בין המצרים

As Três Semanas marcam um período de luto anual no qual lembramos a destruição do Templo Sagrado e o início de nosso exílio.

O período tem início no dia 17 do mês hebraico de Tamuz, data que marca a destruição das muralhas de Jerusalém pelos romanos em 69 da EC.

Chega ao seu clímax e conclui com o jejum de Tishá BeAv,  dia 9 do mês de Av, data em que ambos os Templos Sagrados foram incendiados. Este é o dia mais triste do calendário judaico, e é também a data em que muitas outras tragédias aconteceram ao  nosso povo.

17 de Tamuz
Cinco acontecimentos trágicos aconteceram nesse dia na história do nosso povo:
1 – No dia 6 de Sivan recebemos os Dez Mandamentos no Monte Sinai. No dia 7 de Sivan Moshe Rabeinu subiu bem cedinho no Monte Sinai para receber o resto da Torá, e ficou lá quarenta dias.
No dia 17 de Tamuz Moshe Rabeinu desceu do Monte Sinai, depois de 40 dias de “altas revelações”. Em suas mãos carregava as duas Tábuas gravadas com os Dez Mandamentos.
Quando Moshe viu o povo dançando em volta do Bezerro de Ouro, as Tábuas caíram das suas mãos e se quebraram, e essa tragédia aconteceu no dia 17 de Tamuz.
2 – Na época do primeiro Beit Hamikdash que era o Templo Sagrado de Jerusalém, nesse dia de 17 de Tamuz, as oferendas do Beit Hamikdash foram anuladas por causa do cerco em volta da cidade.
3 – Nesse dia de 17 de Tamuz, Nebuzaradan, que era o general da Babilônia, quebrou a muralha de Jerusalém e seu exército invadiu a cidade assassinando uma quantidade enorme de pessoas. Na época do segundo Beit Hamikdash, os romanos quebraram as muralhas de Jerusalém nesse mesmo dia.
4 – Nesse dia de 17 de Tamuz foi colocada uma estátua no Beit Hamikdash.
O Talmud Yerushalmi nos traz duas opiniões em relação a essa estátua.
Uma opinião é de que na época do primeiro Beit Hamikdash, Menashe, que era o rei da Judeia naquela época, colocou um ídolo no Beit Hamikdash, e isso aconteceu no dia 17 de Tamuz.
Outra opinião é de que “Apostomos o criminoso” que era um governador dos greco-sírios que dominava a nossa terra na época do segundo Beit Hamikdash colocou uma estátua lá
5 – Nesse dia de 17 de Tamuz “Apostomos o criminoso” ordenou queimar o Sefer Torá.
Não sabemos se o motivo para esse acontecimento ter entrado na nossa história é pelo fato de isso ter acontecido pela primeira vez ou pelo fato de eles terem confiscado nossos Sifrei Torá durante muito tempo e no dia 17 de Tamuz terem feito um evento público de queima de todos os Sifrei Torá apreendidos.
Em breve em nossos dias todos esses dias de sofrimento vão se transformar em dias de festa com a chegada do Mashia’h e a Gueulá, nossa redenção final .
Uma diferença entre as primeiras e as últimas Tábuas da Lei (foi no dia 17 de Tamuz que estas foram quebradas) pode ser constatada: Nas próprias Tábuas:
As primeiras eram a obra de D’us, as segundas, “faça para você” (Moshe as fez).
Na escrita: A qualidade de serem gravadas, como o explicam nossos Sábios (Eruvin 54A), era possuída unicamente pelas primeiras.
No nível espiritual dos filhos de Israel: Quando as primeiras foram dadas, eles eram Tzadikim, eles eram pessoas altamente elevadas porque ao pararem diante do Monte Sinai, a impureza que eles tinham antes desapareceu.
Quando eles receberam as segundas, acediam ao arrependimento No nível espiritual de Moshé: Quando a Torá foi entregue, mil luzes foram oferecidas de presente a Moshé. Após o pecado do Bezerro de Ouro, elas lhe foram retiradas e não lhes foram restituídas com as segundas Tábuas da Lei (com exceção do Shabat, como o explica o Pri Ets Chaim).
Entretanto as segundas Tábuas da Lei possuíram uma grande qualidade: elas foram dadas com as Halachot, o Midrash, as Agadot. Elas foram assim “uma dupla doação de sabedoria da Torá”, como o explica o tratado Nedarim (22B).
Além disso, a partir da doação destas segundas Tábuas da Lei, um raio de luz iluminou o rosto de Moshé
🌻🌻🌻🌻
As três semanas mais tristes de nosso calendário vão do dia 17 de Tamuz até 9 de Av são marcadas por um período de luto pela destruição do Templo Sagrado e o consequente exílio físico e deslocamento espiritual – no qual ainda nos encontramos: a galut.

É chamado de bein hametzarim – “entre os apertos”, baseado no versículo (Ecihá 1:3) que declara: “Todos seus perseguidores alcançaram-na dentro dos apertos.” Os Sábios (Eihá Rabá 1) explicam que ‘dentro dos apertos’ refere-se a dias de aflição que ocorreram no período entre 17 de Tamuz e 9 de Av. Nesse período, muitas calamidades abateram-se sobre o povo judeu através das gerações.

Foi durante este período, dentro dos apertos, que tanto o primeiro quanto o segundo Templos foram destruídos. Este período foi portanto estabelecido como um tempo de luto pela destruição dos Santuários.

Durante essa época, diminuímos um pouco a extensão da nosso alegria. Casamentos não são realizados, não ouvimos música tocada diretamente por instrumentos musicais, danças,, e de cortar os cabelos.

Segundo o costume sefaradi que é baseado na opinião de Bet Yossef, cortes de cabelo são permitidos até a semana na qual Tish’á Beav realmente cai.

Costuma-se não falar a bênção Shehecheyanu nesse período. Dessa maneira, não vestimos roupas novas ou comemos frutas que ainda não tenham sido comidas nessa estação, para que não tenhamos que falar Shehecheyanu.

Mas, quando confrontados com uma oportunidade de cumprir uma Mitzvá que passará – como por exemplo, uma circuncisão ou um pidyon haben – então é feita a bênção.

Assim também, se uma fruta nova estiver disponível nesse período de três semanas e talvez não esteja depois, podemos comer ela e falar Shehecheyanu.

Como é costumeiro permitir que seja dita a bênção no Shabat, é preferível guardar a nova fruta até o Shabat. Uma mulher grávida que tenha vontade de comer a fruta, porém, ou uma pessoa doente que necessita dela para sua saúde, pode recitar Shehecheyanu durante as três semanas.

Costuma-se ser ainda mais cuidadoso que o normal ao se evitar situações perigosas. Pessoas devotas separam um período de tempo para reflexão e luto pela destruição de ambos os Templos. Em algumas comunidades costuma-se recitar o Ticun Chatsot mesmo ao meio dia.

Reflexições sobre o mês de Tamuz

Há alguns fatos que ocorreram nessa data e que merecem ser citados.

