisa como por exemplo água ou qualquer líquido que não contenha leite.

Mas de acordo com o Zohar devemos primeiro fazer a benção final das comidas ou bebidas de leite que comemos ou bebemos, e esperar uma hora depois disso para comer comidas de carne, e assim costumamos .

 

Queijo Minas, queijo prato, mussarela, ricota, cream cheese 

 

Queijo Minas, queijo prato, mussarela, ricota, cream cheese que foram fabricados em um processo comum e rápido são considerados como beber leite em relação ao intervalo de uma hora que esperamos entre comidas de leite e comidas de carne

 

Queijo seis meses maturado com sabor intenso e textura firme como o Parmiggiano

O Shul’Han Aru’H diz que quando comemos um queijo duro, de textura firme, que passou por seis meses de maturação e seu gosto é muito forte, devemos fazer um intervalo de seis horas antes de comer derivados de carne, da mesma maneira que esperamos seis horas depois de termos comido carne para comer novamente  laticínios.

Se você está em dúvida em relação à um queijo e acredita que ele tenha passado por seis meses de cura e que o gosto dele é intenso e a textura firme, ou talvez ele não seja tudo o que aparenta ser, mas é um queijo comum com adição de corantes e aromatizantes que dão à ele uma aparência do que ele na verdade não é, pergunte ao Rabino que dá a supervisão de kashrut àquele queijo e ele vai te dizer certinho se o sabor e a textura desse queijo são verdadeiros ou artificiais.

 

KASHER” E KASHER LEPESSACH”

HAMETZ E MATZÁ

Durante os oito dias da festa de Pessa’H não podemos nem comer e nem possuir nenhum tipo de “Hametz”.

hamêts é qualquer comida ou bebida feita à base de trigo, centeio, cevada, aveia, espelta, ou de seus derivados fermentados, mesmo que em quantidade mínima.

A única exceção para o uso desses cereais em Pessah é a Matzá, que é o pão não fermentado porque foram tomadas precauções especiais para assá-la em 18 minutos. Ou seja, antes que pudesse fermentar

Muitos produtos industrializados chegam à nós com o selinho “Kosher” muitas vezes impresso na própria embalagem. Isso quer dizer somente que eles são Kasher quase o ano inteiro….. mas isso ainda não quer dizer que esses produtos são Kasher para Pessa’h, mas ao contrário, eles podem conter Hametz e derivados de Hametz.

Em Pessah temos que comer Matzá, mas não qualquer Matzá, porque se não foram tomados cuidados estritamente minuciosos na fabricação da Matzá para evitar o início do processo de fermentação ela também é considerada hamêts. Por isso a Matzá que comemos em Pessa’h tem que ser uma Matzá “Kasher LePessa’h”

Para um alimento industrializado poder ser consumido em Pessah ele deve ser Kasher para Pessah e deve ter um selinho de “Kasher LePessah” ou constar em uma lista de produtos liberados para Pessah.

Então vamos evitar nesses oito dias qualquer produto industrializado e fazer o nosso Pessa’h o mais natural possível!

Vamos comprar para Pessah carnes, aves, peixes, todas as frutas e todos os vegetais.

Se você é um judeu de origem européia, o costume dos Ashkenazim é de não comer milho, feijões, ervilhas, arroz e outros grãos sendo que eles eram transportados nos mesmos sacos usados para transportar o trigo e se misturavam.

Sendo assim os judeus europeus assumiram esse rigor de não comer grãos em Pessa’h, mesmo eles não sendo Hametz.

 

 CARNE KASHER 

É permitido comer carne de animais ruminantes e com o casco fendido, como gado bovino e carneiros. Mas esses animais devem ter sido abatidos de acordo com as normas da kashrut

Abate Kasher 

É proibido comer a carne de um animal que não foi abatido por um Shohet.

Sendo que a Shehitá, o abate Kasher é um derivado da Zevihá que é o abate dos animais sacrificados no Mishkan que era o “Templo Móvel” do deserto,  Shohet tem que ser um judeu religioso e abater o animal de acordo com os preceitos dá fé judaica.

A faca do Shohet deve estar perfeitamente afiada e deve cortar de um só golpe a tranqueia, o esôfago, as artérias carótidas e a veia jugular.

Isso leva o animal a perder instantaneamente a consciência e não sentir mais nada até o fim do processo, o que evitaria o sofrimento

Se o animal morreu de velho ou de qualquer outra forma que não seja a Shehitá que é o abate Kasher feito pelo Shohet, não podemos comer a carne dele .

É proibido comer sangue 

É proibido comer sangue. Assim, segundo as leis da kashrut, o sangue da carne deve ser extraído da seguinte maneira: deixa-se de molho na água. Depois, a carne deve ser salgada. Por fim, ela deve ser lavada cuidadosamente.

Animais impuros 

É proibido: Comer a carne de animais que não sejam ao mesmo tempo ruminantes e com casco fendido como, por exemplo, porco e coelho.

Peixes

O peixe é um alimento de alta importância na cultura judaica. Por exemplo, no Shabat costuma-se comer peixe por uma série de razões, incluindo razões cabalísticas.

A Guemátria, o valor numérico da palavra “dag” que quer dizer peixe em hebraico é 7, representando o sétimo dia que é o Shabat .

Nossos Sábios nos contam que os peixes foram os únicos animais que não morreram no dilúvio porque eles foram as únicas criaturas a não se corromperam.

Os peixes também representam a alta multiplicação familiar e também a prosperidade. Os peixes nunca fecham os olhos, nos lembrando que nosso Protetor jamais “fecha os olhos” para nós.

  Peixe Kasher

A Torá define que para o peixe ser considerado Kasher ele tem que ter os dois sinais de peixes espiritualmente puros que são o “senapir” e a “kaskésset”.

Senapir – são barbatanas ou nadadeiras.

Kaskésset – é um determinado tipo de escamas.

Embora se costume traduzir simplesmente como “escamas”, nem toda “escama” determina a kashrut do peixe.

kaskésset é a escama que é possível ser retirada do peixe, sem que isso danifique a sua pele. Uma escama que rasga a pele do peixe ao ser removida, não é considerada kaskésset.

Por exemplo, os tubarões possuem escamas que parecem unhas e estão presas na pele de forma que, ao arrancá-las, a pele rasga.

Portanto, embora o tubarão tenha escamas, elas não são consideradas kaskésset e por isso o tubarão não é casher.

Outro exemplo são as enguias, que também possuem escamas, mas ao tirá-las a pele se fere. Portanto, não são casher.

A kaskésset também precisa ser grande o suficiente para ser visível a olho nu.

A Torá diz que a kaskésset precisa estar sobre o peixe quando este se encontra debaixo d’água.

Se, ao tirar o peixe d’água, ele perde as escamas ele não deixa de ser um peixe casher por causa disso

Por exemplo, o hering ao sair da água perde as suas escamas e, como sabemos, é um peixe casher.

O Bagre, não é Kasher por ter somente pele, por ser um peixe sem escamas.

