Jejuns Deoraita (da Torá)

Jejuns Derabanan (dos Sábios e Profetas)

O calendário judaico tem seis dias de jejum.

 

Um único Deoráita (da Torá) que é o Yom Kipur, e cinco “Derabanan”

 

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Desses cinco, quatro estão ligados à destruição do Beit Hamikdash

 

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Um ligado ao Milagre de Purim

 

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Lembrando que se alguém não nasceu de uma mãe judia ou ainda não se converteu ao judaísmo, não precisa fazer esses jejuns.

Meu pedido pessoal para todos os nossos queridos amigos da ONG é de que vocês não façam os jejuns derabanan antes da conversão, nem voluntariamente.

Mas se quiserem, podem trocar esse jejum por Tzedaká, que no caso de alguém que ainda não se converteu ao judaísmo esse é um jejum voluntário, e o Alter Rebe explica no Tanya que todos os jejuns voluntários descritos pelo Ari Zal não devem ser feitos na prática mas devem ser trocados por Tzedaká no valor de três refeições que naquela época eram 18 rublos poloneses.

O objetivo do jejum não é a aflição, mas o arrependimento, e o jejum é apenas um meio para esse fim.

Por isso devemos fazer um check-up espiritual nesse dia, examinar nossas ações nos dias de jejum, e consertar o que precisa ser consertado

Todos os jejuns judaicos são jejuns derabanan, com exceção do Yom Kipur.

Yom Kipur – 10 de Tishrei

Jejum Deoráita


Tzom Guedália- 3 de Tishrei

assassinato de Guedália – jejum Derabanan


Assará BeTevet – 10 de Tevet

cerco de Jerusalém – jejum Derabanan

Shivá Assar beTamuz -17 de Tamuz

Quebra das muralhas – jejum Derabanan


Tishá beAv – 9 de Av

Destruição do Beit Hamikdash- jejum Derabanan


Taanit Esther

13 de Adar – Derabanan

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Yom Kipur – um único Jejum Deoráita (da Torá)

YOM KIPUR

O dia da purificação das nossas transgressões

A Torá nos determinou um único jejum, o Yom Kipur.

Meninas a partir de bat-Mitzvá, doze anos de idade, e meninos a partir de Bar-Mitzvá, treze anos precisam jejuar o dia inteiro (se conseguirem) e cumprir todas as leis referentes a este dia que são:

A proibição de comer e beber

de se lavar (mas ao levantar-se pela manhã, é obrigatório fazer a “Netilat Yadaim” lavando apenas os dedos das mãos podendo passar eles nos olhos);

é proibido também passar cremes, óleo ou maquiagem (no rosto ou no corpo);

calçar sapatos de couro; e ter relações conjugais (pessoas casadas).

Pessoas idosas ou doentes que não podem jejuar devem consultar o médico sobre isso e conversar com um rabino sobre o que o médico falou (há casos que o jejum é liberado totalmente , casos que se come e se bebe um pouquinho dentro de medidas e horários instruídos pelo Rabino e casos que não se come mas se bebe litros de água).

Yom Kipur que cai no Shabat não é adiado para domingo como todos os outros dias de jejum mas é feito no próprio Shabat. A Torá chama Yom Kipur de “Shabat shabaton” – “O Shabat dos Shabats”, indicando que ele tem precedência sobre o Shabat.

A Guemará nos conta que quem come e bebe bastante na véspera de Yom Kipur é como se tivesse feito dois dias de jejum.

Um dos motivos desta Mitzvá de comer e beber bastante na véspera de Yom Kipur é para que possamos nos alegrar pelo mérito de termos recebido a Mitzvá da Teshuvá (arrependimento e conserto), cujo clímax é um dia especial por ano, no qual D’us nos purifica de nossos pecados, o Yom Kipur.

As melhores dicas de rabinos de Israel para ter um “jejum quase sem sede e sem fome”

Para você sobreviver ao Yom Kipur ou a qualquer outro jejum

E passar o jejum com segurança e facilidade.

No dia da véspera de kipur (hoje) desde manhã até o início do jejum, você deve beber água a cada hora ou mais, porque é assim que o corpo recebe líquidos dosados e absorve / hidrata até atingir o estado de saturação.

Se você beber ao longo do dia, não há necessidade de beber uma quantidade maior antes do jejum.

Antes da última refeição antes do jejum, é importante comer uma

*colher de mel* porque o mel faz com que os líquidos do corpo sejam preservados e não excretados rapidamente, para que até a tarde do dia seguinte, você não sinta muita sede.

No último drink após a refeição antes do jejum , tome uma bebida amarga, como um chá forte ou amargo ou pouca cerveja branca.

Porque terminando a refeição com uma bebida amarga, a sede é saciada, e durante a noite você não sentirá sede .

O rabino Weisel acrescenta uma dica e observação:

Beber muito logo após a refeição, e minutos antes do início do jejum , por falta de tempo – é quase ineficaz, causa rápida digestão e perda dos componentes alimentares e minerais essenciais para o corpo. Isso faz que sejam excretados em pouco tempo e é uma pena.