  • O dia 17 de Tamuz é um dia de jejum em lembrança à cinco tragédias que assolaram o povo judeu em diversas épocas de sua história. O primeiro desses foi o fato de Moshê ter quebrado as Tábuas da Lei. Nas preces de Selichot, rezadas nesse dia, há menção à quebra das Tábuas, sem referência ao motivo (o bezerro de ouro). Isto porque a milagrosa escrita Divina gravada nas Tábuas nunca mais foi recuperada. Foi perdida para sempre essa forte revelação Divina cujas letras estavam gravadas de fora a fora, de forma legível sob qualquer ângulo e cuja mensagem podia ser claramente transmitida, sem qualquer possibilidade de distorção.

 

  • O número 21 (soma dos dias das Três Semanas) forma a palavra hebraica Ach, que significa apenas; 17 (de Tamuz) tem o valor numérico da palavra hebraica Tov, bem. Ambas iniciam um versículo que diz: “Ach tov Leyisrael”, “Apenas o bem para Israel”. Isto mostra que, de modo mais profundo, os acontecimentos desagradáveis das Três Semanas, na realidade, levarão somente a coisas boas.

 

  • Número três, no judaísmo, representa perfeição e eternidade. E assim está escrito: “A corda tríplice não se desmanchará facilmente”. De fato, esse número é recorrente: há três Patriarcas, três Festas de Peregrinação, a Lei Escrita é composta de três partes (Torá, Neviim e Ketuvim), entregue no terceiro mês após a saída do Egito, ao povo judeu formado por três grupos (Cohen, Levi e Yisrael) etc.

 

  • Se o número três é tão significativo, por que então tantas tragédias recaíram sobre o povo judeu durante as Três Semanas? A resposta é que todo esse sofrimento são etapas que levam à Era Messiânica. Isto é aludido ao fato de os dois jejuns, 17 de Tamuz e 9 de Av, sempre coincidirem com o mesmo dia da semana do Sêder de Pêssach, quando comemoramos a saída do Egito e nossa libertação.

AV

Hey Av Yohrtzeit do Ari Zal 

Rabi Yitzchak Luria (1534-1572), conhecido como o Arizal, foi um dos cabalistas mais proeminente de todos os tempos, cujos ensinamentos e modo de vida deixaram uma marca indelével sobre o misticismo e a prática judaica. 

1 – Seu Nome é Único

Seu nome hebraico era Yitzchak (Isaac) filho de Shlomo, um descendente da importante família askenazita Luria.

Embora eruditos seculares possam se referir a ele simplesmente como Luria, entre os judeus ele é conhecido como o ARI ou o ARIzal. 

Além de significar “leão”, ARI é um acrônimo para “Eloki “Divino” Rabi Yitzchak”; ZaL é um acrônimo para zichrono liverachá, [possa] sua memória [ser] para bênção.” 

Às vezes, ele é também mencionado como ARI Hakadosh, “o sagrado ARI” ou ARIZaL Hachai, o “ARIZal vivo.”

2 – Ele Era Apenas Metade Askenazi

Às vezes, o ARI é mencionado como Rabi Yitzchak Ashkenazi, Seu pai, Shlomo Luria, era descendente de Rashi e muitos outros rabinos askenazitas. 

Porém ele faleceu quando seu filho Yitzchak tinha oito anos de idade, e o menino foi criado pelo tio materno sefaradita, Rabi Mordechai Francis de Alexandria. 

No decorrer da sua vida, muitos de seus mentores, colegas e estudantes eram sefaraditas que falavam ladino, refugiados da perseguição cristã na Península Ibérica e seus descendentes.

3 – Ele Estudou Com os Grandes Sábios do Egito

No Egito, ele estudou com Rabino Betzalel Ashkenazi, o autor do Shita Mikubetzet, e o Rabino David ibn Zimra, nascido na Espanha, conhecido como o RaDBaZ. Porém, muito de seu estudo foi feito sozinho, na solidão, nas dunas do Rio Nilo.

4 – Ele Aparentemente se Envolvia em Comércio

Documentos da sua época no Egito, que foram fortuitamente preservados na Gueniza do Cairo, indicam que ele se envolvia em comércio, lidando com temperos e trigo (e talvez com outras mercadorias) Isso é consistente com o ditado de que uma pessoa deveria ganhar a vida pelo “trabalho de [suas] mãos,” em vez de aceitar um estipêndio de um erudito.

5 – Ele Patrocinou a Escola Safed de Misticismo

Em 1570, ao retornar para a Terra Santa com sua esposa (que era a filha de seu tio, Mordechai), e suas duas filhas, ele se instalou em Safed, onde uma comunidade de sábios de Torá espanhóis tinha se reunido. 

Ali ele estudou brevemente com o mestre cabalista, Rabino Moshe de Cordovero, conhecido como o RaMaK, Após o falecimento do RaMaK, seus alunos aceitaram o ARI como professor e guia, em parte porque o Arizal era tão espiritualmente ligado que ele via um pilar de fogo seguindo o esquife de RaMaK.

6 – Temos Poucos dos Seus Escritos

Há muitos poucos escritos preservados feitos pelo próprio ARI. Aquilo que foi preservado inclui hinos aramaicos para cada uma das três refeições do Shabat e uma abordagem sobre as leis de sacrifícios. 

Porém, muitos ensinamentos seus foram cuidadosamente transcritos pelo seu fiel aluno, Rabino Chaim Vital. Esses ensinamentos, publicados sob diversos títulos, são conhecidos coletivamente (talvez incorretamente) como Kitvei HaARIZaL, “os escritos do ARIZaL.”

7 – O Serviço da Noite de Sexta-Feira Pode Ser Rastreado a Ele e Seus Alunos

Mesmo antes da chegada do ARI, os judeus de Safed faziam um serviço especial para dar as boas vindas ao Shabat na tarde de sexta-feira. 

Na verdade, o hino Lecha Dodi foi composto por Rabino Shlomo Alkabetz que morava em Safed na mesma época do Ari. Toda semana, o Ari e seus alunos saíam da cidade, e, encarando o sol, eles recitavam os Salmos, o que desde então tinha se tornado padrão em toda sinagoga ao redor do mundo.

8 – Ele Morou em Safed Por Apenas Dois Anos

O ARI morou em Safed por apenas dois anos, e os volumosos ensinamentos que temos dele foram todos transmitidos durante aquele breve período. Porém sua influência era tão forte que seu nome está inextricavelmente ligado à cidade e suas tradições cabalísticas.

9 – Duas Sinagogas Receberam Seu Nome

No bairro judaico de Safed, há duas sinagogas com seu nome, uma das quais segue a tradição askenazi, e a outra o costume sefaradi.

Localizada no centro do bairro, a sinagoga askenazi (que na verdade foi construída por Sefaradim) é mencionada como tendo sido construída no mesmo local onde o ARI e seus alunos davam as boas vindas ao Shabat. É conhecida pela sua arquitetura única, incluindo uma Arca Sagrada colorida e esculpida.

A sinagoga sefaradi veio antes do ARI, e era originalmente conhecida como a Sinagoga do Profeta Eliyahu. 

Acredita-se que seja ali que o grande mestre realmente estudava e rezava. Localizada à beira da Antiga Safed, tem vista para o cemitério histórico.

Ambas as sinagogas foram muito danificadas pelos vários terremotos que abalaram a área, e as duas foram extensivamente renovadas.

10 – Ele Ensinava a Doutrina das Centelhas Ocultas

Baseado no Zohar e outras antigas obras cabalísticas, o ARI expunha e provia linguagem para descrever trabalhos interiores do universo, descrevendo o processo através do qual um D’us Infinito cria espaço e traz à vida uma existência finita e opaca.