 

O esturjão (Scaphyrhynchus suttkusi)  não é Kasher porque possui escamas do tipo ganóide. Escamas que estão presas de tal forma, que só saem rasgando a pele.

A espécie de peixes brasileiros com o nome científico de Cyphocarax voga tem escamas ciclóides e por isso é Kasher

Geralmente as escamas ctenóides e ciclóides (ex. carpa) atendem aos padrões exigidos pela Halachá. Mas essa regra também tem exceções.

• A Lota-do-Rio (Burbot em inglês, Lota lota em latim) é um peixe que possui escamas do tipo ciclóide mas não é Kasher. Geralmente essa é uma escama considerada “Kasher”, no caso da Lota-do-Rio sendo que elas não saem com facilidade  nesse caso o peixe não é kasher!

• Peixes-espada possuem escamas, porém são tão minúsculas, que não são visíveis a olho nu. Portanto, não são considerados casher.

Um peixe interessante é o Marlin Azul (Makaira mazara). Ele também possui umas escamas pequenas que estão presas muito de leve na pele. Possui uma camada transparente sobre as escamas.

Segundo a OU, este peixe foi levado ao Rav Elyashiv zts”l que o aprovou como casher.

O tubarão e a enguia não são Kasher por terem escamas ganóides ou placóides.

Pelo fato de as escamas ganóides ou placóides. serem muito inseridas na pele do peixe elas deixam de ser consideradas kaskésset  sendo que ao tirá-las fere-se a pele

Conclusão:

Não podemos nos basear na Ictiologia (ramo da zoologia voltado ao estudo dos peixes) determinar se um peixe é Kasher ou não, sendo que não depende somente do tipo de escamas mas também do tamanho  e do nível de aderência dela ao corpo do peixe.

Sendo que a Torá e a ictiologia classificam as escamas de acordo com regras e critérios diferentes e não é possível de acordo com a ictiologia especificar qual tipo de escama é kasher, cada peixe precisa ser analisado separadamente e de acordo com a hala’há, de acordo com a lei judaica.

Nossos Sábios ensinam que todo peixe que possui escamas, possui obrigatoriamente barbatanas. Portanto, se queremos saber se um peixe é kasher, basta procurar por escamas.

É recomendável checar a existência de escamas na parte superior (dorso) ou ao lado das guelras ou no encontro do corpo com o rabo. Basta raspar, por exemplo, com a unha, a pele (no sentido rabo-cabeça) e perceber se as escamas são removidas com facilidade sem ferir a pele do peixe.

Porque não podemos confiar em uma “Lista de peixes Kasher”?

Nós conhecemos e compramos os peixes pelos seus nomes populares. Porém, o nome popular não é suficiente sendo que, em muitos casos, para cada nome popular são associados inúmeros peixes com nomes científicos diferentes, e alguns deles são kasher e outros não.

Portanto, o nome popular não basta, e pedir na peixaria pelo nome científico não é possível.

Por isso, é importante ver o peixe e verificar a existência de escamas que se destacam do peixe sem arrancar a pele dele junto.

Mesmo se o nome do peixe estiver escrito na plaquinha de mostruário que o acompanha, ainda assim você ainda tem que verificar que tipo de escamas ele tem. Depois de fazer isso muitas vezes e você se familiarizar com aquele tipo de peixe, é o suficiente olhar para ele para reconhecê-lo.

Mesmo conhecendo o nome de um peixe kasher, não se pode comprar um peixe sem pele, ou seja, que você não tem como saber se ele tinha escamas ou não, que não possua hashga’há, selinho de supervisão rabinica.

Isto, porque é possível que não estejam vendendo, de fato, aquele peixe que o cliente está pedindo.

Por exemplo, há carpas que são kasher e há as que não são.

Como saber se um peixe que perdeu suas escamas era um peixe Kasher?

Peixe que Perde as Escamas

Num peixe que perde escamas ao sair da água, avaliamos de outra forma para saber se é casher.

Um praticante da Torá, ”entendido” em peixes, pode verificá-lo e, baseado em seu conhecimento, dizer se este é um peixe kasher.

Isto só pode ser feito se o peixe estiver com a pele, para que se possa reconhecê-lo.

Todo peixe vendido sem pele (ou com pele, sem que seja possível perceber que tinha escamas – na ausência do “entendido” acima citado) só pode ser comprado com hashgahá e lacrado.

Vários lugares vendem peixes com sabor semelhantes como sendo o mesmo peixe. Da mesma forma, em restaurantes, muitas vezes servem peixes com mesmo sabor ao descrito no menu e não, obrigatoriamente, é aquele citado.

Vários peixes são muito caros e, para baixar o custo, coloca-se outro semelhante.

ABATE DE PEIXES 

Os peixes não precisam passar por qualquer abate específico. Da mesma forma, não é necessário salgar a sua carne, pois não há proibição de comer o sangue que sai do peixe.

PEIXES DEFUMADOS

Podemos comprar um peixe fresco em qualquer lugar sendo que podemos verificar se suas escamas são arredondadas e se destacam da pele com facilidade sem arrancar um pouquinho da pele junto com elas.

Se a barriga do peixe foi cortada na fábrica e suas entranhas retiradas, você pode comprar esse peixe e depois cortar com a sua faca um milímetro do local em que ele foi cortado com a faca não identificada. Ou seja, tirar uma casca de toda a extensão cortada pela faca da fábrica.

O peixe defumado, precisa de supervisão rabinica sendo que o mesmo equipamento em que se preparam peixes não casher, como por exemplo, o esturjão pode ter sido usado para defumar um peixe kasher, causando dessa maneira que ele deixasse de ser Kasher.

Peixes enlatados em pedaços ou em forma de patê

Qualquer produto processado de peixes, só pode ser consumido se for possível reconhecer o peixe conforme as regras vistas acima, ou se possuir hashgahá, o selo do Rabino garantindo a Kashrut e autenticidade daquele produto.

 

 

Além disso precisamos levar em consideração que os demais ingredientes podem não ser kasher. Portanto, não se pode consumir nenhum peixe  industrializado sem a hashgachá que é a supervisão rabinica que pode aparecer impressa no produto ou em uma lista de produtos liberados sem precisar de supervisão.

 

Ovas de peixe 

Só são permitidas ovas de um peixe casher. O costume é permitir ovas vermelhas e proibir as pretas, pois nossos sábios verificaram que não há ovas vermelhas provenientes de peixes proibidos. Por isto, permitimos apenas o caviar vermelho. Há quem sustente ser necessária supervisão mesmo no caso do caviar vermelho.

É permitido comer caviar vermelho pintado de preto, desde que os corantes e demais aditivos não apresentem problemas de cashrut.

 

VERMES DOS PEIXES 

Certos tipos de peixes podem conter vermes.

Um cuidado que deve-se ter é a observação dos peixes, pois alguns costumam ter vermes compridinhos, principalmente na cabeça, espinha e às vezes até na carne, o que o torna proibido ao consumo, conforme a Halahá. Portanto, devemos ter o cuidado de verificá-los e limpa-los.

