O segredo da Tzedaká

Nenhuma palavra na Torá está “sobrando” e a nossa Torá não é um livro de “poesias”. Os versículos da Torá que aparentemente são totalmente desnecessários estão lá para nos indicar segredos extremamente profundos.

E nesse caso, diz o Zohar, quando a Torá nos conta que “a terra vai dar a sua produção” e “a árvore do campo vai dar o seu fruto”, a Torá está nos revelando o segredo da Tzedaká..

A Torá está comparando a Tzedaká ao produto da terra, onde o que é semeado, não só que não se perde por ter apodrecido na terra antes de germinar, mas se multiplica muitas e muitas vezes mais.

Aqui se encontra o motivo real pelo qual o fato de doarmos nosso dinheiro para a Tzedaká, mesmo que esse ato consiste em tirar parte desse dinheiro diminuindo a quantidade que tínhamos dele, mesmo assim ela faz com que esse dinheiro se multiplique e se torne uma quantidade muito maior do que era antes

Tzedaká nas Sefirót

A emanação das energias superiores para o nosso mundo são representadas pelo nome de Hashem conhecido como “Shem Havaye”, formado de quatro letras que não devem ser lidas em sua ordem de escrita, nem sussurradas, mas só podem ser lidas no pensamento.

Essas letras são as letras hebraicas Yud – Hei – Vav – Hei

Quando falamos esse nome de Hashem conhecido pelos não judeus como “Tetragrama” que eu grego quer dizer “quatro letras”, não podemos pronunciar essas letras consecutivamente, e portanto trocamos as letras Hei por Kei para não falar o nome de Hashem em vão. Falamos assim: Yud Kei Vav Kei

Rabi Shimon bar Yohai nos explica que quando essas letras estão unidas, todas as bênçãos celestiais fluem automaticamente e descem para nós sem nenhuma dificuldade.

Mas quando a última letra está separada das três anteriores é sinal de que está acontecendo uma interrupção entre as bênçãos Divinas e nós.

E o único motivo para que isso aconteça é o de que o nosso comportamento aqui em baixo não está de acordo com o que é exigido de nós lá em cima.

Nosso mundo material é o “mundo da ação”, como seu próprio nome já diz: “Olam HaAssiá” (mundo da ação), e está totalmente sincronizado com os mundos que estão acima dele que são os mundos da “formação” (Yetzirá) criação (Briá) e emanação (Atzilut).

Por isso, esse “desastre espiritual” representado pela separação da última letra do nome de Hashem ao nível do nosso mundo, é causado diariamente pelas nossas ações, pelo nosso comportamento nesse nosso mundo da ação.

E por isso depende de nós, por meio das nossas ações aqui no mundo da ação, revertermos também diariamente essa situação.

Perguntou Rabi Shimon bar Yohai no Zohar: – Quem consegue “consertar” o nome de Hashem lá em cima todos os dias? A pessoa que dá a Tzedaká para o pobre aqui embaixo, respondeu ele!

A classificação espiritual de “pobre” está se referindo a quem está totalmente sincronizado com a Sefirá chamada de Mal’hut.

A Mal’hut é comparada à lua, que não tem nenhuma luz de si própria, mas toda a sua luz é somente a luz que ela recebe do Sol.

Uma formação específica de Sefirót é chamada em aramaico de “Anpin” que quer dizer “face”. (a palavra Sefirót é o plural de Sefirá)

Nosso mundo material foi criado por meio de dez pronunciamentos Divinos que são a revelação das Dez Sefirót.

Elas são divididas em duas categorias genéricas que são os “Mohim” (intelectos) e as “Midot”(sentimentos, qualidades)

As três primeiras Sefirót são chamadas de “Mohim” (intelectos) e as sete “Sefirot de baixo” são chamadas de “Midot” (sentimentos, qualidades).

O conjunto de seis Sefirot que são a Hessed, Guevura, Tiferet, Netza’h, Hod e Yessod é chamado de “Zeir Anpin” que quer dizer “pequena face”.

O Zeir Anpin é o “aspecto masculino” das Sefirót e a revelação Divina no Zeir Anpin é chamada de “Kudsha Bri’h Hu” que quer dizer “o Santo bendito seja”, se referindo ao aspecto masculino desse conjunto de Sefirót onde a característica principal é a de ser o “provedor”.

O Zeir Anpin é representado pela letra “Vav” do nome de Hashem.

A Mal’hut sozinha é chamada de “Nukva” que é o “aspecto feminino” das Sefirót , o lado receptor.

A revelação Divina na Mal’hut é chamada de “Sh’hinta” que quer dizer “a presença Divina”. A Mal’hut é representada pela letra Hei que se encontra no final do nome de Hashem.