Segundo o ARI, há grande propósito para nossas vidas. Dentro de todo ser está uma centelha Divina esperando para ser elevada usando aquele item para o bem. Na escala macro, também, o universo está ansiando para ser elevado e purificado através da humanidade e sua união com sua fonte Divina.

11 – Ele Revolucionou o Conceito de Tzimtzum (Contração Divina)

A ideia de que o relacionamento de D’us com o mundo é mediado através de algum tipo de auto-contração tem uma longa história no pensamento judaico, voltando até o Midrash. 

Mesmo assim, a maneira que o ARI explicava essa ideia foi sem precedentes e revolucionária. A transição da infinidade Divina à possibilidade de um cosmos finito não pode acontecer gradualmente, em passos incrementados, mas D’us “contraiu a Si mesmo e espalhou Sua luz abundante… completamente,” deixando “um lugar vago e vazio” no qual o processo de criação se desenvolve. 

A narrativa do ARI, fortemente visual, dramática e dinâmica de Tzimtzum transformou-a numa das principais ideias da moderna Cabalá, cujo significado tem sido estudado, debatido e reinterpretado não apenas pelos rabinos e eruditos, mas também por filósofos, artistas e escritores muito além da comunidade judaica.

12 – Ele Revelou o Ritmo Interior da Prática e Erudição Judaica

Conforme ensinado pelo ARI, baseado no Zohar, toda mitsvá, toda palavra de prece, e toda linha da Torá é repleta com camada após camada de significado. Todo ato, mesmo que mundano, tem significado que devemos descobrir, examinar, e celebrar. Nessa maneira, a observância da mitsvá é uma experiência viva, vibrante e espiritual.

13 – Ele Identificou Muitos dos Túmulos na Galiléia

A região da Galiléia ao norte de Israel, local de Safed, Tivéria e várias outras antigas cidades judaicas, é dotada com os locais de descanso de muitos sábios talmúdicos. Muitos desses locais têm sido obscurecidos pelas areias do tempo, somente para serem redescobertos pela visão sagrada do ARI.

14 – Ele Faleceu em 5 de Av

O ARI faleceu no quinto dia do mês de Av de 1572, aos 38 anos. Em sua vida breve, ele revolucionou a vida judaica, catalisando um renascimento espiritual que estimulou o movimento chassídico e elevou para sempre a vida e a espiritualidade judaicas.

 

🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻

O Beit Hamikdash 

O Beit Hamicdash tinha duas qualidades opostas – espaço e não-espaço – ao mesmo tempo. Nossos Sábios declaram que “o local da Arca não fazia parte das medidas do Santo dos Santos”.

 

O Santo dos Santos media vinte cúbitos quadrados, e a Arca em si, que ficava no centro do Santo dos Santos, media 2 ½ cúbitos por 1 ½ cúbito. No entanto, fosse qual fosse a maneira que alguém a medisse, a distância entre a parede da Arca e a parede do Santo dos Santos era de 10 cúbitos.

 

Essa maravilha ocorria no Beit Hamicdash porque o Templo estava no nível espiritual do Mundo Vindouro, quando o espaço será transcendido, pois a existência do mundo material será então vista como realmente é – um fluxo externo da Luz Divina dentro dele.

(Sefer HaMaamarim 5643, pág. 103)

O Serviço do Homem e a Revelação da Shechiná

Duas coisas principais ficaram conhecidas como resultado da Akeidah (Amarração) de Yitschak sobre o altar, como é explicado por Maimônides em seu Guia (III, cap. 24):

 

A primeira está ligada ao serviço do homem. Pela sua disposição em cumprir a vontade de D’us, Avraham nos ensina a que ponto podem chegar o amor e reverência a D’us.

 

A segunda envolve a revelação da Shechiná – A Presença Divina.

 

A Akeidah prova a verdade da profecia, pois Avraham foi ordenado numa visão profética a sacrificar seu filho. Se ele tivesse a menor sombra de dúvida sobre a verdade de sua experiência profética, não teria encontrado em sua alma a força para cumprir este ato enorme.

 

Ora, a Akeidah ocorreu no lugar sobre o qual o Beit Hamicdash mais tarde seria construído. Os dois aspectos acima mencionados são semelhantes às duas formas básicas de serviço encontradas no Beit Hamicdash – o serviço do povo judeu através das oferendas, e a revelação da Divina Presença no Templo.

(Likutei Sichot vol. 30, ag. 73)

Dentro de Todo e Cada Um

Quando o Eterno, bendito seja, nos ordenou “Façam para Mim um Micdash, e Eu habitarei dentre eles” (Shemot 25:8), o resultado foi a construção no coração de todo judeu presente, e também no coração de todo judeu que nasceria no futuro, de um Beit Hamicdash microcósmico.

 

Quando um judeu entrava no Templo, então o Beit Hamicdash macrocósmico era refletido e revelado no Beit Hamicdash microcósmico.

(Sefer Hasichot 5696 pág. 297)

A Diferença entre o Mishcan e o Beit Hamicdash

O Mishcan (Tabernáculo) foi construído com materiais provenientes dos reinos animal, vegetal e inanimado. A tenda externa foi feita de peles de animais, as estacas que formavam as paredes eram feitas de madeira, e os soquetes de prata nos quais as vigas de madeira eram colocadas, bem como o piso de terra, eram de matéria inanimada.

 

O Beit Hamicdash (o Templo), porém, era feito quase exclusivamente de matéria inanimada – pedra e terra.

 

A explicação é a seguinte: o Mishcan eram uma morada temporária para a Presença Divina neste mundo. Portanto, refletia a estrutura da ordem física – a cadeia do ser do mais alto ao mais baixo; do animal ao vegetal, então para objetos inanimados.

 

O Beit Hamicdash, em contraste, era uma morada permanente para a Presença Divina neste mundo. Portanto reflete a estrutura do ser no Mundo Vindouro, quando a espiritualidade do inanimado vai superar aquela do reino vegetal e do animal.

(Torah Or, Bereshit, pág. 43c)

Não É Um Lugar Comum

Sobre a localização do Beit Hamicdash, Yaakov Avinu comentou: “D’us (Havaye) certamente está neste lugar, e eu não sabia disso.” (Bereshit 28:16-17)

 

Onkelos traduz as palavras: “Quão impressionante é este local” em aramaico como: Este não é um lugar comum”.

 

O mundo terreno em geral pode ser considerado como “um lugar comum” porque foi criado através dos Dez Pronunciamentos. No entanto, o local onde ficava o Beit Hamicdash não pode ser considerado como uma faixa comum de terra, contígua a, e comparável, ao restante da criação. O mundo foi criado através dos Dez Pronunciamentos, e cada um deles começa com as palavras: “E Elokim disse…” O Nome Elokim significa uma restrição da Divindade, resultando na multiplicidade da criação. Este Nome portanto é igual em valor numérico à palavra hatevah – natureza.

 

A área sobre a qual o Beit Hamicdash ficava, porém, está associada com o Nome Inefável, o Tetragrama (conhecido como Havaye na terminologia chassídica), como disse Yaakov: “D’us (Havaye) certamente está neste local.”