Devemos olhar minuciosamente o peixe cru para constatar sua pureza com relação aos vermes . Se você for comprar o peixe em uma peixaria que vende todo tipo de peixe,  você deve levar sua própria tábua e facas à peixaria além de assistir a limpeza e corte do peixe

Neste caso é aconselhável procurar por uma autoridade rabínica para saber como proceder. Há lugares onde a água é tratada, o que evita o crescimento de vermes nos peixes, facilitando assim o seu consumo.

 

Comprando peixe em peixaria

Ao comprar peixe em peixarias, conforme a OU, são necessários alguns cuidados:

• Pedir ao peixeiro que lave bem a faca antes de cortar o seu peixe (ou possuir uma faca própria).

• Cobrir a tábua sobre a qual for cortar o peixe (ou levar tábua própria)

. • Se o peixeiro for retirar a pele do peixe, o comprador não pode deixar de acompanhar o corte do peixe até ser entregue em suas mãos.

Deixar de supervisionar, pode ser um grande problema.

Apesar disso, se não há motivo para suspeitar que ele trocou o peixe que foi escolhido, poderá comer deste peixe – se, sem querer, deixou de acompanhar.

• Pode-se pedir ao peixeiro que deixe sobrar em cada pedaço um pouco de pele, de forma que dê para reconhecer que é um peixe casher. Neste caso, não será necessário ficar supervisionando.

• Se o peixeiro cortou o peixe sem ter lavado a faca, ou colocou em cima da tábua suja – é preciso raspar o peixe com uma faca de fio (sem serra) para retirar a camada externa do peixe.

Lembre-se: Na peixaria, você é o supervisor do seu peixe!

Curiosidade:

Embora normalmente um peixe comprado sem pele, que não foi acompanhado por um supervisor, não possa ser consumido, há uma exceção: a OU permite o uso de salmão fresco, mesmo sem pele, pois apenas o salmão, a truta salmonada e, eventualmente, algum tipo de carpa, têm carne cor de salmão.

Conforme pesquisa da OU, não há nenhum outro peixe no mercado que tenha esta cor e tonalidade.

O que dá esta tonalidade ao salmão é a astaxantina, da família dos carotenóides. Esta família de químicos dá a tonalidade amarelada, alaranjada ou avermelhada aos alimentos tais como: tomates, cenouras, damascos, abóboras e batata doce.

Logicamente, estes carotenóides são muito mais do que corantes; eles são essenciais à vida. Os carotenóides estão associados a uma melhor resposta imunológica, possuindo propriedades antioxidantes e anti cancerígenas, além de ser a fonte de vitamina A para o corpo.

O excesso de carotenóides, que o corpo não precisa para funções vitais, é acumulado e armazenado, em diferentes partes do corpo, variando de criatura para criatura.

No salmão e truta, é armazenado no tecido muscular, tornando a carne rosada. Isso, independentemente se for astaxantina natural (extraída de camarão, lagosta, plânctons e algas) ou se for artificial. A pele destes, por outro lado, se manterá na cor cinzenta. Os demais peixes não acumulam carotenóides em sua carne, por isso, não há outro peixe de carne rosada-avermelhada.

Vale notar que o homem armazena carotenóides, entre outros lugares, na pele. Mas, não há acúmulo significativo na carne. Por isso, uma pessoa que come quantidades excessivas de frutas amarelas e laranjas, pode ficar com aparência amarelada (ictérica).

A astaxantina não modifica a cor da pele do salmão, assim como não muda a cor de nossa carne e dos demais peixes.

Os salmões de criação ficariam com a carne branca, uma vez que nas criações não existem os alimentos que são comuns para o salmão nos mares e rios. Ninguém compraria salmão branco. Por isso, os cultivadores dão alimentação rica em astaxantina aos salmões, para que fiquem com a carne rosada.

Portanto, a OU considera a cor rosada uma prova clara que o peixe é casher. Esta lei é baseada na lei que o Shulchan Aruch traz sobre ovas vermelhas. O Shulchan Aruch diz que não há ovas vermelhas de peixe não casher e por isso pode-se consumir qualquer ova de peixe que seja vermelha.

Esta curiosidade, de acordo com a OU, de preferência, deve ser usada apenas entre os entendidos em peixes. Para o público geral, recomenda-se que o salmão somente seja adquirido quando a pele estiver intacta, com as escamas (como visto acima). Se for manipular qualquer peixe, deve-se levar a faca e tábua casher

Proibido – Comer peixes sem escamas nem nadadeira dorsal, como por exemplo o bagre, o pintado e o cação

 

FRUTOS DO MAR

É expressamente proibido comer frutos do mar, ou seja, nunca coma ostras, polvos, moluscos, camarão, caranguejo, siri, lagosta, ou qualquer outro “fruto do mar”.

 

ALGAS MARINHAS

É permitido comer alga marinha mas verifique detalhadamente se não tem algum camarãozinho ou coisa parecida grudado nela

 

 

AVES QUE NÃO SÃO KASHER 

Proibido – Comer aves selvagens e as predatórias. A kashrut prioriza a natureza não agressiva.

 

RASTEJANTES

Proibido – Comer seres que rastejam sobre seu ventre, assim como répteis em geral, insetos, anfíbios e roedores.

 

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Mel

Como as abelhas fazem o mel?

As abelhas tomam o néctar das flores e o armazenam dentro de seus estômagos.Na colmeia, elas expelem o néctar, acrescentando enzimas e passam para outras abelhas que estão lá.

As outras abelhas ventilam com suas asas este néctar com as enzimas, criando uma forte corrente de ar e fazendo com que a maioria da água que estava nele se evapore.

As abelhas se livram do excesso de água engolindo e expelindo o néctar diversas vezes. O produto final é o mel.

O Sabor do mel depende das flores a partir das quais as abelhas coletam seu néctar.

Uma das regras da Torá é a de que tudo o que sai do impuro é impuro, a não ser que a própria Torá nos traga um versículo que determine uma exceção dessa regra para alguma coisa específica.

Poderíamos pensar que, sendo que o mel sai da abelha que é um inseto impuro, o mel também seria impuro. Ou seja, não kasher, inadequado para ser comido de acordo com a Torá.

Mas a Guemará nos explica por que o mel é permitido mesmo sendo proveniente de um inseto que não é kasher, porque ele não é uma secreção da abelha, ele é apenas armazenado na abelha.

De acordo com esse raciocínio, o mel de outros insetos aparentemente também seria permitido, pois também é só armazenado neles.

A Guemará nos traz outro motivo pelo qual o mel da abelha é liberado, e o motivo é um versículo da Torá que vem liberar especificamente o mel da abelha e não o de outros insetos.

Ou seja, a regra da Torá é de que tudo o que sai da criatura impura é impuro e para tirar qualquer coisa dessa classificação a própria Torá tem que nos trazer um versículo excluindo aquele produto dessa regra, e esse é o caso do mel.

