Arquivo – Vivendo com a Parashá

Aviso importante sobre a transliteração das palavras em hebraico 

Os Rabinos portugueses de centenas de anos atrás usaram a letra “H” para a transliteração da letra “ח” em Hebraico que equivale a dois erres “rr” em português

Na transliteração do hebraico nessa página vamos usar a letra “h” com um apóstrofo ( ‘ ) como dois erres (rr) assim: ‘h

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VeZot Habrahá

Nossa última Parashá da Torá: “Vezot Habrahá”, é diferente de todas as outras por elas serem lidas sempre no Shabat enquanto que “Vezot Habrahá” é lida sempre na festa de Sim’hát Torá, festa do término da leitura anual do Sefer Torá.

A última pessoa que sobe na Torá em “Vezot Habrahá” é chamado de “Hatan Torá”, o noivo da Torá.

Certa vez uma pessoa, não judeu, perguntou ao grande Sábio Hilel :

– Quantas Torot (plural de Torá) vocês tem? :- Duas , respondeu Hilel, a Torá escrita e a Torá oral .Ouvindo isso a pessoa declarou :

– Na Torá escrita eu acredito, mas na oral não. Quero me converter ao judaísmo na condição de que você me ensine somente a Torá escrita.

Hilel concordou.Hilel começou a ensinar à ele como ler a Torá escrita. Mostrou para ele a letra Alef e explicou oralmente que o nome dela é  Alef.

Mostrou a letra Beit e explicou oralmente que o nome dela é Beit, o mesmo fez com a letra guimel e a letra dalet

Na outra aula Hilel mostrou para ele a letra Alef e disse que ela é a letra Dalet. O aluno se espantou e disse :

– Mas ontem você não me explicou assim!:- Você confiou no que eu te expliquei oralmente ontem? Disse Hilel, então confie em mim também em relação à Torá oral!

Ou seja, quando D’us deu à Moshe a Torá escrita, explicou ela para Moshe que ensinou o povo de Israel oralmente o significado das escrituras, e assim a Torá chegou até nós desde o começo

Sem a Torá oral não saberíamos nem ler e nem entender a Torá escrita.

E mais, a Torá oral é a que atesta que a Torá escrita está escrita da maneira correta e é verdadeira

Como vimos antes, quando D’us nos deu a Torá elas eram duas desde o começo. Uma escrita e uma oral. Moshe, o maior de todos os profetas escreveu a Torá escrita e explicou oralmente como colocar ela na prática, ou seja, de que forma entender e cumprir o que está escrito nela.

Em outras palavras, o “como cumprir a Mitzvá” é chamado de Torá oral.

A Torá escrita começa com Moshe, o maior de todos os profetas, e continuou sendo escrita posteriormente por profetas menores do que Moshe até o exílio da Babilônia que aconteceu depois da destruição do primeiro Beit Hamikdash, mas sem acrescentar ou diminuir as Mitzvot da Torá de Moshe.

Os últimos profetas viveram no exílio da babilônia entrando também na época em que o império persa dominava o mundo até a época em que o segundo Templo foi construído.

Depois dos persas vieram os gregos e depois o império romano. Na época dos gregos e romanos não tínhamos mais profetas, e portanto não tivemos mais Torá escrita. A Torá escrita terminou de ser escrita no exílio da Babilônia e Pérsia completando 24 livros.Posteriormente, na época do império romano a Torá oral que era repassada oralmente até aquela época também foi escrita incluindo a Torá oculta conhecida como Kabalah.

A Torá oral continua crescendo em cada geração sendo que surgem novas situações que precisam ser esclarecidas e comparadas às anteriores, diagnosticadas e classificadas . As pessoas precisam de explicações com mais detalhes e etc.

As explicações dos Sábios de cada geração de como cumprir a Torá da maneira correta naquela geração também é chamada de Torá oral.

Chegamos hoje à dezenas de milhares de livros de Torá oral dos quais mais de 50.000 livros sem direitos autorais  já estão disponíveis para download no site Hebrew Books www.hebrewbooks.org/

Então, vamos dançar com o Sefer Torá em Simchat Torá e estudar Torá o ano inteiro com essa mesma alegria e entusiasmo de Simchat Torá!

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Nossa última Parashá da Torá: “Vezot Habrachá”, é diferente de todas as outras por elas serem lidas sempre no Shabat enquanto que “Vezot Habrachá” é lida sempre na festa de Simchát Torá, festa do término da leitura anual do Sefer Torá.A última pessoa que sobe na Torá em “Vezot Habrachá” é chamado de “Chatan Torá”, o noivo da Torá.Certa vez uma pessoa, não judeu, perguntou ao grande Sábio Hilel :

– Quantas Torot (plural de Torá) vocês tem? :- Duas , respondeu Hilel, a Torá escrita e a Torá oral .Ouvindo isso a pessoa declarou :- Na Torá escrita eu acredito, mas na oral não. Quero me converter ao judaísmo na condição de que você me ensine somente a Torá escrita.

Hilel concordou.Hilel começou a ensinar à ele como ler a Torá escrita. Mostrou para ele a letra Alef e explicou oralmente que o nome dela é  Alef. Mostrou a letra Beit e explicou oralmente que o nome dela é Beit, o mesmo fez com a letra guimel e a letra dalet

Na outra aula Hilel mostrou para ele a letra Alef e disse que ela é a letra Dalet. O aluno se espantou e disse :

– Mas ontem você não me explicou assim!:- Você confiou no que eu te expliquei oralmente ontem? Disse Hilel, então confie em mim também em relação à Torá oral!Ou seja, quando D’us deu à Moshe a Torá escrita, explicou ela para Moshe que ensinou o povo de Israel oralmente o significado das escrituras, e assim a Torá chegou até nós desde o começo

Sem a Torá oral não saberíamos nem ler e nem entender a Torá escrita.

E mais, a Torá oral é a que atesta que a Torá escrita está escrita da maneira correta e é verdadeira

Como vimos antes, quando D’us nos deu a Torá elas eram duas desde o começo. Uma escrita e uma oral. Moshe, o maior de todos os profetas escreveu a Torá escrita e explicou oralmente como colocar ela na prática, ou seja, de que forma entender e cumprir o que está escrito nela.

Em outras palavras, o “como cumprir a Mitzvá” é chamado de Torá oral.

A Torá escrita começa com Moshe, o maior de todos os profetas, e continuou sendo escrita posteriormente por profetas menores do que Moshe até o exílio da Babilônia que aconteceu depois da destruição do primeiro Beit Hamikdash, mas sem acrescentar ou diminuir as Mitzvot da Torá de Moshe.

Os últimos profetas viveram no exílio da babilônia entrando também na época em que o império persa dominava o mundo até a época em que o segundo Templo foi construído.

Depois dos persas vieram os gregos e depois o império romano.Na época dos gregos e romanos não tínhamos mais profetas, e portanto não tivemos mais Torá escrita.

A Torá escrita terminou de ser escrita no exílio da Babilônia e Pérsia completando 24 livros.Posteriormente, na época do império romano a Torá oral que era repassada oralmente até aquela época também foi escrita incluindo a Torá oculta conhecida como Kabalah.

A Torá oral continua crescendo em cada geração sendo que surgem novas situações que precisam ser esclarecidas e comparadas às anteriores, diagnosticadas e classificadas . As pessoas precisam de explicações com mais detalhes e etc.

As explicações dos Sábios de cada geração de como cumprir a Torá da maneira correta naquela geração também é chamada de Torá oral.Chegamos hoje à dezenas de milhares de livros de Torá oral dos quais mais de 50.000 livros sem direitos autorais  já estão disponíveis para download no site Hebrew Books www.hebrewbooks.org/

Então, vamos dançar com o Sefer Torá em Simchat Torá e estudar Torá o ano inteiro com essa mesma alegria e entusiasmo de Simchat Torá!🌻

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Haazinu

Nossa Parashá, a penúltima Parashá da Torá, está escrita de uma forma chamada “ariach al gabei ariach”.

Essa montagem de texto vem identificar que ela é uma música

Um dos assuntos interessantes que ela nos conta é: “Lembre-se dos dias passados, olhe para os anos de cada geração e geração”Rashi traz duas explicações para isso:A primeira é :

“olhe para os anos de cada geração e geração”, veja o que aconteceu com a geração de Enosh na qual o oceano surgiu pegando uma grande parte da terra, e a geração do dilúvio na qual o mundo afundou, não repita os erros dessas gerações

A segunda explicação que Rashi traz é :

Pense no futuro, veja o que você poderia estar ganhando. D’us tem o poder de te dar coisas maravilhosas que são os tempos do Mashiach e o próximo mundo, faça o certo e você só tem a ganhar!

Um dos 13 princípios da fé judaica é que Mashiach vai chegar

Esse princípio consiste em que no fim do “Galut”, no final do nosso exílio entre os povos do mundo Mashiach vai chegar

A era do Mashiach é uma época maravilhosa, uma época de fartura

Uma época sem crises, sem guerras, sem doenças, sem acidentes, um mundo bom em que todos vamos estar felizes

HaMele’h  HaMashia’h

O Rambam nos ensinou que o Mashia’h é um descendente direto, filho após filho, do rei David e que se iguala ao rei David no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot

Ele vai construir o Beit Hamikdash, nosso Templo Sagrado de Jerusalém, no lugar sagrado onde hoje se encontra o Kotel que é o muro ocidental do “Monte do Templo”

Ele vence as guerras de Hashem e depois traz todos os judeus, incluindo as dez tribos perdidas, de volta para a terra de Israel

Fazendo isso ele se torna o Mashia’h que em hebraico quer dizer simplesmente o “Rei Ungido”, sendo que ele é um descendente direto do rei David que foi ungido pelo profeta Shmuel

Ele herda a unção do rei David automaticamente e não precisa de uma segunda unção para ser o rei de Israel

Daqui aprendemos que a solução para o nosso exílio não é um presidente eleito e nem um primeiro ministro, mas sim o Mashia’h

A Guemará em Sanedrin nos conta que os alunos dos grandes Sábios que estavam dentro desse critério, ou seja, que eram descendentes do rei David e eram grandes como ele no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot, diziam que o Rebe (mestre em hebraico) deles era o Mashia’h.

Com isso queriam dizer que, caso acontecesse a Gueulá naquela época, o candidato mais adequado para ser o Mashia’h seria aquele Sábio.

Dessa mesma maneira na nossa geração o Rebe de Lubavitch foi apontado por muitos como candidato dentro desses critérios dos antigos Sábios da Guemará e por esse motivo isso não foi visto como uma transgressão à Hala’há chá, à lei judaica.

Quando acontecer a Gueulá e o Beit Hamikdash for reconstruído em Jerusalém incluindo a parte principal que desce pronta do céu, o povo de Israel trazido para a Terra Santa incluindo as dez tribos, o candidato a Mashia’h ch se torna o Mashia’h na prática.

Antes disso, os alunos do Rabi Hanina ou os alunos do Rabi Inon na Guemará puderam dizer que o Rebe deles era o Mashia’h, dentro dessa intenção.

A Guemará em Sanhedrin também nos conta que o fato de o Mashia’h ser dos vivos ou dos mortos não é relevante nesse caso contanto que ele venha a construir o Beit Hamikdash, vença as guerras de Hashem e traga o nosso povo de volta para a terra prometida passando depois junto com todo o povo de Israel para a etapa em que a vida será eterna, o próximo mundo.

A Guemará inclusive cita o profeta Daniel, e traz um versículo comprovando que se a Gueulá acontecesse na época dele, mesmo depois da sua morte, ele levantaria e se tornaria o Mashia’h.

O que é considerado a época dele? Rashi explica que todo o tempo que Josué, o aluno de Moshe, estava vivo, Moshe estava vivo também 🥰

Nós somos os alunos do Rebe, participamos pessoalmente das palestras dele e estamos aqui com vocês. Ou seja, nós somos a geração do Rebe e todos vamos estar juntos na hora da Gueulá, ele e todos nós.

Os romanos antigos copiaram também esse aspecto da religião judaica e aplicaram ele inadequadamente à alguém que não era um descendente do rei David, não cumpriu a Torá e as Mitzvot, e que na época dele o Beit Hamikdash foi destruído, as guerras perdidas e o povo se espalhou para fora de Israel, sinais contrários à vinda do Mashiach e não tendo qualquer relação ou comparação com o princípio judaico da vinda do Mashiach e com o fato de os alunos dos Sábios de Israel dizerem que o Rebe deles era o Mashiach

Tishrei, mês propicio para a nossa Gueulá

A Guemará no tratado de Rosh Hashaná nos conta que Rabi Eliezer diz que no mês de Nissan aconteceu a Gueulá dos nossos ancestrais que saíram do Egito e em Tishrei será a Gueulá futura

Sendo que a festa de Sucot foi dada pela Torá em comemoração à Gueulá do Egito, e como diz a Meguilá:

“Esses dias são lembrados e acontecem”, Esses dias de Sucot são uma hora propícia para a Gueulá!

Então, vamos pedir para Hashem trazer a Gueulá Só temos a ganhar!

Na época da Mishná, há pouco menos de 2.000 anos atrás, os judeus liderados por Shimon bar Ko’hva, intitulado como “presidente de Israel”, fizeram uma revolução contra o império romano e conseguiram provavelmente três anos de independência.

Naquela ocasião, Rabi Akiva acreditou que Bar Ko’hva fosse o Mashia’h

Como pôde Rabi Akiva fazer tal erro de avaliação?

Para entendermos isso voltamos à época do Rei David, que mesmo tendo sido ungido pelo profeta Shmuel como o Rei Ungido, ou seja, Mashia’h, não pôde construir o Beit Hamikdash, o Templo de Jerusalém, porque teve a obrigação de guerrear para salvar nosso povo dos seus inimigos.

Seu filho, o Rei Salomão, por não ter precisado fazer guerras, recebeu a ordem Divina de construir o Beit Hamikdash.

Quando falamos sobre Mashia’h vemos a alusão à uma guerra chamada Gog e Magog.

Se o Mashia’h participar da guerra ele não poderá construir o Beit Hamikdash, por isso existe uma referência à um “pré Mashia’h” chamado Mashia’h Ben Yossef” que faz as guerras e falece depois de vencê-las.

Sendo que a regra é que uma profecia negativa como lutar em uma guerra não é obrigada a acontecer, o Mashia’h Ben Yossef não é obrigado a existir e Hashem pode fazer a guerra de Gog e Magog ser vencida milagrosamente como vemos na história do Rei Hizkiahu

O Rei da Judéia, Hizkiahu, venceu o Rei da Assíria, Sanherib sem sair da cama.

O Anjo Gabriel se revelou para o exército dos Assírios e todos eles faleceram com exceção de cinco.A Guemará nos conta que Hizkiahu, que era um descendente do rei David, poderia ser diretamente o Mashia’h Ben David, e Sanherib Gog e Magog, caso tivessem tido o mérito da Gueulá acontecer na época dele.

Nesse caso não teria havido a necessidade de um Mashia’h Ben Yossef.Mas no caso de Rabi Akiva, sendo que a revolução já estava acontecendo, ele achou que Bar Ko’hva poderia ser esse Mashia’h ch Ben Yossef sendo que ele começou a fazer as guerras.

Quando ele foi morto pelos romanos Rabi Akiva viu que ele não era o Mashia’h Ben Yossef.Sinais de que Mashia’h está chegando

Porque a Guemará nos traz sinais para sabermos que estamos na geração da Gueulá, da redenção final?Para fazermos isso acontecer mais rápido acrescentando nas nossas Tefilot e nas nossas Mitzvót

Um dos sinais da Guemará é de que os jovens vão fazer os velhos passarem vergonha.

Sempre que compramos um telefone novo e não conseguimos usar ele sem a ajuda de um adolescente para nos explicar com muita paciência dezenas de vezes como ele funciona, sentimos que esse sinal está acontecendo na prática…

Outro sinal é de que os principais rios da cidade vão andar como óleo e não vai dar para pescar neles nem um peixe para um doente. Essa é uma das coisas que nem Rashi conseguiu explicar.

Rashi tentou imaginar que talvez os rios ficassem semi congelados e andariam devagar como óleo, mas o problema com essa explicação é de que mesmo assim ainda daria para pescar um peixe neles. Quem na idade média poderia imaginar o Rio Tietê?

Nem na pior das hipóteses Rashi não conseguiu imaginar uma coisa tão ruim assim

E daí para adiante, todos os sinais da Guemará já aconteceram, e agora só nos resta a explicação de Rashi na nossa Parashá: Pense no futuro!

Veja o que você poderia estar ganhando:

Hashem tem o poder de te dar coisas mega maravilhosas que são os tempos do Mashia’h e o próximo mundo

Acrescente no estudo da Torá e no Cumprimento das Mitzvót e Mashia’h vai chegar! você só tem a ganhar!

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Nossa Parashá, a penúltima Parashá da Torá, está escrita de uma forma chamada “ariach al gabei ariach”.

Essa montagem de texto vem identificar que ela é uma música . Um dos assuntos interessantes que ela nos conta é: “Lembre-se dos dias passados, olhe para os anos de cada geração e geração”Rashi traz duas explicações para isso:A primeira é :

“olhe para os anos de cada geração e geração”, veja o que aconteceu com a geração de Enosh na qual o oceano surgiu pegando uma grande parte da terra, e a geração do dilúvio na qual o mundo afundou, não repita os erros dessas gerações.

A segunda explicação que Rashi traz é :

Pense no futuro, veja o que você poderia estar ganhando. D’us tem o poder de te dar coisas maravilhosas que são os tempos do Mashia’h e o próximo mundo, faça o certo e você só tem a ganhar!

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Um dos 13 princípios da fé judaica é que Mashia’h vai chegar

Esse princípio consiste em que no fim do “Galut”, no final do nosso exílio entre os povos do mundo Mashia’h vai chegarA era do Mashia’h é uma época maravilhosa, uma época de fartura

Uma época sem crises, sem guerras, sem doenças, sem acidentes, um mundo bom em que todos vamos estar felizes

Hamele’h HaMashia’h

Diz o Rambam que o Mashia’h é um descendente direto, filho após filho, do rei David e que se iguala ao rei David no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot.

Ele vai construir o Beit Hamikdash, nosso Templo Sagrado de Jerusalém, no lugar sagrado onde hoje se encontra o Kotel que é o muro ocidental do “Monte do Templo”.

Ele vence as guerras de Hashem e depois traz todos os judeus, incluindo as dez tribos perdidas, de volta para a terra de Israel.

Fazendo isso ele se torna o Mashia’h que em hebraico quer dizer simplesmente o “Rei Ungido”, sendo que ele é um descendente direto do rei David que foi ungido pelo profeta Shmuel ele herda a unção do rei David automaticamente e não precisa de uma segunda unção para ser o rei de Israel.

Daqui aprendemos que a solução para o nosso exílio não é um presidente eleito e nem um primeiro ministro, mas sim o Mashia’h

A Guemará em Sanedrin nos conta que os alunos dos grandes Sábios que estavam dentro desse critério, ou seja, que eram descendentes do rei David e eram grandes como ele no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot, diziam que o Rebe (mestre em hebraico) deles era o Mashia’h.

Com isso queriam dizer que, caso acontecesse a Gueulá naquela época, o candidato mais adequado para ser o Mashia’h seria aquele Sábio.

Dessa mesma maneira na nossa geração o Rebe de Lubavitch foi apontado por muitos como candidato dentro desses critérios dos antigos Sábios da Guemará e por esse motivo isso não foi visto como uma transgressão à Halachá, à lei judaica.

Quando acontecer a Gueulá e o Beit Hamikdash for reconstruído em Jerusalém incluindo a parte principal que desce pronta do céu, o povo de Israel trazido para a Terra Santa incluindo as dez tribos, o candidato a Mashia’h se torna o Mashia’h na prática.

Antes disso, os alunos do Rabi Hanina ou os alunos do Rabi Inon na Guemará puderam dizer que o Rebe deles era o Mashiach, dentro dessa intenção.

A Guemará em Sanhedrin também nos conta que o fato de o Mashiach ser dos vivos ou dos mortos não é relevante nesse caso contanto que ele venha a construir o Beit Hamikdash, vença as guerras de Hashem e traga o nosso povo de volta para a terra prometida passando depois junto com todo o povo de Israel para a etapa em que a vida será eterna, o próximo mundo

Os romanos antigos copiaram também esse aspecto da religião judaica e aplicaram ele inadequadamente à alguém que não era um descendente do rei David, não cumpriu a Torá e as Mitzvot, e que na época dele o Beit Hamikdash foi destruído, as guerras perdidas e o povo se espalhou para fora de Israel, sinais contrários à vinda do Mashia’h e não tendo qualquer relação ou comparação com o princípio judaico da vinda do Mashia’h e com o fato de os alunos dos Sábios de Israel dizerem que o Rebe deles era o Mashia’h.

A Guemará no tratado de Rosh Hashaná nos conta que Rabi Eliezer diz que no mês de Nissan aconteceu a Gueulá dos nossos ancestrais que saíram do Egito e em Tishrei será a Gueulá futura.

Sendo que a festa de Sucot foi dada pela Torá em comemoração à Gueulá do Egito, e como diz a Meguilá: “Esses dias são lembrados e acontecem”, esses dias de Sucot são uma hora propícia para a Gueulá! O mesmo acontece em relação à festa de Pessa’h

Então, vamos pedir para Hashem trazer a Gueulá Só temos a ganhar!

🌻🌻🌻🌻🌻🌻

Na época da Mishná, há pouco menos de 1900 anos atrás, os judeus liderados por Shimon bar Cohva, intitulado como “presidente de Israel”, fizeram uma revolução contra o império romano e conseguiram provavelmente três anos de independência.

Naquela ocasião, Rabi Akiva acreditou que Bar Kohva fosse o Mashia’h. Como pôde Rabi Akiva fazer tal erro de avaliação?

Para entendermos isso voltamos à época do Rei David, que mesmo tendo sido ungido pelo profeta Shmuel como o Rei Ungido, ou seja, Mashia’h, não pôde construir o Beit Hamikdash, o Templo de Jerusalém, porque teve a obrigação de guerrear para salvar nosso povo dos seus inimigos.

Seu filho, o Rei Salomão, por não ter precisado fazer guerras, recebeu a ordem Divina de construir o Beit Hamikdash.Quando falamos sobre Mashiach vemos a alusão à uma guerra chamada Gog e Magog.

Se o Mashia’h participar da guerra ele não poderá construir o Beit Hamikdash, por isso existe uma referência à um “pré Mashia’h” chamado Mashia’h Ben Yossef” que faz as guerras e falece depois de vencê-las.

Sendo que a regra é que uma profecia negativa como lutar em uma guerra não é obrigada a acontecer, o Mashia’h Ben Yossef não é obrigado a existir e Hashem pode fazer a guerra de Gog e Magog ser vencida milagrosamente como vemos na história do Rei HizkiahuO Rei da Judéia, Hizkiahu, venceu o Rei da Assíria, Sanherib sem sair da cama.

O Anjo Gabriel se revelou para o exército dos Assírios e todos eles faleceram com exceção de cinco.A Guemará nos conta que Hizkiahu, que era um descendente do rei David, poderia ser diretamente o Mashiach Ben David, e Sanherib Gog e Magog, caso tivessem tido o mérito da Gueulá acontecer na época dele.

Nesse caso não teria havido a necessidade de um Mashiach Ben Yossef.Mas no caso de Rabi Akiva, sendo que a revolução já estava acontecendo, ele achou que Bar Cohva poderia ser esse Mashiach Ben Yossef sendo que ele começou a fazer as guerras.

Quando ele foi morto pelos romanos Rabi Akiva viu que ele não era o Mashia’h Ben Yossef.Sinais de que Mashiach está chegando.

Porque a Guemará nos traz sinais para sabermos que estamos na geração da Gueulá, da redenção final? Para fazermos isso acontecer mais rápido acrescentando nas nossas Tefilot e nas nossas MitzvótUm dos sinais da Guemará é de que os jovens vão fazer os velhos passarem vergonha.

Sempre que compramos um telefone novo e não conseguimos usar ele sem a ajuda de um adolescente para nos explicar com muita paciência dezenas de vezes como ele funciona, sentimos que esse sinal está acontecendo na prática…

Outro sinal é de que os principais rios da cidade vão andar como óleo e não vai dar para pescar neles nem um peixe para um doente.Essa é uma das coisas que nem Rashi conseguiu explicar.

Rashi tentou imaginar que talvez os rios ficassem semi congelados e andariam devagar como óleo, mas o problema com essa explicação é de que mesmo assim ainda daria para pescar um peixe neles.Quem na idade média poderia imaginar o Rio Tietê? Nem na pior das hipóteses Rashi não conseguiu imaginar uma coisa tão ruim assim.

E daí para adiante, todos os sinais da Guemará já aconteceram, e agora só nos resta a explicação de Rashi na nossa Parashá: Pense no futuro!

Veja o que você poderia estar ganhando. D’us tem o poder de te dar coisas mega maravilhosas que são os tempos do Mashia’h e o próximo mundo

Acrescente no estudo da Torá e no Cumprimento das Mitzvót e Mashia’h vai chegar! você só tem a ganhar!

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Vayele’h

Encontramos na nossa Parashá um dos cinco versículos que são excessão de regra na leitura da ToráSendo que o Sefer Torá não tem pontos, para saber aonde começa ou acaba um versículo nos baseamos nos sinais de música chamados de “Teamim” que vem desde a época de Moshe Rabeinu

O motivo de precisarmos saber onde começa e termina o versículo é porque não podemos dizer meio versículo quando há nele o nome de Hashem para não falarmos o nome de D’us em vão.

Para sabermos aonde é o ponto no versículo, nos baseamos no sinal de música chamado “etnachta” que representa uma parada temporária, um pouco mais do que uma vírgula em português, e no sinal chamado “sof passuk” que representa um ponto final

A Guemará em Yoma nos conta que Issi ben Yehudah nos ensinou que cinco versículos na Torá inteira saem dessa regraUm deles está na nossa Parashá. O versículo diz:- “E disse D’us à Moshe você se deita com seus pais (se referindo à seu falecimento) e esse povo se levanta e…..etc

Nesse versículo o sinal “etnachta” se encontra na palavra “seus pais” determinando com essa parada temporária que lá termina o assunto, com a morte de MosheMas aqui se encontra a exceção da regra, e daqui nossos sábios na Guemará em Sanedrin aprendem a ressurreição dos mortos pela Torá escrita, colocando o ponto na próxima palavra :- “Você se deita com os seus pais e levanta”, ou seja ,ressuscita!

O Ari Zal nos explica que, sendo que esse versículo não tem determinação e se aplica tanto ao antes do “etnachta” na palavra “e você” se referindo à Moshe, quanto ao depois, na palavra “esse povo”, aprendemos que tanto Moshe quanto esse povo se reencarnam e se tornam a última geraçãoDiz o Ari ZaL que Moshe Rabeinu e toda sua geração eram a “Dór Deáh”, a geração do conhecimento, e a raíz das almas deles era o lado oculto da Sefirat Daat que é chamado no “Etz Haim” de “Leáh”A geração paralela chamada de “erev rav” também tinha a raiz na Daat, mas era afetada pela mistura do bem e do mal nesse mundo

Moshe se reencarna e se torna Mashiach e a geração dele também se reencarna e se torna a geração do MashiachAté a “erev rav” também se reencarna por também ser “dór deáh” e à ela se refere o final do versículo que diz:- “esse povo vai se levantar e ….”As mulheres mandam nos maridos?

Mashiach vai chegar!Uma característica dessa última geração, diz o Ari ZaL, é o fato de as mulheres mandarem nos maridos.

Na reencarnação anterior dessa geração, no deserto, os maridos doaram os anéis para fazer o bezerro de ouro mas as mulheres recusaram apoiar a idolatria.

Por isso elas ganharam esse prêmio de mandar neles nessa reencarnação. Chegamos à conclusão de que essa geração é a nossa!!!!

Diz o Maguid de Mezritsh que outra característica da “dór deáh” é de que o assunto principal deles era o conhecimento que se expressa pela fala e eles não tinham a característica da ação.

Até o próprio Moshe para abrir o mar vermelho somente levantou o cajado mas não bateu no mar. Quando Moshe chegou perto da Terra Santa na qual o trabalho principal seria a ação das Mitzvot, Hashem disse para ele falar para a pedra para que a água volte mas ele bateu na pedra para começar já o trabalho da próxima geração, a ação

Hashem queria que ele falasse com a pedra para elevar a próxima geração, a geração da ação, ao nível elevado da geração dele, do conhecimento, da fala.Toda aquela geração com Moshe e a “erev rav” tiveram que falecer no deserto e esse é o trabalho de Moshe:

Voltar como Mashiach e elevar toda a “geração do conhecimento”, incluindo a erev rav, por meio do estudo Torá e o cumprimento das Mitzvót, “fala e ação”O Rebe de Lubavitch disse que essa geração somos nós!

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Encontramos na nossa Parashá um dos cinco versículos que são excessão de regra na leitura da Torá

Sendo que o Sefer Torá não tem pontos, para saber aonde começa ou acaba um versículo nos baseamos nos sinais de música chamados de “Teamim” que vem desde a época de Moshe Rabeinu

O motivo de precisarmos saber onde começa e termina o versículo é porque não podemos dizer meio versículo quando há nele o nome de Hashem para não falarmos o nome de D’us em vão.Para sabermos aonde é o ponto no versículo, nos baseamos no sinal de música chamado “etnachta” que representa uma parada temporária, um pouco mais do que uma vírgula em português, e no sinal chamado “sof passuk” que representa um ponto final

A Guemará em Yoma nos conta que Issi ben Yehudah nos ensinou que cinco versículos na Torá inteira saem dessa regra

Um deles está na nossa Parashá. O versículo diz:- “E disse D’us à Moshe você se deita com seus pais (se referindo à seu falecimento) e esse povo se levanta e…..etc

Nesse versículo o sinal “etna’hta” se encontra na palavra “seus pais” determinando com essa parada temporária que lá termina o assunto, com a morte de Moshe

Mas aqui se encontra a exceção da regra, e daqui nossos sábios na Guemará em Sanedrin aprendem a ressurreição dos mortos pela Torá escrita, colocando o ponto na próxima palavra :- “Você se deita com os seus pais e levanta”, ou seja ,ressuscita!

O Ari Zal nos explica que, sendo que esse versículo não tem determinação e se aplica tanto ao antes do “etnachta” na palavra “e você” se referindo à Moshe, quanto ao depois, na palavra “esse povo”, aprendemos que tanto Moshe quanto esse povo se reencarnam e se tornam a última geração

Diz o Ari ZaL que Moshe Rabeinu e toda sua geração eram a “Dór Deáh”, a geração do conhecimento, e a raíz das almas deles era o lado oculto da Sefirat Daat que é chamado no “Etz Haim” de “Leáh”A geração paralela chamada de “erev rav” também tinha a raiz na Daat, mas era afetada pela mistura do bem e do mal nesse mundo

Moshe se reencarna e se torna Mashiach e a geração dele também se reencarna e se torna a geração do MashiachAté a “erev rav” também se reencarna por também ser “dór deáh” e à ela se refere o final do versículo que diz:- “esse povo vai se levantar e ….”As mulheres mandam nos maridos?

Mashiach vai chegar!

Uma característica dessa última geração, diz o Ari ZaL, é o fato de as mulheres mandarem nos maridos.Na reencarnação anterior dessa geração, no deserto, os maridos doaram os anéis para fazer o bezerro de ouro mas as mulheres recusaram apoiar a idolatria.

Por isso elas ganharam esse prêmio de mandar neles nessa reencarnação. Chegamos à conclusão de que essa geração é a nossa!!!!Diz o Maguid de Mezritsh que outra característica da “dór deáh” é de que o assunto principal deles era o conhecimento que se expressa pela fala e eles não tinham a característica da ação.

Até o próprio Moshe para abrir o mar vermelho somente levantou o cajado mas não bateu no mar. Quando Moshe chegou perto da Terra Santa na qual o trabalho principal seria a ação das Mitzvot, Hashem disse para ele falar para a pedra para que a água volte mas ele bateu na pedra para começar já o trabalho da próxima geração, a ação

Hashem queria que ele falasse com a pedra para elevar a próxima geração, a geração da ação, ao nível elevado da geração dele, do conhecimento, da fala.Toda aquela geração com Moshe e a “erev rav” tiveram que falecer no deserto e esse é o trabalho de Moshe:

Voltar como Mashiach e elevar toda a “geração do conhecimento”, incluindo a erev rav, por meio do estudo Torá e o cumprimento das Mitzvót, “fala e ação”

O Rebe de Lubavitch disse que essa geração somos nós!

🌻🌻🌻🌻

Nitzavim

Parashat Nitzavim, é sempre lida no Shabat antes de Rosh Hashaná porque o Shabat envolve espiritualmente os dias posteriores e Rosh Hashaná é o dia do julgamento no qual todas as Neshamot, as nossas Almas, se apresentam na frente de Hashem.

Nossa Parashá cita diferentes níveis de pessoas como os presidentes das tribos, lenhadores e aguadeiros, nos indicando que tanto os presidentes das tribos que representam as pessoas mais importantes quanto o lenhador e o aguadeiro, que representam as pessoas menos importantes são julgados juntos com total igualdade sendo que somos comparados à um corpo onde cabeça e pés se completam, nenhuma parte pode faltar e cada uma é julgada de acordo com a sua função.

O dia de Rosh Hashaná foi escolhido por D’us para ser o aniversário da criação do mundo.

O mundo foi criado em seis dias e cada um deles é o dia da criação do mundo, mas o sexto dia que é o dia no qual o homem foi criado, foi escolhido para ser o aniversário do mundo porque o ser humano é o objetivo da criação.

Porque então D’us falou para os anjos façamos o homem se somos mais importantes que os anjos?

Diz o Midrash que foi para nos ensinar a importância da humildade. Se até D’us quando fez o homem compartilhou essa informação com os anjos porque eles teriam ligação com essa nova criatura, quanto mais nós devemos nos comportar com humildade.

Um dos vínculos que encontramos entre nós e os anjos é o chamado “Tribunal Divino”. Ele é composto de anjos e Neshamot de Tzadikim.

Quando fazemos uma coisa boa criamos naquele tribunal um anjo à nosso favor, quando fazemos algo ruim criamos um anjo contra nós. Consequentemente o Tribunal Divino de cada um de nós é personalizado.

Diferente das outras “religiões” onde a divindade faz o que quer, no judaísmo, antes de D’us nos criar ele já tinha criado o tribunal Divino que fiscaliza nossas ações usando a Torá como referencial, e por mais que D’us seja a essência do bem, ele não pode ser tirano com esse tribunal e obrigá-los a mudar um decreto à nosso favor sem um motivo que justifique isso.

Rezando por nós próprios

Sendo assim, como conseguimos por meio das nossas rezas anular os decretos do tribunal Divino?

Rabi Yossef Albo que viveu na Espanha no ano de 1400 nos explica que quando nos arrependemos do que fizemos e rezamos, nos tornamos pessoas melhores e aquele decreto que tinha sido feito para uma pessoa pior perde o efeito porque essa pessoa pior deixou de existir, e para a pessoa melhor que você ficou agora é feito um decreto melhor.

Rezando por outras pessoas

O Baal Shem Tov tinha um mestre que descia do céu para ensinar à ele Torá. Esse mestre era o profeta Ahia Hashiloni que viveu na época do Rei Salomão e foi posteriormente o mestre de Eliahu Hanavi.

Disse o Baal Shem Tov que o profeta Ahia revelou para ele que a Sefirá chamada Malchut é chamada de din, decreto rígido, e a raíz dos dinim é a sefirá chamada Bina.

Por meio da reza elevamos o “din” até a biná e lá adoçamos ele, ou seja, mudamos o DNA dele na sua fonte e transformamos ele em bondade.Quando rezamos por outra pessoa ligamos ela a essa raiz espiritual, à Biná, e lá ela já é outra pessoa.

Então vamos aproveitar o Rosh Hashaná e rezar bastante para que nós e todos os que estão ligados à nós tenhamos um ano bom e doce e que Mashia’h chegue já!

🌻🌻🌻🌻

Nitzavim

Parashat Nitzavim, é sempre lida no Shabat antes de Rosh Hashaná porque o Shabat envolve espiritualmente os dias posteriores e Rosh Hashaná é o dia do julgamento no qual todas as Neshamot, as nossas Almas, se apresentam na frente de Hashem.

Nossa Parashá cita diferentes níveis de pessoas como os presidentes das tribos, lenhadores e aguadeiros, nos indicando que tanto os presidentes das tribos que representam as pessoas mais importantes quanto o lenhador e o aguadeiro, que representam as pessoas menos importantes são julgados juntos com total igualdade sendo que somos comparados à um corpo onde cabeça e pés se completam, nenhuma parte pode faltar e cada uma é julgada de acordo com a sua função.

O dia de Rosh Hashaná foi escolhido por D’us para ser o aniversário da criação do mundo.

O mundo foi criado em seis dias e cada um deles é o dia da criação do mundo, mas o sexto dia que é o dia no qual o homem foi criado, foi escolhido para ser o aniversário do mundo porque o ser humano é o objetivo da criação.

Porque então D’us falou para os anjos façamos o homem se somos mais importantes que os anjos?

Diz o Midrash que foi para nos ensinar a importância da humildade. Se até D’us quando fez o homem compartilhou essa informação com os anjos porque eles teriam ligação com essa nova criatura, quanto mais nós devemos nos comportar com humildade.

Um dos vínculos que encontramos entre nós e os anjos é o chamado “Tribunal Divino”. Ele é composto de anjos e Neshamot de Tzadikim.

Quando fazemos uma coisa boa criamos naquele tribunal um anjo à nosso favor, quando fazemos algo ruim criamos um anjo contra nós. Consequentemente o Tribunal Divino de cada um de nós é personalizado.

Diferente das outras “religiões” onde a divindade faz o que quer, no judaísmo, antes de D’us nos criar ele já tinha criado o tribunal Divino que fiscaliza nossas ações usando a Torá como referenciale por mais que D’us seja a essência do bem, ele não pode ser tirano com esse tribunal e obrigá-los a mudar um decreto à nosso favor sem um motivo que justifique isso.

Rezando por nós próprios

Sendo assim, como conseguimos por meio das nossas rezas anular os decretos do tribunal Divino?

Rabi Yossef Albo que viveu na Espanha no ano de 1400 nos explica que quando nos arrependemos do que fizemos e rezamos, nos tornamos pessoas melhores e aquele decreto que tinha sido feito para uma pessoa pior perde o efeito porque essa pessoa pior deixou de existir, e para a pessoa melhor que você ficou agora é feito um decreto melhor.

Rezando por outras pessoasO Baal Shem Tov tinha um mestre que descia do céu para ensinar à ele Torá. Esse mestre era o profeta Ahia Hashiloni que viveu na época do Rei Salomão e foi posteriormente o mestre de Eliahu Hanavi.Disse o Baal Shem Tov que o profeta Ahia revelou para ele que a Sefirá chamada Malchut é chamada de din, decreto rígido, e a raíz dos dinim é a sefirá chamada Bina.

Por meio da reza elevamos o “din” até a biná e lá adoçamos ele, ou seja, mudamos o DNA dele na sua fonte e transformamos ele em bondade.Quando rezamos por outra pessoa ligamos ela a essa raiz espiritual, à Biná, e lá ela já é outra pessoa.Então vamos aproveitar o Rosh Hashaná e rezar bastante para que nós e todos os que estão ligados à nós tenhamos um ano bom e doce e que Mashiach chegue já!

🌻🌻🌻🌻

Ki Tavô

Nossa Parashá nos conta sobre bênçãos e maldições. Sabemos que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, então o que são essas maldições?

Rabi Shneior Zalman fazia pessoalmente a leitura do Sefer Torá em Liozna. Um Shabat, quando as maldições seriam lidas naquela Parashá, ele não estava na cidade e outra pessoa leu no lugar dele.

O filho do Rabi Shneior Zalman que se chamava Dov Ber ficou tão angustiado quando ouviu a leitura das maldições que passou mal o mês inteiro.Quando descobriram que o motivo de ele estar passando mal foi por ter ouvido as maldições perguntaram à ele :-Todo ano você ouve essa Parashá, o que aconteceu agora?

: – Quando meu pai lia, respondeu ele, não se ouvia nenhuma maldição!

Quando esse filho cresceu e se tornou o segundo Rebe de Chabad e o primeiro Rebe da cidade de Lubavitch, revelou à todos o motivo de existirem essas maldições na Torá e explicou isso da seguinte maneira:

Dentro de todo acontecimento infeliz está revestida uma bondade Divina enorme, portanto tudo que D’us faz é para o bem e não existe mal que desce lá de cima, e por isso se faz uma bênção sobre um acontecimento infeliz da mesma maneira que se faz uma bênção sobre um acontecimento feliz.

Quando termina o aspecto negativo do acontecimento infeliz, ou seja, depois que ele passaa, automaticamente se revela o bem que estava oculto nele que é muito superior à uma bondade normal revelada, mas essa bondade maior só surge como consequência do acontecimento infeliz, como ouvi do meu pai, Rabi Shneior Zalman, sobre a raiz do assunto das maldições da Torá que, no final elas se transformam em “super bênçãos” por causa da grande intensidade da bondade oculta nelas que se revela quando termina esse revestimento de extrema rigidez

Outro assunto interessante sobre as maldições da Torá:

a Bênção que é uma maldição”:

Explicação do Baal Shem Tov sobre o versículo que diz: “….quando vier sobre você a Bênção e a maldição”

O Baal Shem Tov traz um exemplo de uma pessoa que fez algo contra um Rei muito bondoso e poderoso.

Essa pessoa foi condenada à morte pelo tribunal do rei, mas no lugar disso o Rei pediu para darem à ele um cargo no governo e depois gradativamente promovê-lo cada vez para um cargo mais alto e mais próximo ao Rei.

Quanto mais essa pessoa era promovida e se aproximava do Rei, mais ela ficava com vergonha do que tinha feito.

Quanto mais ele via a força e o poder do Rei e junto com isso a grande bondade do Rei que usava todo o seu poder e sabedoria para ajudar as pessoas, quanto mais ele via a honra que todos davam ao Rei que ele tinha desprezado tanto, mais sofria com a lembrança do que tinha feito .

Afinal chegou à conclusão de que não existe castigo pior do que esse, e quem dera pudesse ter sido condenado à morte, porque se tivesse sido condenado à morte não sofreria tanto com esses remorsos.

O Rei vendo que essa pessoa se arrependeu do seu comportamento e voltou a se comportar corretamente o desculpou totalmente.

Esse Rei é Hashem e essa pessoa somos nós

A maldição não precisa ser necessariamente uma tragédia para fazermos “Teshuvá” , retornarmos ao bom caminho, mas podemos cumprir essas maldições dessa forma também em vez de sofrermos na prática.Por isso está escrito:-

“E será quando vier para você a bênção e a maldição, você vai colocar no seu coração (se conscientizar) etc”.

Ou seja, esse tipo de “bênção” pode ser chamado por nós de maldição por nos fazer sofrer um grande remorso nesse mundo, mas o bem oculto dela é de nos trazer à essa conscientização, voltarmos para o bom caminho e recebermos uma grande Bênção material e espiritual como consequência da nossa Teshuvá.

Essa é a Teshuvá verdadeira.

Quando fazemos Teshuvá para termos uma vida melhor ou para Hashem nos salvar de uma vida pior, essa Teshuvá também é válida mas ela só tem força para transformar nossos pecados de intencionais (mezid) para não intencionais (shogueg) mas ela não apaga os nossos pecados

Simplesmente não recebemos um castigo por eles porque revelamos que não estávamos conscientes da gravidade do que fizemos, como é o caso da criança que foi presa entre os idólatras e se comporta como um idólatra por ter crescido entre eles por não ter consciência da gravidade do que está fazendo, tudo o que ela faz de ruim é considerado “sem querer” e ela não recebe um castigo do tribunal Divino pelo que fez

Mas quando nos conscientizamos da grandeza de D’us e sentimos remorso por ter feito alguma coisa contra D’us, essa é a Teshuvá verdadeira, e sendo que o pecado que fizemos nos causou esse remorso, ele deixa de ser um pecado e se torna parte da Mitzvá da Teshuvá.

Ou seja, quando fazemos Teshuvá por amor à Hashem, nossos pecados se tornam Mitzvot, e esse é o bem oculto nessa Brachá que vem como uma uma klalá, uma maldição

Conclusão :

O acontecimento infeliz é um bem oculto de uma intensidade tão grande que não teve como descer para esse mundo de uma forma revelada e por isso ele desce com um revestimento de maldição

Por isso devemos estar sempre alegres, mesmo que aparentemente as coisas não estão como deveriam estar.

Não podemos fazer uma condição de estarmos alegres somente quando as coisas estão do jeito que queremos.

Temos que ter uma fé total de que quando esse revestimento terminar e o bem oculto se revelar vamos ver que valeu a pena ter tido um pouquinho paciência para depois usufruir de uma bondade Divina tão grande que não teríamos como chegar a ela de outra maneira e por isso temos que estar alegres durante a situação ruim, por ela ser a embalagem da coisa maravilhosa que estamos desembrulhando

O desencadeamento das sefirót é : primeiro Hessed (bondade) depois guevurá (rigidez) e depois Tiféret (bondade intensa).

Para chegar à essa bondade intensa , obrigatoriamente temos que passar por um pouquinho de guevurá.Mas logo vai chegar o Mashiach e aí será só bondade intensa e revelada eternamente!

🌻🌻🌻🌻🌻

Ki Tavô

Nossa Parashá nos conta sobre bênçãos e maldições. Sabemos que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, então o que são essas maldições?

Rabi Shneior Zalman fazia pessoalmente a leitura do Sefer Torá em Liozna. Um Shabat, quando as maldições seriam lidas naquela Parashá, ele não estava na cidade e outra pessoa leu no lugar dele.

O filho do Rabi Shneior Zalman que se chamava Dov Ber ficou tão angustiado quando ouviu a leitura das maldições que passou mal o mês inteiro.Quando descobriram que o motivo de ele estar passando mal foi por ter ouvido as maldições perguntaram à ele :-Todo ano você ouve essa Parashá, o que aconteceu agora?

: – Quando meu pai lia, respondeu ele, não se ouvia nenhuma maldição!Quando esse filho cresceu e se tornou o segundo Rebe de Chabad e o primeiro Rebe da cidade de Lubavitch, revelou à todos o motivo de existirem essas maldições na Torá e explicou isso da seguinte maneira:Dentro de todo acontecimento infeliz está revestida uma bondade Divina enorme, portanto tudo que D’us faz é para o bem e não existe mal que desce lá de cima, e por isso se faz uma bênção sobre um acontecimento infeliz da mesma maneira que se faz uma bênção sobre um acontecimento feliz.

Quando termina o aspecto negativo do acontecimento infeliz, ou seja, depois que ele passaa, automaticamente se revela o bem que estava oculto nele que é muito superior à uma bondade normal revelada,mas essa bondade maior só surge como consequência do acontecimento infeliz, como ouvi do meu pai, Rabi Shneior Zalman, sobre a raiz do assunto das maldições da Torá que, no final elas se transformam em “super bênçãos” por causa da grande intensidade da bondade oculta nelas que se revela quando termina esse revestimento de extrema rigidez

Outro assunto interessante sobre as maldições da Torá:

“A Bênção que é uma maldição”:

O Baal Shem Tov explica o versículo que diz: “….quando vier sobre você a Bênção e a maldição” por meio de um exemplo:

Uma pessoa que fez algo contra um Rei muito bondoso e poderoso.Essa pessoa foi condenada à morte pelo tribunal do rei, mas no lugar disso o Rei pediu para darem à ele um cargo no governo e depois gradativamente promovê-lo cada vez para um cargo mais alto e mais próximo ao Rei.

Quanto mais essa pessoa era promovida e se aproximava do Rei, mais ela ficava com vergonha do que tinha feito.Quanto mais ele via a força e o poder do Rei e junto com isso a grande bondade do Rei que usava todo o seu poder e sabedoria para ajudar as pessoas, quanto mais ele via a honra que todos davam ao Rei que ele tinha desprezado tanto, mais sofria com a lembrança do que tinha feito .

Afinal chegou à conclusão de que não existe castigo pior do que esse, e quem dera pudesse ter sido condenado à morte, porque se tivesse sido condenado à morte não sofreria tanto com esses remorsos.O Rei vendo que essa pessoa se arrependeu do seu comportamento e voltou a se comportar corretamente o desculpou totalmente.

Esse Rei é Hashem e essa pessoa somos nós, a maldição não precisa ser necessariamente uma tragédia para fazermos “Teshuvá” , retornarmos ao bom caminho, mas podemos cumprir essas maldições dessa forma também em vez de sofrermos na prática.Por isso está escrito:-

“E será quando vier para você a bênção e a maldição, você vai colocar no seu coração (se conscientizar) etc”.

Ou seja, esse tipo de “bênção” pode ser chamado por nós de maldição por nos fazer sofrer um grande remorso nesse mundo,mas o bem oculto dela é de nos trazer à essa conscientização, voltarmos para o bom caminho e recebermos uma grande Bênção material e espiritual como consequência da nossa Teshuvá.

E essa é a Teshuvá verdadeira. Quando fazemos Teshuvá para termos uma vida melhor ou para Hashem nos salvar de uma vida pior, essa Teshuvá também é válida mas ela só tem força para transformar nossos pecados de intencionais (mezid) para não intencionais (shogueg) mas ela não apaga os nossos pecados

Simplesmente não recebemos um castigo por eles porque revelamos que não estávamos conscientes da gravidade do que fizemos, como é o caso da criança que foi presa entre os idólatras e se comporta como um idólatra por ter crescido entre eles por não ter consciência da gravidade do que está fazendo, tudo o que ela faz de ruim é considerado “sem querer” e ela não recebe um castigo do tribunal Divino pelo que fez

Mas quando nos conscientizamos da grandeza de D’us e sentimos remorso por ter feito alguma coisa contra D’us, essa é a Teshuvá verdadeira e sendo que o pecado que fizemos nos causou esse remorso, ele deixa de ser um pecado e se torna parte da Mitzvá da Teshuvá.

Ou seja, quando fazemos Teshuvá por amor à Hashem, nossos pecados se tornam Mitzvot, e esse é o bem oculto nessa Brachá que vem como uma uma klalá.Conclusão : O acontecimento infeliz é um bem oculto de uma intensidade tão grande que não teve como descer para esse mundo de uma forma revelada e por isso ele desce com um revestimento de maldição

Por isso devemos estar sempre alegres, mesmo que aparentemente as coisas não estão como deveriam estar.

Não podemos fazer uma condição de estarmos alegres somente quando as coisas estão do jeito que queremos.

Temos que ter uma fé total de que quando esse revestimento terminar e o bem oculto se revelar vamos ver que valeu a pena ter tido um pouquinho paciência para depois usufruir de uma bondade Divina tão grande que não teríamos como chegar a ela de outra maneira e por isso temos que estar alegres durante a situação ruim, por ela ser a embalagem da coisa maravilhosa que estamos desembrulhando

O desencadeamento das sefirót é : primeiro Chessed (bondade) depois guevurá (rigidez) e depois Tiféret (bondade intensa).

Para chegar à essa bondade intensa , obrigatoriamente temos que passar por um pouquinho de guevurá.Mas logo vai chegar o Mashiach e aí será só bondade intensa e revelada eternamente!

🌻🌻🌻🌻

Nossa Parashá nos conta sobre o exército do nosso povo.

Um exército no qual o Cohen antes da guerra anunciava à todos, entre outras coisas, que quem teme morrer na guerra por ter feito algum pecado que justifique o fato de D’us não ajudá-lo por causa disso, deve voltar para a retaguarda e dar apoio ao exército, como o conserto dos caminhos e etc, mas não ir para a frente de batalha para não morrer.

Nossa própria Parashá conta na continuação que assuntos ligados à relações ilícitas distanciam de nós a ajuda Divina, e com certeza a pessoa que tinha uma “caidinha” para um assunto desses era o primeiro a voltar por saber que sem a ajuda Divina na guerra ele poderia morrer.

Ou seja, só participava da guerra quem não tinha feito pecados ou quem já tinha se arrependido dos pecados que fez e com certeza tinha decidido que já não iria mais fazer, principalmente em assuntos relacionados à relacionamentos ilícitos.

O costume na época antiga era de se casar com dezoito anos mas ir para a guerra só com vinte, o que garantia também a responsabilidade e o bom comportamento do soldado, principalmente em relação à mulheres da cidade conquistada

Nesse ambiente de guerra feroz contra um inimigo cruel a ponto de justificar uma guerra, ambiente nada romântico, nossa Parashá prevê que pode acontecer o despertar de uma verdadeira paixão entre um soldado judeu e a própria inimiga.Como em um ambiente desses um homem pode se apaixonar?

E ainda, pela própria inimiga? E a Torá dá a opção de eles se casarem!Explica o Ari ZaL que quando Adam Harishon, o primeiro homem, fez a primeira transgressão comendo a fruta da árvore do bem e do mal, causou para o mundo a mistura espiritual entre o bem e o mal.

Todas as almas Divinas que iriam futuramente nascer nesse mundo estavam no Adam Harishon, e muitas dessas Almas caíram nesse momento no lado espiritual impuro como consequência dessa mistura entre o bem e o mal.O mapa da queda dessas “Almas Divinas” que afundaram nas impurezas é uma cópia espiritual impura do Adam Harishon chamada de “Adam de Bliial”

A cabeça dele representa o exílio da Babilônia, os braços representam os exílios da Pérsia e Média que sucederam o exílio da Babilônia e o corpo representa o império grego que sucedeu a Pérsia.

Até aqui tudo bem definido e mapeado, em cada exílio toda a comunidade judaica se encontrava nele e as fronteiras eram bem definidas.As duas pernas desse Adam de Bliial representam dois exílios paralelos.

O exílio de Edom que são os descendentes de Essav, e o exílio de Ishmael.Dois exílios totalmente distintos e longos, e por isso representados pelas pernas dessa figura que são as partes mais longas do corpo e separadas uma da outra .

Ishmael deu origem aos árabes e posteriormente se misturou com os persas. Edom deu origem aos povos europeus e suas ramificações étnicas coloniais, como no caso dos americanos que são descendentes dos ingleses.

Ou seja, mesmo tendo sido a Índia colônia inglesa, sua população não é de origem inglesa como os Estados Unidos e a Austrália, e mesmo tendo sido a Indonésia colônia holandesa, sua população não é de origem holandesa.

O que determina a nossa Galut, nosso exílio, é o povo que habita aquela terra e não o seu espaço geográfico.

Galut na práticaPor incrível que pareça, vemos que os judeus nos últimos dois mil anos viveram em países árabes e europeus, posteriormente incluindo suas colônias étnicas.

Não ouvimos que tivesse alguma comunidade judaica muito relevante na índia, na China, ou no Japão.

E mesmo que judeus fugindo dos nazistas ficaram algum tempo na China, mesmo assim tiveram que se mudar para países de etnia européia como Estados Unidos e Austrália onde hoje existem comunidades judaicas com toda a estrutura montada

Mesmo países muito ricos como Coréia ou Japão não conseguiram atrair uma migração judaica

E mesmo existindo nesses lugares sinagogas como por exemplo o Beit Chabad de Tókio e de Kyoto, mesmo assim esses países são visitados geralmente por turistas e comerciantes que ficam temporariamente nesses lugares e não representam uma comunidade judaica verdadeira com toda a sua estrutura

Milhões de judeus moram em Israel que faz parte de um oriente médio árabe.

“Galut Ishmael”, nosso exílio no meio dos descendentes de Ishmael

Outros milhões vivem nos Estados Unidos e na Europa, “Galut Edom”, exílio entre os descendentes de Edom.E até o Brasil tem uma comunidade judaica que justifica a existência da Yeshivá de Petrópolis e outras duas Yeshivot.Mas tanto a Índia quanto a China, ambas com mais de um bilhão de habitantes, não tem uma comunidade judaica que justifique nem sequer a existência de uma única Yeshivá.

Diz o Ari ZaL que o motivo do nosso povo ter passado por esses exílios, inclusive os que estamos agora de Edom e Ishmael, é para elevar as “centelhas Divinas” que afundaram nas impurezas.De acordo com todos os sinais que traz a Guemará já estamos nos calcanhares dessa figura.

Ou seja, só sobrou dela os calcanhares, os últimos refinamentos.Sobre essa figura dizem nossos Sábios que Mashiach não chega até terminarem as almas do “corpo”. De acordo com o Ari Zal isso quer dizer:

Até todas as Almas afundadas nesse “corpo espiritual de impureza” serem refinadas desses exílios, e esse processo já chegou ao seu final.Diz o Ari ZaL que só dessa maneira conseguimos entender esse assunto da nossa Parashá.

Os judeus que iam para aquela guerra eram Tzadikim perfeitos e não existia a possibilidade de eles se apaixonarem por alguém por motivos de “Yetzer Hará”, má inclinação.

Consequentemente, o que despertou neles aquela paixão foram as Almas Divinas que se misturaram no DNA espiritual daquele povo.Essa Alma Divina estava naquela mulher e tinha um vínculo espiritual com a Alma do judeu que se apaixonou por ela, e essa era a única possibilidade de esse amor surgir.

Ela era ”bonita” só para ele, só pelo motivo de a Alma Divina dela estar vinculada à Alma Divina dele .

Talvez isso justifique também o fato de agora que estamos na época em que a nossa redenção final está para acontecer muitas pessoas quererem se converter ao judaísmo, pegando as comunidades judaicas despreparadas pelo fato de isso não ter sido uma coisa comum antes da nossa geração.

E mesmo que tivemos na nossa história pessoas que se converteram ao judaísmo e até se tornaram grandes Sábios de Israel, e também ouvimos falar de um povo ou outro que se converteu ao judaísmo, mas não foi uma coisa tão grande que podemos apontar e dizer que aqui esses povos viviam e esses são os seus descendentes.

Nunca esse fenômeno foi tão grande e tão diversificado, despertando uma verdadeira confusão em todas as comunidades judaicas do mundo.

Conclusão: O fato de estarmos aqui no galut é para elevarmos as centelhas Divinas que estão no nosso país, nosso Galut personalizado.

Por meio do estudo da Torá, muitas vezes usando a língua do próprio país para explicá-lá, e do cumprimento das Mitzvót, usando as coisas materiais que temos aqui nesse país para o trabalho Divino, por meio disso elevamos todas as ramificações dessas Centelhas Divinas que caíram nesses lugares fazendo com que a Gueulá, a redenção final, aconteça imediatamente, em breve em nossos dias de verdade.

Conclusão: No lugar de pensar no que precisamos e pedir nas nossas rezas só o que precisamos, e fazer disso uma condição para ficarmos felizes, devemos nos perguntar:- Para que Hashem precisa de nós aqui nesse mundo?

Faltava alguma coisa para nós lá em cima que tivemos que descer para cá?Então, vamos nos dedicar! Cumprir mais Mitzvót com muita alegria e pedir nas nossas rezas para que Mashiach venha imediatamente e já aconteça o término do galut!

🌻🌻🌻🌻

Ki Tetzê

Nossa Parashá nos conta sobre o exército do nosso povo.

Um exército no qual o Cohen antes da guerra anunciava à todos, entre outras coisas, que quem teme morrer na guerra por ter feito algum pecado que justifique o fato de D’us não ajudá-lo por causa disso, deve voltar para a retaguarda e dar apoio ao exército, como o conserto dos caminhos e etc, mas não ir para a frente de batalha para não morrer.

Nossa própria Parashá conta na continuação que assuntos ligados à relações ilícitas distanciam de nós a ajuda Divina, e com certeza a pessoa que tinha uma “caidinha” para um assunto desses era o primeiro a voltar por saber que sem a ajuda Divina na guerra ele poderia morrer.

Ou seja, só participava da guerra quem não tinha feito pecados ou quem já tinha se arrependido dos pecados que fez e com certeza tinha decidido que já não iria mais fazer, principalmente em assuntos relacionados à relacionamentos ilícitos.

O costume na época antiga era de se casar com dezoito anos mas ir para a guerra só com vinte, o que garantia também a responsabilidade e o bom comportamento do soldado, principalmente em relação à mulheres da cidade conquistada

Nesse ambiente de guerra feroz contra um inimigo cruel a ponto de justificar uma guerra, ambiente nada romântico, nossa Parashá prevê que pode acontecer o despertar de uma verdadeira paixão entre um soldado judeu e a própria inimiga.Como em um ambiente desses um homem pode se apaixonar?

E ainda, pela própria inimiga? E a Torá dá a opção de eles se casarem!Explica o Ari ZaL que quando Adam Harishon, o primeiro homem, fez a primeira transgressão comendo a fruta da árvore do bem e do mal, causou para o mundo a mistura espiritual entre o bem e o mal.

Todas as almas Divinas que iriam futuramente nascer nesse mundo estavam no Adam Harishon, e muitas dessas Almas caíram nesse momento no lado espiritual impuro como consequência dessa mistura entre o bem e o mal.O mapa da queda dessas “Almas Divinas” que afundaram nas impurezas é uma cópia espiritual impura do Adam Harishon chamada de “Adam de Bliial”

A cabeça dele representa o exílio da Babilônia, os braços representam os exílios da Pérsia e Média que sucederam o exílio da Babilônia e o corpo representa o império grego que sucedeu a Pérsia.

Até aqui tudo bem definido e mapeado, em cada exílio toda a comunidade judaica se encontrava nele e as fronteiras eram bem definidas.As duas pernas desse Adam de Bliial representam dois exílios paralelos.

O exílio de Edom que são os descendentes de Essav, e o exílio de Ishmael.Dois exílios totalmente distintos e longos, e por isso representados pelas pernas dessa figura que são as partes mais longas do corpo e separadas uma da outra .

Ishmael deu origem aos árabes e posteriormente se misturou com os persas. Edom deu origem aos povos europeus e suas ramificações étnicas coloniais, como no caso dos americanos que são descendentes dos ingleses.

Ou seja, mesmo tendo sido a Índia colônia inglesa, sua população não é de origem inglesa como os Estados Unidos e a Austrália, e mesmo tendo sido a Indonésia colônia holandesa, sua população não é de origem holandesa.

O que determina a nossa Galut, nosso exílio, é o povo que habita aquela terra e não o seu espaço geográfico.

Galut na práticaPor incrível que pareça, vemos que os judeus nos últimos dois mil anos viveram em países árabes e europeus, posteriormente incluindo suas colônias étnicas.

Não ouvimos que tivesse alguma comunidade judaica muito relevante na índia, na China, ou no Japão.

E mesmo que judeus fugindo dos nazistas ficaram algum tempo na China, mesmo assim tiveram que se mudar para países de etnia européia como Estados Unidos e Austrália onde hoje existem comunidades judaicas com toda a estrutura montada

Mesmo países muito ricos como Coréia ou Japão não conseguiram atrair uma migração judaica

E mesmo existindo nesses lugares sinagogas como por exemplo o Beit Chabad de Tókio e de Kyoto, mesmo assim esses países são visitados geralmente por turistas e comerciantes que ficam temporariamente nesses lugares e não representam uma comunidade judaica verdadeira com toda a sua estruturaMilhões de judeus moram em Israel que faz parte de um oriente médio árabe.

“Galut Ishmael”, nosso exílio no meio dos descendentes de IshmaelOutros milhões vivem nos Estados Unidos e na Europa, “Galut Edom”, exílio entre os descendentes de Edom.E até o Brasil tem uma comunidade judaica que justifica a existência da Yeshivá de Petrópolis e outras duas Yeshivot.Mas tanto a Índia quanto a China, ambas com mais de um bilhão de habitantes, não tem uma comunidade judaica que justifique nem sequer a existência de uma única Yeshivá.

Diz o Ari ZaL que o motivo do nosso povo ter passado por esses exílios, inclusive os que estamos agora de Edom e Ishmael, é para elevar as “centelhas Divinas” que afundaram nas impurezas.De acordo com todos os sinais que traz a Guemará já estamos nos calcanhares dessa figura.

Ou seja, só sobrou dela os calcanhares, os últimos refinamentos.Sobre essa figura dizem nossos Sábios que Mashiach não chega até terminarem as almas do “corpo”. De acordo com o Ari Zal isso quer dizer:

Até todas as Almas afundadas nesse “corpo espiritual de impureza” serem refinadas desses exílios, e esse processo já chegou ao seu final.Diz o Ari ZaL que só dessa maneira conseguimos entender esse assunto da nossa Parashá.

Os judeus que iam para aquela guerra eram Tzadikim perfeitos e não existia a possibilidade de eles se apaixonarem por alguém por motivos de “Yetzer Hará”, má inclinação.

Consequentemente, o que despertou neles aquela paixão foram as Almas Divinas que se misturaram no DNA espiritual daquele povo.Essa Alma Divina estava naquela mulher e tinha um vínculo espiritual com a Alma do judeu que se apaixonou por ela, e essa era a única possibilidade de esse amor surgir.

Ela era ”bonita” só para ele, só pelo motivo de a Alma Divina dela estar vinculada à Alma Divina dele .

Talvez isso justifique também o fato de agora que estamos na época em que a nossa redenção final está para acontecer muitas pessoas quererem se converter ao judaísmo, pegando as comunidades judaicas despreparadas pelo fato de isso não ter sido uma coisa comum antes da nossa geração.

E mesmo que tivemos na nossa história pessoas que se converteram ao judaísmo e até se tornaram grandes Sábios de Israel, e também ouvimos falar de um povo ou outro que se converteu ao judaísmo, mas não foi uma coisa tão grande que podemos apontar e dizer que aqui esses povos viviam e esses são os seus descendentes.

Nunca esse fenômeno foi tão grande e tão diversificado, despertando uma verdadeira confusão em todas as comunidades judaicas do mundo.

Conclusão: O fato de estarmos aqui no galut é para elevarmos as centelhas Divinas que estão no nosso país, nosso Galut personalizado.

Por meio do estudo da Torá, muitas vezes usando a língua do próprio país para explicá-lá, e do cumprimento das Mitzvót, usando as coisas materiais que temos aqui nesse país para o trabalho Divino, por meio disso elevamos todas as ramificações dessas Centelhas Divinas que caíram nesses lugares fazendo com que a Gueulá, a redenção final, aconteça imediatamente, em breve em nossos dias de verdade.

Conclusão: No lugar de pensar no que precisamos e pedir nas nossas rezas só o que precisamos, e fazer disso uma condição para ficarmos felizes, devemos nos perguntar:- Para que Hashem precisa de nós aqui nesse mundo?

Faltava alguma coisa para nós lá em cima que tivemos que descer para cá?Então, vamos nos dedicar! Cumprir mais Mitzvót com muita alegria e pedir nas nossas rezas para que Mashiach venha imediatamente e já aconteça o término do galut!

🌷🌷🌷🌷

Shoftim

leitura de mãos atualmente é inválida.

🌻🌻🌻🌻

Nossa Parashá diz que devemos colocar juízes e guardas em todos os nossos portões.

O Rav Haim Vital que foi o principal aluno do Ari ZaL nos conta que a palavra portões aparece aqui no plural para nos indicar uma coisa mais profunda:

Os portões do nosso corpo!

