Os Primeiros Anos
O surgimento e expansão do Movimento Chassídico foram rápidos. Sob o lema de “D’us quer o seu coração” (Rachmonoh liboh boey), os líderes deste genuíno renascimento recuperaram a felicidade da fé judaica para o homem comum.
Nele e através dele, até mesmo judeus camponeses, mercadores, operários e artesãos se encontraram no cálido abrigo do universo de Torá, do qual tinham sido excluídos por causa de sua limitada erudição. Não sendo mais forçados a considerarem sua religião como um “Paraíso Perdido”, ele absorveram avidamente a mensagem inspirada da Torá no nível emocional projetado para eles pelo Chassidismo.
Uma dos maiores personalidades chassídicas foi Rabi Shneur Zalman de Liadi, que mais tarde ficaria famoso como o Rav (professor). Este santo homem foi o fundador do Chassidismo de Chabad, um movimento que se desenvolveu em um dos ramos mais fortes e dinâmicos do Chassidismo.
Este movimento, fundado na Lituânia em 5533 (1773), cresceu muito além das fronteiras deste outrora forte centro de vida judaica, e conquistou adeptos entusiastas em todo o mundo.
Rabi Shneur Zalman era um descendente direto do Maharal de Praga. Seu bisavô viveu numa aldeia em Posen. A família mudou-se para a região leste, vagando entre a Galícia e a Polônia, e finalmente se estabeleceu em Vitebsk, na época um florescente centro de Torá e erudição talmúdica.
Foi ali que o pai de Rabi Shneur Zalman, Rabi Baruch, nasceu e foi criado no espírito e tradição do estudo. Posteriormente ele se mudou para Liozna, perto da cidade de Lubavitch, que se tornaria famosa como base da dinastia dos descendentes do Rav.
Ali nasceu Shneur Zalman. Ali, também, ele recebeu suas primeiras letras, e desde a mais tenra idade ele demonstrou um brilhantismo invulgar, diligência e devoção aos estudos.
Para desenvolver ainda mais a erudição do filho, Rabi Baruch levou-o a um renomado professor daquela época, Rabi Yissachar Ber de Kobilnik, que residia em Lubavitch. Sob a tutela de Rabi Yissachar, o jovem erudito atravessou “o mar do Talmud” em todas as direções, e familiarizou-se com a Cabalá, o lado esotérico da tradicional sabedoria de Torá.
Em seu tempo livre o rapaz tentava aumentar ainda mais seu conhecimento através do estudo de ciências e matemática. Não demorou muito e Rabi Yissachar Ber comunicou a Rabi Baruch, o orgulhoso pai de seu aluno: “Não há mais nada que eu possa ensinar a seu filho: ele me ultrapassou.”
Rabi Baruch então levou Shneur Zalman a Vitebsk. O menino, com doze anos, foi imediatamente reconhecido como gênio, e aceito como igual pelos maiores eruditos da cidade.
Casamento
Um homem abastado escolheu Shneur Zalman como genro e passou a sustentá-lo, para que ele pudesse devotar sua atenção exclusiva ao estudo de Torá.
Numerosas histórias sobre aqueles anos atestam a sede insaciável de conhecimento de Rabi Shneur Zalman. Sua sagacidade e proficiência como erudito lhe granjearam admiração de todos que entravam em contato com ele.
Aos vinte anos, ele jovem brilhante, com o consentimento da esposa, deixou o lar e a família para preencher uma ânsia em sua alma. Apesar de todo o ser conhecimento, ele sentia que estava faltando um elemento de experiência religiosa que não poderia ser captada na solidão das quatro paredes de seu próprio estúdio.
Dois centros de estudo e liderança judaica competiam por sua atenção: Vilna, a principal base da erudição talmúdica e a fortaleza da oposição ao Movimento Chassídico que crescia rapidamente; e Mezeritch, onde vivia Rabi Dovber, o famoso Maguid de Mezeritch, herdeiro da ideologia de Rabi Israel Báal Shem Tov e da liderança do Movimento Chassídico.
Desde o início, Rabi Shneur Zalman percebeu que a atmosfera discreta e racionalista de Vilna e seus eruditos, liderados pelo Gaon Rabi Elijah, não podia lhe oferecer aquilo que estava buscando. Como um aclamado erudito de Torá, Rabi Shneur Zalman sentia que sua necessidade não era de instrução talmúdica, mas de orientação no serviço a D’us (avodá). Portanto, decidiu tentar Mezeritch, onde um novo mundo o chamava. Um mundo – dizia-se – que ensinava seu povo a rezar.