A revelação Divina em cada um desses níveis acontece de maneira diferente podendo ser até oposta, como no caso da revelação Divina no Zeir Anpin que o torna o provedor e a revelação Divina na Mal’hut que faz dela o receptor.

Cada um dos dias da criação está ligado à uma dessas Sefirót , nos mostrando que cada uma delas não tem como fazer o que a outra faz e todas são essenciais.

Os dias da criação do mundo nas Sefirót

Hessed – Bondade, expansão. O primeiro dia da criação foi quando foram criados a Água e a Luz que são as principais manifestações da Hessed.

Guevura – Rigidez, disciplina. O segundo dia da criação, quando foram criados os limites e a destruição representada pelo fogo do gehinom, principais características da Guevura.

Tiferet – Beleza. O terceiro dia da criação, quando Hashem criou as ervas e as árvores dando início à vida.

Netza’h- Eternidade. O quarto dia da criação quando Hashem criou o Sol, a Lua e as estrelas.

Hod- Esplendor. O quinto dia da criação quando Hashem criou os peixes e as aves

Yessod- Fundação. O sexto dia da criação quando Hashem criou os animais e o ser humano

Mal’hut – Realeza. O sétimo dia da criação, o dia em que nada foi criado, o dia que não tem nada de si próprio mas só tem o que recebeu dos dias anteriores.

Mesmo que nesse dia nada foi criado, ele se tornou o dia mais importante da criação, foi santificado e elevado por Hashem (D’us), pelo fato de o Mal’hut, mesmo sendo a última das Sefirót, mesmo assim ela tem uma conexão direta com o Keter que é o nível mais elevado nas Sefirót.

A árvore da vida, a árvore da morte e a Tzedaká

Rabi Shimon bar Yohai nos revelou quem é a pessoa que “conserta” o nome de Hashem colocando a letra “hei” que é a Mal’hut junto com as letras anteriores que são o Zeir Anpin, a Bina e a Ho’hma.

Fazendo com que o nome de Hashem esteja completo, e por meio disso trazendo a abundância de cima para baixo.

Essa pessoa, diz Rabi Shimon, é aquela que dá a Tzedaká para o pobre.

O motivo para isso é que o pobre é pobre porque sua Alma está sincronizada com a Mal’hut que é a Sefirá que não tem nada de si própria.

O Rei e os Sábios de Israel também estão na categoria de sincronização com a Mal’hut e por isso a Torá não permite ao Rei ter muitos cavalos, sendo que ele tem um patrocínio total do povo. Ele deveria usar esse patrocínio da maneira correta e não desperdiçar esse dinheiro comprando mais cavalos do que precisava.

Os Sábios de Israel são aqueles que assumiram voluntariamente a função da tribo de Levi. Quando Hashem deu a Terra Santa para o nosso povo, ele pediu para a tribo de Levi não participar da partilha dela, sendo que a função deles seria a de ensinar Torá para o povo.

Diz o Rambam que todo aquele que estuda e ensina Torá está preenchendo a função que teve a tribo de Levi no passado, e por isso os Sábios de Israel tem o direito de receber o seu salário da Tzedaká.

Os órfãos, as viúvas e os Guerim (convertidos) também estão nessa categoria. Os Guerim por não terem recebido uma parte na terra, as viúvas por não terem os maridos que são seus provedores e os órfãos por não terem os pais.

Então porque Rabi Shimon bar Yohai dá ênfase ao pobre? Mesmo que parte das pessoas das categorias anteriormente citadas podem ser pobres também, e também sobre eles Rabi Shimon bar Yohai está dando esse ênfase.

Rabi Shimon explica que a Mal’hut é chamada de Tzedek, que quer dizer justiça, e esse aspecto de rigidez da Mal’hut é a principal característica dela.

Independentemente do fato de ele ser um rei pobre, um Guer pobre, uma viúva pobre, um órfão pobre, um ignorante pobre ou um rabino pobre, o principal nesse caso vai ser o fato de ele estar pobre, porque aí está diagnosticada a quebra na Mal’hut.

Dando todo o apoio ao pobre você está fazendo esse concerto aqui embaixo, e desse jeito você conserta automaticamente o nome de Hashem lá em cima, unindo a Mal’hut ao Zeir Anpin.

E por meio disso a Yessod se une a Mal’hut e repassa a fartura de cima para ela. Dessa forma trazemos a fartura do mundo de cima para o nosso mundo material.

Porque a ação da Tzedaká está ligada a árvore da vida que é o Zeir Anpin enquanto que a Mal’hut é chamada pelo Zohar de árvore da morte, sendo que ela não tem de si própria nada a não ser o que ela recebe do Zeir Anpin por meio da Yessod.