(Kuntres Shabat Nachamu, 5750)

Um Mundo Diferente

Dentro do Beit Hamicdash, era possível sentir e reconhecer a Divindade de maneira visível, como declaram nossos Sábios : “Ia-se para ver [D’us] e para ser visto [por D’us].”

 

Como resultado, o Beit Hamicdash estava num plano completamente diferente de existência. Quem entrasse no Beit Hamicdash sentia a Divindade como algo que era auto-evidente, não como algo que se tinha de procurar. Além disso, a pessoa não sentia a própria existência.

(B’sha’ah Shehikdimu 5672, pág. 935)

Tisha B´av

Quando começa o mês de Av, limitamos ainda mais nosso júbilo, a ponto de evitar qualquer coisa que possa nos alegrar. Assim, não plantamos árvores destinadas a dar sombra, ou somente pela sua beleza. Da mesma forma, não empreendemos qualquer construção ou projetos para reforma da casa apenas pelo luxo, como redecorar ou pintar a residência. Entretanto, se a pessoa não tem onde morar, pode construir uma casa neste período.

É proibido comprar, costurar, tecer ou tricotar novas roupas – mesmo se a pessoa pretende usar esta roupa somente após Nove de Av. Não se pode nem mesmo comprar uma roupa usada, se a compra for feita por causa de sua beleza. A proibição de adquirir uma roupa nova é mais rigorosa que vestir algo novo que foi comprado previamente.

Deve-se assinalar, entretanto, que estas restrições referem-se apenas a situações onde nenhuma mitsvá esteja envolvida. Com a finalidade de cumprir um mandamento – como por exemplo, adquirir roupa nova para uma noiva ou noivo, ou construir uma casa para eles – estas coisas são permitidas. Se houver motivo para temer que o preço da roupa subirá após Nove de Av, pode-se comprar quaisquer roupas que desejar, mas não se deve usá-las até depois de Nove de Av.

A partir de Rosh hôdesh Av não se pode lavar roupas, mesmo se forem ser usadas até depois de Nove de Av. Se restar apenas uma muda de roupas, porém, estas podem ser lavadas após Rosh Chôdesh, até a semana que inclui Nove de Av.

Uma pessoa que transpire profusamente e precise mudar a camisa diariamente deveria preparar uma certa quantidade de camisas, e vestir cada uma delas por alguns instantes antes de Rosh Chôdesh. Poderá então usá-las durante a semana em que cair Nove de Av.

Além da proibição de terem o cabelo cortado, os adultos também estão proibidos de cortar o cabelo das crianças, começando a 17 de Tamuz, e de lavar as roupas dos filhos a partir de Rosh Chôdesh Av. As roupas de bebês, entretanto, podem ser lavadas – mesmo durante a semana em que cai o Nove de Av. Se possível, não se deve lavar grandes quantidades, e não se deve fazê-lo publicamente.

É proibido calçar sapatos novos a partir de Rosh hôdesh. Entretanto, calçados adquiridos especialmente para o Nove de Av – como por exemplo, feitos de lona ou borracha – podem ser usados mesmo se forem novos.

Pode-se realizar um noivado durante este período, mas não é permitido realizar uma celebração com refeição festiva.

A partir de Rosh hôdesh até depois de Nove de Av é proibido comer carne ou beber vinho, pois durante este período os sacrifícios e libações no Templo Sagrado cessaram. Pelo costume, esta proibição expandiu-se para incluir alimentos cozidos com carne. Entretanto, pode-se ingerir alimentos que foram preparados numa panela de carne. O costume sefaradi é manter este rigor apenas na semana que inclui Nove de Av. Em uma refeição festiva servida por ocasião de uma circuncisão, pidyon haben, bar mitsvá, ou na conclusão do estudo de um tratado talmúdico, etc. – pode-se comer carne e beber vinho.

Começando em Rosh hôdesh, é costumeiro para os abatedores rituais deixar as facas de lado. Durante este período, são abatidos animais somente para pessoas doentes, ou para uso em uma refeição festiva.

Costuma-se não usar vinho, mas cerveja, para o serviço de Havdalá.

Começando em Rosh hôdesh Av [segundo o costume sefaradi, começando com a semana que inclui Nove de Av], não se pode banhar o corpo inteiro – nem mesmo em água fria. Não nos banhamos em piscina, rio, ou mar. Entretanto, se Rosh hôdesh cair numa sexta-feira, pode-se banhar em água morna em honra ao Shabat.

A proibição acima refere-se especificamente a banhar-se por prazer. Quem precisar banhar-se por razões de saúde – como uma pessoa que recebeu ordens do médico para banhar-se – ou um operário cujo trabalho o faça ficar sujo, pode fazê-lo durante este período.

Na sexta-feira antes de Shabat hazon – o Shabat imediatamente anterior a Nove de Av – é proibido lavar o corpo inteiro, mesmo em água fria. Pode-se lavar o rosto, as mãos e os pés em água fria. Quem costuma se lavar antes do Shabat com água quente pode usá-la também nesta sexta-feira, mas apenas para lavar o rosto, as mãos e os pés.

Quem costuma imergir num micvê na sexta-feira, pode fazê-lo na sexta-feira do Shabat hazon também. Entretanto, alguém que apenas ocasionalmente imerge às sextas-feiras, não deve fazê-lo nesta sexta-feira.

Shabat hazon

O Shabat que precede Nove de Av é chamado Shabat Chazon, pois a Haftará lida neste Shabat é extraída do primeiro capítulo de Yeshayahu, que começa com as palavras Chazon Yeshayahu. Esta haftará é a última das três leituras dos Profetas que falam das calamidades que se abateram sobre Israel, e que são lidas antes de Nove de Av. Costuma-se chamar o líder da congregação para ler a haftará de Chazon.

O versículo – Como posso suportar sozinho o trabalho que me dais, a vossa carga e a vossa contenda (Devarim 1:12), encontrado na porção semanal da Torá lida neste Shabat, é costumeiramente cantado com a lamentosa melodia do cântico de Meguilat Eihá. Em algumas comunidades, esta melodia também é usada para entoar a haftará inteira; em outras comunidades, esta melodia é usada apenas para os versículos de admoestação dentro da haftará.

Pode-se comer carne e beber vinho em todas as três refeições no Shabat Chazon, mesmo se coincidir com o próprio Nove de Av [neste caso o jejum é adiado até o dia seguinte]. Entretanto, seudá shelishit – a terceira refeição do Shabat – não deveria ser estendida até a noite, como é habitual nos outros Shabatot. Ao contrário, a refeição deve ser encerrada antes do pôr-do-sol.

Quando Shabat Chazon cai no dia que antecede Nove de Av, a Havdalá inteira não é recitada na conclusão do Shabat, ou seja, não recitamos a bênção sobre o vinho ou sobre especiarias. Ao contrário, apenas a bênção sobre a criação do fogo [borê meorê haesh] é feita. No encerramento de Nove de Av, são recitadas as bênçãos sobre o vinho e a bênção que diferencia entre o sagrado e o secular [hamavdil ben côdesh lechol]. Mulheres que não rezam Ma’ariv devem recitar Baruch hamavdil ben côdesh lechol no sábado à noite, antes de fazer qualquer serviço.

AS LEIS DE 9 de AV:

Há cinco coisas proibidas em Nove de Av: comer e beber, lavar-se, untar-se com óleo, vestir sapatos de couro e coabitar.