Cheio de esperança e expectativas, porém com poucos recursos materiais, ele empreendeu a longa viagem. Para pagar suas despesas, fazia quaisquer serviços que aparecessem, cortarndo madeira e trabalhando na lavoura. Mesmo assim, teve de fazer a pé a maior parte do percurso até Mezeritch.
Mestre das Dimensões Reveladas e Ocultas
A primeira impressão do círculo de discípulos reunidos sobre Rabi DovBer de Mezeritch não foi muito encorajadora para Rabi Shneur Zalman. Ele tinha esperado uma grande academia repleta de personalidades brilhantes, eruditos e sábios. Em vez disso, ele encontrou um grupo de pessoas discretas que, à primeira vista, pareciam possuir pouco que valesse a pena pesquisar. Também não foi particularmente inspirado pelas piedosas admoestações que o Maguid de Mezeritch endereçava à multidão que se reunia em sua sinagoga.
Ele estava se preparando para sair, quando seus olhos se abriram para a verdadeira natureza do mestre e seu círculo mais chegado. Rabi Shneur Zalman tinha decidido prestar seus respeitos ao Maguid antes de voltar para Liozna. Ele entrou na casa do mestre e ficou no meio da multidão, quando Rabi DovBer o avistou. Seus olhos se fixaram nas profundezas do abismo da própria alma de Shneur Zalman, explorando e avaliando cada uma de suas qualidades.
Após alguns minutos de um silêncio repleto de significado, o mestre não apenas lhe disse o que estava em sua mente, mas sem sequer ter sido indagado, deu a Shneur Zalman respostas simples, mas convincentes, a algumas perguntas que o jovem erudito tinha preparado para assegurar-se do valor do mestre. Profundamente impressionado, Rabi Shneur Zalman implorou para ser admitido no seleto círculo de discípulos de Rabi DovBer.
Agora um novo mundo se desenrolava perante os olhos ávidos do erudito vindo de Liozna, à medida que ele absorvia as palestras diárias do Maguid sobre os ensinamentos do Báal Shem Tov. Na companhia de rabinos de grande renome, ele mergulhava no âmbito das relações sagradas que unem D’us, Israel, a Torá e o mundo em um sistema insolúvel de escopo universal.
O filho de Rabi DovBer, Rabi Abraham, que pela sua santa conduta mereceu o título de “o Anjo” (Malach), foi seu guia até esta esfera elevada de sabedoria e conhecimento. Por sua vez, Rabi Shneur Zalman instruiu-o no âmbito da Halachá – a parte mais importante da literatura talmúdica e rabínica sobre a Lei Judaica. Assim, o jovem Rav absorveu os fundamentos do Chassidismo e satisfez a ânsia de sua alma que o tinha afastado de seu lar e da família.
Ele jamais se arrependeu de ter escolhido Mezeritch em vez de Vilna.A princípio, Rabi Shneur Zalman desfrutou pouco prestígio entre os seguidores estabelecidos do Maguid, até que certo dia Rabi DovBer revelou as extraordinárias qualidades do Rav, e revelou-o como uma “luz em Israel”. Ele instruiu Rabi Shneur Zalman, então com vinte e cinco anos, a reescrever o Código da Lei Judaica de maneira a incluir as decisões mais recentes.
Mal tinham se passado duzentos anos desde que Rabi Yossef Caro publicara sua obra prima, o Shulchan Aruch, e durante todo este período gerações de codificadores e comentaristas judeus – chamados “Acharonim” – tinham acrescentado e elucidado aquilo que teria sido a palavra definitiva na discussão da Lei Judaica.
Rabi Shneur Zalman deu total consideração a estes duzentos anos de comentários no Shulchan Aruch, e por meio de cuidadosa edição, ele apresentou o Código da Lei Judaica de forma precisa e acessível.
Esta, obviamente, foi uma tarefa das mais difíceis. Porém a obra foi cumprida de maneira tão magistral, que Shneur Zalman foi certa vez aclamado como um dos maiores eruditos de seu tempo, não apenas pelo mundo chassídico, mas por eruditos de todas as esferas.