Sendo assim, somente o mel de abelhas é um produto kasher como nos determina o Shulchan Aru’h.

Sendo que muitas vezes é acrescentado no mel algum produto que não é mel, o mel também precisa do selinho de supervisão rabinica impresso na embalagem ou precisa estar em uma lista de produtos liberados sem selinho.

 

Ovos

De acordo com a lei judaica, os ovos com casca são parve e devem ser provenientes de aves kasher e não conter nenhum sinal de sangue.

Para certificar-se da ausência de sangue em ovos crus, eles devem ser abertos e examinados um a um em um prato ou copo transparente.

Se for encontrado qualquer sinal de sangue, o ovo inteiro deverá ser descartado e o copo ou prato lavado com água fria. Uma única gota de sangue faz com que este ovo não seja mais Kasher.

No caso de ovos duros é preferível ter uma panela somente para fervê-los, colocá-los em número ímpar e para verificar se possuem sangue ou não após cozidos, descascá-los e olhar se na clara, principalmente se for entre a clara e a gema,  ficou um ponto escuro (este é o sangue que ao ser cozido vem para fora).

Os ovos de casca escura, bem como os ovos orgânicos, tem mais probabilidade de conter manchas de sangue.

 

PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS:

Há problemas de cashrut em muitos corantes e aromatizantes que não constam em código na embalagem.

Às vezes, o produto não-kasher está em quantidade mínima, não aparecendo nos ingredientes e, mesmo assim, transforma o produto em não-kasher.

Por isso, não basta apenas olhar os ingredientes de um produto, tornando-se obrigatória a supervisão rabínica nesse caso.

O peixe é um alimento parve, mas quando ele passa pelo processo de industrialização o rótulo nestes produtos não fornece informações sobre o processamento de fabricação, fundamental para liberar seu consumo.

Em todo e qualquer alimento industrializado é obrigatório a verificação de um rabino ortodoxo.

Mesmo que os alimentos parve apresentam menos complexidades de kashrut do que os alimentos de carne ou leite, muitos detalhes devem ser considerados.

Sardinha, atum, etc, em lata necessitam supervisão rabínica por causa dos óleos e outros aditivos, e por não poderem ser, após enlatados, reconhecidos pela sua espécie (se pertencem aos peixes com escamas, ou não).

Há inclusive fábricas que utilizam componentes à base de leite em latas de sardinha e atum, mas que não necessariamente aparecem em suas embalagens.

Todo peixe segue a regra para produtos industrializados: qualquer produto que passou por um processo de fabricação precisa estar em uma lista de produtos Kasher ou ter um selo kasher de um rabino ortodoxo.

O que fazer ao ir a um supermercado e ver tantos produtos nas gôndolas?

Simples! Acesse em tempo real aos sites da BDK

HTTP://www.bdk.com.br

e da BKA

http://www.bka.com.br

Neles você encontra uma lista com produtos kasher, que estão liberados para consumo.

O BDK também tem um aplicativo para celular que facilita bastante dentro do supermercado.

https://play.google.com/store/apps/details?id=com.Rollep.bdk

 

COMBINANDO PEIXES COM OUTROS ALIMENTOS

Peixe e carne:

Não há proibição de comer o sangue do peixe, nem é exigido abate especial.

O peixe é um alimento parve, neutro, podendo ser consumido em uma refeição de carne ou de leite, desde que se observem alguns cuidados:

Peixe e carne não podem ser cozidos nem comidos juntos, entretanto, podem ser comidos na mesma refeição, em pratos separados em talheres distintos ou lavados.

Entre peixe e carne é costume comer e beber alguma coisa

 

PEIXE E LEITE:

Entre os judeus de origem árabe chamados de sefaradim há o costume de não comer peixe com queijo ou leite.

Quando o peixe e o queijo forem servidos em uma mesma refeição, de acordo com os sefaradim eles devem ser servidos em pratos e talheres separados.

Na comunidade ashkenazi que são os judeus de origem europeia, não se costuma cozinhar peixe com molhos à base de leite, manteiga, etc, mas liberam queijo com peixe, como no caso da pizza de atum que os ashkenazim comem normalmente enquanto os sefaradim já evitam.

 

Kashrut das bebidas

Saíram para um passeio? Suco de laranja, sendo suco natural, pode ser bebido mesmo não sabendo se o suco se encontra em alguma lista de kashrut.

Outros sucos, só consumir se tiverem supervisão ou que constem em listas de produtos Kasher

Chá e café podem ser tomados em copos descartáveis

Cachaça, Vodka e Whisky 

A maioria das cachaças, cervejas, vodkas e uísques puros não costumam apresentar problemas.

 

Cervejas

A maioria das cervejas fabricadas hoje usam uma pequena quantidade de malte de cevada, juntamente com outros tipos de grãos menos dispendiosos, como arroz e milho.

Os melhores tipos de cerveja ainda dependem de malte de cevada, mas o forte sabor da cerveja vem da adição do lúpulo que é a flor de uma trepadeira cultivada especificamente para esse fim.

A cerveja é geralmente considerada kasher e não precisa de uma certificação especial, mas sendo que a cerveja contém uma certa quantidade de cevada, é considerada hamets e não pode ser utilizada em Pêssa’h.

Atualmente, há problemas com as vodkas já que há mistura de sabores na fabricação de novas bebidas que misturam a vodka pura com corantes além de outros ingredientes não-kasher.

Outras bebidas alcoólicas como licores de frutas e brandies podem conter ingredientes problemáticos como leite, aditivos à base de vinho, etc e devem ter supervisão rabínica, com ou sem selo.

Bebidas alcoólicas como o conhaque e outras aguardentes de frutas são feitas a base de vinho. Licores e “blended whiskys” são muitas vezes misturados com vinho. Todas essas bebidas requerem supervisão de Kashrut.

 

Vinhos 

O vinho e o suco de uva, mais do que qualquer outra bebida, representam a santidade do povo judeu. São usados para a santificação do Shabat e Festas Judaicas.

No Templo Sagrado o vinho era derramado sobre o Altar, juntamente com o sacrifício. Entretanto, uma vez que o vinho era e ainda é usado em muitas formas de culto idólatra, ele ocupa uma posição única na Lei Judaica, que impõe restrições especiais a sua produção e manipulação.

Qualquer subproduto que contenha vinho ou suco de uva, como vinagre de vinho, bala, geléia ou refrigerante de uva, conhaque e outras bebidas que possam ser destiladas ou misturadas com vinho, só poderão ser ingeridos quando possuírem supervisão rabínica confiável.

Vinho feito por um judeu, que após seu preparo tenha sido fervido, não apresenta mais problemas de cashrut. Um suco de uva ou vinho de passas cujas uvas ou passas foram cozidas antes de extrair o suco é considerado vinho cozido.

Atualmente, a maioria dos vinhos casher comercializados costuma vir fervida já da vinícola.

Para se ter certeza, basta verificar a etiqueta ou o invólucro se consta a palavra mevushal (fervido).