Para reduzir pelo menos as possibilidades, é desejável planejar com antecedência terminar de comer uma hora antes do jejum e não beber *logo depois de comer* por cerca de vinte minutos a meia hora, como alerta o Rambam.

Você deve planejar deixar tempo suficiente antes do jejum para poder beber lentamente, com calma, começando cerca de meia hora depois de comer.

Assim você se hidratará com mais eficácia.

Com relação aos *tipos dos alimentos da refeição final* antes o jejum o Rabino Weisel escreve :

Além da comida habitual, seria recomendável comer *bastante cenoura*, também pode ser cozida.

A cenoura demora para ser digerida ,e dá sensação de satisfação ,assim você não sente fome.

Comer de 5 a 8 amêndoas antes do jejum também dá uma sensação de saciedade, até serem digeridas já passará o jejum .

(Se você puder mergulhá-los em água quente na noite anterior e retirar a pele marrom, ótimo).

Rabinos Sefaradim recomendam que você deve se munir de folhas de hortelã, arruda, alecrim, canela e cravo da índia, falar a Brahá Borê Minei Bessamim antes da reza e cheirar essas folhas cada vez que você sentir sede, fome ou uma levíssima tontura. Uma respiração forte em cada narina irá acalmá-lo imediatamente. Para tontura você pode também agarrar com força a pele acima do nariz, entre os olhos, pressionar por alguns segundos, e a tontura vai passar.

Um bom e tranquilo jejum ,Gmar Hatimá Tová pra todos 🌻

Rabino Gloiber e equipe 🌻

מצווה לברך על ריח טוב של בשמים ביום הכיפורים כדי להשלים למאה ברכות ויכול לברך עליהם כמה פעמים ביום אם הסיח דעתו. ואין לחוש שעל ידי הנאת הריח מבטל מצוות “ועניתם את נפשותיכם”.

ואפשר לברך הנותן ריח טוב בפירות גם על פירות שראויים לאכילה כמו שהם ולא גוזרים שמא יבו

א לאכול מהם [חזו”ע עמ’ רפו].

Jejuns Derabanan

 

Uma Mitzvá dos profetas é a pessoa jejuar nos dias que ocorreram desgraças com nossos antepassados.

 

O objetivo principal desses jejuns é despertar os corações a observar os caminhos da Teshuvá (arrependimento).

 

Na lembrança de fatos históricos que marcaram a vida de nossos antepassados somos inspirados a retornar (fazer Teshuvá) conforme está escrito: “e confessaram seus pecados e os pecados de seus pais”.

 

Desta forma cada um possui a oportunidade nesses jejuns de refletir sobre seus atos e se arrepender da forma como tem agido. Como está escrito sobre os habitantes da cidade de Nínive na Assíria: “E viu D’us os seus atos”.

 

Nossos sábios explicam que não falou sobre o seu luto ou seus jejuns, somente “e viu D’us seus atos”, pois retornaram do caminho do mal.

 

O jejum é basicamente um preparo para a Teshuvá e deve-se aproveitar a oportunidade para reflexão e retorno.

Tzom Guedália

3 de Tishrei (jejum de Guedália)

O dia seguinte a Rosh Hashaná marca o Jejum de Guedaliá. O jejum começa ao alvorecer e termina ao cair da noite.

Qual é o significado desse jejum, e por que ocorre durante os dias intermediários entre Rosh Hashaná e Yom Kipur?

A história de Guedaliá

Após a destruição do Primeiro Templo há 2.500 anos, a maioria do povo judeu foi exilada para a Babilônia.

O conquistador, Nabucodonosor, terminou por facilitar algumas de suas restrições mais severas e permitiu que alguns judeus permanecessem na Terra de Israel.

Ele chegou a designar um judeu Tzadik, chamado Guedaliá, para administrar o território. Aos poucos, mais judeus que tinham escapado dos horrores da guerra para os países vizinhos começaram a voltar aos seus lares em Israel.

Guedaliá era realista sobre as limitações da soberania judaica. Ele compreendia que para sua auto-preservação, os judeus em Israel precisavam cooperar plenamente com a nação que tinha conquistado o seu país.

Porém esta política de subserviência era intolerável para alguns judeus. Um homem chamado Yishmael ben Netaniah, espicaçado pela inveja e influência estrangeira, promoveu um levante para ignorar o Rei da Babilônia.

Em 3 de Tishrei, Yishmael traiçoeiramente assassinou Guedaliá, bem como muitos outros judeus e babilônios.

Após o assassinato de Guedaliá, os judeus temiam uma reação do Rei da Babilônia. Pensaram em fugir ao Egito para se salvarem.

Porém como o Egito era uma sociedade moralmente corrupta, os judeus estavam num dilema – era a ameaça física contra o perigo espiritual. Portanto, eles se voltaram ao Profeta Yirmiyáhu, que estava recolhido em luto, para pedir conselhos.

Durante uma semana inteira, Yirmiyáhu implorou a D’us por uma resposta. Finalmente, em Yom Kipur, ele teve um retorno.

Yirmiyáhu chamou os judeus e disse a eles para permanecerem em Israel, e tudo daria certo. D’us estava planejando fazer com que os babilônios agissem misericordiosamente para com os judeus, e dentro em breve, todos os judeus exilados teriam permissão de voltar ao seu próprio solo.