Fundador de Chabad-Lubavitch
Após a morte de Rabi DovBer em 19 de Kislêv de 5533 (1772), seus discípulos se separaram. Cada um abraçou a tarefa de propagar o Chassidismo no país que lhe fora designado.
Rabi Shneur Zalman herdou a mais difícil de todas as missões. Ele deveria capturar a fortaleza dos que se opunham à divulgação do Chassidismo na Lituânia, para a ideologia e modo de vida chassídico. Isto ele faria, primeiro, junto com Rabi Menachem Mendel de Vitebsk, e após a partida deste para Israel, por si mesmo.
Um homem de menor estatura como talmudista não poderia ter aceitado tamanha missão, pois a oposição incluía alguns dos mais ilustres eruditos da época. Porém Rabi Shneur Zalman estava bem equipado para enfrentá-los em seu próprio terreno.
Suas tentativas para encontrar-se com o Gaon Rabi Elijah foram duramente rejeitadas. Apesar disso, ele continuou sua obra sem diminuir o zelo. Para surpresa de seus contemporâneos, tanto amigos quanto oponentes, ele foi bem-sucedido a um ponto considerado impossível.
Rabi Shneur Zalman não era um sonhador que vivia nas nuvens, mas um verdadeiro líder completamente cônscio das necessidades materiais de seus irmãos de fé, assim como de suas falhas espirituais. Sua extensa obra em prol do bem-estar econômico de seus irmãos é um capítulo em si mesma. O espaço permite apenas uma breve menção de alguns de seus notáveis esforços neste campo.
O interesse do Rav pelos seus irmãos estimulou-o a agir logo após seu casamento. Ele começou uma campanha para induzir mais judeus a se estabelecerem em fazendas para trabalhar a terra. Rabi Shneur Zalman devotou a esta causa não somente seus esforços, mas todo o seu dote.
A partir do ano 5532 (1772), Rabi Shneur Zalman engajou-se num extenso plano para induzir grande número de judeus que moravam na fronteira russo-polonesa a se mudarem mais para o leste, no interior da Rússia, onde as oportunidades de vida econômica eram mais promissoras.
Rabi Shneur Zalman também se devotou a atividades para angariar fundos visando a apoiar os novos assentamentos chassídicos estabelecidos em Israel. No entanto, seus esforços foram subseqüentemente distorcidos pelos seus oponentes, que o caluniaram e denunciaram ao governo russo, acusando-o de enviar fundos para o governo turco. O relacionamento entre os dois países estava estremecido naquela época.
Quando um decreto foi emitido em 5568 (1808) para a expulsão dos judeus vivendo em áreas rurais e em fazendas, privando milhares de famílias judaicas de seus meios de subsistência, Rabi Shneur Zalman empreendeu uma extensa jornada para levantar fundos em toda a Rússia, com a idéia de resolver emergência e criar os meios para a reabilitação destes desafortunados.
Esta obra teve continuidade, além de aconselhar e orientar seus milhares de seguidores, que se voltavam para ele em todos os seus complicados problemas.
Durante os anos de esforços para a melhoria da vida espiritual e condições econômicas de seus irmãos de fé, o Rav desenvolveu sua magnífica filosofia do Chassidismo de Chabad.
Das pessoas que o procuraram após seu retorno a Liozna, ele exigiu muito mais que o apoio irrestrito exigido pelas outras escolas de pensamento chassídico. As pessoas centralizavam sua ideologia no justo “tsadic” como alguém que possuía poderes sobrenaturais, mas ele apresentava a idéia do tsadic como líder espiritual, um mestre em vez de um fazedor de milagres.
O chassid deveria treinar-se para uma vida de fé e serviço a D’us, que o levaria ao nível mais elevado de Chabad, os três poderes do intelecto: Sabedoria, Entendimento e Compreensão (Chochmah, Binah e Daat), formando um vínculo entre céu e terra.
Sobre esta filosofia básica, Rabi Shneur Zalman construiu a estrutura da ideologia Chabad. O homem completo serve a D’us com a mente, coração e ação em uníssono, cada um complementando o outro. A mente entende, o coração sente e a mão realiza.
A substância dos ensinamentos de Rabi Shneur Zalman pode ser encontrada em sua contribuição mais importante para a literatura rabínica, o Likutei Amarim, mais conhecido como o Tanya, após a primeira palavras dessa exposição. Esta obra contém um esboço conciso de seu sistema filosófico como estilo de vida, e atesta sobre seu vasto conhecimento e sobre a profundidade de seu entendimento e domínio dos ensinamentos esotéricos e exotéricos de nossos Sábios.