No entanto, muitos vinhos finos casher, principalmente os franceses, não vêm fervidos, o que presume que deve-se tomar redobrados e rigorosos cuidados em sua manipulação e na forma como deverá ser servido.

Há leis muito específicas relativas ao vinho e um rabino ortodoxo deverá ser consultado.

 

Derivados de uva

Todos os líquidos produzidos a partir de uvas frescas ou secas, sejam alcoólicos ou não-alcoólicos, tais como suco de uva e vinagre de vinho, são considerados como vinho de acordo com a Lei judaica.

Portanto, alimentos com aditivos ou aromatizantes de uva devem sempre ter um selo de kashrut ou estiverem em uma lista de produtos liberados sem selinho.

Exemplos típicos são as geléias, refrigerantes, picolés, balas, sucos artificiais, ponches de trutas e limonadas.

Vinagre

Molhos e temperos que contenham vinagre devem possuir supervisão rabínica para constatar sua procedência kasher.

Vinagre de álcool ou maçã só podem ser adquiridos se supervisionados anteriormente por um rabino, possuírem o selinho de supervisão rabinica ou estiverem em uma lista de produtos liberados sem selinho, pois podem conter uma proporção mínima de vinagre de vinho e outros ingredientes não kasher.

Azeitonas e alcaparras em conserva podem conter vinho ou vinagre e por isso também precisam de supervisão. Muitas conservas contém vinagre, mesmo mantidas em salmoura.

Vários produtos que contém tártaro ou ácido tartárico e o próprio creme tártaro que é feito com borra de vinho requerem supervisão rabínica que confirme que esse produto é Kasher.

Ingredientes de uvas em alimentos processados

Todos os líquidos produzidos a partir de uvas frescas ou secas, sejam alcoólicos ou não-alcoólicos, tais como suco de uva e vinagre de vinho, são considerados como vinho de acordo com a Lei judaica. Portanto, alimentos com aditivos ou aromatizantes de uva devem sempre ter um selo de cashrut confiável. Exemplos típicos são as geléias, refrigerantes, picolés, balas, sucos artificiais, ponches de trutas e limonadas.

Verduras, frutas e hortaliças

Hortaliças frescas, frutas e grãos, em seu estado natural e não- processado, são casher e parve. Podem ser consumidos tanto com laticínios como com carne. No entanto, uma vez que uma hortaliça foi combinada com um produto de carne ou de leite, se torna respectivamente um produto de carne ou de leite.

 

A Torá proíbe comer vermes e insetos, vivos ou mortos. As verduras, frutas e hortaliças devem ser minuciosamente examinadas. Entre as verduras incluem-se folhas (alface, agrião, espinafre, couve, couve flor, brócolis, etc), grãos (feijão, lentilha, grão de bico, milho para pipoca, etc) e frutas (morango, maçã, etc).

O problema mais comum nas verduras é uma possível infestação de insetos. A proibição contra o consumo de insetos, vermes, larvas e seus ovos, mesmo os mais minúsculos é muito rigorosa. Embora minúsculos, são visíveis a olho nu e devem ser removidos.

 

Nossos sábios dizem no Talmud que ao ingerir um certo tipo de verme a pessoa pode estar transgredindo até seis proibições. Portanto, antes de ingerir qualquer fruta ou verdura (ou mesmo peixe – que costuma ter vermes), é fundamental verificar tudo com cuidado para se certificar de que está isento de qualquer infestação.

Frutas e verduras in natura de todos os tipos podem ser compradas em feiras, supermercados, etc, sem necessidade de atestado de cashrut. O mesmo é válido para cereais e grãos, como farinha de trigo, de milho, de mandioca, fubá, aveia, arroz, feijão, ervilha, lentilha, folhas em geral (estas devem ser verificadas antes de usar). Todos estes produtos, após cozidos ou industrializados, só podem ser comprados se houver supervisão rabínica.

 

Folhas – todo tipo de folha, como alface, repolho, agrião, salsão, salsinha, cebolinha, etc. costuma conter vermes. Para que possam ser usadas devem ser deixadas de molho por mais ou menos meia hora em água com vinagre, ácido acético ou germicida para matar os vermes. Assim, é mais fácil removê-los posteriormente. A seguir, folha por folha (mesmo as pequenas) devem ser lavadas em água corrente e examinadas contra a luz para constatar que estão isentas de qualquer verme. As vezes, os vermes das folhas são da própria cor da folha. É muito difícil distinguí-los, necessitando muito cuidado na hora da verificação.

 

Couve-flor e brócolis – nestes dois legumes é praticamente impossível detectar vermes, pois contêm infindáveis folhinhas minúsculas e de difícil acesso. Por isso, em muitas casas judias não se costuma comê-los ou come-se somente os talos após bem verificados.

 

Berinjela – antes de cozinhar ou assar deve-se cortá-la ao meio em pedaços para se certificar de que não contém vermes. Às vezes, a berinjela não mostra nenhum sinal externo da presença do verme, porém este cresce dentro dela de forma visível (costuma deixar rastros de areia).

 

Tomates – pepinos, batata, cenoura, cebola, alho, abobrinha, mandioquinha, entre outros, se encontram na categoria de legumes mais simples de verificação, já que ao serem cortados, qualquer um poderá notar se estiverem estragados e desta forma, descartá-los para o consumo.

 

Grãos – feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico, etc. devem ser colocados de molho em água por várias horas antes de cozinhar, facilitando assim a verificação. Depois devem ser examinados cuidadosamente, dos dois lados, certificando-se que não contêm orifícios que comprovam a presença de vermes. É costume abrir o grão-de-bico na metade, após terem sido colocados de molho, pois os vermes não deixam orifícios visíveis nesta leguminosa. O milho de pipoca deve ser bem observado, um por um, se não contém orifícios ou pontos pretos, indicando a presença de vermes. A espiga de milho deve ser colocada de molho no vinagre antes de cozida; se contém vermes, estes saem depois deste molho. Os grãos de arroz devem ser verificados para que não tenham extremidades pretas indicando terem sido comidos por vermes.

Verduras industrializadas

Os vegetais processados, como os congelados ou enlatados, podem apresentar sérios problemas de cashrut. Podem conter ingredientes de carne ou leite ou terem sido processados em recipientes utilizados para carne e laticínios, ou fabricados na mesma divisão ou conectados a outros alimentos não-casher.Todos os alimentos naturais processados também requerem supervisão de cashrut de confiança, inclusive muitos produtos de soja, guloseimas e bebidas naturais.

Farinhas

Vamos fazer Halá para Shabat? Não se esqueça de peneirar a farinha!

Farinha:

Em países tropicais como o Brasil, o clima quente e úmido favorece a proliferação de vermes e insetos. Isto faz com que seja obrigatório peneirar as farinhas antes de sua utilização. Para que o papel da peneira seja eficiente na eliminação de bichinhos, é necessário utilizar uma peneira cujos furos sejam menores que os vermes e insetos existentes (suas cerdas chegam a ser vinte vezes mais finas que as peneiras comuns).