1- o portão da visão, que são nossos olhos:

Não olhar para coisas que a Torá, nosso referencial do que é luz e o que é escuridão, recomenda não olharmos, principalmente hoje na era do internet !

2- o portão da audição que são nossos ouvidos:

Não dar ouvidos a coisas inadequadas como ouvir leshon hará, ouvir alguém falando mal das pessoas (principalmente hoje, na era da informação)

3- o portão da fala que é a nossa boca:não falar coisas feias e nem “leva e traz”, falar “leshon hará” (principalmente hoje na nossa era do Facebook)

4- o portão do olfato que é o nosso nariz:

Não cheirar o perfume da pessoa proibida à você (bons e velhos tempos quando não havia poluição e nem rinite alérgica)

5- o portão do tato, do contato físico, que são nossas mãos e pés:

Não tocar a pessoa proibida (fácil), não ir à um lugar inadequado que pode nos despertar desejos proibidos (principalmente na era do entretenimento)

Quando protegemos nossos “portões” das coisas ruins recebemos um enorme presente de Hashem, como diz o profeta Yashaiahu :

-“Abram os portões e entre o povo sagrado …”Quando fechamos os nossos “portões” para as coisas ruins os portões celestiais se abrem para nós e ganhamos no paraíso futuro 310 mundos paradisíacos no qual cada mundo tem um portão que se abre para nós.

Continua o rav Haim Vital que daqui para o paraíso celestial existem muitos tipos de “anjos” que tentam nos impedir de chegar lá, também os sete céus tem muitos e muitos portões com muitos guardas celestiais em cada portão e portão

Depois dos 120 quando a nossa Neshamá deixa esse mundo (e infelizmente hoje em dia os 120 estão ficando modo de falar) esses anjos nos verificam.

Se tivermos mérito, eles abrem os portões e nos deixam entrar.

Se não tivermos, eles nos empurram para fora e trancam os portões na nossa frente não nos deixando entrar.

Por isso devemos ter a sabedoria de demarcar nossos limites e proteger nossos “portões”. Quando nos conscientizamos disso durante a nossa vida nesse mundo teremos o mérito de todos os portões celestiais serem abertos para nós no mundo vindouro

🌻🌻🌻🌻

Frequentemente nos perguntam:Sendo D’us a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e toda a intenção Divina é sempre a de nos ajudar de todas as formas possíveis e imagináveismesmo que às vezes para o nosso bem essa ajuda se compara à uma mãe boa e generosa, mas obrigada a trocar a fralda da criança contra a vontade da própria criança que preferiria continuar com a fralda “cheia” sem estar consciente do que isso poderia causar para ela…

E sendo Moshe Rabeinu o mais humilde de todos os homens que já existiram sobre a face da terra, o líder que não pensa no próprio bem mas só no bem do povoComo pode ser a linguagem da Torá as vezes tão ameaçadora dando uma impressão de D’us e de Moshe totalmente contrária do que vimos anteriormente, dando margem à erros de avaliação de achar que D’us é cruel, o que é o contrário da essência Divina?E a resposta para isso está na nossa Parashá, que diz:

“…e todo o povo vai escutar e ver, e não vão fazer o mal novamente”Ou seja, a Torá faz uma enorme propaganda da gravidade de certos assuntos para que o povo fique longe das coisas erradas.Contudo, essa linguagem preventiva não deve nos dar a impressão de D’us como alguém autoritário e rancoroso ou de Moshe como um líder severo mas a cada instante devemos nos lembrar de que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e toda a intenção Divina é sempre a de nos ajudar de todas as formas possíveis e imagináveise

Moshe sempre foi e sempre será o mais humilde de todos os homens, o líder bondoso, sempre pensando no bem de todos nós

É importante sempre nos lembrarmos disso e também repassarmos para as crianças o conceito certo desde o começo para não causar um trauma para às nossas crianças de terem uma idéia errada do que é D’us e de quem é Moshe.

Nossa Parashá nos conta sobre os direitos e deveres do Rei, terminando com o versículo de que esses direitos e deveres são para que ele tenha um longo reinado.Imediatamente depois disso a Parashá conta sobre direitos e deveres do Cohen e do Levi

O denominador comum entre eles é que eles têm o patrocínio do povo.Sobre o rei está escrito que ele não pode ter mais cavalos do que o necessário, ou seja, realeza não é exibicionismo.

O Rambam diz que hoje todos aqueles que se dedicam ao estudo e ensino da Torá e à divulgação do judaísmo estão fazendo o trabalho daquela tribo de Levi que ensinava a Torá para o povo,e portanto podem receber o patrocínio do povo, como o Levi que não recebeu uma parte na terra de Israel mas a parte dele era o trabalho Divino patrocinado pelo povo.

E aí entra esse denominador comum. Da mesma maneira que o rei não poderia ter mais cavalos do que o necessário, dessa mesma forma as pessoas que se ocupam com o estudo e ensino da Torá e a divulgação do judaísmo tem o direito de receber o patrocínio da comunidade, mas junto à isso todo o dever de usar esse patrocínio da maneira correta.

(Rebe de Lubavitch)Nossa Parashá diz: “Seja Tamim com Hashem seu D’us.” A palavra “Tamim” quer dizer: inocente, puro, simples, íntegro.

O Shulchan Aruch coloca esse versículo na prática determinando que não é permitido para nós judeus consultarmos astrólogos, e quanto mais feiticeiros e videntes.A Guemará nos conta que quando nasceu o grande Sábio de Israel, Rabi Nachman bar Itzhak, os astrólogos disseram para a mãe dele :

– seu filho vai ser um ladrão!Ouvindo isso, ela decidiu que nunca vai deixar ele andar com a cabeça descoberta, e dizia para ele :

– cubra a sua cabeça para que você tenha “Irat Shamaim”, temor à D’us, e peça sempre à D’us para que o seu “yetzer hará”, sua má inclinação, não te domine.Ele não sabia porque ela insistia tanto nisso. Certo dia ele estava sentado embaixo de uma tamareira que não era dele, e a “glimá”, a kipá da época, que cobria a cabeça dele caiu.

O “yetzer hará” despertou e ele arrancou um cacho de tâmaras com os próprios dentes!

Afinal das contas ele continuou seguindo os conselhos da sua mãe e se tornou um dos maiores Tzadikim da Guemará e Rosh Yeshivá de Pumbedita, uma das comunidades judaicas mais importantes da Babilônia.Surge a pergunta:

Se é proibido consultar os astrólogos, porque a mãe de Rabi Nachman bar Itzhak levou em conta o que eles disseram e fez com que ele se esforçasse tanto para que isso não acontecesse?

O próprio Shulchan Aruch na continuação nos conta que, nas coisas que já sabemos que o “Mazal”, o destino, não é bom, temos que levar isso em conta e nos proteger, e não confiar em um milagre.

Mas o que é proibido fazer é o ato de nós próprios verificarmos as coisas dessa maneira.Ou seja, se os astrólogos da Babilônia verificaram isso para ela, mesmo que ela, por motivos religiosos, não pediu para eles verificarem, quando a coisa já está verificada temos que fazer o que precisamos para nos proteger e não esperar por um milagre.

Conclusão: não tenha vergonha de andar na rua com a kipá (pode ser um boné também)Os livros de Kabalá trazem assuntos como leitura de mãos.

O fato de isso estar na Kabalá mostra que isso não entra nessa proibição,mas diz o Rebe que isso se refere somente à alguém que tem esse recebimento de Kabalá prática de mestre para aluno desde a época em que os livros de Kabalá que tratam desse assunto foram escritos,mas hoje já não existem mais pessoas que tem esse recebimento direto, e sendo que nesse caso não adianta estudar diretamente dos livros, a leitura de mãos atualmente é inválida.

Nossa Parashá diz que devemos colocar juízes e guardas em todos os nossos portõesO Rav Haim Vital que foi o principal aluno do Ari ZaL nos conta que a palavra portões aparece aqui no plural para nos indicar uma coisa mais profunda:

Os portões do nosso corpo!1- o portão da visão, que são nossos olhos:não olhar para coisas que a Torá, nosso referencial do que é luz e o que é escuridão, recomenda não olharmos (principalmente hoje na era do internet)

2- o portão da audição que são nossos ouvidos:não dar ouvidos a coisas inadequadas como ouvir leshon hará, ouvir alguém falando mal das pessoas (principalmente hoje, na era da informação)

3- o portão da fala que é a nossa boca:não falar coisas feias e nem “leva e traz”, falar “leshon hará” (principalmente hoje na nossa era do Facebook)

4- o portão do olfato que é o nosso nariz:não cheirar o perfume da pessoa proibida à você (bons e velhos tempos quando não havia poluição e nem rinite alérgica)

5- o portão do tato (contato físico) que são nossas mãos e pés: não tocar a pessoa proibida (fácil), não ir à um lugar inadequado que pode nos despertar desejos proibidos (principalmente na era do entretenimento)Quando protegemos nossos “portões” das coisas ruins recebemos um enorme presente de Hashem, como diz o profeta Yashaiahu :

-“Abram os portões e entre o povo sagrado …”Quando fechamos os nossos “portões” para as coisas ruins os portões celestiais se abrem para nós e ganhamos no paraíso futuro 310 mundos paradisíacos no qual cada mundo tem um portão que se abre para nós.

Continua o rav Haim Vital que daqui para o paraíso celestial existem muitos tipos de “anjos” que tentam nos impedir de chegar lá, também os sete céus tem muitos e muitos portões com muitos guardas celestiais em cada portão e portão

.Depois dos 120 quando a nossa Neshamá deixa esse mundo (e infelizmente hoje em dia os 120 estão ficando modo de falar) esses anjos nos verificam.Se tivermos mérito, eles abrem os portões e nos deixam entrar.

Se não tivermos, eles nos empurram para fora e trancam os portões na nossa frente não nos deixando entrar.

Por isso devemos ter a sabedoria de demarcar nossos limites e proteger nossos “portões”. Quando nos conscientizamos disso durante a nossa vida nesse mundo teremos o mérito de todos os portões celestiais serem abertos para nós no mundo vindouro

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Reê

Nossa Parashá nos conta que o sangue é a alma. No princípio, quando D’us criou o homem, está escrito que D’us “soprou” nele uma Alma, e não que o sangue é a alma. Então, que alma é essa que está no sangue que não é a Alma que “D’us soprou”?

Daqui vemos claramente que essas duas linguagens se referem à duas almas diferentes

Duas categorias de Alma

1- A alma animal

Diz o Zohar, clássico da Kabala de quase 2000 anos atrás, que primeira alma a entrar no corpo é chamada de alma animal e está vinculada ao sangue, e por isso está escrito que o sangue é a alma e sobre ela a nossa Parashá está falando.

Mesmo essa alma animal estando revestida no corpo inteiro, a principal revelação dela é no lado esquerdo do coração que bomba o sangue oxigenado para todo o corpo e por isso a Parashá usa essa expressão de que o sangue é a alma.

Sendo que ela é uma alma espiritual, podemos fazer transfusões de sangue e transplante de coração e ela continua no nosso corpo.

A Guemará nos conta que no momento em que uma mãe engravida, é colocada nessa gravidez uma alma.

Esse óvulo que vai se desenvolver recebe uma alma animal do nível deste mundo onde o bem e o mal estão misturados, o que o Zohar chama de “Klipat noga”, ou até uma alma de um nível mais baixo que o Zohar chama de “três klipot tmeot”. Sem ela nosso corpo não teria como crescer e se desenvolver.

2- A Alma Divina

Um dos princípios da fé judaica é que D’us não se compara à matéria. O Zohar explica que quando D’us criou o homem à sua imagem e semelhança, a intenção é sobre a revelação Divina como ela acontece nas dez sefirot e não imagem e semelhança material

Toda linguagem na Torá indica um assunto espiritual . Quando D’us coloca essa alma no primeiro homem é usada a linguagem “soprou”

Diz o Zohar que essa linguagem é representativa, quem sopra, sopra o que tem dentro de si. Por isso não está escrito que D’us colocou no homem a Alma mas que D’us soprou nele a Alma

A linguagem “soprou” é usada pela Torá para nos indicar o nível daquela Alma, querendo dizer que como o sopro é algo que sai de dentro da pessoa, assim também aquela Alma saiu de dentro da essência Divina e é chamada de “uma parte de D’us”

Ela está vinculada à nós de forma envolvente desde que somos gerados, mas só assume nosso corpo quando fazemos treze anos, ou no caso das meninas doze anos

Essa Alma também é dada à quem faz uma conversão ao judaísmo, ou seja, ela já estava vinculada à essa pessoa desde que foi gerado e isso foi o que causou para aquela pessoa querer se converter, por isso está escrito “guer shemitgaier”, ou seja, convertido que se converte e não “goi shemitgaier”.

Essa segunda alma se chama Neshamá. Ela se reveste na alma animal para poder interagir com o corpo sendo que ela é de uma fonte tão elevada que não tem como se revestir diretamente no corpo como a alma animal.

A principal revelação dela no nosso corpo é no nosso cérebro, e sendo que por natureza a razão domina o sentimento, o cérebro domina o coração. O objetivo dela nesse mundo é dominar a alma animal que se revela no coração e fazer dela uma plataforma para o trabalho Divino .

Essa Alma Divina é você! Você que desceu do céu para vencer uma corrida de obstáculos a qual chamamos de vida, e vai ganhar por próprio mérito um “baixo paraíso” no qual uma hora eqüivale a setenta anos dos maiores prazeres nesse mundo ou um alto paraíso onde uma hora eqüivale a setenta anos no baixo paraíso, como prêmio por ter feito o trabalho Divino, meta dessa “corrida de obstáculos”.

A Neshamá é pura e linda, cada ano que passa fica mais refinada e reluzente por meio do cumprimento dos 613 mandamentos Divinos.

Poderíamos dizer como exemplo que cada ano que passa, enquanto o corpo que é a roupa da nossa Alma fica mais cada vez mais velho, a Neshamá, nossa Alma Divina fica cada vez “mais jovem”. Ficamos cada vez mais jovens e com uma roupa, ou seja, nosso corpo, cada vez mais cada vez mais velha. Chega uma hora que somos obrigados a trocar de roupa para poder continuar o nosso trabalho Divino

Transmigrações da Alma

Nossa Neshamá se reencarna quantas vezes for necessário até cumprir todos os 613 mandamentos Divinos. Então vamos pedir para Hashem mandar rápido o Mashiach para podermos terminar todo esse trabalho Divino com muita alegria!

Povo escolhido

O povo de Israel é chamado de “O povo escolhido”. Quem participou desse concurso Divino para ser escolhido? Nossa Neshamá não poderia ter participado sendo que ela é diferente das almas dos povos do mundo. Quem se parece com os povos do mundo? Nosso corpo! Ele foi escolhido !

O que ele ganhou com essa escolha? Ele ganhou santidade! Quando cumprimos um Mandamento Divino ele recebe santidade! Nosso corpo se torna mais sagrado e refinado

no futuro quando ressuscitarmos ele vai reluzir mais do que a Neshamá, enquanto que os povos do mundo, mesmo cumprindo esses 613 mandamentos não recebem essa santidade.

Essa Kedushá é a diferença causada por termos sido escolhidos.

Conclusão: Agora nossa Neshamá faz nossa alma animal e nosso corpo cumprirem os mandamentos Divinos trazendo para eles Kedushá.

Na ressurreição essa kedushá se revela, nosso corpo ressuscita jovem, lindo e reluzente, e nosso mundo material se tornará um paraíso muito maior do que o alto paraíso. Tudo isso no mérito da Torá e das Mitzvót que estamos cumprindo agora!

Então, vamos aproveitar essa oportunidade, estudar mais Torá e fazer mais Mitzvot!!

🌻🌻🌻🌻🌻

Reê

 

Nossa Parashá nos conta que o sangue é a alma. No princípio, quando D’us criou o homem, está escrito que D’us “soprou” nele uma Alma, e não que o sangue é a alma. Então, que alma é essa que está no sangue que não é a Alma que “D’us soprou”?

Daqui vemos claramente que essas duas linguagens se referem à duas almas diferentes

Duas categorias de Alma

1- A alma animal

Diz o Zohar, clássico da Kabala de quase 2000 anos atrás, que primeira alma a entrar no corpo é chamada de alma animal e está vinculada ao sangue, e por isso está escrito que o sangue é a alma e sobre ela a nossa Parashá está falando.

Mesmo essa alma animal estando revestida no corpo inteiro, a principal revelação dela é no lado esquerdo do coração que bomba o sangue oxigenado para todo o corpo e por isso a Parashá usa essa expressão de que o sangue é a alma.

Sendo que ela é uma alma espiritual, podemos fazer transfusões de sangue e transplante de coração e ela continua no nosso corpo.

A Guemará nos conta que no momento em que uma mãe engravida, é colocada nessa gravidez uma alma.

Esse óvulo que vai se desenvolver recebe uma alma animal do nível deste mundo onde o bem e o mal estão misturados, o que o Zohar chama de “Klipat noga”, ou até uma alma de um nível mais baixo que o Zohar chama de “três klipot tmeot”. Sem ela nosso corpo não teria como crescer e se desenvolver.

2- A Alma Divina

Um dos princípios da fé judaica é que D’us não se compara à matéria. O Zohar explica que quando D’us criou o homem à sua imagem e semelhança, a intenção é sobre a revelação Divina como ela acontece nas dez sefirot e não imagem e semelhança material

Toda linguagem na Torá indica um assunto espiritual . Quando D’us coloca essa alma no primeiro homem é usada a linguagem “soprou”

Diz o Zohar que essa linguagem é representativa, quem sopra, sopra o que tem dentro de si. Por isso não está escrito que D’us colocou no homem a Alma mas que D’us soprou nele a Alma

A linguagem “soprou” é usada pela Torá para nos indicar o nível daquela Alma, querendo dizer que como o sopro é algo que sai de dentro da pessoa, assim também aquela Alma saiu de dentro da essência Divina e é chamada de “uma parte de D’us”

Ela está vinculada à nós de forma envolvente desde que somos gerados, mas só assume nosso corpo quando fazemos treze anos, ou no caso das meninas doze anos

Essa Alma também é dada à quem faz uma conversão ao judaísmo, ou seja, ela já estava vinculada à essa pessoa desde que foi gerado e isso foi o que causou para aquela pessoa querer se converter, por isso está escrito “guer shemitgaier”, ou seja, convertido que se converte e não “goi shemitgaier”.

Essa segunda alma se chama Neshamá. Ela se reveste na alma animal para poder interagir com o corpo sendo que ela é de uma fonte tão elevada que não tem como se revestir diretamente no corpo como a alma animal.

A principal revelação dela no nosso corpo é no nosso cérebro, e sendo que por natureza a razão domina o sentimento, o cérebro domina o coração. O objetivo dela nesse mundo é dominar a alma animal que se revela no coração e fazer dela uma plataforma para o trabalho Divino .

Essa Alma Divina é você! Você que desceu do céu para vencer uma corrida de obstáculos a qual chamamos de vida, e vai ganhar por próprio mérito um “baixo paraíso” no qual uma hora eqüivale a setenta anos dos maiores prazeres nesse mundo ou um alto paraíso onde uma hora eqüivale a setenta anos no baixo paraíso, como prêmio por ter feito o trabalho Divino, meta dessa “corrida de obstáculos”.

A Neshamá é pura e linda, cada ano que passa fica mais refinada e reluzente por meio do cumprimento dos 613 mandamentos Divinos.

Poderíamos dizer como exemplo que cada ano que passa, enquanto o corpo que é a roupa da nossa Alma fica mais cada vez mais velho, a Neshamá, nossa Alma Divina fica cada vez “mais jovem”. Ficamos cada vez mais jovens e com uma roupa, ou seja, nosso corpo, cada vez mais cada vez mais velha. Chega uma hora que somos obrigados a trocar de roupa para poder continuar o nosso trabalho Divino

Transmigrações da Alma

Nossa Neshamá se reencarna quantas vezes for necessário até cumprir todos os 613 mandamentos Divinos. Então vamos pedir para Hashem mandar rápido o Mashiach para podermos terminar todo esse trabalho Divino com muita alegria!

Povo escolhido

O povo de Israel é chamado de “O povo escolhido”. Quem participou desse concurso Divino para ser escolhido? Nossa Neshamá não poderia ter participado sendo que ela é diferente das almas dos povos do mundo. Quem se parece com os povos do mundo? Nosso corpo! Ele foi escolhido !

O que ele ganhou com essa escolha? Ele ganhou santidade! Quando cumprimos um Mandamento Divino ele recebe santidade! Nosso corpo se torna mais sagrado e refinado

no futuro quando ressuscitarmos ele vai reluzir mais do que a Neshamá, enquanto que os povos do mundo, mesmo cumprindo esses 613 mandamentos não recebem essa santidade.

Essa Kedushá é a diferença causada por termos sido escolhidos.

Conclusão: Agora nossa Neshamá faz nossa alma animal e nosso corpo cumprirem os mandamentos Divinos trazendo para eles Kedushá.

Na ressurreição essa kedushá se revela, nosso corpo ressuscita jovem, lindo e reluzente, e nosso mundo material se tornará um paraíso muito maior do que o alto paraíso. Tudo isso no mérito da Torá e das Mitzvót que estamos cumprindo agora!

Então, vamos aproveitar essa oportunidade, estudar mais Torá e fazer mais Mitzvot!!

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Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra Divina….

“Explica o Ari ZaL que a vitalidade da Alma não vem por meio da comida que comemos mas sim por meio da palavra Divina que se encontra nela que é o lado espiritual dos alimentos

Porque o lado espiritual dos alimentos é chamado de de palavra Divina?

Diz o Ari ZaL que isso é uma referência às Bênçãos que fazemos antes de comer, indicando que por meio dessas Bençãos nos conectamos ao lado Divino desses alimentos.

A Bra’há, a Benção que fazemos antes e depois de comer, eleva o lado “Alma” dos alimentos que são pequenas revelações Divinas chamadas de “Centelhas Divinas”.

Essas “Centelhas Divinas” caíram nesse mundo por meio do fenômeno cabalístico conhecido como “a quebra dos receptáculos”, e se misturaram com o lado espiritual negativo do mundo.

Por meio da Brahá refinamos essas pequenas revelações Divinas tirando elas das impurezas espirituais do nosso mundo.

Delas nossa Neshamá, nossa alma Divina, recebe sua vitalidade e esse é o “alimento da Alma”.

Conclusão:

Quer que a sua Alma vibre cheia de energia positiva? Capriche nas Bra’hot!

Corpo da Torá e Alma da Torá

O Ari Zal explicou que tudo nesse mundo tem um lado ”corpo” e um lado “Alma”.

Da mesma maneira que o ser humano foi criado “corpo e Alma”, assim também todas as coisas que existem no mundo foram criadas com um corpo material e uma alma espiritual.

A própria Torá tem um lado “corpo” e um lado “Alma”. O lado lado “corpo” da Torá são as Hala’hot, a lei prática, e o lado Alma da Torá é a imensa revelação Divina que está por trás dela.

Por isso os Anjos não queriam que a Torá descesse para esse mundo e recebesse esse lado “corpo”, porque eles não se interessavam por isso, sendo que não há entre eles ódio ou inveja e eles não precisam de leis práticas como “não assassinar”, “não cometer adultério” e etc.

Por isso anjos pediram para que a Torá ficasse nos mundos superiores e eles tivessem acesso à esse nível de revelação “Alma” da Torá.

Quando falamos as Bra’hot da Torá, unimos nossa Alma ao lado “Alma” da Torá que é uma revelação Divina tão grande e elevada que até os Anjos queriam chegar à ela também.

As Mitzvot, Mandamentos Divinos, também tem o lado “corpo” e o lado “Alma”.

Quando você faz uma Mitzvá, é bom para você nesse mundo e ela também fica guardada para você no próximo mundo.

Quando falamos a Brahá da Mitzvá estamos conectando a nossa Alma com o lado “Alma” da Mitzvá, esse aspecto dela que está guardado para nós lá em cima.

Por isso está escrito na nossa Parashá: “Toda a Mitzvá…” e não somente “a Mitzvá” indicando que esse lado “Alma” existe também na Mitzvá.Terra de Israel material e terra de Israel espiritual

Pouco a pouco vou expulsá-los da sua frente 

Nossa Parashá nos conta que na conquista da terra de Israel pela primeira vez a regra era: “Pouco a pouco vou expulsá-los da sua frente… “Diz o Rebe que o mesmo acontece na vida de cada um de nós, na conquista da terra de Israel espiritual, na parte dela que recebemos por sorteio lá de cima

E esse é o nosso trabalho Divino diário personalizado que inclui nosso refinamento pessoal.

A conquista dele não deve ser feita de uma vez, mas sim pouco a pouco.

Mas não seja radical no pouco a pouco, pouco a pouco não quer dizer não fazer nada, não se esqueça que devemos nos esforçar para fazer o trabalho Divino, como dizem nossos Sábios: “Se você se esforçou e conseguiu, acredite!”

Diz a Parashá :”Talvez você diga no seu coração :- Esses povos são muito mais numerosos do que eu, como poderei conquistá-los?”

Ou seja, talvez você sinta a realidade! Você mediu o tamanho do problema e se conscientizou de que não tem a mínima chance de resolvê-lo .

Lá vai a regra geral que nos dá Moshe Rabeinu para todo e qualquer problema (incluindo fechar as contas no fim do mês) : “Não tenha medo deles!

Lembre-se do que Hashem fez ao faraó e a todo o Egito, os milagres, as maravilhas, etc etc etc.

Ou seja, isso é o que devemos pensar e sentir sempre em qualquer situação difícil.

Se não saiu como queríamos, talvez nos espera algo melhor.

Mas nós devemos fazer a nossa parte que é viver confiantes a cada instante, nunca pensar que não vai sair como queremos mas sim nos lembrar dos milagres e das maravilhas que Hashem fez no Egito e nos conscientizar que assim ele vai nos fazer agora!

Por isso nos lembramos sempre de D’us como D’us que nos tirou do Egito, e raras vezes como D’us que criou o universo ou D’us que criou o homem.

Porque quando nos lembramos que D’us nos tirou do Egito, estamos vivendo a realidade de que D’us está constantemente interagindo com cada um de nós

Então vamos nos conscientizar e nos lembrar todo dia que se até do Egito Hashem nos tirou sem a mínima dificuldade, quanto mais de todos os nossos problemas que são tão pequenos em relação à isso.

Nossa Parashá nos conta também que depois de comermos e ficarmos satisfeitos temos que agradecer à D’us

Daqui aprendemos o mandamento da Torá de falar o Birkat Hamazon, a Benção que fazemos depois de comer pão, que no judaísmo é considerado a comida principal e com qualquer acompanhamento

O que é considerado pão pela Torá é um pão feito de farinha de trigo, de farinha de aveia, de farinha de centeio, de farinha de cevada ou de farinha de espelta

E o que seria um acompanhamento para o pão?Costumamos comer pão com carne como por exemplo um hot dog, um hambúrguer ou pão com frios, por isso a carne é sempre considerada um acompanhamento para o pão

Costumamos comer pão com peixe como por exemplo um sanduíche de atum, de salmão, ou de sardinha, por isso o peixe sempre é considerado um acompanhamento para o pão

Mas a maioria das pessoas nunca comeria em uma situação normal um sanduíche de melancia ou de abacaxi, por isso as frutas frescas não são consideradas um acompanhamento para o pão e devemos fazer uma Bênção à parte para elas

O “Birkat Hamazon” é composto por quatro Bênçãos.

A primeira, que é chamada de “Hazán”, foi composta por Moshe no deserto quando o Maná caiu do céu

A segunda que é chamada de “Al Haáretz Veál Hamazón” foi composta por Josué quando nossos antepassados comeram os frutos da primeira colheita após entrar na Terra Santa

A terceira que é a Bênção pela reconstrução de “Yerushalayim” foi composta pelos reis David e Salomão

A quarta Bênção, “Àquele que é bom e faz o bem”, foi composta pelos nossos sábios na época da “Mishná” há aproximadamente 2.000 anos atrás

Nossos Sábios também instituíram as Bênçãos anteriores e também as Bençãos posteriores para os alimentos que não acompanham o pão

Curiosidades

Como vimos anteriormente, o que é considerado pão pela Torá é um pão feito de farinha de trigo, de farinha de aveia, de farinha de centeio, de farinha de cevada ou de farinha de espelta, e esse pão é o que temos que comer no Shabat e chamamos de Halá.

Algumas pessoas não podem comer pão de farinha de trigo, então podem fazer a halá para Shabat com farinha de aveia ou espelta sem glúten que também são consideradas pão pela Torá (dependendo do nível de intolerância você tem que se certificar que essa aveia ou espelta não tem glúten de verdade)

Um pão de farinha de polvilho, farinha de arroz ou farinha de mandioca não é considerado pão pela Torá e não falamos Birkat Hamazon depois de comê-los

A espelta, mais conhecida pelo nome de trigo vermelho, já foi bastante usada em algumas partes da Europa na Idade Média.

Já há algum tempo esse trigo se espalhou por todo o mundo e chegou inclusive ao Brasil.

Em termos nutricionais ela é considerada como uma forte fonte de vitamina B2, manganês, niacina, fibras, tiamina e cobre, sendo portanto, muito saudável para o corpo.

É também conhecida por seu alto teor de proteínas, pela capacidade hidrossolúvel e por ser um alimento de fácil digestão.

A farinha de espelta pode ser frequentemente substituta da farinha de trigo branca, por ser considerada mais saudável.

Os benefícios da espelta estão relacionados principalmente à redução do colesterol ruim no sangue.

Ela também pode ajudar a acelerar metabolismo, contribuindo assim para o emagrecimento.

Também possui bastantes fibras, o que ajuda a melhorar o funcionamento intestinal, tem função anti-bacteriana e pode fornecer um reforço ao sistema de defesa do corpo.

Pode ajudar ainda as pessoas com problemas de circulação.

Além disso, por possuir pouca quantidade de glúten, o grão é de mais fácil digestão.Assim, se você é levemente celíaco (intolerante ao glúten) e quer se beneficiar com as propriedades da espelta e introduzir uma alimentação mais saudável no seu dia a dia, pense em consumir produtos com espelta. (Mas consulte o médico sobre o nível de celíaco que você é para se certificar de que essa farinha que você comprou realmente não tem glúten)

Receita de pão de espelta light

Ingredientes:

400g de farinha de espelta integral; 1 colher de chá de bicarbonato de sódio; 1 colher de chá de sal; 2 ovos batidos; 320 ml de água.

Modo de preparo:Numa tigela junte todos os ingredientes secos: a farinha, o bicarbonato e o sal. Bata os ovos em um bowl até ficar espumoso e incorpore a água.

Misture bem e despeje sobre os ingredientes secos.

Envolva tudo com uma colher de pau. Unte e enfarinhe uma forma retangular.

Despeje a massa e leve ao forno a 180 graus por 45 minutos.

Pronto já pode levar para a mesa!

 

Se você quiser transformar esse pão Hamotzi em pão Mezonot troque os 320 ml de água por 320 ml de leite de soja

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Vaet’hanan

Na nossa Parashá Moshe conta ao povo que “rezou para D’us naquela hora”, e usa a palavra Vaet’hanan se referindo à reza.

Rashi diz que a raiz da palavra Vaet’hanan é usada em todas as escrituras no sentido de pedir um presente sem precisar dar nada em troca, e explica: Mesmo podendo os Tzadikim justificarem o atendimento de seus pedidos como merecimento à suas boas ações, mesmo assim, por humildade pedem para que Hashem atenda à seus pedidos sem olhar para seus méritos, pedem para que Hashem atenda à seus pedido de graça.

A primeira coisa que aprendemos aqui é de não pensar nos nossos méritos na hora de rezarmos e fazermos nossos pedidos.

O atendimento à nossos pedidos é um presente que Hashem nos dá por termos pedido.

Diz o Midrash Rabá que o valor numérico da palavra Vaetchanan é 515 nos indicando o número de vezes que Moshe rezou por aquele mesmo motivo. Daqui aprendemos que devemos pedir pedir e pedir, e se até Moshe Rabeinu que era o maior dos profetas pediu tantas vezes, quanto mais nós.

Quando estamos rezando precisamos ter segurança de que vamos ser atendidos e nunca devemos imaginar no meio da reza que talvez não sejamos atendidos. Isso porque a falta de fé enfraquece o efeito da reza. Por isso, na hora do pedido devemos acreditar com fé perfeita que nosso pedido vai ser atendido.

Mas caso aconteça de você não receber o que está pedindo no momento, saiba que quando isso acontece é sempre por motivos que são para o nosso bem.

Bem revelado ou bem oculto

E mesmo nesse caso, nossas rezas, que aparentemente não serviram para o que queríamos, são automaticamente direcionadas para algo mais importante que muitas vezes nem sabíamos que estávamos precisando tanto daquilo.

A Mitzvá da Tefilá

De acordo com a Torá, a Mitzvá da Tefilá consiste em pedir para Hashem o que você precisa na hora que você precisa.

Por exemplo: em uma hora de perigo, um dos 613 mandamentos da Torá é de rezar e pedir para Hashem nos salvar do perigo, e isso é um dos princípios da nossa fé.

O motivo desse princípio é que por meio disso a pessoa vai saber e entender que Hashem sozinho dirige o mundo e toma conta de cada detalhe de cada uma das criaturas, e somente Hashem tem a possibilidade de nos salvar, como escreveu o Rambam no quinto dos treze princípios.

O fato de cada um de nós ser obrigado a cumprir o mandamento da Tefilá e pedir para Hashem o que precisamos na hora que precisamos nos mostra que a Mitzvá da Tefilá não é direcionada especificamente à pessoas próximas de Hashem como Tzadikim mas sim à cada um de nós.

Quando precisamos de alguma coisa, é uma Mitzvat Assé, um Mandamento “Faça”, fazer nossos pedidos para Hashem.

Por esse motivo, mesmo estando as mulheres liberadas de cumprir os Mandamentos “faça” que tem um tempo determinado, as mulheres também são obrigadas a rezar, sendo que pela Torá o mandamento da reza não tem um tempo determinado.

Às vezes nosso pedido será aceito e nosso desejo realizado, e às vezes, para nosso próprio benefício material ou espiritual, nosso pedido não é aceito, mas como vimos anteriormente nunca podemos pensar isso na hora do pedido.

Isso se compara a alguém que manda seu pedido à um rei. Qualquer pessoa pode mandar para o rei um pedido, e mesmo sendo a pessoa mais distante dele, pode ser que o rei vai atender à seus pedidos porque condiz à natureza boa e piedosa do rei atender especificamente aos mais humildes e etc…

O fato de a pessoa estar mais próxima ou mais distante do rei só vai fazer diferença em relação à pedidos sobre assuntos públicos e de grande importância para o povo, mas em assuntos de necessidades particulares não faz diferença se a pessoa está mais próxima ou mais distante.

Dessa mesma maneira Hashem se relaciona às rezas que rezamos e aos pedidos que fazemos para Ele. Porque explicitamente Ele atende às rezas de cada pessoa e esse é o mandamento da reza pela Torá.

Nossos Profetas e Sábios no exílio da Babilônia viram que estávamos esquecendo o que precisamos e diminuindo a frequência em que deveríamos pedir, e fizeram para nós a Tefilá de 18 Bra’hot conhecida como “Shmone Esrei” ou Amidá, como hoje se encontra no Sidur.

Os Sábios da Mishná conhecidos como Tanaim e os Sábios da Guemará conhecidos como Amoraim acrescentaram mais algumas rezas seguidos pelos Sábios das gerações posteriores, até chegarmos ao Sidur que temos hoje.

Conclusão:

Capriche nas rezas e não economize nos seus pedidos, você só tem a ganhar!

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Muito mais do que isso está guardado para você!

Nossa Parashá nos conta que Moshe Rabeinu, depois de ter conquistado as terras da margem oriental do rio Jordão que seria a herança das tribos de Reuven, Gad  e metade da tribo de Menashe imaginou que o decreto Divino de não entrar na terra de Israel poderia ter sido anulado, como é a regra de qualquer profecia negativa.

Moshe rezou 515 vezes pedindo à D’us para deixar ele entrar na Terra de Israel e alcançar o nível dos mandamentos Divinos ligados à “Terra Santa.”

Hashem responde à ele : “Muito mais do que isso está guardado para você, não continue pedindo isso”.

Vemos daqui que se ele continuasse a pedir receberia o que estava pedindo, mas o ” Muito mais do que isso está guardado para você” ele perderia.

Aprendemos daqui que quando rezamos e pedimos muitas vezes para Hashem nos dar algo e parece que nossos pedidos não estão sendo levados em conta, o motivo por não recebermos o que pedimos pode ser porque “muito mais do que isso” está guardado para nós, e se recebermos a coisa pequena perderemos a grande, portanto Hashem não nos dá o que pedimos para que possamos receber algo muito melhor.

Porque Moshe não fez como Yaakov que rezou para ter uma vida tranquila e foi atendido? Yaakov viveu tranquilamente os últimos 17 anos de sua vida no Egito com seu filho Yossef que era o vice rei.

Moshe poderia pedir à Hashem uma vida tranquila entre as tribos de Reuven, Gad e metade da tribo de Menashe que receberam terras fora de Israel, e viver tranquilo com seu sucessor Yehoshua no governo como viveu Yaakov no Egito com Yossef acima dele no governo .

O sucessor de Moshe, Yeoshua Ben Nun era seu aluno exemplar, um filho espiritual que no caso de Moshe era até mais importante do que um filho material

A resposta para isso veremos mais à frente em Parashat Vayele’h, lá Hashem diz para Moshe : “Você se deitará com seus pais e se levantará esse povo e se prostituirá atrás de deuses estranhos…”

Nosso patriarca, Avraham Avinu, faleceu com 175 anos . Rashi explica que Avraham teria que viver 180 anos como seu filho Itzhak, mas Hashem diminuiu cinco anos da vida dele porque tinha prometido à Avraham que ele iria falecer com tranquilidade. Ismael fez teshuvá e Essav ainda não tinha se corrompido, e isso significava falecer com tranquilidade.

Mas se ele vivesse mais, iria sofrer com a idolatria de Essav e não faleceria tranquilo como Hashem lhe prometeu. Por isso Hashem o levou antes da hora.

Portanto, antes do falecimento de Moshe que seria a hora propícia para ele pedir uma vida tranquila na margem oriental do rio Jordão, Hashem lhe comunicou que o povo iria fazer idolatria, e assim ele já não tinha mais motivo para pedir isso.

E o que é o “Muito mais do que isso” que Hashem dará à Moshe? Diz o Ari Zal no Shaar Haguilgulim, baseado na primeira parte desse mesmo versículo “Você se deitará com seus pais e se levantará… “, que a última geração, a geração do Mashia’h, é a reencarnação da geração que faleceu no deserto e Moshe próprio se reencarna e se torna o Mashiach! Existe melhor do que isso?

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Dvarim

A tradução da Torá para setenta idiomas

Está escrito na nossa Parashá: “E foi no quadragésimo ano, no décimo primeiro mês, no primeiro dia do mês, começou Moshe a explicar esta Torá dizendo…”.

Dizem nossos Sábios, como traz Rashi, que Moshe explicou a Torá em setenta línguas diferentes.Porque Moshê precisaria explicar a Torá em setenta idiomas?

Rabi Moshe ben Nachman, o Ramban, nos ensinou que a Torá, as Profecias e todas as Escrituras Sagradas foram ditas na “Língua Santa” que é o idioma Divino no qual D’us falou com Moshe e com os Profetas.

Sendo que a Torá é a “Torá de Hashem”, Hashem “nos deu Sua Torá “, aparentemente o estudo da Torá deveria ser somente na “língua Divina”, a “Língua Santa”.

A definição de Torá “escrita” é : Nenhuma letra a menos e nenhuma letra a mais, mas exatamente como foi dada por D’us, e por esse motivo a leitura do Sefer Torá na sinagoga é considerado estudo, e temos que dizer uma Brahá com nome de Hashem mesmo que o Judeu que está dizendo a Bênção não entende o que está lendo, e muitas vezes não entende nem a tradução da Benção.

Talvez por isso poderíamos dizer que a leitura da Torá escrita em qualquer ocasião só poderia ser feita na “língua Santa”, idioma no qual ela foi dada por D’us !

E não somente isso, mas até em relação às explicações da Torá, chamadas de “Torá Oral”, mesmo que aparentemente dependem somente do nosso entendimento, e se não entendemos a Torá Oral não cumprimos a Mitzvá de estudá-la, mesmo assim a Hala’há é que “pensamento não é fala” e para cumprir a Mitzvá devemos falar a Torá Oral

E novamente poderíamos pensar que só cumprimos essa Mitzvá falando a Torá Oral na “língua Santa”

E algumas leis que recaem sobre “falar” palavras de Torá são vigentes também em relação a Torá Oral como a proibição de falar palavras da Torá sem roupas e também o fato de não podermos fazer uma Bênção sobre a Torá que vamos pensar mas somente sobre a que vamos falar.

Ainda mais, sendo que a “Torá Oral” também é de D’us, poderíamos dizer que a classificação de “Estudo de Torá” só recaísse sobre a Torá Oral quando fosse dita na língua falada por D’us, na língua Santa.Essa foi a ação de Moshe Rabeinu na nossa Parashá.

Por meio de ter explicado a Torá em setenta línguas, a partir daí recai o nome “Torá” sobre assuntos de Torá estudados pelo povo de Israel em outras línguas mesmo não sendo essa a língua que D’us deu a Torá

Fazendo com que recaia sobre ela a classificação de “Torá” a tal ponto que quando falamos assuntos de Torá em outras línguas estamos falando verdadeiras “Palavras da Torá” e se torna proibido falarmos elas antes de dizer a “Bênção da Torá”, e nem precisamos dizer que é proibido falar assuntos de Torá em qualquer idioma se não estivermos vestidos

A iniciativa que teve Moshe na nossa Parashá foi incentivada pela própria Torá que usa algumas palavras nas línguas dos outros povos, como por exemplo “Yegar Sahaduta” , “Totafot” e etc.O Midrash Tanhuma nos conta que até a primeira palavra dos Dez Mandamentos, Anochi (Eu) que engloba todos os mandamentos positivos da Torá é uma palavra retirada da língua egípcia antiga

O motivo que essas palavras fazem parte da Torá que é toda de Hashem é para que recaia a santidade da Torá sobre essas palavras e por meio disso as línguas dos povos se tornam refinadas para que se possa “repassar” a Torá por meio delas .

Isso acontece nos idiomas atuais também. O que a Torá fez em curta escala somente indicando que isso é possível, e Moshe Rabeinu fez em larga escala , traduzindo toda a Torá para setenta línguas, aparentemente foi uma dica para a nossa situação atual.

Surgiram novos idiomas, todos derivados daquelas setenta línguas, e nós somos os que estão refinando esses novos idiomas quando repassamos a Torá por meio deles.

Na torre de Bavel aconteceu um milagre que deu origem a setenta línguas e delas saíram todos os idiomas que existem hoje. Sabemos que a “Lingua Santa” , que por meio dela D’us criou o mundo, foi falada por Adam e Havá (Adão e Eva) e continuou sendo falada por pessoas de cada geração também depois da torre de Bavel

A maior prova disso é que o Povo de Israel que desceu para o Egito não mudou a sua língua que era a mesma desde a criação do mundo.

O Tossfot Yom Tov nos conta que o Hebraico antigo, que foi a primeira língua existente no mundo, deu origem ao aramaico, e o aramaico ao árabe

Poderíamos pensar, será que o aramaico, sendo que é um derivado da “Língua Santa” já vem com a santidade do”Idioma Divino”?A Torá nos dá a dica: Está escrito: “Yaakov chamou aquele lugar de “Gal Ed” e Lavan de “Yegar Sahaduta” ou seja, tanto os idiomas derivados da “Língua Santa” quanto os derivados das outras línguas são o idioma de “Lavan o Arameu” e precisam ser refinados pela Torá !

O motivo que isso teve que ser feito especificamente por Moshe Rabeinu é porque todos os assuntos da Torá foram dados para o povo de Israel por meio de Moshe , “Moshe recebeu a Torá no Sinai”, a tal ponto que disseram nossos Sábios :-“Tudo que um aluno experiente vai inovar já foi dado para Moshe no Sinai”

Por isso também o fato de serem chamados de “Torá” os assuntos de Torá ditos nas setenta línguas teria que ser revelado pelo próprio Moshe Rabeinu.Porque Moshe pediu para o povo de Israel escrever a Torá nas pedras em setenta línguas?

Fora o fato de Moshe ter explicado oralmente a Torá em setenta línguas, Moshe e os anciãos de Israel pediram ao povo que no dia em que atravessassem o rio Jordão erguessem pedras grandes e escrevessem nelas todas as palavras desta Torá nessas setenta línguas, cada uma nas suas letras como nos contou o grande Tzadik Rabi Moshe ben Maimon, o Rambam, que a Torá foi escrita naquelas pedras com as letras de cada idioma.

Vemos aqui que Moshe Rabeinu conseguiu fazer com que não haja diferença entre traduzir a Torá oralmente para as setenta línguas e escrever ela em setenta línguas. Nos dois casos ela se tornou considerada “Torá” com toda a devida santidade relacionada a ela.

Por esse motivo Moshe também teve que traduzir oralmente a Torá e também pedir para que ela fosse escrita na escrita de cada povo.

Duas obras distintas, uma para que recaia a santidade da Torá sobre a língua dos povos e a outra para que essa santidade recaia também sobre a escrita dos povos.

Ou seja, para que os livros com assuntos de Torá escritos nas letras dos setenta idiomas também sejam chamados de Livros Sagrados, “Sifrei Kodesh”, e devam ser cuidados com o mesmo respeito que damos aos livros escritos na “Língua Santa”

O que fez Moshe em suas últimas cinco semanas de vida

Nosso quinto livro da Torá, Devarim, é conhecido como Mishnê Torá, a revisão da Torá. Seu conteúdo foi dito por Moshê ao povo judeu durante as cinco semanas finais de sua vida, enquanto o povo se preparava para entrar na Terra de Israel.

Moshe sabia que tinha os dias contados e pouquíssimo tempo de vida, e teria que se dedicar somente para fazer as coisas mais importantes. Nesses dias ele estava traduzindo a Torá para setenta línguas para facilitar o estudo da Torá aos judeus, para dar mérito a judeus que só sabem falar outros idiomas, para tornar o acesso à Torá mais fácil.

Ele estava empenhado e dedicado para que pessoas que nem sabem falar a “Língua Santa” possam saber o motivo que D’us criou o mundo e o motivo pelo qual nós estamos aqui. Moshe Rabeinu não só nos deu a Torá, mas também mostrou para nós que ela é a coisa mais importante que existe no mundo.

A Parashá nos conta também que quando nosso povo planejou passar pelo monte Seir, terra de Edom, para chegar à terra prometida, D’us pede para Moshe dar uma ordem ao povo de Israel para comprar com dinheiro mantimentos dos Bnei Essav habitantes de Seir, e até pagar pela água que beberem.

O motivo para isso aparece imediatamente no próximo versículo: “ Porque Hashem seu D’us te abençoou em todos os trabalhos das suas mãos e proveu todas as suas necessidades na travessia desse grande deserto durante quarenta anos, Hashem seu D’us está te apoiando, não te falta nada!” Isso foi dito à Moshe como uma ordem para ser repassada ao povo de Israel.

Quando o versículo diz que Hashem seu D’us te abençoou, está instruindo o povo para não ser ingrato dando a impressão de que eles são pobres e mal cuidados por Hashem, mas ao contrário! Passem uma imagem de que vocês são ricos! (Rashi)

A regra é :

Quando somos gratos à D’us pelo que ele nos dá e demonstramos isso, fazemos com que ele nos dê verdadeiros motivos para agradecer. Quando estamos alegres por saber que D’us sempre está cuidando bem de nós, fazemos com que D’us nos dê verdadeiros motivos para justificar essa alegria!

Rezando com alegria

O Baal Shem Tov nos conta que existem duas formas de rezar, uma com muita alegria e entusiasmo e outra com muito choro e amargor.

As duas formas são válidas mas a diferença entre elas é que, quando pedimos à D’us com alegria somos como um ministro fazendo um pedido ao Rei, mas quando pedimos com tristeza somos como um pobre fazendo um pedido ao Rei

Por ser assim no mundo espiritual, consequentemente a natureza do mundo material é que: quando o pobre pede algo para o Rei, ele ganha um presente pequeno, mas quando o ministro pede algo para o Rei ele ganha um presente grande. Por isso temos que rezar com muita alegria e entusiasmo como um ministro falando com o Rei.

Por que essa ordem em relação à Edom foi dada, se no final o povo de Israel não atravessou a terra de Edom e isso não aconteceu na prática?

Sendo que a Torá é eterna e seus ensinamentos são eternos, eles são válidos em qualquer época e em qualquer lugar, e o fato de essa travessia não ter acontecido na prática mas a ordem ter sido dada, só vem reforçar o fato de essa ordem ter sido dada para nós, aqui e agora!

Então vamos mostrar para todos que D’us sempre está cuidando bem de nós e não se esquece de nós nem um único e minimo instante!

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Matot

Nossa Parashá nos conta que quando alguém faz uma promessa ou um juramento que não consiste em uma coisa proibida pela, Torá ele tem a obrigação de cumprir com a sua palavra.

Por isso o ideal é sempre dizer “Bli Neder” (sem promessa) quando prometemos alguma coisa, para deixar claro que não estamos fazendo uma promessa ou um juramento.

Porque uma promessa de fazer algo que a Torá proíbe não é levada em conta e continuamos proibidos de fazer aquilo que a Torá proíbe?

Simples: Sendo que um juramento não tem a capacidade de anular outro, e nossa Alma antes de descer para o corpo já jurou lá em cima que vai cumprir todos os mandamentos Divinos, consequentemente um juramento de fazer algo contra a vontade Divina não é válido.

Mesmo que pela Torá é permitido jurar, nossos Sábios recomendam não fazer juramentos ou promessas.

Então, lembre-se : quando prometer alguma coisa, NUNCA se esqueça de falar “Bli Neder.

Mass’ei

Nossa Parashá nos conta que alguém que matou uma pessoa acidentalmente também é chamado de assassino.

O  “Assassino sem intenção” não é condenado à morte como o assassino com intenção, mas recebe um castigo de exílio em uma cidade de refúgio que foi feita para esse fim e geralmente era habitada pela tribo de Levi que não tinha terra própria .

O castigo dele era ficar lá até o Cohen Gadol (sumo sacerdote) falecer e o versículo diz que “depois da morte do Cohen Gadol o assassino pode voltar à sua terra”.

Surge a pergunta:

Porque a Torá continua chamando ele de assassino se de acordo com a própria Torá depois da pessoa ter recebido o castigo neste mundo sua transgressão é apagada no tribunal Divino ?

No começo ele é chamado de assassino porque a regra da Torá é que coisas boas acontecem por meio de pessoas boas, e coisas ruins por meio de pessoas ruins. O fato de a morte acidental ter acontecido por meio dele justifica o adjetivo assassino.

Depois que ele cumpre sua pena, se tornando por meio disso um Tzadik, diz a Torá: “Depois que morrer o Cohen Gadol voltará o assassino para a terra da sua herança”. A linguagem é estranha! Porque a Torá continua chamando ele de assassino mesmo depois de ele ter cumprido sua pena?

Assassinato por falta de reza

A Guemará em Macot 11b nos conta que o Cohen Gadol na função de sumo sacerdote deveria rezar para que esses acidentes não acontecessem, e o fato de ter acontecido demonstra que o Cohen esqueceu de rezar para isso

Assassinato por meio de reza

A consequência automática disso é uma reza contrária, o exilado reza para que o Cohen Gadol morra rápido para que ele possa sair do exílio e voltar para a sua família.

Por isso ele é chamado novamente de assassino, por ter causado a morte do Cohen Gadol por meio de suas rezas, nos ensinando que uma reza não só que pode salvar alguém mas pode também matar alguém

Anulando uma reza assassina

A mãe do Cohen Gadol levava para esses exilados roupas e comida para que eles não desejassem o mal da sua família, e esse era o jeito dela de anular essa propensão de reza.

Ou seja, depois que ele recebeu dela roupas e comida, ele só iria desejar o bem dela e dar todas as bênçãos para essa família.

Conclusão : sempre temos que rezar e pedir pelas pessoas próximas a nós para que nada de ruim aconteça por meio delas e também sempre ajudar à quem está ligado à nós para que todos sempre desejem o nosso bem.

Quarenta e duas viagens

O povo de Israel fez quarenta e duas viagens entre a saída da escravidão no Egito e a milagrosa entrada na “Terra Prometida”.

O que há por trás das quarenta e duas viagens que nos dá a obrigação de nos lembrarmos delas todos os anos quando lemos Parashat Mass’ei na Torá ?

O Baal Shem Tov nos revelou que cada Judeu e Judia tem um itinerário de viagens planejado lá de cima para percorrer durante sua vida

A Torá nos conta sobre quarenta e duas viagens que o povo de Israel teve que fazer entre a saída do Egito e a chegada à terra de Israel.

Diz o Baal Shem Tov que o objetivo dessas viagens era para elevar pequenas “Revelações Divinas”, que chamaremos de “Centelhas Divinas”.

Quando damos um exemplo sobre a Revelação Divina comparamos ela à uma grande Luz, por isso essas pequenas revelações são comparadas à pequenas centelhas.

O objetivo dessas 42 viagens era fazer um “Tikun”, uma “reparação”, um conserto espiritual nesses lugares por onde eles passaram que consistia em elevar essas “Centelhas Divinas”.

Em cada lugar eles acamparam, mas ficaram somente o tempo necessário para fazer o “Tikun” e elevar as “Centelhas Divinas” daquele lugar.

O Baal Shem Tov diz que cada Judeu e Judia tem um circuito de viagens pré destinadas durante toda a sua vida.Tudo é pré determinado até os pequenos detalhes.

Onde vai morar, onde vai trabalhar, para onde vai viajar, onde vai passar uma semana, onde vai passar um ano, onde vai morar mais ou menos tempo.

Um detalhe interessante é que tanto no lugar onde o povo de Israel acampou por um só dia quanto no lugar onde eles acamparam por dez anos eles montaram o Mishkan como se fossem ficar lá a vida inteira, nos ensinando que mesmo sabendo que Mashia’h pode chegar hoje, mesmo assim devemos nos comportar de maneira natural como se tivéssemos que ficar aqui a vida inteira.

Nossas viagensTodos

Somos chamados de Sefaradim (Judeus Espanhóis) ou Ashkenazim (Judeus Alemães). Mas nossos avós não vieram da Espanha mas sim de países Árabes. Somos Sefaradim só de nome porque em Portugal e na Espanha já não havia comunidade judaica nos últimos quinhentos anos. E a grande maioria dos Ashkenazim não veio da Alemanha, mas sim da Europa oriental.

Ou seja, na Síria e no Líbano sabíamos que éramos Sefaradim (espanhóis) e não libaneses. Nenhum de nós pertencia nem mesmo ao próprio país de onde vinha, demonstrando explicitamente a locomoção do nosso povo

Ninguém mais pode voltar para a Síria ou para o Líbano nem para visitar, e ninguém vai querer morar na Polônia ou na Romênia que no passado foram comunidades judaicas enormes

Os Judeus que foram expulsos de Recife em 1654 fundaram Nova York e eram chamados de Sefaradim, em 1824 Judeus vindos do Marrocos fundaram a Sinagoga de Belém e também eram chamados de Sefaradim.

Temos uma aparência Européia ou Árabe, mesmo sendo Judeus brasileiros, e essa é a marca registrada de que somos turistas em qualquer país onde vivemos, “Trade Travellers”, “Turismo de negócios”

Pensamos que tudo o que fazemos estamos fazendo para nós próprios, mas na realidade por trás de tudo está D’us causando nossas mudanças para que possamos elevar essas “Centelhas Divinas” espalhadas pelo mundo.

E assim fazemos todos os consertos, ”Tikunim”, que nossa Alma precisa fazer nesse mundo em um limite de viagens pré determinado.

Achamos que conseguimos um emprego melhor e subimos na vida, depois vamos para a China comprar mercadoria e voltamos para cá para vender a mercadoria, pensamos que somos espertos e lucramos!

Mas simplesmente é D’us que está causando tudo isso para que cada um possa elevar a sua parte do mundo, a parte que está na sua responsabilidade.

Por isso que sobre a saída do Egito está escrito que deixamos o Egito como uma armadilha sem isca, ou como as fossas oceânicas que não tem peixes

Ou seja, tiramos do Egito a “isca” espiritual que nos atraiu para lá que na verdade eram 210 “Centelhas Divinas” que elevamos lá, e o mesmo estamos fazendo aqui e agora!

Está esclarecido nos livros sagrados que como consequência da “Quebra dos receptáculos, conceito cabalístico que se refere a um fenômeno espiritual acontecido antes da criação do mundo, caíram 288 Nitzutzot, “Centelhas Divinas” nesse nosso mundo material chamado pela kabala de “o mundo do conserto”.

Nos anos da fome, na época em que Yossef era o vice rei do Egito antigo, pessoas de todas as terras trouxeram ao Egito dinheiro, ouro, prata e etc, e com esse dinheiro compraram trigo e mantimentos,e assim, por meio desse dinheiro Yossef o Tzadik reuniu no Egito essas Nitzutzot para que o povo de Israel pudesse elevá-las.

E realmente assim aconteceu, a maior parte delas se elevou, como está escrito “e também erev rav”.

A palavra “rav” tem o valor numérico de 202 representando 202 Nitzutzot matrizes. Sobraram ainda 86 Nitzutzot cujo valor numérico é equivalente a um dos nomes de D’us, “Elokim”, e também à palavra “natureza”, indicando que esse nome se refere à revelação Divina dentro da natureza, milagres revestidos em assuntos naturais.

A pergunta é: como em 210 anos elevaram 202 Nitzutzot e desde lá até hoje se passaram 3.333 anos e ainda não terminamos de elevar esses poucos 86 Nitzutzot que sobraram.

Está esclarecido nos livros da Torá oculta que depois da saída do Egito, aqueles poucos 86 Nitzutzot se dividiram, e por isso em todos os exílios pelos quais passamos e estamos passando, de uma maneira geral os judeus se locomovem atrás das “partículas” dessas “Centelhas Divinas” em todo o mundo.

No começo era na Ásia e no nordeste da África, na continuação foi a Europa e etc etc etc .Nos últimos tempos a tecnologia se desenvolveu e por isso nem sempre precisamos viajar para a China para elevar os Nitzutzot que estão lá mas por meio da importação de produtos “Made in China” facilitam esse assunto para nós judeus, e os Nitzutzot chegam até nós (como chegaram para Yossef no Egito) em forma de roupas, outros produtos e etc.

O Rebe de Lubavitch nos contou que já terminamos o trabalho do refinamento, esse trabalho de elevar os Nitzutzot, terminamos a parte geral obviamente, mas ainda deve ter sobrado para cada um de nós alguma coisinha pequena personalizada para elevarmos, e então imediatamente chega o Mashia’h que estamos esperando já há dois mil anos

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Pinchás

Ódio Gratuito:No começo da nossa Parashá D’us pede para fazer uma guerra contra Midian por eles terem abalado a estrutura do nosso povo recrutando um exército de mulheres para seduzir os jovens judeus e induzi-los à idolatria do Baal Peor causando 24.000 mortes em uma epidemia que surgiu como consequência disso

Essa guerra aconteceu há mais de 3260 anos. Por qual motivo temos que nos lembrar hoje que vencemos a guerra de Midian há tanto tempo atrás?A Torá tem um lado revelado que chamamos de “corpo da Torá” e um um lado oculto, “Alma da Torá”. O lado “corpo” dessa guerra aconteceu há mais de 3260 anos atrás mas o lado “Alma” dela acontece diariamente.Aqui na nossa Parashá estudamos no lado oculto da Torá o diagnóstico de uma “Klipá” (força espiritual negativa que atua no mundo) chamada de klipat Midian.Essa Klipá é a fonte espiritual do ódio gratuito que causou a destruição do segundo Beit Hamikdash, o exílio do nosso povo, e até hoje ela continua no nosso meio.Então não é por acaso que lemos essa Parashá nessa época em que o Beit Hamikdash foi destruído .A Torá já tinha nos contado sobre os meraglim (espiões) que contra a vontade Divina queriam que o povo ficasse no deserto estudando Torá para entrarem na terra de Israel mais preparados.Agora, depois de décadas de estudo, nosso povo se encontra com um exército de mulheres que vem nos seduzir.Como poderiam correr atrás da primeira mulher que vissem depois de estar quase quarenta anos estudando Torá?Essa é a consequência da Klipá que se provou resistente a estudos de Torá, à classe social e até à nível espiritual. Todos nós estamos sujeitos à ela, ela é a pior de todas as klipot.Características da Klipá de Midian1-Bilam o feiticeiro sabia que para D’us a pior coisa é a idolatria e a destruição do conceito familiar, relações ilícitas.Bilam não tinha motivo justo para aconselhar Balak, rei de Moav contra nós. Seu país (Midian) estava longe de nós e não estava nos nossos planos de conquista, e portanto o ódio dele por nós era “ódio gratuito”.

Ele viajou até Moav sabendo que Moav também não estava em perigo, para dar o conselho mais destrutivo do mundo em relação à nós. Ele estava “possuído” por essa klipáQuando essa Klipá nos contagia nos tornamos dispostos a fazer tudo para destruir. Ela desperta em nós o sentimento de destruição sem limites, sem motivo ou por um motivo muito pequeno, destruir gratuitamente.Como nos proteger dessa klipáNão nos deixando seduzir pela Klipá! Sempre que sentirmos motivação para entrar em uma briga e querer destruir nosso próximo a ponto de desejar até sua inexistência sabemos que ela se despertou em nós imediatamente temos que despertar nosso sistema imunológico espiritual (yetzer hatov) contra ela e tomarmos a decisão de não brigar, não dar palpites destrutivos e não “colocar lenha na fogueira” seja o que não for.As jovens de Midian justificaram seu comportamento como causa nobre e espiritual, e até princesas participaram dessa sedução em massa.

Cada uma levou com ela seu deuzinho, o Baal Peor, que foi apresentado como deus politicamente correto que apoiava o prazer e bem estar de seus adoradores e cuja adoração consistia em fazer as “necessidades” sobre ele demonstrando que não existe nada proibido no mundo contanto que isso te dê prazer

A mensagem dessa klipá é: “Se você se sente bem brigando com alguém, brigue!” Ela apresenta a destruição por meio de brigas e intrigas como causa nobre, politicamente correta e ainda com o apoio divino da idolatria

Como sabemos que isso é Klipá ? Pelas consequências ! Por mais nobre e politicamente correta que seja a causa, se a consequência dela é a destruição, aí a klipá se encontra.Então vamos abrir mão da legitimidade da briga olhando mais longe, vendo que se continuarmos uma briga todos sairemos perdedores.

No começo da briga ou da intriga já temos que mentalizar a paisagem da destruição do “pós briga” e do tempo necessário para reparar os prejuízos que ela causará e para curar os ferimentos que ela trará.

Vamos abrir mão dos prazeres descontrolados da briga que a klipá nos oferece para não morrer na peste espiritual que é a consequência desse tipo de prazer

Separação: Coisa boa ou coisa ruim ?

No primeiro dia da criação do mundo quando D’us criou a luz ele disse “Ki Tov”(Que bom)No segundo dia D’us criou a separação colocando limites entre os oceanos e as nuvens, uma separação extremamente necessária que sem ela não existiríamos, mesmo assim D’us não falou que era bom.

A separação pode ser uma coisa extremamente necessária, mas sendo que é uma separação coisa boa ela não é. Necessária sim, boa não!

Não seja “durão”

A Guemará em Guitim nos conta que um homem rico em Jerusalém fez uma festa. Seu amigo se chamava Kamtza e seu inimigo Bar Kamtza.

Ele pediu para seu shamash (“serviços gerais”, faxineiro, geralmente pessoa muito simples) chamar seu amigo Kamtza para a festa e o faxineiro por engano chamou seu inimigo Bar Kamtza.

O problema já teria que ser arquivado nesta etapa como ”erro de faxineiro”, coisa insignificante. Mas o homem que seu nome nem aparece na história se relacionou à isso com a maior gravidade.

Aí a klipá se revela! Ele usou sua autoridade para exigir a retirada do Bar Kamtza da sua festa, e o que seria uma possibilidade de reconciliação entre dois judeus vai acabar em uma guerra mundial.

Bar Kamtza foi durão e se recusou a sair oferecendo pagar pelo que comer e beber, o dono da festa foi durão e não aceitou, e aí klipá vai crescendo.

Bar Kamtza foi durão novamente e se recusou a sair oferecendo patrocinar metade da festa. O dono da festa foi durão e não aceitou.

Bar Kamtza foi durão novamente e se recusou a sair novamente, dessa vez oferecendo patrocinar a festa inteira.

O dono da festa foi durão e não aceitou, pegou o Bar Kamtza e o colocou para fora.

Os rabinos que estavam lá foram durões e não fizeram nada para acalmar os ânimos e a partir dessa etapa a coisa piorou até envolver o império romano causando a destruição do nosso Beit Hamikdash e um exílio que se estende por quase 2000 anos.

Na hora da briga cada um estava certo e tinha quem o apoiava, nenhum dos lados viu que o final não é a vitória mas sim a destruição de todos.

A única vitória verdadeira é quando nos controlamos e não brigamos, então vencemos e destruímos a klipá de Midian.

Com essa história nossos Sábios nos dão a dica de como vencer a klipá. Simples: não seja durão!

Os bastidores da destruição do Beit Hamikdash

O Beit Hamikdash foi destruído por causa de pessoas que aparentemente estavam com toda a razão como vemos na história de Kamtza e Bar Kamtza.Kamtza em aramaico quer dizer formiga, e se formiga já é uma coisa pequena, imagine o “bar Kamtza”(o filho da formiga).Nos indicando que por causa de uma “coisinha pequena” que foi vista como uma briga justa e necessária, causa nobre apoiada até pelo silêncio dos rabinos da época, tivemos um verdadeiro holocausto .

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Balak

Nossa Parashá nos conta que existiu em Midian, país de onde partiu Moshe para tirar nosso povo do Egito, um feiticeiro com poderes espirituais que se comparavam à Moshe Rabeino

Os poderes dele eram tão grandes que se Hashem (D’us) não fizesse um milagre e a maldição dele não se transformasse em bênçãos estaríamos em grandes apuros.

Porque Hashem deixou isso acontecer? Dizem nossos Sábios que Hashem permitiu que Bilam tivesse esses poderes para que os povos do mundo não falassem que se eles tivessem um profeta tão grande como Moshe o comportamento deles seria melhor.

O livre arbítrio

O motivo que Hashem deu para Bilam esses super poderes foi para que pudéssemos exercer nosso livre arbítrio e escolher entre Moshe e Bilam.

Para entendermos o que é livre arbítrio temos que voltar ao começo do mundo. Quando Hashem criou o homem, deu à ele um mandamento, e colocou no paraíso uma cobra (em forma humana).

D’us falou para Adam e Havá não comerem a fruta proibida e a cobra falou para sim comer. Aí começa a história do mundo e o objetivo da criação, nosso direito de escolher.