Mas, Yirmiyáhu lhes disse, se os judeus decidissem ir para o Egito, a espada da qual eles estavam correndo os mataria lá.

Infelizmente, as palavras do Profeta não causaram efeito, e o povo se recusou a acreditar. Todos os judeus em Israel fizeram as malas e desceram ao Egito.

Chegaram a seqüestrar Yirmiyáhu e levá-lo com eles! Agora a destruição estava completa; a Terra de Israel ficou completamente estéril.

É fácil prever o que aconteceu em seguida. Alguns anos depois, a Babilônia conquistou o Egito e dezenas de milhares de exilados judeus foram completamente dizimados.

O único sobrevivente deste massacre foi Yirmiyáhu, sua profecia tinha se provado tristemente verdadeira.

 

O evento inicial – o assassinato de Guedaliá – tem sido comparado à destruição do Templo Sagrado, porque custou vidas judaicas e foi o fim da colonização judaica em Israel durante muitos anos.

Os Profetas, portanto, declararam que o aniversário dessa tragédia deveria ser um dia de jejum. É o terceiro dia de Tishrei, imediatamente depois de Rosh Hashaná.

Lições do Jejum

Lição nº 1 – O povo judeu tinha caído a um de seus níveis mais baixos na História. O Templo fora destruído, a maioria dos judeus tinha sido exilada, e tudo parecia desesperador.

Porém D’us mudou esta situação desesperada e fez com que o Tzadik Guedaliá fosse nomeado. Porém Guedaliá foi assassinado e toda a esperança se perdeu.

Foi a essa altura que Yirmiyáhu rezou, pedindo a D’us alguma visão e certeza. Isso foi durante os 10 dias entre Rosh Hashaná e Yom Kipur.

Esta história é relembrada para nos ensinar uma importante mensagem para os dias de hoje: Não importa quão distante você esteja, sempre poderá voltar e D’us o perdoará.

Lição nº 2 – Os judeus que foram pedir conselho a Yirmiyáhu tinham certeza, subconscientemente, que D’us lhes daria a resposta que desejavam ouvir.

Portanto, quando D’us respondeu de modo diferente, eles se rebelaram. Porém, não eram pessoas perversas. O que aconteceu?

Embora estes judeus de certa forma dependessem da vontade dos babilônios, não estavam dispostos a dependerem da vontade de D’us.

A lição é que apegar-se a D’us significa segui-Lo o tempo todo, não somente quando isso coincide com aquilo que você deseja.

Uma boa regra na vida, quando se enfrenta um dilema moral traiçoeiro, é perguntar a si mesmo: “O que D’us diria? O que Ele deseja que eu faça?”

Lição nº 3 – Um assassinato é uma enorme tragédia, terrível, que pode ter enormes repercussões históricas. Não há desculpas para tal violência.

Temos diferenças filosóficas e políticas? Devemos resolvê-las com calma e tolerância. É a única maneira aceitável.

Assará BeTevet

 

Assará BeTevet

 

O dia 10 do mês hebraico de Tevet é um dia de jejum em que não comemos nem bebemos desde antes do nascer do sol até o anoitecer.

É um dia de luto nacional para o Povo Judeu, pois marca o início do sítio a Jerusalém pelos exércitos de Nabucodonozor, no ano de 425 A.E.C, e a subsequente destruição do Primeiro Templo Sagrado.

Essa data é considerada o início da dispersão de nosso povo e de todas as tragédias que se seguiram.

Em tempos recentes, essa data passou a ser também o dia em que se diz Kadish em memória das vítimas do Holocausto, muitos dos quais têm seu dia de falecimento desconhecido.

Por que jejuamos em 10 de Tevet?

Essa data marca o início da queda de Jerusalém e o subsequente exílio do Povo Judeu.

Durante muitos anos, à época do primeiro Tempo Sagrado de Jerusalém, D’us enviava Seus profetas para alertar o Povo Judeu que se não melhorassem seu comportamento, Jerusalém e o Templo Sagrado seriam destruídos.

Até que, em 10 de Tevet do ano de 3336 (425 a.E.C.) os exércitos do imperador Nabucodonozor, da Babilônia, sitiaram Jerusalém.

D’us retardou a destruição para dar aos judeus a oportunidade de se arrependerem.

Enviou o profeta Jeremias para dar uma advertência ao Povo Judeu, mas em vez de ouvir seu chamado, eles o aprisionaram.

Assim, 30 meses depois, no nono dia do mês hebraico de Tamuz de 3338, os exércitos babilônicos romperam os muros de Jerusalém e, em Tishá b’Av, o nono dia do mês de Mena’hem Av, destruíram o Templo Sagrado de Jerusalém e exilaram o Povo Judeu.

De certa forma, o jejum de 10 de Tevet é extremamente duro, pois, diferentemente dos demais jejuns é cumprido mesmo quando cai em uma sexta-feira.

Geralmente, é proibido jejuar nas sextas-feiras porque isso interferiria com os preparativos para o Shabat e não é adequado entrar em um dia sagrado sentindo muita fome.