Existem peneiras cuja malha é especial para este fim. No entanto, a rede retém vermes e insetos mas não seus ovos (como não podem ser vistos a olho nu, enquanto misturados na farinha são considerados anulados).

Em pouco tempo e por incubação, estes ovos se transformarão em novos vermes. A farinha, por este motivo, deve ser utilizada imediatamente após a peneiração. Se for bem estocada sob refrigeração ou no freezer, (a 0º c) não precisa ser peneirada novamente por um período de dois a três meses.

Farinhas cujos grãos não passam pela peneira deverão ser examinadas da mesma forma que grãos. Ex: farinha de fubá, centeio, semolina, farelo e germe de trigo.

Em resumo: sempre temos que peneirar a farinha antes de usá-la. Você pode peneirar mais farinha do que precisa e congelar o excesso. Isso deve ser feito imediatamente. A farinha armazenada no congelador imediatamente após a peneiração não requer limpeza adicional.

A peneira de “70 mesh” pode ser comprada pelo internet

Farinha de trigo integral: é quase impossível peneirar a farinha de trigo integral com uma peneira de 70 mesh. Enquanto alguns poskim são indulgentes e permitem que uma peneira de 50 mesh peneire a farinha de trigo integral, é recomendável comprar farinha de trigo integral congelada ou embalada a vácuo com uma hashgahá confiável e isenta de insetos. Ao comprar farinha congelada, verifique se a farinha foi mantida congelada. Portanto, o critério é de malha 70.

Massas

Ao assar pão, deve ser cumprida a Mitsvá de hafrashat Halá (a separação de parte da massa).

A hafrashat Chalá evoca a época em que parte da massa era dada aos Cohanim, descendentes de Aharon, responsáveis pelos serviços realizados no Bet hamikdash.

Antes de assar massa de pão, bolo, biscoitos, etc., (feita com farinha de trigo, cevada, centeio, aveia e espelta ou a mistura de qualquer um desses), separa-se dela um kezáyit (28,8 g), queimando-o num recipiente separado daquele utilizado normalmente para os alimentos.

A bênção só deve ser recitada (no ato de separar o pedaço da massa) se a massa total tiver mais de 1,666 kg de farinha. Entre 1,200 e 1,666 kg, separa-se e queima-se o pedaço da massa sem recitar a bênção; com menos de 1,200 kg não é necessário separar parte da massa; porém há quem costume recitar a bênção já a partir de 1,250 kg.

Pode-se juntar vários tipos de massas para fazer a separação da chalá. Em massa líquida, o pedaço é separado após assá-la. O mesmo se aplica quando se esquece de separar a massa antes de assá-la.

A Mitzvá de separar a Halá com mais detalhes

A simples palavra alá significa “oferenda de massa.” Aparece pela primeira vez na Torá. Passou a significar um tipo de pão trançado milhares de anos depois.A chalá, como a Torá a descreve, é a Mitsvá Positiva nº 133. Trata-se de separar um pedaço de massa da mistura e dá-la ao cohen no Templo de Jerusalém. As mulheres judias através dos séculos faziam a massa caseira e então queimavam uma pequena parte dela, significando a ausência do Templo. Por fim, este pão tornou-se conhecido como chalá.Atualmente, preservamos o costume de separar a massa e queimá-la de forma especial. É uma das três Mitzvót destinas especificamente à mulher: acender as velas de Shabat, cuidar das leis de Taharat HamishpaHá (Pureza Familiar) e hafrashat Chalá (separar a massa).
Separando a massa

Ao assar pão, deve ser cumprida a Mitsvá de hafrashat Chalá (a separação de parte da massa). Hafrashat Chalá evoca a época em que parte da massa era dada aos Cohanim, descendentes de Aharon, responsáveis pelos serviços realizados no Bet hamikdash.

Antes de assar massa de pão, bolo, biscoitos, etc., (feita com farinha de trigo, cevada, centeio, aveia e espelta ou a mistura de qualquer um desses), separa-se dela um kezáyit (28,8 g), queimando-o num recipiente separado daquele utilizado normalmente para os alimentos.

A bênção só deve ser dita (no ato de separar o pedaço da massa) se a massa total tiver mais de 1,666 kg de farinha. Entre 1,200 e 1,666 kg, separa-se e queima-se o pedaço da massa sem recitar a bênção; com menos de 1,200 kg não é necessário separar parte da massa; porém há quem costume recitar a bênção já a partir de 1,250 kg.

Pode-se juntar vários tipos de massas para fazer a separação da Halá. Em massa líquida, o pedaço é separado após assá-la. O mesmo se aplica quando se esquece de separar a massa antes de assá-la.

O termo Halá aqui se refere à porção que é separada da massa e depois queimada, e não ao pão trançado especial de Shabat e Yom Tov.

Quando se prepara pão usando a quantidade mínima de farinha de 1.666,6 g. (1 k. e 2/3) é necessário separar uma pequena parte da massa antes de assar. O pequeno pedaço que é removido chama-se “Halá”. Na época do Templo, ela era dada aos Cohanim. (Hoje denomina-se também Chalá o pão trançado especial usado no Shabat.)

Separar a “Halá” é uma das três Mitzvót especiais com as quais a mulher judia foi privilegiada.

E já que os significados profundos desta Mitzvá são tão especialmente relacionados com ela, muitas mulheres mantêm o costume de assar em casa suas próprias Halot para Shabat e Yom Tov, para que possam cumprir esta preciosa Mitzvá.

É especialmente significativo separar “Hala” no véspera de Shabat. Se necessário, qualquer pessoa acima da idade de Bar ou Bat Mitsvá pode separar a Halá.

Quando uma mulher judia separa “Halá” dizendo a bênção apropriada, ela “eleva” espirituamente esta massa. Por meio deste ato, ela afirma sua fé completa em D’us.

Porque tirando uma porção da massa, ela atesta que todo o pão – isto é, todo o sustento físico – no seu lar vem somente como um presente de D’us e que está pronta a compartilhá-lo com Ele, segundo a Sua Vontade.

Condições necessárias para possibilitar a separação da Halá

Deve-se separar Halá de qualquer massa que preencha os requerimentos de todas as quatro categorias seguintes:

1. Tipo de cereal usado – O cereal pode ser um ou uma combinação destes cinco tipos: trigo, cevada, centeio, aveia ou espelta.

2. Quantidade de farinha – Para separar Chalá pronunciando a respectiva bênção, a quantidade mínima de farinha necessária é 1.666,6 g (1 k e 2/3). Se a farinha pesa de 1.250 a 1.666,6 g separa-se a chalá sem recitar a bênção .E no caso de pesar menos que l.250 g não é necessário tirar chalá da massa.

3. Líquido – para que se possa pronunciar a bênção ao separar chalá, mesmo usando a quantidade certa de farinha, um dos seguintes líquidos deve ser usado: água, leite, mel, vinho ou azeite de oliva. Mesmo que se use uma só gota de água, já se deve separar chalá, recitando a bênção. Se a receita não inclui nenhum dos cinco líquidos acima, mas apenas ovos ou suco puro de frutas, deve-se acrescentar um pouco de água, mesmo que só uma gota para possibilitar que a bênção seja pronunciada.