O livre arbítrio nos foi dado antes mesmo de termos qualquer má inclinação ou vontade de optar por algo ruim.

Na décima praga do Egito Hashem fez um milagre e todas as estátuas dos deuses egípcios derreteram com exceção de uma: o “Baal Tzafon”. Hashem pede para todos os judeus se reunirem em frente ao Baal Tzafon antes de sair do Egito.

Novamente o livre arbítrio, a opção de pensarem que se aquela estátua não desapareceu pode ser que foi ela que fez as dez pragas.

Quando D’us criou o mundo ele criou o Grand Canyon no Arizona onde parece que o Rio Colorado causou o surgimento do Canyon correndo sobre ele milhões de anos.

D’us criou o Grand Canyon já cortadinho e bonitinho nos seis dias da criação há 5778 anos atrás e o conservou inteirinho durante o dilúvio para termos o livre arbítrio de optar entre D’us ter criado o mundo há 5778 anos atrás ou o mundo existir por si só milhões de anos.

Se um cientista estivesse nos seis dias da criação do mundo e analisasse cada coisa no momento em que D’us a criou ficaria espantado!No primeiro dia, quando Hashem criou a luz ele diria : -Não pode ser que já existem bilhões de anos luz da terra até as estrelas se as estrelas ainda não existem!

No terceiro dia ele cortaria uma árvore que acabou de ser criada e diria que cada anel dela representa cem anos, não pode ser que essa árvore acabou de brotar!

No quarto dia quando Hashem colocou as estrelas no final dos bilhões de anos luz ele diria que a luz teria que sair da estrela e levaria bilhões de anos até chegar à terra e que não poderia estar lá antes delas.

Ele faria uma análise geológica das pedras e diria que essas pedras tem bilhões de anos! Ele veria que o Grand Canyon foi criado antes do Rio Colorado e que Adam e Havá não eram dois bebês recém nascidos.Ou seja, há 5778 anos atrás Hashem criou do nada pedras de milhões de anos, um mundo que aparenta ser muito mais velho do que realmente é.E porque Hashem fez assim?

Para termos o livre arbítrio! Para podermos ter nossa própria opção e escolher o bem por própria escolha, e consequentemente por próprio mérito receber um paraíso enorme por ter feito a escolha certa.Hashem faz o milagre e a maldição se transforma em benção.

A ciência tira conclusões se apoiando nos inúmeros detalhes vinculados à causa dos acontecimentos e determina que caso esses inúmeros detalhes se reúnam novamente nessas mesmas circunstâncias aquilo acontecerá novamente.

De vez em quando todas as inúmeras circunstâncias são opostas e mesmo assim aquilo acontece. Então eles atestam que existe alguém que dirige o mundo, e as pessoas têm mais facilidade para aceitar que por trás de tudo existe D’us.

A própria ciência traz estatísticas de que quem faz “Brit Milá” (circuncisão) está quilometricamente abaixo da média de doenças como HIV, que a mulher que guarda a pureza familiar está quilometricamente abaixo da média de doenças como câncer de útero, que quem come Kasher está bem abaixo da média de doenças causadas pela alimentação como o infarto.

Inventaram o smartphone nos dando acesso instantâneo para baixar 50.000 livros judaicos, e com “search” para encontrar o assunto que precisamos em cada um deles, e o que antigamente era privilégio de grandes Sábios agora está acessível à todos nós.Os cientistas não têm a intenção de defender ou divulgar o judaísmo, mas no mérito da ciência conseguimos evidenciar o judaísmo hoje mais do que nunca. Como diz a nossa Parashá, Hashem transformou a maldição em benção!

Lavan, Bilam, Naval

Todo o poder de Bilam, toda a sua força, estava na fala.Ele fazia feitiços por meio da fala, maldições por meio da fala, dava maus conselhos e fazia intrigas, tudo por meio da fala.

Na Parashá anterior estudamos que o principal da Alma de Kora’h era o lado ruim da Alma de Hevel (Abel).

No Shaar Hapsukim do Ari Zal em Parashat Kora’h consta que em Kora’h estavam 308 Almas do lado ruim de Hevel e isso era o principal da Alma dele. Posteriormente ele “pegou” o lado ruim da Alma de Caim.

Depois desse acontecimento Kora’h é visto como Alma de Caim até seu conserto e refinamento feito pelo seu descendente, o profeta Shmuel que também é ligado à raiz de de Cain.

O profeta Shmuel tirou seu antepassado Kora’h do inferno seguindo a regra judaica de que o mérito do filho serve para o pai, regra que inclui todos os antepassados.

Bilam também era o lado ruim da Alma de Hevel, mas em um aspecto diferente da Alma de Kora’h.

Diz o Sefer Haguilgulim do Ari Zal (livro das reencarnações) que Lavan, pai das nossas matriarcas, mesmo sendo “Lavan o ruim”, tinha poderes na fala, e quando Eliezer chegou à Haran e ele o recebeu com as palavras “Benvindo abençoado por D’us”, tirou Eliezer da maldição herdada de Ham e o transformou de amaldiçoado em abençoado. Posteriormente Lavan se reencarna e se torna Bilam

A fonte dos super poderes

O lado ruim de Hevel também tinha um pequeno aspecto de Kedushá (Santidade) porque quando o lado ruim é refinado e “expelido” para fora do lado bom leva com ele um pouco da Kedushá do lado bom, e por isso Bilam era profeta de alto nível e comparado à Moshe Rabeinu por causa desse lado bom que ainda tinha permanecido nele.

Essa comparação de nível também é causada pelo fato de tanto a Alma de Moshe quanto a de Bilam terem origem em Hevel e posteriormente estarem em Shet onde aconteceu o refinamento e a separação, indo o lado bom para Moshe e saindo dele o lado ruim que foi para Bilam. Esse era o aspecto espiritual comum entre Moshe e Bilam.

Reencarnação como mineral

D’us é a essência do bem e o que chamamos de castigo não é um castigo mas sim o refinamento da Alma. Todo o mal que Bilam fez foi por meio da fala e por isso, diz o Shaar Haguilgulim, ele se reencarnou como pedra.

A pedra não fala, e o sofrimento dessa Alma obcecada em falar coisas ruins quando reencarnada em mineral é enorme. Depois de passar por reencarnação em pedra, diz o Shaar Haguilgulim que Bilam se reencarna como Naval Hacarmeli, um judeu muito rico, descendente de Kaleb e portanto parente de David.

Os homens de David deram uma ajuda muito grande aos pastores de Naval, e quando Naval fez a grande festa da tosa do seu rebanho como se costumava fazer naquela época, David mandou uma delegação de seus homens para arrecadar fundos para as festas judaicas que iriam começar.

Nessa ocasião não só que Naval não participou com nada mas também fez uma horrível e incriminadora declaração contra o Rei David que o ajudou. David tinha sido ungido pelo profeta Shmuel para ser o novo rei Israel e Shaul desconfiava disso e queria assassinar David. A declaração de Naval contra David estava colocando ele e seus homens em perigo dando mais um pretexto para Shaul fazer um novo ataque.

Se Naval agradecesse pela grande ajuda que recebeu de David e desse essa Tzedaká que seria o mínimo de reconhecimento pelo trabalho que eles fizeram, esse apoio para as famílias necessitadas que protegeram seus rebanhos não só que não seria para ele um prejuízo mas seria até um investimento para as próximas vezes que precisasse dessa ajuda. E se fizesse isso também conseguiria consertar de maneira positiva o que fez de errado na reencarnação anterior.

O Rei David ouvindo os insultos de Naval relatados pelos pelos seus homens decidiu usufruir do seu direito de Rei Ungido de poder atacar a pessoa que se declarou contra ele e estava colocando ele em perigo.

David e seus homens só não colocaram isso na prática porque Avigail, esposa de Naval se encontra com ele no meio do caminho trazendo mantimentos e implorando para que ele deixe isso nas mãos de D’us, o que foi visto pelo rei David como uma grande sabedoria e inspiração Divina.

Diz o versículo que quando Avigail conta à Naval a consequência das suas palavras ruins “ele ficou como uma pedra”. Diz o Ari Zal que a linguagem do versículo nos revela que mesmo não nos lembrando da nossa reencarnação anterior, nossa Alma se lembra, e por isso ele teve essa reação. Inconscientemente ele se lembrou que por esse mesmo motivo ele era uma pedra.

Logo após esse acontecimento ele falece nos mostrando que quando a pessoa não faz o conserto da sua Alma de maneira positiva o conserto acontece por si só mas de maneira negativa.

Aprendemos da história de Bilam para o nosso dia a dia que Hashem nos protege das pessoas que nos amaldiçoam e transforma as maldições em bênçãos e por isso não precisamos nos preocupar mas sempre devemos confiar em D’us.

Aprendemos também que sempre devemos falar coisas boas e nunca falar coisas ruins, que Hashem pode resolver os nossos problemas de várias maneiras sem que você seja o bruxo ou a bruxa má da história. E aprendemos também que existe reencarnação em minerais.

Conclusão: de vez em quando é melhor ser uma pedra durante a vida e não falar coisas ruins do que ter que ser uma pedra depois da vida…. Então: vamos falar só coisas boas!

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Hukat

A Vaca Vermelha

O Baal Shem Tov nos ensinou que todos os mandamentos Divinos são eternos, porque a Torá é a revelação Divina e D’us é eterno.

A Torá é a sabedoria Divina que desceu ao nosso nível, como por exemplo um pai muito sábio que ensina ao filho mais velho uma sabedoria muito profunda.

Quando ele fala com o filho pequeno, a sabedoria profunda desce ao nível da criança aparentando ser uma coisa simples, mas por trás disso se encontra uma sabedoria profunda.

Assim também são os mandamentos Divinos, cada um tem por trás de si diferentes aspectos, muitas vezes desconhecidos.

O lado simples do mandamento Divino chamamos de “Pshat”. O Pshat é o jeito simples e específico de cumprir o mandamento na prática tendo muitos deles um local e tempo determinado que não é necessariamente “aqui e agora”.

No Pshat o mandamento pode acontecer poucas vezes como no caso da Vaca Vermelha da nossa Parashá, ou não acontecer nunca como no caso do ”ben sorer umore” que é um mandamento da Torá que nunca aconteceu e nunca acontecerá.

Mas todos os mandamentos Divinos tem um aspecto no qual eles são eternos e acontecem “aqui e agora” mas em outro nível. Um desses aspectos é chamado de ”Remez” (indicação).

Nossa Parashá nos conta sobre o mandamento da Vaca Vermelha, um mandamento que aconteceu na prática somente nove vezes em toda a nossa história e vai acontecer mais uma vez na época do Mashia’h

Esse mandamento tem uma característica interessante que é a de impurificar os puros e purificar os Impuros. Diz o Baal Shem Tov que o “Remez” desse mandamento é o orgulho.

Orgulho: qualidade ou defeito?

O orgulho é comparado à Pará Adumá, a Vaca Vermelha, ele purifica os impuros e impurifica os puros.

Quando uma pessoa se comporta de maneira incorreta ele está distante de D’us, e para conseguir sair dessa impureza a pessoa deve se encher de Orgulho. Ter orgulho de cada mandamento que cumpre, de cada Tzedaká que dá, sentir que faz algo por D’us e que agora D’us está em dívida com ela e vai dar para ela um paraíso enorme.

Mas aí ela chega à uma etapa aonde se acomoda e acha que já fez até demais. Nessa hora o orgulho que serviu para ela crescer faz ela se acomodar. Se torna uma barreira, se torna um um bloqueio. De purificador vira impurificador!

Sendo que nessa etapa o orgulho deixa de ser um remédio e se torna um veneno, deve ser eliminado. Para eliminá-lo a pessoa deve se lembrar que toda a Tzedaká que deu foi somente parte do que Hashem deu para ela, ainda mais, foi a parte pequena da benção Divina que ela recebeu.

E todos os mandamentos Divinos que ela cumpriu foram com a força e saúde que Hashem deu para ela, e ainda mais, foi somente com um pouquinho dessa energia que recebeu de Hashem. Descobre que ela era somente uma criança pequena segurando a direção do carro do papai e achando que estava dirigindo.

Aí o Yetzer Hará que é a nossa má inclinação, pode falar para ela- : Viu ! Você nunca fez nada! Você é uma incapaz! Ou sugerir para ela uma falsa humildade dizendo:- Quem é você para fazer alguma coisa?

Dessa maneira o “yetzer hará” tira dela a auto estima e a derruba para baixo para que ela deixe de cumprir os Mandamentos Divinos achando que tudo o que ela faz não tem nenhum valor lá em cima.

Aí o orgulho é novamente necessário para fazer ela subir, e agora que ela já está cumprindo os Mandamentos Divinos, ela toma a decisão de acrescentar na qualidade, caprichar mais nos Mandamentos, estudar mais Torá, subir de verdade!

Agora ela se sente verdadeiramente alguém importante lá em cima!

E nessa hora que ela chegou à um nível mais elevado e parou de subir, o orgulho se torna novamente um veneno. Ela se sente dona da razão, reage com crueldade, de maneira desproporcional e fora de controle à qualquer mínimo ataque feito à ela ou ao que ela represent.

Achando que quando atacada, em legítima defesa pode massacrar quem a atacou, principalmente quando se trata de um assunto religioso no qual ela tem razão. Se esquecendo totalmente que as palavras dos sábios são ouvidas com tranquilidade, e principalmente ditas com tranquilidade. Novamente o orgulho faz com que ela volte a ser impura e tem que ser eliminado.

Conclusão:

O orgulho em relação ao nível superior que devemos alcançar é indispensável, sem ele não chegamos lá, mas em relação ao nível que já foi alcançado é destrutivo.

Por isso não temos que olhar para trás, para o que já fizemos, mas sim para frente, para o que podemos fazer melhor. Porque sempre em relação ao nível superior o orgulho é um vento à nosso favor!

Nossa Parashá nos conta, entre muitos assuntos interessantes, que D’us pede para Moshe pegar “o cajado”, reunir o povo, falar com uma rocha na frente de todos e dela vai sair água para o povo inteiro.

No começo da história da saída do Egito, quando Hashem (D’us) se revelou à Moshe no monte Sinai na ocasião do ”arbusto incandescente” e pediu para ele tirar nosso povo do Egito, Moshe estava com esse cajado.

Nessa ocasião Hashem pede para ele jogar o cajado no chão e ele vira uma serpente. Moshe pega a serpente e ela volta a ser cajado. Hashem diz para ele levar esse cajado para o Egito e com ele fazer os milagres.

Agora, próximos à conclusão da história da saída do Egito, próximos à entrar definitivamente na terra prometida depois de ter ficado no deserto por quase quarenta anos, Hashem pede para ele pegar “o cajado” e falar com a rocha.

Qual é a importância tão grande desse cajado que na nossa Parashá ele é chamado por Hashem simplesmente de “o cajado ?

O cajado de Moshe 

Rabi Levi no Midrash nos conta que esse cajado foi criado no sexto dia da criação do mundo “bein hashmashot”, depois do pôr do sol mas antes de saírem as estrelas, horário que não é nem dia e nem noite em que o que foi criado nele era meio material e meio espiritual.

Esse cajado foi dado para Adam Harishon (o primeiro homem) no Gan Éden (paraíso). Adam deu ele para Hano’h que o deu para Noa’h que o deu para Shem que o entregou à Avraham Avinu, o primeiro dos nossos patriarcas.

Avraham o deu para Itzhak, Itzhak o deu para Yaakov que o levou ao Egito e o entregou à Yossef.

Quando Yossef faleceu, tudo o que havia na sua casa foi levado ao palácio do faraó, inclusive “o cajado”. Ytró era um dos assessores do Faraó. Ele viu que esse cajado tinha letras hebraicas, e mesmo sendo ele um dos grandes sábios dos povos da época, aquelas palavras ele não conseguiu decifrar.

Quando ele se demitiu do Faraó, pegou aquele cajado e o levou para Midian. Enfiou ele na terra do jardim de sua casa e não conseguiu mais arrancar ele de lá. Sempre que alguém pedia sua filha Tzipora em casamento ele colocava como condição arrancar aquele cajado do chão, mas por mais forte que fosse o pretendente ninguém conseguiu arrancar o cajado (olha de onde os ingleses copiaram a lenda do rei Arthur).

Quando Moshe fugiu do Egito e chegou à casa de Ytró, leu o que estava escrito no cajado, tirou ele do jardim e se tornou o genro de Ytró. Diz o Zohar que nesse cajado estava lapidado o nome explícito de Hashem dos dois lados e representava dois tipos diferentes de atuação Divina no mundo, um lado despertaria a Hessed (bondade) e a Guevurá (severidade) e o outro lado despertaria Guevurá com Guevurá para  quando fosse necessário.

Por isso nas pragas do Egito aparece a linguagem “incline seu braço”, se referido ao braço esquerdo, o lado da Guevurá. Diz o Zohar que esse é o motivo pelo qual Hashem pediu para Aharon jogar o cajado dele na frente do Faraó.

Tanin – cobra ou crocodilo?

Naquela ocasião o cajado de Aharon se transformou em “tanin”, e voltando a ser cajado comeu os cajados dos feiticeiros do Egito que tinham se transformado em “taninim”. Nesse caso a palavra “tanin” é traduzida por Unkelus como “tanina” e não como “hivei” que quer dizer cobra em aramaico.

A palavra “tanin” em árabe, idioma mais próximo ao aramaico, quer dizer dragão.Tanto Rashi na sua explicação quanto Rabi David e seu filho Rabi Yehiel Altshuler que escreveram o livro Metzudat Tzion que traduz as palavras difíceis do Tanach, traduzem tanin como cobra em todos os lugares do Tanach aonde essa palavra aparece nesse sentido (Fora as vezes que essa palavra se refere à um peixe puro gigantesco, e lá eles traduzem como peixe e não como cobra)

O que eles têm em comum era o fato de terem vivido na Europa que naquela época não tinha crocodilos como atualmente nos zoológicos. O dicionário de hebraico traduz tanin como crocodilo sem conseguir explicar exatamente onde essa tradução começou.

Levando em consideração a tradução de Unkelus e também analisando um versículo de Yehezkel 29/3 onde ele cita o exibicionismo do faraó comparando lá o faraó a um grande “tanin” agachado confiantemente dentro do seu rio, que lembra mais a prepotência de um crocodilo do Nilo agachado dentro da água do que de uma cobra que caiu na água.

Chegamos à conclusão de que o “tanin” é um crocodilo mesmo, e que Rashi não teria outro jeito de explicar para uma criança de cinco anos na Europa há mais de novecentos anos atrás o que é um crocodilo a não ser dessa forma.

Sendo assim,tanto o cajado de Aharon quanto os cajados dos feiticeiros do Egito nessa ocasião se transformaram em crocodilos e o cajado de Aharon voltando a ser cajado comeu os crocodilos dos feiticeiros demonstrando uma força superior à deles que pode atuar em nível de cajado, inferior aos crocodilos e mesmo assim comer os crocodilos, e por isso eles se assustaram.

Mas era o cajado de Aharon tinha que fazer isso e não o cajado de Moshe, porque Hashem não queria impurificar seu nome lapidado no cajado de Moshe quando o cajado engolisse os feitiços.

Diz o Zohar que outro motivo de que naquela ocasião obrigatoriamente teria que ser o cajado de Aharon era para subjugar todos aqueles que eram do lado esquerdo, “Guevurá”, porque Aharon era o Cohen, “homem da bondade”, nas Sefirot a Hessed, “lado direito” que subjuga a Guevurá que é o lado esquerdo.

Diz o Zohar que Hashem quis que seus nomes lapidados no cajado fizessem os milagres, mas quando Moshe bateu com ele na pedra duas vezes Hashem disse para ele que não era para isso que ele tinha esse cajado.

A Torá nos conta que esse é o motivo que Moshe não entrou na terra prometida, publicando a grandeza de Moshe que não teve outro motivo a não ser esse motivo tão pequeno.

Diz o Rebe de Lubavitch que aprendemos com o cajado de Moshe uma coisa muito importante:

Nesse mesmo cajado que estavam lapidados os nomes das nossas seis matriarcas e seus doze filhos que deram origem ao povo de Israel, ao mesmo tempo estavam lapidadas nele em forma de iniciais as dez pragas que eram o nível mais baixo da atuação Divina, a revelação Divina em forma de pragas que aconteceram no Egito, país mais depravado do mundo.

E nesse mesmíssimo cajado estava lapidado o nome mais sagrado de Hashem, o mais importante dos sete nomes de D’us que não podem ser apagados, o nome que se refere à “essência Divina”, e quando nos unimos à um pouco da essência Divina nos unimos à ela inteira.

Diz o Baal Shem Tov que a Divina providência não recai somente à assuntos globais, mas Hashem se relaciona à menor coisa do mundo da mesma maneira que se relaciona à maior coisa do mundo. E não só à menor coisa como também a menor das menores, porque o menor detalhe completa a mais suprema perfeição da intenção Divina.

Mesmo sendo Hashem o Todo Poderoso, Ele está cuidando de cada detalhe de uma criança pequena nesse mundo, e até de coisas ainda menores como uma folhinha que cai de uma árvore. A Divina Providência está acompanhando essa folhinha e determinado quantas voltas ela vai dar, e se vai ser por meio do vento ou de outra forma.

Vimos no comportamento do Baal Shem Tov esses dois extremos. Por um lado ele revelava aos seus alunos os segredos mais profundos da Torá, e junto com isso ele conversava com as pessoas mais simples sobre os assuntos mais simples da Torá e das Mitzvot, e ele próprio ensinava as crianças pequenas a falar o Amém do Kadish.

Aprendemos daqui que por mais que estejamos ocupados com assuntos importantíssimos temos que nos ocupar da mesma maneira com assuntos de Torá e Mitzvot que parecem para nós muito pequenos, se até Hashem faz assim, quanto mais nós!

Diz o Midrash que o cajado de Moshe chegou até o rei David, dele passou para os reis da Judéia, e na destruição do primeiro Beit Hamikdash ele desapareceu.

Mas esse mesmo cajado que estava nas mãos de Moshe vai estar nas mãos do Mashia’h, e com ele o Mashia’h vai tirar o povo de Israel do Galut.

 

🌻🌻🌻

Kora’h

Nossa Parashá começa com as palavras “E pegou Kora’h”.

Nossos sábios analisam essa linguagem dizendo que ele ”pegou uma mercadoria ruim”

E aparentemente por causa da continuação da história onde Kora’h faz uma revolução inteira contra Moshe, a “mercadoria ruim” provavelmente seria a Ma’hloket (fazer intrigas e causar brigas)

Ou seja,  ele pegou uma “mercadoria” que se compara à uma maçã podre que apodrece as que estão próximas a ela.

Kora’h pegou a “Ma’hloket” e contaminou com ela todos os que estavam geograficamente próximos à ele.Mas como dissemos, tudo isso é aparentemente.

O Ari Zal diz que por trás da expressão dos nossos Sábios está um assunto muito mais profundo.

Moshe Rabeinu era a reencarnação do lado bom da alma de Hevel (Abel) e toda a geração do deserto são ramificações da alma de Moshe.Todos fora um: Ytró, que era a parte boa da alma de Cain.

Ytró trouxe Tzipora para Moshe e se converteu ao judaísmo fazendo o “Tikun” (o conserto) do lado bom da alma de Cain.Kora’h era a reencarnação do lado ruim da alma de Hevel (Abel)

Ou seja, a parte da alma de Hevel que foi mais afetada pela mistura espiritual entre o bem e o mal causada por Adam Harishon.

Mesmo vindo Kora’h de uma linhagem privilegiada dentro de uma tribo privilegiada e mesmo tendo ele estudado muita Torá, por meio de suas más ações ele recebeu uma encarnação em vida do lado ruim da alma de Cain.

D’us não  dá para alguém um trabalho que ele não tenha recebido as forças para fazê-lo, e ao contrário de Ytró que não nasceu judeu mas nasceu em uma família idólatra e fez todas as idolatrias tendo que se esforçar ao extremo para se tornar um bom judeu

Kora’h já nasceu um judeu religioso e de linhagem privilegiada todo o teste dele nesse mundo era só o de não jogar fora tudo o que recebeu e assim seriam consertados por ele os lados ruins das Almas de Cain e Hevel elevando ele aos mais altos níveis

As almas de quase todo o povo de Israel eram ramificações da alma de Moshe e por isso de maneira natural Moshe era o líder do nosso povo e não outro.

A Torá é um remédio para a nossa Alma, mas existem pessoas que conseguem transformar ela em um veneno

Dizem nossos Sábios que a Torá é um remédio para a nossa Alma, mas a mesma Torá pode ser um veneno se a pessoa que a estuda causar isso.

A mesma Torá que  foi o remédio que tirou Ytró da idolatria, essa mesma Torá nas mãos de Kora’h se tornou um veneno que contaminou duzentas e cinquenta pessoas, e se não fosse o milagre da terra se abrir contaminaria o povo inteiro

A Alma de Cain, por não ter sido refinada por Kora’h acrescentou maldade à maldade dele causando com que ele se revoltasse contra Moshe e influenciando vizinhos estudiosos a fazer igual, “envenenando” a Torá deles também.

Porque a terra tinha que se abrir

Quando Ytró ouviu que os egípcios afundaram no mar vermelho ele disse:

Agora eu sei que Hashem é maior do que todos os ”deuses”, porque o que eles fizeram (afundaram as crianças judias no Nilo) aconteceu para eles!

Aprendemos com Ytró que quando a pessoa não faz o “Tikun” de uma maneira positiva (como fez Ytró) o Tikun acontece de maneira negativa, o que a Torá chama de “midá knegued midá”

Ou seja, “o que eles fizeram acontece para eles ”Por isso Moshe disse para eles:- “Se essas pessoas morrerem como qualquer pessoa não foi D’us que me mandou, mas se a terra se abrir…etc”.

Terminando de falar essas palavras a terra se abriu e Korach com todos os seus cúmplices foram absorvidos por ela.Isso era o “midá knegued midá” de Cain e Hevel.

Cain matou Hevel por vaidade e a terra se abriu para receber o sangue de Hevel, agora Kora’h, a reencarnação de Cain , por vaidade tenta matar Moshe classificando ele como falso profeta, e a terra se abre para receber Cain e seus cúmplices, “midá knegued midá”.

Conclusão:

Aprendemos com Kora’h a não ser como Kora’h!

Aharon Hacohen era o contrário de Kora’h. Toda a vida se dedicou a fazer as pazes entre as pessoas e entre maridos e mulheres  mesmo que para isso tivesse que ser “aparentemente” um pouquinho menos “religioso” do que Kora’h, falando de vez em quando uma ”mentirinha” para fazer as pessoas se reconciliarem.

A Torá diz para ficarmos longe da mentira, mas Aharon Hacohen era o médico especialista que sabia dosar a mentira na dose correta transformando o veneno em remédio enquanto que Kora’h conseguiu transformar a Torá que é o remédio para tudo em um veneno mortal.

Hashem fez o cajado de Aharon florir e dar frutos mostrando que essa pessoa que transformou corações duros em flores e frutos de reconciliação ele tem que ser o Cohen Gadol, ele que é o escolhido por D’us !

🌻🌻🌻

Shlah

Nossa Parashá nos conta que, atendendo aos pedidos do nosso povo, Moshe manda 12 espiões para verificar a terra prometida antes da conquista.Moshe pede para eles verificarem se os povos da terra são fortes ou fracos, e  dá uma dica de como verificar isso:

Dica de Moshe Rabeinu : Muralhas altas são sinais de fraqueza!

Moshe Rabeinu deu um sinal para os espiões: “Se as cidades não tem muralhas é sinal de que seu povo é forte, confiam na própria bravura.Mas se elas têm muralhas, isso é sinal de fraqueza, não confiam na própria capacidade de se defender” Porque Moshe precisou dar esse sinal? Porque a natureza humana é de generalizar.Quando você vê uma cidade com uma grande muralha você acha que o povo dentro dela é muito forte e tudo lá dentro segue esse alto padrão, mas o contrário é o certo! Uma grande muralha demonstra a fraqueza do povo que vive por trás dela. A Torá é eterna e essa dica de  Moshe Rabeinu é atual também hoje, e até em relação à nós !Se no nosso dia a dia somos “divas inacessíveis” e construímos uma enorme muralha à nossa volta,  estamos simplesmente expressando nossa própria fraqueza!Quando aprendemos um pouquinho de judaísmo não devemos nos fechar para proteger o que sabemos, mas ao contrário! Devemos compartilhar o pouquinho que sabemos com outros judeus que nem esse pouquinho sabem.

O erro de avaliação dos espiões

A Parashá nos conta que os doze espiões voltaram depois de quarenta dias. Dez deles opinaram que os povos da terra são muito fortes, o rio Jordão é muito fundo…etc etc etcEles se impressionaram com as muralhas das cidades e contaram que elas eram muito grandes esquecendo totalmente de que isso é um sinal de fraquezaNo final deram sua própria avaliação que era a de não termos a capacidade de conquistar a terra, se esquecendo de mais uma coisa:De que eles foram mandados para nos dar um relato sobre a terra e não uma opinião própria de sermos ou não sermos capazes de conquistá-la!

Kaleb – um espião com uma visão diferente

Aprendemos com Kaleb que quando observamos um lugar não temos que procurar nele problemas mas sim soluções!

Os espiões eram pessoas importantes e influentes e a eficiência deles era reconhecida por todos.

Kaleb também aparentava pertencer a essa estrutura e a essa “mentalidade”.

Ele começou a falar como se fosse “mais um” que aparentemente iria acrescentar mais alguma dificuldade, mas ao contrário dos outros, revela que podemos conquistar a terra e ainda com facilidade.

Kaleb lembra ao povo que Moshe abriu o mar vermelho e que fez milhões de aves aterrizarem no acampamento e virarem “frango assado”

Kaleb era visto pelo povo como alguém tão qualificado como os outros, e por isso era esperado dele relatar de maneira profissional e objetiva o que viu na terra prometida, mas aparentemente seus relatos não tinham nada a ver com sua missão.

Os outros espiões contaram sobre o que espionaram e Kaleb contou sobre os feitos anteriores de Moshe.

Qual era a lógica de Kaleb?

Para entender os argumentos de Kaleb vamos imaginar esse mesmo caso em uma situação atual.

Imagine um almirante de um porta aviões americano próximo a uma ilha desconhecida no oceano Pacífico mandar um barquinho com os mais altos oficiais do porta aviões para inspecionar a ilha

Na volta eles dizem que não temos capacidade de anexar essa ilha aos Estados Unidos por ela ter cinco mil índios enormes, cada um com cinco arcos e cinqüenta flechas.

Nessa hora um deles diz:- Pessoal, antes de sairmos da Califórnia o almirante carregou esse navio com mísseis, aviões, helicópteros e canhões, vai ser muito fácil conquistar essa ilha!

Será que algum dos espiões retrucaria dizendo :- você não está sendo nada profissional, você foi mandado para ver o que tem na ilha e não para falar sobre o equipamento que foi colocado no navio?

Isso foi o que fez Kaleb

Lembrou à todos que Moshe abriu o mar vermelho para o nosso povo passar, e o que é um rio Jordão para quem já abriu um mar?

Que Moshe fez aterrizar no acampamento milhares de aves que a natureza delas era voar para cima e não descer para baixo, e o que é para ele uma muralha de pedras que já tem a natureza de afundar no chão?

E assim foi. Quarenta anos depois quando o povo de Israel entrou na terra prometida, o rio Jordão se abriu e as muralhas de Jerichó afundaram na terra.

Aqui vemos o profissionalismo de Kaleb. Claro que ele acreditava no total poder de Hashem que poderia fazer o rio Jordão desaparecer e as muralhas de Jeri’hó saírem voando por aí, mas o raciocínio lógico dele foi profissional e realista:

Ele listou os milagres que já tinham acontecido e concluiu:

Se Moshe já tinha feito milagres tão grandes, o que seria para ele fazer milagres menores?

Conclusão: Cada um de nós já passou durante a sua vida por verdadeiros milagres.

Aprendemos com Kaleb que sempre temos que ter em mãos a lista de todos os milagres que nos aconteceram e usá-la como base para o nosso dia a dia

Não olhar para as dificuldades que temos à frente mas sim para os milagres que temos atrás, nos lembrando a cada instante que Hashem está cuidando hoje de cada um de nós com o mesmo amor e carinho que sempre cuidou de nós no passado.

E como Kaleb que no mérito desse raciocínio correto, mais futuramente entrou na terra prometida, cada um de nós exercitando dia a dia esse tipo de raciocínio vai receber de Hashem tudo o que precisar

Como uma mãe não esquece o seu nenê no supermercado Hashem também não se esquece de nós, e o amor que Hashem tem por cada um de nós é infinitamente maior do que uma mãe tem pelo seu próprio nenê.

Mas de nós é exigido fazer a nossa parte, como Kaleb que no mérito disso recebeu a cidade de Hebron.

Isso se chama “Bitahon”, mais do que uma simples confiança, uma segurança. Não temos como pensar errado e receber o certo, temos que pensar certo, ter plena segurança em Hashem, e aí os milagres acontecem!

O Rebe de Lubavitch sempre deixou claro que nós somos a geração da redenção final e estamos prestes a entrar em uma era onde tudo vai ser bom

Todos os sinais que os nossos sábios deram sobre essa última geração aconteceram e não há dúvida nenhuma que Mashia’h está bem próximo.

Então, mais um pouquinho de Bitahon e no lugar de remediar todo dia um mundo crônico entramos imediatamente em um mundo melhor, em uma nova era!

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Behaalotchá

Nossa Parashá nos conta um fato muito interessante. Tzipora, esposa de Moshe Rabeinu deixou vazar um desabafo que daria a entender de que seu marido, por ser um profeta, não tinha mais tempo para ela.

Aaron e Miriam também eram respectivamente profeta e profetiza e mesmo assim tinham tempo para viver com seus cônjuges.

Moshe era o irmão mais novo deles e eles contestaram o comportamento de Moshe achando que todos os profetas são iguais e Moshe não é exceção.

Quase que eles tinham razão!

Mas…nessa hora Hashem se revela para os três, Moshe Aharon e Miriam, e mostra para eles que existem níveis diferentes de revelação profética.

Essa passagem aparece em uma linguagem exclusiva que é explicada pelo Zohar e pela Guemará :

A profecia não é somente uma informação Divina mas para ela acontecer ela tem que se incorporar no mundo causando uma transformação nele.

Para a profecia se incorporar no mundo ela tem que primeiramente ser incorporada pelo profeta e por meio dele ela se reveste no mundo material causando a mudança da natureza naquele assunto específico que foi profetizado.

A revelação e incorporação da profecia para Moshe Rabeinu era direta, como alguém que olha por uma janela de vidro transparente e vê claramente o que há do outro lado, uma profecia clara e objetiva, na linguagem dos nossos Sábios “Aspaklaria Meirá” (vidro transparente)

A revelação da profecia para todos os outros profetas é oculta e indireta, um nível mais baixo, e também levando em consideração a capacidade do profeta de incorporá-la .

Nesse caso ela acontece por meio de visões e sonhos, por meio de exemplos e enigmas, como alguém que olha para um espelho que reflete a imagem e não está vendo ela diretamente mas sim um reflexo dela que tem que ser decifrado, na linguagem dos nossos Sábios “Aspaklaria Sheeina Meirá” (um vidro que não é transparente)(Algumas palavras no aramaico da Guemará tem origem no latim por causa da colonização romana em Israel, provavelmente a palavra aspaklaria vem de “specularia” que em latim é o vidro da janela)

No contexto da profecia existem alguns critérios 

A Revelação Divina só acontece em um lugar adequado, em um ambiente adequado e sobre uma pessoa adequada para recebê-la, e também tem que ser de acordo com o nível que o profeta pode incorporar senão ele não sobrevive à própria profecia

O profeta Yoná (Jonas) tentou fugir para o “lugar inadequado”, ou seja, para fora da Terra Santa, para que a profecia em relação à Nínive não descesse ao mundo por meio dele

Nahar Kvar, o rio que “já foi”

O profeta Yehezkel recebeu sua profecia na Babilônia, lugar inadequado, como ele próprio diz :- “e eu estou dentro da Golá (exílio) sobre o rio Kvar

Explica Rashi que dentro da “Golá” quer dizer fora da terra de Israel

Diz o Zohar que se não fosse o próprio acontecimento comprovando que isso aconteceu não saberíamos que isso poderia acontecer

A Guemará no tratado de Moed Katan nos conta que a profecia não paira sobre o profeta fora da terra de Israel e explica que quando o profeta Yehezkel diz que estava no rio “kvar” na Babilônia ele está indicando assim que a profecia dele já tinha começado antes

A palavra kvar quer dizer que já foi ou já estava, nos indicando que essa profecia já começou a acontecer antes, na terra de Israel (essa é a segunda explicação de Rashi lá)

Rashi explica essa passagem da Guemará também de outra forma, que a palavra kvar (já foi) quer dizer que a profecia do profeta Yehezkel mesmo sendo desde o começo fora da terra de Israel, “já foi” mas não será mais dessa forma

Diz o Zohar em Le’h Le’há que aquela profecia aconteceu na Babilônia naquela ocasião porque o povo de Israel precisava dela naquela hora por causa do sofrimento que eles estavam passando

Dessa linguagem entendemos que o Zohar não opina como Rashi mas sim que a profecia pode acontecer às vezes, quando necessário, fora da terra de Israel, principalmente por causa dos sofrimentos do nosso povo.

E até Rashi que diz que o profeta Yehezkel não teve outra profecia porque estava fora da terra Santa, não determina que isso está impedido de às vezes acontecer

Da linguagem do Zohar em Ytró vemos que ele opina que a profecia pode acontecer fora da terra de Israel também de maneira fixa para comunicar ao povo as palavras Divinas

O Rambam nos trás a lei na prática, e aparentemente ele opina como o Zohar em Ytró, sendo que o Rambam abrange todos os detalhes sobre o assunto das profecias mas omite o fato de que estar na terra de Israel seja uma condição (Rambam Hil’hot Yessodei Hatorá)

Avraham Avinu, nosso primeiro patriarca era a pessoa adequada no lugar adequado, mas Lot estava morando ao lado dele e se comportando como em Sodoma, fazendo com que o ambiente ficasse inadequado .

Hashem se revelou para Avraham naquele mesmo lugar somente depois que Lot saiu de lá e foi morar em Sodoma, e o ambiente de Avraham voltou a ser adequado.

Mesmo assim a profecia era somente no nível que ele tinha a capacidade de incorporar.Yaakov Avinu, nosso terceiro patriarca teve uma revelação profética quando fugiu de Essav.

Essa revelação foi por meio de um sonho que é o nível mais baixo do recebimento de uma profecia.

Diz o Zohar que o motivo disso foi o fato de Yaakov ainda não estar casado, e mesmo estando em Beit E-l, lugar adequado, ainda não era a pessoa totalmente adequada por estar solteiro.

Depois que ele se casou em Haran, teve uma revelação profética novamente por meio de sonho, aí ele já era a pessoa adequada mas o lugar, Haran na Síria, fora da terra de Israel, não era adequado e por isso o nível da profecia foi o mais baixo.

Quando ele voltou casado, para a “Terra Santa”, a revelação profética já aconteceu para ele estando acordado e por meio de uma visão.

Mas ela ainda era no nível dos patriarcas, não tinha chegado ao nível de Moshe, e mesmo assim diz o Zohar que esse nível só foi alcançado porque seu pai Itzhak já havia falecido, mais um critério na profecia

Enquanto um profeta está no mais alto nível possível da sua época outro profeta não tem como acessar à esse nível.

Diz o Zohar que Moshe teve o maior de todos os níveis​ de profecia, ele incorporava a revelação profética para trazê-la ao mundo diretamente, em pé e com toda a sua força e energia, via a revelação claramente.

Diferente dos outros profetas que na hora de incorporar a profecia caíam sobre suas faces, enfraqueciam e não tinham a capacidade de incorporar a profecia claramente.

E qual era o motivo dessa fraqueza? Diz o Zohar que era pelo fato de o “anjo de Essav” ter ferido a perna de Yaakov e Yaakov ter saído mancando desse acontecimento.

Espiritualmente o anjo ”sugou” a força das pernas de Yaakov causando com que depois disso nenhum profeta conseguisse incorporar, trazer para esse mundo a profecia do que Hashem vai fazer para os “Bnei Essav”, e se a profecia não descesse ela não aconteceria(de acordo com Don Itzhak Abarbanel os Bnei Essav são os povos da Europa e suas ramificações coloniais)

Somente o profeta Ovadiahu (Abadias), um profeta que originalmente se converteu ao judaísmo e era proveniente de Edom que eram os descendentes diretos de Essav conseguiu incorporar a profecia do final dos Bnei Essav

Porque sobre ele o assunto espiritual do anjo de Essav não recaiu pelo fato de ele ser um “guer” dos Bnei Essav. Ele pôde incorporar claramente a profecia do final de Essav e não enfraqueceu, e nenhum outro profeta pôde incorporar isso.

Moshe é a excessão de todas essas regras por estar em um nível tão alto que poderia incorporar claramente qualquer revelação sem enfraquecer.

Diz o Zohar que Moshe recebia a profecia em um nível de Sefirat HaTiferet de Atzilut , nível espiritual que nenhum profeta teve acesso

Diz o Ari Zal que o Mashiach vai ser a reencarnação de Moshe Rabeinu e vai revelar para todos nós as maravilhas ocultas da Torá.

Tzaraat, o castigo para quem faz um erro de suspeita 

A Parashá nos conta que Miriam, por ter falado de Moshe ficou “metzoraat” como neve por uma semanaA tzaraat não é um tipo de lepra, não é uma doença mas sim uma manifestação espiritual

Don Itzhak Abarbanel nos conta que se a tzaraat fosse doença a Torá pediria para encaminhar o portador dela para o médico sendo que a Torá deu permissão, ou seja, deu uma força espiritual para o médico curar, e no caso da tzaraat a pessoa não é levada para o médico em nenhuma etapa mas é feito um diagnóstico pelo Cohen (o sacerdote) e no final um ritual religioso.

A fonte desse erro de tradução que entrou na nossa cultura são os padres portugueses que traduziram a Torá na idade média, e vendo que está escrito “metzoraat como neve” traduziram erroneamente a tzaraat como lepra

Don Itzhak Abarbanel também nos conta que se a tzaraat fosse doença ela seria encontrada em seres humanos, e o fato da mesma manifestação aparecer igualmente nas roupas, nas paredes e nas pessoas é mais uma prova de que ela é um assunto espiritual e não um tipo de lepra

Em algumas traduções da Torá esse erro já está corrigido e a maior dificuldade em corrigí-lo é assumir que isso é um erro que erramos sessenta anos em seguida, mas “antes tarde do que mais tarde”!

Aprendemos daqui que se até Miriam a profetiza fez um erro de avaliação em relação à alguém tão próximo à ela como o próprio irmão, quanto mais nós que estamos longe de estar no nível dela

Então o certo é sempre nos apoiar no ”benefício da dúvida” e julgar o nosso próximo de maneira positiva, e mesmo quando não temos a mínima dúvida temos que saber que talvez o fato de não termos dúvida é por nossa falta de informação, como foi no caso de Miriam

Então, com o benefício da dúvida ou até mesmo quando não há dúvida nenhuma temos que julgar o nosso próximo somente de maneira positiva e assim também seremos julgados lá em cima

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Nassó

Quando a Torá nos ensina uma regra , se há alguma exceção ela tem que estar na própria Torá.

A Torá nos ensina a proibição de apagar o nome de D’us, e aqui na nossa Parashá ela traz a exceção.

Não só uma permissão para apagar o nome de D’us mas uma obrigação de apagá-lo em um certo caso que a Torá especifica.

E o que seria tão importante para a Torá justificar uma coisa dessas?O “Shalom Bait”! (harmonia familiar)

É permitido apagar o nome de D’us para salvar um casal do divórcio!

Daqui vemos a grandeza do Shalom Bait na Torá.

Poderíamos imaginar que uma permissão para apagar o nome de D’us, fazer uma coisa tão grave, seria possível somente em casos raros e específicos. Mas não!

A Torá nivela por baixo. Ou seja, a Torá está permitindo isso para salvar o Shalom Bait de uma mulher que estava sendo assediada por alguém e o marido disse para ela não se trancar com o suspeito.

Imagine uma situação assim: Um belo dia (ou uma bela noite) o marido chega de viagem, bate na porta, e quem destranca a porta por dentro?………”o suspeito”!

E a mulher aparece para justificar que esse mês ele não tinha onde dormir……então veio dormir em casa!

O marido com razão suspeita que algo tenha acontecido e quer divórcio!

Ele leva ela para o Beit Hadin (tribunal rabínico), ela diz que não traiu e o Beit Hadin não tem como verificar

Consequentemente o Beit Hadin não pode tomar uma decisão, sendo que mandamentos da Torá que envolvem em certos casos até uma pena de morte não são julgados por deduções e é necessário ter duas testemunhas oculares que sejam judeus religiosos e viram pessoalmente o próprio ato.

Na linguagem da Guemará, “o pincel dentro do tinteiro”, uma coisa dentro da outra,  e isso é quase impossível de acontecer na frente desse tipo de testemunhas

Não tendo o que fazer, o Beit Hadin encaminha os dois para o Beit  Hamikdash em Yerushaláim. No Beit Hamikdash os Cohanim (sacerdotes daquele turno) avisam que podem escrever a “Meguilat Sotá” copiando a “Parashat Sotá” da nossa Parashá com os nomes de D’us contidos nela, dissolver essa Parashá com os nomes de D’us dentro de um copo de água e dar para a mulher beber.

Se nada acontecer para ela, o marido pode ficar tranquilo porque foi só uma simples desobediência ao pedido dele mas nada aconteceu na prática.

Mas o Cohen avisa a mulher que caso ela tenha traído, se beber isso ela falece, e dá as últimas chances para ela não beber aquela água. No lugar disso ela pode receber o divórcio sem o valor da Ketubá e não assumir esse risco.

Se ela sabe que não traiu, ela pode beber essa água tranquila e o fato de ela não falecer vai ser a prova para o marido de que nada aconteceu, fora o susto.

E não só isso, se ela não tinha filhos, agora ela recebe uma indenização Divina pela vergonha que passou e recebe a bênção Divina para ter muitos filhos.

Aqui vemos a Infinita Bondade de D’us:Não só que Hashem pede para apagar o nome dele para fazer o Shalom Bait mas ainda indeniza a mulher milagrosamente​ pela vergonha que ela passou!

É proibido proibir…

Por causa disso, depois que o Beit Hamikdash foi destruído é proibido proibir a mulher de se trancar com uma pessoa específicamas deve-se falar para ela que os nossos Sábios instituíram o “Issur Yhud” que é a proibição genérica de uma mulher não se trancar sozinha com um homem que não seja seu marido, seu pai, seu avô, seu bisavô, seu filho, seu neto ou seu bisneto

Fique longe da mentira!

Quando você for convidado para um casamento, mesmo se a noiva for feia e antipática você deve dizer para o noivo que ele teve sorte de encontrar uma noiva tão bonita e simpática!

E essa é a Halahá e de acordo com Beit Hilel!

Porque na Torá, na nossa Parashá, não está escrito que é proibido mentir. Está escrito “fique longe da mentira”, deixando uma dica que em certos casos é permitido mentir

Explica o Baal Shem Tov que a mentira é como um veneno que quando usado na dose correta se torna um remédio que seria impossível fazer com outra coisa a não ser com o veneno.

Aharon Hacohen era esse especialista que conseguia usar a mentira na dose certa para fazer as pazes entre marido e mulher e entre as pessoas.

Mas a mentira na overdose volta a ser um veneno e por isso, se não está claro que sabemos usar ela na composição certa, temos que ficar longe dela.

Quase como continuação do assunto da mulher que se “desviou” aparece a Parashat Nazir que nos ensina que, quando houver necessidade, podemos fazer um juramento de não beber vinho e não cortar o cabelo por um tempo determinado.

Esse tipo de juramento chamado de Nezirut não pode ser feito depois da destruição do Beit Hamikdash porque se for feito hoje não temos como desfazê-lo.

Dizem nossos sábios que o motivo da proximidade entre essas duas Parashiot  é para sabermos quando chegou a hora de fazer esse juramento.

Quando vemos a Sotá (a mulher que se desviou) passar pelo que está passando, devemos aprender com isso a nos proteger de coisas que podem causar o nosso próprio desvio, como é o caso da embriaguez e da vaidade obsessiva.

Daqui aprendemos como nos relacionar ao que acontece à nossa volta. Não devemos pensar na pessoa que fez a coisa errada e acharmos que somos melhores do que ela por ainda não termos feito a coisa errada também

Mas quando vemos alguém fazendo uma coisa errada devemos pensar que nós também não estamos imunes desse tipo de comportamento e investir no nosso próprio refinamento, pensar em como nos vacinar para não chegarmos a uma situação semelhante.

Depois da Parashat Nazir,  como se fosse uma continuação dela, a Parashá nos trás as Bênçãos dos Cohanim, mostrando que esses três assuntos estão interligados.

Você se comporta bem com a esposa mesmo ela não dando motivo para isso, e no caso da mulher, você se comporta bem com o seu marido mesmo ele não dando motivo para isso, evitam beber para esquecer as mágoas mas esquecem as mágoas por motivo religioso de ser proibido guardar rancor, principalmente entre cônjuges, e no mérito desse amor gratuito e união incondicional Hashem te dá todas as Bênçãos, te dá muito dinheiro e te protege dos ladrões, te dá todas as Bênçãos e te protege para que você sempre possa ter proveito delas com muita saúde e alegria

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Bamidbar

Na nossa Parashá Hashem pede para Moshe Rabeinu fazer a contagem do nosso povo

Rashi explica que por causa do amor que Hashem tem por nós Ele nos conta o tempo todo

E ainda sobre a contagem do nosso povo, sendo que no começo da nossa história como povo fomos contados, em breve, na época do Mashiach seremos tão numerosos como a areia do mar que não tem como ser contada como nos conta nossa haftará que trás a profecia de Hoshea (Oséias) que fala sobre o enorme número de judeus que vai se revelar quando Mashiach chegar e também sobre o amor que Hashem tem por cada um de nós.

Nessa Haftará vemos isso de maneira bem clara.A Guemará nos conta que Hashem disse ao profeta Hoshea que o povo de Israel não está se comportando de maneira correta (para que ele rezasse pelo nosso povo como fez Moshe Rabeinu)

A profecia de Hoshea começa depois de ele, no lugar de rezar por nós, ter proposto à Hashem trocar nosso povo por outro.

O desencadeamento dessa profecia é que o país das dez tribos conhecido como “reino de Israel” onde o profeta Hoshea se encontrava e atuava se perdeu no meio dos povos do mundo mas volta de maneira imensurável na época do Mashiach

Geralmente os profetas tinham que ligar sua profecia à uma ação. No caso de Hoshea, Hashem pediu para ele se casar e ter filhos com uma prostitutaEle se casa com Gomer bat Dvalim que era prostituta filha de prostituta e que estava feliz com o que fazia.

Ela tinha filhos com os clientes e assim montou sua família, já havia se acomodado nessa profissão sem sonhar em sair dela e montar uma família normal.

Eles se casam e tem um filho que D’us pede para chamá-lo de Izreel profetizando que o nosso povo (aquelas dez tribos judaicas) vai ser semeado  (espalhado) entre os povos do mundo.Depois eles tiveram uma filha que D’us pede para chamá-la de “LoRuhama” profetizando que D’us não vai ter piedade do nosso povo, “no more chance”!Depois eles tem mais um filho que D’us pede para chamar de “LóAmi” profetizando que o povo de Israel não é mais o povo de Hashem.(Vemos na prática que tudo isso aconteceu com o país das dez tribos)

No final D’us pede para ele se divorciar…

O profeta não concorda e diz para Hashem:-Eu tenho filhos com ela, como posso tirar ela de casa ou me divorciar? No way!

Então Hashem diz para o profeta:- Se até você que não tem certeza se sua esposa é só sua e se os filhos são realmente seus, mesmo assim já não é capaz de quebrar a família, como poderia Eu trocar o povo de Israel por outro povo?

Nessa hora o profeta entende que fez um erro de avaliação e reza forte para que Hashem reverta a profecia

Sendo que uma profecia negativa não é obrigada a acontecer, a profecia se inverte e Hashem diz para o profeta que no lugar de Ló Ami, “não é meu povo”, eles serão chamados de filhos do D’us vivo. (Filhos, ou seja, ainda mais queridos do que povo!

Seguindo a regra da Torá de que depois de cada descida obrigatoriamente acontece uma grande subida)E a profecia continua, dizendo que nós (que somos chamados de judeus porque somos descendentes da tribo de Yehudá e Beniamin) vamos chamar nossos irmãos (das dez tribos) de “nosso povo” e nossas irmãs (das dez tribos) de Ruhama (nosso consolo)Conclusão, quem está triste em acreditar que o povo de Israel se limita aos poucos milhões da contagem oficial vai ficar maravilhado quando em breve essa profecia acontecer!

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Behar

Nossa Parashá nos conta que Hashem falou com Moshe no monte Sinai e lá nos deu uma Mitzvá chamada “Shemitá”. Todas as Mitzvót (Mandamentos Divinos) foram dadas no monte Sinai, não só a Shemitá. Então, porque nossa Parashá nos conta que essa Mitzvá foi dada no Monte Sinai?Sendo que a Shemitá foi dada no monte Sinai com todos os seus detalhes e não foi revisada e explicada por Moshe Rabeinu no sefer Dvarim (quinto livro da Torá onde foram acrescentados mais detalhes sobre as Mitzvót), ela aparece aqui como tendo sido dada unicamente no monte Sinai. Mas o que é Shemitá?Simples! Você compra uma fazenda linda com vinhedos que produzem uvas carésimas, não deixa suas crianças se aproximarem dos cachos de uva para não estragá-los, por seis anos você vende as uvas por preços não convencionais e não deixa ninguém mexer nelas, mas no sétimo ano você descobre que a terra só era sua por seis anos e agora ela volta a pertencer ao verdadeiro dono, que por sinal é muito bonzinho e deixa você e todo mundo pegarem todas as uvas de graça!E ainda mais, ninguém, (nem você) pode vender essas uvas! Podem pegar só o que vão comer, e totalmente grátis! Por trás da Shemitá Para entender como isso funciona temos que nos lembrar que D’us nos deu a terra de Israel que foi dividida entre doze tribos das treze que existiam no nosso povo (a tribo de Levi e os Cohanim que tiveram origem nela não participaram da divisão da terra).Essa terra foi passando por herança até você aparecer e achar que comprou ela, e que por isso ela é sua….. E aí você descobre que não é o verdadeiro dono! E não só isso, mas quando você coloca tudo no papel você vê que, não só que não teve prejuízo, mas que ainda saiu no lucro porque a terra produziu no sexto ano uma quantidade que produziria em três anos! (E o sexto ano deveria ser o ano mais fraco depois de cinco de desgaste) E também descobre não só que existe alguém dirigindo o seu negócio mas também que ele está fazendo isso muito melhor do que você!Mas porque D’us nos coloca nessa situação que parece que estamos perdendo e no fim saímos ganhando ? A resposta é simples! Para nos lembrar que esse mundo é de D’us e é ele somente que dirige o mundo e não nós , e mesmo que a nossa participação fazendo um trabalho para ganhar dinheiro e pagar as contas é uma ordem Divina, mesmo assim não podemos nos “endeusar” e achar que tudo depende de nós!Aí vem a Mitzvá da Shemitá para nos lembrar que esse mundo não é nosso mas tem alguém dirigindo ele e só deixando nós, crianças pequenas , segurarmos na direção e pensarmos que estamos dirigindo o carro do papai !Aprendemos com essa Mitzvá a ultrapassar todas as crises nos lembrando a cada instante que só D’us dirige o mundo, que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem e que D’us ama cada um de nós mais do que o amor de um casal que teve um filho único com cem anos de idade tem por esse filho, e cuida de nós com todo o amor e carinho.🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷

BehukotaiParashat Behukotai nos conta que quando estudamos Torá e cumprimos as Mitzvót (Mandamentos Divinos) Hashem (D’us) nos dá a chuva na hora certa e na quantidade adequada, A linguagem da Torá é : “a terra dará seus produtos e as árvores darão seus frutos”.E a pergunta é: Se a terra dará a seus produtos isso já inclui os frutos das árvores​, então, quais são essas árvores que darão seus frutos como consequência do nosso estudo de Torá e do cumprimento das Mitzvót?O Midrash Sifra nos conta que essas são as árvores estéreis que nos tempos do Mashiach elas darão frutos! Nosso estudo de Torá hoje é comparado a um pai muito sábio que ensina sua enorme sabedoria para uma criança pequena. Nesse caso a sabedoria do pai desce ao nível de capacidade de entendimento da criança.Ele ensina a criança que é proibido roubar e etc. A Torá que estudamos hoje está em um nível de dia a dia deste mundo.Nosso nível de cumprimento das Mitzvót também é limitado, por não podermos cumprir as Mitzvót ligadas ao Beit Hamikdash e mesmo a Mitzvá da Shemitá hoje, de acordo com a maior parte dos “Poskim” (legisladores rabínicos que determinam o modo da aplicação da lei judaica) a Shemitá é “Derabanan” (decreto dos Sábios de Israel usando a autoridade que a Torá lhes deu para fazê-los​) e não “Deoraita” (Mitzvá direta da Torá) Isso por motivo de dez tribos de Israel estarem temporariamente perdidas e as Mitzvót relacionadas à terra de Israel só poderão ser cumpridas em todos os seus aspectos quando cada tribo estiver na parte da Terra Santa relacionada à sua herança, e isso só vai acontecer nos tempos do Mashiach.Então nosso estudo de Torá e cumprimento de Mitzvót hoje é o suficiente para a terra dar os seus frutos convencionais. O estudo da Torá nos tempos do Mashiach é comparado a um pai muito sábio ensinando segredos muito profundos​ à um filho muito sábio.Hoje só conseguimos “provar” um pouquinho disso estudando a parte oculta da Torá que antes era revelada somente para um “petit comité” e hoje, de acordo com o Ari Zal, é uma Mitzvá revelar essa sabedoria, e mesmo assim a quantidade desse estudo é limitada.mesmo que nas últimas gerações foram revelados muitos assuntos profundos por meio da “Chassidut”, mesmo assim em relação às revelações dos tempos do Mashiach quando o mundo inteiro de encherá com o conhecimento Divino em quantidade e qualidade, o que estudamos hoje ainda não é o suficiente para as árvores estéreis darem os frutos exóticos que elas darão no futuro.Conclusão: vamos pedir todo dia para Hashem mandar o Mashiach imediatamente nem que seja só para usufruir de todas as maravilhas dessa era tão maravilhosa que nunca esteve tão próxima!Para uma regra da Torá ter exceção a própria Torá tem que trazer essa exceção.Na nossa Parashá encontramos uma linguagem muito pesada em relação ao​ que pode acontecer se não estudarmos Torá e não cumprirmos as Mitzvót. O versículo diz: “Se vocês não escutarem a mim”…etcO Midrash Sifra nos conta que essa palavra “a mim” vem especificar que todas essas tragédias que a Torá descreve na continuação desse versículo recaem sobre a pessoa que conhece D’us e tem a intenção de fazer conscientemente contra o pedido Divino como exemplo o Midrash traz Sodoma e Gomorra, que conheciam D’us e faziam intencionalmente o contrário do que ele pediu, assassinando, roubando e etc.O Ari Zal nos conta sobre as pessoas que trocaram intencionalmente o judaísmo pela idolatria na época do primeiro Beit Hamikdash.A destruição não veio naquela mesma geração porque a bondade Divina determina um longo período para que a pessoa possa fazer Teshuvá, naquela reencarnação ou em outraMas quando​ chegou a “deadline”, o prazo final, e eles ainda não conseguiram consertar o que fizeram, aquelas almas se reencarnaram na época das cruzadas e da inquisição e tiveram a sua purificação.Se precisasse morrer queimado em praça pública para não fazer idolatria, eles davam a vida e não faziam idolatria. se precisasse fugir da Espanha e de Portugal deixando os pertences para trás e não fazer idolatria, eles fugiam e o destino de cada um foi traçado de acordo com o nível de obsessão pela idolatria que ele teve naquela reencarnação quando ele vivia na época do primeiro Beit Hamikdash e trocou consientemente e intencionalmente o judaísmo pela idolatria,mas quem já nasceu em uma família Judia idólatra não entra nessa categoria como vemos no Midrash mas é considerado como alguém que não conhece D’us e não tem intenA “linguagem pesada” da Torá também vem para dar um ênfase na gravidade do assunto , como um pai bondoso que explica para o filho as consequências de certas coisas para que ele não as faça.Entãos, vamos aproveitar e estudar muita Torá e trazer a Gueulá imediatamente.🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷

Emor

Nossa Parashá nos conta (entre inúmeros assuntos) sobre o Shabat.

Os “Dez Mandamentos” aparecem duas vezes na Torá. Na primeira vez , em Parashat Ytró , está escrito: “Lembre-se (Za’hor) do dia do Shabat para santificá-lo .

Na segunda vez, em Parashat Vaet’hanan, está escrito “Guarde (Shamor) o dia do Shabat para santificá-lo”.

Nossos Sábios nos contam que quando ouvimos os Dez Mandamentos no Monte Sinai, as palavras “Za’hor” (Lembre-se​) e “Shamor” (Guarde) foram ditas em uma palavra só, ditas e ouvidas de uma maneira sobrenatural .

Da palavra “Shamor” aprendemos que o Shabat entra na categoria de Mitzvá chamada de “Ló Taassé” (“não faça”) e da palavra “Za’hor” aprendemos que o Shabat entra na categoria de Mitzvá chamada de “Assé” (“faça”).

A regra é, que quando uma “Mitzvat Assé” cai sobre uma “Ló Taassé” fazemos a Assé no lugar da “ló Taassé”,  como no caso de o oitavo dia do “Brit Milá” cair no Shabat. Nesse caso o “Assé” do “Brit Milá” anula o “Ló Taassé” do Shabat no assunto específico dela, nesse caso, o de cortar o prepúciozinho do nenê.

Quando a regra da Torá tem alguma exceção, como no caso da Mitzvat Assé da construção do Mishkan que não anulou o “Ló Taassé” do Shabat, a própria Torá tem que trazer a exceção da regra para cada caso específico.

Aprendemos na profecia de Yeshaiau Hanaví que o Shabat tem que ser um prazer.

Mas o que é um prazer? Com certeza o contrário da aflição!

A Torá usa a palavra aflição em relação à proibição de comer e beber no Yom Kipur , e daí nossos Sábios concluem que no Shabat temos a obrigação de comer e beber do bom e do melhor em um ambiente iluminado pelo menos à luz de velas.

E daí surge a Mitzvá de acender as velas de Shabat e fazer o Kidush com vinho e Halot. Deixar um fogo aceso coberto pela “plata” com a comida quente que vamos comer no Shabat.

Aprendemos os 39 trabalhos proibidos no Shabat dos 39 trabalhos feitos para construir o Mishkan.

Esses 39 trabalhos são matrizes com ramificações fazendo com que o número de trabalhos proibidos no Shabat fica um pouco maior.

Nossos Sábios, usando o direito que a Torá lhes deu de “O que é decretado no Beit Din aqui embaixo é decretado no Beit Din lá em cima” fizeram algumas cercas em volta da Torá para nos proteger de fazermos uma transgressão.

As leis de “Muktse” são um exemplo dessa preocupação que eles tiveram por nós .Um objeto de uso especificamente proibido no Shabat, como por exemplo, um isqueiro (que só serve para acender fogo, ação proibida no Shabat) , ou uma caneta (que só serve para escrever, que também é proibido no Shabat) são chamados de “Muktse” e se torna proibido tocar neles no Shabat.

Em caso de dúvida em relação a um perigo de vida durante o  Shabat devemos fazer tudo o que for necessário para a pessoa que está necessitando.

Por exemplo: quando uma mulher precisa dar a luz, levamos ela para o hospital de carro.  Caso uma criança tenha ficado em casa , você deixa a mulher dando a luz no hospital e volta para cuidar das crianças porque crianças pequenas sem alguém cuidando também são um perigo de vida.

Tudo o que é necessário para socorrer alguém está liberado no Shabat, mas só o que é necessário para isso como ligar o carro, ir para o hospital e voltar para cuidar das crianças sem desligar o carro (deixe alguém que não é judeu desligar)

Preparativos para o Shabat:

Está escrito que temos que nos lembrar do Shabat. Para se ter um Shabat pronto temos que planejar com antecedência.

Para facilitar para quem está começando, lá vão umas dicas básicas. Escrevemos essas dicas principalmente para quem mora no interior e não tem facilidade em comprar as coisas para Shabat.Como fazer em casa o seu vinho para o Kidush:Pela Halachá um suco de uva verdadeiro também é considerado vinho  para o Kidush, aqui vai uma receita para fazer o seu suco de uva “bore pri hagafen” para todos os Shabatot do ano, principalmente se você tem crianças em casaModo de preparo1- Compre uvas de qualquer tipo, lave as uvas, separe elas dos galhos e coloque elas dentro de uma panela (de preferência de pressão)2- coloque a mão sobre as uvas e adicione água e açúcar . Essa água e açúcar tem que preencher somente os espaços entre as uvas e você coloca a mão em cima para elas​ não flutuarem em cima da água com açúcar sendo que a água com açúcar tem que preencher somente os “buraquinhos” entre as uvas mas não pode cobrir elas por cima nem se acumular separadamente no espaço de baixo caso elas flutuem, por isso você não deixa elas flutuarem.3- Tampe a panela  , acenda o fogo e deixe ferver um pouquinho.4- Penere o conteúdo da panela para uma jarra apertando e amassando totalmente as uvas dentro da peneira com uma colher até que todo o suco passe pela peneira e sobre dentro da peneira somente uma polpa .5- Coloque o suco em garrafas ou em uma jarra.6- Mantenha o suco na geladeira e só retire para as refeições.Agradecemos o Reb Avrohom Arbeter pela receita.Mais receitas para Shabat você pode encontrar no nosso sitehttps://ongtora.com/culinaria/Sendo que está escrito que o Shabat tem que ser um prazer, nossos Sábios decretaram a obrigação de deixar a comida pronta e quente e acender as velas de Shabat antes do pôr do sol da sexta feira sendo que está escrito explicitamente para não acender fogo durante o Shabat .A eletricidade foi classificada como fonte de fogo e por isso acendemos tudo o que precisa estar aceso no Shabat antes de acender as velas (não podemos apagar essas coisas durante o Shabat a não ser em caso de perigo de vida) .Ou seja, a luz da sala cozinha e banheiro e a chapa de Shabat que chamamos de plata devem ser acesas antes do Shabat.A plata é uma placa de alumínio que pode ser encomendada de acordo com a medida do seu fogão , você deve pedir para fazer uma dobradinha de um centímetro nas extremidades para ela não ficar cortante e deve ser dobrada uns 8 centímetros na frente para cobrir os botões do fogão.A plata pode ser encomendada em qualquer fabriquinha de calhas (peça um material grosso para não entortar com o fogo nas 25 horas que vai estar em cima do fogo baixo) .Então acenda um fogo baixo , coloque a plata em cima dele e as panelas com a comida pronta em cima da plata.A quantidade de água dentro da panela deve ser planejada de acordo com o número de horas que ela vai ficar em cima da plata.Uma janela deve estar um pouquinho aberta para entrar ar e todos os cuidados devem ser tomados para que o fogo não se apague sozinho no meio do Shabat e não haja vazamento de gás (não deixe panos ou plásticos perto dela para não pegar fogo).Centenas de milhares de judeus religiosos fazem assim no mundo inteiro e com o tempo você pega experiência.Se o seu gás é de botijão você pode comprar uma balança de banheiro e colocá-la fixamente embaixo do botijão para calcular quando ele vai acabar para trocar o botijão antes do Shabat.Conclusão: D’us criou o mundo em seis dias e no sétimo não criou nada , e para demonstrar claramente que acreditamos que somente Ele é o Criador, não fazemos trabalhos no Shabat .Então, vamos nos lembrar todos os dias do Shabat e preparar um Shabat bem gostoso cada semana melhor!