Por esse motivo, quando os demais jejuns derabanan caem na sexta-feira, eles são antecipados para a quinta-feira, fora o Yom Kipur que é um jejum deoráita.

Mas o jejum de 10 de Tevet deve ser cumprido mesmo em Erev Shabat, a véspera de Shabat.

Há uma opinião que defende que se essa data caísse no Shabat, jejuar-se-ia nesse dia. Isso comprova a dureza desse dia de jejum, pois mesmo o de Tishá b’Av – que dura uma noite e um dia inteiros – nunca é realizado no Shabat, e quando acontece de cair no Shabat ele é adiado para o dia seguinte.

O jejum do dia 10 de Tevet é tão grave pelo fato de ser visto como o início da cadeia de eventos que culminaram com a queda de Jerusalém e a destruição do Templo Sagrado, e o subsequente exílio do Povo Judeu.

 

 

Apesar do seu retorno à Terra de Israel após os 70 anos de exílio na Babilônia e apesar da construção do segundo Templo Sagrado, a nação nunca se recuperou, de fato, da queda do primeiro Reino de Israel.

O sítio a Jerusalém ocorrido em 10 de Tevet foi, portanto, a origem de todas as calamidades na História Judaica.

E foi aí que começaram a dispersão de nosso povo e todas as tragédias que se seguiram.

 

Essa data é também o dia da recordação de dois eventos trágicos que ocorreram nos dias que antecederam o 10 de Tevet.

O primeiro deles ocorreu em 8 desse mês e foi a tradução da Torá para o grego. Ptolomeu, o imperador egípcio-grego que estava no poder, reuniu 72 sábios da Torá, isolando-os em 72 aposentos separados e lhes ordenando que traduzissem a Torá para o grego.

 

No 8º dia de Tevet do ano 3515 (246 a.E.C.) eles produziram 72 traduções idênticas!

Foi um feito milagroso, particularmente porque havia 13 pontos onde os tradutores divergiram intencionalmente da tradução literal, para evitar que a Torá fosse mal interpretada por não judeus ao ler a tradução.

Todos os 72 sábios traduziram essas 13 passagens da mesmíssima maneira!

Apesar desse grande milagre, nossos Sábios viram essa tradução da Torá como um dos dias mais trágicos na História Judaica.

Chegaram, mesmo, a compará-lo com o dia em que os judeus fizeram o Bezerro de Ouro.

Aparentemente, a tradução da Torá não deveria ser considerada um evento negativo.

O próprio Moshe traduziu a Torá para 70 idiomas.

Mas, diferentemente dessa tradução e das traduções de nossos textos sagrados feitas ao longo dos tempos, especialmente em anos recentes, a tradução ordenada pelo imperador egípcio-grego não era uma empreitada sagrada nem Divina, mas um projeto humano motivado por uma intenção maldosa.

Portanto, era como um bezerro de ouro, um receptáculo definido pelo homem para a Verdade Divina.

O propósito do imperador ao ordenar a tradução não era disseminar o estudo da Palavra de D’us, mas permitir uma distorção do significado original da Torá.

E, de fato, a tradução grega da Torá ajudou os judeus helenistas a introduzir a cultura grega na vida judaica e a modificar o judaísmo de modo a adaptá-lo aos valores gregos e seu estilo de vida.

O uso do idioma grego para traduzir a Torá teve amplas ramificações na sociedade judaica: minou alguns dos esforços dos rabinos no combate ao fascínio que os gregos exerciam sobre os judeus.

O segundo evento trágico que antecedeu o dia 10 de Tevet foi o falecimento de Ezra HaSofer, Ezra, o Escriba, que morreu no dia 9 desse mês, do ano de 3448 (313 a.E.C.) – 1000 anos após a entrega da Torá no Monte Sinai.

Nossos Sábios ensinam que se D’us não nos tivesse dado a Torá por intermédio de Moshé, Ele o teria feito através de Ezra.

Ezra conduziu o retorno do Povo Judeu à Terra de Israel após o Exílio da Babilônia.

Ele supervisionou a construção do Segundo Templo, fortaleceu o cumprimento das leis do Shabat e ajudou a pôr fim à onda de casamentos mistos que dizimava o Povo Judeu à época.

Como chefe da Grande Assembleia de Sábios e Profetas, a Anshei Knesset HaGuedolá, Ezra compilou os 24 livros do Tanach (Torá, Profetas e Escrituras – Torá, Neviim e Ketuvim) e, ao instituir uma série de práticas judaicas, assegurou a continuação do judaísmo autêntico entre o Povo Judeu.

Pode-se dizer que Ezra HaSofer é o responsável pela sobrevivência do judaísmo até nossos dias. Por esse motivo, marcamos o dia de seu falecimento como um dia muito triste no calendário judaico.

Como jejuar nos três dias – 8, 9 e 10 de Tevet – seria fora de propósito, os eventos tristes dos outros dois dias são incluídos no jejum do dia 10.

Isso condiz com a política rabínica de reunir as comemorações tristes aos dias já consagrados ao jejum para evitar povoar o calendário judaico com tantos dias de recordações trágicas.