O Tanya tem sido, e ainda é, um texto sagrado para os milhares de seguidores de Chabad. É religiosamente estudado e memorizado tanto pelos jovens quanto pelos mais idosos membros do Movimento Chabad, e parece inexaurível em todo nível de abordagem e interpretação. Rabi Shneur Zalman, o Báal ha Tanya, conhecido aos seguidores de Chabad como o Alter Rebe, também foi autor de muitas outras obras, clássicos da literatura de Chabad.
O Tanya
Alter Rebe originalmente publicou apenas as primeiras duas partes do Tanya em 5557 (1797)
Há duas versões de Iguêret Hateshuvá (Parte III) bem como duas de Likutei Amarim (Parte I). Entretanto, ao contrário de Likutei Amarim que o Alter Rebe meramente editou na versão final, Iguêret Hateshuvá foi completamente reescrito.
Iguêret Hateshuvá também foi originalmente copiado a mão em 5552 (1792) em forma de panfleto. Há boas razões para acreditar que o Alter Rebe o escreveu antes das outras partes do Tanya. Entretanto, não o imprimiu junto com Likutei Amarim em 5557 (1797).
Dois anos depois, em 5559 (1799), um hassid do Alter Rebe, que vivia em Zolkiev (Romênia), decidiu, por si mesmo, reimprimir o livro sob o título de Tanya. Também adicionou a ele a versão original de Iguêret Hateshuvá.
Acredita-se que este hassid não pediu nem recebeu permissão para acrescer o Iguêret Hateshuvá; mais ainda, não tinha permissão para imprimir qualquer parte do Tanya. A razão é que o Alter Rebe escreveu no Prefácio que ninguém seria autorizado a reimprimir o livro nos cinco anos seguintes.
Este hassid e os rabinos de Zolkiev que deram sua aprovação e encorajamento para imprimir o livro sabiam que a proibição do Alter Rebe para reimprimi-lo (como Reb Zusha escreveu claramente em sua Aprovação) era apenas para evitar que o editor original sofresse perda financeira (o editor investira muito tempo e dinheiro na preparação das páginas para a impressão).
Entretanto, em Zolkiev, na Romênia, era proibido importar qualquer livro impresso na Rússia. Assim, não podiam comprar o livro do editor russo e sentiram que não lhe causariam qualquer dano monetário se eles mesmos o publicassem.
A presente versão de Iguêret Hateshuvá foi primeiro publicada como a terceira parte do Tanya pelo Alter Rebe em 5566 (1806), na cidade de Shklov. Não sabemos quando o Alter Rebe realmente o reescreveu, mas sabemos (pelo Rebe Rashab – 5º Rebe de Chabad) que foi reescrito depois que o Alter Rebe foi libertado da prisão.
O Rebe Rashab explica que é por isso que Iguêret Hateshuvá é tão diferente de outros livros sobre assuntos de ética e arrependimento.
Sua forma final surgiu depois da libertação da prisão, quando o Alter Rebe recebeu permissão para difundir os mananciais de hassidut ainda mais do que antes. Ele, portanto, explicou e elaborou conceitos profundos de Divindade em Iguêret Hateshuvá.
Iguêret Hakodesh e kuntras A’haron (Partes IV e V) foram coletados e publicados pelo segundo Rebe e seus irmãos em 5574 (1814), no vigésimo-segundo dia de Iyar, um ano e quatro meses após o falecimento do Alter Rebe. Pela primeira vez, o nome do autor foi impresso na página de rosto.
Em sua Aprovação, escreveram que incluíram apenas [algumas daquelas cartas] cujos manuscritos originais do Alter Rebe tinham em seu poder, para que não houvesse erros no translado.
Muitas das cartas falam da importância de doar Tzedaká (caridade), especialmente aos judeus em Erets Yisrael. As outras cartas inspiram a estudar, orar e cumprir Mitzvót.
O Alter Rebe escreveu tais cartas durante muitos anos e elas foram organizadas por tópicos, em vez de ordem cronológica. Por exemplo, a primeira carta foi escrita dez anos antes da segunda, redigida após sua libertação da prisão em 5559 (1799), e as cartas nº 27 e nº 29 foram escritas em 1788-89, na mesma época em que a primeira carta.