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Parashat Aharei MotNossa Parashá nos conta sobre as instruções Divinas dadas por consequência da morte dos dois filhos de Aharon.O Ari Zal, (última palavra em assuntos cabalísticos) nos conta que Adam Harishon (o primeiro homem) “continha todas as almas do mundo.Quando Adam Harishon fez o primeiro pecado , seu nível espiritual despencou e ficou nele somente somente a “Trumá” (dois centésimos) do número de almas que ele tinha antes, pouquíssimas mas de altíssima qualidade.Essas almas elevadíssimas passaram para Caim que era o primogênito e tinha nascido no Gan Eden (paraíso terrestre) depois do pecado de Adam.Essa alma elevadíssima do Caim se reencarnou nos dois filhos de Aharon que faleceram, Nadav e Avihu, eles são a ”Trumá” (a melhor parte) da alma de Adam. O Zohar nos conta, que o lado principal da alma de Cain vem da impureza que a cobra colocou em Hava (Eva), e o lado principal da Alma de Hevel (Abel) vem do lado de Adam (da Alma Divina de Adam)O Ari Zal explica a intenção do Zohar:A transgressão de Adam Harishon fez com que o bem e o mal se misturassem nesse mundo, e tanto Cain quanto Hevel estão vinculados à árvore do bem e do mal, ou seja, os dois tinham um lado bom e um lado ruim.Sendo que Cain veio do aspecto de guevurá de Adam ele era quase inteiramente ruim (impureza espiritual recebida da cobra) e um pouquinho bom (tinha uma Alma espiritual elevadíssima herdada de Adam)Hevel era na sua maior parte bom (alma herdada de Adam) e um pouquinho ruim (impureza herdada da cobra).Mas a diferença entre eles era que o lado bom de Cain, mesmo sendo muito pequeno em relação ao lado mal dele, era extremamente superior ao lado bom de Hevel ele herdou essa alma tão elevada por ter sido o primeiro a nascer, pegou a melhor parte da alma de Adam.A “impureza da cobra”Essa expressão espiritual à qual chamamos de “impureza da cobra” acompanha a humanidade até hoje.É ela que causa atrações eróticas estranhas em todas as suas categorias como atração íntima por animais e etc.Essa é a diferença entre o ser humano, que recebeu a “impureza da cobra” , e o animal. O animal não tem esses problemas estranhos.Dizem nossos Sábios que com o recebimento da Torá no monte Sinai a “impureza da cobra deixou o nosso povo.No monte Sinai estavam as almas de todos os judeus que iriam nascer até Mashiach chegar, e nos conta o Tossfot que também estavam lá as almas de todos aqueles que iriam se converter ao judaísmo até Mashiach chegarNa hora da entrega da Torá no monte Sinai aconteceu um grande milagre e essa impureza da cobra saiu de todas as nossas Almas.Quando foi feita a idolatria do bezerro de ouro, essa impureza da cobra voltou para o nosso povo, longe de ter a mesma intensidade de antes, fraca mas voltou.Por causa da origem da Alma deles, de Nadav e Avihu ser relacionada com o começo da “impureza da cobra”, essa volta parcial da “impureza da cobra” prejudicou principalmente eles, enfatizando espiritualmente os erros que eles cometeram.Por isso Moshe Rabeinu pediu para todo o povo de Israel se enlutar pela morte dos filhos de Aharon, sendo que se não tivesse sido feito o bezerro de ouro eles não teriam falecido.Vort:Disse o rav Moshe Veber, grande Tzadik que viveu em Jerusalém: O que aprendemos da união dessas duas Parashiot, Aharei mot (depois de morrerem) e Kedoshim (santos)?Aprendemos que devemos falar sempre bem de qualquer pessoa que já faleceu (porque com certeza antes de ele falecer ele se arrependeu de todas as coisas erradas que fez, e as coisas boas que fez são eternas!)Ou seja, Aharei mot Kedoshim, depois de morrerem, todos são santos!!!Parashat KedoshimDar bronca ou não dar bronca?Nossa Parashá nos conta (entre inúmeros assuntos) que devemos reprimir uma pessoa que está se comportando de maneira incorreta, mas claro, sem fazer ela passar vergonha em públicoA Guemará em Sanhedrin nos conta que um dos sinais para a pessoa saber que está na geração em que o Mashiach vai chegar é que não há repressãoQuando pensamos nas palavras da Guemará entendemos que com certeza a intenção não é dizer que ninguém mais vai dar bronca em ninguém, mas sim que na geração em que o Mashiach vai chegar não só que não adianta dar bronca, mas pior ainda, é melhor nem dar bronca porque ela não só que não adianta nada mas pior do que isso, causa efeito contrárioVimos um exemplo disso no Irã, país mais radical do mundo, onde existe uma divisão policial para fiscalizar assuntos morais, a “polícia da moral”Uma mulher em uma praça foi abordada pela ”polícia da moral” por questão de vestimenta causando uma enorme repercussão contra a “polícia da moral” nas redes sociaisO próprio presidente do Irã fez um pronunciamento público abordando essa questão e disse: :- alguns dizem que a forma de promover a virtude é agarrar as pessoas pelo pescoço, a promoção da virtude não avançará usando violênciaEm nenhuma geração ouviríamos palavras como essas de um líder shiita, e ainda mais, no Irã.Se até eles entenderam que na nossa geração não adianta dar broncas, quer dizer que estamos de verdade na geração em que a Gueulá vai acontecerHá quase quarenta anos atrás eu estava em New York ouvindo pessoalmente o Rebe de Lubavitch dar uma palestra para uma multidão de pessoasNo meio da palestra o Rebe falou sobre certos assuntos com muita rigidez.No outro dia fomos receber pessoalmente a Brachá do Rebe e ele falou com cada um de nós com uma voz meiga e com muita delicadezaVi que havia uma enorme diferença entre o jeito que ele falou aqueles assuntos de maneira genérica em frente ao público e o jeito que ele falou com cada um de nós pessoalmenteMuitos anos depois li em uma carta do Rebe que quando você fala em público, você pode falar alto, porque nessa hora cada um pensa que você está falando forte por causa dos outros, mas não por causa dele

Mas quando você fala com alguém pessoalmente você não pode falar assim, porque a pessoa sabe que você está falando com ela.

Nunca guarde rancor!

Nossa Parashá nos conta também sobre a proibição de guardar rancor.

Toda pessoa que guarda rancor contra um judeu (principalmente o cônjuge) transgride uma Mitzvá da Torá, como está escrito na nossa Parashá: “Ló titor” (não guarde rancor).

Exemplo: Você pede um favor para alguém e a pessoa não quis fazê-lo.

No dia seguinte, essa pessoa precisou de você e você responde: “Eu não sou como você.

Eu não vou lhe negar um favor como você fez”!Isso acontece porque aquela pessoa estava guardando rancor e achou o momento exato para revelar isso. Em outras palavras, “jogar na cara” é proibido pela Torá.O Baal Shem Tov explicou que nossos sábios comparam a pessoa que fica brava a alguém que está fazendo idolatria porque no momento da fúria, a fé em D-us desaparece automaticamente, e quando não se acredita em D’us consequentemente se está acreditando em outra coisa”.Porque se ele soubesse que tudo o que acontece com ele vem de D’us, ele nunca ficaria bravo.Mesmo que uma pessoa (que tem livre-arbítrio) optou por fazer-lhe o mal, e o amaldiçoa ou bate nele, ou lhe causa prejuízo monetário, e é condenada por um tribunal humano ou Divino, pela maldade da sua escolha, mesmo assim, à quem foi prejudicado já estava decretado pelos Céus que assim seria.O tribunal Divino apenas usou a pessoa ruim para cumprir o decreto ruim, e mesmo nesse momento em que a pessoa bate em alguém ou o amaldiçoa, o pensamento que cai na cabeça da pessoa para nos prejudicar ou o sentimento que a impulsionou a isso veio lá de cima.D’us faz as coisas boas acontecerem por meio de pessoas boas e as coisas ruins por meio de pessoas ruins.O agente causador do nosso infortúnio foi apenas uma ferramenta usada por D’us para cumprir o decreto Divino que veio para nos purificar de alguma coisa ruim que fizemos na reencarnação atual ou em outra.Tudo vem lá de cima e as pessoas que nos fazem o mal são os verdadeiros “bobos” que estão sendo usados para nos prejudicar e depois são castigados por terem nos prejudicado.Se tudo isso foi dito sobre qualquer pessoa, imagine marido e mulher ou pais e filhos que são o grupo de risco nesse assunto por terem mais intimidade entre si, quanto temos que tomar cuidado com isso.Então, não vamos ser bobos de brigar em casa!Vort israelense: (dugri)O rancor é comparado à fezes espirituais. Guardar rancor é prisão de ventre espiritual, você está com rancor de alguém? Baixe a descarga, porque quanto mais acumula pior fica.Este domingo, 14 de Iyar (29 de abril) será Pessach Sheni (começa no Motzaei Shabat).Aprendemos com Pessach Sheni que por mais que estivéssemos impuros ou distantes nunca devemos nos desanimar, sempre há uma segunda chance.A expressão “ou tudo ou nada” é o contrário da religião judaica. No judaísmo tudo caminha pouco a pouco e por etapas, sempre acrescentamos uma coisa por vez e nunca paramos no meio do o caminho , mas sempre continuamos acrescentando.Talvez assim não cheguemos tão rapidamente ao tudo, mas com certeza sempre estaremos bem longe do nada!

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Tazria

Seguindo a ordem da criação quando o ser humano foi criado depois dos animais, a Parashá anterior nos ensinou sinais de pureza animal e a nossa Parashá nos ensina conceitos básicos de pureza familiar.

A Parashá nos conta que toda mulher que tem a alegria de se tornar mãe de um filho tem que passar por um pequeno procedimento de purificação, um “detox espiritual” antes de voltar à vida conjugal

Esse “detox” começa com uma etapa de cinco dias a partir do início do sangramento no parto e pode ser​ chamada de dias “não limpos” (mesmo tendo o sangramento terminado antes dos cinco dias)

Se o fluxo de sangue já parou, no quinto dia ela faz um “hefssek Tahará” (Todos os detalhes de “como” fazer isso podem ser encontrados na nossa página de “Tahará [casadas]” https://ongtora.com/mikve/ e vale a pena também ler a página https://ongtora.com/mikve/midot/)

Depois do Hefssek Tahará ela conta sete dias limpos (fazendo uma verificação todo dia para ver se eles ainda estão limpos de verdade) e no final do sétimo dia limpo ela mergulha no Mikve.

Depois disso ela volta à vida conjugalSe ela teve a alegria de se tornar mãe de uma filha ela também conta cinco dias a partir do começo do sangramento do parto e sete dias limpos mas só vai para o Mikve dois dias depois disso para completar catorze dias a partir do parto.

No oitavo dia do parto de um filho, se o recém nascido estiver saudável é feito o “Brit Milá” mesmo se for Shabat.

A palavra “Tazria” (semear) é usada na nossa Parashá para a mulher que dá a luz, nos indicando que mesmo ela tendo um aborto que não tem nenhuma consistência humana e se parece com um sêmen, mesmo assim é considerado que ela teve um filho em relação às leis de pureza familiar e não só isso, mas filhos verdadeiros que também vão ressuscitar na ressurreição dos mortos, como escreveu o Rav Moshe Feinstein à um aluno que lhe comunicou o fato de sua mãe ter tido vários abortos :-“Em breve quando for a vontade Divina de os mortos ressuscitarem você terá irmãos Tzadikim que nunca na vida provaram o gosto de um pecado” (igueret Moshe).Então, se você teve um aborto, você também é mãe e no futuro vai ter orgulho do seu filho (ou filha) , e que isso aconteça já em breve em nossos dias !

Parashat Metzorá :

A Torá nos conta sobre manchas que poderiam aparecer nas paredes das casas, nas roupas e nas pessoas.

Essa mancha é chamada de “Nega Tzaraat” , a pessoa portadora dela é chamada de “Metzorá” .

Isso foi traduzido muitas vezes como lepra, doença causada pelo Mycobacterium leprae, mas é um verdadeiro erro de tradução como veremos a seguir:

Em primeiro lugar devemos nos lembrar que a Torá deu permissão ao médico para curar.

Essa permissão não é somente uma autorização mas sim uma ajuda Divina que é dada ao médico para que ele possa curar

Pela Torá a pessoa que está doente e não vai ao médico está fazendo um atentado contra a própria vida e se ele falece em consequência disso é considerado suicida.

No caso dessa mancha , a “nega tzaraat”, a Torá pede para procurar um Cohen e não um médico, nos revelando que a nega tzaraat não é uma doença mas sim uma manifestação espiritual que não aparece por contágio e não desaparece por meio de medicação

Don Itzhak Abarbanel foi o grande Tzadik que encorajou os judeus espanhóis na época da inquisição a deixarem a Espanha e não fazerem idolatria .

Ele nos explicou que a “Tzaraat” não é uma doença física mas sim uma “praga” mandada dos céus que aparecia de uma maneira sobrenatural e sua cura era por meio de um ritual espiritual como ele explica detalhadamente:

1- O Cohen começa a purificação do “Metzorá” com o abate de um pássaro​ em um pote de barro , nos mostrando que o ser humano é como um pote de barro nas mãos do seu artesão que vai modelando ele de acordo com a sua vontade.

E também nos indicando que a Tzaraat vem de Hashem para melhorar nossa forma, para melhorar nosso caráter

2- Dentro desse pote de barro onde é feito o abate do pássaro é colocada água de fonte (em hebraico “águas vivas”) representando a Torá que é comparada a água da fonte que desce dos lugares altos para os lugares baixos e está no coração de cada um de nós e por não termos guardado ela da maneira correta morre o pássaro abatido

Daqui vemos que a nega tzaraat aparece por meio de nossas ações e não por contágio

3- Um pássaro vivo é mergulhado (mas continua vivo) no sangue do pássaro​ morto , nos ensinando que a “Tzaraat” por natureza não é doença e nem é contagiosa (como no caso da lepra) mas sim um decreto Divino ligado ao comportamento errado daquela pessoa representado pelo pássaro morto.

4- A cura da “nega tzaraat” não acontece de maneira natural mas sim de maneira milagrosa, e por isso o “Metzorá” que é o portador da “nega tzaraat” vai para o Cohen (o sacerdote) e não para o médico.

5- A “Tzaraat” da roupa e da casa é a mesma que a das pessoas e ela não tem nenhum vínculo à doenças do corpo humano, o fato de que a mesma Tzaraat pode aparecer em paredes (mineral) e em roupas (vegetal e animal) nos obriga a ver a Tzaraat como expressão​ sobrenatural, milagrosa.

Conclusão: depois dessa explicação tão detalhada do don Itzhak Abarbanel vemos que o certo é transcrever a palavra Tzaraat e não pegar uma tradução errada que a fonte dela é aquela mesma idolatria que por causa dela don Itzhak Abarbanel teve que sair da Espanha com seiscentos mil judeus na inquisição !

O lado bom da coisa ruim

A “Tzaraat” era um decreto Divino que afetava principalmente pessoas que causavam intrigas entre marido e mulher ou entre uma pessoa e outra, pessoas que causavam separações.

Por isso o Metzorá era separado do acampamento (por que causou separações) e depois sua purificação envolvia dois passarinhos que tem a característica de piar na casa de um e na casa de outro representando o “leva e trás” que ele fazia.

Mas nem sempre a Tzaraat era um decreto Divino para corrigir a personalidade da pessoa, ou seja, enriquecê-la espiritualmente

De vez em quando a Tzaraat era um decreto Divino para enriquecer a pessoa materialmente

O Midrash nos conta em nome de Rabi Shimon Bar Yohái que quando os povos de Canaã ouviram que o povo de Israel estava se preparando para vir conquistá-la, se prepararam para nos “receber”, e entre outras estratégias de guerra esconderam dentro das paredes e debaixo do piso das casas todos os seus tesouros.

Depois, quando fugiram, muitos esqueceram esses tesouros na hora da fuga, ou não tiveram tempo de pegar esses tesouros, que continuaram escondidos nas paredes​.

Conta o Midrash que o bom D’us disse :- Prometi para o povo de Israel casas repletas com tudo de bom, e quem vai avisar eles sobre os tesouros que eles têm em casa?

Portanto, continua o Midrash, quando aparecerem sinais de “nega tazaraat, a pessoa vai ser obrigada a demolir a casa e aí ele encontra os tesouros escondidos!

Então a Tzaraat, e sua consequência, a destruição da casa, eram uma grande alegria para eles porque dessa maneira eles encontravam fortunas escondidas.

Daqui aprendemos um ensinamento básico para todos os acontecimentos de nossa​ vida:

Quando temos “tzarot”(sofrimentos​) e achamos que estamos passando por uma fase ruim e que D’us esqueceu só de nós, temos que nos lembrar que por causa dessas “tzarot” vamos descobrir tesouros de todos os tipos​ que não descobriríamos a não ser por meio (no mérito) dessas tzarot

Como disse o rei David no Tehilim:- “de noite dormimos chorando e de manhã acordamos cantando”.

Ou seja, a mesma coisa que causou para nós dormir chorando, ela própria vai nos fazer acordar cantando!

E não se trata de ganhar experiência com as “tzarot” mas sim tesouros verdadeiros!

Ou seja, depois que a “casa quebra” ficamos ricos de verdade!

E principalmente agora que já passamos por todos os sofrimentos​ já está na hora de Mashia’h chegar e vermos com nossos próprios olhos que nunca existiram sofrimentos, mas tudo era a bondade Divina oculta e que agora chegou a hora de ela se revelar, em breve em nossos dias.

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Shemini

Sinais de pureza animal – Kashrut do leite e da carne

A  Torá classifica os animais que ruminam e tem o casco fendido como animais “puros” e portanto podemos beber seu leite e comer sua carne

Mas para comer a carne do animal não é o suficiente eles terem esses dois sinais, mas também eles devem passar por um procedimento de abate Kasher chamado de She’hitá

O sangue tem que ser retirado e também temos que retirar da parte traseira do animal um nervo que em Latim é chamado de nervus ischiadicus

Quando você compra a carne em um açougue Kasher [http://www.livenn.com.br] tudo isso já foi feito.

O “Sho’het” (judeu religioso que faz o abate Kasher) só pode fazer o abate de um animal que seu professor de “Shehitá” aprendeu a fazer pela tradição que passa de geração em geração

Conclusão: se você descobre em algum lugar um novo animal com esses dois sinais de pureza, que não se cruza e tem filho fértil com as espécies que o Sho’het aprendeu a fazer a Shehitá (se cruzar e ter filho fértil seria uma prova de que ele é uma raça de uma dessas espécies e não uma espécie nova), você só poderá​ tomar o leite dele mas não comer da sua carne

Animais com somente um sinal de pureza não são Kasher

A Parashá nos conta que:

Quatro espécies de animais são classificados pela Torá como impuros por terem somente um sinal de pureza.

Os nomes deles em hebraico são :”hazir” , “Gamal” , “Arnevet” e “Shafan”. Não podemos usar seu leite nem comer sua carne.

O Gamal, a arnevet e o shafan são ruminantes mas não tem casco fendido, o hazir tem o casco fendido mas não é ruminante.

O “hazir” é traduzido diretamente como “porco”, único animal no mundo que tem casco fendido e não rumina.

O “Gamal” é o camelo, ele rumina mas sua pata é parecida com uma pequena almofada, não é casco

O camelo, o dromedário, o lhama, a alpaca, a vicunha e outros camelídeos são todos raças de uma mesma espécie , cruzam- se entre si e tem filho fértil, como foi feita a experiência nos U.A.E.).

Fora o Gamal não encontramos outros animais que ruminam mas não tem casco fendido!

Então quem são o Shafan e a Arnevet ?

Raças e espécies:

Nas traduções antigas da Torá para o latim e de lá para as demais línguas, o Shafan é traduzido como Coelho e a Arnevet como lebre.

O primeiro problema com essa tradução é que a Torá fala sobre quatro animais diferentes, quatro espécies e não quatro raças.

O que determina a espécie pela Torá é o fato de eles se cruzarem entre si e terem um filho fértil, isso é a prova de que pertencem à mesma espécie e que essa espécie saiu da arca de Noé e recebeu a benção de Hashem para se multiplicar.

Quando uma espécie se cruza com outra, ou não tem filhos ou o filho não é fértil.

Issoporque essa nova espécie não saiu da Arca de Noé e não recebeu a Bra’há de Hashem para se multiplicar.

Noa’h colocou na arca somente um cachorro e uma cadela e hoje vemos inúmeras raças de cães , tão diferentes umas das outras que parecem espécies diferentes.

Mas a prova de que são somente raças de uma mesma espécie é que todos se cruzam entre si e tem filhos férteis (no Brasil esse é o famoso “vira latas”).

O Coelho e a lebre cruzam-se entre si e tem filho fértil constatando que são apenas duas raças de uma mesma espécie.

Outro problema (que é o principal) é que nem o Coelho e nem a Lebre são ruminantes.

Se o fato de eles mexerem a boca o tempo todo os considera ruminantes, existem inúmeras espécies que se comportam assim, e a Torá fala sobre a existência de somente três espécies que ruminam mas não tem casco fendido.

Se o fato de eles comerem por engano os próprios excrementos os torna ruminantes, o porco também tem esse comportamento e a Torá atesta que ele não é ruminante

O editor do primeiro dicionário de hebraico atual, Even Shoshan, teve que traduzir Shafan e Arnevet como Coelho e lebre por assim terem sido traduzidos anteriormente pelas traduções da bíblia para outras línguas.

Mas sabendo que esses animais não conferem com o Shafan e a arnevet da Torá, disse que provavelmente devem ser um Coelho e lebre do “extremo oriente” (termo usado antigamente para dizer que esse animal caso exista está bem longe de nós e nunca o vimos).

Hoje que os animais do “extremo oriente” também foram classificados, não encontramos fora o camelo (em todas as suas versões) outras duas espécies de animais que ruminam mas não tem casco fendido

Conclusão: o Coelho não é o Shafan e a Arnevet não é a lebre, e o Shafan e a Arnevet são dois animais que não foram mais encontrados, talvez dois animais extintos.

Curiosidade

A Guemará em Meguilá nos conta que Talmai, rei da Grécia que dominava a terra de Israel, colocou 72 sábios de Israel em 72 casas separadas e ordenou a cada um deles pessoalmente traduzir a Torá para grego.

Cada um dos setenta e dois Sábios pensava que só ele estava traduzindo a Torá e mudou algumas coisas que pudessem ou causar um decreto do rei contra o estudo da Torá ou dar a impressão que a Torá se assemelha à idolatria.

Por milagre todos esses 72 sábios mudaram exatamente as mesmas palavras

Uma das coisas que eles mudaram foi o nome da Arnevet que na sua tradução para o grego seria o nome da esposa de Talmai, para que ele não ficasse furioso em pensar que os judeus colocaram o nome da esposa dele na Torá.

Talvez nessa hora de emergência jogaram o nome da Arnevet à lebre e talvez foi aí que tudo começou.

Talvez para os povos do mundo que traduziram a Torá como pentateuco não importava quem eram o shafan e a arnevet, sendo que para eles não têm muita relevância se o animal é impuro por ter um sinal de pureza ou por não ter nenhum

Mas para nós esse assunto é gravíssimo pelo fato de a Guemará em Hulin 60b dizer que o fato de Moshe Rabeinu sem ter experiência com animais exóticos saber que somente quatro espécies de animais no mundo inteiro tem somente um sinal de pureza é um argumento para provar que a Torá é Divina

Quando usamos a tradução cristã da Torá sobre o Shafan e a Arnevet como coelho e lebre estamos fazendo o contrário, colocando na mão de todos uma prova de que a Torá não é Divina

Talvez ninguém queira corrigir esses erros de tradução para não assumir que errou durante dezenas de anos desde a primeira tradução Judaica da Torá.

Mas é melhor corrigir isso agora transliterando Shafan e Arnevet e não traduzido como coelho e lebre sendo que a tradução está explicitamente errada.

Como diz o ditado “antes tarde do que mais tarde” !🌷

Shemini
Sinais de pureza animalKashrut do leite e da carneNossa Parashá nos conta que a Torá classifica os animais que ruminam e tem o casco fendido como animais “puros” e portanto podemos beber seu leite e comer sua carneMesmo que para comer a carne do animal não é o suficiente eles terem esses dois sinais, mas também eles devem passar por um procedimento de abate Kasher chamado de ShechitáO sangue tem que ser retirado [também na nossa Parashá] e temos que tirar dele um nervo [em Latim nervus ischiadicus]Quando você compra a carne em um açougue Kasher [http://www.livenn.com.br] tudo isso já foi feito.O “Shochet” (judeu religioso que faz o abate Kasher) só pode fazer o abate de um animal que seu professor de “Shechitá” aprendeu a fazer pela tradição que passa de geração em geraçãoConclusão: se você descobre em algum lugar um novo animal com esses dois sinais de pureza, que não se cruza e tem filho fértil com as espécies que o Shochet aprendeu a fazer a Shechitá (se cruzar e ter filho fértil seria uma prova de que ele é uma raça de uma dessas espécies e não uma espécie nova), você só poderá​ tomar o leite dele mas não comer da sua carne
Animais com somente um sinal de pureza não são Kasher
A Parashá nos conta sobre quatro espécies de animais que são classificados pela Torá como impuros por terem somente um sinal de pureza.Os nomes deles em hebraico são :”chazir” , “Gamal” , “Arnevet” e “Shafan”. Não podemos usar seu leite nem comer sua carne.O Gamal, a arnevet e o shafan são ruminantes mas não tem casco fendido, o chazir tem o casco fendido mas não é ruminante.O “chazir” é traduzido diretamente como “porco”, único animal no mundo que tem casco fendido e não rumina.
O “Gamal” é o camelo, ele rumina mas sua pata é parecida com uma pequena almofada, não é casco (O camelo, o dromedário, o lhama, a alpaca, a vicunha e outros camelídeos são todos raças de uma mesma espécie , cruzam- se entre si e tem filho fértil como foi feita a experiência nos U.A.E.).Fora o Gamal não encontramos outros animais que ruminam mas não tem casco fendido! Então quem são o Shafan e a Arnevet ?Raças e espécies:Nas traduções antigas da Torá para o latim e de lá para as demais línguas, o Shafan é traduzido como Coelho e a Arnevet como lebre. O primeiro problema com essa tradução é que a Torá fala sobre quatro animais diferentes, quatro espécies e não quatro raças.O que determina a espécie pela Torá é o fato de eles se cruzarem entre si e terem um filho fértil, isso é a prova de que pertencem à mesma espécie e que essa espécie saiu da arca de Noé e recebeu a benção de Hashem para se multiplicar.Quando uma espécie se cruza com outra, ou não tem filhos ou o filho não é fértil.Isso porque essa nova espécie não saiu da Arca de Noé e não recebeu a Brachá de Hashem para se multiplicar.Noach colocou na arca somente um cachorro e uma cadela e hoje vemos inúmeras raças de cães , tão diferentes umas das outras que parecem espécies diferentes, mas a prova de que são somente raças de uma mesma espécie é que todos se cruzam entre si e tem filhos férteis (no Brasil esse é o famoso “vira latas”).O Coelho e a lebre cruzam-se entre si e tem filho fértil constatando que são apenas duas raças de uma mesma espécie.Outro problema (que é o principal) é que nem o Coelho e nem a Lebre são ruminantes.Se o fato de eles mexerem a boca o tempo todo os considera ruminantes, existem inúmeras espécies que se comportam assim, e a Torá fala sobre a existência de somente três espécies que ruminam mas não tem casco fendido.Se o fato de eles comerem por engano os próprios excrementos os torna ruminantes, o porco também tem esse comportamento e a Torá atesta que ele não é ruminanteO editor do primeiro dicionário de hebraico atual, Even Shoshan, teve que traduzir Shafan e Arnevet como Coelho e lebre por assim terem sido traduzidos anteriormente pelas traduções da bíblia para outras línguas,mas sabendo que esses animais não conferem com o Shafan e a arnevet da Torá, disse que provavelmente devem ser um Coelho e lebre do “extremo oriente” (termo usado antigamente para dizer que esse animal caso exista está bem longe de nós e nunca o vimos).Hoje que os animais do “extremo oriente” também foram classificados, não encontramos fora o camelo (em todas as suas versões) outras duas espécies de animais que ruminam mas não tem casco fendidoConclusão: o Coelho não é o Shafan e a Arnevet não é a lebre, e o Shafan e a Arnevet são dois animais que não foram mais encontrados, talvez dois animais extintos.CuriosidadeA Guemará em Meguilá nos conta que Talmai, rei da Grécia que dominava a terra de Israel, colocou 72 sábios de Israel em 72 casas separadas e ordenou a cada um deles pessoalmente traduzir a Torá para grego.Cada um dos setenta e dois Sábios pensava que só ele estava traduzindo a Torá e mudou algumas coisas que pudessem ou causar um decreto do rei contra o estudo da Torá ou dar a impressão que a Torá se assemelha à idolatria. Por milagre todos esses 72 sábios mudaram exatamente as mesmas palavrasUma das coisas que eles mudaram foi o nome da Arnevet que na sua tradução para o grego seria o nome da esposa de Talmai, para que ele não ficasse furioso em pensar que os judeus colocaram o nome da esposa dele na Torá.Talvez nessa hora de emergência jogaram o nome da Arnevet à lebre e talvez foi aí que tudo começou.Talvez para os povos do mundo que traduziram a Torá como pentateuco não importava quem eram o shafan e a arnevet, sendo que para eles não têm muita relevância se o animal é impuro por ter um sinal de pureza ou por não ter nenhumMas para nós esse assunto é gravíssimo pelo fato de a Guemará em Hulin 60b dizer que o fato de Moshe Rabeinu sem ter experiência com animais exóticos saber que somente quatro espécies de animais no mundo inteiro tem somente um sinal de pureza é um argumento para provar que a Torá é DivinaQuando usamos a tradução cristã da Torá sobre o Shafan e a Arnevet como coelho e lebre estamos fazendo o contrário, colocando na mão de todos uma prova de que a Torá não é DivinaTalvez ninguém queira corrigir esses erros de tradução para não assumir que errou durante dezenas de anos desde a primeira tradução Judaica da Torá, mas é melhor corrigir isso agora transliterando Shafan e Arnevet e não traduzido como coelho e lebre sendo que a tradução está explicitamente errada. Como diz o ditado “antes tarde do que mais tarde” !
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Tzav

Nossa Parashá nos conta sobre a origem da ramificação sacerdotal do nosso povo , o “Cohen” .Como sabemos, Yaakov Avinu teve doze filhos e deles se originaram treze tribos sendo que Yossef se transforma nas tribos de Efraim e Menashe.Na nossa Parashá Hashem pede para Moshe ungir Aharon e seus filhos com o “azeite de unção sagrado” e por meio disso tira eles do status de tribo de Levi dando origem à um novo status no nosso povo que é o Cohen.A unção de Aharon e seus filhos é comparada à unção do Rei David pelo profeta Shmuel que a partir dela David foi chamado de Melech HaMashiach (Rei ungido).O rei Salomão, filho do rei David, já não precisou da unção do profeta sendo que filho de rei ungido já nasce rei ungido até o último descendente do rei David que é chamado de Melech HaMashiach, ou seja, filho do filho do filho etc do rei David que chegará em breve em nossos diasO mesmo acontece com o Cohen. Os primeiros Cohanim foram ungidos na nossa Parashá e seus filhos já nascem Cohanim até hoje como vimos.Shabat Hagadol:Nosso Shabat é chamado Shabat Hagadol porque nele aconteceu um grande milagre ligado à saída do nosso povo do Egito, os egípcios em vez de eles lutarem contra nós lutaram entre si próprios.

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Vaykrá

Nossa Parashá começa com a palavra Vaykrá (e chamou) fazendo com que essa palavra se torne tanto o nome da nossa Parashá quanto o nome desse nosso terceiro livro do “Pentateuco”.

Algumas letras no Sefer Torá tem que ser escritas obrigatoriamente maiores do que o normal e algumas são escritas obrigatoriamente pequenas. Uma dessas letras aparece na nossa Parashá, uma letra “Alef” pequena que é a última letra da palavra Vaykrá.

Quando o terceiro Rebe de Lubavitch era uma criança e fez três aninhos de idade , seu avô , o “Baal HaTanya” o levou ao “heider” (escolinha de meninos) e pediu para o “Melamed” (professor ​dos meninos) estudar com ele, como é o costume a primeira parte da nossa Parashat Vaykrá .

Depois de estudarem , a criança perguntou ao avô :- Porque​ a letra “Alef” da palavra Vaykrá é pequena?

A pergunta da criança despertou no Baal HaTanya um profundo entusiasmo de devoção , e depois de alguns instantes explicou :

– A Torá tem letras normais, tem letras pequenas como essa da nossa Parashá e letras grandes como a letra “Alef” da palavra “Adam” (no divrei haiamim)

Tanto o Adam do “Alef” grande, quanto Moshe Rabeinu do “Alef” pequeno foram pessoas únicas, pessoas que não existiram igual a elas.

Adam foi criado pessoalmente por D’us e dele saiu toda a humanidade , Moshe Rabeinu foi quem  recebeu a Torá diretamente de Hashem , falou com D’us “face a face”.

Mas Moshe Rabeinu , mesmo tendo toda essa grandeza, a Torá testemunha sobre ele que ele era o mais humilde de todas as pessoas do mundo.

Moshe Rabeinu era filho de Amram , o líder da geração, D’us se revelou para ele na ocasião do “arbusto incandescente”, D’us o chamou para subir ao monte Sinai, etc etc etc , e como com tudo isso como ele conseguiu se manter humilde?

Moshe imaginou que qualquer outra pessoa que estivesse nessas mesmas circunstâncias que ele estava e tivesse tido essas mesmas oportunidades que ele teve teria feito muito melhor do que ele, chegaria à níveis muito mais elevados e aproveitaria essas dádivas Divinas de uma maneira muito melhor.

Por isso , nesse versículo que está expressando o carinho que D’us tinha por Moshe, “e chamou Moshe”, a letra Alef é pequena mostrando a humildade de Moshe Rabeinu.

Temos que aprender com Moshe Rabeinu e usar esse raciocínio para nós também!Uma incrível ligação entre a nossa Parashá e a festa de Pessach vem nos ensinar exatamente isso.

A Matzá é um pão que não fermentou e vem simbolizar a humildade, o hametz é um pão fermentado, um pão que “estufou” e representa a arrogância.

A verificação do hametz vem nos ensinar que devemos verificar todas as nossas atitudes para ver se alguma delas não contém um pouquinho de “arrogância estufada” e tirar totalmente a prepotência da nossa personalidade!

Os próprios preparativos de Pessach são um grande treino para se chegar à humildade.A gravidade de se comer hametz em Pessach (comer hametz em Pessa’h é uma transgressão a nível de “caret” com todas as suas consequências), e os rigores de Pessach que não se encontram em nenhuma outra festa judaica colocam muitos de nós em um estado de “Pessa’h-fobia” com acréscimo de traumas acumulados de Pessa’h anteriores

E depois de limpar a casa inteira ainda é capaz que uma criança corra atrás da outra para os quartos limpos, com um pacote de biscoitos na mão, esfarelando tudo no meio do caminho deixando os nervos dos pais à flor da pele.

Nessa hora devemos despertar o aspecto “Moshe Rabeinu” da nossa alma e manter a alegria em todos os instantes.

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Vayakhel

Parashat Vayakhel (e reuniu) nos conta que Moshe Rabeinu reuniu todo o povo de Israel para ensinar a Mitzvá do Shabat.Essa linguagem aparece pela primeira vez na Torá na Parashá anterior quando o povo se reúne em volta de Aharon Hacohen para obrigá-lo a fazer o bezerro de ouro , nos sinalizando que o Shabat nos purifica até da pior coisa do mundo que é a idolatria.

Poderíamos pensar que para nos purificar de uma coisa ruim que fizemos o único jeito seria sofrer um pouco por causa disso, e aqui vemos que o capricho no cumprimento das Mitzvót são um meio de purificação maior do que qualquer sofrimento do mundoA Parashá nos conta que é proibido acender fogo durante o Shabat.Sendo que está escrito que o Shabat tem que ser um prazer, nossos Sábios decretaram a obrigação de deixar a comida do Shabat pronta e quente.Como manter a comida do Shabat aquecida se é proibido acender fogo no Shabat?Para isso foi inventada a famosíssima ”Plata de Shabat”!A chapa de Shabat que chamamos de plata é uma placa de alumínio que pode ser encomendada em qualquer fabriquinha de calhas (peça um material grosso para não entortar com o fogo nas 25 horas em que ela vai estar em cima do fogo baixo) de acordo com a medida do seu fogãoVocê deve pedir para fazer uma dobradinha de um centímetro nas extremidades para ela não ficar cortante e deve ser dobrada uns 8 centímetros na frente para cobrir os botões do fogão.Então acenda um fogo baixo , coloque a plata em cima dele e as panelas com a comida pronta em cima da plata.A quantidade de água dentro da panela deve ser planejada de acordo com o número de horas que ela vai ficar em cima da plata. (Se não souber calcular esse tempo faça uma experiência no meio da semana)Uma janela deve estar um pouquinho aberta para entrar ar e todos os cuidados devem ser tomados para que o fogo não se apague sozinho no meio do Shabat e não haja vazamento de gás (não deixe panos ou plásticos perto dela para não pegar fogo).Centenas de milhares de judeus fazem assim no mundo inteiro e com o tempo você pega experiência.Se o seu gás é de botijão você pode comprar uma balança de banheiro e colocá-la fixa embaixo do botijão para calcular quando ele vai acabar e por precaução trocar o botijão antes do Shabat.A eletricidade foi classificada como fonte de fogo e por isso acendemos a luz da sala cozinha e banheiro e tudo o que precisa estar aceso no Shabat antes de acender as velas (não podemos apagar fogo ou eletricidade durante o Shabat a não ser em caso de perigo de vida).O Baal HaTanya diz que pelo fato de as leis de Shabat serem muitas é bom revisá-las constantemente.Parashat Pekudei nos traz a conta de todas as doações feitas para a construção do Mishkan e seus artefatos, nos mostrando que todos os assuntos públicos devem ser feitos com total transparência.

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Ki Tissá

Nossa Parashá nos conta que Moshe Rabeinu desceu do monte Sinai com as Luhot Habrit, traduzido erroneamente como “tábuas da lei”

As “tábuas da lei” são mais um erro de tradução dos padres que traduziram a Torá para o português. A tradução mais próxima para o português seria  “Lousas da Aliança”

A Guemará nos conta que essas Luhot eram dois quadrados de pedra de 48cm de comprimento, 48cm de altura e 24cm de largura ” ou seja , elas eram quadradas.

Em muitos casos elas aparecem arredondadas encima, fato que não tem nada a ver com a nossa cultura judaica mas tem origem na cultura cristã.

Ou seja, os primeiros livros judaicos impressos após o século 15 foram impressos em editoras de cristãos, a maioria delas na Itália.

As editoras costumavam colocar um enfeite na página inicial, e sabendo que estavam imprimindo um livro religioso judaico colocaram desenhos das “Tábuas da Lei” feitos por artistas de arte sacra cristã como por exemplo Michelangelo, no século 16, que era famoso na época

Naquela época, a tecnologia de impressão recém descoberta baixava tanto o preço dos livros (que antes eram escritos a mão), que ninguém se importou com os desenhos, contanto que tivessem os livros em hebraico.

Tempos depois, Judeus que nunca tiveram contato com arte sacra cristã acharam que, sendo que este desenho está em um livro judaico antigo, com certeza ele tem uma origem judaica.

E assim essas “Tábuas arredondadas” foram copiadas em todas as sinagogas, lapidadas na parede e no Aron Hakodesh (armário onde se guarda o Sefer Torá), bordadas na cortina do Aron Hakodesh , no Meíl (manto) do Sefer Torá e na cobertura da Bimá (mesa na sinagoga onde se lê o Sefer Torá).

Sendo que essas Tábuas redondas estavam em livros e sinagogas antigas, com o tempo todos se acostumaram com elas e acharam que com certeza ela é um símbolo judaico puro.

Até chegar o Rebe de Lubavitch e revelar essa história para nós, fazendo com que até o rabinato de Israel mudasse seu símbolo, de Luhot redondas para Luhot quadradas.

Então, vamos tirar essas “Tábuas redondas” da nossa cultura!

Milagres revelados demonstrando a presença Divina entre nós

Alguns milagres aconteciam nessas Luhot ,a escrita ultrapassava de lado a lado mas aparecia do lado de trás e do lado da frente da mesma maneira, e as partes internas das letras que não tinham ligação com suas laterais ficavam paradas no ar no meio delas.

Quando Moshe Rabeinu estava nos trazendo as Luhot , o povo tinha sido induzido pela “erev rav” a fazer um “bezerro de ouro”, uma idolatria.

Moshe Rabeinu estava descendo do monte Sinai com as Luhot e ao ouvir a festa da idolatria as Luhot cairam das suas mãos e se quebraram

Depois que conseguiu resolver a situação e a idolatria parou, pediu para Hashem desculpar o povo de Israel pelo acontecido, nos ensinando que o principal da Teshuvá é parar de fazer a coisa ruim, a próxima etapa é pedir desculpas por tê-la feita.

Hashem revela para Moshe uma mina de safira que por incrível que pareça estava embaixo da terra dentro da tenda de Moshe, e pede para Moshe lapidar duas Luhot como as anteriores e subir novamente ao monte Sinai.

No Yom Kipur Moshe desce com as segundas Luhot.As novas Luhot foram guardadas dentro das “Arca da Aliança” junto com todos os pedaços das primeiras Luhote acompanharam nosso povo até a destruição do primeiro Beit Hamikdash, quando foram escondidas nos túneis que construiu o Rei Salomão e vão ser reveladas novamente quando Mashiach chegar.🌷

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Tetzavê

Urim Vetumim

Nossa Parashá nos conta sobre as roupas do Cohen Gadol.

Muitos segredos se ocultam por trás dessas roupas, como por exemplo o pedido Divino de colocar dentro do Hoshen o Urim e o Tumim

Nas doze pedras preciosas encaixadas no Choshen estavam gravados os nomes dos doze filhos de Yaakov, patriarcas das treze tribos de Israel (no lugar dos nomes de Efraim e Menashe estava o nome de Yossef).

Por trás disso, dentro do Choshen, estava o Urim e Tumim

Quando surgia uma pergunta de importância pública como uma dúvida relativa à estratégia de guerra ou outro assunto público importante que necessitava de uma resposta Divina explícita, ela era perguntada em frente ao Cohen Gadol que vestia o Hoshen.

Então, por causa do Urim e Tumim, um milagre acontecia com as letras dos nomes lapidados nas pedras preciosas

Rabi Yochanan na Guemará (Yoma) diz que um conjunto de letras se destacava e o Cohen Gadol montava com elas palavras por meio de Ruach Hakodesh (Inspiração Divina). Reish Lakish diz que as letras se moviam milagrosamente e montavam palavras

O Ramban, Rabi Moshê ben Na’hman explica que as letras se iluminavam para o Cohen Gadol e assim elas se ressaltavam

O que são Urim e Tumim?

Rashi esclarece que o Urim e o Tumim são o Nome explícito de Hashem escrito e colocado dentro das dobras do Hoshen

Por meio dele as palavras Hoshen se tornavam perfeitas e iluminadas, e por causa desse Nome de Hashem que estava nele o Hoshen é chamado de Hoshen Mishpat

Porque por meio dessa escrita as perguntas eram milagrosamente julgadas e as respostas do Hoshen eram explícitas determinando se fazer ou não fazer o que foi perguntado

Urim

O Ari Zal explica que o Urim era o Nome de Hashem conhecido como Nome “Mem Beit”, letra Mem e letra Beit do alfabeto hebraico cujo valor numérico delas juntas é 42.

Esse nome é chamado de “Mem Beit” por ser composto pelas iniciais de cada uma das 42 palavras da reza cabalística “Ana Bekoa’h”

Tumim

O Ari Zal explica que o Tumim era o Nome de Hashem conhecido como “Ain Beit” (72) que é assim chamado por ser o valor numérico do “Milui” (preenchimento) do nome de Hashem de quatro letras conhecido como Tetragrama,

Ou seja, o nome de cada letra é escrito literalmente e o resultado do valor numérico das letras que compõem os nomes das quatro letras é 72

Quando o Cohen Gadol estava no Mishkan ou no primeiro Beit Hamikdash esses Nomes se encontravam dentro do Hoshen

Diz o Ari Zal que não era possível fazer perguntas dessa forma a não ser dentro do Beit Hamikdash ou do Mishkan

E por isso o Choshen de Aviatar, o Cohen que fugiu da cidade de Nov que foi atacada por Shaul e se uniu à David antes de ele ser o rei de Israel, não tinha o Urim e Tumim

Ou seja, David recebia respostas Divinas do Hoshen de Aviatar por meio do Rua’h Hakodesh do próprio David, e não por causa do Urim e Tumim

 

A estranha história da pessoa que quis se converter ao judaísmo por causa das roupas do Cohen Gadol

A Guemará nos conta que certa vez alguém estava passando por trás de uma sinagoga e escutou de fora uma descrição sobre as roupas Cohen Gadol.

Ele perguntou :- Quem vai vestir essas roupas? :- O Cohen Gadol, respondeu o professor.

A pessoa que não era judeu, tomou uma decisão consigo próprio: – vou me converter ao judaísmo com a condição de ser o Cohen Gadol!

Chegou ao tribunal rabínico onde se encontrou com o grande Shamai, que ouvindo o argumento concluiu que a pessoa não tinha boa intenção. Provavelmente ele não queria se converter por motivos religiosos mas sim por causa das roupas

Mas aquela pessoa não desistiu e foi procurar o outro grande Rabino da época que se chamava Hilel.Hilel fez para ele um curso de Cohen Gadol aonde a pessoa descobriu que: se nem o Rei David poderia ser Cohen Gadol e nem um Cohen qualquer, então, quanto mais ele!

Então ele se converteu ao judaísmo e se tornou um bom judeu, sem precisar ser nem Cohen e nem Gadol

E surge a pergunta: Será que Shamai não estava certo?

O que viu nele Hilel que Shamai não tinha visto?Hilel viu que essa pessoa era muito caprichosa e queria fazer tudo do jeito mais certo possível

E que essa pessoa deduziu que o fato de o Cohen Gadol ir com essas roupas demonstrava que ele era mais religioso do que os outros

E sendo que ele quer se converter “até o fim”, isso despertou nele a vontade de ser o Cohen Gadol, ser o judeu mais religioso do mundo

No curso de Cohen Gadol que Hilel fez para ele, ele aprendeu que até o Rei David, um Tzadik maior do que o Cohen Gadol , não poderia ser Cohen Gadol.

Ou seja, dá para ser um Tzadik maior ainda do que o Cohen Gadol sem precisar usar aquelas roupas.

Aprendemos daqui que as vezes acontece de alguém errar e medir o nível de religiosidade de outra pessoa pelas roupas que ele usa

Alguém pode achar que quanto mais sofisticada a roupa mais religiosa aquela pessoa é

Esse foi o erro de avaliação que aquela pessoa fez há dois mil anos atrás, mas por incrível que pareça isso continua sendo um erro de avaliação muito comum nos dias de hoje.

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Nossa Parashá nos conta sobre o pedido Divino ao povo de Israel de doarem para a construção do Mishkan Traduzido como Tabernáculo, palavra que por sua vez também precisa de uma tradução!
Então vamos deixar Mishkan mesmo!A linguagem do versículo é : “pegue para mim (Hashem) uma doação”.Unkelus bar Kalonikus era o filho da irmã do imperador romano Titus que destruiu o segundo Beit Hamikdash e causou um verdadeiro holocausto para o nosso povo.Unkelus se converteu ao judaísmo e se tornou um “Tana” , que é o título dado aos grandes Sábios da época da Mishná.Deixou de ser Unkelus bar Kalonikus e se tornou Unkelus ben Avraham Avinu.
Ele traduziu a Torá para o aramaico, que era a língua falada pela maioria dos judeus da época, para facilitar o entendimento dela para as mulheres, crianças e pessoas menos estudadas, tornando a Torá acessível aos menos privilegiados
Mesmo havendo na época outras traduções da Torá para o aramaico, a tradução de Unkelus, que não é uma tradução literal mas sim explicativa, foi escolhida pelos Sábios de Israel para ser lida toda semana junto com a Parashá (por isso ela já vem impressa em todo Humash ao lado do texto em hebraico).
Essa tradução foi feita quando Unkelus já estava em um nível espiritual elevadíssimo , o nível de Tzadik

Ele fez essa tradução por meio de Rua’h Hakodesh

Ou seja, ele viu lá em cima como teria que traduzir aqui embaixo.

Quando ele chegou nesse versículo que diz “pegar” para Hashem uma doação, ele traduziu “dar” para Hashem uma doação.
Se a explicação para esse “pegar” é “dar” , porque no texto em hebraico está escrito pegar?Aqui revelamos um segredo oculto da Torá, quando você está dando uma doação, na verdade você está “pegando” para você muito mais.Ou seja, no mérito da sua doação Hashem te dá muito dinheiro!
Mishpatim
Nossa Parashá nos conta que se duas pessoas brigarem e um ferir o outro, uma das coisas que o agressor é condenado é a pagar o custo do médico para curar o agredido
Sendo que a Torá nunca tiraria de alguém algo indevido e esse custo não aparece aqui como multa, daqui concluem nossos Sábios que a Torá deu ao médico a permissão Divina para curar, como diz Abaye na Guemará em Brachot (60/a).
Essa “permissão” da Torá não está tratando de “caso ele queira” rezar para Hashem curar ele é o suficiente e “caso ele queira” ir ao médico está permitido, mas sim que ele é obrigado a ir ao médico. Ou seja, permissão aqui quer dizer obrigação
O Shulchan Aruch em “Yoré Deá” traz essa lei na prática determinando que ir ao médico quando necessário é uma Mitzvá da Torá para todos os judeus e está incluída na Mitzvá de “Pikuach Nefesh”.
Por isso, diz o Shulchan Aruch: Qualquer pessoa que está em uma situação que necessita de um médico e opta por não ir é um criminoso (contra si próprio) (Yoré Deá 336/1).
Ou seja, pela Torá um crime contra si próprio também é um crime, e quando a Torá nos pede para agir de maneira natural temos que agir assim porque essa é a vontade Divina
Medicina alternativa
A Torá diz que foi dada ao médico a permissão para curar. Em alguns casos a medicina convencional é melhor e em outros a alternativa é mais eficiente.
Em um caso de úlcera gástrica por exemplo, algumas vezes pela medicina convencional é necessário fazer uma operação e a medicina alternativa resolve o mesmo problema com uma dieta, o que é uma opção melhor
Ou em caso de dores, às vezes a medicina convencional só consegue resolver isso com remédios fortes que trazem efeitos colaterais ou viciam e a medicina alternativa resolve o mesmo problema com acupuntura.
Sendo que os resultados são reais e até os convênios estão oferecendo medicina alternativa, está claro que devemos optar pelo tratamento mais eficiente, mais eficaz e menos prejudicial sendo ele medicina convencional ou alternativa
Mas quando a medicina alternativa envolve assuntos de idolatria como cura por meio de espíritos ou coisas desse gênero, aí entramos na proibição da Torá em relação a idolatria, e esse tipo de medicina alternativa é proibido pela Torá.
Três médicos, duas opiniões,
Quando o problema de saúde é complexo e envolve assuntos irreversíveis, o ideal é se consultar com três médicos diferentes e, sem faltar com o respeito a nenhum deles optar pela melhor solução.
No caso que dois médicos estão diagnosticando igual é mais provável que estejam mais certos do que o outro.
Médico jovem e médico velho
Geralmente um médico jovem está mais atualizado sendo que a medicina se desenvolve de ano para ano e essa área exige muitas horas de estudos diários dificultando aos médicos mais antigos acompanhar esse desenvolvimento. Mas toda regra tem exceções!
E esse é um dos sinais da vinda do Mashia’h, que “Os jovens vão fazer os velhos passarem vergonha”.Vemos isso atualmente em quase todas as profissões!
Mashia’h está chegando!!!!
Diz o Rebe que no caso de nós judeus, nossa saúde material depende da nossa saúde espiritual.
E da mesma maneira que quando sentimos fraqueza em um órgão material devemos ir ao médico sendo que precisamos nos comportar de maneira natural e a Torá deu permissão, que quer dizer também força, ao médico para curar , assim também devemos nos comportar quando sentimos fraqueza em um assunto espiritual(obs. Nessa carta o Rebe indica estudar no livro Tanya a parte chamada de Shaar Haichud Vehaemuná)
❤️
Assassino, mas por engano
Então porque ele é chamado de assassino ?
Nossa Parashá nos conta que a pessoa que matou alguém sem intenção é exilada para uma das “cidades de refúgio”. A linguagem do versículo é: “ele não teve intenção mas D’us colocou (esse acontecimento) na mão dele”.Mas porque D’us deixaria acontecer uma coisa dessas por meio dele?Disse o rei David à Shaul:- “Como diz o provérbio original (se relacionando à Torá) “Dos malvados sai o mal”. (e por esse motivo, mesmo tendo tido a oportunidade de matar Shaul em legítima defesa ele não o fez)E aonde a Torá nos diz que dos malvados sai o mal?Nesse nosso exato versículo! “D’us colocou na mão dele” !Ou seja, uma coisa ruim decretada pelo tribunal Divino para acontecer no mundo, acontece por meio de uma pessoa ruim (e por isso David não matou Shaul mas se protegeu de outra maneira, fugindo para a terra dos filisteus)Pergunta Rashi:- Sobre o quê nosso versículo está falando?E ele próprio responde:- Sobre duas pessoas! Uma que assassinou sem intenção e outra que assassinou intencionalmente, e que nesses dois casos não havia testemunhas e eles não receberam nenhum castigo.Um decreto do tribunal Divino trás os dois a um mesmo lugar.Esse que tinha assassinado intencionalmente (nessa reencarnação ou em outra) está sentado embaixo de uma escada, e esse que tinha assassinado sem intenção (também nessa reencarnação ou em outra) sobe na escada.Sem querer, o que tinha assassinado sem intenção cai sobre aquele que tinha assassinado intencionalmente matando ele sem intenção na frente de pessoas que testemunham esse acontecimento , consequentemente ele é condenado à exílio.Final da equação: Esse que matou sem intenção é exilado e esse que matou intencionalmente é morto fazendo acontecer o “Tikun”, o “conserto” daquelas duas almas que carregavam essa pendência até que essa “correção” acontecesse.Diz o Ari Zal que isso pode ser dividido em duas reencarnações, na primeira ele assassinou intencionalmente e na segunda ele foi morto , e esse é o conserto e refinamento dessa alma, o mesmo se aplica ao segundo caso.Essa equação é aplicada a qualquer transgressão determinando uma regra chamada “megalguelim zechut al yedei zacai vechová al yedei chayav” .Ou seja, lá de cima fazem uma coisa boa acontecer por meio de uma pessoa boa e uma coisa ruim por meio de uma pessoa ruim.E muitas vezes uma pessoa boa na reencarnação atual infelizmente tinha sido uma pessoa ruim na reencarnação anterior e carrega essa pendência sem saber.Como no caso que trás o Ari Zal sobre um dos inúmeros motivos espirituais pelos quais uma mulher tem um abortoNessa reencarnação ou em alguma anterior ela concordou em fazer um aborto não por perigo de vida dela mas talvez por motivos econômicos ou sociais. A partir daí essa mulher carrega essa pendência.Em outro caso uma pessoa cometeu uma transgressão passível de uma pena Divina chamada “caret” (redução da vida para menos de cinquenta anos) mas ela já estava velha e não tinha como passar por esse “caret”.A mulher que carregava a pendência do aborto engravida e o embrião recebe a alma dessa pessoa que precisa receber o caret .No final ela acaba abortando por qualquer motivo contra a vontade dela causando o “caret” dele, e assim as pendências espirituais dele e dela desaparecem, e essas duas almas se purificam.A mentira na visão judaica:Nossa Parashá diz : “Fique longe da mentira”!Se a mentira não é coisa boa, por que a Torá não nos proíbe mentir?
E se mentira é coisa boa porque a Torá nos pede para ficar longe dela?
Diz o Baal Shem Tov que a mentira é um veneno e de um veneno temos que ficar longe, mas um médico especialista sabe em que dose o veneno vira remédio e em que overdose ele volta a ser veneno, e sem o veneno não dá para fazer o remédio
O exemplo disso na Torá é Aharon Hacohen que por meio de uma “mentirinha” conseguia fazer as pazes entre marido e mulher e entre duas pessoas que estavam brigadas.
Ele era o médico especialista que sabia a dose certa do veneno para salvar as pessoas.Outro exemplo encontramos com Beit Hilel na Mishná.
Segundo eles devemos dizer em qualquer casamento que a noiva é bonita e simpática (mesmo sendo ela feia e antipática).Muitos exemplos desse gênero encontramos nos livros judaicos.
Por outro lado, nem toda verdade é permitida pela Torá e muitas vezes a verdade é classificada como “leshon hará” (publicar uma coisa ruim sobre alguém) que é uma transgressão da Torá.
O mito de que se a coisa é verdadeira fica permitido falar foi refutado pelo judaísmo a ponto de o Chofetz Chaim ter escrito um livro inteiro sobre qual verdade é permitido falar e em que caso , para não ser considerado uma “leshon hará”.
Ou seja, uma verdade que quando divulgada pode prejudicar alguém também se torna um veneno!
Curiosidade :
O ditado “a mentira tem perna curta” provavelmente é de origem judaica, porque no hebraico cada uma das três letras da palavra mentira (sheker) tem um pé só (perna curta) enquanto que cada uma das três letras da palavra verdade em hebraico (emet) tem dois pés, mas no português não há essa lógica, mostrando que a única base para esse ditado é a língua hebraica
Talvez isso seja mais um sinal das origens judaicas dos bandeirantes brasileiros.
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Ytro
Nossa Parashá nos conta que Ytró, o sogro de Moshe , levou sua filha Tzipora junto com os dois filhos dela para Moshe no deserto.
Porque Ytró teve que se arriscar dessa maneira entrando deserto adentro e não poderia esperar com que Moshe viesse pessoalmente buscar sua família?
O Ari Zal nos conta que Ytró era a reencarnação de Caim e Moshe era a reencarnação de Abel. A Torá nos conta que Caim teve um filho com sua esposa e o chamou de Chanoch.Quem era essa esposa que a Torá não conta de onde ela nasceu? É claro que ela não era sua própria mãe, então quem era essa mulher que estava lá e se casou com Cain?Quando a Torá nos conta sobre o nascimento de Cain e Hevel aparece três vezes a palavra “et”.O Midrash decifra essa palavra aparentemente desnecessária revelando que junto com Cain nasceu uma irmã gêmea e com Hevel nasceram duas, e elas seriam suas futuras esposas.Cain ficou indignado por ter uma esposa só enquanto seu irmão teria duas.Encontrou um motivo para briga justificando como sendo talvez até por um assunto religioso, de seu korban não ter sido aceito, e terminou assassinando seu irmão por achar que não tem no mundo nem lei e nem juiz e que nada vai acontecer para ele.Os três se reencarnam novamente. Caim é Ytró, Abel é Moshe, e aquela gêmea, pivô da briga entre eles é Tzipora.Por isso Ytró tinha que tomar a iniciativa de ele levar Tzipora para Moshe, porque esse era o “Tikun” (o conserto) da alma do Cain, devolver aquela “Alma gêmea” (em absolutamente todos os aspectos)E também salvar a vida do “irmão”(irmão da reencarnação anterior) para consertar o fato de tê-lo assassinado por causa dela.Ytró leva Tzipora para Moshe e por meio de seus conselhos salva a vida de Moshe de um infarto por stress, delegando o trabalho de Moshe à:600 juízes, responsáveis por mil pessoas cada um,6.000 juizes responsáveis por 100 pessoas (cada um)12.000 juízes responsáveis por 50 pessoas (cada um)60.000 juízes responsáveis por 10 pessoas (cada um)78.600 juízes para fazer o trabalho que Moshê tinha feito sozinho!Ytro de verdade salvou a vida de Moshe, construindo uma estrutura de governo jamais vista antes.Sendo que Cain tinha assassinado Hevel porque achava que o mundo não tinha um juiz , essa parte da Torá que é chamada “Parashat Hadaianim”, “a Parashá dos juízes”, teve que chegar até nós por meio de Ytró, e assim ele “acrescentou” uma Parashá na Torá.Aprendendo com Ytró:Aprendemos com Ytró que se até o próprio Moshe poderia ter terminado sua vida de maneira fatal por ter centralizado todo o trabalho envolta de si próprio, quanto mais nós que não temos toda a capacidade que Moshê tinhaYtró para salvar Moshê fez ele delegar seu trabalho à pessoas adequadas para essa função mesmo não sendo elas tão adequadas à isso quanto o próprio MoshêQuanto mais nós, que muitas vezes encontramos pessoas muito mais adequadas do que nós próprios para delegar funções de muito menos responsabilidade do que era a deles !
Então, vamos aprender com Ytró, começar a nossa própria “descentralização” e salvar nossas próprias vidas!
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Nossos Sábios nos contam que Ytró optou por se converter ao judaísmo depois que ouviu sobre a abertura do mar vermelho e a guerra de Amalek .
O que tem a ver a abertura do mar vermelho com a guerra de Amalek?
A abertura do mar vermelho nos lembra o carinho que Hashem tem por nós, nos fazendo milagres revelados, cuidando de nós e nos protegendo.
Depois de todos esses milagres enormes aparece o extremo dos povos , o mais prepotente e arrogante, e faz o que todos os outros povos gostariam de ter feito mas tinham medo, lutam contra nós!
Ytró vê os dois extremos. O amor que D’us tem por cada judeu, e a frieza dos povos do mundo, que mesmo vendo os milagres revelados que Hashem faz para nós , no lugar de se unir à D’us lutam contra ele
E qualquer meio termo sempre vai estar vinculado a um desses dois extremos, ou seja, os outros povos estavam felizes com a atitude de Amalek mesmo não tendo a coragem de fazer igual.
A Torá nos conta que a guerra contra Amalek acontece em cada geração. Na prática ela aconteceu somente duas vezes e na época do Mashiach vai acontecer mais uma vez.
Entre essa primeira guerra de Amalek no deserto e a segunda guerra na época do rei Shaul não tínhamos a Mitzvá de exterminar o Amalek até que fosse nomeado o primeiro rei de Israel.
Depois que Shaul não fez isso totalmente, veio o rei da Assíria, Sanherib e misturou os povos, nos tirando a possibilidade de saber quem é Amalek.
E por fim, na época do Mashia’h acontecerá a terceira e última guerra contra Amalek, e depois disso eles já não existirão mais .
Então, se são somente três guerras na história, como podemos cumprir o mandamento que nos foi dado na Parashá de lutar contra Amalek em cada geração?
O Rebe explica que a guerra espiritual contra Amalek deve ser feita diariamente
Klipat Amalek
Amalek representa uma força espiritual negativa que chamamos de “Klipá”. Essa Klipá de Amalek causa a frieza e a insensibilidade em todos os assuntos espirituais.
A consequência dela em cada um de nós é: mesmo vendo milagres no dia a dia, mesmo conscientes de que D’us está cuidando de nós o tempo todo como crianças pequenas, mesmo assim somos capazes de rezar com frieza e cumprir os mandamentos Divinos sem entusiasmo, fazendo “nada mais do que a obrigação”.
Por causa desse Amalek espiritual acabamos achando que: mesmo Hashem tendo nos ajudado no passado, com certeza ele não vai nos ajudar mais (D’us nos livre) , e por último acabamos estudando Torá e cumprindo as Mitzvot SEM a mínima consciência de que D’us existe e achando que tudo está dependendo somente de nós.
Dicas para vencer o Amalek espiritual :
1-Todo dia temos que nos conscientizar novamente de que D’us existe, de que ele é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e de que ele está cuidando de cada um de nós e nos protegendo a cada instante!
2- Rezar todo dia com muita alegria e entusiasmo, e saber que Hashem está ouvindo com muito prazer cada palavra da nossa reza e está cheio de orgulho de nós!
3- Cumprir os mandamentos Divinos com muita alegria , muito entusiasmo e muito capricho, sabendo que Hashem está cheio de alegria por cada mandamento que cumprimos!
4- Se lembrar de todas as vezes que Hashem nos ajudou pessoalmente no passado, se lembrar de todos os pequenos milagres do dia a dia e saber que agora Hashem vai te ajudar muito mais e te fazer muito mais milagres!
E o principal, expulsar todos os pensamentos contrários aos quatro itens anteriores alinhando nosso intelecto dessa maneira todo dia e toda hora 365 dias por ano!
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Beshalach
O maior dos milagres da saída do Egito que foi a abertura do mar vermelho.

A maior das atrocidades dos egípcios antigos contra nós foi jogar os meninos judeus no rio Nilo. Na abertura do mar vermelho chegou a hora de eles receberem o castigo sobre o que eles tinham feito para nós “midá knegued midá”, medida por medida. Ou seja, o que eles fizeram para nós, D’us fez para eles.

Nessa hora acontecem os maiores milagres. Eles se esforçaram e correram para dentro do mar que se fechou sobre eles, mostrando que quando chega a hora de alguém receber um castigo lá de cima Hashem não precisa trazer esse castigo até ele, mas ele próprio corre atrás da própria destruição e investe tudo o que pode para que isso aconteça!

Por natureza, a água em um lugar tão quente como o Egito escorre para baixo e nunca congela se tornando um túnel, mas na abertura do mar vermelho a água primeiro se transformou em muralhas de uma maneira sobrenatural e depois voltou a ser água sobre os egípcios, independente das condições climáticas, somente milagres!

Moshe e o povo de Israel vendo esse milagre tão grande fizeram uma Shirá, uma Tefilá de agradecimento em forma de música, e cantaram ela com muita alegria.

Nessa hora o povo inteiro se uniu ,mais um benefício da alegria , “quebra barreiras”

Essa Shirá se tornou parte da nossa reza de todos os dias.