Aliás, essa é a razão pela qual a celebração que homenageia a destruição das comunidades judaicas de Worms, Speyers e Mainz pelos Cruzados, em 1096, é marcada pelo jejum de Tishá b’Av, ainda que essas destruições tenham ocorrido em outros meses do nosso calendário.

A política de minimização do número de dias de celebração de eventos tristes se tornou prática aceita em toda a História Judaica, até o Holocausto.

Como a Shoá não teve paralelo na história do Povo Judeu na Diáspora, como a enormidade da tragédia supera todas as demais, o Estado de Israel designou uma data especial apenas para o Dia da Recordação do Holocausto.

Os rabinos, contudo, também atribuem a recordação do Holocausto ao dia 10 de Tevet, quando falamos o Kadish por aqueles que foram mortos no Holocausto, mas cuja data de falecimento é desconhecida.

Assim, nessa data, não apenas recordamos nossos 7 milhões de mártires; também jejuamos e choramos por eles.

Há vários temas sobre os quais devemos refletir nesse dia.

Primeiro, devemos ter em mente que quando o general da Babilônia e suas tropas cercaram Jerusalém, nenhum judeu podia entrar na cidade ou deixá-la.

Todos os seus habitantes foram forçados a viver em comunidade.

A Guemará nos ensina que: “D’us envia a cura antes da doença”. O sítio à Jerusalém foi um exemplo desse ensinamento talmúdico: D’us deu aos judeus da cidade a oportunidade de se unirem.

Se assim o tivessem feito, teriam saído vitoriosos sobre o exército babilônico.

Mas os judeus não se uniram e o resultado foi destruição e exílio.

O exílio que se seguiu à queda do primeiro Templo Sagrado durou apenas 70 anos, mas a História Judaica nunca mais foi a mesma.

Um segundo Templo foi construído, mas era desprovido dos inúmeros milagres que ocorreram no primeiro.

Os judeus retornaram à Terra de Israel liderados por Ezra, o Escriba, mas eles nunca mais desfrutaram do mesmo grau de independência que tinham antes.

A queda do primeiro Templo Sagrado foi, portanto, o início de nosso atual exílio, que durou cerca de 2000 anos.

E o início da queda do primeiro Templo ocorreu em 10 de Tevet.

Isso foi a origem de todos os problemas e tragédias que se seguiram ao longo da história de nosso povo.

Por esta razão, o jejum de 10 de Tevet é tão especialmente grave, que não pode ser adiado nem antecipado nem mesmo quando cai na véspera do Shabat.

Desde a queda do segundo Templo, vivemos no exílio já há quase dois milênios.

A Guemará nos conta que a principal causa desse exílio foi o ódio entre os judeus.

Quando há harmonia e unidade entre nós, judeus, somos invencíveis.

A história de Israel demonstra que quando o Povo Judeu está unido, o Estado e suas forças armadas são imbatíveis.

Mas, quando há, e que D’us não o permita, ressentimento e ódio entre nós, o resultado é derrota e exílio.

O cerco de Jerusalém no dia 10 de Tevet deu ao Povo Judeu a oportunidade de remediar a causa do exílio antes que tivesse começado. Infelizmente, o povo não se apercebeu nem se utilizou da cura antes e nem mesmo depois da doença se ter instalado…

Assim como ocorreu da primeira vez, todos os anos o dia 10 de Tevet é um dia especial para que todos os judeus se empenhem em curar a causa primária de nosso exílio.

Isso se faz criando harmonia e paz entre nós e nossos irmãos, o Povo Judeu.

Devemos esforçar-nos para admitir que apesar de nossas diferenças, o que nos une é muito maior do que o que nos separa.

Não importa quão grande a distância, é muito, mas muito melhor viver em paz com nossos irmãos judeus do que enfrentar a derrota, o exílio e a destruição.

A defesa de Jerusalém

Há outra questão sobre a qual devemos refletir no dia 10 de Tevet – o nosso vínculo com a cidade sagrada de Jerusalém.

Essa cidade foi, é e será para sempre a Capital do Povo Judeu. Jerusalém não é apenas a capital política do Estado de Israel – é também a capital espiritual de nossa nação.

O jejum de 10 de Tevet, bem como os de 17 de Tamuz e 9 de Av, nos recordam que quando os exércitos inimigos quiseram destruir o Reino de Israel, eles atacaram Jerusalém. Perceberam que se a Cidade Santa caísse, o Povo Judeu cairia.

Jerusalém é o coração da Terra de Israel. Um Reino de Israel sem Jerusalém é como um organismo humano sem coração. Portanto, precisamos reconhecer Jerusalém pelo que a cidade é. Devemos promovê-la e protegê-la. Jerusalém é o centro espiritual do mundo e a chave de sua redenção.

Hoje, os inimigos do nosso povo, como os antigos babilônios e romanos, atacam nossa nação indo atrás de Jerusalém.

Seu desejo supremo é extirpar os judeus da única Pátria Judaica para que novamente estejamos indefesos, como estivemos durante 2000 anos, quando não tínhamos país nem exército.

Sua estratégia para executar esse plano nefasto é tentar criar uma cisão entre o Povo Judeu e sua cidade, Jerusalém.