4. Consistência da massa – A massa deve ter uma consistência tal que permita a uma pessoa manuseá-la e remover o pedaço de chalá com as próprias mãos. Se, devido à fina consistência da massa, não for possível separar um pedaço antes de assar, então deve-se tirar chalá com a bênção após a massa ter sido assada. Isto ocorre na preparação de muitos tipos de massa para bolo.

A maneira de separar chalá da massa

1.) Qual é a bênção que deve ser recitada na separação da chalá?
R.: Baruch atá Adonai Elo-Hênu Melech Haolam, Asher Kideshánu Bemitsvotáv Vetsivánu Lehafrish Chalá.
Tradução: Bendito és Tu, óh Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com os Seus Mandamentos e nos ordenou separar chalá.

2.) Quando é feita a bênção?
R.: Ela deve ser dita imediatamente antes de separar a “chalá”. Depois de recitada, durante o ato de separar, a seguinte declaração verbal é feita: HAREI ZO CHALÁ (Isto é chalá).

3.) Qual deve ser a quantidade da massa a ser separada?
R.:Um pequeno pedaço, do tamanho de um kezayit, uma azeitona ao natural, que é aproximadamente 30 g.

4.) O que é feito com o pedaço separado?
R.: Posto que atualmente não podemos dar a porção de Chalá aos Cohanim, nem podemos ter dela qualquer proveito pessoal, então queimamos o pedaço removido. Isto pode ser feito dentro do forno, desde que separadamente do pão ou bolo ou qualquer outra comida.

5.) Qual é a lei no caso de alguém esquecer de tirar chalá antes da massa estar assada?
R.: Deve-se colocar todos os pães dentro de um recipiente, cobrindo-o para que seu conteúdo seja considerado como uma só massa. A bênção é então recitada, a chalá é separada de um dos pães, e o pedaço é queimado em seguida.

6.) O que se deve fazer no caso de alguém esquecer de tirar chalá e só perceber o erro em Shabat ou Yom Tov?
R.: Uma fatia de cada pão ou bolo é deixada de lado, e após o Shabat ou Yom Tov, um pequeno pedaço deve ser removido de cada uma das fatias, recitando a bênção e queimando os pedaços em seguida.

Se a massa for preparada no próprio Yom Tov (quando é permitido cozinhar e assar) pode-se remover a chalá da maneira normal

Antes de comer o pão é necessário fazer a Netilat Yadáyim, dizendo a bênção de AI Netilat Yadáyim e, em seguida, de Hamôtzi.

Netilat Yadaiim 

 

Antes de comer pão fazemos a “Netilat Yadaiim”

 

Pegamos uma caneca com a mão direita e enchemos ela de água.

 

Passamos essa caneca cheia de água para a mão esquerda e jogamos essa água três vezes em seguida sobre a mão direita até o pulso.

 

Depois enchemos novamente a caneca com a mão direita e jogamos essa água três vezes em seguida sobre a mão esquerda até o pulso.

 

Se a caneca é pequena, podemos deixar a torneira aberta e ir enchendo a caneca de água novamente cada vez todas as seis vezes

 

Antes de enxugarmos as mãos, esfregamos levemente uma na outra e falamos bênção:

 

Baru’H Atá Ado-nai, Elo-hêinu Méle’H haolam Asher Kideshánu Bemitsvotaiv, Vetsivanu Al Netilat Yadáyim

 

Falamos essa Bra’Há com as mãos erguidas juntas

 

Em seguida e sem interrupções falamos a bênção do pão:

 

Baru’H Atá A-donai, Elo-heinu Méle’H haolam hamôtzi Lé’Hem Min hárets.

 

Depois de comer pão, ou uma refeição que inclua pão, concluímos com o Birkat hamazon

 

Macarrão

Deve ser liberado para consumo sem selo ou com sistema de lote (com selo) por um rabino ortodoxo. Ao ficar guardado deve ser verificado antes do cozimento em busca de pontos pretos. É aconselhável guardá-lo na geladeira mesmo cru.

Mesmo que bem examinado, se for constatado após cozido que o alimento contém pelo menos três vermes, todo ele deve ser jogado fora. A panela, no entanto, continua casher.

Remédios e vitaminas

A Torá considera de vital importância cuidar da saúde, prevenir e curar doenças. Mas vitaminas e remédios devem ser questões relevantes, devendo ser casher ou ter seu uso autorizado por um rabino ortodoxo.

Muitas vitaminas em cápsulas são feitas de gelatina animal e muitos comprimidos são revestidos com ceras e resinas de origem também animal. Suplementos e remédios naturais e/ou vegetarianos podem incluir cápsulas de fígado não-casher, cálcio derivado de ostras, aromatizantes ou corantes de uva.

Muitos xaropes para a tosse são feitos com álcool e um produto químico, muitas vezes, derivado de fontes animais, a fenilalanina.

 

Restaurantes

Todo restaurante, hotel, etc, para ser Kasher necessita de supervisão rabínica em sua cozinha, o que inclui a presença de um “mashguiach”  que é o supervisor enviado pelo rabino que irá acender o fogo, orientar e fiscalizar a preparação de cada comida e todos os seus ingredientes até o consumo final.

Se você for viajar acesse ao site

https://www.koshernear.me

Geralmente esse site já te descobre a maioria dos restaurantes kosher em um raio de dez milhas de onde você acessar a ele usando a localização do seu celular .

Ou você pode escrever nele o nome da cidade para a qual você está indo e ele já te traz os endereços da maioria dos restaurantes kosher daquela área.

Nesse site vai aparecer embaixo do nome do restaurante a palavra Hashgacha, se referindo a supervisão rabinica desse estabelecimento.

Ao lado da palavra Hashgacha vai aparecer ou o nome do beit hadin, ou rabino que está supervisionando o local, ou a palavra “Check at Location” que quer dizer “verifique no local”.

Nesse caso você vai ter que perguntar no próprio restaurante quem é o rabino responsável pela supervisão de Kashrut desse estabelecimento.

Também em Israel você vai ter que perguntar onde está o atestado de Kashrut em cada restaurante que estiver.

Contam que certa vez uma pessoa entrou em um restaurante em Tel Aviv e perguntou :- onde está pendurado o atestado do rabino responsável pela supervisão desse restaurante?

:- Você não está vendo a foto do Baba Sali pendurada na parede? respondeu o dono do restaurante.

Ao ouvir isso o cliente exclamou:- Se o Baba Sali estivesse servindo e você estivesse pendurado na parede, não teria nenhum problema! Mas o que eu posso fazer se é você quem está servindo e ele que está pendurado na parede…😂

Jamais hesite, sempre verifique se o estabelecimento ainda está sob supervisão rabinica!

Kasherização de utensílios

É possível kasherizar utensílios usados para que se tornem kasher, sem a necessidade de adquirir outros novos.