No sidur do Shlá Hakadosh , Rabi Yeshaiau Halevi, um grande cabalista que nasceu em Praga em 1558, está escrito que temos que ler a Shirá na Tefilá com voz alta e com muita alegria porque assim o nosso povo falou a Shirá nas margens do mar vermelho, e temos que imaginar nesse momento como se nós próprios estivéssemos saindo do Egito nesse instante.

Está escrito no Zohar que o nosso mundo, o mais baixo, recebe tudo lá de cima, e se aqui em baixo estamos reluzindo de alegria nos sincronizamos com a alegria lá de cima e Hashem nos dá aqui em baixo todos os motivos para ficarmos reluzentes de alegria de verdade com muita fartura e prosperidade.

Ou seja, quando estamos alegres aqui em baixo trazemos para este mundo a alegria lá de cima e tudo fica bom de verdade.

Conclusão, pegamos na Shirá o embalo para essa “muita alegria”, continuamos rezando com “muita alegria” e levamos essa “muita alegria” para todo o nosso dia “contagiando com ela todos à nossa volta, “fazendo a diferença”

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Todas as nossas rezas devem ser feitas com muita alegria!

O Maguid de Mezritch nos contou que D’us tem um prazer enorme em ouvir as nossas rezas.

O Maguid deu um exemplo de um grande Rei que tinha um passarinho que falava e o rei ficava muito alegre em ouvir o passarinho falar.

Mesmo que o rei tinha grandes ministros e uma côrte de alto nível que com certeza falavam com muito mais erudição do que o passarinho, mesmo assim ele se entusiasmava muito mais em ouvir o passarinho falar do que ouvir eles

O motivo era simples: um ser humano falando é uma coisa normal, mas um passarinho falando é uma coisa fantástica!

Dessa mesma maneira, diz o Maguid, lá em cima existem infinitos anjos que cantam muito mais bonito do que nós, mas nós somos o passarinho que fala!

Somos uma Alma Divina dentro de uma alma animal dentro de um corpo material , e isso “faz a diferença” lá em cima.

Por isso quando rezamos temos que nos lembrar que Hashem está prestando muita atenção em cada palavra que falamos (mesmo se falamos um pouco errado) e tem um prazer enorme em nos ouvir.

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Nossa Parashá nos conta também sobre o Man. O povo de Israel saiu do Egito com a comida que eles conseguiram carregar , mas na hora que a comida acabou , nessa hora ela começou a cair do céu!Quando chegaram no “fim do caminho” o mar se abriu e quando a comida acabou ela começou a cair do céu nos ensinando que no judaísmo não existe “beco sem saída”!Uma mãe está sempre cuidando das suas crianças, quanto mais Hashem está sempre cuidando de nós e não nos esquece por aí!

BoNossa Parashá nos conta sobre as últimas pragas do Egito.A História do povo de Israel no Egito começa com Yossef que não só salva o Egito da maior crise internacional mas também o transforma na maior potência mundial .Os egípcios antigos, não só que não nos agradeceram por termos feito do Egito o país mais rico do mundo, mas ao contrário, disseram que nós éramos como “espinhos nos olhos deles”.E sendo que um país rico da época antiga precisava de muitos escravos, nós , que causamos toda essa riqueza , fomos os escolhidos” para sermos esses muitos escravos!Como pode um acontecimento histórico ser tão absurdo e ilógico?O Ari Zal explica que sendo que as almas do povo de Israel no Egito eram a reencarnação da geração do dilúvio, da torre de Bavel e de Sodoma e Gomorra, tínhamos que passar por esses sofrimentos para retificar as nossas almas daquelas pendências anteriores.E por isso não adiantou trazermos a prosperidade ao Egito, porque sem eles saberem essa pendência espiritual foi o que fez com que eles nos escravizarem contra a lógica.Depois que nossas almas por meio dos sofrimentos ficaram puras e refinadas de todas as pendências anteriores, não só que os egípcios nos deixaram sair, mas ainda nos ajudaram, nos deram jóias de ouro, prata e roupas caras .E o mais absurdo foi o jeito com que isso aconteceu! Todos no Egito sabiam que quando Moshe avisava que iria acontecer uma praga, a praga acontecia.Moshe avisou que iria ter uma última praga onde morreriam os primogênitos. Todos sabiam que isso iria acontecer, que um filho em cada família morreria.As mulheres egípcias costumavam “brincar” com os filhos das amigas , engravidavam deles e pensavam que era do marido. Ou seja, muitos filhos em uma casa eram primogênitos sem que eles ou os próprios pais soubessem.Na meia noite, quando aconteceu a praga dos primogênitos, muitas crianças morreram em cada casa , e todos sabiam que o motivo disso eramos nós.Nessa exata hora fomos para as casas dos egípcios, batemos na porta e dissemos :- Estamos indo fazer uma festa no deserto e não é bonito irmos assim para a festa, com essas roupas pobres…e sem jóias….Nessa hora que nós, os “culpados” por todas essas mortes, entramos nas casas dos egípcios comunicando que precisamos de roupas caras e jóias para fazermos uma festa, nessa hora os egípcios deveriam nos chamar de “espinhos nos olhos”, mas aí aconteceu exatamente o contrário!Nessa hora eles ficaram cheios de amor e carinho por nós e nos deram jóias e roupas caríssimas, e só depois que fomos embora com beijos e abraços eles foram enterrar os filhos.Daqui vemos que o relacionamento dos povos do mundo com o nosso povo não têm nenhuma conexão com o que fazemos para eles mas sim com o que fazemos para D’us.Tem a ver somente com as pendências espirituais atuais ou anteriores das nossas Almas.Milagres tão sobrenaturais como as pragas do Egito só aconteceram uma vez na história. Se tivéssemos o mérito aconteceriam de novo na saída do exílio da Babilônia na época dos persasMas sendo que não tínhamos todo esse mérito , Hashem somente inspirou o rei da Pérsia para nos deixar sair do exílio e construir o segundo Beit HamikdashMas milagres sobrenaturais muito maiores do que esses que aconteceram na sua do Egito vão acontecer na Gueulá em breve nos nossos dias!O Ramban, Rabi Moshe Ben Nachman, foi um grande Tzadik que nasceu em 1194 em Girona na Catalunha .Ele nos explicou que o motivo de Hashem ter feito somente uma vez esses milagres tão grandes e sobrenaturais foi para mostrar à todos que Hashem dirige e renova o mundo cuidando de cada um de nós de uma maneira especial, não nos abandonando ao acaso.Por meio da lembrança desses grandes milagres nós abrimos os olhos para ver os milagres do dia a dia , e essa é a base de toda a Torá , de vermos que tudo o que acontece na nossa vida são Milagres , e tudo depende das nossas atitudes!Quando cumprimos os mandamentos Divinos, os milagres acontecem!Então, vamos acrescentar no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot e os milagres vão acontecer!!!
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VaeráNa nossa Parashá D’us diz à Moshe que se revelou aos patriarcas com o nome de E-l Sha-dai (falamos Kel Shakai para não falar um nome de D-us em vão) e seu nome Y-H-V-H (o que chamamos de Hashem que quer dizer “o Nome”) não revelou para eles.

D’us está acima de todos os nomes, o que chamamos de “extrema simplicidade”, mas mesmo que sua essência está acima de todos os nomes, mas no lugar aonde você encontra a sua grandeza você encontra a sua humildade

Por isso ele desce ao nível dos receptáculos das dez Sefirot de Atzilut e lá é chamado de E-L (Kel) na Sefirá da Chessed e Elo-him (Elokim) na Sefirá da Guevurá , em cada aspecto de revelação ele é chamado com um nome diferente.

Quando a revelação Divina é diferente , queremos dizer com isso que o comportamento Divino em relação ao mundo também é diferente.Rabi Avraham Ben Meir Ibn Ezra foi um grande Tzadik que nasceu na Espanha no século 11 , fugiu dos árabes que perseguiram os judeus e viveu uma vida de muitas e longas viagens divulgando a Torá por muitos lugares.

Ele nos explicou que existem três níveis de comportamento Divino diferentes :Quando D’us é chamado de Elokim (trocamos o H pelo K porque esse é um dos sete nomes de D’us que não podem ser apagados e nem falados em vão) isso quer dizer que Ele está atuando somente de acordo com as leis de natureza , dirigindo o mundo por meio de um sistema astrológico que aciona toda a natureza não levando em conta as nossas ações sendo elas boas ou não. (dentro disso os astrólogos antigos conseguiam saber antecipadamente certas coisas que iriam acontecer sendo que esse comportamento Divino independe das nossas ações)Quando D’us é chamado de Kel Shakai (novamente trocamos o H pelo K porque esse é um dos sete nomes de D’us que não podem ser apagados e nem falados em vão) isso quer dizer que Ele está atuando de maneira sobrenatural mas totalmente dentro da natureza.

Nesse nível ele está levando em conta nossas ações e fazendo a natureza agir à nosso favor quando nos comportamos bem (e o contrário está subentendido) , nos fazendo verdadeiros milagres mas totalmente revestidos na natureza, e esse foi o comportamento Divino com os Patriarcas.Nesse nível de revelação D’us pode prometer milagres sobrenaturais mas eles ainda não acontecem na prática , e por isso nosso patriarca Avraham até o túmulo da própria esposa teve que comprar por uma exorbitância mesmo que Hashem tinha prometido à ele aquela terra.Quando D’us é chamado de Havaie [Y-H-V-H] (vamos falar Hashem), isso quer dizer que Ele está atuando de maneira sobrenatural , surreal com milagres revelados que não tem nenhuma conexão com a natureza como no caso das dez pragas , (mesmo aquelas que superficialmente parecem naturais tem um fundo totalmente sobrenatural) .Esse comportamento Divino não depende de nenhuma forma das nossas ações boas ou não mas sim da nossa origem.

Esse nível de revelação é específico para o povo de Israel, como o próprio D’us diz para Moshe que vai cumprir o que prometeu à Avraham , ou seja , recebemos os milagres sobrenaturais no Egito porque éramos descendentes de Avraham.

Não pelo nosso próprio mérito mas sim pela essência de sermos judeus que é relacionada à nossa alma.Conclusão: hoje que se passaram mais de 3335 anos da saida do Egito vimos que o único povo que saiu de lá dessa maneira sobrenatural fomos nós.

Mesmo que o continente africano sempre foi cheio de genocídios interpopulacionais e muitos povos tiveram que fugir de um lado para o outro, e com certeza a Divina providência levou em conta as ações de cada um e o comportamento Divino é “midá knegued midá”

Mas milagres sobrenaturais como o rio Nilo se transformar em sangue ou uma grande rã dar origem à milhões de rãs que entravam nos fornos , contrário da natureza animal, ou a terra se transformar em piolhos, isso só aconteceu por causa de nós.

Não por causa das nossas ações mas por causa das nossas almas judias. Hashem atendeu aos gritos do nosso povo para antecipar os milagres sobrenaturais que já estavam prometidos .

O mesmo acontece agora que estamos antes da Gueulá, nossa Redenção final .Até agora os milagres do Egito tinham sido os maiores e mais surreais que a humanidade já presenciou, mas a nossa Gueulá vai colocar os milagres do Egito em segundo plano de tão sobrenaturais que vão ser.

Então pra que esperar , vamos fazer como os nossos ancestrais no Egito e gritar, pedir para Hashem nos tirar do exílio já!Dar os nossos gritos agora e antecipar para imediatamente os maiores milagres sobrenaturais que o mundo nunca viu!!!

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Shemot

Nossa Parashá nos conta fatos da escravidão no Egito e entre eles que Moshe se revela como o defensor do nosso povo fazendo duas boas ações:

1- Salvou a vida de um judeu que quase morreu chicoteado mesmo que para isso Moshe teve que arriscar a própria vida matando e enterrando o egípcio que estava tentando assassinar aquele escravo judeu.

2- deu uma grande bronca no judeu que salvou quando o viu depois de salvo batendo em outra pessoa .Quando esse ingrato  recebeu a bronca , ameaçou delatar Moshe pelo próprio fato de que o único jeito de poder salvá-lo foi matando o egípcio .

Moshe ficou com medo de que o incidente fosse descoberto. No próximo versículo a notícia já chega ao faraó e Moshe foge para Midian!

Diz o Rebe que o fato de Moshe ter ficado com medo e não ter tido segurança na proteção Divina, não ter confiado que iria acontecer o milagre de essa notícia não chegar ao faraó, o fato de ele não ter tido “Trust in G-d” isso foi o que causou para ele esse problema, mas se ele tivesse se apoiado na absoluta confiabilidade Divina isso não teria acontecido.

Pior ainda , ele expressou esse medo e essa preocupação com palavras mesmo sabendo que de boas ações não saem más consequências.

Mas se ele tivesse tido plena confiança em D-us e não se preocupasse nem um pouquinho com a situação que se encontrava, isso próprio faria com que esse fato fosse esquecido por todos e tudo estaria bem de forma boa e revelada.

Moral da história:

De vez em quando  pensamos :-“E se acontecer alguma coisa errada?

Nessa hora devemos nos lembrar que a única coisa errada que aconteceu foi o fato de pensarmos assim!

Ou seja, esse tipo de pensamento foi a coisa errada!

Esse pensamento é um desperdício de ânimo e esforço .Devemos nos lembrar que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e com certeza D’us vai fazer com que tudo dê certo mesmo que o ser humano não imagina como isso vai acontecer.

Isso não vai contra o décimo primeiro princípio  da nossa fé que “o Criador recompensa aqueles que cumprem Seus preceitos e pune quem os transgride” porque quando temos a segurança de que Hashem vai nos ajudar , essa segurança já é o motivo da ajuda, D’us está nos recompensando por essa Mitzvá do “Bita’hon” que consiste , não em acreditar que tudo o que D’us faz é para o nosso bem (Emuná) mas sim que D’us vai fazer para nós o que é bom aos nossos olhos de maneira revelada (Bita’hon) !

Expressamos essa confiança em D’us por meio da nossa alegria e tranquilidade por pior que seja a situação.

Alegria é energia!

Quando estamos alegres, expressamos por meio disso nossa confiança em D’us. Alegria em situações preocupantes demonstram que confiamos em D’us e por isso não nos preocupamos com nada e estamos com fé total que tudo vai dar certo.

A atitude de estarmos alegres e confiar em D’us tem a força de mudar a realidade e fazer com que as coisas ruins desapareçam  e o bem oculto no mundo se revele.

Sendo assim temos que estar alegres e tranquilos o dia inteiro!Cada um de nós, (tanto homens quanto mulheres) tem que se lembrar que D’us, bendito seja, não só dirige o grande mundo, mas dirige sem dúvida alguma também o pequeno mundo de cada um e um de nós.

E da mesma maneira que ele dirige o universo de acordo com o que ele vê que é bom para o universo, assim dessa mesma maneira ele dirige o nosso mundinho particular de acordo com o que ele está vendo que é bom para nós .

Temos que confiar nele que com certeza ele dirige o nosso mundo pequeno de um jeito bom. Uma mãe não esquece o seu nenê no supermercado, D’us nunca se esquece de nós.D’us  é a essência do bem e a  natureza de quem é bom é fazer o bem, por isso podemos começar o dia confiantes de que tudo vai dar certo, confiar no Criador e Administrador do mundo, que toma conta de cada um de nós particularmente e que não existe um lugar aonde ele não se encontra.E como exemplo nos perguntamos:- Será que podemos ficar tristes quando estamos na presença de um grande e bom Rei , um Rei cheio de bondade verdadeira ?Claro que nesse caso não temos mais com o que nos preocupar e do que teríamos que ter medo se estamos na sala do Rei.O exemplo está claro, e principalmente pelo fato de não ser um exemplo mas sim uma verdadeira realidade, e muito mais do que no exemplo, infinitamente maior e maior, acima e acima disso.Se até mãe não esquece o seu nenê no supermercado , quanto mais D’us não nos esquece por aí mas está cuidando de nós a cada instante !🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷VayechiNossa Parashá nos conta que Yaakov “viveu” dezessete anos na terra do Egito. Porque em outros lugares está escrito que ele só morou e no Egito está escrito que ele viveu?Porque depois de Yaakov ter adquirido e feito a retificação da alma do Adam Harishon sofrendo em todos os lugares onde ele morou como vimos na Parashá anterior, agora ele está com ela pura e refinada pelos sofrimentos do passado e com toda a energia e intensidade do seu alto nível. Agora ele começa a “viver”! O paraíso do próximo mundo se revela à ele aqui nesse mundo até o final da sua vida !Yaakov foi a primeira pessoa a ficar doente na história da humanidade.A Guemará nos conta que antes de Yaakov , quando chegava a hora da pessoa falecer ela falecia com toda a sua vitalidade , dava um espirro e morria .O Midrash (um livro sagrado de dois mil anos atrás) nos conta que essa é a origem de falarmos “saúde” para a pessoa que espirra.Yaakov pediu para Hashem fazer com que a pessoa ficasse doente antes de falecer para ele saber antecipadamente que iria morrer e poder se despedir da família (e até dividir a herança em vida para não causar brigas na família por causa da sua morte).A Tefilá de Yaakov foi aceita, ele ficou doente e Yossef foi chamado para visitar o pai que adoeceu.Mesmo que nosso patriarca Avraham Avinu teve o mérito de receber um “Bikur Cholim” de Hashem e até precisou da ajuda do anjo Refael para curá-lo, isso era devido ao ferimento causado por ter feito o Brit aos 99 anos, e ferimentos que causaram mortes já existiram desde Cain e Hevel, mas doenças só aparecem no mundo a partir de Yaakov Avinu.A linguagem do versículo é :”eis que” seu pai está doente”.Diz o Ari Zal que a palavra “eis que” tem um valor numérico de 60 (a numerologia só é aplicada à Torá escrita) e isso vem nos indicar que a pessoa que vem visitar o doente tira 1/60 da doença dele.Por isso quando Yossef veio visitar seu pai , Yaakov se levantou, já se sentiu um pouquinho melhor!O Ari Zal diz que isso só acontece na prática quando a pessoa que vem visitar é seu “ben guiló” , ou seja, alguém que tem o mesmo “Mazal” que o doente, que nesse caso era Yossef.Isso também é válido para os nossos dias, e sendo que não sabemos quem é o “ben guiló” de quem, dizemos que todos que visitam um doente reduzem 1/60 da doença dele, porque talvez ele seja esse “ben guiló”. Então, vamos fazer sempre essa Mitzvá (mas que ninguém precise).Yaakov abençoou seus filhos antes de falecer. Diz o Ari Zal que Yaakov recebeu a alma do Adam Harishon e Reuven que era o primogênito de Yaakov recebeu a alma de Cain que era o primogênito do Adam Harishon.Quando Reuven quis tirar Yossef do buraco e devolver ele ao seu pai, tentou salvar seu irmão, e assim começou a consertar o pecado de Cain que matou o irmão.O Midrash nos conta que Cain nasceu com uma irmã gêmea e seu irmão Hevel com duas. Aquela geração iria se casar com as irmãs. Cain que era o primogênito achou que merecia duas mulheres e Hevel teria que ficar com uma, e por isso Cain matou Hevel.Por isso Yaakov na sua benção para Reuven cita o caso de Bilá que causou para Reuven não ter feito o conserto total da Alma do Cain.Cain teve que se reencarnar novamente como Ytro. Moshe Rabeinu era a reencarnação de Hevel e Tzipora sua esposa era aquela gêmea de Hevel que causou o problema. Ytro traz Tzipora para Moshe no deserto e assim terminou o conserto da alma do Cain.A Brachá de Shimon e Levi foi a maldição à raiva deles , porque nós, o povo de Israel, somos piedosos e a ira não combina com a nossa natureza.Por isso Yaakov chama eles de ladrões se referindo à agressividade deles que não fazia parte da natureza judaica, mas era como um roubo na mão deles, algo que não pertencia à eles.Só um pouquinho de ira não justificaria toda essa bronca, um pouquinho de ”guevurá” também pode fazer parte da nossa natureza, por isso Yaakov especifica no versículo o fato de essa ira ter sido dura e forte.A solução para se livrar dessa “ira roubada” também foi dada na Brachá que eles receberam. Yaakov abençoou eles a se espalharem pelo povo de Israel e assim essa ira desapareceria.Dizem nossos Sábios que a tribo de Levi se espalhou por todo Israel ensinando Torá para todo o povo, e diz o Rambam que cada um que assumiu essa função hoje é comparado a um Levi.Talvez por isso, nosso grande Rabino e professor na Yeshivá de Kfar Chabad em Israel (onde estudei sete anos) Rabi Mendel Futerfas (1906–1995) nos disse uma vez em um farbrenguen (festa de confraternização Chassídica) com um sorriso de ponta a ponta :- Meninos , vocês são como adubo orgânico (uma coisa que as vacas fazem…) quando você saírem daqui vocês vão se espalhar pelo mundo inteiro fazendo o mundo florescer! Mas agora que vocês estão todos no mesmo lugar vocês são…. (e falou algo em yidish se referindo ao cheiro de de uma montanha de esterco……) .E aconteceu! (de termos nos espalhado pelo mundo). Todos os anos me encontro com a minha classe da Yeshivá no congresso rabínico internacional e todos estão espalhados pelo mundo fazendo um trabalho maravilhoso, ensinando Torá para todos e fazendo florescer as comunidades judaicas em todo o mundo!🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷

Vaygash

Na nossa Parashá Yaakov chega ao Egito e é apresentado por Yossef ao faraó.

Quando o Faraó pergunta à Yaakov qual é a sua idade ele responde :- “Os dias da minha vida foram poucos e ruins.”..Porque a vida de um Tzadik tão grande como Yaakov , o maior dos patriarcas, foi tão ruim?

Diz o Ari Zal que os patriarcas são chamados de patriarcas porque o primeiro homem, Adam Harishon, que era o patriarca da humanidade inteira se reencarnou como Avraham , Itzchak e Yaakov.

Esse primeiro homem, por meio de ter comido a famosa fruta proibida cometeu as três maiores transgressões que estão em um nível de “preferível morrer do que transgredir”, fazendo com que sua Alma Divina nos seus três níveis de “Nefesh” , “Ruach” e “Neshamá” caísse dentro das impurezas

Sabemos que o primeiro homem antes de fazer a primeira transgressão da história do mundo não tinha Yetzer Hará (inclinação para o mal) .

Se ele não tinha “yetzer hará” como pode ele ter feito uma transgressão tão grande?simples! Ele fez um erro de avaliação!Idolatria de Adam Harishon

Adam Harishon achou que o mundo já existia antes de D’us e D’us se tornou D’us por ter comido a fruta proibida. Imaginou que se ele comesse essa fruta ele também seria D’us.

Esse ato foi considerado idolatria.

O nível “Nefesh” da Alma do Adam Harishon se reencarnou como Avraham Avinu que fez a retificação dela divulgando ao mundo que somente D’us cria e dirige o universo, e somente para Ele devemos rezar.

Avraham lutou a vida inteira conta a idolatria e assim fez o conserto desse nível da Alma Divina de Adam Harishon.Assassinatos de Adam Harishon

Quando o Adam Harishon comeu a fruta proibida ele trouxe a morte para si e para o mundo.Esse ato foi considerado suicídio e assassinato. O nível “Ruach” do Adam Harishon se reencarnou em Ytzchak que fez a retificação dele.

Adultério de Adam Harishon

A mulher de Adam foi quem deu a fruta proibida para ele , seduzindo-o para fazer a transgressão.

Ele a culpou por esse ato e todas as suas consequências, se separando dela por cento e trinta anos.

A pior de todas as criaturas, o anjo da morte , em hebraico “Satan” que quer dizer “desviador”, (mas vamos chamá-lo de “a coisa ruim”) também tem uma “esposa”, em hebraico “Lilit”. (melhor não pronunciar os nomes dele e dela para não atrair coisas ruins).

Depois que Adam se separou da sua própria esposa, teve 130 anos de “relações matrimoniais” com a esposa da “coisa ruim” que se materializava para ter as relações com ele mas dava a luz à demônios.

Esses demônios nasceram com Almas Divinas que eram a parte de Adam nessas “relações” e corpos de demônios que eram a parte dela.

Diz o Ari Zal que esses cento e trinta anos que Yaakov sofreu foi a correção daqueles cento e trinta anos que Adam Harishon teve os prazeres proibidos, sendo que o nível mais alto do Adam, a “Neshamá” foi retificada por Yaakov que é o conserto final da Alma do Adam Harishon.

Diz o Ari Zal que por esse motivo Yaakov tinha que trabalhar por Rachel. (O sofrimento pela mulher permitida retifica o prazer pela mulher proibida)Vemos também que todos os sofrimentos dele foram ligados à família, começando por Essav, seu irmão, (e talvez tenha sofrido também pelo pai querer favorecer seu irmão) continuando com o sofrimento que teve com o trabalho árduo que fez por Rachel, o tio que o enganou o tempo todo, o casamento com Leah contra a sua vontade, o caso de Dina em Shchem , a preocupação de Essav vir e matar as mulheres e as crianças, a morte de Rachel no parto, e o sofrimento pelo desaparecimento de Yossef

Quando Yaakov terminou esse conserto e a alma do Adam Harishon já estava totalmente refinada, Yaakov desce ao Egito aonde vai começar agora a retificação de todas aquelas almas Divinas que foram trazidas ao mundo naqueles 130 anos que Adam se relacionou com a mulher da “coisa ruim”.Eles seriam o povo de Israel que nasceu no Egito e também a “erev rav”.

O começo da retificação da Erev RavQuando os egípcios já não tinham mais como pagar pelo trigo e pagaram para Yossef com a própria terra e depois se venderam como escravos ao faraó, Yossef , que tinha a permissão do faraó para representá-lo, ordenou à eles fazerem Brit Milá e mudarem de terras entre si , causando entre os próprios egípcios um exílio e começando assim a retificação da “erev rav”.Por isso, quando Yaakov desceu ao Egito disse ao faraó que os cento e trinta anos que já tinham passado da sua vida, (mas não os próximos) , foram poucos e ruins , mas a partir do momento em que a Alma do Adam Harishon estava pura e refinada no corpo de Yaakov, Yaakov já começa a viver no paraíso (que era o nível original do Adam Harishon) mesmo estando ainda nesse mundo

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Miketz

O Zohar nos conta que nossa Parashá começa com a palavra Miketz (que quer dizer “do limite”) indicando que D’us colocou um limite final para a escuridão (para as coisas ruins).

A estrutura do mal:

Esse esquema de escuridão que é chamado pelo Zohar de “O lado esquerdo” é responsável por todos os sofrimentos do mundo.

Ele é composto pelo anjo da morte e suas “ramificações” que ficam “perambulando” entre nós e o tribunal Divino, tentando nos desviar dos mandamentos Divinos nesse mundo e nos acusando no tribunal Divino de termos nos desviado.

Eles fazem esse “leva e trás” para receberem lá permissão de nos prejudicar.

Esse já é o primeiro limite do ”lado esquerdo”, nada pode nos acontecer sem que haja uma autorização do tribunal celestial, e para receber essa autorização eles tem que mostrar lá em cima alguma coisa ruim que fizemos nessa vida ou em alguma reencarnação anterior

Essa estrutura espiritual não vai mais existir nos tempos do Mashiach porque graças à D’us existe um limite (ketz) para esses sofrimentos, tanto em relação aos nossos sofrimentos pessoais quanto aos sofrimentos do nosso povo.

Vemos aqui que quando chega o limite, até o Faraó do Egito, a “grande serpente” , se vira à nosso favor.

Será que Mr Donald Trump tomaria uma decisão nacional por causa de um sonho?

Por que o Faraó deu tanta importância à um sonho?

Daqui vemos como D’us dirige o mundo! Sendo que Hashem tinha escolhido esse meio para se comunicar com o Tzadik da geração , o mundo inteiro passa a funcionar dessa mesma forma , começando pela “superpotência mundial” que era o Egito.

Pessoas ruins se entusiasmam com assuntos ruins!

O faraó sonhou com sete vacas tão lindas e amigáveis que ele nunca tinha visto igual, mas contou sobre elas em resumo. Quando chegou ao assunto das “vacas magras” detalhou e enfatizou ao extremo deixando bem claro que ele nunca tinha visto vacas tão ruins assim em toda a terra do Egito.

Diz o Rav Moshe Weber (um grande Tzadik que viveu em Yerushalaim) que as pessoas ruins gostam de falar sobre coisas ruins e por isso ele se entusiasmou e detalhou o assunto das vacas magras

De vez em quando temos que fazer um check up nas nossas conversas para ver se não estamos nos tornando um “faraózinho” ou uma “faraózinha” e nos exercitar a falar só coisas boas e animar todos à nossa volta (mas de uma maneira Kasher) !

D’us cria o remédio antes da doença aparecer!

Rabi Shimon Bar Yo’hái nos conta que todas as ações Divinas são interligadas .

Antes de criar o ser humano D’us criou tudo o que ele necessitava e depois o trouxe à um mundo onde não faltava nada. Ou seja, criou o suprimento para todas as nossas necessidades antes até de termos todas essas necessidades

Aqui também. Hashem tinha prometido à nosso patriarca Avraham que sairíamos do exílio com muitas riquezas .

Quando Yossef desceu ao Egito não haviam lá muitas riquezas.  Hashem fez com que o mundo inteiro precisasse comprar trigo no Egito até o Egito se encher de grandes riquezas, e aí  trouxe Yaakov ao Egito quando as grandes riquezas já estavam lá prontas para sair com o povo de Israel.

E assim Hashem faz sempre com cada um de nós. Cria a cura antes da doença.

De vez em quando passamos por certas situações que para sair dela a solução teria que estar preparada antecipadamente.

Não se preocupe, Hashem já fez isso para você!

Desculpando outro judeu

O Zohar nos conta que Rabi Aba estava sentado no portão da cidade de Lod quando viu uma pessoa que chegou cansado do caminho , sentou em uma saliência da montanha e adormeceu.

Repentinamente apareceu uma cobra venenosa e veio picar aquela pessoa.

Antes mesmo que Rabi Aba pudesse dar um grito a cobra foi atacada por um réptil venenoso que a matou e foi embora.

O homem abriu os olhos , viu a cobra recém morta pelo veneno do réptil mas pensou que ela estava viva.

Devagarzinho saiu daquele lugar para não atrair a atenção da cobra (que pensou estar viva).

Logo que ele saiu, aquela saliência da montanha desabou para o precipício e ele se salvou por ter saído dela (por medo da cobra morta).

Vendo tudo isso, Rabi Aba se aproximou dele e disse :- Me conta o que você faz de tão bom, porque não foi à toa que Hashem te fez esses dois milagres!

– Não houve uma só vez em toda a minha vida, respondeu o homem, que alguém me fez o mal e não me reconciliei com ele e o desculpei .

E mais, se não pudesse fazer as pazes com ele (em casos extremos somos obrigados a  manter distância de alguém) não fui dormir até ter desculpado à ele e à todos os que me fizeram sofrer, e nunca mais pensei sobre o mal que eles me fizeram.

E mais, a partir daquele dia me dediquei à fazer o bem à eles!

Rabi Aba chorou de emoção e disse:- As boas ações desse homem são maiores do que as de Yossef !

Porque no caso de Yossef que desculpou seus irmãos, eles eram seus irmãos de verdade e ele tinha que ter piedade deles, mas o que fez esse homem é maior do que fez Yossef, e isso mais do que justifica o fato de Hashem ter feito para ele um milagre em cima de outro milagre!


🌻🌻🌻Parashat  VayeshevNossa Parashá nos conta sobre os sonhos de Yossef e a próxima Parashá vai nos contar sobre os sonhos do FaraóYossef teve dois sonhos que compartilhavam um mesmo tema, de que um dia sua família se curvaria perante ele.No primeiro sonho, Yossef e seus irmãos foram representados por grãos de trigo. Onze feixes de trigo se inclinaram perante um único feixe, o de Yossef.No segundo sonho, sua família, representada pelo sol, a lua e as estrelas, voltou a se curvar na frente dele.Como Yossef na nossa Parashá, na próxima Parashá o Faraó também vai ter dois sonhos, e seus sonhos também irão compartilhar um mesmo tema, de que o Egito iria passar por sete anos de abundância  seguidos de sete anos de fome.E como nos sonhos de Yossef, nos sonhos do Faraó as imagens também  mudaram de um sonho para o outro.No primeiro sonho, os anos de abundância e fome foram representados por sete vacas bem alimentadas  indicando uma grande fartura, e sete vacas mal alimentadas indicando uma grande escassez.No segundo sonho, os sete anos de abundância foram representados por sete espigas de grãos saudáveis ​​e gordurosos e os anos de escassez representados por sete espigas secas e atrofiadas.Nos sonhos de Yosef apareceram assuntos celestiais como o sol, a lua e as estrelas, os sonhos de Yossef progrediram do terrestre para o celestial.Nos sonhos do Faraó não apareceram assuntos celestiais.Seu primeiro sonho (do faraó) envolveu a vida animal, mas seu segundo sonho já desceu para a vegetal – uma forma de vida muito menor. Podemos dizer que os sonhos do Faraó  “se deterioraram”!O contraste entre esses dois conjuntos de sonhos realça as diferenças entre os sonhadores.Os sonhos do faraó estavam desprovidos de qualquer coisa celestial, simbolizando uma pessoa cuja mente estava inteiramente absorvida em atividades terrestres.Não é surpresa que essa pessoa gradualmente se torne mais e mais enraizada em suas obsessões materiais, como é representado pela seqüência “degenerativa” dos sonhos do faraó.Os sonhos de Yosef, no entanto, eram diferentes. Um judeu, mesmo interagindo com o mundo físico, tem que estar sempre pensando nos aspectos celestiais de sua vida – seu desenvolvimento espiritual e propósito espiritual.Yossef, portanto, sonhou tanto com o mundo material quanto com o celestial, e em uma ordem de “progressão”, porque sua vida como um todo estava em constante crescimento.Terça feira (dia 12) ao anoitecer acenderemos a primeira vela de Chanucá e durante oito dias cada dia acrescentaremos uma vela (em ordem de progressão), demonstrando que nossa função no mundo é acrescentar luz, acrescentar espiritualidade nesse mundo iluminando ele cada dia mais!E, como Yossef, mesmo interagindo diariamente com o mundo material à nossa volta temos que estar sempre pensando nos aspectos celestiais da nossa vida, sem nos contentarmos com a luz que difundimos ontem mas acrescentando cada dia mais um pouquinho de luz no mundo!Por que o milagre original de Chanucá só poderia acontecer por meio dos “Cohanim sagrados” e não por meio de pessoas comuns?Depois de acender as velas de Chanucá falamos “Hanerot Halalu”, uma Tefilá cuja fonte é uma Guemará chamada “Massechet Sofrim”Nela agradecemos à Hashem pelos milagres que aconteceram por meio dos seus “ Cohanim Sagrados”.O motivo que o milagre original de Chanucá só poderia ter acontecido por meio desses Cohanim sagrados é o seguinte:Os Hashmonaim saíram para a guerra sem que tivessem absolutamente nenhuma possibilidade de vencer de uma maneira naturalSe uma pessoa comum como todos nós fizesse isso seria considerado suicídio, seria proibido pela Torá sair para uma guerra do tipo que não há nem pelo menos uma ínfima possibilidade de vencer de uma maneira natural.Mas para eles seria permitido morrer dessa maneira e não seria considerado suicídio sendo que eles estavam em um nível espiritual muito elevado chamado de “Chassid Gamur” , e por isso tinham a permissão de dar a própria vida para santificar o nome de HashemPor causa disso o milagre aconteceu especificamente por meio deles,  no mérito da Mitzvá que eles fizeram de dar a vida para santificar o nome de Hashem, mas se uma pessoa comum tivesse feito isso seria uma averá (uma transgressão à Torá) e o milagre não aconteceria!Uma parte desse cântico diz: “Naqueles dias nesse tempo” nos indicando que depois que eles trouxeram ao mundo esse milagre tão grande eles abriram esse portão celestial para todos nós e sempre que esses dias voltam os portões celestiais se abrem novamente tornando esses dias propícios para grandes milagres para cada um de nósUma história pessoalHá trinta anos atrás eu era professor em Rehovot, Israel. Naquela época eu morava em Kryat Malahi, no interiorzinho de Israel, e se perdia um ônibus para Rehovot tinha que esperar uma hora até que chegasse o outro.Mesmo sabendo que a minha vocação verdadeira era para estudos e não me via com a mínima capacidade de dirigir um carro, entrei em uma auto escola em Rehovot.Não falei nada para o professor mas ele sozinho depois de algum tempo me chamou e disse:- Vou ser ”dugri” com você ! (uma gíria israelense que quer dizer ”extremamente sincero”) :- Nunca tive um aluno pior do que você, e para falar a verdade eu tenho até medo de estar com você dentro do carro! (O pior era que era verdade mesmo)Depois de ter ouvido a opinião sincera desse grande profissional, acalmei ele e lhe disse que concordo plenamente, mas pedi para ele marcar o meu teste para Chanucá que é uma época propícia para milagresEle me tirou qualquer esperança e me disse que nunca na vida eu passaria em um teste de habilitação, e que ele tem até vergonha de me cobrar pelas aulas.Eu insisti para ele marcar o teste para Chanucá e ele marcou só para mim ver com os meus próprios olhos o que nós dois já sabíamos, que eu nunca iria conseguir tirar uma carteira de motorista na vida!Chegou Chanucá. Fomos para o departamento de trânsito de Rehovot.Chamaram o meu professor de lado e disseram para ele:- o avaliador que vai entrar hoje com os seus alunos no carro é um funcionário público efetivo, sobrevivente de holocausto com sérios traumas de guerra e hoje ele está atacado. Quando isso acontece ele reprova todo mundo e não tem como tirar ele dessa função, só avisa os seus alunos que a culpa não vai ser deles, mas eles vão ser todos reprovados.O professor nos avisou!Entramos no carro. Ele estava surtado de verdade.Éramos três alunos.Começou por uma jovem, ele pediu para ela fazer uma baliza de esquerda e quando ela começou a dirigir ele já começou a gritar e reprovou ela.Um segundo aluno sentou na frente, ele pediu para o aluno fazer uma baliza de direita e quando ele começou já levou berros e foi reprovadoEu sentei na frente…… O avaliador pediu para mim dirigir reto de volta. Ele ia me reprovar na reta. Mas….. o farol abriu, veio um louco dirigindo à toda e eu vi que ele iria passar no vermelho e se não parasse bateria em nós (só um brasileiro perceberia isso). Brequei repentinamente e o louco passou a um milímetro de nós. O avaliador se assustou extremamente, olhou para mim com lágrimas nos olhos e me disse:- ele iria bater do meu lado, eu iria morrer agora e você salvou a minha vida!Não preciso dizer que fui o único aprovado aquele dia e o professor me falou:- você estava certo! Chanucá é a época dos milagres!!!Shabat Shalom!Para os horários de atendimento das velas de Shabat na sua cidade e horários e detalhes sobre Chanucá acesse ao nosso site www.ongtora.comVayetzeA Parashá nos conta que Yaakov Avinu saiu de Beer Sheva e foi para Haran. Se ele estava em Beer Sheva, com certeza ele saiu de lá, então porque a Torá precisa nos contar que ele saiu de Beer Sheva?Para nos ensinar que quando um Tzadik sai da cidade isso é sentido por todos sendo que ele é o esplendor,ele é o brilho e a beleza da cidade! As atitudes dos nossos patriarcas são um ensinamento para nós, cada um de nós também tem que ser essa pessoa tão especial que “faz a diferença” !Uma conexão entre o céu e a terraQuando Yaakov se deitou para descansar no meio do caminho teve uma visão profética na qual ele viu uma escada da terra aos céus e anjos subindo e descendo por ela, um acesso ao mundo superior. A linguagem do versículo é: primeiro subindo e depois descendo. Surge a pergunta: quem são esses anjos que estavam na terra e o que eles estavam fazendo aqui até essa ocasião?Será que anjos podem errar?O Midrash Rabá nos conta que os anjos que estavam subindo de volta ao céu por esse acesso espiritual eram dois dos três anjos que vieram visitar nosso patriarca Avraham Avinu, eles eram anjos de “primeiro escalão” Gavriel e Refael , que saindo de Avraham foram para Sodoma.Diz o Midrash que por motivo de eles terem feito o contrário da vontade Divina revelando aos habitantes de Sodoma e Gomorra que as cidades iriam ser destruídas, ou por terem tido o orgulho de dizer :- “Nós vamos destruir a cidade”, levaram uma “suspensão” e foram proibidos de voltar aos céus por 138 anos e só foram autorizados a subir de volta quando Yaakov viu aquela escada.Como o Anjo pode errar se ele não tem livre arbítrio?Pergunta o Rebe, como pode ser que um Anjo bom que não tem livre arbítrio pode fazer o contrário da vontade Divina? A resposta é simples , eles não sabiam que isso era o contrário da vontade Divina ! Eles fizeram contra a vontade Divina achando que isso era a vontade Divina, fizeram um erro de avaliação!Qualquer criatura, mesmo um Anjo ou uma criatura mais elevada é impossível que seja totalmente perfeito , como diz a conhecida explicação de Rashi no Midrash Rabá sobre o versículo “Asher Bará Elokim Láassot”. Rashi traduz a palavra “Laassot” como consertar. Ou seja, tudo o que D’us fez ainda precisa de um consertozinho.E se ainda é preciso fazer alguma coisa em tudo o que D’us fez quer dizer que nada é perfeito, portanto tudo o que D’us fez é  passível de erro e será que existe alguma coisa que D’us não fez?Adão e Eva fizeram o primeiro pecado sem ter “Yetzer Hará” !Um exemplo disso é o primeiro homem. Mesmo tendo sido diretamente criado por Hashem (e não cópia de cópia como nós) e o tempo em que ele foi criado era antes de comer a fruta proibida e receber o “yetzer hará” (má inclinação) , mesmo assim tropeçou e caiu no caso “escândalo da fruta proibida”.Com certeza tinha uma justificativa, como ele próprio disse :- “a mulher que você me deu….”. Ou seja, o primeiro homem que não tinha Yetzer Hará talvez tenha achado que Hashem iria ficar feliz de ele ter obedecido à Chavá (Eva) que era a “Mãe de todas as criaturas”.Talvez Eva tenha imaginado que se ela comesse aquela fruta ela ficaria como Hashem e isso seria um orgulho para o Criador da mesma forma que uma mãe se orgulha quando sua filha sabe tanto ou até mais do que ela. E erraram porque Hashem queria que eles ficassem como Hashem em “Kedoshim Tichiu” , em vivenciar a “Kedushá” (Santidade) , não em vivenciar a “coisa ruim”.Fizeram um erro de avaliação sem ter feito ainda o primeiro pecado , sem ter recebido uma má inclinação . Ou seja, desde o começo do mundo ninguém é perfeito, todos nós somos passíveis de erros de avaliação.Um Anjo do nível de Gavriel faz um erro de avaliação , um ser humano criado pelo próprio D’us sem ter ainda Yetzer hará faz um erro de avaliação , o que dizer sobre nós , geração descartável , será que existe entre nós alguém que D’us não criou e portanto é perfeito ?Mais provável que alguém se ache perfeito! Ou se achava até ler o Rashi do Midrash Rabá. A nós só resta não cobrar perfeição do nosso próximo , não cobrar dele o que D’us não criou e julgar ao nosso próximo com bons olhos porque da mesma maneira que julgamos o nosso próximo assim somos julgados lá em cima!🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷TOLDOT“E amou Itzchak a Essav…”O Zohar nos conta que Avraham Avinu, nosso primeiro patriarca, era a Chessed (bondade) em pessoa , a Sefirá “Chessed” do mundo de Atzilut se revelou nele.Itzchak, nosso segundo patriarca pelo contrário , era a Guevurá (rigidez) em pessoa , a Sefirá “Guevura” do mundo de Atzilut se revelou nele.Não que isso fizesse dele uma pessoa ríspida ou seca, D’us nos livre , ele se comportava como tinha sido educado pelo seu pai, mas na sua essência ele era Guevurá total.Esse é o motivo, de acordo com o Zohar, que ele amava Essav mais do que aos outros, sendo que Essav também era do lado da Guevura e de uma maneira natural a pessoa gosta de quem é igual a ela.Será que Itzchak não suspeitava do comportamento de Essav ?Talvez até sim, mas Itzchak tinha presenciado a recaída e a Teshuvá de Ishmael e Hagar. Diz o Zohar que Hagar fez Teshuvá , mudou o seu nome para Ketora e se casou com Avraham depois que Sarah faleceu. Ishmael também voltou para o bom caminho , e após o falecimento de Avraham , junto com Itzchak ele o enterrou na Mearat Hamachpelá .Talvez Itzchak tivesse concluído que se até Ishmael e Hagar fizeram Teshuvá , com certeza Essav o faria também .Rav Moshe Weber explica o que era a caça de Essav:No versículo :- “E amou Itschak a Essav porque a caça dele estava na sua boca mas Rifka gostava de Yaakov”,  a palavra “caça” geralmente é relacionada ao fato de Essav fazer agrados à seu pai caçando para ele , demonstrando ser um filho prestativo e assim despertando ainda mais o amor natural que o pai já tinha por ele.O Rav Moishe Weber, grande Tzadik que viveu em Jerusalém , explica que a palavra “caça na sua boca” se refere ao próprio Essav que possuía “aprisionada” dentro de si as almas de grandes Tsadikim que iriam nascer no futuro como Rabi Akiva e de Rabi Meir Baal Hanes entre outros .Itzchak sabia que de Essav iria sair o grande Rabi Akiva e achava que por isso Essav iria fazer Teshuvá. Isso foi o que impulsionou Itzchak a querer dar a Brachá para Essav.A Rabanit Miriam , esposa do Rav Moishe acrescentou:- Se Essav tivesse recebido a Brachá de Itzchak, com certeza Rabi Akiva não seria nem Rabi e até mesmo nem judeuPor que Rifká pensava diferente?O Zohar nos conta que Itzchak era a Guevurá intensa e Rifka era “Guevurá leve com um fio de Chessed pendente”. Por causa desse ” fio de chessed” Itzchak não se apaixonou por ela logo que se casou , mas com o tempo o amor surgiu , como está escrito :- “Ele se casou e a amou”. Primeiro se casou e depois a amou .O Zohar nos conta que D’us faz por milagre as pessoas se casarem dessa maneira , uma diferente da outra (como no caso de Itzchak e Rifka , ele Guevurá e ela uma leve guevura com um fio de Chessed pendente) para que um equilibre o outro criando harmonia no mundo.Os fatos por trás do aparente “roubo das Brachot”Adam, o primeiro homem e Hava, a primeira mulher foram abençoados por Hashem . A vida no paraíso terrestre era um “verdadeiro Paraíso” , mas a cobra (que na época tinha forma humana) por meio de trapaça “roubou” deles a Brachá.O Zohar nos conta que Yaakov tinha a alma do Adam Harishon e Essav tinha a alma da cobra. Se Itzhak desse a Brachá para Essav iria causar com que a cobra (Essav) recebesse oficialmente a Brachá que tinha roubado de Adam e HaváDiz o Zohar que sendo que a cobra tinha tirado a Brachá por trapaça , o único jeito de tirar essa Brachá do poder espiritual da cobra teria que ser também por meio de trapaça .Yaakov não tinha pensado no lado material das Brachot , mas sim na função espiritual que o primogênito receberia de ser o responsável por todo o trabalho espiritual do povo. Yaakov conhecia Essav muito bem e estava consciente de que ser responsável por alguma função religiosa era a última coisa que poderia ser relacionada ao  perfil de Essav, e se isso acontecesse seria uma catástrofe.Sem restar outra opção para fazer isso a não ser a trapaça , Yaakov comprou a primogenitura de Essav em uma hora de aperto para que Essav não fosse mais o responsável pelos assuntos religiosos.A Brachá que foi roubada pela cobra por trapaça agora volta ao seu dono original também por trapaça , único jeito de resgatá-la !Cheiro de “Gan Éden”:Quando Yaakov vai receber as Brachot de seu pai que já estava cego, entra fantasiado de Essav vestido com peles de bode recém extraídas e ainda não curtidas (e com certeza ainda com um grande cheirinho de bode)Yaakov ouve do seu pai a seguinte frase:- “O cheiro do meu filho é como o cheiro do campo que Hashem abençoou” , referência ao Gan Eden (o paraíso). Parece que Itzchak quis dizer com isso que já entendeu que essa história está cheirando uma continuação do que aconteceu no Gan Éden” entre o homem e a cobra e por isso deu a Brachá para Yaakov mesmo sentindo que está sendo enganado.A Brachá de Ishmael:Ishmael recebeu sua Brachá dos anjos que se revelaram para Hagar como vemos em Bereshit  :- “E disse a ela o Anjo de Hashem , volte para a sua dona e se aflija nas mãos dela , você vai engravidar e dar a luz a um menino e o chamará de Ishmael porque Hashem ouviu seu desespero, ele será um selvagem, sua mão estará sobre todos e a mão de todos sobre ele e se expandirá pelo mundo”….Vemos que essa Bracha aconteceu com os descendentes do Ishmael e surgiu dela um império Árabe que durou centenas de anos , se expandiu da Índia à Península Ibérica e durou mais do que qualquer império antigo , sua mão está sobre todos , que precisam do petróleo e a mão de todos sobre eles por dependerem dos outros em tudo.A Brachá de Essav:Essav recebeu a Brachá de viver pela espada, e vemos que essa Bracha aconteceu com os descendentes de Essav que deram origem ao império romano e aos povos europeus e suas colônias que conquistaram o mundo pela força e até hoje continuam usando ela para intimidar ou destruir sempre que acham necessário.A nossa Brachá:Nós somos os descendentes de Yaakov , porque a Brachá que ele recebeu com tanta dificuldade aparentemente não acontece ?O Zohar nos conta que as Brachot foram entregues (e a nossa é a maior de todas).Essav que só pensava nos prazeres desse mundo usou elas para aproveitar o mundo aqui em baixo consequentemente herdando esse mundo.Yaakov as guardou lá encima para o futuro .Em breve , em nossos dias quando chegar o Mashiach , junto com Yaakov vamos usufruir das Brachot tanto lá em cima quanto aqui embaixo. Essav perderá tudo e não vai sobrar dele nenhuma lembrança , então Yaakov herdará os dois mundos .Ovadiahu Hanaví era de Edom , descendentes de Essav. Ele se converteu ao judaísmo e chegou ao alto nível de profeta sendo escolhido por Hashem para trazer ao mundo a profecia do que vai acontecer aos descendentes de Essav no final dos tempos .Ovadiahu diz sobre esse tempo:- “E subirão os libertadores no monte Tzion para julgar o morro de Essav , e será de Hashem a monarquia .O profeta Zechária diz sobre isso :- E Hashem será Rei sobre toda a terra , naquele dia Hashem será Único (todos os povos vão abandonar suas religiões e servir somente Hashem) e seu nome Único . Só o Nome de Hashem será mencionado por todos.🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷

Le’h Le’há:

Nossa Parashá nos conta sobre a descida do nosso patriarca Avraham ao Egito.

Os egípcios antigos eram obcecados por mulheres e Sarah, nossa matriarca era uma mulher linda.

A estatística egípcia de maridos assassinados por terem mulheres lindas seria considerada hoje “risco não segurável”! Avraham pede à Sarah dizer que é sua irmã por motivos de perigo de vida e também para ganharem presentes .

Essas duas coisas não fazem parte do perfil de Avraham que estava em um nível espiritual elevadíssimo.

Em Ur preferiu ser jogado ao fogo do que fazer idolatria, e quando salvou o rei de Sodoma, não aceitou  nem um cordão de sapato de presente.

Como então Avraham usa agora essas duas coisas como argumento?

O Tana’h traz muitos casos parecidos mas vamos analisar dois deles.

Quando Hashem pediu para Moshe ir ao Faraó e fazer milagres, os próprios milagres eram o objetivo dessa empreitada.

Mas quando D’us pediu ao profeta Shmuel ir para Beit Lehem nomear um rei no lugar de Shaul , o profeta pergunta :- Como irei, Shaul vai ouvir e me matar!

Hashem diz para ele levar uma bezerra e dizer que está indo para lá fazer um korban .

Ou seja, o próprio D’us dá uma justificativa para ele poder ocultar o verdadeiro motivo da viagem e se salvar do perigo.

No caso de Shmuel o milagre seria apenas uma necessidade particular e poderia ser evitado com uma desculpa , e por isso Hashem diz para ele justificar dessa maneira para não precisar do milagre.

Conclusão: quando uma pessoa pode fazer algo de maneira natural mas no lugar disso espera um milagre, o milagre pode não acontecer , ou acontecer mas ser descontado dos méritos dela , e isso não é bem visto pela Torá.

Mas quando estamos em uma situação que não há outro jeito a não ser um milagre , nesse caso o milagre pode acontecer sem ser descontado dos nossos méritos.

No caso do nosso patriarca Avraham, D’us não tinha pedido para ele descer ao Egito e fazer milagres, então ele deu um jeito para não precisar dos milagres

Ele iria dizendo que Sarah era sua irmã até eles se acostumarem com a presença dela e “esfriarem” tentando ser apresentados pelo “irmão” que os enrolaria até passar o entusiasmo da chegada da “Miss Universo” na cidade.

Recebendo presentes dos ricos ela estaria protegida contra os assédio dos pobres.

Aprendemos com Avraham uma grande regra da Torá. Que junto com a reza e confiança em D’us devemos fazer meios naturais para receber as bênçãos Divinas e mesmo os Tzadikim precisam fazer isso.

No caso de Avraham foi feito dessa forma, e todo o Tana’h está cheio de exemplos assim deixando isso como um ensinamento para nós.

Os meios honestos de como ganhar nosso dinheiro não só que não estão em desacordo com a reza e a confiança em D’us mas ainda são um complemento à ela, sendo que está escrito que D’us vai nos abençoar em tudo o que fizermos e não em tudo o que não fizermos

Por meio da nossa confiança em D’us, por meio das nossas rezas e das nossas Mitzvot é decretado lá em cima quanto vamos receber aqui embaixo e por isso o trabalho deve ser feito somente após cumprirmos nossas obrigações espirituais sendo que ele é só o meio de retirar o que entrou na nossa conta lá em cima.

Temos que fazer nosso trabalho somente porque é uma ordem Divina , e junto com isso termos fé em D’us e não ver o próprio trabalho em si como algo que pode nos ajudar ou nos prejudicar .

Sendo que a ordem Divina é só em relação ao que podemos fazer e D’us não se comporta com tirania com as suas criaturas , quando não temos a possibilidade de fazer  o receptáculo, não só que isso não enfraquece a confiança que D’us vai nos dar o nosso pedido, mas serve como prova de que nesse caso específico não precisamos de receptáculo .

Por isso quando aconteceu o imprevisto e Sarah foi levada ao palácio do Faraó Avraham ficou confiante que o milagre iria acontecer porque nesse caso ele não tinha mais o que fazer de uma maneira natural e sabia que restou para Hashem fazer um grande milagre.

Porque Hashem pede para fazermos o receptáculo se o receptáculo por si só aparentemente nem ajuda e nem prejudica?

Por causa de uma intenção Divina profunda que determina que tudo o que desce lá de cima para esse nosso “mundo da Assiá” vem revestido nas vestimentas da natureza , portanto nós, que somos criados à exemplo de cima, também precisamos fazer uma “vestimenta” natural para podermos receber as bênçãos Divinas.

Esses meios naturais são o trabalho , os cuidados com saúde , segurança e etc.

Quando não fazemos isso estamos roubando de nós próprios o que Hashem quer nos dar ou obrigando Hashem a nos fazer milagres e descontar dos nossos méritos (e com certeza ainda vamos reclamar que D’us cuida melhor do vizinho) .

Mas quando vemos que de verdade não há o que fazer e o único jeito é o milagre, podemos ficar confiantes, os milagres vão acontecer!

Noach

A Torá nos conta em duas parashiot uma história de vinte gerações de Adam Harishon até o nascimento de Avraham Avinu que consiste em quase dois mil anos de história. Depois disso a história do nosso patriarca Avraham é contada em três parashiot , nos ensinando que uma história de mil anos de atrocidades de Adam até Noach termina em dilúvio, e mais mil anos sem D’us , de Noach até Avraham só não terminou em dilúvio porque D’us prometeu para Noach que não iria mais ter dilúvio.
Depois de dois mil anos , chega o nosso primeiro patriarca , Avraham Avinu ensinando as pessoas a rezarem para D’us e fazerem boas ações , e aí tudo mudou!Noach era um Tzadik na geração dele, Avraham Avinu seria um Tzadik em qualquer geração. Noach não fez o mal, mas também não fez o bem. Não rezou pela sua geração, não tentou ensinar sua geração a se comportar de maneira melhor. Noach construía a arca , e se alguém perguntasse para ele porque ele estava construindo essa arca, ele respondia que Hashem vai mandar um dilúvio por causa das atrocidades que eles estavam cometendo e ele e sua família iriam se salvar. Entre ele e as outras pessoas havia uma barreira, ele não tomava a iniciativa de ensinar as pessoas a se comportarem melhor e a rezarem para D’us e também não rezava por elas, ele não se importava com elas.Noach fez uma arca e salvando a sua família e os animais , mesmo assim está escrito que Noach era um Tzadik na geração dele (porque nela não tinha ninguém melhor) mas se ele estivesse na geração de Avraham Avinu já não seria tão importante assimSe é assim, porque ele foi chamado de Tzadik na geração dele? Porque pelo menos ele tinha os valores certos , sabia o que era certo e o que era errado. Noach não diria que cada um tem a sua opinião e está no direito de fazer o que quiser e se casar com o que quiser, mas respondia a quem perguntava que as más ações teriam como consequência um dilúvio.Sabemos que existem sete mandamentos de bnei Noach e quando temos a oportunidade ensinamos aos povos do mundo esses mandamentos , principalmente que não se deve fazer idolatria e que um homem deve se casar com uma mulher (os maiores problemas  da nossa geração). Mas Noach não teve essa atitude de divulgar as próprias sete Mitzvot de bnei Noach.Avraham Avinu foi o primeiro judeu , ele ensinou aos bnei Noach as Mitzvot deles . Em outras palavras , aprendemos de Noach que não devemos ser como Noach mas temos que ter atitude como Avraham, por isso o dilúvio é chamado de “as águas de Noach”Diz o Ari Zal que a geração que causou o dilúvio e a geração que fez a torre de bavel , ambas mencionadas na nossa Parashá , se reencarnaram novamente como o povo de Israel no Egito . O decreto do Faraó de jogar as crianças no rio foi o concerto das almas daquela geração que por suas atrocidades causou o dilúvio. Ou seja, uma criança tão fofa e meiga que tinha acabado de nascer no Egito, não matou ninguém, não roubou ninguém, uma alma pura, porque ela mereceu uma morte tão terrível? A resposta é simples, uma alma pura mas com pendências de ter feito grandes atrocidades em uma reencarnação anterior que estão esperando pelo seu conserto. Os  egípcios jogaram as crianças judias na água e foram condenados pelo tribunal Divino por esses assassinatos culminando com a destruição do Egito e o afogamento do seu exército, mas onde estava D’us quando isso aconteceu? Porque D’us não fez um milagre para salvar essas crianças? Porque esse era o concerto daquela geração, o concerto daquelas Almas. Isso é chamado de ”Tikun”.O mesmo diz o Ari Zal sobre os judeus que viveram na época das cruzadas e da inquisição, que foi um verdadeiro holocausto para o nosso povo. Diz o Ari Zal que eles eram almas judias da época do primeiro Beit Hamikdash que faziam idolatria (que incluía até sacrifícios humanos) e tiveram que se reencarnar para passar por esse ”Tikun”. Uns tinham que morrer para não fazer idolatria, outros tiveram que perder a casa para não fazer idolatria, cada um de acordo com o nível de idolatria que tinha feito na reencarnação anterior. Esse raciocínio é aplicado à todas as perseguições que o nosso povo passou, mesmo não sabendo o motivo delas sabemos que ele está ligado à reencarnações anteriores, como dizia o Rav Moshe Weber, grande Tzadik que viveu em Yerushaláim, “Hacol muvan bessod haguilgulim” (“tudo é inteligível pelo segredo das reencarnações”)Também  o decreto dos egípcios de escravizar o povo de Israel para construir Pitom e Ramsés foi um “Tikun” , foi o concerto das almas que fizeram a torre de bavel da nossa Parashá, tanto a geração do dilúvio quanto a geração da torre de bavel eram almas divinas que se tornaram depois o povo de Israel no Egito e depois do seu “Tikun” saíram de lá para receber a Torá no monte Sinai.Curiosidades:Homemssauro, mulherssauro, nenêssauro e dinossauro:A escritura nos deixa claro a idade de cada uma das pessoas mais importantes das dez gerações entre Adam e Noach mas não comenta sobre o tamanho dessas pessoas , como se existisse uma escala óbvia entre idade e tamanho. Foram encontrados ossos de dinossauros mas não foram encontrados desenhos deles entre os desenhos da antiguidade , nos indicando que eles viveram antes do dilúvio.O Zohar nos conta que Rabi Hiya e Rabi Yehuda estavam andando nos  “Montes Altos” e encontraram lá ossos de pessoas que morreram no dilúvio. Eles resolveram medir um osso desses e andaram sobre ele trezentos passos (150 metros). Então, imagine o erro dos cientistas quando colocam os ossos dos dinossauros ao lado dos ossos de alguns macaquinhos da época antiga (que eles dizem ser o macaco que virou homem e já o consideram homem). O motivo principal do erro deles nessas proporções é que eles nunca encontraram um esqueleto de verdade de seres humanos que viveram antes do dilúvio, mas se encontrassem veriam que o maior dinossauro em relação aos seres humanos daquela época seria como uma galinha em relação a nós.“Cúbito de Noach”:A medida da arca é em ”amot”. Traduzido pelos portugueses antigos como cúbito , é a medida do antebraço entre o cotovelo e o pulso, para o ser humano de hoje uma média de 50 centímetros. Mas sendo que não sabemos o tamanho de Noach e a “escala métrica” do “amá” no caso dele é relativa ao tamanho do antebraço dele , pode ser que a arca da muito maior do que imaginamos.Espécies e raças:Noach colocou na arca pelo menos um macho e uma fêmea de cada espécie. Sabemos que antes do dilúvio os híbridos também se multiplicavam mas que somente entraram na arca espécies que não tinham se misturado entre si. Também sabemos que o clima mudou depois do dilúvio e muitas espécies não sobreviveram à essa mudança e se extinguiram, como acontece também hoje. Se os dinossauros eram híbridos que não entraram na arca ou entraram na mas não se adaptaram ao clima dos e se extinguiram fica em aberto.Quando as pessoas e os animais saíram da arca receberam de Hashem (D’us) uma brachá para se multiplicar . A consequência dessa brachá é que a espécie que não estava na arca e surgiu depois com o cruzamento de duas espécies, o que chamamos de híbridos, ou não tem filhos ou tem filhos não férteis e termina aí como é o caso da mula.As raças de uma mesma espécie se cruzam entre si e tem filhos férteis como é o caso do camelo, o dromedário, o lhama, alpaca e vicunha que são todos raças de um camelo original que estava na arca, cruzam-se entre si e têm filhos férteis como foi o resultado da experiência feita nos emirados árabes.Se as raças daqueles animais que entraram na arca eram os menores da raça e depois cresceram também ficou em aberto, porque uma coisa é certa, tudo o que aconteceu na arca foi um grande milagre, e um milagre assim também presenciamos no Beit Hamikdash quando nosso povo inteiro entrava lá no Yom Kipur. Entravam muito apertados, mas na hora que se prostravam havia espaço de sobra com muita folga para todos.E que isso se repita em breve em nossos dias com a chegada do Mashiach amém!!!!

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Ve Zot Habrachá

Nossa última Parashá da Torá: “Vezot Habrachá”, é diferente de todas as outras por elas serem lidas sempre no Shabat enquanto que “Vezot Habrachá” é lida sempre na festa de Simchát Torá, festa do término da leitura anual do Sefer Torá.

A última pessoa que sobe na Torá em “Vezot Habrachá” é chamado de “Chatan Torá” (o noivo da Torá).
Certa vez uma pessoa (não judeu) perguntou ao grande Sábio Hilel :- Quantas Torot (plural de Torá) vocês tem?
:- Duas , respondeu Hilel, a Torá escrita e a Torá oral . Ouvindo isso a pessoa declarou :- Na Torá escrita eu acredito mas na oral não, quero me converter ao judaísmo na condição de que você me ensine somente a Torá escrita. Hilel concordou.
Hilel começou a ensinar à ele como ler a Torá escrita. Mostrou para ele a letra Alef e explicou (oralmente) que o nome dela é Alef. Mostrou o Beit e explicou que o nome dela é Beit , o mesmo fez com a letra guimel e a letra dalet
Na outra aula Hilel mostrou para ele a letra Alef e disse que isso é o Dalet. O aluno se espantou e disse :- Mas ontem você não me explicou assim! :- Você confiou no que eu te expliquei oralmente ontem? Disse Hilel, então confie em mim também em relação à Torá oral (sendo que quando D’us deu à Moshe a Torá escrita explicou ela para Moshe que ensinou o povo de Israel oralmente o significado das escrituras e assim a Torá chegou até nós desde o começo) !
Ou seja, sem a Torá oral não saberíamos nem ler e nem entender a Torá escrita, a Torá oral é a que atesta que a Torá escrita está escrita da maneira correta e é verdadeira
Como vimos antes, quando D’us nos deu a Torá elas eram duas desde o começo. Uma escrita e uma oral. Moshe , o maior de todos os profetas escreveu a Torá escrita e explicou oralmente como colocar ela na prática, ou seja, de que forma entender e cumprir o que está escrito nela.
Em outras palavras , o como cumprir a Mitzvá é chamado de Torá oral.
A Torá escrita começa com Moshe , o maior de todos os profetas e continuou sendo escrita posteriormente por profetas menores do que Moshe até o exílio da Babilônia que aconteceu depois da destruição do primeiro Beit Hamikdash, mas sem acrescentar ou diminuir as Mitzvot da Torá de Moshe.
Os últimos profetas viveram no exílio da babilônia entrando também na época em que o império persa dominava o mundo até a época em que o segundo Templo foi construído. Depois dos persas vieram os gregos e depois o império romano.
Na época dos gregos e romanos não tínhamos mais profetas e portanto não tivemos mais Torá escrita. A Torá escrita terminou de ser escrita no exílio da Babilônia e Pérsia completando 24 livros.
Posteriormente, na época do império romano a Torá oral que era repassada oralmente até aquela época também foi escrita incluindo a Torá oculta conhecida como Kabalah.
A Torá oral continua crescendo em cada geração sendo que surgem novas situações que precisam ser esclarecidas e comparadas às anteriores, diagnosticadas e classificadas . As pessoas precisam de explicações com mais detalhes e etc. As explicações dos Sábios de cada geração de como cumprir a Torá da maneira correta naquela geração também é chamada de Torá oral . Chegamos hoje à dezenas de milhares de livros de Torá oral dos quais mais de 52000 livros sem direitos autorais já estão disponíveis para download no site Hebrew Books www.hebrewbooks.org/Então, vamos dançar com o Sefer Torá em Simchat Torá e estudar Torá o ano inteiro com essa mesma alegria e entusiasmo de Simchat Torá!
Bereshit
Nossa Parashá nos conta como D’us criou o mundo em seis dias há 5778 anos atrás. Se um cientista estivesse com todo o seu equipamento nos seis dias da criação iria analisar uma pedra e dizer que ela tem milhões de anos, cortar uma árvore, contar quantos anéis há nela e concluir que ela tem mil anos, e por final entrevistar Adão e Eva e concluir que eles são dois adultos falando hebraico fluentemente e não bebês recém nascidos.