Uma Resolução aprovada pela UNESCO, organismo das Nações Unidas encarregado da preservação da cultura e história, negou os vínculos do judaísmo a Jerusalém e seus lugares santos.

Essa Resolução não apenas zombou da história – fato irônico já que a UNESCO é a encarregada de preservar a história –, mas o que talvez seja bem pior: trata-se de uma campanha vil dirigida ao coração da nação judaica.

“Dizer que os judeus não tem vínculos com o Monte do Templo e o Muro Ocidental é como dizer que a China não tem vínculos com a Muralha da China ou que o Egito não tem vínculos com as Pirâmides.

Com essa decisão absurda, a UNESCO perdeu a pouca legitimidade que lhe restava”.

Quem perpetua uma negação tão grosseira da História – a ideia de que se contarmos uma mentira muitas vezes ela se tornará verdade – segue os passos de Goebbels, Stalin e Hitler – inimigos dos judeus e da humanidade.

O dia 10 de Tevet, que marca o sítio a Jerusalém, deve inspirar todos os judeus a fortalecer seus laços com a Cidade Sagrada e com a Terra de Israel.

E o fazemos estudando e ensinando o Judaísmo, defendendo a verdade e combatendo as falsidades, defendendo nosso direito à Terra de Israel e aos Lugares Santos de todas as cidades.

Acima de tudo, fortalecemos Israel e Jerusalém quando promovemos a paz e a unidade entre nós, judeus, onde quer que estejamos, seja em Israel ou na Diáspora.

Shivá Assar beTamuz

17 de Tamuz

Cinco acontecimentos trágicos aconteceram nesse dia na história do nosso povo:

נִשְׁתַּבְּרוּ הַלּוּחוֹת

וּבָטַל הַתָּמִיד

וְהֻבְקְעָה הָעִיר

וְשָׂרַף אַפּוֹסְטֹמוֹס אֶת הַתּוֹרָה

וְהֶעֱמִיד צֶלֶם בַּהֵיכָל

1 – No dia 6 de Sivan recebemos os Dez Mandamentos no Monte Sinai. No dia 7 de Sivan Moshe Rabeinu subiu bem cedinho no Monte Sinai para receber o resto da Torá, e ficou lá quarenta dias.

No dia 17 de Tamuz Moshe Rabeinu desceu do Monte Sinai, depois de 40 dias de “altas revelacoes”. Em suas mãos carregava as duas Tábuas gravadas com os Dez Mandamentos.

Quando Moshe viu o povo dançando em volta do Bezerro de Ouro, as Tábuas caíram das suas mãos e se quebraram, e essa tragédia aconteceu no dia 17 de Tamuz.

2 – Na época do primeiro Beit Hamikdash que era o Templo Sagrado de Jerusalém, nesse dia de 17 de Tamuz, as oferendas do Beit Hamikdash foram anuladas por causa do cerco em volta da cidade.

3 – Nesse dia de 17 de Tamuz, Nebuzaradan, que era o general da Babilônia, quebrou a muralha de Jerusalém e seu exército invadiu a cidade assassinando uma quantidade enorme de pessoas. Na época do segundo Beit Hamikdash, os romanos quebraram as muralhas de Jerusalém nesse mesmo dia.

4 – Nesse dia de 17 de Tamuz foi colocada uma estátua no Beit Hamikdash.

O Talmud Yerushalmi nos traz duas opiniões em relação a essa estátua.

Uma opinião é de que na época do primeiro Beit Hamikdash, Menashe, que era o rei da Judeia naquela época, colocou um ídolo no Beit Hamikdash, e isso aconteceu no dia 17 de Tamuz.

Outra opinião é de que “Apostomos o criminoso” que era um governador dos greco-sírios que dominava a nossa terra na época do segundo Beit Hamikdash colocou uma estátua lá

5 – Nesse dia de 17 de Tamuz “Apostomos o criminoso” ordenou queimar o Sefer Torá.

Não sabemos se o motivo para esse acontecimento ter entrado na nossa história é pelo fato de isso ter acontecido pela primeira vez ou pelo fato de eles terem confiscado nossos Sifrei Torá durante muito tempo e no dia 17 de Tamuz terem feito um evento público de queima de todos os Sifrei Torá apreendidos.

Em breve em nossos dias todos esses dias de sofrimento vão se transformar em dias de festa com a chegada do Mashia’h e a Gueulá, nossa redenção final 💕