Não há diferença entre a noite (da véspera) e o dia de Nove de Av. Pode-se comer sómente antes do pôr-do-sol na véspera de Nove de Av; o crepúsculo é considerado como noite, e alimentar-se é proibido.

Todos devem jejuar em Nove de Av, incluindo mulheres grávidas e mães em fase de amamentação. Quem estiver doente, porém, pode comer, mesmo se sua doença não lhe ameaça a vida. Entretanto, uma pessoa doente deve abster-se de comer iguarias e deveria ingerir somente o que for absolutamente necessário para seu bem-estar físico.

Se Nove de Av cai num domingo e uma pessoa doente precisa comer durante o jejum, deve recitar Havdalá antes de comer [pois Havdalá não é recitado na noite anterior por causa de Nove de Av].

A pessoa não pode enxagüar a boca em Nove de Av, até o fim do jejum.

Lavar-se por prazer é proibido, tanto em água quente quanto fria. Entretanto, se as mãos estão sujas, pode lavá-las. Pode também lavar as mãos após levantar-se pela manhã como faz todos os dias, bem como após usar o banheiro. Entretanto, não pode lavar a mão inteira, mas apenas os dedos. Com os dedos ainda úmidos, pode lavar os olhos com eles. Se os olhos estão sujos, pode enxagüá-los como faz normalmente.

Se a pessoa estiver cozinhando e preparando comida, pode lavar os alimentos, pois a intenção não é lavar as mãos.

A proibição de calçar sapatos aplica-se àqueles de couro. Sapatos feitos de lona ou borracha podem ser usados. Porém, se são cobertos de couro ou se têm solas de couro, não podem ser usados. Se alguém está caminhando em local repleto de espinhos ou numa área povoada de não-judeus [onde sua aparência poderia ser ridicularizada], pode calçar sapatos normais nestes locais.

É permitido banhar um bebê e aplicar óleo em sua pele, da maneira que normalmente é feito.

Todas as proibições acima mencionadas se aplicam a partir do pôr-do-sol na véspera de Nove de Av até o final do jejum.

Como se explicou acima, o estudo de Torá é proibido em Nove de Av porque o estudo de Torá traz alegria à pessoa. Entretanto, pode-se estudar o terceiro capítulo do tratado Mo’ed Catan, que fala das leis de luto e excomunhão. Pode-se também estudar o Midrash do Livro de Echá; Echá com seus comentários, e Iyov com seus comentários, pois estas obras despertam um sentimento de tristeza no leitor. Pode-se também estudar os capítulos de admoestação e calamidades registradas em Yirmiyahu; entretanto, deve-se ter o cuidado de pular aqueles versículos que falam de consolação. A pessoa pode também estudar os trechos do Talmud sobre a Destruição, registrada no Tratado Guitin.

Não se deve cumprimentar um amigo e perguntar como vai em Nove de Av, e não se deve nem dizer “bom dia.” Se alguém for cumprimentado, porém, pode responder para não ofender os sentimentos, mas em um tom de voz baixo. É proibido também enviar presentes em Nove de Av.

Em Nove de Av, é costume abster-se de fazer qualquer trabalho que deva ser feito em um período longo de tempo, pois empenhar-se nesse tipo de atividade distrai a pessoa de sentir tristeza. Deve evitar este tipo de serviço na noite da véspera de Nove de Av, e até o meio-dia de Nove de Av. Após meio-dia, este tipo de trabalho não é habitualmente proibido, mas mesmo assim é recomendável que a pessoa seja severa consigo mesma e evite este trabalho até que termine o jejum.

Da noite de Nove de Av até meio-dia, deve-se sentar no chão ou sobre um banquinho com altura não maior que três larguras de mão.

Deve-se evitar andar pelas ruas ou ir ao mercado, para não conversar à toa e assim distrair-se do sentimento de luto. Deve-se certamente evitar atividades que possam levar à leviandade.

Alguns seguem o costume de não dormir em uma cama em Nove de Av; em vez disso, dormem em colchões colocados no chão. Em qualquer dos casos, a pessoa deve variar seus hábitos de dormir; por exemplo, se costuma dormir com dois travesseiros, deve usar apenas um. Algumas pessoas colocam uma pedra sob o travesseiro ou colchão, como forma de relembrar a Destruição do Templo.

É costume iniciar somente após meio-dia o preparo dos alimentos que serão comidos quando terminar o jejum.

Não se deve cheirar perfumes ou especiarias em Nove de Av, nem fumar em público.

Não se deve vestir roupas bonitas em Nove de Av, mesmo que a roupa não seja nova.

Muitos têm o costume de lavar o chão e limpar a casa após meio-dia em Nove de Av, em antecipação da Redenção que aguardamos. Além disso, é uma tradição que o Mashiach nascerá em Nove de Av.

Costuma-se dizer que a pessoa que come ou bebe em Nove de Av sem ter de fazê-lo por razões de saúde não merecerá ver o júbilo de Jerusalém. E quem prantear sobre Jerusalém merecerá ver sua felicidade, como promete o versículo (Yeshayahu 66:10): “Rejubile-se grandemente com ela, todos que por ela pranteiam.

Quando Tsh B”AV cai no Shabat

Este shabat deve se ter muita alegria, mais do que o normal.

  • Deve se andar com sapatos de couro neste Shabat, mesmo quem não costuma faze-lo sempre. Como também roupas de Shabat normais lavadas.
  • É proibido ter relações maritais neste Shabat, salvo se for a noite do micve.
  • Marido e mulher não devem dormir na mesma cama, nem shabat e nem motsaei shabat, e devem evitar beijos e abraços. Demais harchacot não precisa rigorar.
  • Shabat a tarde, após chatsot (em S Paulo 12:12), não se estuda Torá além do permitido em tisha beav
  • Não se recita o Pirkei Avot neste Shabat.
  • Chitas e Rambam deve ser feito antes do meio dia, como também as leis do Beit Hamicdash. Quem não o fez antes do meio dia pode, em último caso, pode fazê-lo depois.
  • Pode se fazer um farbrenguen neste Shabat até o fim do dia.
  • A refeição final – seudat hamafseket – deve ser feita com chalá e carne. Pode se comer também peixe.
  • Deve se terminar de comer até o por do sol (em S Paulo 17:48). Como também lavar a boca, as mãos ou qualquer parte do corpo somente até este horário.
  • Pode (e deve) ficar com sapato de couro e sentar normalmente em cadeiras altas até a saída de Shabat.
  • Após o horário da saída de Shabat (em S Paulo as 18:23) deve-se recitar a benção hamavdil bein kodesh lekodeh, e então retirar os sapatos de couro, e não mais sentar em cadeiras normais.
  • Deve-se então acender a vela de havdalá em casa e recitar a bracha de Bore Meorei Haesh (na sinagoga se faz esta bracha após maariv). Quem não fizer a bracha nesta noite não poderá fazer no dia seguinte.
  • Não se recita nesta noite a Brachá de Borei minei bessamim.
  • Mulheres ou homens que não vão jejuar por motivo de saúde, devem recitar a havdala completa, dando o copo de vinho para uma criança beber. Se não tiver criança pode beber normalmente. Não se faz havdala somente para crianças, sendo que elas irão ouvir no dia seguinte dos adultos.
  • Não se fala vaiten lecha nesta noite nem no dia seguinte.
  • Não se recita Vihi Noam em maariv, somente veata kadosh.