Assim D’us criou o universo, tudo em seis dias , mas com tanta qualidade que parece até que levou milhões de anos para fazer! O cientista ficaria espantado com a capacidade Divina de conseguir criar tudo em seis dias há 5778 anos e não precisar esperar milhões de anos para ver se algo absurdamente surge sozinho.
Se os dinossauros foram cruzamentos híbridos que morreram no dilúvio ou se foram criados originalmente nos seis dias da criação , entraram na arca de Noé mas não se adaptaram ao clima pós dilúvio, isso fica em aberto. Mas o fato de D’us ter criado lugares no mundo como o Grand Canyon, com certeza foi para nos dar o livre arbítrio para podermos escolher entre D’us e as teorias da criação !
No primeiro dia da criação é usada a palavra “D’us criou”, no terceiro dia está escrito “a terra tirou”. Rashi explica que tudo foi criado no primeiro dia , mas a terra foi tirando por ordem Divina cada dia a criação vinculada àquele próprio dia. Daqui podemos deduzir que tudo saiu da nossa terra, ou seja, a galáxia inteira!
Podemos deduzir que os planetas que D’us colocou no céu no quarto dia foram tirados da terra e colocados no céu , talvez até com as plantas que “a terra tirou” no terceiro dia , ou talvez até os próprios planetas depois de saírem da Terra continuaram “tirando” cada dia da criação , cada um no seu lugar, peixes aves e animais de acordo com as condições do lugar, tudo isso é “talvez”.
Mas uma coisa é certa e não “talvez”, quando chegamos à criação do homem tudo muda. D’us faz um homem de barro e sopra nele uma Alma Divina, diferente dos outros dias da criação . Ou seja, ser humano, vida inteligente, isso D’us criou separadamente no sexto dia e somente aqui na nossa terra.
Então como pode ser que pessoas fotografaram discos voadores no céu e etc? Voltamos para o assunto do Grand Canyon, isso vem para nos dar o livre arbítrio e a possibilidade de escolha.
O Midrash nos conta que quando Moshe Rabeinu estava no monte Sinai, o anjo da morte fez um filme no céu mostrando o enterro de Moshe. Todos viram, e se tivessem celular naquela época poderiam até ter filmado e colocado no YouTube. Mas tudo era uma ilusão, no outro dia Moshe desceu vivo e cheio de energia !

Ou seja, o “outro lado” pode usar esse recurso também em certas ocasiões e fazer discos voadores no céu para usarmos o nosso livre arbítrio e optarmos pela verdade que vida material inteligente existe somente no nosso planeta Terra e tudo foi criado há 5778 anos atrás no Gan Éden material que estava entre o rio Prat (Euphrates) e o Hidekel (Tigris)

Shabat Bereshit

Nesse Shabat que é chamado Shabat Bereshit temos que ficar muito alegres porque dizem os grandes Tzadikim que do jeito que nos comportamos no Shabat Bereshit despertamos uma tendência para todos os Shabatot do ano. Então vamos aproveitar a alegria de Simchat Torá e fazer desse Shabat o Shabat mais alegre do ano!

🌻Haazinu🌻

Nossa Parashá (que é a penúltima Parashá da Torá) está escrita de uma forma chamada “ariach al gabei ariach”. Essa montagem de texto vem identificar que ela é uma música.
Um dos assuntos interessantes que ela nos conta é: “Lembre-se dos dias passados, olhe para os anos de cada geração e geração”. Rashi traz duas explicações. A primeira é : “olhe para os anos de cada geração e geração”, veja o que aconteceu com a geração de Enosh na qual o oceano surgiu pegando uma grande parte da terra, e a geração do dilúvio na qual o mundo afundou. Não seja um perdedor, não repita os erros dessas gerações. A segunda explicação é : Pense no futuro, veja o que você poderia estar ganhando ! D’us tem o poder de te dar coisas mega maravilhosas que são os tempos do Mashiach e o próximo mundo, faça certo e seja um vencedor! Um dos 13 princípios da fé judaica é que Mashiach vai chegar. Esse princípio consiste em que no fim do “Galut” (exílio) um descendente direto filho após filho do rei David e que se iguala ao rei David no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot , constrói o Beit Hamikdash (Templo Sagrado de Jerusalém) no lugar sagrado onde hoje se encontra o Kotel, vence as guerras de Hashem e traz todos os judeus de volta para a terra de Israel. Fazendo isso ele se torna o Mashiach que em hebraico quer dizer simplesmente o “rei ungido”, (sendo que ele é um descendente direto do rei David que foi ungido rei de Israel pelo profeta Shmuel não precisa de uma segunda unção para ser o rei de Israel mas herda a unção do rei David). Daqui aprendemos que a solução para o exílio não é um presidente eleito mas sim o Mashiach. A Guemará em Sanedrin nos conta que os alunos dos grandes Sábios que estavam dentro desse critério, ou seja, eram descendentes do rei David e eram grandes como ele no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot, diziam que o Rebe (mestre em hebraico) deles era o Mashiach. Com isso queriam dizer que , caso acontecesse a Gueulá naquela época, o candidato mais adequado para ser o Mashiach seria aquele sábio. Dessa mesma maneira na nossa geração o Rebe de Lubavitch foi apontado por muitos como candidato dentro desses critérios dos antigos sábios da Guemará e por esse motivo isso não foi visto como uma transgressão à Halachá (lei judaica). Quando acontecer a Gueulá, o Beit Hamikdash for reconstruído (o principal desce pronto do céu) em Jerusalém e as guerras vencidas, o candidato a Mashiach se torna o Mashiach na prática. Antes disso, os alunos do Rabi Hanina na Guemará ou os alunos do Rabi Inon puderam dizer que o Rebe deles era o Mashiach (dentro dessa intenção) e isso não constitui um problema de Halachá. A Guemará em Sanhedrin também nos conta que o fato de o Mashiach ser dos vivos ou dos mortos não é relevante nesse caso contanto que ele venha a construir o Beit Hamikdash, vença as guerras de Hashem e traga o nosso povo de volta para a terra prometida passando depois junto com todo o povo de Israel para a etapa em que a vida será eterna, o próximo mundo. Os romanos antigos copiaram também esse aspecto da religião judaica e aplicaram ele inadequadamente à alguém que não era um descendente do rei David, não cumpriu a Torá e as Mitzvot como o rei David, e que na época dele o Beit Hamikdash foi destruído, as guerras perdidas e o povo se espalhou para fora de Israel, não tendo qualquer relação ou comparação com o princípio judaico da vinda do Mashiach e com o fato de os alunos dos Sábios de Israel dizerem que o Rebe deles era o Mashiach.

A Guemará no tratado de Rosh Hashaná nos conta que Rabi Eliezer diz que no mês de Nissan foi a Gueulá dos nossos pais (que saíram do Egito) mas em Tishrei será a Gueulá futura.

Sendo que a festa de Sucot foi dada na Torá em comemoração à Gueulá do Egito e como diz a Meguilá ” Esses dias são lembrados e acontecem” , Esses dias de Sucot são uma hora propícia para a Gueulá! Então, vamos pedir para Hashem! Só temos a ganhar!🌷

🌻🌻🌻🌻🌻

Nitzavim

Parashat Nitzavim, é sempre lida no Shabat antes de Rosh Hashaná porque o Shabat envolve espiritualmente os dias posteriores e Rosh Hashaná é o dia do julgamento no qual todas as Neshamot, todas nossas Almas, se apresentam na frente de Hashem.

Tanto os presidentes das tribos, que representam as pessoas mais importantes, quanto o lenhador e o aguadeiro, que representam as pessoas menos importantes, são julgados juntos com total igualdade.

Sendo que somos comparados à um corpo onde cabeça e pés se completam , nenhuma parte pode faltar e cada uma é julgada de acordo com a sua função.

O dia de Rosh Hashaná foi escolhido por D’us para ser o aniversário da criação do mundo . O mundo foi criado em seis dias e cada um deles é o dia da criação do mundo , mas o sexto dia que é o dia no qual o homem foi criado, foi escolhido para ser o aniversário do mundo porque o ser humano é o objetivo da criação.

Porque então D’us falou para os anjos façamos o homem se somos mais importantes que os anjos? O Midrash nos conta que foi para nos ensinar a importância da humildade.

Ou seja, se até D’us quando fez o homem compartilhou essa informação com os anjos porque eles teriam ligação com essa nova criatura, quanto mais nós devemos nos comportar com humildade.

Um dos vínculos que encontramos entre nós e os anjos é o chamado “Tribunal Divino”. Ele é composto de anjos e Neshamot de Tzadikim.

Quando fazemos uma coisa boa criamos naquele tribunal um anjo à nosso favor, e quando fazemos algo ruim criamos um anjo contra nós. Consequentemente o Tribunal Divino de cada um de nós é personalizado.

Diferente das outras “religiões” onde a divindade faz o que quer, no judaísmo, antes de D’us nos criar ele já tinha criado o tribunal Divino que fiscaliza nossas ações usando a Torá como referencial.

E por mais que D’us seja a essência do bem, ele não pode ser tirano com esse tribunal e obrigá-los a mudar um decreto à nosso favor.

Rezando por nós próprios

Sendo assim , como conseguimos por meio das nossas rezas anular os decretos do tribunal Divino?

Rabi Yossef Albo que viveu na Espanha no ano de 1400 nos explica que quando nos arrependemos do que fizemos e rezamos, nos tornamos pessoas melhores e aquele decreto que tinha sido feito para uma pessoa pior perde o efeito.

Porque essa pessoa pior deixou de existir, e para a pessoa melhor que você ficou agora é feito um decreto melhor .

Rezando por outras pessoas

O Baal Shem Tov tinha um mestre que descia do céu para ensinar a ele Torá. Esse mestre era o profeta Ahia Hashiloni que viveu na época do Rei Salomão e foi posteriormente o mestre de Eliahu Hanavi.

Disse o Baal Shem Tov que o profeta Ahia revelou para ele que a Sefirá Mal’hut é chamada de din, decreto rígido, é a raíz dos dinim é a Sefirá chamada de Biná. Por meio da reza elevamos o “din” até a Biná e lá adoçamos ele.

Ou seja, mudamos o DNA dele na sua fonte e transformamos ele em bondade. Quando rezamos por outra pessoa, ligamos ela a essa raiz espiritual, à Biná, e lá ela já é outra pessoa.

Então vamos aproveitar e rezar bastante para que nós e todos os que estão ligados à nós tenhamos um ano bom e doce e que Mashiach chegue já!

Vayele’h

Encontramos em Vayele’h um dos cinco versículos que são excessão de regra na leitura da Torá.

Sendo que o Sefer Torá não tem pontos, para saber aonde começa ou acaba um versículo nos baseamos nos sinais de música chamados Teamim que vem desde a época de Moshe Rabeinu.

O motivo de precisarmos saber onde começa e termina o versículo é porque não podemos dizer meio versículo quando há nele o nome de Hashem para não falarmos o nome de D’us em vão.

Então, para sabermos aonde terminou o versículo nos baseamos no sinal de música chamado “etna’hta” que representa uma parada temporária, ou no sinal chamado “sof passuk” que representa uma parada final.

A Guemará em Yoma nos conta que Issi ben Yehudah nos ensinou que cinco versículos na Torá inteira saem dessa regra e um deles se encontra na nossa Parashá .

O versículo diz:- “E disse D’us à Moshe você se deita com seus pais (se referindo à seu falecimento) e esse povo se levanta e”…..etc.

Nesse versículo, o sinal “etna’hta” se encontra na palavra “seus pais”, determinando que lá termina o assunto, Moshe morre e ponto!

Mas aqui se encontra a exceção de regra e daqui nossos sábios na Guemará em Sanedrin aprendem a ressurreição dos mortos pela Torá escrita, colocando o ponto na próxima palavra :- “Você se deita com os seus pais e levanta”, ressuscita!O Ari Zal nos explica que , sendo que esse versículo não tem determinação e se aplica tanto ao antes do “etnachta” na palavra “e você” se referindo à Moshe , quanto ao depois na palavra “esse povo” , diz o Ari Zal que daqui aprendemos que tanto Moshe quanto esse povo se reencarnam e se tornam a última geraçãoDiz o Ari ZaL que Moshe Rabeinu e toda sua geração eram a

“Dór Deáh” (geração do conhecimento) e a raíz das almas deles era o lado oculto da Sefirat Daat que é chamado no “Etz Haim” de “Leáh” . A geração paralela chamada “erev rav” também tinha a raiz na Daat mas era afetada pela mistura do bem e do mal nesse mundo.Moshe se reencarna e se torna Mashiach e a geração dele também se reencarna e se torna a geração do Mashiach . Até a “erev rav” também se reencarna por também ser “dór deáh” e à ela se refere o final do versículo que diz:- “esse povo vai se levantar e ….(……)”.As mulheres mandam nos maridos? Mashiach vai chegar!Uma característica dessa última geração, diz o Ari ZaL, é o fato de as mulheres mandarem nos maridos. Na reencarnação anterior dessa geração, no deserto, os maridos doaram os anéis para fazer o bezerro de ouro mas as mulheres recusaram apoiar a idolatria. Por isso elas ganharam esse prêmio de mandar neles nessa reencarnação. Chegamos à conclusão de que essa geração é a nossa!!!!Diz o Maguid de Mezritsh que outra característica da “dór deáh” é de que o assunto principal deles era o conhecimento que se expressa pela fala e eles não tinham a característica da ação. Até o próprio Moshe para abrir o mar vermelho levantou o cajado mas não bateu no mar.Quando Moshe chegou perto da Terra Santa na qual o trabalho principal seria a ação das Mitzvot , Hashem disse para ele falar para a pedra para que a água volte mas ele bateu na pedra para já começar o trabalho da próxima geração (ação). Hashem queria que ele falasse com a pedra para elevar a próxima geração (da ação) ao nível elevado da geração dele (do conhecimento, da fala). Toda aquela geração com Moshe e a “erev rav” tiveram que falecer no deserto e esse é o trabalho de Moshe, voltar como Mashiach e elevar toda a “geração do conhecimento” (incluindo a erev rav) por meio do estudo Torá e o cumprimento das Mitzvót, “fala e ação” .

O Rebe de Lubavitch disse que essa geração somos nós

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Ki Tavô

Nossa Parashá nos conta sobre bênçãos e maldições.

Sabemos que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, então o que são essas maldições?

Rabi Shneior Zalman fazia pessoalmente a leitura do Sefer Torá em Liozna.

Um Shabat, quando as maldições seriam lidas naquela Parashá, ele não estava na cidade e outra pessoa leu no lugar dele.

O filho do Rabi Shneior Zalman que se chamava Dov Ber ficou tão angustiado quando ouviu a leitura das maldições que passou mal o mês inteiro.

Quando descobriram que o motivo de ele estar passando mal foi por ter ouvido as maldições perguntaram à ele :-Todo ano você ouve essa Parashá, o que aconteceu agora?

: – Quando meu pai lia, respondeu ele, não se ouvia nenhuma maldição!

Quando esse filho cresceu e se tornou o segundo Rebe de Chabad e o primeiro Rebe da cidade de Lubavitch , revelou à todos o motivo de existirem essas maldições na Torá e explicou isso da seguinte maneira:

Dentro de todo acontecimento infeliz está revestida uma bondade Divina enorme, portanto tudo que D’us faz é para o bem e não existe mal que desce lá de cima , e por isso se faz uma bênção sobre um acontecimento infeliz da mesma maneira que se faz uma bênção sobre um acontecimento feliz.

Quando termina o aspecto negativo do acontecimento infeliz, (ou seja, depois que ele passa) automaticamente se revela o bem que estava oculto nele que é muito superior à uma bondade normal revelada, (mas essa bondade maior só surge como consequência do acontecimento infeliz) como ouvi do meu pai (Rabi Shneior Zalman) sobre a raiz do assunto das maldições da Torá que, no final elas se transformam em “super bênçãos” por causa da grande intensidade da bondade oculta nelas que se revela quando termina esse revestimento de extrema rigidez

Outro assunto interessante sobre as maldições da Torá:Explicação do Baal Shem Tov sobre um versículo em Nitzavim que diz: “….quando vier sobre você a Bênção e a maldição”

“a Bênção que é uma maldição”:O Baal Shem Tov traz um exemplo de uma pessoa que fez algo contra um Rei muito bondoso e poderoso. Essa pessoa foi condenada à morte pelo tribunal do rei, mas no lugar disso o Rei pediu para darem à ele um cargo no governo e depois ir promovendo ele cada vez para um cargo mais alto e mais próximo ao Rei.

Quanto mais essa pessoa era promovido e se aproximava do Rei, mais ele ficava com vergonha do que tinha feito. Quanto mais ele via a força e o poder do Rei e junto com isso a grande bondade do Rei que usava todo o seu poder e sabedoria para ajudar as pessoas , quanto mais ele via a honra que todos davam ao Rei que ele tinha desprezado tanto, mais sofria com a lembrança do que tinha feito .

Afinal chegou à conclusão de que não existe castigo pior do que esse e quem dera pudesse ter sido condenado à morte, porque se tivesse sido condenado à morte não sofreria tanto com esses remorsos. O Rei vendo que essa pessoa se arrependeu do seu comportamento e voltou a se comportar certo o desculpou totalmente.Esse Rei é Hashem e essa pessoa somos nós, a maldição não precisa ser necessariamente uma tragédia para fazermos “Teshuvá” (retorno) mas podemos cumprir essas maldições dessa forma também em vez de sofrermos .Por isso está escrito:-“E será quando vier para você a bênção e a maldição , você vai colocar no seu coração (se conscientizar) etc”. Ou seja, esse tipo de “bênção” pode ser chamado por nós de maldição por nos fazer sofrer um grande remorso nesse mundo, mas o bem oculto dela é nos trazer à essa conscientização , voltarmos para o bom caminho e recebermos uma grande Bênção material e espiritual como consequência da nossa Teshuvá.E essa é a Teshuvá verdadeira.

Quando fazemos Teshuvá para termos uma vida melhor ou para Hashem nos salvar de uma vida pior , essa Teshuvá também é válida mas ela só tem força para transformar nossos pecados de intencionais (mezid) para não intencionais (shogueg) mas ela não apaga os nossos pecados.

Simplesmente não recebemos um castigo por eles porque revelamos que não estávamos conscientes da gravidade deles , como é o caso da criança que foi presa entre os idólatras e se comporta como um idólatra por ter crescido entre eles , por ele não ter consciência da gravidade do que está fazendo tudo o que ele faz de ruim é considerado “sem querer” e ele não recebe um castigo do tribunal Divino pelo que fez.

Mas quando nos conscientizamos da grandeza de D’us e sentimos remorso por ter feito alguma coisa contra D’us, essa é a Teshuvá verdadeira, e sendo que o pecado que fizemos nos causou esse remorso ele deixa de ser um pecado e se torna parte da Mitzvá da Teshuvá.

Ou seja, quando fazemos Teshuvá por amor à Hashem nossos pecados se tornam Mitzvot, e esse é o bem oculto nessa Brachá que vem como uma uma klalá.Conclusão :

O acontecimento infeliz é um bem oculto de uma intensidade tão grande que não teve como descer para esse mundo de uma forma revelada , e por isso ele desce com um revestimento de maldição .

Por isso devemos estar sempre alegres, mesmo que aparentemente as coisas não estão como deveriam estar , não podemos fazer uma condição de estarmos alegres somente quando as coisas estão do jeito que queremos.

Temos que ter uma fé total de que quando esse revestimento terminar e o bem oculto se revelar vamos ver que valeu a pena ter tido um pouquinho paciência para depois usufruir de uma bondade Divina tão grande que não teríamos como chegar a ela de outra maneira é por isso temos que estar alegres durante a situação ruim, por ela ser a embalagem da coisa maravilhosa que estamos desembrulhando

O desencadeamento das sefirót é : primeiro Hessed (bondade) depois guevurá (rigidez) e depois Tiféret (bondade intensa). Para chegar à essa bondade intensa , obrigatoriamente temos que passar por um pouquinho de guevurá.

Mas logo vai chegar o Mashiach e aí será só bondade intensa e revelada eternamente!

Ki Tetzê

Nossa Parashá nos conta sobre o exército do nosso povo. Um exército no qual o Cohen antes da guerra anunciava à todos , entre outras coisas , que quem teme morrer na guerra por ter feito algum pecado que justifique isso, deve voltar para a retaguarda e dar um apoio ao exército como o conserto dos caminhos e etc, mas não ia para a frente de batalha.

Nossa própria Parashá conta na continuação que assuntos ligados à relações ilícitas distanciam de nós a ajuda Divina , e com certeza a pessoa que tinha uma “caidinha” para um assunto desses era o primeiro a voltar por saber que sem a ajuda Divina na guerra ele poderia morrer.

Ou seja, só participava da guerra quem não fazia pecados (principalmente desse tipo) e com certeza nem tinha vontade de fazer.

Nesse ambiente de guerra feroz contra um inimigo cruel a ponto de justificar uma guerra contra ele, ambiente nada romântico, acontece o despertar de uma paixão entre um soldado judeu e a própria inimiga . Como em um ambiente desses um homem se apaixona? E pela inimiga? E a Torá deixa em aberto a opção de eles se casarem!Explica o Ari ZaL que quando Adam Harishon (o primeiro homem) fez a primeira transgressão (árvore do bem e do mal) , misturou o bem e o mal no mundo. Todas as almas Divinas que iriam nascer estavam no Adam Harishon e muitas dessas Almas caíram no lado espiritual impuro como consequência dessa mistura entre o bem e o mal.O mapa da queda dessas “Almas Divinas” que afundaram nas impurezas é uma cópia espiritual impura do Adam Harishon chamada de “Adam de Bliaal” .A cabeça dele representa o exílio da Babilônia , os braços representam os exílios da Pérsia e Média que sucederam o exílio da Babilônia e o corpo representa o império grego que sucedeu a Pérsia. Até aqui tudo bem definido e mapeado, em cada exílio a maior parte da comunidade judaica se encontrava nele e as fronteiras eram bem definidas.As duas pernas desse Adam de Bliaal representam dois exílios paralelos. O exílio de Edom (descendentes de Essav) e o exílio de Ishmael , dois exílios totalmente distintos e longos, e por isso são representados pelas pernas que são as partes mais longas do corpo e separadas uma da outra . Ishmael deu origem aos árabes e Edom deu origem aos povos europeus .Por incrível que pareça vemos que os judeus nos últimos dois mil anos viveram em países árabes e europeus (incluindo suas colônias). Não ouvimos que tinha alguma comunidade judaica muito relevante na índia, na China ou no Japão , e mesmo que judeus fugindo dos nazistas ficaram algum tempo na China , mesmo assim tiveram que se mudar para países de etnia européia como Estados Unidos e Austrália de colonização européia onde hoje existem comunidades judaicas com toda a estrutura montada, enquanto que na Índia, na Coréia ou no no Japão só existem Batei Chabad visitados por turistas e comerciantes que ficam temporariamente nesses lugares.Quase seis milhões de judeus moram em Israel que faz parte de um oriente médio, “galut Ishmael” , e outros milhões vivem nos Estados Unidos , “galut Edom”. Até o Brasil tem uma comunidade judaica que justifica a existência de três Yeshivot . Mas a Índia com 1.347.111.368 de habitantes ou a China com 1.387.365.376 de habitantes não tem uma comunidade judaica que justifique nem sequer uma Yeshivá.Diz o Ari ZaL que o motivo do nosso povo ter passado por esses exílios , inclusive os que estamos agora de Edom e Ishmael , é para elevar as “centelhas Divinas” que afundaram nas impurezas. De acordo com todos os sinais que traz a Guemará já estamos nos calcanhares dessa figura, ou seja, só sobrou dela os calcanhares, últimos refinamentos. Sobre essa figura dizem os nossos Sábios que Mashiach não chega até terminarem as almas do “corpo”, de acordo com o Ari Zal isso quer dizer: até todas as Almas afundadas nesse “corpo espiritual de impureza” serem refinadas por esses exílios .Diz o Ari ZaL que só dessa maneira conseguimos entender esse assunto da nossa Parashá. Os judeus que iam para aquela guerra eram Tzadikim perfeitos e não existia a possibilidade de eles se apaixonarem por alguém por motivos de “Yetzer Hará” (má inclinação) , consequentemente o que despertou aquela paixão foi a Alma Divina dela que se misturou no DNA espiritual daquele povo , ela estava naquela mulher e tinha um vínculo espiritual com a alma do judeu que se apaixonou por ela, e essa era a única possibilidade de esse amor surgir, ela era ,”bonita” só para ele por motivo de a Alma dela estar vinculada à Alma dele .Talvez isso justifique também o fato de agora que estamos na época em que a nossa redenção final está para acontecer muitas pessoas quererem se converter ao judaísmo, pegando as comunidades judaicas despreparadas pelo fato de isso não ter sido uma coisa comum antes da nossa geração. E mesmo que tivemos na nossa história pessoas que se converteram e até se tornaram grandes Sábios de Israel, e também ouvimos falar de um povo ou outro que se converteu ao judaísmo , mas não foi uma coisa tão grande que podemos apontar e dizer que aqui esses povos moravam e esses são os seus descendentes. Nunca o fenômeno foi tão grande e tão diversificado despertando uma verdadeira confusão em todas as comunidades judaicas do mundo.Conclusão: O fato de estarmos aqui no galut é para elevarmos as centelhas Divinas que estão no nosso país , nosso Galut personalizado. Por meio do estudo da Torá , muitas vezes usando a língua do próprio país para explicá-lá , e do cumprimento das Mitzvót usando as coisas materiais que temos aqui nesse país para o trabalho Divino, por meio disso elevamos todas as ramificações dessas Centelhas Divinas que caíram nesses lugares fazendo com que a Gueulá (redenção final) aconteça imediatamente, em breve em nossos dias de verdade.Então, no lugar de pensar no que precisamos e pedir nas nossas rezas só o que precisamos e fazer disso uma condição para ficarmos felizes , devemos nos perguntar ,:- Para que Hashem precisa de nós aqui nesse mundo? Faltava alguma coisa para nós lá encima que tivemos que descer para cá?Então, vamos nos dedicar! Cumprir mais Mitzvót com muita alegria e pedir nas nossas rezas para que Mashiach venha imediatamente e já aconteça o término do galut !

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Shoftim

Nossa Parashá é dedicada por Alexandre Rabinovich no mérito do Yohrtzeit de seu pai Guershon Ben Akiva Rabinovitsch Z”L

Nossa Parashá nos conta sobre os direitos e os deveres do Rei terminando com o versículo de que esses direitos e deveres são para que ele tenha um longo reinado. Imediatamente depois disso, a Parashá nos conta sobre direitos e deveres do Cohen e do Levi .

O denominador comum entre eles é que eles têm o patrocínio do povo.

Sobre o rei está escrito que ele não pode ter mais cavalos do que o necessário, ou seja, realeza não é exibicionismo.

O Rambam diz que hoje em dia todos aqueles que se dedicam ao estudo e ensino da Torá e à divulgação do judaísmo estão fazendo o trabalho daquela tribo de Levi que ensinava a Torá para o povo e portanto podem receber o patrocínio do povo, como o Levi que não recebeu uma parte na terra de Israel mas a parte dele era o trabalho Divino patrocinado pelo povo. E aí entra esse denominador comum.

Da mesma maneira que o rei não podia ter mais cavalos do que o necessário, dessa mesma forma as pessoas que se ocupam com o estudo e ensino da Torá e a divulgação do judaísmo tem todo o direito de receber o patrocínio da comunidade , mas junto à isso todo o dever de usar esse patrocínio da maneira correta .(Rebe de Lubavitch)

Nossa Parashá diz “Seja ‘Tamim’ (Inocente, puro,simples,íntegro) com Hashem seu D’us.”O Shulchan Aruch coloca esse versículo na prática determinando que não é permitido para nós judeus consultarmos astrólogos, e quanto mais feiticeiros e videntes.

A Guemará nos conta (שבת קנ’’ו /ב) que quando nasceu o grande Sábio de Israel Rabi Nachman bar Itzhak, os astrólogos disseram para a mãe dele :- seu filho vai ser um ladrão!

Ela nunca deixou ele andar com a cabeça descoberta e dizia para ele :- cubra a sua cabeça para que você tenha “Irat Shamaim” (temor à D’us) , e peça sempre à D’us para o seu “yetzer hará” (má inclinação) não te dominar.

Ele não sabia porque ela insistia tanto nisso. Um dia ele estava sentado embaixo de uma tamareira (que não era dele) e a “glimá” (a kipá da época) que cobria a cabeça dele caiu. O “yetzer hará” despertou e ele arrancou um cacho de tâmaras com os próprios dentes!Afinal das contas ele continuou seguindo os conselhos da sua mãe e se tornou um dos maiores Tzadikim da Guemará e Rosh Yeshivá de Pumbedita (em aramaico Boca do Rio) cidade importante da Babilônia (perto da atual cidade de Fallujah, província de Anbar) .

Surge a pergunta: Se é proibido consultar os astrólogos, porque a mãe de Rabi Nachman bar Itzhak levou em conta o que eles disseram e fez com que ele se esforçasse tanto para que isso não acontecesse?

O próprio Shulchan Aruch na continuação nos conta que nessas coisas que já sabemos que o “Mazal” não é bom temos que levar isso em conta e nos proteger, e não confiar em um milagre, mas o que é proibido fazer é o ato de nós próprios verificarmos.

Ou seja, se os astrólogos da Babilônia verificaram isso para ela (mesmo que ela, por motivos religiosos, não pediu para eles verificarem) quando a coisa já está verificada temos que fazer o que precisamos para nos proteger e não esperar por um milagre.Conclusão: não tenha vergonha de andar na rua com a kipá (pode ser um boné também)

Os livros de Kabalá trazem assuntos como leitura de mãos.

O fato de isso estar na Kabalá mostra que isso não entra nessa proibição, mas diz o Rebe que isso é somente quando alguém tem esse recebimento de Kabalá prática de mestre para aluno desde a época da Kabalá, e hoje não existem mais pessoas que tem esse recebimento direto, e sendo que nesse caso não adianta estudar diretamente dos livros a leitura de mãos atualmente é inválida.Diz a nossa Parashá : – “Juízes e guardas coloque para você em todos os seus portões.

Porque a palavra portões aparece no plural ? Será que cada um de nós recebeu da Torá um Mandamento te ter um juiz e um guarda em cada entrada da nossa casa ? O grande Rabino Haim Vital que foi o principal aluno do Ari ZaL conta que essa linguagem se refere aos portões do nosso corpo .1- o portão da visão que são nossos olhos

2-o portão da audição que são nossos ouvidos

3-o portão da fala que é a nossa boca

4-o portão do olfato que é o nosso nariz

5-o portão do tato (contato físico) que são nossas mãos e pés .Precisamos colocar juízes e guardas em cada um desses portões.

Ou seja:1- não olhar para coisas que a Torá (nosso referencial do que é luz e o que é escuridão) recomenda não olharmos (principalmente hoje na era do internet)
2- não dar ouvidos a coisas inadequadas (principalmente leshon hará e principalmente nesta era da informação)
3- não falar coisas feias e nem “leva e traz”(de novo leshon hará e principalmente na nossa era do Facebook)
4- não cheirar o perfume da pessoa proibida à você ,(bons e velhos tempos quando não havia poluição e nem rinite alérgica)
5-não tocar a pessoa proibida (fácil), não ir à um lugar inadequado que pode nos despertar desejos proibidos (principalmente na era do entretenimento)Quando protegemos nossos “portões” das coisas ruins recebemos um enorme presente de Hashem, como diz o profeta Yashaiahu : -“Abram os portões e entre o povo sagrado …
Quando fechamos os nossos “portões” para as coisas ruins os portões celestiais se abrem para nós e ganhamos no paraíso futuro 310 mundos paradisíacos no qual cada mundo tem um portão que se abre para nós.Continua o rav Haim Vital que daqui para o paraíso celestial existem muitos tipos de “anjos” que tentam nos impedir de chegar lá, também os sete céus tem muitos e muitos portões com muitos guardas celestiais em cada portão e portão . Depois dos 120 quando a nossa Neshamá deixa esse mundo (e infelizmente hoje em dia os 120 estão ficando modo de falar) esses anjos nos verificam. Se tivermos o mérito eles abrem os portões e nos deixam entrar, se não eles nos empurram para fora e trancam os portões na nossa frente não nos deixando entrar. Por isso devemos ter a sabedoria de demarcar nossos limites e proteger nossos “portões” . Quando nos conscientizamos disso durante a nossa vida nesse mundo teremos o mérito de todos os portões celestiais serem abertos para nós no mundo vindouro .

(ספר הליקויים כתבי הארי ז”ל)

כתיבה וחתימה טובה לשנה טובה ומתוקה

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Reê

Nossa Parashá nos conta que o sangue é a alma. Todos nós temos corpo e alma e se não tivéssemos uma alma seríamos um corpo morto.

A primeira alma a entrar no corpo é chamada de alma animal, e sobre ela a Parashá está falando. A Guemará nos conta que no momento em que uma mãe engravida o óvulo recebe uma alma animal do nível deste mundo onde o bem e o mal estão misturados (Klipat noga ou mais baixo). Sem ela nosso corpo não teria como crescer e se desenvolver.

Mesmo essa alma animal estando revestida no corpo inteiro , a principal revelação dela é no lado esquerdo do coração que bomba o sangue oxigenado para todo o corpo e por isso a Parashá usa essa expressão de que o sangue é a alma.

Sendo que ela é uma alma espiritual, podemos fazer transfusões de sangue e transplante de coração e ela continua no nosso corpo.Uma segunda alma é dada à cada judeu, ela está vinculada à ele de forma envolvente desde que ele nasce, mas só assume nosso corpo quando fazemos treze anos, ou no caso das meninas doze anos (ela também é dada à quem faz uma conversão casher ao judaísmo , ou seja, ela já estava vinculada à essa pessoa desde que nasceu e isso foi o que causou para aquela pessoa querer se converter, por isso está escrito guer shemitgaier , ou seja, convertido que se converte e não goi shemitgaier).Essa segunda alma se chama Neshamá. Ela se reveste na alma animal para poder interagir com o corpo sendo que ela é de uma fonte tão elevada que não tem como se revestir diretamente no corpo como a alma animal, mesmo assim a principal revelação dela no nosso corpo é no nosso cérebro, e sendo que por natureza a razão domina o sentimento (o cérebro domina o coração) o objetivo dela nesse mundo é dominar a alma animal e fazer dela uma plataforma para o trabalho Divino . E ela é você ! Você que desceu do céu para vencer a corrida de obstáculos que chamamos de vida e vai ganhar por próprio mérito um “baixo paraíso” no qual uma hora lá eqüivale a setenta anos dos maiores prazeres neste mundo, ou até um alto paraíso onde uma hora lá eqüivale a setenta anos no baixo paraíso, e vai ganhar isso como prêmio por ter feito o trabalho Divino, meta da corrida de obstáculos.A Neshamá é pura e linda , cada ano que passa fica mais refinada e reluzente por meio do cumprimento das Mitzvót (mandamentos Divinos). Poderíamos dizer como exemplo que cada ano que passa , enquanto o corpo fica mais velho a Neshamá fica mais jovem !A Parashá também nos conta que Hashem nos escolheu dentre todos os povos, somos o “Povo Escolhido”. Quem participou desse concurso Divino para ser escolhido? Nossa Neshamá não poderia ter participado sendo que ela é diferente das almas dos povos do mundo e uma escolha acontece entre coisas semelhantes. Quem se parece com os povos do mundo? Nosso corpo ! Ele foi escolhido ! O que ele ganhou dessa escolha? Ele ganhou Kedushá (santidade)!Quando fazemos uma Mitzvá recebemos Kedushá, nosso corpo se torna mais sagrado e refinado, e no futuro quando ressuscitarmos ele vai reluzir mais do que a Neshamá. Os povos do mundo quando cumprem essa mesma Mitzvá não recebem essa Kedushá, e essa é a diferença causada por termos sido escolhidos.Conclusão: Agora nossa Neshamá faz nossa alma animal e nosso corpo cumprirem os mandamentos Divinos trazendo para eles Kedushá. Na ressurreição essa kedushá se revela, nosso corpo ressuscita jovem lindo e reluzente e nosso mundo material se tornará um paraíso muito maior do que o alto paraíso, tudo isso no mérito da Torá e das Mitzvót que estamos cumprindo agora! Então, vamos aproveitar essa oportunidade, estudar mais Torá e fazer mais Mitzvot!

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Ekev

Na nossa Parashá está escrito:

“Vea’halta Vessavata Uverah’ta et Hashem Elokei’ha”. Você vai comer até se satisfazer e depois disso você vai abençoar Hashem seu D’us.

Nosso primeiro patriarca, Avraham Avinu, costumava hospedar os viajantes em sua tenda, que pela descrição dos nossos Sábios teria o tamanho de pelo menos um quarteirão. Essa enorme tenda tinha uma entrada em cada lado para facilitar o acesso à ela.

Na tenda de Avraham os hóspedes comiam do bom e do melhor, e depois de terem comido, Avraham pedia à eles que agradecessem à Hashem (D’us) que “a Ele pertence a Terra e tudo o que ela contém”.

A terra pertence a D’us ou foi dada aos seres humanos?

A Guemará questiona o fato de dois versiculos do Tehilim aparentemente se contradizerem. O primeiro (Tehilim 24/1) diz : LaHashem Haaretz Umloá , à Hashem pertence a Terra e tudo o que ela contém.

לה’ הָאָ֣רֶץ וּמְלוֹאָ֑הּ תֵּ֝בֵ֗ל וְיֹ֣שְׁבֵי בָֽהּ

E o outro (Tehilim 115/16) diz: Vehaaretz Natan Livnei Adam: e a terra foi dada aos homens.

 הַשָּׁמַיִם שָׁמַיִם לַה’ וְהָאָרֶץ נָתַן לִבְנֵי-אָדָם

E a própria Guemará responde: o primeiro versículo se refere aos momentos nos quais ainda não dissemos a Bra’há. Já o segundo versículo refere-se ao momento seguinte, quando já fizemos a Bra’há sobre o alimento. Portanto, antes de fazer a Brahá tudo pertence à Hashem, e após falarmos a Brahá aquilo que era de Hashem para a ser nosso

Nossos Sábios nos ensinaram que aquele que tem proveito deste mundo sem recitar uma Brahá é como se estivesse lesando o Todo Poderoso e a congregação de Israel.

Por tudo que foi explicado agora vemos a importância de uma Brahá e o poder que ela tem de atrair abundância para o mundo. Portanto se não a falamos a Brahá, impedimos a entrada da fartura que viria ao mundo e beneficiaria a nosso povo.

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Diz a nossa Parashá: “Porque não somente de pão viverá a pessoa, mas de toda palavra Divina a pessoa viverá .

“Explica o Ari ZaL que a vitalidade da Alma não vem por meio da comida mas sim por meio da palavra Divina. O que é essa palavra Divina? Diz o Ari ZaL que ela está indicando a benção que fazemos antes de comer. A Bra’há eleva dos alimentos o lado “Alma” deles , “Centelhas Divinas” que se misturaram com o lado espiritual negativo do mundo.

Por meio da Bra’há refinamos essas pequenas revelações Divinas tirando elas das impurezas , delas nossa Neshamá (nossa alma Divina) recebe a sua vitalidade e esse é o “alimento da Alma”.

Nosso corpo se alimenta do lado material do que comemos e nossa Alma do lado espiritual.

Conclusão:

Quer que a sua Alma vibre cheia de energia positiva? Capriche nas Bra’hot

Bençãos da Torá

O Ari Zal explicou que tudo nesse mundo tem um lado ”corpo” e um lado Alma. Como o ser humano foi criado “corpo e Alma” assim também todas as outras coisas.

A própria Torá tem um lado “corpo” que são as Hala’hot (leis práticas) e um lado Alma que está por trás delas.

Por isso os Anjos não queriam que a Torá descesse para esse mundo e recebesse esse lado “corpo”, porque eles não se interessavam por isso, sendo que não há entre eles ódio ou inveja e eles não precisam de leis práticas como “não assassinar”, “não cometer adultério” e etc. Por isso eles pediram para que a Torá ficasse nos mundos superiores e eles tivessem sempre acesso à essa revelação “Alma” da Torá.

E aqui surge novamente a Brahá. Quando falamos as Bra’hot da Torá unimos nossa Alma ao lado Alma da Torá que é uma revelação Divina tão grande que até os Anjos queriam ter ela também.

Bençãos das Mitzvót 

As Mitzvot também tem o lado “corpo” e o lado “Alma”. Quando você faz uma Mitzvá é bom para você nesse mundo e ela está guardada para você no próximo mundo, quando falamos a Bra’há da Mitzvá estamos conectando a nossa Alma com o lado Alma da Mitzvá , esse aspecto dela que está lá encima.

Por isso está escrito na nossa Parashá: “Toda a Mitzvá…..” e não somente “a Mitzvá”, indicando o lado “Alma” da Mitzvá.

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Terra de Israel espiritual

Nossa Parashá nos conta que na conquista da terra de Israel pela primeira vez a regra era: “Pouco a pouco vou expulsá-los da sua frente “.

Diz o Rebe que o mesmo acontece na vida de cada um de nós , na conquista da terra de Israel espiritual , na parte dela que recebemos por sorteio lá de cima, ou seja, nosso trabalho Divino diário personalizado que inclui nosso refinamento pessoal. A conquista não deve ser feita de uma vez, mas sim pouco a pouco.

Mas não seja radical no pouco a pouco, pouco a pouco não quer dizer não fazer nada , não se esqueça que devemos nos esforçar para fazer o trabalho Divino , como dizem nossos Sábios: “Se você se esforçou e conseguiu acredite!

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“Diz a Parashá :”Talvez você diga no seu coração :- Esses povos são muito mais numerosos do que eu , como poderei conquistá-los?” (דברים ז’ י”ז)

Ou seja, talvez você sinta a realidade !

Você mediu o tamanho do problema e se conscientizou de que não tem a mínima chance de resolvê-lo . Lá vai a regra geral que nos dá Moshe Rabeinu para todo e qualquer problema (incluindo fechar as contas no fim do mês) : “Não tenha medo deles !

Lembre-se do que Hashem fez ao faraó e a todo o Egito , os milagres , as maravilhas , etc etc etc. Ou seja , isso é o que devemos pensar e sentir sempre em qualquer situação difícil.

Se não saiu como queríamos , talvez nos espera algo melhor. Mas nós devemos fazer a nossa parte que é viver confiantes a cada instante , nunca pensar que não vai sair como queremos mas sim nos lembrar dos milagres e das maravilhas que Hashem fez no Egito e nos conscientizar que assim ele vai nos fazer agora

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Vaetchanan

“Nossa Parashá começa com a palavra “Vaetchanan” (que se torna o nome da Parashá). Moshe conta ao povo que “rezou para D-us naquela hora” e usa a palavra “Vaetchanan” se referindo à reza. Rashi diz que a raiz da palavra “Vaetchanan” é uma expressão de pedido à um presente gratuito, e explica :

Mesmo podendo os Tzadikim justificarem o atendimento de seus pedidos como merecimento à suas boas ações ,mesmo assim, por humildade pedem à Hashem que atenda a seus pedidos sem olhar para seus méritos, pedem para que Hashem lhes dê seu pedido de graça.Diz o Midrash Rabá que o valor numérico da palavra Vaetchanan é 515 indicando o número de vezes que Moshe rezou fazendo aquele mesmo pedido. Aprendemos daqui que devemos pedir pedir e pedir novamente. Todos os nossos pedidos são levados em conta , e mesmo que você não foi atendido (por motivos que são sempre para o nosso bem) mesmo assim eles não se perdem mas são direcionados para algo mais importante que muitas vezes nem sabíamos que estávamos precisando . O atendimento aos nossos pedidos é um presente que Hashem nos dá simplesmente pelo fato de termos pedido. Então , vamos pedir !Mitzvat HaTefilá

A Mitzvá da Tefilá pela Torá é pedir para Hashem o que você precisa na hora que você precisa. Em uma hora de perigo , por exemplo (fora o fato de você ter que fazer tudo o que é necessário para se defender mesmo se precisar contra-atacar antes de ser atacado) em primeiro lugar você deve pedir para Hashem te salvar do perigo e esse é um dos princípios da nossa fé .O motivo desse princípio é que por meio disso a pessoa vai saber e entender que Hashem sozinho dirige o mundo e cuida detalhadamente de cada uma das criaturas, e somente Ele tem a possibilidade de nos salvar e etc como escreveu o Rambam no quinto dos treze princípios da fé judaica.
A Mitzvá da Tefilá não é vinculada somente à pessoas próximas de Hashem como os grandes Tzadikim mas também toda pessoa que precisa de alguma coisa é uma “Mitzvat Assé” (Mandamento “Faça”) fazer o seu pedido para Hashem. Às vezes seu pedido será aceito e seu desejo será realizado e às vezes, (para nosso benefício material ou espiritual) nosso pedido não é aceito. E isso se compara a alguém que manda seu pedido a um rei. Qualquer pessoa deve mandar para o rei um pedido, e mesmo sendo a pessoa mais distante do rei pode ser que ele vai atender a seus pedidos porque condiz a natureza boa e piedosa do rei atender especificamente aos mais humildes e etc… O fato da pessoa estar mais próxima ou mais distante do rei só vai fazer diferença em relação a pedidos sobre assuntos públicos e de grande importância para o povo , mas em assuntos de necessidades particulares não faz diferença se a pessoa está mais próxima ou mais distante. Dessa mesma maneira Hashem se relaciona às rezas que rezamos para Ele.Fazemos nossos pedidos para Hashem pedindo explicitamente para que Ele atenda nossas rezas , e esse é o mandamento da reza pela Torá (chamamos isso de “Mitzvá Deoráita”)Nossos profetas e sábios fizeram para nós o roteiro das rezas como hoje ele se encontra no Sidur determinando também a frequência e os horários de cada reza, o “Minian” (quórum de dez) e etc.
(chamamos isso de “Mitzvá Derabanan”)Outro assunto muito importante da nossa Parashá é a preocupação de Moshe Rabeinu em deixar bem claro para nós que D’us não tem nenhuma semelhança física. O Rambam traz esse assunto como um dos treze princípios da fé judaica: “O Terceiro Princípio”- O Criador não é corpo. Conceitos físicos não se aplicam a Ele. Não há nada que se assemelhe a Ele;
Quando falamos sobre diferenças entre matéria e Revelação Divina temos que entender que os conceitos espirituais estão tão acima do material que qualquer exemplo material dado sobre um assunto espiritual só serve para “acalmar o ouvido” como dizem nossos sábios.Em Haifa havia um grande rabino que conheci pessoalmente chamado Reuven Dunin. Antes de ser rabino ele trabalhava com um trator em um Kibutz, depois foi estudar Torá em uma Yeshivá. Voltando para o Kibutz aonde criavam vacas e ovelhas tentou explicar conceitos judaicos extremamente profundos sendo rudemente contestado com muitos palpites cuja fonte era uma ignorância profunda em relação a qualquer assunto espiritual. A linguagem era direta e grossa, até que ele próprio acabou sendo novamente envolvido pelo ambiente do qual fazia parte no passado e disse com uma voz determinada:- Vamos conversar sobre o que realmente entendemos, sobre vacas e ovelhas. Os ânimos se exaltaram, isso era realmente um assunto interessante! O rabino pergunta:- minha gente, porque a vaca faz omeletes e a ovelha azeitonas (referindo-se a forma de que as fezes de cada animal é expelida.) Todos se calaram,ninguém sabia. :- Minha gente , respondeu ele com uma voz entusiástica, nem de mer… (se referindo às fezes dos animais) vocês entendem, como querem dar palpite sobre o que é D’us?
Ou seja , falar com um ser humano sobre o que é o “mundo da Yetzirá” (Baixo Paraíso) ou o “Mundo da Briá” (Alto Paraíso) e quais revelações Divinas temos nessas grandes alturas espirituais é como por exemplo descrever para um cego que nasceu cego e só vê escuridão tudo o que você viu nas suas últimas férias , paisagens maravilhosas que ele não tem como imaginar. Você vai contando para ele sobre a paisagem, e no pensamento dele “preto mais preto é igual a preto”, “escuro mais escuro é igual a escuro” , e por fim ele te diz que já conseguiu imaginar tudo o que você contou. Você responde carinhosamente :- Querido, você não tem culpa, mas saiba que tudo o que você imaginou está errado! Você pode ouvir mas não pode imaginar, tudo que você vai imaginar vai ser “preto mais preto que é igual a preto” e só vai achar que sabe tudo! Assim funciona o nosso pensamento : ” matéria mais matéria é igual a matéria ” e novamente “matéria mais matéria é igual a matéria” e você acha que já sabe tudo! ou seja , se conseguimos com nosso pensamento material imaginar o espiritual , uma coisa é certa: TUDO o que você imaginamos está errado! Ou seja, o espiritual é infinitamente melhor do que tudo o que conhecemos e não temos os sentidos para imaginá-lo . Então simplesmente temos que saber que “O Criador não é corpo”. Conceitos físicos não se aplicam a Ele. Não há nada que se assemelhe a Ele. Desde pequenos estamos acostumados a dar forma aos conceitos espirituais que ouvimos, e sendo que são formas materiais consequentemente são erradas . Agora que crescemos temos que nos desfazer dessa materialização dos conceitos espirituais

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Dvarim

Está escrito na nossa Parashá:- “E foi no quadragésimo ano, no décimo primeiro mês, no primeiro dia do mês, começou Moshe a explicar esta Torá dizendo…”. Dizem nossos Sábios (como traz Rashi) que Moshe explicou a Torá em setenta línguas diferentes.Porque Moshê precisaria explicar a Torá em setenta idiomas? Rabi Moshe ben Nachman (Ramban) nos ensinou que a Torá, as Profecias e todas as Escrituras Sagradas foram ditas na “Língua Santa” que é o idioma Divino no qual D-us falou com Moshe e com os Profetas. Sendo que a Torá é a “Torá de Hashem”, Hashem “nos deu Sua Torá “, aparentemente o estudo da Torá deveria ser somente na “língua Divina”, a “Língua Santa”.A definição de Torá “escrita” é : nenhuma letra a menos e nenhuma letra a mais , mas exatamente como foi dada por D-us , e por esse motivo a leitura do Sefer Torá na sinagoga é considerado estudo e tem que se dizer uma Brachá com nome de Hashem, mesmo que o Judeu que está dizendo a Bênção não entende o que está lendo (e muitas vezes não entende nem a tradução da Benção ) talvez por isso poderíamos dizer que a leitura da Torá escrita em qualquer ocasião só poderia ser feita na “língua Santa”, idioma no qual ela foi dada por D-us !E não somente isso, mas até em relação às explicações da Torá , chamadas de “Torá Oral”, mesmo que aparentemente dependem somente do nosso entendimento , e se não entendemos a Torá Oral não cumprimos a Mitzvá de estudá-la , mesmo assim a Halachá é que “pensamento não é fala” e algumas leis que recaem sobre “falar” palavras de Torá são vigentes também em relação a Torá Oral como a proibição de falar palavras da Torá sem roupas e também o fato de não podermos fazer uma Bênção sobre a Torá que vamos pensar mas somente sobre a que vamos falar.Ainda mais, sendo que a “Torá Oral” também é de D-us poderíamos dizer que a classificação de “Estudo de Torá” só recaísse sobre a Torá Oral quando fosse dita na língua falada por D-us, na língua Santa.Essa foi a ação de Moshe Rabeinu na nossa Parashá. Por meio de ter explicado a Torá em setenta línguas , a partir daí recai o nome de “Torá” sobre assuntos de Torá estudados pelo povo de Israel em outras línguas mesmo não sendo essa a língua que D-us deu a Torá, mesmo assim recai sobre ela a classificação de “Torá” a tal ponto que quando falamos assuntos de Torá em outras línguas estamos falando verdadeiras “Palavras da Torá” e se torna proibido falarmos elas antes de dizer a “Bênção da Torá” (e nem precisamos dizer que é proibido falar assuntos de Torá em qualquer idioma se não estivermos vestidos)A iniciativa que teve Moshe na nossa Parashá foi incentivada pela própria Torá que usa algumas palavras nas línguas dos outros povos, como por exemplo “Yegar Sahaduta” , “Totafot” e etc. O motivo que essas palavras fazem parte da Torá que é toda de Hashem é para que recaia a santidade da Torá sobre essas palavras e por meio disso as línguas dos povos se tornam refinadas para que se possa “repassar” a Torá por meio delas .Isso acontece nos idiomas atuais também. O que a Torá fez em curta escala, (Somente indicando que isso é possível) e Moshe Rabeinu fez em larga escala , traduzindo toda a Torá para setenta línguas , aparentemente foi uma dica para a nossa situação atual. Surgiram novas línguas , todas derivadas daquelas setenta, e nós somos os que estão refinando esses idiomas quando repassamos a Torá por meio deles.Na torre de Bavel aconteceu um milagre que deu origem a setenta línguas e delas saíram todos os idiomas que existem hoje. Sabemos que a “Lingua Santa” , que por meio dela
D-us criou o mundo , foi falada por Adam e Havá (Adão e Eva) e continuou sendo falada por pessoas de cada geração também depois da torre de Bavel. A maior prova disso é que o Povo de Israel que desceu para o Egito não mudou a sua língua que era a mesma desde a criação do mundo. O Hebraico antigo que foi a primeira língua existente no mundo deu origem ao aramaico e o aramaico ao árabe e a “Língua Santa” inspirou os escritores que fizeram o hebraico moderno. E esse é o motivo que a Torá nos deu essas dicas de tradução como “Yegar Sahaduta ” que é uma palavra em aramaico e Totafot que é em africano.Poderíamos pensar, será que o aramaico, sendo que é um derivado da “Língua Santa” já vem com a santidade do”Idioma Divino” ? A Torá nos dá a dica: Está escrito-“Yaakov chamou aquele lugar de “Gal Ed” e Lavan de “Yegar Sahaduta” ou seja, tanto os idiomas derivados da “Língua Santa” quanto os derivados das outras línguas são o idioma de “Lavan o Arameu” e precisam ser refinados pela Torá !O motivo que isso teve que ser feito especificamente por Moshe Rabeinu é porque todos os assuntos da Torá foram dados para o povo de Israel por meio de Moshe , “Moshe recebeu a Torá no Sinai”, a tal ponto que disseram nossos Sábios :-“Tudo que um aluno experiente vai inovar já foi dado para Moshe no Sinai”, por isso também esse fato de serem chamados de “Torá” os assuntos de Torá ditos nas setenta línguas teria que ser revelado pelo próprio Moshe Rabeinu.Fora o fato de Moshe ter explicado oralmente a Torá em setenta línguas , Moshe e os anciões de Israel pediram ao povo que no dia em que atravessassem o rio Jordão erguessem pedras grandes e escrevessem nelas todas as palavras dessa Torá nessas setenta línguas, cada uma nas suas letras como nos contou o grande Tzadik Rabi Moshe ben Maimon (Rambam) que a Torá foi escrita naquelas pedras com as letras de cada idioma.Vemos aqui que Moshe Rabeinu conseguiu fazer com que não haja diferença entre traduzir a Torá oralmente para as setenta línguas e escrever ela em setenta línguas,
nos dois casos ela se tornou considerada “Torá” com toda a devida santidade relacionada a ela.Por esse motivo Moshe também teve que traduzir oralmente a Torá e também pedir para que ela fosse escrita na escrita de cada povo. Duas obras distintas, uma para que recaia a santidade da Torá sobre a língua dos povos e a outra para que essa santidade recaia sobre a escrita dos povos. Ou seja, para que os livros com assuntos de Torá escritos nas letras dos setenta idiomas também sejam chamados de Livros Sagrados ,”Sifrei Kodesh ” e devam ser cuidados com o mesmo respeito que damos aos livros escritos na “Língua Santa”Nosso quinto livro da Torá, (Devarim) é conhecido como Mishnê Torá, a revisão da Torá. Seu conteúdo foi dito por Moshê ao povo judeu durante as cinco semanas finais de sua vida, enquanto o povo se preparava para entrar na Terra de Israel.Moshe sabia que tinha os dias contados e pouquíssimo tempo de vida , e teria que se dedicar somente para fazer as coisas mais importantes. Nesses dias ele estava traduzindo a Torá para setenta línguas para facilitar o estudo da Torá aos judeus , para dar mérito a judeus que só sabem falar outros idiomas, para tornar o acesso à Torá mais fácil.Ele estava empenhado e dedicado para que pessoas que nem sabem falar a “Língua Santa” possam saber o motivo que D-us criou o mundo e o motivo pelo qual nós estamos aqui. Moshe Rabeinu não só nos deu a Torá mas também mostrou para nós que ela é a coisa mais importante que existe no mundo !A Parashá nos conta também que quando nosso povo planejou passar pelo monte Seir , terra de Edom, para chegar à terra prometida, D’us pede para Moshe dar uma ordem ao povo de Israel para comprar com dinheiro mantimentos dos Bnei Essav (habitantes de Seir) e até pagar pela água que beberem. O motivo para isso aparece imediatamente no próximo versículo: – “ Porque Hashem seu D’us te abençoou em todos os trabalhos das suas mãos e proveu todas as suas necessidades na travessia desse grande deserto durante quarenta anos, Hashem seu D’us está te apoiando, não te falta nada!”Isso foi dito à Moshe como uma ordem para ser repassada ao povo de Israel !
Quando o versículo diz que Hashem seu D’us te abençoou, está instruindo o povo para não ser ingrato dando a impressão de que eles são pobres e mal cuidados por Hashem, mas ao contrário! Passem uma imagem de que vocês são ricos! (Rashi)A regra é : Quando somos gratos à D’us pelo que ele nos dá e demonstramos isso, fazemos com que ele nos dê verdadeiros motivos para agradecer. Quando estamos alegres por saber que D’us sempre está cuidando bem de nós, fazemos com que D’us nos dê verdadeiros motivos para justificar essa alegria!O Baal Shem Tov conta que existem duas formas de rezar, uma com muita alegria e entusiasmo e outra com muito choro e amargor. As duas formas são válidas mas a diferença entre elas é que , quando pedimos à D’us com alegria somos como um ministro fazendo um pedido ao Rei , mas quando pedimos com tristeza somos como um pobre fazendo um pedido ao Rei . (Por ser assim no mundo espiritual consequentemente a natureza do mundo material é que:) quando o pobre pede algo para o Rei ele ganha um presente pequeno, mas quando o ministro pede algo para o Rei ele ganha um presente muito grande , por isso temos que rezar com muita alegria e entusiasmo como um ministro falando com o Rei.Por que essa ordem em relação às Edom foi dada se no final o povo de Israel não atravessou a terra de Edom e isso não aconteceu na prática?Sendo que a Torá é eterna e os seus ensinamentos são eternos eles são válidos em qualquer época e em qualquer lugar, e o fato de essa travessia não ter acontecido na prática mas a ordem ter sido dada só vem reforçar o fato de essa ordem ter sido dada para nós, aqui e agora! Então vamos mostrar para todos que D’us sempre está cuidando bem de nós e não esquece de nós um único instante!Para história leis e costumes de Tisha Beav acesse ao nosso sitewww.ongtora.com🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷

Matot Mass’ei

Nossa Parashá é dedicada por Alberto Douek e Família em honra ao Yohrtzeit (אזכרה) de Mordechai ben Sarah “alav hashalom” que começa hoje ao anoitecer (26 de Tamuz). Que Hashem o tenha no Gan Éden e que em breve chegue o Mashiach e todos os mortos ressuscitarão .

Matot

Nossa Parashá nos conta que se alguém faz uma promessa ou um juramento que não consiste em uma coisa proibida pela Torá ele tem a obrigação de cumprir com a sua palavra.

Por isso o ideal é sempre dizer “Bli Neder” (sem promessa) quando prometemos alguma coisa , para deixar claro que não estamos fazendo uma promessa ou um juramento.

Porque uma promessa de fazer algo que a Torá proíbe não é levada em conta e continuamos proibidos de fazer aquilo que a Torá proíbe ?

Simples ! Sendo que um juramento não tem a capacidade de anular outro e nossa Alma antes de descer para o corpo já jurou lá em cima que vai cumprir todos os mandamentos Divinos , consequentemente um juramento de fazer algo contra a vontade Divina não é válido.

Conclusão: Não é recomendado pelos nossos Sábios fazer juramentos ou promessas. Então, lembre-se : quando prometer alguma coisa NUNCA se esqueça de falar “Bli Neder”

Massei

Nossa Parashá ( Mass’ei) nos conta sobre alguém que matou uma pessoa acidentalmente é chamado de assassino (Mesmo que foi acidentalmente, ele é chamado de “Assassino acidental”) e recebe um castigo de exílio em uma cidade de refúgio que foi feita para esse fim e geralmente era habitada pela tribo de Levi que não tinha terra própria .

O castigo dele era ficar lá até o Cohen Gadol (sumo sacerdote) falecer. O versículo diz que depois da morte do Cohen Gadol o assassino pode voltar para a sua terra.

Porque então a Torá continua chamando ele de assassino sendo que depois de ele ter recebido o castigo no tribunal deste mundo sua transgressão é apagada no tribunal Divino ?

No começo ele é chamado de assassino porque a regra é que coisas boas acontecem por meio de pessoas boas e coisas ruins por meio de pessoas ruins e o fato de a morte acidental ter acontecido por meio dele justifica o adjetivo assassino.

Depois que ele cumpre a sua pena e por meio disso se torna um Tzadik , diz a Torá : Depois que morrer o Cohen Gadol voltará o assassino para a terra da sua herança.

A linguagem é estranha ! Porque a Torá continua chamando ele de assassino mesmo depois que ele cumpriu sua pena ?

Simples! A Guemará (Macot 11b) nos conta que o Cohen Gadol na função de sumo sacerdote deveria rezar para que esses acidentes não acontecessem e o fato de isso ter acontecido mostra que o Cohen esqueceu de rezar para isso .

A consequência automática disso é uma reza contrária, o exilado reza para que o Cohen Gadol morra rápido para que ele possa voltar do exílio.

A mãe do Cohen Gadol levava para essas pessoas roupas e comida para que eles não desejassem o mal da sua família e esse era o único jeito de anular essa propensão de reza, ou seja, depois que ele recebeu roupa e comida dela ele só iria dar bênçãos para essa família.

Conclusão : sempre temos que rezar e pedir pelas pessoas próximas a nós para que nada de ruim aconteça por meio delas e também sempre ajudar à quem está ligado à nós para que sempre deseje o nosso bem

Quarenta e duas viagens

O povo de Israel fez quarenta e duas viagens entre a saída da escravidão no Egito e a milagrosa entrada na “Terra Prometida”. O que há por trás das quarenta e duas viagens que nos dá a obrigação de nos lembrarmos delas todos os anos lendo Parashat Massaei na Torá ?

O Baal Shem Tov nos revelou que cada Judeu e Judia tem um itinerário de viagens para percorrer durante a sua vida planejado lá de cima. A Torá fala sobre quarenta e duas viagens que o povo de Israel teve que fazer, o objetivo dessas viagens eram para elevar pequenas “Revelações Divinas” .

Quando damos um exemplo sobre a Revelação Divina comparando-a a uma Luz essas pequenas revelações serão chamadas de “Centelhas Divinas”, o objetivo dessas viagens era fazer um concerto “Tikun”(conserto) espiritual nesses lugares e elevar essas “Centelhas Divinas”.

Em cada lugar eles acamparam, mas ficaram somente o tempo necessário para fazer o “Tikun” e elevar as “Centelhas Divinas” daquele lugar.

O Baal Shem Tov diz que cada Judeu e Judia tem um circuito de viagens pré destinadas durante toda a sua vida. Tudo é determinado até os pequenos detalhes, onde vai morar, onde vai trabalhar,para onde vai viajar , onde vai passar uma semana , onde vai passar um ano , onde vai morar mais ou menos tempo.

Um detalhe interessante é que tanto no lugar onde o povo de Israel acampou por um só dia quanto no lugar que eles acamparam por dez anos eles montaram o Mishkan como se fossem ficar lá a vida inteira. Por incrível que pareça vemos isso dia a dia com nossos próprios olhos.

Todos nós somos Sefaradim (Judeus Espanhóis) ou Ashkenazim (Judeus Alemães ) . Nossos avós vieram de países Árabes ou da Europa oriental, ou seja, somos Sefaradim porque morávamos na Espanha,mas nenhum de nossos avós veio da Espanha, vieram da Síria , do Líbano, do Marrocos.

Somos Ashkenazim porque viemos da Alemanha, mas nossos avós Ashkenazim vieram da Rússia, da Polônia, da Hungria, da Romênia. Ninguém mais pode voltar para a Síria ou para o Líbano nem para visitar e ninguém nunca vai querer morar na Polônia ou na Romênia.

Todos nós Judeus brasileiros temos ou pais ou avós ou bisavós que vieram de fora, e mesmo nossos avós na Síria e no Líbano eram chamados de Espanhóis (Sefaradim) E nossos avós da Romênia e na Rússia eram chamados de Alemães (Ashkenazim).

Ou seja, nenhum de nós não pertencia nem mesmo ao próprio país de onde vinha. Os Judeus que foram expulsos de Recife em 1654 fundaram Nova York e eram chamados de Sefaradim, em 1824 Judeus vindos do Marrocos fundaram a Sinagoga de Belém e também eram Sefaradim.

Todos nós Judeus temos uma cara Européia ou Árabe mesmo sendo Judeus brasileiros , ou seja, a marca registrada de que somos turistas em qualquer país que estejamos, “Trade Travellers”, “Turismo de negócios”, deslocamento voluntário temporário envolvendo fatores como transporte, hospedagem, alimentação e lazer, realizado por um indivíduo com o propósito de desenvolver empreendimentos com fins lucrativos, através de reuniões de negócios, fechar acordos, comprar produtos ou serviços ou acertar outras questões pontuais relacionadas a atividade de mercado.”

Pensamos que tudo que fazemos estamos fazendo para nós próprios mas na realidade é D-eus causando nossas mudanças para que possamos elevar essas “Centelhas Divinas” espalhadas pelo mundo. Fazemos os consertos”Tikunim” todos em um limite de viagens pré determinado.

Achamos que conseguimos um emprego melhor e subimos na vida, depois vamos para a China comprar mercadoria e voltamos para cá para vender a mercadoria, pensamos que somos espertos e lucramos! Mas simplesmente é D-eus que está causando tudo isso para que cada um possa elevar a sua parte do mundo, a parte que está na sua responsabilidade.