 

bein hametzarim

É chamado de bein hametzarim – “entre os apertos”, baseado no versículo (Echá 1:3) que declara: “Todos seus perseguidores alcançaram-na dentro dos apertos.” Os Sábios (Echá Rabá 1) explicam que ‘dentro dos apertos’ refere-se a dias de aflição que ocorreram no período entre 17 de Tamuz e 9 de Av.
Nesse período, muitas calamidades abateram-se sobre o povo judeu através das gerações. Foi durante este período, dentro dos apertos, que tanto o primeiro quanto o segundo Templos foram destruídos.
Este período foi portanto estabelecido como um tempo de luto pela destruição dos Santuários.
Durante essa época, diminuímos a extensão de nossa alegria. Casamentos não são realizados, abstemo-nos de ouvir música, dançar, fazer viagens recreativas, e de cortar os cabelos.
Segundo o costume sefaradi, que é baseado na opinião de Beit Yossef, cortes de cabelo são permitidos até a semana na qual Tish’á Beav realmente cai.
Costuma-se não falar a bênção Shehe’heyanu nesse período. Por isso não vestimos roupas novas e não comemos frutas que ainda não tenham sido comidas nessa estação, para que não tenhamos que falar Shehecheyanu.
Entretanto, quando confrontados com uma oportunidade de cumprir uma Mitzvá que passará – como por exemplo, uma circuncisão ou um pidyon haben – então é feita a bênção.
Uma mulher grávida que tenha vontade de comer a fruta, porém, ou uma pessoa doente que necessita dela para sua saúde, pode falar o Shehecheyanu para comer a fruta durante as três semanas.
Costuma-se ser ainda mais cuidadoso que o normal ao se evitar situações perigosas. Pessoas devotas separam um período de tempo para reflexão e luto pela destruição de ambos os Templos.

 

 

Tishá BeAv
9 de Av
destruição do Primeiro e Segundo Templos de Jerusalém
O jejum de Tish’a BeAv recorda a destruição dos dois Templos Sagrados em Jerusalém.
De acordo com nossos sábios, muitos eventos trágicos aconteceram a nossos antepassados nesta data:
O pecado dos espiões fez com que D’us decretasse que os filhos de Israel que saíram do Egito não seriam permitidos de entrarem na terra de Israel e morreriam no deserto;
O primeiro Templo foi destruído;
O segundo Templo foi destruído;
Beitar, a última cidade a resistir aos romanos durante a Revolta de Bar Kochvá, no ano de 135 foi vencida, selando o destino do Povo Judeu.
Um ano depois da queda de Beitar, a região do Templo foi arada.
No jejum de Tisha Beav fica proibido:
Comer e beber a não ser que haja necessidade por ordem médica, por motivos de saúde.
É proibido calçar sapatos de couro.
É proibido lavar-se (inclusive enxaguar a boca). Ao acordar pela manhã (e após ir ao toalete) lava-se somente os dedos das mãos.
É proibido passar óleo, creme, perfume ou maquiagem no corpo. Para os casais é proibido ter relações conjugais.
Não se deve cumprimentar uma pessoa, mas se cumprimentado, deve-se responder em voz baixa, para não despertar ressentimentos.
O Jejum de Tishá Be Av inicia-se ao Entardecer. Antes do jejum se faz uma Seudá Hamafsêket com pão e se costuma comer ovos mergulhados em um pouquinho de cinzas. Se Tishá BeAv cair no Shabat ele é adiado para sábado à noite.
Nesse caso antes do pôr-do-sol faz-se uma terceira refeição de Shabat, Seudá Shlishit, que valerá como a refeição que antecede o jejum (Seudá Hamafsêket) com pão.
Não se costuma comer ovos mergulhados em cinzas pois não podemos demonstrar luto no Shabat. O jejum tem início antes da shkiá, (40 minutos antes do anoitecer).
Após o término do Shabat, os sapatos de couro devem ser trocados por outros de borracha ou pano e devemos nos sentar em assento baixo.
Após a reza da noite (Arvit) lemos o Livro de Eichá, na tradicional melodia triste. Logo após a leitura de Eichá e as Kinot da noite, falamos as partes da reza Veatá Kadosh e Alêinu.
De Manhã , nas Bênçãos Matinais omite-se a Brachá “Sheassá li col Tzarki” (“…que me proveu de todas as minhas necessidades”), pois esta bênção vem em agradecimento ao calçado e em Tish’á Beav, é proibido usar sapatos de couro. Mesmo quando já se calçam os sapatos ao término do jejum, esta bênção continua não sendo falada até o dia seguinte.
Talit e Tefilin não são usados durante Shacharit. Após Shacharit falamos as Kinot. Em seguida, falamos Ashrêi, Uvá letziyon (omitindo o versículo Vaani zot briti… vead olam”) e Alêinu. Repetimos o Livro de Eichá após Alêinu. Neste dia não falamos Tachanun (súplicas).
De tarde , antes da reza de Minchá, coloca-se Talit e Tefilin e falamos o Shemá completo. Iniciamos com os trechos que não foram ditos de manhã: Shir Shel Yom, Ein K’Elokêinu e Tehilim. Também estudamos a parte diária do Chumash com Rashi e Tanya.
Na Amidá de Minchá acrescenta-se Anêinu e também Nachêm (“Consola-nos”) em lembrança do Templo Sagrado, incendiado nessa hora. É costume doar para a Tzedacá o valor das refeições deste dia. Os que colocam Tefilin de Rabeinu Tam, devem fazer isto após Minchá, antes do pôr-do-sol.
De noite depois da reza de Arvit com o término do jejum lava-se as mãos 3 vezes intercaladas (dessa vez, a mão toda até o pulso, sem falar a bênção al netilat yadáyim). Lava-se o rosto e enxagua-se a boca e se come um “quebra-jejum e falamos a reza de Kidush Levaná (santificação da Lua Nova).
Dia Dez de Menachem Av vigoram até meio-dia todas as proibições dos Nove Dias, porque o Templo continuou em chamas durante o dia dez de Av. Nossos Sábios prometeram que quem fica de luto pela destruição de Jerusalém terá a alegria de ver a sua reconstrução.