Fonte: Pt.Chabad.com

 

 

Nosso primeiro Beit Hamikdash, nosso Primeiro Templo, foi destruído por causa de três tipos de atrocidades que eram comuns naquela época:

 

1- Avodá Zará que quer dizer idolatria.

 

2- Guilui Araiot quer dizer relações sexuais ilícitas, como por exemplo: adultério, incesto e relações sexuais com animais

 

3- Shif’hut damim que quer dizer derramamento de sangue, ou seja, abortos e assassinatos.

 

Na época do nosso segundo Beit Hamikdash, nosso Segundo Templo, as pessoas estudavam Torá, cumpriam as Mitzvót e faziam atos de bondade, então por que o Segundo Templo foi destruído?

 

Porque causa do ódio gratuito, uma coisa que era comum naquela época.

 

Isso vem para ensinar que odiar alguém sem um enorme motivo que justifique isso, é equivalente às três transgressões mais graves da Torá, transgressões que estão no nível de gravidade de “morrer mas não fazer”: idolatria, relações sexuais ilícitas e derramamento de sangue.

 

Na época do primeiro Beit Hamikdash também havia desunião e ódio, mas não era na mesma proporção do que ocorreu durante o período do Segundo Templo. Mas se houvesse união, o Primeiro Templo não teria sido destruído.

 

NpA Guemará nos conta que outro motivo para a destruição do segundo Beit Hamikdash foi porque eles não faziam uma bênção antes de estudar Torá.

Nesse caso não se trata da própria bênção, mas sim do que ela representa.

 

Se alguém aprende Torá como uma busca acadêmica, ou como “a sabedoria do povo judeu”, está faltando o componente chave fundamental; que a Torá é a sabedoria Divina dada ao povo judeu.

 

Se os judeus daquela geração tivessem se lembrado da Divindade da Torá, aprender a Torá teria despertado seu amor por D’us e os impedido de transgredir esses pecados fundamentais, que são pecados entre o homem e D’us.

 

Outro motivo para a destruição do segundo Beit Hamikdash foi por que eles governaram de acordo com a lei “ao pé da letra”, e isso também é visto como resultado de ódio infundado. Porque os juízes devem sempre estar dispostos a encontrar um meio-termo e ir além da severidade da lei, e isso eles não estavam dispostos a fazer por causa do ódio gratuito que eles tinham por qualquer pessoa que viesse para um julgamento e sempre davam a pena máxima e não entravam em acordos.

 

Amor gratuito

 

Para corrigir algo, você precisa chegar à raiz do problema. Portanto, se a razão principal para a destruição do Beit Hamikdash foi o ódio gratuito, então, para consertar isso e receber o nosso Terceiro Beit Hamikdash, precisamos trabalhar para amar incondicionalmente.

 

A Guemará deixa claro que os judeus praticaram atos de bondade durante o período do Segundo Templo e mesmo assim não havia amor.

 

Amar não significa apenas “praticar atos de bondade” mas também despertar verdadeiros sentimentos de amor pelo próximo.

 

Isso é feito focalizando a alma divina que todos nós compartilhamos, ao invés de focalizar nas superficialidades que nos dividem.

 

Por meio do amor gratuito conseguiremos remover pela raiz a causa deste nosso último exílio e nesse mérito receberemos nosso terceiro e eterno Beit Hamikdash rapidamente em nossos dias!

Os dias estão chegando.

O Zohar nos traz um conceito chamado de Ketz hayamim, o extremo dos dias, se referindo ao extremo do mal, e Ketz hayamin, o extremo da direita, se referindo ao extremo das Sefirót que é a Mal’hut representando nesse caso o extremo do bem.

Explica o Rebe que antes da redenção final, durante o período chamado de “calcanhares do Mashiah” que é o período no qual estamos vivendo, o mal aumenta no mundo em forma de disputas entre judeus e também entre não judeus.

Isso entre outros sinais negativos que acontecem nessa época e que não aconteceram em épocas anteriores. Sinais para sabermos que estamos próximos à nossa Gueulá, à nossa redenção final.

Por outro lado o bem também aumenta, novas formas de estudar a Torá são reveladas e ações de caridade e bondade são feitas em uma escala sem precedentes.

Como podemos entender essa tão grande contradição no comportamento das pessoas da nossa época?

Em relação ao povo de Israel, e em particular agora que estamos no final do nosso exílio, depois de termos passado por todas as previsões em relação aos prazos finais dele incluindo a condição de fazer “Teshuvá” antes da Gueulá, da redenção final.

Como atestou o Rebe Yossef Yitzhak, o Rebe de Lubavitch anterior, que também esse requisito nosso povo já cumpriu. E com tudo isso esperamos todo dia pela nossa verdadeira e completa redenção final, e ela ainda não chegou!

A palavra “Ketz”, é traduzida como “extremo”, mas também pode ser traduzida como “final”. Assim também a ligação entre o conceito de “Ketz” e a nossa redenção é dupla.

“Ketz” se refere ao extremo final da escuridão do nosso exílio, “final dos dias” final do nosso exílio, e junto a isso, a palavra “Ketz” também está se referindo à uma nova era, a era da Gueulá. “Ketz hayamin, o extremo do bem.

E assim nos conta o Zohar que a palavra Ketz pode estar representando o extremo do bem, e ao contrário, pode também estar representando o extremo do mal.

Esses dois extremos, sendo um o extremo da direita que representa a Hessed, a bondade, e o outro que é o extremo da esquerda que representa a Guevura, a rigidez, são os dois caminhos que temos à nossa frente nesse mundo.

O extremo da direita que é o extremo do bem é citado no final do livro do profeta Daniel, e o extremo da esquerda é citado no livro de Yov (Jó), quando diz que Hashem D’us colocou um final para a escuridão.

Também em relação a Yossef, quando a Torá usa a palavra “Ketz” se referindo ao final dos dois últimos anos que Yossef estava na cadeia encontramos esses dois significados.

Por um lado o versículo está se referindo ao final da “estadia” de Yossef na prisão, e por outro se referindo ao começo da “redenção” de Yossef que se torna o vice rei do Egito.

Esses dois conceitos, mesmo aparecendo juntos, representam duas coisas totalmente opostas, como nos conta o Tzema’h Tzedek que foi o terceiro Rebe de Lubavitch no seu livro chamado de “explicações sobre o Zohar”:

Diz o Tzema’h Tzedek que “Ketz hayamim representa a parte final da “Klipá”, o extremo do lado ruim, indicando o fortalecimento do lado ruim antes de ele desaparecer totalmente. Ou seja, o “extremo de baixo” do lado “esquerdo”, o mal em sua maior intensidade. Enquanto que “Ketz hayamin” representa o supremo bem da Gueulá, da nossa redenção final.

Se trata de dois opostos que chegam ao mesmo tempo. Com o começo do brilho da luz da Gueulá, “Ketz hayamin”, começa também o fortalecimento do mal ao encontro do seu final definitivo. “Ketz hayamim”, a extrema intensidade do mal.

A ligação entre esses dois opostos se encontra em muitas citações dos nossos Sábios, como por exemplo no final do tratado de Sotá que nos conta sobre a depravação que acontece no mundo na época que antecede a Gueulá, e isso vemos hoje com os nossos próprios olhos.