Por isso que sobre a saída do Egito está escrito que deixamos o Egito como uma armadilha sem isca ou como as fossas oceânicas que não tem peixes, ou seja, tiramos dele a “isca” espiritual que nos atraiu para lá que na verdade eram 288 “Centelhas Divinas” que elevamos lá, e o mesmo estamos fazendo aqui e agora!

Mazal Bat Esther Nasser z”l
(5 de Sivan de 5741)
Haim Ben Shafia Nasser z”l
(17 de shevat de 5762)
Esther bat Olga z”l
(11 Kislev)

E especialmente em memória de Mordechai ben Sarah Douek Hacohen Yohrtzeit  (26 Tamuz)

Pinchás

Ódio Gratuito:No começo da nossa Parashá D-us pede para fazer uma guerra contra Midian por eles terem abalado a estrutura familiar do nosso povo e causado 24.000 mortes .

Essa guerra aconteceu a mais de 3300 anos atrás. Por qual motivo temos que nos lembrar hoje que vencemos a guerra de Midian?A Torá tem um lado revelado que chamamos de “corpo da Torá” e um um lado oculto, “Alma da Torá”. O lado corpo dessa guerra aconteceu a 3300 anos atrás mas o lado alma dela acontece diariamente. Aqui na nossa Parashá estudamos no lado oculto da Torá o diagnóstico de uma “Klipá” (força negativa que atua no mundo) chamada de klipat Midian. Essa Klipá é a fonte espiritual do ódio gratuito que causou a destruição do segundo Beit Hamikdash , o exílio do nosso povo , e até hoje ela continua no nosso meio. Então não é por acaso que lemos essa Parashá nessa época em que o Beit Hamikdash foi destruído .A Torá já tinha nos contado sobre os meraglim (espiões) que contra a vontade Divina queriam que o povo ficasse no deserto estudando Torá para entrarem na terra de Israel mais preparados. Agora, depois de décadas de estudo, nosso povo se encontra com um exército de mulheres que vem nos seduzir. Como poderiam correr atrás da primeira mulher que vissem depois de estar quase quarenta anos estudando Torá? Essa é a consequência da Klipá que se provou resistente a estudos de Torá , a classe social e a nível espiritual. Todos nós estamos sugeitos à ela, ela é a pior de todas as klipot.Características da Klipá de Midian1-Bilam o feiticeiro sabia que para D-us a pior coisa é a destruição do conceito familiar , relações ilícitas. Bilam não tinha motivo justo para aconselhar Balak contra nós, mas era ódio gratuito. Seu país (Midian) estava longe de nós . Ele viajou até Moav sabendo que Moav também não estava em perigo, para dar o conselho mais destrutivo do mundo em relação à nós. Quando essa Klipá nos contagia nos tornamos dispostos a fazer tudo para destruir. Ela desperta em nós o sentimento de destruição sem limites , sem motivo, ou por um motivo muito pequeno , destruir gratuitamente.Como nos proteger? Não nos deixando seduzir pela Klipá! Sempre que sentirmos motivação para entrar em uma briga e querer destruir totalmente nosso próximo a ponto de desejar até sua inexistência sabemos que ela despertou em nós e imediatamente têmos que despertar nosso sistema imunológico espiritual (yetzer hatov) contra ela e tomarmos a decisão de não brigar, não dar palpites destrutivos e não “colocar lenha na fogueira” seja o que não for.As jovens de Midian justificaram seu comportamento como causa nobre e espiritual, e até princesas participaram dessa sedução em massa. Cada uma levou com ela seu deuzinho , o Baal Peor, que foi apresentado como deus politicamente correto que apoiava o prazer e bem estar de seus adoradores e cuja adoração consistia em fazer as “necessidades” sobre ele demonstrando que não existe nada proibido no mundo contanto que isso te dê prazer , ou seja, se você se sente bem brigando com alguém, brigue! Essa é outra característica dessa Klipá, ela apresenta a destruição por meio de brigas e intrigas como se isso fosse uma causa nobre , politicamente correta e ainda com apoio divino (mas da idolatria)Como sabemos que isso é Klipá ? Pelas consequências ! Por mais nobre e politicamente correta que seja a causa, se a consequência é a destruição , aí a klipá se encontra. Então vamos abrir mão da legitimidade da briga olhando mais longe, vendo que se continuarmos a briga todos sairemos perdedores. No começo da briga ou da intriga já temos que mentalizar a paisagem da destruição do pós briga e do tempo necessário para reparar os prejuízos que ela causará e para curar os ferimentos que ela trará. Vamos abrir mão dos prazeres descontrolados da briga que a klipá nos oferece para não morrer na peste espiritual que é a consequência desse tipo de prazer .No primeiro dia da criação do mundo quando D-eus criou a luz ele disse “Ki Tov”(Que bom)No segundo dia D-us criou a separação colocando limites entre os oceanos e as nuvens , uma separação extremamente necessária que sem ela não existiríamos , mesmo assim D-eus não falou que era bom.A separação pode ser uma coisa extremamente necessária, mas sendo que é uma separação está longe de ser uma coisa boa.O Beit Hamikdash foi destruído por causa de pessoas que estavam com toda a razão como vemos na história de Kamtza e Bar Kamtza. Kamtza em aramaico é formiga, e se formiga já é uma coisa pequena, imagine o “bar Kamtza”(o filho da formiga). Por causa de uma “coisinha pequena” que foi vista como uma briga justa e necessária, causa nobre apoiada até pelo silencio dos rabinos da época tivemos um verdadeiro holocausto .Não seja “durão”A Guemará em Guitim nos conta que um homem fez uma festa. Seu amigo se chamava Kamtza e seu inimigo Bar Kamtza. Ele pediu para seu shamash (“serviços gerais”, faxineiro, geralmente pessoa muito simples) chamar o Kamtza e o faxineiro chamou o Bar Kamtza.O problema já teria que ser arquivado nessa etapa como ”erro de faxineiro” , coisa insignificante. Mas o homem que seu nome nem aparece na história se relacionou à isso com a maior gravidade. Aí a klipá se revela! Ele usou sua autoridade para exigir a retirada do Bar Kamtza da sua festa , e o que seria uma possibilidade de reconciliação entre dois judeus vai acabar em uma guerra mundial.Bar Kamtza foi durão e se recusou a sair oferecendo pagar pelo que comer e beber, o dono da festa foi durão e não aceitou, e aí klipá vai crescendo. Bar Kamtza foi durão novamente e se recusou a sair oferecendo patrocinar metade da festa. O dono da festa foi durão e não aceitou. Bar Kamtza foi durão novamente e se recusou a sair, dessa vez oferecendo patrocinar a festa inteira. O dono da festa foi durão e não aceitou, pegou o Bar Kamtza e o colocou para fora. Os rabinos que estavam lá foram durões e não fizeram nada para acalmar os ânimos e a partir dessa etapa a coisa piorou até envolver o império romano.nosso Beit Hamikdash foi destruído e nosso exílio se estende por 2000 anos. Na hora da briga cada um estava certo e tinha quem o apoiava, nenhum dos lados viu que o final não é a vitória mas sim a destruição de todos. A única vitória verdadeira é quando nos controlamos e não brigamos, então vencemos e destruímos a klipá de Midian. Com essa história nossos Sábios nos dão a dica de como vencer a klipá. Simples: não seja durão!🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷BalakBilam e o livre arbítrio:Nossa Parashá nos conta que existiu em Midian, país de onde partiu Moshe para tirar nosso povo do Egito, um feiticeiro com poderes espirituais que se comparavam à Moshe a tal ponto que se Hashem (D’us) não fizesse um milagre e a maldição dele não se transformasse em bençãos estaríamos em grandes apuros.Porque Hashem deixou isso acontecer? E mais, dizem nossos Sábios que Hashem permitiu que Bilam tivesse esses poderes para que os povos do mundo não falassem que se eles tivessem um profeta tão grande como Moshe o comportamento deles seria melhor.Quando Hashem criou o homem deu à ele um mandamento e colocou no paraíso uma cobra (em forma humana). D’us falou para Adam não comer a fruta proibida e a cobra falou para ele comer. Aí começa a história do mundo e o objetivo da criação, o livre arbítrio, antes mesmo de termos qualquer má inclinação.Na décima praga do Egito Hashem fez um milagre e todas as estátuas dos deuses egípcios derreteram, mas Hashem deixou uma, o “Baal Tzafon” , e na saída do Egito Hashem pediu para que todos os judeus se reunissem em frente ao Baal Tzafon antes de sair do Egito. Novamente o livre arbítrio, a opção de pensarem que se aquela estátua não desapareceu pode ser que foi ela que fez tudo.Quando D’us criou o mundo ele criou o Grand Canyon no Arizona aonde parece que o Rio Colorado causou o surgimento do Canyon correndo sobre ele milhões de anos. D’us criou o Grand Canyon já cortadinho e bonitinho nos seis dias da criação há 5777 anos atrás e conservou ele inteirinho durante o dilúvio para termos o livre arbítrio de optar se D’us criou o mundo há 5777 anos ou se ele já existia por si só há milhões de anos.Se um cientista estivesse nos seis dias da criação do mundo e analisasse cada coisa no momento em que D’us a criou ficaria espantado! No primeiro dia, quando Hashem criou a luz ele diria : -Não pode ser que já existem bilhões de anos luz da terra até as estrelas se as estrelas ainda não existem! No terceiro dia ele cortaria uma árvore que acabou de ser criada e diria que cada anel dela representa cem anos, não pode ser que essa árvore acabou de brotar! No quarto dia quando Hashem colocou as estrelas no final dos bilhões de anos luz ele diria que a luz teria que sair da estrela e não poderia estar lá antes delas. Ele faria uma análise geológica das pedras e diria que essas pedras tem bilhões de anos! Ele veria que o Grand Canyon foi criado antes do Rio Colorado e que Adam e Havá não são dois bebês recém nascidos. Ou seja, há 5777 anos atrás Hashem criou do nada pedras de milhões de anos , um mundo que aparenta ser muito mais velho do que realmente é. E porque Hashem fez assim? Para termos o livre arbítrio , podermos ter nossa própria opção e escolher o bem por própria escolha , e consequentemente por próprio mérito receber um paraíso enorme por ter feito a escolha certa.Hashem faz o milagre e a maldição se transforma em bençãoA ciência não determina o que vai acontecer, ela tira conclusões do que já aconteceu , e se apoiando nos inúmeros detalhes vinculados à causa desse acontecimento determina que caso esses inúmeros detalhes se reúnam novamente nessas mesmas circunstâncias aquilo acontecerá novamente. Eles comparam uma coisa com a outra e tiram uma conclusão. De vez em quando todas as inúmeras circunstâncias são opostas e mesmo assim aquilo acontece. Então eles atestam que existe alguém que dirige o mundo, e as pessoas tem mais facilidade para aceitar que por trás de tudo existe D’us.
A própria ciência traz estatísticas que quem faz “Brit Milá” (circuncisão) está quilometricamente abaixo da média de doenças como HIV , que a mulher que guarda a pureza familiar está quilometricamente abaixo da média de doenças como câncer de útero, que quem come Kasher está bem abaixo da média de doenças causadas pela alimentação como o infarto. Inventaram o smartphone nos dando acesso instantâneo para baixar 50.000 livros judaicos com “search” para encontrar o assunto que precisamos em cada um , e o que antigamente era privilégio de grandes Sábios agora está acessível à todos nós. Os cientistas não tem intenção em justificar o judaísmo, mas no mérito da ciência conseguimos justificar o judaísmo hoje mais do que nunca. Como diz a nossa Parashá, Hashem transformou a maldição em benção.🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷HucatNossa Parashá nos conta, entre muitos assuntos interessantes, que D’us pede para Moshe pegar “o cajado”, reunir o povo , falar com uma rocha na frente de todos e dela vai sair água para o povo inteiro. No começo da história da saída do Egito, quando Hashem (D’us) se revelou à Moshe no monte Sinai na ocasião do ”arbusto incandescente” e pediu para ele tirar nosso povo do Egito , Moshe estava com esse cajado. Hashem pede para ele jogar o cajado no chão e ele vira uma serpente , Moshe pega a serpente e ela volta a ser cajado. Hashem diz para ele levar esse cajado para o Egito e com ele fazer os milagres. Agora, próximos à conclusão da história , próximos à entrar definitivamente na terra prometida depois de ter ficado no deserto por quase quarenta anos, Hashem pede para ele pegar “o cajado” e falar com a rocha. Qual é a importância tão grande desse cajado que na nossa Parashá ele é chamado por Hashem simplesmente de “o cajado” ?Rabi Levi no Midrash nos conta que esse cajado foi criado no sexto dia da criação do mundo “bein hashmashot” (depois do pôr do sol mas antes de saírem as estrelas , horário após o término da criação em que o que foi criado nele era meio espiritual). Esse cajado foi dado para Adam Harishon (o primeiro homem) no Gan Éden (paraíso) . Adam deu ele para Hanoch que o deu para Noach que o deu para Shem que o entregou à Avraham Avinu. Avraham o deu para Itzhak , Itzhak o deu para Yaakov que o levou ao Egito e o entregou à Yossef. Quando Yossef faleceu, tudo o que havia na sua casa foi levado para o palácio do faraó, inclusive “o cajado”.Ytró era um dos assessores do Faraó. Ele viu que esse cajado tinha letras hebraicas , e mesmo sendo ele um dos grandes sábios dos povos da época, aquelas palavras ele não conseguiu decifrar. Quando ele se demitiu do Faraó, pegou aquele cajado e o levou para Midian. Enfiou ele na terra no jardim de sua casa e não conseguiu mais arrancar ele de lá. Sempre que alguém pedia sua filha Tzipora em casamento ele colocava como condição arrancar aquele cajado do chão, mas por mais forte que fosse o pretendente ninguém conseguiu arrancar o cajado (olha de onde os ingleses copiaram a estória do rei Arthur). Quando Moshe fugiu do Egito e chegou à casa de Ytró , leu o que estava escrito no cajado, tirou ele do jardim e se tornou o genro de Ytró.Diz o Zohar que nesse cajado estava lapidado o nome explícito de Hashem dos dois lados e representavam dois tipos diferentes de atuação Divina no mundo, um lado despertaria a Hessed (bondade) e a Guevurá (severidade) e o outro lado despertaria Guevurá com Guevurá quando fosse necessário, por isso nas pragas do Egito aparece a linguagem “incline seu braço”, o braço esquerdo, o lado da Guevurá.Diz o Zohar que esse é o motivo que Hashem pediu para Aharon jogar o cajado dele na frente do Faraó. Naquela ocasião o cajado de Aharon se transformou em cobra , e voltando a ser cajado comeu os cajados dos feiticeiros do Egito que tinham se transformado em cobras. O cajado de Aharon tinha que fazer isso porque Hashem não queria impurificar seu nome lapidado no cajado de Moshe quando o cajado engolisse as “varinhas mágicas” dos feiticeiros.Outro motivo que tinha que ser o cajado de Aharon era para subjugar todos aqueles que eram do lado esquerdo, “Guevurá”, porque Aharon era o Cohen, “homem da bondade”, nas Sefirot a Hessed, “lado direito” que subjuga a Guevurá que é o lado esquerdo.Diz o Zohar que Hashem quis que seus nomes lapidados no cajado fizessem os milagres , mas quando Moshe bateu com ele na pedra duas vezes Hashem disse para ele que não era para isso que ele tinha esse cajado.A Torá nos conta que esse é o motivo que Moshe não entrou na terra prometida, publicando a grandeza de Moshe que não teve outro motivo a não ser esse motivo tão pequeno.Diz o Rebe de Lubavitch que aprendemos com o cajado de Moshe uma coisa muito importante: Nesse mesmo cajado estavam lapidados os nomes das nossas seis matriarcas e seus doze filhos que deram origem ao povo de Israel, e ao mesmo tempo estavam lapidadas nele em forma de iniciais as dez pragas que eram o nível mais baixo da atuação Divina, a revelação Divina em forma de pragas , e que aconteceram no Egito que era o país mais depravado do mundo . E nesse mesmíssimo cajado estava lapidado o nome mais sagrado de Hashem, o mais importante dos sete nomes de D’us que não podem ser apagados , o nome que se refere à “essência Divina” , e quando nos unimos à um pouco da essência Divina nos unimos à ela inteira.Diz o Baal Shem Tov que a Divina providência não recai somente à assuntos globais, mas Hashem se relaciona à menor coisa do mundo da mesma maneira que se relaciona à maior coisa do mundo. E não só à menor coisa como também a menor das menores , porque o menor detalhe completa a mais suprema perfeição da intenção Divina.Hashem mesmo sendo o Todo Poderoso está cuidando de cada detalhe de uma criança pequena nesse mundo e até de coisas ainda menores como uma folhinha que cai de uma árvore , a Divina Providência está acompanhando ela e determinado quantas voltas ela vai dar , e se é por meio do vento ou de outra forma.Vimos no comportamento do Baal Shem Tov esses dois extremos. Por um lado ele revelava aos seus alunos os segredos mais profundos da Torá, e junto com isso ele conversava com as pessoas mais simples sobre os assuntos mais simples da Torá e das Mitzvot, e ele próprio ensinava as crianças pequenas a falar o Amém do Kadish.Aprendemos daqui que por mais que estejamos ocupados com assuntos importantíssimos temos que nos ocupar da mesma maneira com assuntos de Torá e Mitzvot que parecem para nós muito pequenos , se até Hashem faz assim, quanto mais nós!Diz o Midrash que o cajado de Moshe chegou até o rei David e dele passou para os reis da Judéia , na destruição do primeiro Beit Hamikdash ele desapareceu. Mas esse mesmo cajado que estava nas mãos de Moshe vai estar nas mãos do Mashiach e com ele o Mashiach vai tirar o povo de Israel do Galut (exílio que inclui a comunidade judaica de quase seis milhões de judeus que vive em Israel, dez tribos perdidas e judeus que se misturaram com os povos do mundo e perderam sua identidade judaica)🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷

Korach

Nossa Parashá começa com as palavras “E pegou Korach”. Nossos sábios analisam essa linguagem dizendo que ele ”pegou uma mercadoria ruim”. Aparentemente por causa da continuação da história aonde Korach faz uma revolução inteira contra Moshe a “mercadoria ruim” seria a Machloket (fazer intrigas e causar brigas) ele pegou uma “mercadoria” que se compara à uma maçã podre que apodrece as que estão próximas a ela, Korach pegou a “Machloket” e contaminou com ela quem estava geograficamente próximo à ele. Mas como dissemos, tudo isso é aparentemente .O Ari Zal diz que por trás da expressão dos nossos Sábios está um assunto mais profundo. Moshe Rabeinu era a reencarnação do lado bom da alma de Hevel (Abel) e toda a geração do deserto são ramificações da alma de Moshe . Todos fora um , Ytró , que era a parte boa da alma de Cain. Ytró trouxe Tzipora para Moshe e se converteu ao judaísmo fazendo o “Tikun” (o conserto) do lado bom da alma de Cain. Korach era a reencarnação do lado ruim da alma de Hevel, ou seja, a parte da alma de Hevel que foi mais afetada pela mistura espiritual entre o bem e o mal causada pelo Adam Harishon. Mesmo tendo vindo Korach de uma linhagem privilegiada dentro de uma tribo privilegiada , mesmo tendo ele estudado Torá, por meio de suas mas ações ele recebeu uma encarnação em vida do lado ruim da alma de Cain. D’us não dá para alguém um trabalho que ele não tenha recebido as forças para fazer, e ao contrário de Ytró que não nasceu judeu , nasceu em uma família idólatra e fez todas as idolatrias tendo que se esforçar ao extremo para encontrar o judaísmo, Korach nasceu judeu religioso de linhagem privilegiada e todo o teste dele era não estragar isso. Ou seja, ele tinha um potencial ruim, mas recebeu todas as dádivas Divinas , se não fizesse nada para estragar faria automaticamente o”Tikun” dos lados ruins das almas de Kain e Hevel.As almas de quase todo o povo de Israel eram ramificações da alma de Moshe e por isso de maneira natural Moshe era o líder do povo e não outro.A Torá é um remédio, mas tem pessoas que transformam ela em um veneno:Dizem nossos Sábios que a Torá é um remédio para a nossa alma, mas a mesma Torá pode ser um veneno para ela se a pessoa que a estuda causar isso. A mesma Torá que foi o remédio que tirou Ytró da idolatria , essa mesma Torá nas mãos de Korach se tornou um veneno que contaminou duzentas e cinquenta pessoas. Korach por não ter refinado a alma de Cain ela acrescentou maldade à maldade dele causando com que ele se revoltasse conta a liderança de Moshe , como se diz em português.…”ele saiu do armário”…e ainda influênciou vizinhos estudiosos da Torá “envenenando” a Torá deles também.Quando Ytró ouviu que os egípcios afundaram no mar vermelho ele disse: Agora eu sei que Hashem é maior do que todos os ”deuses”, porque o que eles fizeram (afundaram as crianças judias no Nilo) aconteceu para eles!Aprendemos com Ytró que quando a pessoa não faz o “Tikun” de uma maneira positiva (como fez Ytró) o Tikun acontece de maneira negativa, o que a Torá chama de “midá knegued midá”, ou seja, “o que eles fizeram acontece para eles”Por isso Moshe disse para eles:- “Se essas pessoas morrerem como qualquer pessoa não foi D’us que me mandou, mas se a terra se abrir……” e terminando de falar essas palavras a terra se abriu e Korach com todos os seus cúmplices foram absorvidos por ela.Isso era o “midá knegued midá” de Kain e Hevel. Kain matou Hevel por vaidade e a terra se abriu para receber o sangue de Hevel, agora Korach, a reencarnação de Cain , por vaidade tenta matar Moshe classificando ele como falso profeta , e a terra se abre para receber o Cain e seus cúmplices , “midá knegued midá”.Conclusão:Aprendemos com Korach a não ser como Korach!Aharon Hacohen era o contrário de Korach. Toda a vida se dedicou a fazer as pazes entre as pessoas e entre maridos e mulheres mesmo que para isso tivesse que ser “aparentemente” um pouquinho menos “religioso” do que Korach , falando de vez em quando uma ”mentirinha” para fazer as pessoas se reconciliarem.

A Torá diz para ficarmos longe da mentira, mas Aharon Hacohen era o médico especialista que sabia dosar a mentira na dose certa transformando um veneno em um remédio enquanto que Korach conseguiu transformar a Torá que é o remédio para tudo em um veneno mortal.Hashem fez o cajado de Aharon florir e dar frutos mostrando que essa pessoa que transformou corações duros em flores e frutos de reconciliação ele tem que ser o Cohen Gadol , ele que é o escolhido por D’us !🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷

Shlach

Nossa Parashá nos conta que , a pedido do povo , Moshe mandou 12 espiões para verificar a terra prometida antes da conquista. Moshe pede para eles analisarem o povo da terra , se são fortes ou fracos , ele dá uma dica de que cidades sem muralhas são sinal de força e cidades com muralhas são sinal de fraqueza. Os espiões voltaram depois de quarenta dias. Dez deles opinaram que os povos da terra são muito fortes , o rio Jordão é muito fundo , as muralhas das cidades são enormes e não teríamos a capacidade de conquistar a terra. Yehoshua e Kaleb tinham outra opinião. Os espiões eram pessoas importantes e influentes , cada um era presidente de sua tribo e a eficiência deles era reconhecida por todos. Kaleb também aparentava pertencer a essa estrutura e a essa “opinião pública”, ele começou a falar como se fosse “mais um” que iria acrescentar mais uma dificuldade, mas ao contrário dos outros revela que podemos conquistar a terra e ainda com facilidade. Kaleb lembra ao povo que Moshe abriu o mar vermelho e fez milhões de aves aterrizarem no acampamento e virarem “frango assado”. Kaleb era visto pelo povo como alguém tão qualificado como os outros e teria que relatar o que viu na terra prometida , mas aparentemente seus argumentos não tinham nada a ver com sua missão, eles contaram sobre o que espionaram e Kaleb contou sobre os feitos anteriores de Moshe, aonde está o profissionalismo?Aprendemos com Kaleb a raciocinar da maneira correta! Imagine um almirante de um porta aviões americano próximo a uma ilha desconhecida no oceano mandar um barquinho com doze espiões para a ilha e depois ouvir de dez deles que não temos a capacidade de conquistar a ilha porque ela tem cinco mil índios de dois metros de altura e cada um tem cinco arcos e cinqüenta flechas, e nós não temos um arco e uma flecha sequer, e ainda somos baixinhos em relação à eles e um dos espiões diz aos outros:- Pessoal, antes de sairmos da Califórnia o almirante carregou esse navio com mísseis , aviões, helicópteros e canhões , vai ser muito fácil conquistar essa ilha! Será que algum dos espiões retrucaria dizendo :- você não está sendo nada profissional, você foi mandado para ver o que tem na ilha e não para falar sobre coisas do passado?Kaleb lembrou à todos que Moshe abriu o mar vermelho para o nosso povo passar, e o que é um rio para quem já abriu um mar? Ele lembrou que Moshe fez aterrizar no acampamento milhares de aves que a natureza delas era voar para cima e não descer para baixo , e o que é para ele uma muralha de pedras que já tem a natureza de afundar no chão! E assim foi , quando o povo de Israel entrou na terra prometida o rio Jordão se abriu e as muralhas de Jerichó afundaram na terra.Aqui vemos o profissionalismo de Kaleb. Claro que ele acreditava no total poder de Hashem que poderia fazer o rio Jordão desaparecer e as muralhas de Jericho saírem voando por aí , mas o raciocínio lógico dele foi profissional e realista: Ele listou os milagres que já tinham acontecido e concluiu : Se Moshe já tinha feito milagres tão grandes, o que era para ele fazer milagres menores?Conclusão: Cada um de nós já passou durante a sua vida por verdadeiros milagres. Aprendemos com Kaleb que sempre temos que ter em mãos a lista de todos os milagres que nos aconteceram e usá-los como base para o nosso dia a dia , não olhar para as dificuldades que temos à frente mas sim para os milagres que temos atrás, nos lembrando a cada instante que Hashem está cuidando hoje de cada um de nós com o mesmo amor e carinho que sempre cuidou de nós no passado. E como Kaleb , no mérito desse raciocínio correto entrou na terra prometida , cada um de nós exercitando dia a dia esse tipo de raciocínio vai receber de Hashem tudo o que precisar, e como uma mãe não esquece o seu nenê no supermercado Hashem não se esquece de nós , e o amor que Hashem tem por cada um de nós é infinitamente maior do que uma mãe tem pelo seu próprio nenê. Mas de nós é exigido fazer a nossa parte como Kaleb que no mérito disso recebeu a cidade de Hebron. Isso se chama “Bitahon”. Não temos como pensar errado e receber o certo, temos que pensar certo , ter Bitahon, e aí os milagres acontecem!O Rebe de Lubavitch sempre deixou claro que nós somos a geração da redenção final, estamos prestes a entrar em uma era aonde tudo vai ser bom , todos os sinais que os nossos sábios deram sobre essa última geração aconteceram e não há dúvida nenhuma que Mashiach está bem próximo. Então, mais um pouquinho de Bitahon e no lugar de remediar todo dia um mundo crônico entramos em um mundo melhor, em uma nova era!🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷BehaalotechaNossa Parashá nos conta um fato muito interessante. Tzipora, esposa de Moshe Rabeinu deixou vazar um desabafo de que seu marido, por ser um profeta, não tinha mais tempo para ela. Aaron e Miriam também eram profetas e Moshe era o irmão mais novo deles, e mesmo sendo profeta e profetiza eles tinham tempo para viver com seus cônjuges. Eles contestam o comportamento de Moshe achando que todos os profetas são iguais e Moshe não é excessão. Quase que eles tinham razão….mas…. nessa hora Hashem se revela para os três,  Moshe ,  Aharon e Miriam, e revela para eles que existem níveis diferentes de revelação profética. Essa passagem aparece em uma linguagem exclusiva que é explicada pelo Zohar e pela Guemará :A profecia não é somente uma informação Divina mas ela se incorpora com o mundo causando uma transformação nele. Para ela descer ao mundo e acontecer por meio dela um vínculo entre​ o espiritual e o material , ou seja, para que ela aconteça, ela tem que ser incorporada pelo profeta e por meio dele ela se incorpora ao mundo.A revelação e incorporação da profecia para Moshe Rabeinu é direta , como alguém que olha por uma janela de vidro transparente e vê claramente o que há do outro lado, uma profecia clara e objetiva , na linguagem dos nossos Sábios “Aspaklaria Meirá”A revelação da profecia para todos os outros profetas é oculta e indireta , um nível mais baixo, levando em consideração a capacidade do profeta incorporá-la . Ela acontece por meio de visões e sonhos , por meio de exemplos e enigmas, como alguém que olha para um espelho que reflete a imagem e não está vendo ela diretamente mas sim um reflexo dela que tem que ser decifrado, na linguagem dos nossos Sábios “Aspaklaria Sheeina Meirá”Dentro desse contexto existem alguns critérios como nos explica o Zohar a seguir :A Revelação Divina só acontece em um lugar adequado , em um ambiente adequado e sobre uma pessoa adequada para recebê-la e de acordo com o nível que o profeta pode incorporar (por esse motivo o profeta Yoná tentou fugir para um lugar inadequado para que a profecia de Nínive não fosse recaída sobre ele.Avraham Avinu, nosso primeiro patriarca  era a pessoa adequada  no lugar adequado, mas Lot estava morando ao lado dele e se comportando como em Sodoma, fazendo com que o ambiente ficasse inadequado . Hashem se revelou para Avraham naquele mesmo lugar somente depois que Lot saiu de lá e foi morar em Sodoma e o ambiente de Avraham voltou a ser adequado. (Mas a profecia era no nível que ele tinha a capacidade de incorporar).Yaakov Avinu, nosso terceiro patriarca teve uma revelação profética quando fugiu de Essav . Essa revelação foi por meio de um sonho que é o nível mais baixo de recebimento de uma profecia. Diz o Zohar que o motivo disso foi o fato de Yaakov ainda não estar casado, e mesmo estando em Beit E-l , lugar adequado , ainda não era a pessoa totalmente adequada por estar solteiro. Depois que ele se casou em Haran, teve uma revelação profética novamente por meio de sonho, aí ele já era a pessoa adequada mas o lugar (Haran na Síria) não era adequado e por isso o nível da profecia foi o mais baixo.Quando ele voltou casado, para a  “Terra Santa” , a revelação profética já aconteceu para ele estando acordado , por meio de uma visão (ainda não era o nível de Moshe) , e mesmo assim diz o Zohar que esse nível só foi alcançado porque seu pai Itzhak já havia falecido, mais um critério na profecia. Enquanto um profeta está no mais alto nível possível na sua época outro profeta não tem como acessar a esse nível. (Mas ela ainda era no nível dos patriarcas, não tinha chegado ao nível de Moshe).Diz o Zohar que Moshe teve o maior de todos os níveis​ de profecia, ele incorporava a revelação profética para trazê-la ao mundo diretamente, em pé e com toda a sua força e energia, via a revelação claramente. Diferente dos outros profetas que na hora de incorporar a profecia caíam sobre suas faces , enfraqueciam e não tinham a capacidade de incorporar a profecia claramente.E qual era o motivo dessa fraqueza? Diz o Zohar que era pelo fato de o “anjo de Essav” ter ferido a perna de Yaakov e Yaakov ter saído mancando desse acontecimento. Espiritualmente o anjo ”sugou” a força das pernas de Yaakov causando que depois disso nenhum profeta conseguisse incorporar (trazer para esse mundo) a profecia do que Hashem vai fazer para os “Bnei Essav” (de acordo com Don Itzhak Abarbanel eles são os povos da Europa e suas ramificações coloniais) , fora o profeta Ovadiahu (Abadias) , proveniente de Edom que eram os descendentes diretos de Essav, e por isso sobre ele o assunto espiritual do anjo de Essav não recaiu. Ele pôde incorporar claramente a profecia do fim de Essav e não enfraqueceu, e nenhum outro profeta pôde incorporar isso.Moshe é a excessão de todas essas regras por estar em um nível tão alto que poderia incorporar claramente qualquer revelação sem enfraquecer.Diz o Zohar que Moshe recebia a profecia em um nível de Sefirat HaTiferet de Atzilut , nível espiritual que nenhum profeta teve acessoDiz o Ari Zal que o Mashiach vai ser a reencarnação de Moshe Rabeinu e vai revelar para todos nós as maravilhas ocultas da Torá.🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷

Nassô

Quando a Torá nos ensina uma regra , se há alguma exceção ela tem que estar na própria Torá.
A Torá nos ensina a proibição de apagar o nome de D’us . Aqui na nossa Parashá ela traz a excessão. Não só uma permissão para apagar o nome de D’us mas uma obrigação de apagá-lo. E qual é o caso tão importante para justificar uma coisa assim? É o “Shalom Bait”! É permitido apagar o nome de D’us para salvar um casal do divórcio. Daqui vemos a grandeza do Shalom Bait (harmonia familiar) na Torá.
E a Torá está permitindo isso para fazer o Shalom Bait de uma mulher que estava sendo assediada por alguém e o marido disse para ela não se trancar com a pessoa que estava dando encima dela. Um belo dia (ou uma bela noite) o marido chega de viagem, bate na porta , e quem destranca a porta por dentro?………o cara! E a mulher aparece para justificar que esse mês ele não tinha onde dormir……então veio dormir em casa! O marido suspeita que algo tenha acontecido e quer divórcio. Ele leva ela para o Beit Hadin (tribunal rabínico) e ela diz que não traiu. O Beit Hadin não tem como verificar, sendo que a Torá não aceita deduções e é necessário ter duas testemunhas oculares que viram “o pincel dentro do tinteiro” (uma coisa dentro da outra, ou seja, o próprio ato) Não tendo o que fazer, o Beit Hadin encaminha os dois para o Beit Hamikdash em Yerushaláim.
No Beit Hamikdash os Cohanim (sacerdotes daquele turno) avisam que podem escrever a “Maguilat Sotá” copiando a “Parashat Sotá” da nossa Parashá com os nomes de D’us contidos nela, dissolver essa Parashá com os nomes de D’us dentro de um copo de água e dar para a mulher beber. Se nada acontecer para ela, o marido pode ficar tranquilo porque foi só um surto mas nada aconteceu na prática.
O Cohen avisa que caso ela tenha traido, se beber isso ela falece, e dá as últimas chances para ela não beber aquela água . Se ela sabe que não traiu , ela pode beber essa água tranquila e o fato de ela não falecer vai ser a prova para o marido de que nada aconteceu, fora o susto. E não só isso, se ela não tinha filhos agora ela vai receber uma indenização Divina pela vergonha que passou e ter muitos filhos.
Infinita Bondade Divina: Não só que Hashem pede para apagar o nome dele para fazer o Shalom Bait mas ainda indeniza a mulher milagrosamente pela vergonha que ela passou.
Mais um assunto interessante ligado à esse tema : Na Torá não está escrito que é proibido mentir, está escrito “fique longe da mentira”. Explica o Baal Shem Tov que a mentira é como um veneno que quando usado na dose certa se torna um remédio. Aharon Hacohen era esse especialista que conseguia usar a mentira na dose certa para fazer as pazes entre marido e mulher e entre todas as pessoas (a mentira na overdose volta a ser um veneno e novamente temos que ficar longe dela).
Quase como continuação do assunto da mulher que se “desviou” aparece a Parashat Nazir que nos ensina a fazer, quando ouver necessidade, um juramento de não beber vinho e não cortar o cabelo por algum tempo. Dizem nossos sábios que o motivo da proximidade entre essas duas parashiot é para sabermos quando devemos fazer esse juramento. Quando vemos a Sotá (a mulher que se desviou) passar pelo que está passando, devemos aprender disso a nos proteger de coisas que podem causar o nosso desvio como é o caso da embriaguez e da vaidade obsessiva, e mais ainda as drogas.
Depois da Parashat Nazir e como se fosse uma continuação dela a Parashá nos trás as Bençãos dos Cohanim mostrando que esses três assuntos estão interligados. Você se comporta bem com a esposa mesmo ela não dando motivo para isso (e você esposa se comporta bem com o seu marido mesmo ele não dando motivo para isso) evitam beber para esquecer as mágoas mas esquecem as mágoas por motivo religioso de ser proibido guardar rancor (principalmente o marido da mulher) e no mérito do amor gratuito e união incondicional Hashem te dá todas as Bençãos, te dá muito dinheiro e te proteje dos ladrões te dá todas as Bençãos e te protege para que você sempre possa ter tido o proveito delas com muita saúde e alegria!🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷2017-05-17-16-58-22-739-1

 Behar – Behukotai

Behar
Nossa Parashá nos conta que Hashem falou com Moshe no monte Sinai e lá nos deu uma Mitzvá chamada “Shemitá”. Todas as Mitzvót (Mandamentos Divinos) foram dadas no monte Sinai , não só a Shemitá , mas sendo que a Shemitá foi dada no monte Sinai com todos os seus detalhes  e não foi revisada e explicada por Moshe Rabeinu no sefer Dvarim (quinto livro da Torá aonde foram acrescentados mais detalhes sobre as Mitzvót) por isso ela  aparece aqui como tendo sido dada unicamente no monte Sinai. Mas o que é Shemitá? Simples! Você compra uma fazenda linda com vinhedos que produzem uvas carésimas, não deixa suas crianças se aproximarem dos cachos de uva para não estragá-los, por seis anos você vende as uvas por preços não convencionais e não deixa ninguém mexer nelas, e no sétimo ano você descobre que a terra era sua só por seis anos e agora ela volta a pertencer ao dono verdadeiro que é muito bonzinho e deixa você e todo mundo pegar as uvas de graça! E ninguém, (nem você) pode vender essas uvas, mas podem pegar só o que vão comer, e totalmente grátis!Para entender como isso funciona temos que nos lembrar que D’us nos deu a terra de Israel que foi dividida entre doze tribos das treze que existiam no nosso povo (a tribo de Levi e os Cohanim que tiveram origem nela não participaram da divisão da terra). Essa terra foi passando por herança até você aparecer e achar que comprou ela e que por isso ela é sua….. E aí você descobre que não é o verdadeiro dono! E não só isso, mas quando você coloca tudo no papel você vê que , não só que não teve prejuízo mas que ainda saiu no lucro porque a terra produziu no sexto ano (que deveria ser o ano mais fraco) uma quantidade que produziria em três anos! E também descobre não só que existe alguém dirigindo o seu negócio mas também que ele está fazendo isso muito melhor do que você!Mas porque D’us nos coloca nessa situação que parece que estamos perdendo e no fim saímos ganhando ? A resposta é simples! Para nos lembrar que esse mundo é de D’us e é ele somente que dirige o mundo e não nós , e mesmo que a nossa participação fazendo um trabalho para ganhar dinheiro e pagar as contas é uma ordem Divina, mesmo assim não podemos nos “endeusar” e achar que tudo depende de nós! Aí vem a Mitzvá da Shemitá para nos lembrar que esse mundo não é nosso mas tem alguém dirigindo ele e só deixando nós, crianças pequenas , segurarmos na direção e pensarmos que estamos dirigindo o carro do papai !Aprendemos com essa Mitzvá a ultrapassar todas as crises nos lembrando a cada instante que só D’us dirige o mundo , que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem e que D’us ama cada um de nós mais do que o amor de um casal que teve um filho único com cem anos de idade tem por esse filho, e cuida de nós com todo o amor e carinho!

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Behukotai

Parashat Behukotai nos conta que quando estudamos Torá e cumprimos as Mitzvót (Mandamentos Divinos) Hashem (D’us) nos dá a chuva na hora certa e na quantidade adequada , a linguagem da Torá é : “a terra dará seus produtos e as árvores darão seus frutos”. E a pergunta é: Se a terra dará a seus produtos isso já inclui os frutos das árvores​, então, quais são essas árvores que darão seus frutos como consequência do nosso estudo de Torá e do cumprimento das Mitzvót? O Midrash Sifra nos conta que essas são as árvores estéreis que nos tempos do Mashiach elas darão frutos!Ou seja, hoje nosso estudo de Torá é comparado a um pai muito sábio que ensina a sua sabedoria para uma criança pequena, a sabedoria do pai desce ao nível da criança , ele ensina a criança que é proibido roubar e etc. Ou seja, a Torá que estudamos hoje está em um nível de “não roube” e etc , (e mesmo assim vemos muitos “marmanjos​” que não estão morrendo de fome roubarem quantias que nunca vão conseguir gastar na vida). E mais, nosso nível de cumprimento de Mitzvót ainda é limitado  por não podermos cumprir as Mitzvót ligadas ao Beit Hamikdash,  e mesmo a Mitzvá da Shemitá hoje , de acordo com a maior parte dos “Posskim”(legisladores que determinam a aplicação da lei judaica) a Shemitá é “Derabanan” (decreto dos Sábios de Israel usando a autoridade que a Torá lhes deu para fazê-los​) e não “Deoraita” (Mitzvá direta da Torá) por que dez tribos de Israel estão temporariamente perdidas e as Mitzvót relacionadas à terra de Israel só voltarão a ser cumpridas em todos os seus aspectos quando cada tribo de Israel estiver nas partes​ da “Terra Santa” relacionadas à sua herança, e isso só vai acontecer nos tempos do Mashiach.Nosso estudo de Torá e cumprimento de Mitzvót hoje é o suficiente para a terra dar os seus frutos convencionais. O estudo da Torá nos tempos do Mashiach é comparado a um pai muito sábio ensinando segredos muito profundos​ à um filho muito sábio. Hoje só conseguimos “provar” um pouquinho disso estudando a parte oculta da Torá que antes era revelada somente para um “petit comité” e hoje, de acordo com o Ari Zal, é uma Mitzvá revelar essa sabedoria, e mesmo assim a quantidade desse estudo é limitada. E mesmo que nas últimas gerações foram revelados muitos assuntos profundos por meio da “Chassidut”, mesmo assim em relação às revelações dos tempos do Mashiach quando o mundo inteiro de encherá com o conhecimento Divino em quantidade e qualidade , o que estudamos hoje ainda não é o suficiente para as árvores estéreis darem os frutos exóticos que elas darão no futuro.Conclusão: vamos pedir todo dia para Hashem mandar o Mashiach imediatamente e usufruir todas as maravilhas desse futuro próximo !Para uma regra da Torá ter uma exceção a própria Torá tem que trazer essa exceção. Na nossa Parashá encontramos uma linguagem muito pesada em relação ao​ que pode acontecer se não estudarmos Torá e não cumprirmos as Mitzvót. A linguagem da Torá é “Se vocês não escutarem a mim” . O Midrash Sifra nos conta que essa palavra “a mim” vem especificar que todas essas tragédias que a Torá descreve depois disso recaem sobre a pessoa que conhece D’us e tem a intenção de fazer conscientemente contra o pedido Divino, e como exemplo o Midrash traz Sodoma e Gomorra, que conheciam D’us e faziam intencionalmente o contrário do que ele pediu , assassinando, roubando e etc.O Ari Zal nos dá um exemplo das pessoas que trocaram intencionalmente o judaísmo pela idolatria na época do primeiro Beit Hamikdash. A destruição não veio naquela geração porque a bondade Divina determina um longo período para que a pessoa possa fazer Teshuvá, naquela reencarnação ou em outra, mas quando​ chegou a “deadline”, o prazo final, aquelas almas se reencarnaram na época das cruzadas e da inquisição e tiveram a sua purificação , se precisassem morrer queimados em praça pública mas não fazer idolatria eles davam a vida, se precisassem fugir da Espanha e de Portugal  deixando os pertences para trás e não fazer idolatria eles fugiam , e cada um de acordo com o nível de obsessão pela idolatria que ele teve na época do primeiro Beit Hamikdash quando trocou a sua religião, mas quem já nasceu em uma família Judia idólatra não entra nessa categoria como vemos no Midrash mas é considerado como alguém que não conhece D’us e não tem intenção de fazer algo propositalmente. A “linguagem pesada” da Torá também vem para dar um ênfase na gravidade do assunto , como um pai bondoso que explica para o filho as consequências de certas coisas.  Entãos, vamos aproveitar o desconto estudar muita Torá e fazer muitas Mitzvót!🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷

Emor

Nossa Parashá nos conta (entre inúmeros assuntos) sobre o Shabat.Os “Dez Mandamentos” aparecem duas vezes na Torá. Na primeira vez , em Parashat Ytró , está escrito: “Lembre-se (Zachor) do dia do Shabat para santificá-lo . Na segunda vez, em Parashat Vaetchanan, está escrito “Guarde (Shamor) o dia do Shabat para santificá-lo”.Nossos Sábios nos contam que quando ouvimos os Dez Mandamentos no Monte Sinai, as palavras “Zachor” (Lembre-se​) e “Shamor” (Guarde) foram ditas em uma palavra só, ditas e ouvidas de uma maneira sobrenatural . Da palavra “Shamor” aprendemos que o Shabat entra na categoria de Mitzvá chamada de “Ló Taassé” (“não faça”) e da palavra “Zachor” aprendemos que o Shabat entra na categoria de Mitzvá chamada de “Assé” (“faça”).A regra é , que quando uma “Mitzvat Assé” cai sobre uma “Ló Taassé” (como no caso de o oitavo dia do “Brit Milá” cair no Shabat) o “Assé” (do “Brit”) anula o “Ló Taassé” (do Shabat) no assunto específico dela (nesse caso, o de cortar o prepúciozinho do nenê). Quando a regra da Torá tem alguma excessão, como no caso da Mitzvat Assé da construção do Mishkan que não anulou o “Ló Taassé” do Shabat, a própria Torá tem que trazer a excessão da regra para cada caso específico.
Aprendemos na profecia de Yeshaiau Hanaví que o Shabat tem que ser um prazer. Mas o que é um prazer? Com certeza o contrário da aflição! A Torá usa a palavra aflição em relação à proibição de comer e beber no Yom Kipur , e daí nossos Sábios concluem que no Shabat temos a obrigação de comer e beber do bom e do melhor em um ambiente iluminado pelo menos à luz de velas.
E daí surge a Mitzvá de acender as velas de Shabat e fazer o Kidush com vinho e chalot. Deixar um fogo aceso coberto pela “plata” com o a comida quente que vamos comer no Shabat.Aprendemos os 39 trabalhos proibidos no Shabat dos 39 trabalhos feitos para construir o Mishkan. Esses 39 trabalhos são matrizes com ramificações fazendo com que o número de trabalhos proibidos no Shabat fique maior.
Nossos Sábios, usando o direito que a Torá lhes deu de “O que é decretado no Beit Din aqui embaixo é decretado no Beit Din lá encima” fizeram algumas cercas envolta da Torá para nos proteger de fazermos uma transgressão. As leis de “Muktse” são um exemplo dessa preocupação que eles tiveram por nós . Um objeto de uso específicamente proibido no Shabat, como por exemplo, um isqueiro (que só serve para acender fogo, ação proibida no Shabat) , ou uma caneta (que só serve para escrever, que também é proibido no Shabat) são chamados de “Muktse” e se torna proibido tocar neles no Shabat.
Em caso de dúvida em relação a um perigo de vida durante o Shabat devemos fazer tudo o que for necessário para a pessoa que está necessitando. Por exemplo: uma mulher precisa dar a luz, levamos ela para o hospital de carro. Caso uma criança tenha ficado em casa , você deixa a mulher dando a luz no hospital e volta para cuidar das crianças porque crianças pequenas sem alguém cuidando também são um perigo de vida. Tudo o que é necessário para socorrer alguém está liberado no Shabat, mas só o que é necessário para isso como ligar o carro, ir para o hospital e voltar para cuidar das crianças sem desligar o carro (deixe alguém que não é judeu desligar)Preparativos para o Shabat:Está escrito que temos que nos lembrar do Shabat. Para se ter um Shabat pronto temos que planejar com antecedência. Eu pessoalmente tenho uma verdadeira “Shabatfobia” e no domingo já deixo as velas prontas nos castiçais e já começo a comprar umas coisinhas para Shabat. O importante é se planejar com antecedência, saber o que você vai fazer para Shabat.Para facilitar para quem está começando, lá vão umas dicas básicas. Escrevemos essas dicas principalmente para quem mora no interior e não tem facilidade em comprar as coisas para Shabat.Como fazer em casa o seu vinho para o Kidush:Pela Halachá um suco de uva verdadeiro também é considerado vinho para o Kidush, aqui vai uma receita para fazer o seu suco de uva “bore pri hagafen” para todos os Shabatot do ano, principalmente se você tem crianças em casaModo de preparo1- Compre uvas de qualquer tipo, lave as uvas, separe elas dos galhos e coloque elas dentro de uma panela (de preferência de pressão.2- coloque a mão sobre as uvas e adicione água e açúcar . Essa água e açúcar tem que preencher somente os espaços entre as uvas e você coloca a mão encima para elas​ não flutuarem encima da água com açúcar sendo que a água com açúcar tem que preencher somente os “buraquinhos” entre as uvas mas não pode cobrir elas por cima nem se acumular separadamente no espaço de baixo caso elas flutuem, por isso você não deixa elas flutuarem.3- Tampe a panela , acenda o fogo e deixe ferver um pouquinho.4- Penere o conteúdo da panela para uma jarra apertando e amassando totalmente as uvas dentro da peneira com uma colher até que todo o suco passe pela peneira e sobre dentro da peneira somente uma polpa .5- Coloque o suco em garrafas ou em uma jarra.6- Mantenha o suco na geladeira e só retire para as refeições.Agradecemos o Reb Avrohom Arbeter pela receita.Sendo que está escrito que o Shabat tem que ser um prazer, nossos Sábios decretaram a obrigação de deixar a comida pronta e quente e acender as velas de Shabat antes do por do sol da sexta feira sendo que está escrito explicitamente para não acender fogo durante o Shabat . A eletricidade foi classificada como fonte de fogo e por isso acendemos tudo o que precisa estar aceso no Shabat antes de acender as velas (não podemos apagar essas coisas durante o Shabat a não ser em caso de perigo de vida) . Ou seja, a luz da sala cozinha e banheiro e a chapa de Shabat que chamamos de plata devem ser acesas antes do Shabat. A plata é uma placa de alumínio que pode ser encomendada de acordo com a medida do seu fogão , você deve pedir para fazer uma dobradinha de um centímetro nas extremidades para ela não ficar cortante e deve ser dobrada uns 8 centímetros na frente para cobrir os botões do fogão. A plata pode ser encomendada em qualquer fabriquinha de calhas (peça um material grosso para não entortar com o fogo nas 25 horas que vai estar encima do fogo baixo) . Então acenda um fogo baixo , coloque a plata encima dele e as panelas com a comida pronta encima da plata. A quantidade de água dentro da panela deve ser planejada de acordo com o número de horas que ela vai ficar encima da plata. Uma janela deve estar um pouquinho aberta para entrar ar e todos os cuidados devem ser tomados para que o fogo não se apague sozinho no meio do Shabat e não haja vazamento de gás (não deixe panos ou plásticos perto dela para não pegar fogo). Centenas de milhares de judeus religiosos fazem assim no mundo inteiro e com o tempo você pega experiência. Se o seu gás é de botijão você pode comprar uma balança de banheiro e colocá-la fixamente enbaixo do botijão para calcular quando ele vai acabar para trocar o botijão antes do Shabat.Conclusão: D’us criou o mundo em seis dias e no sétimo não criou nada , e para demonstrar claramente que acreditamos que somente Ele é o Criador, não fazemos trabalhos no Shabat . Então, vamos nos lembrar todos os dias do Shabat e preparar um Shabat bem gostoso cada semana melhor!🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷 Aharei Mot – KedoshimAharei Mot
Nossa Parashá nos conta sobre as instruções Divinas dadas por consequência da morte dos dois filhos de Aharon. O Ari Zal , (última palavra em assuntos cabalísticos) nos conta que Adam Harishon (o primeiro homem) “continha todas as almas do mundo. Quando ele fez o primeiro pecado , seu nível espiritual despencou e ficou nele somente somente a “Trumá” (dois centésimos) do número de almas que ele tinha antes, pouquíssimas mas de altíssima qualidade. Essas almas elevadíssimas passaram para Caim que era o primogênito e tinha nascido no Gan Eden (paraíso terrestre) depois do pecado de Adam. Essa alma elevadíssima do Caim se reencarnou nos dois filhos de Aharon que faleceram, Nadav e Avihu, eles são a ”Trumá” (a melhor parte) da alma de Adam.O Zohar nos conta de forma genérica, que a origem da alma de Caim é o lado da impureza que a cobra colocou na Eva e Abel vem do lado de Adão (da Alma Divina de Adão) . O Ari Zal explica a intenção do Zohar: A transgressão de Adam Harishon fez com que o bem e o mal se misturassem no mundo, e tanto Cain quanto Hevel estão vinculados à árvore do bem e do mal , ou seja, os dois tinham um lado bom e um lado ruim. Sendo que Cain veio do aspecto guevurá de Adam ele era quase inteiramente ruim (impureza espiritual recebida da cobra) e um pouquinho bom (alma espiritual elevadíssima herdada de Adam) e Hevel era na sua maior parte bom (alma herdada de Adam) e um pouquinho ruim (impureza herdada da cobra). Mas a diferença entre eles era que o lado bom de Cain era extremamente superior ao lado bom de Hevel e ele herdou essa alma tão elevada por ter sido o primeiro a nascer, pegou a melhor parte da alma de Adam.A “impureza da cobra”Essa expressão espiritual à qual chamamos de “impureza da cobra” acompanha a humanidade até hoje, é ela que causa atrações eróticas estranhas em todas as suas categorias como atração íntima por animais e etc. Essa é a diferença entre o ser humano ,que recebeu a “impureza da cobra” e o animal, o animal não tem esses problemas estranhos. Dizem nossos Sábios que com o recebimento da Torá no monte Sinai a “impureza da cobra deixou o nosso povo. No monte Sinai estavam as almas de todos os judeus que iriam nascer até Mashiach chegar , e nos contou o Tossfot que também estavam lá as almas de todos os que iriam se converter ao judaísmo até Mashiach chegar, e de todos essa impureza saiu com a entrega da Torá. Quando foi feita a idolatria do bezerro de ouro essa impureza da cobra voltou para o nosso povo , longe de ter a mesma intensidade de antes, fraca mas voltou.
Sendo que no início do mundo ela pegou principalmente em Adam, e os dois filhos de Aharon eram a alma (nível “nefesh”) do próprio Adam , a volta parcial da “impureza da cobra” pegou principalmente neles, enfatizando espiritualmente os erros que eles cometeram. Por isso Moshe Rabeinu pediu para todo o povo de Israel se enlutar pela morte deles ,sendo que se não tivesse sido feito o bezerro de ouro eles não teriam falecido assim.

Vort:

Disse o rav Moshe Veber , grande Tzadik que viveu em Jerusalém: O que aprendemos da união dessas duas parashiot, Aharei mot (depois de morrerem) Kedoshim (santos) ?

Aprendemos que devemos falar sempre bem de qualquer pessoa que já faleceu , porque com certeza antes de ele falecer ele se arrependeu de todas as coisas erradas que fez, e as coisas boas que fez são eternas!

Aharei mot Kedoshim, depois de morrerem todos são santos!!!

KedoshimNossa Parashá nos conta (entre inúmeros assuntos) sobre a proibição de guardar rancor. Toda pessoa que guarda rancor contra um judeu (principalmente o cônjuge) transgride uma Mitzvá , como está escrito na nossa Parashá: “Ló titor”(não guarde rancor). Exemplo: Você pede um favor para alguém e a pessoa não quis fazê-lo. No dia seguinte, essa pessoa precisou de você e você responde: “Eu não sou como você. Eu não vou lhe negar um favor como você fez”! Isso acontece porque a pessoa estava guardando aquele rancor e achou o momento exato para revelar isso. Em outras palavras, “jogar na cara” é proibido pela Torá.O Baal Shem Tov explicou que nossos sábios comparam a pessoa que fica brava a alguém que está fazendo idolatria porque no momento da fúria, a fé em D-us desaparece automaticamente, e quando não se acredita em D’us consequentemente se está acreditando em outra coisa”.Porque se ele soubesse que tudo o que acontece com ele vem de D-us, ele nunca ficaria bravo. Mesmo que uma pessoa (que tem livre-arbítrio) optou por fazer-lhe o mal, e o amaldiçoa ou bate nele ou lhe causa prejuízo monetário, e é condenada por um tribunal humano ou Divino, pela maldade da sua escolha, mesmo assim,à quem foi prejudicado já estava decretado pelos Céus que assim seria. O tribunal Divino apenas usou a pessoa ruim para cumprir o decreto, e mesmo nesse momento em que a pessoa bate em alguém ou amaldiçoa ele, o pensamento que cai na cabeça da pessoa para nos prejudicar ou o sentimento que a impulsionou a isso veio lá de cima.D’us faz as coisas boas acontecerem por meio de pessoas boas e as coisas ruins por meio de pessoas ruins. O agente causador do nosso infortúnio foi apenas uma ferramenta usada por D-us para cumprir o decreto Divino que veio para nos purificar de alguma coisa ruim que fizemos na reencarnação atual ou em outra. Tudo vem lá de cima e as pessoas que nos fazem o mal são os verdadeiros “bobos” que estão sendo usados para nos prejudicar e depois são castigados por terem nos prejudicado.Se tudo isso foi dito sobre qualquer pessoa, imagine marido e mulher ou pais e filhos que são o grupo de risco nesse assunto por terem mais intimidade entre si , quanto temos que tomar cuidado com isso. Então, não vamos ser bobos de brigar em casa!Vort israelense: (dugri)
O rancor é comparado à fezes espirituais. Guardar rancor é prisão de ventre espiritual, você está com rancor de alguém? Baixe a descarga………..porque quanto mais acumula……….pior fica.Pessach Sheni começa com o pôr do sol dessa terça feira 09 de Maio 2017 e continua na quarta 10 de maio. Aprendemos com Pessach Sheni que por mais que estivéssemos impuros ou distantes nunca devemos nos desanimar, sempre há uma segunda chance. A expressão “ou tudo ou nada” é o contrário da religião judaica. No judaísmo tudo encaminha pouco a pouco e por etapas, sempre acrescentamos uma coisa por vez e nunca paramos no meio do o caminho , mas sempre continuamos acrescentando. Talvez assim não cheguemos ao tudo, mas com certeza sempre estaremos bem longe do nada!!!

 🌻🌻🌻Tazria 🌻🌻🌻

Seguindo a ordem da criação quando o ser humano foi criado depois dos animais , a Parashá anterior nos ensinou sinais de pureza animal e a nossa Parashá nos ensina conceitos básicos de pureza familiar.

A Parashá nos conta que a mulher que tem a alegria de se tornar mãe de um filho tem que passar por um pequeno procedimento de purificação , um “detox espiritual” antes de voltar à vida conjugal.

Começando com uma etapa de cinco dias que começa no início do sangramento do parto e pode ser​ chamada de dias “não limpos” (mesmo tendo o sangramento terminado antes dos cinco dias) .

Se o fluxo de sangue já parou, no quinto dia ela faz um “hefssek Tahará” (Todos os detalhes de “como” fazer isso podem ser encontrados na nossa página de “Tahará  https://rabinogloiber.com/mikve/

Depois do Hefssek Tahará ela conta sete dias limpos (fazendo uma verificação todo dia para ver se eles ainda estão limpos de verdade) e no final do sétimo dia limpo ela mergulha no Mikve e depois disso volta à vida conjugal normalmente

Se ela teve a alegria de se tornar mãe de uma filha ela também conta cinco dias a partir do começo do sangramento do parto e sete dias limpos mas só vai para o Mikve dois dias depois disso para completar catorze dias a partir do parto.

No oitavo dia do parto de um filho, se o recém nascido estiver saudável é feito o “Brit Milá” mesmo se for Shabat.

A palavra “Tazria” (semear) é usada na nossa Parashá para a mulher que dá a luz , nos indicando que mesmo ela tendo um aborto que não tem nenhuma consistência humana e se parece com um sêmen, mesmo assim é considerado que ela teve um filho em relação às leis de pureza familiar.

E não só isso, mas filhos verdadeiros que também vão ressuscitar na ressurreição dos mortos, como escreveu o Rav Moshe Feinstein à um aluno lhe comunicou o fato de sua mãe ter tido vários abortos :

-“Em breve quando for a vontade Divina de os mortos ressuscitarem, você terá irmãos Tzadikim que nunca na vida provaram o gosto de um pecado” (igueret Moshe).

Então, se você teve um aborto , você também é mãe, e no futuro vai ter orgulho do seu filho ou filha, e que isso aconteça já em breve em nossos dias amén

🌻🌻🌻🌻Metzorá🌻🌻🌻🌻

A Torá nos conta sobre manchas que poderiam aparecer nas paredes das casas, nas roupas e nas pessoas.

Essa mancha é chamada de “Nega Tzaraat” , a pessoa portadora dela é chamada de “Metzorá” .

Isso foi traduzido erroneamente como lepra, doença causada pelo Mycobacterium leprae , mas é um verdadeiro erro de tradução como veremos a seguir:

Don Itzhak Abarbanel foi o grande Tzadik que encorajou os judeus espanhóis na época da inquisição a deixarem a Espanha e não fazerem idolatria .

Ele nos explicou que a “Tzaraat” não é uma doença física mas sim uma “praga” mandada dos céus que aparecia de uma maneira sobrenatural e sua cura era por meio de um ritual espiritual como ele explica detalhadamente:

1- O Cohen começa a purificação do “Metzorá” com o abate de um pássaro​ em um pote de barro , nos mostrando que o ser humano é como um pote de barro na mão do seu artesão que vai modelando ele de acordo com a sua vontade. (nos indicando que a Tzaraat vem de Hashem para melhorar nossa forma , nosso caráter)

2- Dentro desse pote de barro aonde é feito o abate do pássaro são colocadas águas​ de fonte (em hebraico “águas vivas”) representando a Torá que está no coração de cada um de nós , e por não termos guardado ela da maneira correta morre o pássaro abatido. (representando que a Tzaraat aparece por meio de nossas ações e não por contágio)

3- Um pássaro vivo é mergulhado (mas continua vivo) no sangue do pássaro​ morto , nos ensinando que a “Tzaraat” por natureza não é doença e nem é contagiosa (como no caso da lepra pelas vias respiratórias) mas sim um decreto Divino ligado ao comportamento errado daquela pessoa (representando pelo pássaro morto).

4- A cura de “Tzaraat” não acontece de maneira natural mas sim de maneira milagrosa, e por isso o “Metzorá” vai para o Cohen e não para o médico.

5- A “Tzaraat” da roupa e da casa é a mesma que a das pessoas e ela não tem nenhum vínculo à doenças do corpo humano, o fato de que a mesma Tzaraat pode aparecer em paredes (mineral) e em roupas (vegetal e animal) nos obriga a ver a Tzaraat como expressão​ sobrenatural, milagrosa .

Conclusão: depois dessa explicação tão detalhada do don Itzhak Abarbanel vemos que o certo é transcrever a palavra Tzaraat e não pegar uma tradução errada que a fonte dela é aquela mesma idolatria que por causa dela don Itzhak Abarbanel teve que sair da Espanha com seiscentos mil judeus na inquisição !

A “Tzaraat” era um decreto Divino que afetava principalmente pessoas que causavam intrigas entre marido e mulher ou entre uma pessoa e outra, pessoas que causavam separações

Por isso primeiro o Metzorá era separado do acampamento (por que causou separações) e depois sua purificação envolvia dois passarinhos (que tem a característica de piar na casa de um e na casa de outro representando o que ele fazia) .

Mas nem sempre a Tzaraat era um decreto Divino para corrigir a personalidade da pessoa (enriquecê-la espiritualmente) , de vez enquando a Tzaraat era um decreto Divino para enriquecer a pessoa materialmente ,

O Midrash nos conta em nome de Rabi Shimon Bar Yohái que quando os povos de Cnaan ouviram que o povo de Israel estava se preparando para vir conquistá-la, se prepararam para nos “receber”, e entre outras coisas esconderam dentro das paredes e embaixo do piso das casas todos os seus tesouros.

Depois, quando fugiram, muitos esqueceram ou não tiveram tempo de pegar os tesouros, que continuaram escondidos nas paredes​.

Conta o Midrash que o bom D’us disse :- Prometi para o povo de Israel casas repletas com tudo de bom, e quem vai avisar eles sobre os tesouros que eles têm em casa?

Portanto, continua o Midrash, quando aparecerem sinais de Tzaraat a pessoa vai ser obrigada a demolir a casa é aí ele encontra os tesouros escondidos! Então a Tzaraat , e como consequência a destruição das casa , eram uma grande alegria para eles porque dessa maneira eles encontravam fortunas escondidas.

Daqui aprendemos um ensinamento básico para todos os acontecimentos de nossa​ vida:

Quando temos “tzarot”(sofrimentos​) e achamos que estamos passando por uma fase ruim e que D’us esqueceu só de nós, temos que nos lembrar que por causa dessas “tzarot” vamos descobrir tesouros de todos os tipos​ que não descubriríamos a não ser por meio (no mérito) dessas tzarot,

Como disse o rei David no Tehilim:- “de noite dormimos chorando e de manhã acordamos cantando” , ou seja, a mesma coisa que causou para nós dormir chorando, ela vai nos fazer acordar cantando!

E não se trata de pegar experiência com as “tzarot” mas sim tesouros verdadeiros , ou seja, depois que a “casa quebra” ficamos ricos de verdade!

E principalmente agora que já passamos por todos os sofrimentos​ já está na hora de Mashiach chegar e veremos com nossos próprios olhos que nunca existiram sofrimentos, mas tudo era a bondade Divina oculta que agora chegou a hora de ela se revelar em breve em nossos dias!

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Nossa Parashá, Shemini, nos conta sobre os Sinais de pureza animal

Kashrut do leite e da carne

Nossa Parashá nos conta que a Torá classifica os animais que ruminam e tem o casco fendido como animais “puros” e portanto podemos beber seu leite e comer sua carne

Lembrando que para comer a carne do animal não é o suficiente ele ter esses dois sinais mas também tem que passar por um procedimento de abate Kasher

O sangue tem que ser retirado e esse tema aparece também na nossa Parashá

O גיד הַנָּשֶׁה, “Guid HaNashê”, em Latim nervus ischiadicus, também deve ser totalmente retirado do animal em todas as suas ramificações

Quando você compra a carne em um açougue Kasher [http://www.livenn.com.br ] tudo isso já foi feito) .

O “Shochet” (judeu religioso que faz o abate Kasher) só pode fazer o abate de um animal que seu professor de “Shchitá” aprendeu a fazer, e esse animal com certeza não era uma girafa.

Então, se você descobre em algum lugar um novo animal com esses dois sinais, como no exemplo da girafa, você só poderá​ tomar o leite dele mas não fazer nele o abate kasher.

Animais com somente um sinal de pureza não são Kasher

A Parashá nos conta sobre quatro animais que são classificados pela Torá como impuros por terem somente um sinal de pureza.

Os nomes deles em hebraico são :”Hazir” , “Gamal” , “Arnevet” e “Shafan”

Não podemos nem usar o seu leite e nem comer a sua carne.

O Gamal, a arnevet e o shafan são ruminantes e não tem casco fendido

O hazir tem o casco fendido mas não é ruminante.