Das 32 cartas, nem todas foram escritas realmente como tal. O Alter Rebe escreveu o que é chamado de carta nº 20 como uma exposição hassídica, uma semana antes de falecer.
O Alter Rebe escreveu kuntras Acharon enquanto trabalhava no Tanya. Nos nove títulos ele explica e esclarece muitos pontos encontrados no Tanya.
O Rebe Anterior escreve que há quatro partes no Tanya, contando Iguêret Hakodesh e kuntras A’haron como uma só. Essas correspondem às quatro partes do Shul’han Aru’h:
- Ora’h hayim = Likutei Amarim
- Yoré Deá = Sháar Hayi’hud Vehaemuná
- Êven Haézer = Iguéret Hateshuvá
- Hoshen Mishpat = Iguéret Hakódesh e kuntras A’haron
Em outras ocasiões, consideramos Iguéret Hakódesh e kuntras A’haron como duas categorias separadas, formando, portanto, cinco partes no Tanya. Estas cinco então corresponderiam aos Cinco Livros da Torá.
O Rebe explicou que kuntras A’haron pode ser comparado ao Humash Devarim (o quinto livro do Pentateuco), chamado Mishnê Torá, que revê e detalha muitas leis da Torá.
Kuntras A’haron, de maneira similar, explica muitas partes do Tanya. Podemos portanto considerá-lo como sendo a parte oral da Torá escrita.
Genealogia
Antepassados: Hagaon Marana Verabana Yehuda Loewy, zatz’al, conhecido como o Maharal de Praga, descendentes daqueles Gaonim, chegando até David, filho de Yishai (Rei de Israel).
Os descendentes do Maharal foram: 1) Seu filho, Harav Betzalel; 2) Seu filho, Harav Shmuel, 3) Seu filho, Harav Yehuda Leib; 4) Seu filho, Harav Moshê; 5) Seu filho, Harav Shneur Zalman; 6) Seu filho, Harav Baruch; 7) Seu filho, Hod K’vod K’dushat Admur Harav Schneur Zalman (O Alter Rebe).
Os Rebes de Chabad e as principais lideranças de suas famílias
I: O Alter Rebe, Hod K’vod K’dushat Admur Marana Verabana Schneur Zalman
18 Elul 5505 (1745): Nascimento do Alter Rebe, R. Schneur Zalman, filho de R. Baruch e sua esposa, Rivca, filha de R. Avraham. Em sua celebração de Bar Mitsvá, os mais notáveis eruditos da geração denominaram-no Rav tanna upalig. (Ele é igual em estatura aos eruditos das gerações anteriores, e tem o direito de discordar deles). Casou-se no ano de 5520 (1760). Lançou uma vigorosa campanha – com esforço pessoal e com seus próprios recursos – para encorajar judeus a tornar-se fazendeiros.
- Sua primeira visita a Mezeritch
- 5527 (1767): Aceitou o cargo de Maguid (Pregador) de Lyozna
- 5530 (1770): Começou a compilar o Shulchan Aruch (HaRav)
- 5532 (1772): Define a doutrina de Chassidut Chabad; inicia a campanha para os judeus habitantes da área de Vitebsk mudarem-se para o outro lado da fronteira, na Rússia.
- 5533 a 5538 (1773 – 1778): Estabelece a yeshivá em Lyosna, conhecida como Cheder I, Ii e III.
- 5534 (1774): Viaja para Vilna com Menachem Mendel de Vitebsk para encontrar o Gaon de Vilna. O Gaon recusa-se a encontrar-se com ele.
- 5537 (1777): Acompanha R. Menachem Mendel na primeira parte de sua viagem à Terra Santa, até a cidade de Mogilev, no Rio Dniester.
- 5537 (1777): Acompanha R. Menachem Mendel na primeira parte de sua viagem à Terra Santa, até a cidade de Mogilev, no Rio Dniester.
- 5543 (1783): Empenha-se em importantes disputas em Minsk e sai vitorioso.
- 5551 (1791): Suas obras sobre o Talmud e Halachá e Chassidut são largamente disseminadas.
- 5554 (1794): Publica Hilchot Talmud Torá (“Leis do Estudo de Torá).
- 5557 (1797): Publica o Tanya.
- 5559 (1798): Preso no dia após Sucot; libertado a 19 de Kislêv.