Essas citações aparecem também em algumas partes do tratado de Sanedrin, como por exemplo: “o filho de David não chegará a não ser em uma geração que seja totalmente boa ou totalmente ruim”, nos indicando que a geração da Gueulá vai ser caracterizada por esses dois extremos. Diz o Rebe que eles acontecem simultaneamente.

E qual é realmente a ligação entre esses dois “extremos”?

A separação entre o bem e o mal

O principal problema causado pelo primeiro homem quando ele fez a primeira transgressão foi a mistura entre o bem e o mal. Ele causou a indefinição entre os limites da “luz” e da “escuridão”.

Mesmo no início da criação havia uma realidade de ‘mal’ no mundo como consequência da quebra dos receptáculos do mundo de Tohu, mas esse mal estava separado e isolado, sem nenhum contato e ligação com o lado bom, com o lado puro.

Em tal situação, o mal estava claramente definido e as criaturas não cometeriam um erro seguindo algo que é claramente visto como mal, visto como uma coisa negativa.

O que levou ao fortalecimento do mal e da impureza foi o pecado da árvore do conhecimento que misturou os conceitos e criou uma situação em que não há bem sem mal e não há mal sem bem.

Em tal situação, quando não há uma definição clara de quem é bom e de quem é ruim, o mal engana, prevalece e domina. Além disso, o mal entrelaçado na realidade do bem o impede de atingir sua perfeição.

O papel da redenção é acabar com essa mistura e confusão, e criar limites claros e definidos para a realidade do mal como última etapa antes de ele desaparecer totalmente.

Quando a verdade for revelada com a chegada da redenção, o mal será visto em seu verdadeiro estado. A mentira por si só “não tem pernas”, a única coisa que permite a existência da mentira e do engano, é um pouquinho de verdade que existe nela. Quando essa centelha do bem que existe no mal é removida, o mal perde toda a sua capacidade de existência, e então retorna às suas dimensões originais e verdadeiras.

E assim escreveu Rabi Shneior Zalman que foi nosso primeiro Rebe, “O trabalho do Mashiah vai ser o de separar entre o bem e o mal. Portanto, a preparação do mundo para a redenção é a de se separar totalmente do mal causando com que o bem e o mal se tornem claramente separados e isolados um do outro.

Dessa forma há até uma vantagem na situação trágica que previram nossos Sábios em relação aos acontecimentos que antecedem a nossa redenção final, situação em que o mal predomina completamente.

Por que dessa forma ele se torna totalmente visível, claro e definido, e está mais exposto ao seu final do que em uma situação na qual o mal está menos forte por estar misturado com o bem.

Por isso dizem nossos Sábios no tratado de Sanedrin que na geração que antecede a Gueulá os governos se tornarão totalmente corruptos, indicando que o mal que se encontra no mundo se tornará cada vez mais “reconhecível” e a verdade de que qualquer governo que não se comporta de acordo com o “governo Divino” é uma “corrupção absoluta” estará claramente visível.

A verdadeira crença na unidade de D’us é encontrada apenas entre os judeus. Esta é a preparação para a redenção, quando todos conhecerão a pura verdade e seguirão a verdadeira fé que o nosso povo representa.

Essa também é a explicação para o que disseram nossos Sábios que Mashiah chegará em uma geração totalmente boa ou totalmente ruim. A redenção, conforme mencionado, virá quando o trabalho de diferenciar o bem do mal for concluído. Nosso trabalho é separar o mal que se misturou com o bem e estabelecer limites claros entre o que é bom e o que é ruim.

Enquanto o bem e o mal estiverem misturados, a redenção completa não pode vir. Mas virá quando uma das duas possibilidades ocorrer: ou nos refinamos causando com que o nosso lado ruim gradativamente nos deixe, ou, D’us nos livre, o lado ruim nos domina por não encontrar em nós uma resistência compatível com a sua intensidade.

O Rebe nos contou que nos nossos tempos, coisas assustadoras estão acontecendo no mundo, tanto para o bem quanto para o mal.

A começar pela questão da disputas – hoje em dia vemos disputas até entre tais judeus que nunca foi possível supor que haveria uma disputa entre eles. Isso causou para eles uma real mudança de perfil, e eles até tentaram disfarçar isso dizendo que tinham entrado nessas discussões por motivos religiosos e etc…

E por outro lado, em relação as coisas boas, em nossos tempos vemos atos de bondade e amor ao próximo tão grandes que não imaginávamos antes que isso poderia um dia se tornar uma realidade.

Doações para a caridade em tão grande proporção, dedicação tão grande em benefício de outros judeus.

Temos histórias de gerações passadas, e em todas as gerações houve caridade e benevolência entre os judeus, mas nunca tínhamos alcançado níveis tão altos em relação à Tzedaká, em relação a caridade.

E também em relação ao estudo e ensino da Torá, justamente nas gerações mais recentes conseguimos revelar por meio do intenso estudo da Torá assuntos profundos que ninguém imaginou que poderiam ser decifrados e não vemos esses assuntos nos livros das gerações anteriores. Também a forma de ensinar e aprender em nossos tempos é especial, uma nova forma de estudar.

Mas a mudança é tanto para o bem, quanto vice-versa. Entre os sinais que mencionamos sobre o período da redenção, a questão de “países que se provocam” também aconteceu no passado, mas hoje em dia a situação nesta categoria é de uma forma que não se imaginava, com uma crueldade desproporcional, como vemos acontecer na prática em muitos países nesses dias mesmo e que não existia nas gerações anteriores, e ninguém está se importando muito com isso.

Sendo que a nossa Torá é uma Torá “luz”, tudo tem uma resposta na Torá e de forma clara e esclarecedora. E se assim for, a explicação para esta situação alarmante também deve estar na Torá. E em relação a nós, não há necessidade de pesquisar muito, porque a Guemará fala abertamente sobre esse assunto

De acordo com todos os sinais que foram ditos no final do Tratado Sota, nosso tempo está próximo do ‘final dos dias’, tão próximo que não existe mais próximo do que isso, porque nunca houve uma existência real de todos os sinais como nestes dias.

E em relação ao ‘final dos dias’, tempo em que se aplicarão muitas mudanças no mundo até a grande mudança concernente ao mundo inteiro que será a redenção final, está explícito no final do livro do profeta Daniel: “Muitos se definirão, se purificarão e se retificarão, e os maus farão maldades”. Termina o profeta Daniel com as palavras: “e os sábios entenderão do que se trata

Ou seja, há coisas que até o final dos tempos existem na realidade, mas não estão claras. Ou que se tornaram claras, mas ainda estão misturadas com outras coisas e ainda não se separaram delas e por isso ainda não são totalmente reconhecíveis. Ou que já são reconhecíveis mas não de maneira claramente explícita.

Mas, quando chegarem muito perto do final dos dias, e este é um dos principais sinais de que já estamos na etapa em que isso vai começar a acontecer, vai se cumprir a profecia do profeta Daniel de que “Muitos se definirão, se purificarão e se retificarão, e os maus farão maldades”.

Ou seja, não se trata de algo que vai acontecer para um grupo pequeno de pessoas, mas como diz o profeta Daniel, Muitos se definirão, se purificarão e se retificarão, se trata do mundo inteiro. E conclui que “os sábios entenderão”. Ou seja, para entender porque isso está acontecendo é preciso ser um sábio, mas para ver que isso está acontecendo, qualquer um pode ver.

