Yom Kipur

O que é permitido fazer e não fazer no Yom Kipur

As Leis de Yom Kipur são as mesmas que Shabat com exceção de cinco coisas
No Yom Kipur é proibido comer e beber, tomar banho, passar cremes, colocar sapato de couro e ter relações conjugais

כִּֽי־בַיּ֥וֹם הַזֶּ֛ה יְכַפֵּ֥ר עֲלֵיכֶ֖ם לְטַהֵ֣ר אֶתְכֶ֑ם מִכֹּל֙ חַטֹּ֣אתֵיכֶ֔ם לִפְנֵ֥י ה’ תִּטְהָֽרוּ׃

Yom Kipur, o dia do Kipur

A principal característica do idioma hebraico é a de que quando duas palavras tem a mesma “raiz” elas estão sempre ligadas ao assunto central daquela raiz

A palavra “Kipur” compartilha a mesma raiz hebraica da palavra ‘Kaporet’ que é a cobertura da Arca da Aliança.
E ambas as palavras estão fortemente conectadas, não apenas gramaticalmente, mas principalmente espiritualmente.

A Arca da Aliança foi colocada no lugar mais sagrado do Templo, o ‘Santo dos Santos’ que era estritamente proibido de entrar, exceto pelo Sumo Sacerdote e apenas no dia mais sagrado do calendário judaico, no ‘Yom Kipur’.

A cobertura da Arca da Aliança que foi feita de ouro maciço era chamada de ‘Kaporet’ que literalmente significa “cobertura”.

O conceito de “cobertura” em hebraico clássico pode ser entendido também de forma abstrata como “cobrir nossas transgressões”, ou seja, cobrir nossas más ações

Precisamente como o nome do dia mais sagrado do calendário judaico: “Yom Kipur”. {יום כיפור}, o dia em que Hashem (D’us) cobre as nossas transgressões

יכפר עליכם לטהר

O versículo que fala sobre Yom Kipur usa duas linguagens diferentes, cobrir e purificar
Nos mostrando que a Teshuvá, o arrependimento que temos pelas coisas ruins que fizemos, pode tanto” cobrir” essas coisas ruins fazendo com que o tribunal Divino as veja como “casos encerrados” e enterrados na nossa história, ou transformá-las em Mitzvot puras e reluzentes

Quando nos arrependemos das coisas ruins que fizemos por medo dos castigos que podemos receber como consequência delas, conseguimos “enterrar” as nossas más ações

Elas continuam lá, mas já não vamos receber o castigo “medida por medida” que deveríamos receber por elas por causa do nosso arrependimento

Mesmo tendo sido ele um arrependimento egoísta, pensando em nós próprios e não no sofrimento que causamos para Hashem (D’us) por tê-los feito

Um arrependimento que tivemos não por causa do mal que fizemos, mas por causa do medo de perder dinheiro ou saúde por termos feito as coisas erradas, ou até por medo do gehenon que é o inferno judaico limitado para doze meses, mas no qual uma hora é comparada a 70 anos dos maiores sofrimentos nesse mundo

E tudo isso está ligado à linguagem “cobrir” do versículo. Nossas más ações continuam lá, mas apenas mudaram de Status. Nosso arrependimento as transformou de intencionais para não intencionais. O que fizemos de propósito foi transformado pelo nosso arrependimento em algo que fizemos sem querer

Mas quando nosso arrependimento é causado pelo remorso que sentimos por termos causado para Hashem todo o sofrimento que causamos lá em cima quando nos comportamos errado, nesse caso nossas transgressões se tornam o motivo da nossa Teshuvá

E no lugar de se tornarem “transgressões cobertas” devido ao nosso arrependimento e recebendo por meio dele o Status de “feitas sem querer”, elas  se tornam parte do mandamento Divino da Teshuvá. Elas se transformam em Mitzvá, e aí recai sobre elas a segunda linguagem do versículo: ”Purificar”

E sendo que no Yom kipur acontece a revelação do nível mais elevado da nossa Alma, o nível chamado de Yehidá” que é o único nível da nossa Alma que não tem lado impuro paralelo à ele, nesse dia temos a facilidade de transformar nossas transgressões em Mitzvót

Então não percam essa oportunidade!

Gmar Hatimá Tová
Rabino Gloiber e equipe

 

 BS”D

por Rabino Efraim Birbojm

INTRODUÇÃO AO VIDUI

Yom Kipur, o “Dia do Perdão”, é um dos dias mais sagrados para o povo judeu. Espiritualmente, representa o dia em que D’us está mais propício a aceitar o nosso arrependimento e a nos perdoar, pois foi justamente neste dia que Ele perdoou o povo judeu pelo terrível pecado do bezerro de ouro. É um dia de rezas e jejum e, pelo fato de estarmos neste dia afastados de todos os prazeres materiais, nos elevamos e nos assemelhamos aos anjos. O Talmud (Taanit 26b) afirma que Yom Kipur, por este aspecto de limpeza e purificação, é um dos dias mais alegres do ano para o povo judeu.

Porém, o serviço de Yom Kipur não se resume a apenas dizer palavras que não entendemos, sem Kavaná (intenção) e concentração, enquanto pensamos no trabalho da faculdade ou no projeto do escritório. O coração é a parte do corpo que está mais suscetível às más inclinações e, portanto, é exatamente onde temos que trabalhar para que possamos realmente nos tornar pessoas melhores.

Yom Kipur é um dia de Teshuvá (retorno ao caminho correto). Como ensinam nossos sábios, a Teshuvá é composta por três partes: o arrependimento sincero, o Vidui (confissão) e o comprometimento a não voltarmos a errar. Entendemos o arrependimento e o comprometimento de não voltar a errar, mas para que serve o Vidui? Se D’us já conhece todas as nossas transgressões, por que é necessário confessá-las em Yom Kipur?