 

Ta’anit Esther
Jejum de Esther , 13 de Adar
dia que precede Purim, quando Haman decretou morte aos judeus.
A “Solução Final” de Haman foi marcada para o dia 13 de Adar mas em vez disso, Haman foi enforcado, e por decreto real os judeus foram autorizados a se defenderem em legítima defesa e rechaçaram todos os ataques com sucesso. No dia seguinte, 14 de Adar, eles descansaram, apreciaram sua milagrosa salvação e estabeleceram o feriado de Purim.
Em situação de perigo, somos ordenados a instituir um dia de jejum para nos arrependermos, rezarmos e pedir pela misericórdia divina. Assim, o dia 13 de Adar, o dia da batalha, foi instituído como um dia de jejum.
No início da narrativa de Purim, Esther arriscou sua vida por aparecer diante do rei sem permissão. Mas antes ela havia pedido para que os judeus jejuassem com ela por três dias.
Comemoramos esses jejuns a cada ano jejuando (só) um dia , antes de Purim, chamado de Ta’anit Esther (Jejum de Esther). Se Purim cai em um domingo, o jejum é  antecipado para quinta-feira.
Se você é saudável e acima da idade de Bar ou Bat Mitzvá, não deverá comer ou beber desde o amanhecer até o término da leitura da Meguilá na noite de Purim (ou, se o jejum foi antecipado para a quinta-feira, até após o anoitecer.
Mahatzit Hashekel:
Em comemoração ao meio-shekel que foi doado por cada judeu ao Templo Sagrado – o Talmud contabilizou como um total de 10.000 talentos de prata – e que Haman deu ao rei Assuero para obter o decreto real que estabeleceria o extermínio do povo judeu, costumamos levantar três moedas de prata e doar valores equivalentes a “três meias moedas” (por exemplo, três meio-dólares em moedas) para a caridade na tarde do Jejum de Esther, três meio-dólares por cada membro da família antes de Minchá (Reza da Tarde).
Esse costume nessa data evoca as três contribuições dos judeus feitas para a construção do Tabernáculo e para os seus sacrifícios.
Se você não conseguiu dar mahatzit hashekel antes de Minchá, poderá fazê-lo antes da leitura da Meguilá à noite ou na manhã seguinte.

Algumas regras em relação aos jejuns:
Normalmente, quando um jejum “Derabanan”cai no Shabat, adiamos o jejum até domingo –Mas no caso de Purim não podemos fazer assim porque não seria tão festivo se estivéssemos jejuando nesse dia… desta forma antecipamos o jejum para quinta-feira. Em honra ao Shabat, nos abstemos de jejuar na sexta-feira. (Se, entretanto, você se esqueceu de jejuar na quinta-feira, deverá jejuar na sexta.)
Quando um  jejum “Derabanan” cai em Shabat, ele é adiado para depois do Shabat.
Caso um  jejum “Derabanan” caia em uma sexta-feira, ele é antecipado para a quinta-feira, exceto o jejum de 10 de Tevet que se cair na sexta-feira, jejuamos até o anoitecer de sexta, quebrando o jejum com o kidush de Shabat
Todos os jejuns com exceção de Tishá Av são jejuns “só de dia”, ou seja, podemos comer desde a noite anterior a eles até a alvorada (consulte sempre a tabela de horários para a sua cidade)
Para aquele que não dormiu um sono fixo (pelo menos 30 minutos), mas para aquele que sim dormiu um sono fixo, depois, mesmo que ainda seja noite, é proibido comer ou beber.
Exceção caso tenha tido a intenção de levantar para comer e beber antes de ter ido dormir e antes do amanhecer. Se a pessoa tem o costume de acordar e beber algo durante a noite, não é preciso mentalizar essa condição antes de dormir.
Exceto no jejum de Tishá Be Av, é permitido tomar banho (cuidando para não engolir água), usar cosméticos ou cremes, vestir sapato de couro e ter relações conjugais na noite dos jejuns que só “só de dia”.
Tudo isso é proibido em 9 de Av, onde o jejum tem início a partir do pôr-do-sol da véspera.
Nos demais jejuns (com exceção de 9 de Av) mulheres grávidas ou lactantes (que amamentam) não precisam jejuar. Da mesma forma um doente, apesar de não chegar ao nível de estar em risco de vida, não precisa jejuar. Mesmo aquele que tem permissão de comer, deverá comer somente o necessário.
Apesar de crianças abaixo de bar e bat mitsvá não terem obrigação de jejuar, devem se abster de guloseimas. Quem esqueceu que era jejum e no meio se lembrou ou foi informado, precisa parar de comer e jejuar até o final do jejum.
E que esses dias se transformem imediatamente em dias de festa com a chegada do Mashiach em breve em nossos dias!
Rabino Gloiber
Esperando Mashiah junto com vocês

תם ולא נשלם