- 5561 (1800): Chamado a Petersburgo no dia após Sucot; em 11 de Menachem Av seguinte, (1801) deixa Petersburgo diretamente para Liadi, Província de Mogilev. Deixa Liadi na véspera de Shabat Mevarechim Elul 5572 (1812). Após vagar com sua família e muitos chassidim, chega ao vilarejo de Piena, Província de Kursk, e 12 de Tevêt 5583(1812). Lá, após o final de Shabat, na véspera de domingo, 24 de Tevêt, ele faleceu. É enterrado em Haditz, Província de Poltava.
Sua esposa foi Rebetzin Sterna, filha do magnata R. Yehuda Leib Segal e sua esposa Beila.
Seus filhos: 1 – Hod K’vod K’dushat Admur Rav Dovber
2 – K. K. Harav Hachassid R. Chaim Avraham.
3 – K. K. Harav Hachassid R. Moshe.
Suas filhas: Rebetzin Freida, cujo marido foi Harav Hachassid R. Shalom Shachna, filho de R. Noach.
3 – Rebetzin Rachel, cujo marido foi Harav Hachassid R. Avraham, filho de R. Tzvi Sjeines.
Seus irmãos – Harav Hagaon harav Hachassid R. Yehuda Leib.
2 – Harav Hagaon Rav Mordechai.
3 – Harav Hagaon Rav Moshe.
Sua irmã foi rebetzin Sara.
Seu cunhado foi harav Yisrael, conhecido como R. Yisrael Kazak, casado com Rebetzin Sara.
Outro cunhado foi R. Akiva Fradkin de Shklov, casado com Rebetzin irmã de Sterna.
Obras publicadas:
1) Hilchot Talmud Torá. 2) Birchot Hanehenin. 3) Tanya e Mehadureh Kama de Tanya. 4) Sidur. 5) Shulchan Aruch. 6) Bi’urei Hazohar. 7) Torá Or. 8) Likutei Torá. 9) Boneh Yerushalaym. 10) Ma’amarei Admor Hazaken – Hanachot Hara’p. 11) Ma’amarei Admor Hazaken – Et’haleich Lyosna. 12) Ma’amarei Admor Hazaken – 5562, 2 vol. 13) Ma’amarei Admor Hazaken – 5563, 2 vol. 14) Ma’amarei Admor Hazaken – 5564. 15) Ma’amarei Admor Hazaken – 5565, 2 vol. 16) Ma’amarei Admor Hazaken – 5566. 17) Ma’amarei Admor – 5567. 18) Ma’amarei Admor Hazaken – 5568, 2 vol. 19) Ma’amarei Admor Hazaken – 5569. 20) Ma’amarei Admor hazaken – 5570. 21) Ma’amarei Admor Hazaken – Haketzarim. 22) Ma’amarei Admor Hazaken – Al Parshiyot Hatorah VehaMoadim, 2 vol. 23) Ma’amarei Admor hazaken – Inyanim. 24) Ma’amarei Admor Hazaken – Maamarei Razal. 25) Ma’amarei Admor Hazaken – Nach, 2 vol. 26) Igrat Kôdesh. 27) Tanya (Inglês).
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O “Nigun” (melodia) Arba Bavot, também conhecido como: a melodia do Alter Rebe, é um nigun sem palavras, o principal das dez melodias básicas de Chabad
A melodia é considerada uma das melodias mais profundas e especiais do hassidismo em geral, e a melodia fundamental e principal do hassidismo Chabad.
A melodia tem quatro estrofes que por meio delas ascendemos espiritualmente aos mundos superiores de Atzilut, Briá, Yetzirá e Assiá .
Esta música foi composta pelo Rabi Shneior Zalman, o “Alter Rebe” , enquanto estudava com seu Rebe e professor, o Maguid de Mezritch.
Por causa de suas virtudes especiais e significado espiritual, é costume entre os Hassidim de Chabad cantar essa melodia em ocasiões especiais, como nos dias de Yom Kipur e Sim’hat Torá, no último dia de Pessa’h e de Shavuot, em Purim, e principalmente no dia da redenção do Alter Rebe, Rabi Shneior Zalman, dia em que ele foi libertado da prisão de Peterburg na Rússia.
Cantamos esse “nigun” em um casamento conduzindo os noivos para a Hupá. Também cantamos esse nigun em uma circuncisão, e em um Bar Mitzvá.
Nigun Dalet Bavot
pelo marido da nossa querida Rabanit Nava Rifka
https://youtube.com/@MikhoelPaisPianist