A resposta é que o ser humano tem a tendência de pensar que nunca comete erros. É difícil assumirmos nossas falhas, pois isso fere a nossa autoestima. Preferimos tentar sempre justificar nossos erros ou colocar a culpa nos outros, até mesmo de forma subconsciente. Com isso, podemos viver uma vida inteira da maneira equivocada sem nos dar conta.

É por isso que o Vidui (confissão) é tão importante no processo de Teshuvá. O Vidui nos ajuda a abrirmos o nosso coração, em uma reflexão verdadeira e sincera sobre nossos erros com D’us e com o próximo. É o momento da pessoa ser honesta com D’us e, principalmente, consigo mesma. O Vidui nos ajuda a despertar do nosso “sono” espiritual e a quebrar a nossa insensibilidade e o nosso orgulho. Além disso, a fala transforma ideias e emoções em coisas mais reais e palpáveis, nos ajudando a encarar nossos desafios. Ao confessar os erros que nos desviaram do nosso objetivo, nós estamos dando um importante passo para redirecionar nossas vidas.

A possibilidade dos nossos erros serem apagados como se nunca tivéssemos transgredido é um grande milagre e uma grande bondade de D’us. Quando Ele vê que realmente queremos voltar aos caminhos corretos, Ele remove as impurezas dos nossos corações e nos ajuda a voltar. Apesar das portas da Teshuvá nunca se fecharem, em Yom Kipur elas estão completamente abertas. Portanto, Yom Kipur é um presente de D’us, pois é o dia em que podemos dizer para D’us “Sim, erramos, assumimos, mas queremos e podemos mudar”. Em Sua misericórdia, D’us nos responde: “Todo aquele que vem se purificar, o purificam Min Hashamaim (do Céu)”.

Que possamos aproveitar este presente para purificarmos nossos corações.

Rabino Efraim Birbojm 

Diretor – Shaarei Biná Brasil

Acesse ao link abaixo para baixar e imprimir o Vidui antes do Yom Kipur

https://1drv.ms/w/s!Aq-RCsi2dwMepXO3I8Y0tubqjeuf

 

As melhores dicas de rabinos de Israel para ter um “jejum quase sem sede e sem fome”

Para você sobreviver ao Yom Kipur e passar o jejum com segurança e facilidade.

No dia da véspera de kipur (hoje) desde manhã até o início do jejum, você deve beber água a cada hora ou mais, porque é assim  que o corpo recebe líquidos dosados e absorve / hidrata até atingir o estado de saturação.

Se você beber ao longo  do dia, não há necessidade de beber uma quantidade maior antes do jejum.

Antes da última refeição antes do jejum, é importante comer uma 

*colher de mel* porque o mel faz com que os líquidos do corpo sejam preservados e não excretados rapidamente, para que até a tarde  do dia seguinte, você não sinta muita sede.

No último drink após a refeição antes do jejum , tome uma bebida amarga, como um chá forte ou amargo ou pouca  cerveja branca. 

Porque terminando a refeição com uma bebida amarga, a sede é saciada, e durante a noite você não sentirá sede .

O rabino Weisel acrescenta uma dica e observação:

Beber muito logo após a refeição, e minutos antes do início do jejum , por falta de tempo – é quase ineficaz, causa rápida digestão e perda dos componentes alimentares e minerais essenciais para o corpo. Isso faz que sejam excretados  em pouco tempo e é uma pena. 

Para reduzir pelo menos as possibilidades, é desejável planejar com antecedência terminar de comer uma hora antes do jejum e não beber *logo  depois de comer* por cerca de vinte minutos a meia hora, como alerta o Rambam.

Você deve planejar deixar  tempo  suficiente antes do jejum para poder beber lentamente, com calma, começando cerca de meia hora depois de comer.

Assim você se hidratará com  mais eficácia.

Com relação aos *tipos dos  alimentos da refeição final* antes o jejum o Rabino Weisel escreve :

Além da comida habitual, seria  recomendável comer *bastante cenoura*, também pode ser cozida.

A cenoura demora para ser digerida ,e dá sensação de satisfação ,assim você  não sente fome.

Comer de 5 a 8 amêndoas antes do jejum também dá uma sensação de saciedade, até serem digeridas já passará o jejum .

(Se você puder mergulhá-los em água quente na noite anterior e retirar a pele marrom, ótimo).

Rabinos Sefaradim recomendam que você deve se munir de folhas de hortelã, arruda, alecrim, canela e cravo da índia, falar a Brahá Borê Minei Bessamim antes da reza e cheirar essas folhas cada vez que você sentir sede, fome ou uma levíssima tontura. Uma respiração forte em cada narina irá acalmá-lo imediatamente. Para tontura você pode também agarrar com força a pele acima do nariz, entre os olhos, pressionar por alguns segundos, e a tontura vai passar.

Um bom e tranquilo jejum ,Gmar Hatimá Tová pra todos 🌻

Rabino Gloiber e equipe 🌻

מצווה לברך על ריח טוב של בשמים ביום הכיפורים כדי להשלים למאה ברכות ויכול לברך עליהם כמה פעמים ביום אם הסיח דעתו. ואין לחוש שעל ידי הנאת הריח מבטל מצוות “ועניתם את נפשותיכם”.

ואפשר לברך הנותן ריח טוב בפירות גם על פירות שראויים לאכילה כמו שהם ולא גוזרים שמא יבוא לאכול מהם [חזו”ע עמ’ רפו].