E por isso o pobre é comparado ao morto, pelo fato de estar sincronizado com a Mal’hut que é a árvore da morte.

E por meio da ação da Tzedaká, a Mal’hut se une ao Zeir Anpin e recebe de lá a fartura que vai ser repassada para o nosso mundo.

A Mal’hut é comparada à uma jovem mãe, que depois de comer qualquer coisa ela transforma isso em leitinho e dá de mamar para o nenê.

E quem fez essa Tzedaká para o pobre consertando o nome Divino lá em cima e trazendo as bênçãos celestiais aqui para baixo, é o maior beneficiado nessa transação.

E por isso, mesmo sendo a ação da Tzedaká feita por meio da diminuição do dinheiro sendo que tiramos de nós próprios para darmos ao pobre, mesmo assim, no lugar de o nosso dinheiro diminuir por causa disso, exatamente o contrário acontece.

Ele aumenta grandemente devido ao fenômeno espiritual despertado pela Tzedaká .

E isso é o que a Torá nos revela quando diz que a terra vai dar a sua produção e a árvore vai dar o seu fruto. A terra é a Mal’hut e a árvore é a árvore da vida, o Zeir Anpin

Quando você faz a ação da Tzedaká, você causa lá em cima a união entre o Zeir Anpin e a Mal’hut. Essa união é chamada de “Y’hud Zun”.

Você desperta lá em cima a árvore da vida que é o Zeir Anpin que por meio dessa Mitzvá começa a pairar sobre você.

E por isso está escrito que a Tzedaká salva nossas vidas não somente de uma morte prematura, mas a Tzedaká nos salva do

próprio sua da morte sendo que ela faz com que a árvore da vida paire sobre nós

 

Rabino Gloiber

Sempre rezando por você

 

מעשה במונבז המלך

A Guemará nos conta que há muitos e muitos anos atrás , em uma cidade que hoje é chamada de Erbil, havia um rei muito rico chamado Munbaz. Certa vez o país dele passou por uma grande crise. Mas sempre que tinha um ano difícil todos sabiam que podiam contar com o bom rei .

Ele gastou todos seus tesouros e os tesouros que tinha herdado de seus antepassados com a Tzedaká, com as doações que deu nos anos de crise.

Seus irmãos e parentes se uniram contra ele e lhe disseram

:- Seus antepassados ajuntaram muito dinheiro, seu avô e seu pai acrescentaram ao que eles ajuntaram, e você gastou !

A Guemará nos conta que “As palavras dos sábios são ouvidas com tranquilidade”, e assim o bom rei respondeu com muita calma e sabedoria:

:-Meus antepassados guardaram riquezas aqui embaixo, mas eu guardei minhas riquezas lá em cima.

:-Meus antepassados guardaram riquezas em um lugar aonde poderia ser roubada, mas eu guardei as minhas riquezas em um lugar aonde ninguém pode roubar.

:-Meus antepassados guardaram riquezas em um lugar escondido que não dá frutos, mas eu guardei minhas riquezas em um lugar aonde posso receber aqui os frutos dela!

:-Meus antepassados guardaram as riquezas para outros mas eu guardei minhas riquezas para mim!

:-Meus antepassados guardaram as riquezas para serem usadas neste mundo e se foram sem elas, mas eu guardei as riquezas no próximo mundo, para onde todos nós vamos!

O bom rei Munbaz e sua mãe Heleni Hamalka foram para Yerushalim e se converteram ao judaísmo , e o exemplo deles foi seguido por todas as pessoas sábias daquele país formando lá uma comunidade judaica linda e maravilhosa!

Nossa ONG

Este ano, centenas de pessoas visitaram nosso site. Eles nos visitaram para aprender Torá, para se inspirar e se conectar à sua essência interior.

Todos os dias, centenas de pessoas abrem nossas páginas a procura de informação, serviços, ou para fazer perguntas ao Rabino.

Alguém à procura de conselhos sobre seu casamento, alguém que quer começar a aprender Torá e não sabe por onde começar.

Alguém que está viajando pela América latina e precisa de dicas onde passar Shabat e festas judaicas, ou saber que produtos estão liberados como Kasher em lugares tão distantes.

O Rabino e as voluntárias estão sempre disponíveis fazendo o seu melhor para ajudar, orientar e dar todo suporte necessário.

E tudo isso acontece por causa do do seu apoio.

Nosso site é financiado através da contribuição de pessoas generosas como vocês e as suas famílias, que se tornam sócios nessa Mitzvá. Sua doação é investida diretamente para ajudar as pessoas a se reconectar com a nossa cultura.

Agradecemos do fundo do coração pela sua generosidade em apoiar uma causa nobre.

Organizamos atividades de Cultura Judaica com muita alegria e carinho, abrindo portas para que judeus de todos os níveis descubram as belezas da nossa cultura e religião.