O Rebe nos explicou por que existe a necessidade de o bem e o mal se revelarem separadamente em sua maior potência antes da Gueulá, como o mundo inteiro está vendo isso acontecer diariamente.

O motivo para isso, diz o Rebe, é que cada um de nós tem forças ocultas que não poderiam ser refinadas porque não sabíamos da existência delas. Nessa situação todas as nossas forças ocultas se revelam, se tornam forças reveladas, e se existe nelas um lado ruim que precisa ser refinado.

Ou seja, excluído de nós que somos parte de D’us que é a essência do bem, imediatamente reconhecemos sua existência e o consertamos, ou o excluímos, ou direcionamos ele para o bem.

Não teríamos como retificar nossas forças ocultas se elas não se revelassem e portanto não saberíamos que elas existem. Porque afinal das contas somos obrigados a refinar o mal das nossas forças ocultas, e se elas continuassem ocultas estaríamos ocupados com outras coisas, mesmo sendo elas coisas boas, e não consertaríamos o que precisamos consertar.

E assim conseguimos entender que quando o profeta Daniel fala sobre essa época de refinamento ele está nos indicando o lado bom que ela nos traz, porque somente assim conseguimos descobrir o lado ruim das nossas forças ocultas e fazer nelas o reparo necessário.

O fato de a revelação das nossas forças ocultas acontecer somente agora nessa época está ligado aos dois “extremos”, Ketz hayamim e Ketz hayamin.

Porque à medida que nos aproximamos do “final dos tempos”, do final do nosso exílio, a escuridão no mundo se fortalece e aumenta cada vez mais. As forças negativas que até agora estavam ocultas se revelam, e por isso há necessidade de revelarmos forças superiores, por meio das quais você pode superar a escuridão e resistir.

E mais uma razão para isso: já que nos aproximamos do “Ketz Hayamin”, da nossa redenção final, começa a se materializar o fenômeno do fortalecimento do bem, que também se torna “claro” e se revela em toda a sua intensidade.

Uma das manifestações disso é a descoberta dos segredos da Torá, a Torá oculta, a categoria da Torá que é comparada ao azeite que se transforma em luz.

Por isso já começamos agora por meio do estudo da Hassidut a provar um pouquinho dos segredos da Torá oculta que o Mashiah vai nos revelar. A palavra Mashiah quer dizer ungido, como diz o Tehilim (89/21)

🌻🌻🌻🌻

Saindo dos apertos

Elul é o mês em que fazemos o checkup da saúde da nossa Alma!

Elul é o último mês do ano judaico e preparação para Rosh Hashaná, o Dia do Julgamento, que vem logo em seguida.

Elul é o mês do balanço da alma.

Um empresário ocasionalmente precisa calcular seu lucro e suas perdas, bem como fazer um balanço detalhado. Nós também precisamos conduzir uma auditoria anual do estado de nossa “empresa” espiritual.

Fora o nosso trabalho material que se transforma em trabalho Divino porque ele é o patrocínio do nosso trabalho Divino, o ano inteiro estamos envolvidos em obter mais um pouquinho de lucro espiritual estudando Torá, cumprindo as Mitzvót, rezando e fazendo boas ações.

No mês de Elul, fazemos um balanço geral de tudo que fizemos de bom no decorrer do ano.

Elul é a melhor época possível para esta contabilidade da Alma porque os Treze Atributos Divinos de Misericórdia se revelam neste mês.

Essa revelação é comparada à um rei que sai do seu palácio e vai para o campo se encontrar pessoalmente com as pessoas mais simples.

Por causa disso conseguimos encarar essa introspecção espiritual sem entrar no desespero. Pois, afinal, o Rei está com a gente no campo e só quer o nosso bem.

Um pré-requisito para esse balanço da Alma é a conscientização de que D’us é o dono do mundo e temos que nos comportar de acordo com as regras dele. D’us é o Rei e nós estamos aqui à serviço do Rei!

Fazendo um esforço sincero despertamos a força interior para fazermos nosso serviço real na prática e com muita alegria e entusiasmo!

Quanta Tzedaká, quanta caridade, fizemos esse ano? A Tzedaká traz uma proteção não apenas sobre o doador, mas sobre o povo judeu como um todo…

No mês de Elul costumamos todo dia escutar o Toque do Shofar. Somente na véspera de Rosh Hashaná não costumamos escutar o toque do Shofar para fazer um intervalo e mostrar a separação entre o costume Judaico e a Mitzvá da Torá

Começando com o primeiro dia de Elul, até (mas não incluindo) a manhã antes de Rosh Hashaná, é costume tocar o Shofar, (que geralmente é feito de um chifre de carneiro) após a prece matinal nos dias de semana.

O “chamado do shofar” desperta o nosso coração, como se estivéssemos ouvindo “já está na hora de acordar, de fazer um check up nas nossas ações e nos arrepender do que fizemos de errado”

Vamos falar mais Tehilim

A partir do primeiro dia de Rosh Chodesh Elul até, e incluindo Hoshana Raba, lemos duas vezes ao dia o Salmo 27. Este costume é baseado no comentário do midrash “O Eterno é minha luz…” em Rosh Hashaná” … minha salvação…” em Yom Kipur,” … Ele me ocultará em Sua tenda” em Sucot.

Tanto na tradição dos chassidim quanto na dos sefaradim esse Tehilim está incluído nas Rezas da manhã e da tarde ;

Seli’hot

A tradição dos Sefaradim é começar a falar Seli’hot imediatamente depois de Rosh Chodesh Elul.

O costume dos Hassidim e dos Ashkenazim em geral é de falar as seli’hot começando na noite de sábado da semana na qual cai Rosh Hashaná, desde que sejam deixados quatro dias antes de Rosh Hashaná.

Portanto, se Rosh Hashaná cair na segunda ou na terça-feira da semana, as selichot são iniciadas na noite de sábado da semana precedente

Tzedaká

Durante o mês de Elul, a caridade funciona como um escudo contra os maus decretos e prolonga a vida. Lança um manto de proteção não somente sobre o doador, mas sobre o povo judeu como um todo.

Quando uma pessoa domina seu instinto natural e dá mais Tzedaká do que precisaria dar, D’us também dá para ele mais do que ele mereceria receber.

Teshuvá, a volta para o rumo certo

Em primeiro lugar vamos todos juntos parar de fazer coisas erradas, tanto na prática quanto no pensamento.

Vamos consertar e organizar nosso comportamento atual. Tomar a decisão de fazer cada vez mais coisas boas no futuro, parar de fazer coisas ruins, e por final nos arrepender do que fizemos de errado no passado (pegando leve para não desenvolver uma depressão que seria considerado mais um pecado).

O mês de Elul é propício para o auto-balanço, e para o arrependimento nas três “vestes” da alma – pensamento, fala e ação.

O autoconhecimento é muito importante para o trabalho Divino. Assim como ignorar nossas falhas pode ser incapacitante, pior do que isso é quando esquecemos de nossas forças.

A pessoa deve conhecer-se bem, não só em relação à suas deficiências e fraquezas, mas principalmente em relação às próprias habilidades e talentos

Então, vamos fazer Teshuvá com muita alegria!

תם ולא נשלם