Seguem os procedimentos necessários:

Formas para bolo e assadeiras: devem ser kasherizadas pelo processo de libun, ou seja, queimadas no fogo até a incandescência. Normalmente, estes utensílios não suportam o libun, portanto, não devem ser kasherizados.

Fogão: se possível, as grelhas devem ser trocadas. Caso contrário devem ser aquecidas até a incandescência (processo de libun).

A mesa do fogão deve ser bem limpa e kasherizada posteriormente com irui, i.e., derramando água fervente e passando uma pedra ou ferro em brasa para que a água continue a ferver. As bocas devem ser bem limpas e o fogo aceso no máximo, para eliminar resíduos de alimentos. Os botões de gás devem ser retirados e limpos.

Fogão elétrico: deve ser aceso na temperatura máxima até a chapa se avermelhar. Sobre a mesa restante é feito o irui, jogando água fervente e passando sobre a água, pedra ou ferro incandescente.

Forno: as grades devem ser aquecidas até a incandescência. O forno deve ser bem limpo utilizando-se produto removedor de gordura.

Em seguida deve permanecer aceso à temperatura máxima, por duas horas. Se possível, deve-se colocar carvão para ser aquecido, até virar brasa.

Há dois tipos de fornos auto-limpantes: o que alcança 500ºC, se autocasheriza ao ser limpo na temperatura máxima, por um ciclo completo. O que não atinge esta temperatura, deve seguir a limpeza do forno convencional.

Forno de microondas: deve ser limpo internamente com produto de limpeza e permanecer 24 horas sem uso. Em seguida, coloca-se um recipiente com água filtrada, ligando o forno até que bastante água evapore.

Pias: cubas de porcelana, cerâmica ou esmaltadas não podem ser kasherizadas. Pergunte ao rabino como proceder.

Cubas de metal, mármore ou granito podem ser kasherizadas com irui. Para tanto, a pia não deve ser usada com alimentos quentes por 24 horas antes da casherização e deve ser meticulosamente limpa. Joga-se no ralo, produto desentupidor para destruir qualquer vestígio de alimento. Em seguida, seca-se a pia.

Posteriormente é despejada água fervente, ainda borbulhante, atingindo todos os cantos da cuba, balcão, torneiras, ralos, etc. Enquanto despeja-se a água, deve-se passar sobre a pia, pedra ou ferro incandescente para fazer a água borbulhar.

Liquidificador, batedeira, multiprocessador: o motor deve ser bem limpo. Um novo copo, novas faquinhas para o multiprocessador e liquidificador e novas pás e tigelas para batedeira devem ser adquiridas ou pode-se kasherizar os antigos com hagalá.

Geladeira e freezer: devem ser descongelados e as paredes internas, prateleiras e gavetas limpas com pano úmido e produto de limpeza.

Armários: devem ser bem limpos interna e externamente.

Mesas e bancadas: se possível, deve-se jogar água fervente como na pia. A mesa de jantar, sobre a qual não se coloca nada quente diretamente devido ao perigo de ser danificada, basta limpar bem. A mesa do cadeirão de crianças também deve ser kasherizada.

Toalhas de mesa e guardanapos: devem ser bem lavados e as bordas escovadas para retirar possíveis resíduos.

Pratos e talheres: Deve-se ter pratos, talheres, etc., com cores ou formas diferentes para leite e carne.

Todo o processo deve ser feito sob supervisão de um rabino , conhecedor das leis a fundo

Adoçantes naturais
Todos os tipos de açúcar existentes no mercado (refinado, cristal, demerara, mascavo, confeiteiro, etc) são casher. Quanto a adoçantes artificiais requerem verificação e por isso devem ter o selo de kashrut impresso na embalagem ou constar em uma lista de produtos liberados sem selinho de Kashrut 

Bishul Acum
Todo alimento deve ser preparado através de uma chama cujo fogo foi acesso por um judeu observante do Shabat, o que significa que ele é temente a D’us, segue os preceitos da Torá e procurará cumprir as leis de cashrut em todos os seus detalhes e com o máximo rigor.
Para um alimento ser casher é necessário que todo o processo, desde o início até estar apto ao consumo final, seja acompanhado por um judeu observante destas leis.

תם ולא נשלם 

12 Comments

  • Posted maio 25, 2014 1:46 am
    by
    Hadassah Ramler

    Rabino como esse texto foi rico.Toda raba.

  • Posted novembro 24, 2015 12:33 am
    by
    Ibet Miriam.

    Sim. Texto muito rico . Excelente contribuição para prática do casherut. Mazal tov.

  • Posted julho 10, 2016 12:14 pm
    by
    Antonio Adolfs Filho

    Artigo esclarecedor, obrigado !

  • Posted dezembro 8, 2016 12:45 am
    by
    Equipe ONG TORÁ

    Boa noite Alê
    Porque temos que comer Kasher.
    Somos um conjunto de uma Alma espiritual eterna dentro de um corpo material.
    Tudo nesse mundo tem corpo e Alma e quando comemos alguma coisa estamos unindo o lado espiritual disso com a nossa Alma. Quando um animal falece paira sobre o ele um espírito impuro e se comermos esse animal essa vitalidade impura vai nos puxar para baixo. Quando esse animal passa por um abate Kasher paira sobre ele uma vitalidade espiritual pura que temos a capacidade de elevar e por isso podemos comer o animal porque dessa maneira elevamos a vitalidade dele que ele não conseguiria fazer sozinho. Essa é a principal diferença entre uma comida Kasher e uma não Kasher, e isso acontece mesmo se a pessoa não está consciente do que está comendo

  • Posted maio 9, 2017 3:40 pm
    by
    Daniela

    Texto elucidador, claro, de fácil entendimento.

  • Posted julho 23, 2017 12:38 am
    by
    meraldo hulppan

    Muito bom,,..
    Parabens!!!!!

  • Posted dezembro 29, 2018 10:53 pm
    by
    ednahwinter

    Como sempre querido Rabino suas explicações são maravilhosas!!! Obrigada!!

  • Posted dezembro 28, 2022 11:12 pm
    by
    Obrigado pelo Shiur, e por ter postado no grupo...

    Obrigado pelo Shiur, e por ter postado no grupo…

  • Posted março 15, 2023 10:37 pm
    by
    Eugenio Lacerda

    Que material lindo
    Grato
    Shalom

  • Posted julho 6, 2023 8:33 pm
    by
    Marcos André de Oliveira

    Mto show, excelente conteúdo

  • Posted agosto 3, 2023 4:10 pm
    by
    Yaara Hadassah

    Melhor rabino do mundo 🌎…meu guia aqui na terra, juntamente com nossa diretora Rivka sempre nos ensinando e segurando nossas mãos ✋️ rumo ao caminho certo…🤍🖖✡️

  • Posted setembro 24, 2023 1:11 pm
    by
    Ednah Winter

    Rav Gloiber como sempre trazendo os melhores ensinos de forma simples. Gratidão sempre por nos ensinar a Torah de forma tão didática. Shaná tová!!

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