Nosso objetivo é aproximar cada Judeu ao Judaísmo, por mais distante que esteja, por meio de nossas atividades que são:

– Cursos de Hebraico para crianças e adultos

– Biblioteca de livros Judaicos

– Distribuição gratuita de livros e CDs judaicos

– Aulas de Judaísmo para todas as idades

– Palestras em universidades

– Curso de Kabalá

– Orientação e aconselhamento nos mais diversos assuntos

– Divulgação de valores Judaicos e ensino à distância por meio dos nossos canais:

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Nossa missão é a de sermos o elo forte entre vocês e a autêntica cultura judaica. Sempre desejando o seu bem estar material e espiritual.

Nossa História

Rabino Avraham Eitan Gloiber mudou-se para Israel aos 18 anos e estudou no seminário rabínico de Kfar Chabad de 1978 à 1984.

Após concluir seus estudos, começou a trabalhar como professor em Israel tendo tido muito sucesso nessa área a ponto de um dos maiores jornais de Israel ter feito sobre ele uma grande reportagem.

Rabino Gloiber esteve várias vezes com o Rebe de Lubavitch onde recebeu inúmeras bençãos e instruções.

Ele foi aluno do Rav Moshe Weber de Jerusalém e esteve inúmeras vezes com Baba Sali presenciando lá verdadeiros Milagres ligados a sua vida pessoal e pública.

A Torá, a Sabedoria Judaica, nunca entra em férias. Por isso o Rabino nunca parou de estudar e sempre após o trabalho em Israel estudava várias horas, continuando esse costume também aqui no Brasil.

No ano 2000 voltou para o Brasil aonde continuou sempre ensinando Torá, a Sabedoria Judaica.

Em 2012 fundou sua própria ONG, e este ano de 2022 fundou sua própria editora chamada de Oneg Torá que significa o prazer da Torá

 

9 Comments

  • Posted janeiro 22, 2014 12:16 pm
    by
    Andreia Rodrigues

    Amei essa explicação sobre essa grande mitzvah. B”H

  • Posted fevereiro 16, 2018 2:46 am
    by
    ednahwinter

    Essa história é linda e inspiradora!! Que todos sejam desprendidos como esse rei Munbaz!!!

  • Posted junho 14, 2020 11:35 pm
    by
    Eldad

    Sempre muito bom, mas esta foi um tremendo estudo.
    Todah rabah rav.

  • Posted agosto 2, 2020 8:45 pm
    by
    Marcelo Gutierrez Matheus

    parabens pela iniciativa, é conta corrente ou poupança?

    • Posted agosto 3, 2020 4:39 pm
      by
      rabinogloiber

      Muito obrigado pelo seu interesse em nos dar um apoio.

      Nossa conta é conta corrente também porque ela corre para atender à todas as pendências da nossa instituição 😉

      Muito sucesso muita saúde muito dinheiro e felicidades judaicas de toda a família ♥️

  • Posted setembro 28, 2020 7:57 pm
    by
    Luciano Brinhosa

    Rav Gloiber, Shalom!!!
    Eu finalmente achei um meio de agradecer ao sr pelos ensinamentos via Spotfy. Moro atualmente numa cidade do litoral catarinense e trabalho numa cidade que fica há 45km. Todos os dias eu vou e volto ouvindo suas aulas, ou do Rav Davi Weitman ou da Academia de Moisés (rav Rony Gurwitz), a qual sou aluno há mais de um ano. Uma pena que não tem mais áudios novos do sr no Spotfy. Porém, os que tem, foram muito bem ouvidos e me fizeram um grande bem. Obrigado Rav Gloiber, desejo saúde, paz, sabedoria e prosperidade. Grande e fraterno abraço.
    Att
    Luciano Brinhosa (Ely Ur – Ben Noach)

    • Posted março 31, 2023 8:26 pm
      by
      Gabriel

      Rabino Gloiber, bendito sejas tu e a tua casa!

  • Posted dezembro 15, 2020 11:48 am
    by
    Roze Rodrigues

    Shalom Rav, maravilhoso estudo, um grande exemplo nos deixou o Rei Munbaz e obrigada por dividir conosco esse conhecimento, nós não apenas fazemos justiça estendendo a mão para ajudar alguém que está em nessecidade, mas também recebemos bens por isso. Tudo é muito maravilhoso, D’us é bom, B’H. Obrigada Rav Gloiber.

    • Posted dezembro 15, 2020 2:57 pm
      by
      rabinogloiber

      Muito obrigado novamente pelo seus comentários no nosso canal do YouTube. Sempre que tiver uma pergunta pode fazer diretamente pelo WhatsApp 11972762828

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