O “hazir” é traduzido diretamente como “porco”, único animal no mundo que tem casco fendido e não rumina.

O “Gamal” é o camelo, ele rumina mas sua pata é parecida com uma pequena almofada , não é casco

O camelo , o dromedário, o lhama, a alpaca, a vicunha e outros camelídeos são todos raças de uma mesma espécie , cruzam- se entre si e tem filho fértil como foi feita a experiência nos U.A.E.).

Fora eles não encontramos outros animais com essa classificação! Então quem são o Shafan e a Arnevet ?

Raças e espécies:

Nas traduções antigas da Bíblia para o grego , depois para o latim e de lá para as demais línguas , o Shafan é traduzido como Coelho e a Arnevet como lebre.

O primeiro problema com essa tradução é que a Torá fala sobre quatro animais diferentes, quatro espécies e não quatro raças.

O que determina a espécie pela Torá é o fato de eles se cruzarem entre si e terem um filho fértil, isso é a prova de que pertencem à mesma espécie e que essa espécie saiu da arca de Noé e recebeu a benção de Hashem para se multiplicar.

Quando uma espécie se cruza com outra, ou ela não tem filhos ou o filho não é fértil, porque essa nova espécie não saiu da Arca de Noé e não recebeu a Brachá de Hashem para se multiplicar.

Noé colocou na arca somente um cachorro e uma cadela e hoje vemos inúmeras raças de cães , tão diferentes umas das outras que parecem espécies diferentes, mas a prova de que são somente raças de uma mesma espécie é que todos se cruzam entre si e tem filhos férteis (no Brasil esse é o famoso “vira latas”).

O Coelho e a lebre cruzam-se entre si e tem filho fértil constatando que são apenas duas raças de uma mesma espécie.

O principal problema é que nem o Coelho e nem a Lebre são ruminantes .

O editor do primeiro dicionário de hebraico atual , Even Shushan, teve que traduzir Shafan e Arnevet como Coelho e lebre por assim terem sido traduzidos anteriormente pelas traduções da bíblia para outras línguas, mas sabendo que esses animais não conferem com o Shafan e a arnevet da Torá

Quando foi questionado sobre esse erro de definição da palavra disse que provavelmente devem ser um Coelho e lebre do “extremo oriente” (termo usado antigamente para dizer que esse animal caso exista está bem longe de nós e nunca o vimos).

Hoje que os animais do “extremo oriente” também foram classificados, não encontramos dois animais que ruminam mas não tem casco fendido fora o camelo (em todas as suas versões).

Tentaram justificar que o Coelho quando come acaba comendo as próprias fezes junto, mas isso não pode considerar ele ruminante porque o porco também faz assim e a Torá diz que o porco não rumina.

Tentaram dizer que ele move a boca como ruminante mas isso muitas espécies de animais fazem.

Conclusão , o Coelho não é o Shafan e a Arnevet não é a lebre, e o Shafan e a Arnevet são dois animais que não foram mais encontrados, dois animais extintos.

A origem dos erros de tradução

Talmai, rei da Grécia que dominava a terra de Israel , prendeu setenta sábios em setenta torres que se encontravam em setenta lugares diferentes sem que um soubesse do outro, e ordenou a eles traduzir a Torá para grego.

Cada um dos setenta Sábios pensava que só ele estava traduzindo a Torá para o grego, e mudou algumas coisas que pudessem causar algum problema para o nosso povo.

Uma das coisas era o nome da Arnevet , que na sua tradução para o grego seria o nome da rainha da Grécia.

Cada um desses sábios separadamente imaginou que o rei ficaria furioso se o nome da rainha fosse vinculado a um animal impuro, e também ficaria furioso se a tradução não fosse feita

Pode ser que nessa hora de emergência jogaram o nome da Arnevet à lebre e talvez foi aí que tudo começou. Ou talvez o erro aconteceu de outra forma

Mas porque ninguém nunca corrigiu isso? Será que ninguém quer assumir que leva dois mil anos para se descobrir um erro ou realmente não faz diferença?

Talvez para os povos do mundo não importa quem são o shafan e a arnevet , sendo que para eles não tem muita relevância se o animal é impuro por ter um sinal de pureza ou por não ter nenhum

Mas para nós esse assunto é gravíssimo, pelo fato de a Guemará em Hulin 60b dizer que o fato de Moshe Rabeinu, sem ter experiência com animais exóticos, saber que somente quatro especies de animais no mundo inteiro tem somente um sinal de pureza, é um argumento para provar que a Torá é Divina

Mas quando usamos a tradução cristã da Torá sobre o Shafan e a Arnevet, estamos colocando na mão de todos uma prova contrária.

Talvez ninguém queira corrigir esses erros de tradução para não assumir que errou durante dezenas de anos, desde a primeira tradução Judaica da Torá

Mas é melhor corrigir isso agora, transliterando as palavras Shafan e Arnevet e não traduzido como coelho e lebre, sendo que essa tradução está explicitamente errada.

Como diz o ditado “antes tarde do que mais tarde” , mas cada dia que passa… oy vavoy !

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Tsav – Shabat HagadolNossa Parashá nos conta sobre a origem da ramificação sacerdotal do nosso povo , o “Cohen” . Como sabemos, Yaakov teve doze filhos e deles se originaram treze tribos sendo que Yossef se transforma em tribos de Efraim e Menashe. Na nossa Parashá Hashem pede para Moshe ungir Aharon e seus filhos com o “azeite de unção sagrado” e por meio disso tira eles do status de tribo de Levi  dando origem à um novo status no nosso povo que é o Cohen. A unção de Aharon e seus filhos é comparada à unção do Rei David pelo profeta Shmuel que a partir dela David foi chamado de Melech HaMashiach (Rei ungido). O rei Salomão filho do rei David já não precisou da unção do profeta sendo que filho de rei ungido já nasce rei ungido até o último descendente do rei David que é chamado de Melech HaMashiach, ou seja, filho do filho do filho etc do rei David que chegará em breve em nossos dias (essa palavra foi transliterada como Messias por tradutores que não tiveram contato com o judaísmo e não entenderam esse conceito e portanto transliteraram e não traduziram). O mesmo acontece com o Cohen. Os primeiros Cohanim foram ungidos na nossa Parashá e seus filhos já nascem Cohanim até hoje como vimos.Shabat Hagadol:Nosso Shabat é chamado Shabat Hagadol porque nele aconteceu um grande milagre ligado à saída do nosso povo do Egito, os egípcios em vez de eles lutarem contra nós lutaram entre si próprios. Nesse Shabat Hagadol os Rabinos nas Sinagogas dão uma palestra sobre as leis de Pessach.Pessach:
Domingo à noite é a noite da “Bedikát chametz” que é a porta de entrada para Pessach. Se você ainda não autorizou um rabino à vender seu Chametz acesse agora ao sitehttps://www.chabad.org/holidays/passover/sell_chometz.htm(lá você pode vender o chametz que você tem na sua casa de Israel, de Londres, de Miami e de S.Paulo entre outras esse site é em inglês)Uma opção em português:http://www.morasha.com.br/nossas-festas/pessach-1/formulario.htmlDe sábado à noite depois da havdalá até domingo que é a noite da “bedikát chametz” limpamos  a cosinha para Pessach. O ideal é ter panelas somente para Pessach  (se você ainda não tem ainda dá para comprar e a facilidade de nossa geração são os utensílios descartáveis).S.O.S. Pessach:
Na hora da casherização da cosinha você já deve ter em casa muitas bananas, maçãs , e se for possível biscoitos Casher LePessach (que podem ser comprados no https://www.superk.com.br/ em S.Paulo aberto até as 22h00) .
Uma vez a minha esposa estava casherizando a cozinha e a minha filha começou a chorar, corri para uma loja (sem olhar para os preços nessa hora de emergência) , comprei uma panela de pressão elétrica e corri para o Mikve de Kelim . Montei a panela de pressão elétrica na sala, coloquei carne com cenoura e batatas na panela e em 40 minutos já tinha para todos um almoço “Kasher Lepessach” pronto nessa “cozinha de sala” (milagres da tecnologia) (depois desse almoço relâmpago vimos que essa panela é um grande milagre de Pessach e continuamos usando ela na véspera de Pessach e no “chol hamoed”!)Aventuras de Pessach- Casherizando o Fogão:Se possível, devem ser trocadas as grelhas. Caso contrário, devem ser aquecidas até ficarem incandescentes. A “mesa do fogão” (parte de cima aonde se encontram os buracos das saídas de gás depois que você tirou as grelhas e as bocas) primeiro devem ser limpa e depois de 24 horas sem uso casherizada derramando sobre ela água fervente e passando uma pedra ou ferro em brasa para que a água continue fervendo . Se você tem dificuldade em aquecer a pedra ou o ferro para colocar junto com a água fervente compre um maçarico culinário e passe ele lentamente sobre a “mesa do fogão”. Após este procedimento, sugere-se cobrir a mesa do fogão com folha de alumínio. Se a mesa for esmaltada, deve ser bem limpa e depois coberta com uma folha de alumínio grossa ou chapa. As bocas devem ser bem limpas e depois o fogo é aceso ao máximo durante uma hora para eliminar resíduos de chamêts. Os botões do gás devem ser retirados e limpos (há quem costume cobri-los com contact ou folha de alumínio).     Aula prática:O rav Moshe Weber foi um grande Tzadik viveu em Jerusalém e tive o mérito de desde 1978 estar sempre Pessach com ele. Mesmo sendo um grande Sábio respeitado por todos ele tinha uma vida muito humilde financeiramente , mesmo assim ele comprou um fogão de três bocas  (sem forno) somente para Pessach . Assim eu fiz também, sendo que todo ano temos oito dias de Pessach (que acabam virando nove com a véspera). Nesse caso você limpa bem o fogão do ano inteiro, cobre ele com papel alumínio , embrulha ele envolta com papel normal e monta o seu fogão de Pessach encima dele. A plata de Shabat para Pessach pode ser comprada sob medida em qualquer loja de calhas e sempre guardada para Pessach. Todos os detalhes da casherização da cosinha para Pessach podem ser encontrados no nosso site na página abaixo🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷 VaykráNossa Parashá começa com a palavra Vaykrá (e chamou) fazendo com que essa palavra se torne tanto o nome da nossa Parashá quanto o nome desse nosso terceiro livro do “Pentateuco”. Algumas letras no Sefer Torá tem que ser escritas obrigatoriamente maiores do que o normal e algumas são escritas obrigatoriamente pequenas. Uma dessas letras aparece na nossa Parashá, uma letra “Alef” pequena que é a última letra da palavra Vaykrá. Quando o terceiro Rebe de Lubavitch era uma criança e fez três aninhos de idade , seu avô , o “Baal HaTanya” o levou ao “cheider” (escola de meninos menores de 13 anos) e pediu para o “Melamed” (professor ​dos meninos) estudar com ele como é o costume a primeira parte da Parashat Vaykrá . Depois de estudarem , a criança perguntou ao avô :- Porque​ a letra “Alef” da palavra Vaykrá é pequena? A pergunta da criança despertou no Baal HaTanya um profundo entusiasmo de devoção , e depois de alguns instantes explicou :- A Torá tem letras normais , tem letras pequenas como essa da nossa Parashá e letras grandes como a letra “Alef” da palavra “Adam” (no divrei haiamim) Tanto o Adam do “Alef” grande, quanto Moshe Rabeinu do “Alef” pequeno foram pessoas que não existiram como elas. Adam foi criado pessoalmente por D’us e dele saiu toda a humanidade , Moshe Rabeinu foi o que recebeu a Torá diretamente de Hashem , falou com D’us “face a face” . Mas Moshe Rabeinu , mesmo tendo toda essa grandeza a Torá testemunha sobre ele que ele era o mais humilde de todas as pessoas do mundo. Moshe Rabeinu era filho de Amram , o líder da geração, D’us se revelou para ele na ocasião das “sarça ardente” (talvez seja melhor dizer “arbusto incandescente” para não ficar um português muito “eclesiástico”) , D’us o chamou para subir ao monte Sinai, etc etc etc , e como com tudo isso como ele conseguiu se manter humilde? Moshe imaginou que qualquer outra pessoa que estivesse nessas mesmas circunstâncias que ele estava e tivesse tido essas mesmas oportunidades que ele teve teria feito muito melhor do que ele, chegaria à níveis muito mais elevados e aproveitaria essas dádivas Divinas de uma maneira muito melhor. Por isso , nesse versículo que está expressando o carinho que D’us tinha por Moshe “e chamou Moshe”, a letra Alef é pequena mostrando a humildade de Moshe Rabeinu. (Temos que usar esse raciocínio de Moshe Rabeinu para nós também)A festa de Pessach vem nos ensinar exatamente isso. A Matzá é um pão que não fermentou e vem simbolizar a humildade, o chametz é um pão fermentado, um pão que “estufou” e representa a arrogância. A verificação do chametz vem nos ensinar que devemos verificar todas as nossas atitudes para ver se alguma delas não contém um pouquinho de “arrogância estufada” e tirar totalmente a prepotência da nossa personalidade! Os próprios preparativos de Pessach são um grande treino para se chegar à humildade. A gravidade de se comer chametz em Pessach (comer chametz em Pessach é uma transgressão a nível de “caret” com todas as suas consequências) e os rigores de Pessach que não se encontram em nenhuma outra festa judaica colocam muitos de nós em um estado de “PessachFobia” com acréscimo de traumas acumulados de Pessach anteriores , e depois de limpar a casa inteira ainda é capaz que uma criança corra atrás da outra para os quartos limpos com um pacote de biscoitos na mão esfarelando tudo no meio do caminho deixando os nervos dos pais à flor da pele. Nessa hora devemos despertar o aspecto “Moshe Rabeinu” da nossa alma e manter a alegria em todos os instantes. Lá vão algumas dicas para você sobreviver com muito amor e carinho a festa de Pessach 5777 que está comemorando 3329 anos da saída do Egito.Manual de sobrevivência de Pessach :
1-Em primeiro lugar, agora mesmo acesse a um desses sites :http://www.chabad.org.br/…/pessach/procuracao/formulario.htmhttp://www.morasha.com.br/nossas-…/pessach-1/formulario.htmle dê a sua permissão aos rabinos para venderem o seu chametz.
Lembre-se que a partir da hora que o rabino vende o seu chametz o biscoito perdido no quarto da estória acima que não for encontrado já não será mais seu em Pessach , e mesmo se for encontrado em Pessach não tem problema porque ele está vendido e não é mais seu (mas não se esqueça de avisar as crianças para não comerem nada que for encontrado em Pessach sem mostrar para a mamãe). Então , não perca a paciência com as crianças e dê à eles todo o amor e carinho para eles associarem os preparativos de Pessach às boas lembranças da infância.2-Não deixe a cozinha para última hora:
O principal da limpeza para Pessach é a cozinha. Os rabinos de Israel costumam dizer : “pó não é chametz e as crianças não são korban Pessach” . Ou seja, você não tem que se desgastar aonde não precisa e depois despejar a sua fúria encima das crianças . Vale a pena adiantar algumas coisas para não entrar em pânico de última hora, como por exemplo , se você tem o freezer da geladeira e outro freezer a parte, passe as coisas do freezer da geladeira para o outro freezer e já deixe o freezer de geladeira limpo para Pessach.3- Armários: Há quase quatro anos atrás minha esposa estava internada no hospital antes de Pessach e eu fiquei responsável por limpar a casa com a ajuda de uma nova ajudante não judia que nunca tinha visto uma limpeza de Pessach na vida. Entramos no primeiro quarto. Minha querida esposa antes de ir para o hospital tinha deixado o quarto limpo e arrumado e a ajudante não tinha entendido o que mais precisa limpar. Eu expliquei para ela que precisamos limpar o quarto para Pessach. Mas o que vem a ser isso? Simples! Tirei absolutamente tudo que tinha nos armários , coloquei encima das camas e pedi para ela limpar o armário por dentro e colocar de volta somente todas as coisas que não são comestíveis e qualquer coisa comestivel encontrada levar para a cozinha. Avisei antecipadamente que para Pessach a gente dá um bônus sendo que o trabalho é mais difícil. Por incrível que pareça haviam lá doces chametz que escondemos e esquecemos que tínhamos escondido! Mas também se você não fizer dessa maneira mas só limpar os armários de maneira genérica e verificar bolsos e bolsas já é o suficiente, principalmente pelo fato de você ter autorizado o rabino à vender o seu chametz.4- Carro: dá para adiantar isso também e lavar o carro muito bem lavado , principalmente por estarmos fazendo as compras de Pessach e levando nele.5- Compras para Pessach: Não se esqueça de comprar roupas novas para a sua esposa e filhos porque isso faz parte da Mitzvá do Yom Tov de Pessach , também devemos comprar uma (semi) jóia para a esposa , hoje que a variedade é grande é melhor dar o dinheiro para ela comprar para ela poder escolher o que ela prefere.E o principal, os alimentos , que podem ser comprados de acordo com os produtos liberados na lista que se encontra anexa no lado direito no sitehttp://www.bdk.com.br/produtos_,,,,,,,,1,,,,,.htmAs carnes podem ser encomendadas no site do Livennhttp://www.livenn.com.brMesmo os estabelecimentos Casher estarão vendendo produtos Casher Lepessach e também não Casher Lepessach até domingo, quando você faz as compras de Pessach verifique se o produto que você está comprando é Casher Lepessach especificamente.6-Trabalho: Você tem seu próprio negócio? O chametz dos seus colaboradores não é seu, mesmo assim encaminhe esta página para os seus colaboradores judeus e peça para eles entrarem no site de venda do chametz e autorizarem o rabino à vender o chametz deles . Na semana de Pessach , na quinta feira 13 de abril e na sexta 14 de abril quando o trabalho é permitido (mas o chametz continua sendo proibido) tente levar para os seus colaboradores judeus comida Kasher Lepessach. Se você é o dono do seu próprio negócio a Bedikat Chametz (verificação do chametz) tem que ser feita no negócio também, mas se você não vai conseguir fazer a bediká tanto em casa quanto no trabalho no anoitecer do domingo 9 de abril , dá para fazer a bediká no trabalho sem Brachá na noite de quinta feira 6 de abril ou no sábado 8 de abril depois da havdalá.7-Vale a pena adiantar e conseguir uma pena de ave, uma colher de pau, uma vela de cera de abelha e um pacote de papel (que você vai usar para fazer a Bedikát chametz no domingo 9 de abril)O importante é fazer tudo com alegria e a tranquilidade lembrando à todos à sua volta que Pessach é uma festa e não um pesadelo.🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷 Vayakhel – Pekudei e  Parashat HakodeshNosso Shabat terá uma leitura de três partes do Sefer Torá.
Parashat Vayakhel e Parashat Pekudei terminando o livro de Shemot com “Hazak” e depois, em um segundo Sefer Torá (aonde for possível) leremos Parashat HaHodesh.
Parashat Vayakhel (e reuniu) nos conta que Moshe Rabeinu reuniu todo o povo de Israel para ensinar a Mitzvá do Shabat. Essa linguagem aparece pela primeira vez na Torá na Parashá anterior quando o povo se reúne envolta de Aharon Hacohen para obrigá-lo a fazer o bezerro de ouro , nos sinalizando que o Shabat nos purifica até da pior coisa do mundo que é a idolatria.
A Parashá nos conta que é proibido acender fogo durante o Shabat. A pergunta mais frequente é: Se precisamos comer do bom e do melhor no Shabat, como manter essa comida aquecida? (A resposta para isso se encontra no final da página depois dos agradecimentos) . O Baal HaTanya diz que pelo fato de as leis de Shabat serem muitas é bom revisá-las constantemente , para ajudar nessa revisão acesse ao nosso site:Parashat Pekudei nos traz a conta de todas as doações feitas para a construção do Mishkan e seus artefatos, nos mostrando que todos os assuntos públicos devem ser feitos com total transparência.
Parashat HaHodesh nos conta sobre a primeira Mitzvá da Torá que é chamada de Kidush HaHodesh (santificação do mês). No calendário Judaico você pode apontar com o dedo e mostrar para uma criança a mudança de um dia para o outro e a mudança de um mês para o outro. Você mostra para a criança um dia terminando com o pôr do sol e o próximo nascendo com a saída das estrelas, o mês nascendo com o nascimento da lua e terminando com o desaparecimento dela. A Mitzvá chamada “Kidush HaHodesh” começou a ser oficialmente cumprida com a saída do Egito e foi praticada por mais de 1700 anos . Essa Mitzvá consiste em dois Judeus testemunharem em frente ao Beit Hadin Hagadol (supremo tribunal rabínico) que viram o nascimento da lua. Assim era decretado o nascimento do novo mês e as datas das suas respectivas festas judaicas. Sempre que chegava o mês de Adar e a primavera ainda não tinha chegado o “Beit Hadin Hagadol” acrescentava um mês de Adar a mais fazendo o equilíbrio entre o ano lunar e o ano solar. Esse procedimentocedimento começa com a saída do Egito e continua até a época de Hilel Nessía , época em que o imperador romano Constantino apoiou o cristianismo causando sérios problemas para os judeus da terra santa , fechamento de Yeshivot e dispersão da comunidade. Hilel Nessía que era o descendente direto do grande Sábio Hilel Hazaken, em vista à situação escreveu o calendário judaico fixo que é um ciclo de dezenove anos que intercala doze anos de doze meses com sete de treze meses fazendo o maior equilíbrio possível entre o ciclo do sol e o da lua . O Rambam nos explicou que esse calendário fixo vinha desde Moshe Rabeinu e por meio dele os Sábios do Beit Hadin Hagadol sabiam se as testemunhas estavam certas e também usavam esse calendário em meses de céu coberto. O ano judaico conta 5777 anos desde a criação do mundo. Com o recebimento da Mitzvá de Kidush HaHodesh começamos a contar os meses e os anos, então porque nosso calendário não começa a partir do dia que começamos a contar? Porque a Torá já nos foi entregue com todos os detalhes da criação do mundo incluindo os anos de vida do primeiro homem e de seus descendentes nos dando o cálculo exato de quantos anos se passaram desde a criação do mundo até a entrega dessa primeira Mitzvá , os dois fatores se uniram e começamos a contar os meses e anos em continuação à contagem anterior que a Torá nos revelou.Nas primeiras duas noites de Pessach “Leil Hasseder” temos que tomar quatro copos de vinho. Você que mora em uma cidade aonde os vinhos casher ainda não chegaram pode fazer um suco de uva verdadeiro, benção “bore pri hagafen” , e cumprir a Mitzvá de tomar os quatro copos de vinho sendo que pela Halachá um suco de uva verdadeiro também é considerado vinho e serve para o Kidush. Essa receita pode ser usada também para fazer o seu suco de uva “bore pri hagafen” para todos os Shabatot do ano principalmente se você tem crianças em casa (eu também faço assim)
Modo de preparo
1- Compre uma panela de pressão nova para Pessach (e guarde ela para ser usada só em Pessach) todos os utensílios usados para o preparo desse suco para Pessach também devem ser “Kasher Lepessach” , ou seja, devem ser novos ou eram novos quando você comprou e você usou eles somente para Pessach.
2- Compre uvas de qualquer tipo, lave as uvas, separe elas dos galhos e coloque elas dentro da panela.
3- coloque a mão sobre as uvas e adicione água e açúcar . Essa água e açúcar tem que preencher somente os espaços entre as uvas e você coloca a mão encima para elas​ não flutuarem encima da água com açúcar sendo que a água com açúcar tem que preencher somente os “buraquinhos” entre as uvas mas não pode cobrir elas por cima nem se acumular separadamente no espaço de baixo caso elas flutuem, por isso você não deixa elas flutuarem.
4- Tampe a panela de pressão , acenda o fogo e deixe somente começar a ferver desligando no primeiro vaporzinho da pressão.
5- Penere o conteúdo da panela para uma jarra apertando e amassando totalmente as uvas dentro da peneira com uma colher até que todo o suco passe pela peneira e sobre dentro da peneira somente uma polpa .
6- Coloque o suco em garrafas (como dissemos antes, todos os utensílios dessa receita devem ser casher Lepessach)
7- Mantenha o suco na geladeira . Se você fizer ele alguns dias antes de Pessach coloque ele no freezer e só descongele na véspera de Pessach, e mesmo assim depois disso mantenha ele na geladeira e só retire para as refeições. Caso ele tenha ficado fora da geladeira e começado a fermentar não se preocupe, ele não virou “chametz” ! (sendo que chametz só é a fermentação dos cinco cereais trigo aveia centeio cevada e espelta)(A polpa que ficou na peneira pode ser batida com água e açúcar para fazer um suco “sheacol” que só não pode ser usado para o Kidush e os quatro copos)
Agradecemos imensamente ao Reb Avraham Arbeter da fábrica de vinhos casher “Guefen” pela receita(Resposta para a pergunta de Shabat)
[ONG TORÁ] Pergunte ao Rabino
Não se deve acender luz e ligar eletrônicos durante o shabat. Pergunta: Na noite do shabat a casa ficará no escuro somente com a luz das velas do shabat?
Re:
Sendo que está escrito que o Shabat tem que ser um prazer, nossos Sábios decretaram a obrigação de deixar a comida pronta e quente e acender as velas de Shabat antes do por do sol da sexta feira sendo que está escrito explicitamente para não acender fogo durante o Shabat . A eletricidade foi classificada como fonte de fogo e por isso acendemos tudo o que precisa estar aceso no Shabat antes de acender as velas (não podemos apagar essas coisas durante o Shabat a não ser em caso de perigo de vida) . Ou seja, a luz da sala cozinha e banheiro e a chapa de Shabat que chamamos de plata devem ser acesas antes do Shabat. A plata é uma placa de alumínio que pode ser encomendada de acordo com a medida do seu fogão , você deve pedir para fazer uma dobradinha de um centímetro nas extremidades para ela não ficar cortante e deve ser dobrada uns 8 centímetros na frente para cobrir os botões do fogão. A plata pode ser encomendada em qualquer fabriquinha de calhas (peça um material grosso para não entortar com o fogo nas 25 horas que vai estar encima do fogo baixo) . Então acenda um fogo baixo , coloque a plata encima dele e as panelas com a comida pronta encima da plata. A quantidade de água dentro da panela deve ser planejada de acordo com o número de horas que ela vai ficar encima da plata. Uma janela deve estar um pouquinho aberta para entrar ar e todos os cuidados devem ser tomados para que o fogo não se apague sozinho no meio do Shabat e não haja vazamento de gás (não deixe panos ou plásticos perto dela para não pegar fogo). Centenas de milhares de judeus religiosos fazem assim no mundo inteiro e com o tempo você pega experiência. Se o seu gás é de botijão você pode comprar uma balança de banheiro e colocá-la fixamente enbaixo do botijão para calcular quando ele vai acabar para trocar o botijão antes do Shabat.🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷 Ki  TissáNossa Parashá nos conta que Moshe Rabeinu desceu do monte Sinai com as “Tábuas da Lei”, em hebraico Luhot que quer dizer lousas . A Guemará nos conta que essas Luhot eram dois quadrados de pedra de 48cm de comprimento, 48cm de altura e 24cm de largura ” ou seja , elas eram quadradas. Em muitos casos elas aparecem arredondadas encima, fato que não tem nada a ver com a nossa cultura judaica mas tem origem na cultura cristã. Ou seja, os primeiros livros judaicos impressos no século 15 foram impressos em editoras de cristãos, a maioria delas na Itália. As editoras costumavam colocar um enfeite na página inicial, e sabendo que estavam imprimindo um livro religioso judaico colocaram desenhos das “Tábuas da Lei” feitos por artistas de arte sacra cristã. Na época a tecnologia de impressão recém descoberta baixava tanto o preço dos livros (que antes eram escritos a mão), que ninguém se importou com os desenhos contanto que tivessem os livros em hebraico. Tempos depois, Judeus que nunca tiveram contato com arte sacra cristã acharam que, sendo que este desenho está em um livro judaico, com certeza ele tem origem judaica. E assim essas “Tábuas” redondas foram copiadas para todos os cantos da sinagoga, lapidadas na parede e no Aron Hakodesh (armário onde se guarda o Sefer Torá), bordadas na cortina do Aron Hakodesh , no meíl (manto) do Sefer Torá e na cobertura da Bimá (mesa na sinagoga onde se lê o Sefer Torá). Com o tempo todos se acostumaram que sendo que essas Tábuas redondas estavam em livros e sinagogas antigas, com certeza ela é um símbolo judaico puro. Até chegar o Rebe de Lubavitch e revelar essa história para nós fazendo com que até o rabinato de Israel mudasse o seu símbolo de Luhot redondas para Luhot quadradas. Então, vamos tirar as “Tábuas redondas” da nossa cultura!Alguns milagres aconteciam nessas Luhot ,a escrita ultrapassava de lado a lado e era lida do lado de trás e da frente da mesma maneira e as partes internas das letras que não tinham ligação com suas laterais ficavam paradas no ar no meio delas.
O povo de Israel na ausência de Moshe foi induzido pela “erev rav” a fazer o “bezerro de ouro”, Moshe descendo do monte Sinai , ao ouvir a festa da idolatria quebrou as Luhot. Depois que conseguiu resolver a situação, e pediu para Hashem desculpar o povo de Israel pelo acontecido. Hashem revela para Moshe uma mina de safira de dentro da tenda de Moshe e pede para Moshe lapidar duas Luhot como as anteriores e subir novamente ao monte Sinai. No Yom Kipur Moshe desce com as segundas Luhot. As novas Luhot foram guardadas dentro das “Arca da Aliança” junto com todos os pedaços das primeiras Luhot e acompanharam o nosso povo até a destruição do primeiro Beit Hamikdash quando foram escondidas nos túneis que construiu o Rei Salomão e vão ser reveladas novamente quando Mashiach chegar.Pessach
Dizem nossos Sábios: “Trinta dias antes da festa temos que revisar as leis da festa”. Aprendemos isso de Moshe Rabeinu que no primeiro Pessach no deserto ensinou ao povo de Israel as leis de “Pessach Sheini” que aconteceria um mês depois. (Todos os conceitos e leis de Pessach vocês podem encontrar no nosso site)Agora estamos na fase de começar a limpar a casa para Pessach e depois vendemos o “Chametz” para um “não judeu”. Sendo que essa venda tem que ser feita de acordo com todos os tipos de venda da Torá, temos que delegar essa função à um Rabino ortodoxo que sabe como fazer isso. Muitos sites judaicos religiosos no mundo inteiro já abriram essa venda pelo internet. Sendo que essa venda precisa ser feita de acordo com todos os meios de venda da Torá , a própria venda não pode ser feita pelo internet, mas o que fazemos pelo internet é somente dar a permissão para o Rabino vender o nosso “chametz” pessoalmente para o “não judeu” na véspera de Pessach , e essa permissão podemos dar pelo internet e já a partir de agora.Uma das regras da Torá é: “Mezakim Laadam Sheló Befanaiv” (você pode dar um mérito para alguém mesmo sem ele saber) , e portanto você pode dar autorização para o Rabino vender o “chametz” de um judeu que pode vir a esquecer de fazer isso, e essa autorização para o Rabino vender o seu Chametz e o Chametz dessa pessoa você pode fazer pelo internet, mas prestando toda a atenção no fuso horário do lugar aonde você mora e do lugar aonde seu amigo mora.
Por exemplo, alguém que mora em S.Paulo e tem um amigo em Israel que com certeza vai esquecer de vender o chametz e vai ficar feliz de você ter autorizado ao Rabino a venda do Chametz dele. Se você entrar em um site de um Beit Chabad em Israel e autorizar a venda do seu Chametz e do dele lá em Israel, o chametz dele vai ser vendido nos horários certos, mas o seu vai ser vendido antes da hora e comprado para você de volta pelo Rabino um dia e meio antes de terminar o seu Pessach em S.Paulo. Conclusão, você tem que autorizar a venda do chametz do seu amigo que mora em Israel para um Rabino em Israel mas para autorizar a venda do seu Chametz você tem que procurar um Beit Chabad dentro do seu fuso horário que no caso de S.Paulo é o fuso horário de Brasília conhecido como “-3” . Você pode até autorizar um Beit Chabad🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷 Tetzavê – Shabat  Zachor 5777Nossa Parashá nos conta sobre as roupas do Cohen Gadol. Muitos segredos se ocultam por trás dessas roupas , como por exemplo os nomes de Hashem conhecidos como “Mem Bet” (42) e “Ain Bet” (72) que estavam na vestimenta de doze pedras preciosas do Cohen Gadol. Nessa jóia estavam gravados os nomes dos patriarcas das doze tribos de Israel (Yossef no lugar de Efraim e Menashe).
O nome de Hashem conhecido como “Mem Bet” (42) é assim chamado por ser composto pelas iniciais das palavras da reza cabalística “Ana Bekoach” que tem 42 palavras.
O nome de Hashem conhecido como “Ain Bet” (72) é assim chamado por ser o valor numérico do “Milui” (preenchimento) do nome de Hashem de quatro letras conhecido como tetragrama, ou seja, cada letra é escrita literalmente e o valor numérico das letras que compõem os nomes das quatro letras é 72.
Quando o Cohen Gadol estava no Mishcan ou no primeiro Beit Hamikdash esses Nomes se encontravam nessa vestimenta chamada de “Hoshen” e quando era feita uma pergunta as letras gravadas nela brilhavam aleatoriamente compondo uma resposta Divina para o que foi perguntado. Vimos que o Rei David antes de ir para uma guerra obtia a resposta Divina dessa maneira.
A Guemará nos conta que certa vez alguém estava passando por trás de uma sinagoga , escutou de fora uma descrição sobre essas roupas e perguntou :- Quem vai vestir essas roupas? :- O Cohen Gadol, respondeu o professor. A pessoa que não era judeu tomou uma decisão consigo próprio: – vou me converter ao judaísmo com a condição de ser o Cohen Gadol! Chegou ao tribunal rabínico onde se encontrou com Shamai que ouvindo o argumento concluiu que a pessoa não tinha boa intenção….. Mas aquela pessoa não desistiu e foi procurar o outro grande Rabino da época que se chamava Hilel. Hilel fez para ele um curso de Cohen Gadol aonde a pessoa descobriu que não poderia ser Cohen Gadol e se tornou um bom judeu.
O que Hilel viu nele que Shamai não tinha visto? Hilel viu que essa pessoa era muito caprichosa e queria fazer tudo do jeito mais certo possível, a pessoa deduziu que o fato de o Cohen Gadol ir com essas roupas demonstrava que ele era mais religioso do que os outros e isso despertou nele a vontade de ser o Cohen Gadol. No curso de Cohen Gadol que Hilel fez para ele, ele aprendeu que até o Rei David, um Tzadik maior do que o Cohen Gadol , não poderia ser Cohen Gadol. Ou seja, dá para ser um Tzadik maior ainda do que o Cohen Gadol sem precisar usar aquelas roupas. Aprendemos daqui que as vezes acontece de alguém errar e medir o nível de religiosidade de alguém por causa das roupas que ele usa, achar que quanto mais sofisticada a roupa mais religiosa aquela pessoa é, isso é um erro de avaliação muito comum nos dias de hoje.
Ou seja, se você viu no noticiário de Israel um Rabino vestido de Rabino no congresso anti-semita no Irã , saiba que aquelas roupas não representam nada mas sim as atitudes da pessoa é o que qualifica ou desqualifica ela quando se trata da nossa religião. Ou seja, se ele estava no congresso anti-semita não precisamos dizer que um Rabino estava lá mesmo que ele estava vestido assim, mas podemos dizer que tinha lá um judeu, porque quando ele fizer Teshuvá não vai precisar se converter.
Purim
Com a saída do Shabat começa a festa de Purim com a leitura da Meguilá. A primeira pergunta que poderemos fazer é: Se esse rei da Pérsia ficou famoso por entender de mulheres , como vemos no concurso miss universo que foi feito para ele que era o rei de todos os 127 pais que existiam na época, como pode ser que Esther, uma Judia religiosa que não entendia nada desse assunto, ganha um concurso desses onde a prova principal era passar a noite com o rei? Diz o Ari Zal que Hashem fazia um milagre e entrava sempre uma demônia no lugar dela. De acordo com essa opinião o rei da Pérsia Dariavesh é filho daquela figura espiritual negativa que se materializava para “substituir” Esther.
A Guemará nos conta que nosso povo teve 48 profetas e sete profetisas . Vemos no Tanach que o profeta Ovadiahu escondeu 100 profetas em duas cavernas na época da perseguição, só desse exemplo vemos que tivemos mais do que 48 profetas. Dizem nossos Sábios que esses 48 profetas e sete profetisas foram os que escreveram as profecias para outras gerações e Esther é uma das sete profetisas.
Haman é chamado de Haman Ha Agagui, ou seja, descendente de Agag, rei de Amalek que sobreviveu por erro de Shaul, o primeiro rei de Israel que teve a Mitzvá de exterminar Amalek e deixou Agag vivo com uma escrava que engravidou dele antes do profeta Shmuel matá-lo. Esther era a descendente de Shaul e por isso a Divina providência trouxe ela para ser a pessoa que vai exterminar a descendência de Agag. E aonde vimos que isso aconteceu totalmente? A Guemará nos conta que os descendentes de Haman se converteram ao judaísmo e se tornaram grandes Sábios de Israel, ensinaram Torá em Bnei Brak. Halachá: “Alguém que se converte ao judaísmo é como uma criança que nasceu” e até o aniversário dele passa a ser pelo dia que ele se converteu e não pela data do nascimento biológico. E daqui vemos que Esther fez totalmente o conserto do erro do ancestral dela, o rei Shaul!
Parashat Zachor que vai ser lida no Maftir nesse Shabat conta sobre o Amalek e é uma Parashá que temos a Mitzvá dá Torá de ouvi-la. Não deixem de ir para a sinagoga esse Shabat!🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷TrumáNossa Parashá nos conta sobre o pedido Divino ao povo de Israel de doarem para a construção do Mishkan (Traduzido como Tobernáculo, palavra que também precisa de uma tradução, então vamos deixar Mishkan mesmo!)
A linguagem do versículo é : “pegar (para Hashem) uma doação”.Unkelus bar Kalonikus era o filho da irmã do imperador romano Titus que destruiu o segundo Beit Hamikdash causando um verdadeiro holocausto para o nosso povo. Unkelus se converteu ao judaísmo e se tornou um grande Sábio da época da Mishná que é intitulado “Tana” . Deixou de ser Unkelus bar Kalonikus e se tornou Unkelus ben Avraham Avinu. Ele chegou ao nível de Tzadik e escreveu a tradução explicativa da Torá para o aramaico, e mesmo havendo na época outras traduções da Torá para o aramaico a tradução explicativa dele foi escolhida pelos Sábios da Mishná para ser lida toda semana , duas vezes o texto em hebraico e uma vez a tradução de Unkelus (por isso ela já vem impressa em todo Chumash ao lado do texto em hebraico). Essa tradução foi feita quando ele estava em um nível espiritual elevadíssimo e já tinha Ruach Hakodesh, ou seja, ele viu lá encima como teria que traduzir aqui embaixo.
Quando ele chegou nesse versículo que diz “pegar” (para Hashem uma doação) ele traduziu “dar”. Se a tradução é “dar” porque o texto em hebraico diz pegar? Aqui revelamos um segredo oculto da Torá, quando você está dando uma doação na verdade você está “pegando” para você muito mais, ou seja, no mérito da doação Hashem te dá muito dinheiro!Gostaria de aproveitar esse assunto extremamente importante para recomendar a histórica Yeshivá de Petrópolis que por meio do seu Fundraising Reb Newton Levin nos mandou a seguinte carta:Prezado Rabino
Conforme nosso contato ontem pelo telefone segue abaixo um breve relato sobre a Yeshiva:Na véspera de comemorar 51 anos de existência contínua, a Yeshiva de Petrópolis vem formando bons judeus dentro dos princípios de educação básica e judaicos. O resultado desse trabalho pode ser reconhecido através dos ex-alunos, rabinos e lideres comunitários em varias comunidades no Brasil e no mundo.Somos enraizados no amor ao próximo independente de qualquer qualificação. A Yeshiva faz um trabalho comunitário ( tanto dentro como fora da nossa localização física) de aproximação de crianças, jovens e adultos judeus afastados dos ensinamentos da Torá nos quatro cantos do Brasil trazendo conhecimento dos bons princípios e ensinamento leis judaicas, costumes e datas festivas com respeito e total atenção.Em sua extensa área constituída em uma floresta nativa ecologicamente correta de 120 mil metros quadrados, a Yeshiva Colegial Machane Israel proporciona aos alunos o prazer de estudar tora e matérias laicas em um ambiente saudável, seguro e tranquilo, favorecendo uma educação judaica de forma única na qual os alunos aprendem a gostar dos estudos de Torá, praticando mitzvot continuamente e de como devemos agir mediante situações cotidianas dentro dos princípios das leis judaicas.A Yeshiva já recebeu visitas honrosas de vários lideres e Rabinos comunitários que deixaram sua benção para que o trabalho seguisse em frente. Dentre eles podemos citar o Lubavitcher Rebe que escreveu 26 cartas ao seu emissário no Brazil, Rav Chaim Binjamini, dedicando ao modo como a Yeshiva deve ser conduzida e temos certeza que essa incrível benção e ensinamentos estão perpetuados e seguidos todos os dias!A historia
Uma das mais antigas Yeshivot da América Latina, fundada em 1966, pelo rabino húngaro Chaim Binjamini nascido em Budapeste, em 1922 e sobrevivente do campo de concentração alemão de Bergen-Belsen. Ao desembarcar aqui em 1954, após ter trabalhado como agricultor em Israel e ter participado da guerra pela independência (1948) disse: “Depois de tantos percalços passados, nos sentimos bem no bairro de Carangola. Encontramos um lar”, ( palavras do Rabino Chaim Benhamini)A escola ocupa uma área de 120 mil metros quadrados e mais parece um hotel de montanha: tem bosques, quadras, piscinas, salão de jogos, refeitório, sinagoga, mikve (um reservatório de água construído em conformidade com a lei judaica) e alojamentos.Os meninos estão aptos para estudar na yeshivá a partir dos 12 anos, ou seja, pouco antes do bar mitzvah, a maioridade religiosa de um judeu. As turmas são pequenas: a partir do sétimo ano de ensino fundamentais até terceiro ano do ensino médio. A manhã serve para o ensino religioso, em português e em hebraico, como as aulas de Talmud, parte do judaísmo que explica significado e aplicações de leis ditadas pelo Pentateuco, a Torá. Depois do almoço e da oração da tarde, os alunos seguem ao estudo laico. Ao contrário do que se pensa, nem todos serão rabinos: vários irão prestar vestibulares e cursar uma faculdade. “Muitos ex-alunos, mesmo em profissões liberais, ocupam postos em instituições de educação judaica. A meta é repassar essa educação para a comunidade”, diz Abrahão Binjamini, filho do fundador que atua hoje (entre muitas tarefas) também como um dos professores da escola.Os rapazes ficam no colégio a semana inteira, exceto às sextas-feiras no período da tarde, logo após o almoço, quando vão para o centro de Petrópolis. “Eles visitam lojas e casas para levar mensagens do judaísmo e rezar”, explica Rav Binjamini. Na volta, prepara-se para o shabat, que começa no pôr-do-sol da sexta-feira e termina quando surgem três estrelas médias na noite do sábado. Nesse dia, o tempo é todo dedicado ao descanso e à oração.Em resumo:
“Muitos aprenderam a ler da esquerda para a direita, a escrever palavras como instrumentos de comunicação e assim, através de vários anos de estudos seculares, acumularam muitos conhecimentos para a vida profissional e bem estar material. Poucos, porém, tiveram a oportunidade de aprender a escrever da direita para a esquerda, a ler a língua sagrada da Torá e entender, desde a numerologia estabelecida a cada letra hebraica em especifico, até o significado espiritual mais abrangente da herança milenar da religião judaica.”🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷 MishpatimA Torá nos conta que a pessoa que matou alguém sem intenção é exilada para uma das “cidades de refúgio”. A linguagem do versículo é: “ele não teve intenção mas D’us colocou (esse acontecimento) na mão dele”. Mas porque D’us deixaria acontecer uma coisa dessas por meio dele? Disse o rei David:- “Como dizia o antigo provérbio, dos malvados sai o mal”. E aonde a Torá diz que dos malvados sai o mal? Nesse nosso exato versículo! “D’us colocou na mão dele” ou seja,uma coisa ruim que tem que acontecer, acontece por meio de uma pessoa ruim! Pergunta Rashi:- Sobre o quê o versículo está falando? Sobre duas pessoas , uma que assassinou sem intenção e outra que assassinou intencionalmente . Nos dois casos não haviam testemunhas e eles não receberam nenhum castigo. Então D’us faz com que eles se encontrem em um mesmo lugar. Esse que tinha assassinado intencionalmente está sentado embaixo de uma escada, esse que tinha assassinado sem intenção sobe na escada e sem querer cai sobre aquele que tinha assassinado intencionalmente matando ele sem intenção na frente de pessoas que testemunham esse acontecimento e ele é condenado à exílio. Final das contas, Esse que matou sem intenção é exilado e esse que matou intencionalmente é morto fazendo acontecer o Tikun , correção das almas que agora, depois desse Tikun ficam livres de pendências anteriores. Diz o Ari Zal que isso pode ser dividido em duas reencarnações, na primeira ele assassinou intencionalmente e na segunda ele foi morto sem querer e esse é o conserto e refinamento dessas duas almas. Essa equação é aplicada a qualquer caso e qualquer coisa determinando uma regra chamada “megalguelim zechut al yedei zacai vechová al yedei chayav” . Ou seja, lá de cima fazem uma coisa boa acontecer por meio de uma pessoa boa e uma coisa ruim por meio de uma pessoa ruim, e muitas vezes uma pessoa boa na reencarnação atual infelizmente tinha sido uma pessoa ruim na reencarnação anterior e carrega essa pendência sem saber, como é o caso que trás o Ari Zal na nossa Parashá sobre um dos inúmeros motivos espirituais pelos quais uma mulher tem um aborto . É o caso em que nessa reencarnação ou em alguma anterior ela concordou em fazer um aborto não por perigo de vida dela mas talvez por motivos econômicos ou sociais. Essa mulher carrega essa pendência. Outra pessoa cometeu uma transgressão passível de uma pena Divina chamada “caret” (redução das vida para menos de cinquenta anos) mas ela já estava velha e não tinha como passar por esse “caret”. Essa pessoa falece . A mulher que carrega a pendência do aborto engravida e o embrião recebe a alma dessa pessoa que precisa receber o caret . No final ela acaba abortando ele contra a própria vontade causando o “caret” dele e as pendências espirituais dele e dela são eliminadas e essas duas almas são purificadas.A mentira na visão judaica:Nossa Parashá diz : “Fique longe da mentira”! Se a mentira não é coisa boa por que a Torá não nos proíbe mentir , e se é coisa boa porque a Torá nos pede para ficar longe dela? Diz o Baal Shem Tov que a mentira é um veneno e de um veneno temos que ficar longe, mas um médico especialista sabe em que dose o veneno vira remédio e em que overdose ele volta a ser veneno. O exemplo disso na Torá é Aharon Hacohen que por meio de uma “mentirinha” conseguia fazer as pazes entre marido e mulher e entre duas pessoas que estavam brigadas. Ele era o médico especialista que sabia a dose certa do veneno para salvar a pessoa.Beit Hilel na Mishná diz que devemos dizer em qualquer casamento que a noiva é bonita e simpática (mesmo sendo feia e antipática) e muitos exemplos desse gênero encontramos nos livros judaicos. Por outro lado nem toda verdade é permitida pela Torá e muitas vezes a verdade é classificada como “leshon hará” (publicar uma coisa ruim sobre alguém) e o mito de que se é verdade é permitido falar foi refutado pelo judaísmo a ponto de o Chofetz Chaim ter escrito um livro inteiro sobre qual verdade é permitido falar e em que caso , para não ser considerado uma “leshon hará”. Ou seja, uma verdade que quando divulgada pode prejudicar alguém também é um veneno!Curiosidade : A frase “a mentira tem perna curta” que em português não tem nenhum sentido é de origem totalmente judaica, e o motivo é que cada uma das três letras da palavra mentira em hebraico tem um pé só (perna curta) enquanto que cada uma das três letras da palavra verdade em hebraico tem dois pés! Mais um sinal das origens judaicas dos bandeirantes brasileirosAtualidades :Visão judaica em relação a casamento entre dois homens (um com o outro). No judaísmo existem três fronteiras intransponíveis. Todo mandamento Divino tem a permissão para ser transgredido em caso de perigo de vida como no caso de um remédio não casher que se torna permitido ou ir de carro para o hospital no Shabat quando alguém está em risco de vida, fora três coisas: idolatria, assassinato e a categoria de relações proibidas que a Torá classifica como “guilui araiot” . Esses três mandamentos Divinos não podem ser transgredidos nem por motivo de perigo de vida e devemos morrer e não transguedi-los, por isso muitos judeus portugueses e espanhóis na época da inquisição morreram queimados em praça pública por se recusarem a fazer idolatria. O “guilui araiot” , categoria da qual uma relação marital entre dois homens faz parte , também entra nessa classificação de “morrer mas não fazer” e é proibido pelo judaísmo tanto quanto o adultério.🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷6babbb67-5bba-431e-8fed-f417fc711e0dYtroNossa Parashá nos conta que Ytró, o sogro de Moshe , levou sua filha Tzipora junto com os dois filhos dela para Moshe no deserto. Porque Ytró teve que se arriscar dessa maneira e não podia esperar Moshe vir pessoalmente buscar sua família?O Ari Zal nos conta que Ytró era a reencarnação de Caim e Moshe era a reencarnação de Abel. A Torá nos conta que Caim teve um filho com sua esposa e o chamou de Chanoch. Quem era essa esposa que a Torá não conta de onde ela nasceu ? E claro que ela não era sua própria mãe! Quando a Torá nos conta sobre o nascimento de Cain e Hevel aparece três vezes a palavra “et”. O Midrash decifra disso que junto com Cain nasceu uma irmã gêmea e com Hevel nasceram duas e elas seriam as futuras esposas deles. Cain ficou indignado por ter uma esposa só enquanto seu irmão teria duas , encontrou um motivo para briga justificando como sendo por um assunto religioso (de seu korban não ter sido aceito) e terminou assassinando seu irmão por achar que não tem no mundo nem lei e nem juiz e que nada vai acontecer .Os três se reencarnam novamente. Caim é Ytró, Abel é Moshe, e aquela gêmea, pivô da briga entre eles é Tzipora. Por isso Ytró tinha que tomar a iniciativa de ele levar Tzipora para Moshe, porque esse era o “Tikun” (conserto) da alma do Cain, devolver a “gêmea” e salvar o “irmão” para consertar o fato de tê-lo assassinado por causa dela. Ytró leva Tzipora para Moshe e por meio de seus conselhos salva a vida de Moshe de um infarto por stress delegando o trabalho de Moshe à milhares de juízes e construindo uma estrutura de governo jamais vista antes. Sendo que Cain tinha assassinado Hevel porque achava que o mundo não tem um juiz , essa parte da Torá que é chamada “Parashat Hadaianim” (“a Parashá dos juízes”) teve que chegar à nós por meio de Ytró, e assim ele “acrescentou” uma Parashá na Torá.Aprendemos daqui um ensinamento muito importante. Se até o próprio Moshe poderia ter terminado sua vida de maneira fatal por ter centralizado tudo envolta de si próprio , e foi salvo por Ytró que fez ele delegar seu trabalho à pessoas adequadas para essa função mesmo não sendo tão adequadas como ele próprio era , quanto mais nós, que muitas vezes encontramos pessoas muito mais adequadas do que nós para delegar funções de muito menos responsabilidade do que era a deles ! Então, vamos começar a nossa “descentralização” e salvar nossas próprias vidas!Nossos Sábios nos contam que Ytró optou por se converter ao judaísmo depois que ouviu sobre a abertura do mar vermelho e a guerra de Amalek . O que tem a ver a abertura do mar vermelho com a guerra de Amalek? A abertura do mar vermelho nos lembra o carinho que Hashem tem por nós, nos fazendo milagres revelados, cuidando de nós e nos protegendo . Depois de todos esses milagres enormes aparece o extremo dos povos , o mais prepotente e arrogante, e faz o que todos os outros povos gostariam de ter feito mas tinham medo, lutam contra nós! Ytró vê os dois extremos, o amor que D’us tem por cada judeu e a frieza dos povos do mundo, que mesmo vendo os milagres revelados que Hashem faz para nós , no lugar de se unir à D’us lutam contra ele , e qualquer meio termo sempre vai estar vinculado a um desses dois extremos, ou seja, os outros povos estavam felizes com a atitude de Amalek mesmo não tendo a coragem de fazer igual.A Torá nos conta que a guerra contra Amalek acontece em cada geração. Na prática ela aconteceu somente duas vezes e na época do Mashiach vai acontecer mais uma vez. Entre essa primeira guerra de Amalek no deserto e a segunda guerra na época do rei Shaul não tínhamos a Mitzvá de exterminar o Amalek até que fosse nomeado o primeiro rei de Israel. Depois que Shaul não fez isso totalmente, veio o rei da Assíria, Sanherib e misturou os povos nos tirando a possibilidade de saber quem é Amalek. Na época do Mashiach acontecerá a terceira guerra contra Amalek e depois disso eles já não existirão mais . Então, se são somente três guerras na história, como podemos cumprir o mandamento que nos foi dado na Parashá de lutar contra Amalek em cada geração? Diz o Rebe que esse assunto extremamente importante é totalmente espiritual. Amalek representa uma força espiritual negativa que chamamos de “Klipá”. Essa Klipá de Amalek causa a frieza e a insensibilidade em todos os assuntos espirituais. A consequência dela em cada um de nós é: mesmo vendo milagres no dia a dia, mesmo conscientes de que D’us está cuidando de nós o tempo todo como crianças pequenas, mesmo assim somos capazes de rezar com frieza, cumprir os mandamentos Divinos sem entusiasmo fazendo “nada mais que a obrigação”. Achando que mesmo Hashem tendo nos ajudado no passado com certeza ele não vai nos ajudar mais, e por último estudando Torá e cumprindo as Mitzvot SEM a mínima consciência de que D’us existe e achando que tudo está dependendo somente de nós. Assim era Caim , e agora dá para entender porque a guerra de Amalek sensibilizou tanto Ytró!Como lutar contra esse Amalek espiritual :1-Todo dia se conscientizar de que D’us existe, de que ele é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e de que ele está cuidando de cada um de nós e nos protegendo a cada instante!2- Rezar todo dia com muita alegria e entusiasmo e saber que Hashem está ouvindo com muito prazer cada palavra da nossa reza e está cheio de orgulho de nós!3-Cumprir os mandamentos Divinos com muita alegria , muito entusiasmo e muito capricho, sabendo que Hashem está cheio de alegria por cada mandamento que cumprimos!4- Se lembrar de todas as vezes que Hashem te ajudou no passado, se lembrar de todos os pequenos milagres do dia a dia e saber que agora Hashem vai te ajudar muito mais e te fazer muito mais milagres!E o principal, expulsar todos os pensamentos contrários aos quatro itens anteriores alinhando nosso intelecto dessa maneira todo dia e toda hora 365 dias por ano!🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷 BeshalachNossa Parashá nos conta sobre o maior dos milagres da saída do Egito que foi a abertura do mar vermelho. Os egípcios passaram pelas dez pragas de uma maneira passiva. As pragas chegavam e iam até que eles nos deixaram sair. A maior das atrocidades dos egípcios contra nós foi jogar os meninos judeus no rio Nilo. Agora chegou a hora de eles receberem o castigo sobre isso “midá knegued midá” (na mesma medida), o que eles fizeram D’us faria para eles. Nessa hora acontecem os maiores milagres. Eles se esforçam e correm para dentro do mar , mostrando que quando chega a hora de alguém receber um castigo lá de cima Hashem não precisa trazer esse castigo até ele mas ele próprio coloca como sua própria meta a coisa que sem ele saber vai trazer à ele a própria destruição. Por natureza a água em um lugar tão quente escorre para baixo , e aqui a água se transforma em muralhas de uma maneira sobrenatural e depois volta a ser água sobre os egípcios. Moshe e o povo de Israel vendo esse milagre tão grande fizeram uma Shirá, (uma Tefilá de agradecimento em forma de música) e cantaram ela com muita alegria. Nessa hora o povo inteiro estava unido (mais um benefício da muita alegria)! Essa Shirá se tornou parte da nossa reza de todos os dias do ano. No sidur do Shlá Hakadosh (Rabi Yeshaiau Halevi , um grande cabalista que nasceu em 1558) está escrito que temos que falar a Shirá na Tefilá com voz alta e com muita alegria (como eles falaram) e imaginarmos como se tivéssemos saído do Egito nesse instante. Está escrito no Zohar que o nosso mundo, o mais baixo, recebe tudo lá de cima, e se aqui embaixo estamos reluzindo de alegria nos sincronizamos com a alegria lá de cima e Hashem nos dá aqui embaixo todos os motivos para ficarmos reluzentes de alegria de verdade com muita fartura e prosperidade. Quando estamos alegres aqui embaixo trazemos para cá a alegria lá de cima e tudo fica bom de verdade.Conclusão, pegamos na Shirá o embalo para essa muita alegria, continuamos rezando com muita alegria e levamos essa muita alegria para todo o nosso dia “fazendo a diferença” !O Maguid de Mezritch nos contou que D’us tem um prazer enorme em ouvir as nossas rezas. O Maguid deu um exemplo de um grande Rei que tinha um passarinho que falava e o rei ficava muito alegre em ouvir o passarinho falar. Mesmo que o rei tinha  ministros e côrte que falavam com muito mais erudição do que o passarinho, ele ficava muito mais feliz em ouvir o passarinho falar , porque um ser humano falando é uma coisa normal mas um passarinho falando é uma coisa fantástica! Dessa mesma maneira, diz o Maguid, lá encima existem infinitos anjos que cantam muito bonito , mas nós somos o passarinho que fala! Uma Alma Divina dentro de uma alma animal dentro de um corpo material , isso “faz a diferença” lá encima. Então quando rezamos temos que nos lembrar que Hashem está prestando muita atenção em cada palavra que falamos (mesmo se falamos um pouco errado) e tem um prazer enorme em nos ouvir.Nossa Parashá nos conta também sobre o Man. O povo de Israel saiu do Egito com a comida que eles conseguiram carregar , mas na hora que a comida acabou , nessa hora ela começou a cair do céu ! Quando chegaram no “fim do caminho” o mar se abriu e quando a comida acabou ela começou a cair do céu nos ensinando que no judaísmo não existe “beco sem saída” ! Uma mãe está sempre cuidando das suas crianças, quanto mais Hashem está sempre cuidando de nós e não nos esquece por aí!🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷 BoNossa Parashá nos conta sobre as últimas pragas do Egito. A História do povo de Israel no Egito começa com Yossef que não só salva o Egito da maior crise internacional mas também o transforma na maior potência mundial . Os egípcios antigos não só que não agradeceram o povo de Israel por terem feito do Egito o país mais rico do mundo mas ao contrário, disseram que nós éramos como “espinhos nos olhos deles” e como um país rico da época antiga precisava de muitos escravos nós fomos “escolhidos” para sermos esses escravos! O Ari Zal nos contou que sendo que as almas do povo de Israel no Egito eram a reencarnação da geração do dilúvio, da torre de Bavel e de Sodoma e Gomorra, tínhamos que passar por esses sofrimentos para retificar as nossas almas daquelas pendências anteriores (e por isso não adiantou trazermos a prosperidade ao Egito, sem eles saberem, essa pendência espiritual foi  q fez eles nos escravisarem) . Depois que nossas almas já estavam puras e refinadas de todas as pendências anteriores, não só que os egípcios nos deixaram sair mas ainda nos deram jóias de ouro, prata e roupas caras . E o mais absurdo foi o jeito com que isso aconteceu. Todos no Egito sabiam que quando Moshe avisava que iria acontecer uma praga a praga acontecia. Moshe avisou que iria ter uma última praga aonde morreriam os primogênitos. Todos sabiam que isso iria acontecer, que um filho em cada família morreria. As mulheres egípcias costumavam “brincar” com os filhos das amigas , engravidavam deles e pensavam que era do marido, ou seja, muitos filhos em uma casa eram primogênitos sem que eles soubessem. Na meia noite quando aconteceu a praga dos primogênitos muitas crianças morreram em cada casa , e todos sabiam que o motivo disso eramos nós. Nessa exata hora fomos para as casas dos egípcios, batemos na porta e dissemos :- Estamos indo fazer uma festa no deserto e não é bonito irmos assim para a festa, com essas roupas pobres, sem jóias….
Nessa hora que nós, os “culpados” por todas essas mortes entram nas casas dos egípcios comunicando que precisamos de roupas caras e jóias para fazermos uma festa, nessa hora os egípcios deveriam nos chamar de”espinhos nos olhos”, mas aí aconteceu exatamente o contrário! Nessa hora eles ficaram cheios de amor e carinho por nós e nos deram jóias e roupas caríssimas, e só depois que fomos embora com beijos e abraços eles foram enterrar os filhos. Daqui vemos que o relacionamento dos povos do mundo com o nosso povo não têm nenhuma conexão com o que fazemos para eles mas sim com o que fazemos para D’us, tem a ver somente com as nossas pendências espirituais atuais ou anteriores!Milagres tão sobrenaturais como as pragas do Egito só aconteceram uma vêz na história ,se tivéssemos o mérito aconteceriam de novo na saída do exílio da Babilônia na época dos persas mas sendo que não tivemos o mérito Hashem inspirou o rei da Persia a nos deixar sair do exílio e construir o segundo Beit Hamikdash, mas milagres sobrenaturais muito maiores do que esses vai acontecer na Gueulá em breve nos nossos dias!O Ramban, Rabi Moshe Ben Nachman, foi um grande Tzadik que nasceu em 1194 em Girona na Catalunia . Ele nos explicou que o motivo que Hashem fez uma vez esses grandes milagres sobrenaturais foi para mostrar que Hashem dirige e renova o mundo e cuida de cada um de nós de uma maneira especial , não nos abandona ao acaso, e por meio da lembrança desses grandes milagres nós abrimos os olhos para ver os milagres do dia a dia e essa é a base de toda a Torá , de vermos que tudo o que acontece na nossa vida são Milagres , e tudo depende das nossas atitudes! Quando cumprimos os mandamentos Divinos os milagres acontecem! Então, vamos acrescentar no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot e os milagres vão acontecer!!!🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷 VaeráNa nossa Parashá D’us diz à Moshe que se revelou aos patriarcas com o nome de E-l Sha-dai (falamos Kel Shakai para não falar um nome de D-us em vão) e seu nome Y-H-V-H (o que chamamos de Hashem que quer dizer “o Nome”) não revelou para eles.
D’us está acima de todos os nomes, o que chamamos de “extrema simplicidade”, mas mesmo que sua essência está acima de todos os nomes, no lugar aonde você encontra a sua grandeza você encontra a sua humildade , e ele desce ao nível dos receptáculos das dez Sefirot de Atzilut e lá é chamado de E-L (Kel) na Sefirá da Chessed e Elo-him (Elokim) na Sefirá da Guevurá , em cada aspecto de revelação ele é chamado com um nome diferente. Quando a revelação Divina é diferente , queremos dizer com isso que o comportamento Divino em relação ao mundo também é diferente.Rabi Avraham Ben Meir Ibn Ezra foi um grande Tzadik que nasceu na Espanha no século 11 , fugiu dos árabes que perseguiram os judeus e viveu uma vida de muitas e longas viagens divulgando a Torá por muitos lugares. Ele nos explicou que existem três níveis de comportamento Divino diferentes :Quando D’us é chamado de Elokim (trocamos o H pelo K porque esse é um dos sete nomes de D’us que não podem ser apagados e nem falados em vão) isso quer dizer que Ele está atuando somente de acordo com as leis de natureza , dirigindo o mundo por meio de um sistema astrológico que aciona toda a natureza não levando em conta as nossas ações sendo elas boas ou não. (dentro disso os astrólogos antigos conseguiam saber antecipadamente certas coisas que iriam acontecer sendo que esse comportamento Divino independe das nossas ações)Quando D’us é chamado de Kel Shakai (novamente trocamos o H pelo K porque esse é um dos sete nomes de D’us que não podem ser apagados e nem falados em vão) isso quer dizer que Ele está atuando de maneira sobrenatural mas totalmente dentro da natureza , nesse nível ele está levando em conta nossas ações e fazendo a natureza agir à nosso favor quando nos comportamos bem (e o contrário está subentendido) , nos fazendo verdadeiros milagres mas totalmente revestidos na natureza, e esse foi o comportamento Divino com os Patriarcas. Nesse nível de revelação D’us pode prometer milagres sobrenaturais mas eles ainda não acontecem na prática , e por isso nosso patriarca Avraham até túmulo para a esposa teve que comprar por uma exorbitância mesmo que Hashem tinha prometido à ele aquela terra.Quando D’us é chamado de Havaie [Y-H-V-H] (vamos falar Hashem), isso quer dizer que Ele está atuando de maneira sobrenatural , surreal com milagres revelados que não tem nenhuma conexão com a natureza como no caso das dez pragas , (mesmo aquelas que superficialmente parecem naturais tem um fundo totalmente sobrenatural) . Esse comportamento Divino não depende de nenhuma forma das nossas ações boas ou não mas sim da nossa origem. Esse nível de revelação é específico para o povo de Israel, como o próprio D’us diz para Moshe que vai cumprir o que prometeu à Avraham , ou seja , recebemos os milagres sobrenaturais no Egito porque éramos descendentes de Avraham e não pelo nosso próprio mérito, pela essência de sermos judeus que é relacionada à nossa alma.Conclusão: hoje que se passaram mais de 3300 anos da saida do Egito vimos que o único povo que saiu de lá dessa maneira sobrenatural fomos nós , mesmo que o continente africano sempre foi cheio de genocídios interpopulacionais e muitos povos tiveram que fugirr de um lado para o outro e com certeza a Divina providência levou em conta as ações de cada um e o comportamento Divino é “midá knegued midá”, mas milagres sobrenaturais como o rio Nilo se transformar em sangue ou uma grande rã dar origem à milhões de rãs que entravam nos fornos , contrário da natureza animal, ou a terra se transformar em piolhos, isso só aconteceu para nós e não por causa das nossas ações mas por causa das nossas almas judias. Hashem atendeu aos gritos do nosso povo do para antecipar os milagres sobrenaturais que já estavam prometidos . O mesmo acontece agora que estamos antes da Gueulá, nossa Redenção final . Até agora os milagres do Egito tinham sido os maiores e mais surreais que a humanidade já presenciou, a nossa Gueulá vai colocar os milagres do Egito em segundo plano de tão sobrenaturais que vão ser. Então pra que esperar , vamos dar os nossos gritos agora e antecipar para imediatamente os maiores milagres sobrenaturais que o mundo nunca viu!!!

 Shemot

Nossa Parashá nos conta fatos da escravidão no Egito e entre eles que Moshe se revela como o defensor do nosso povo fazendo duas boas ações:
1- Salvou a vida de um judeu que quase morreu chicoteado mesmo que para isso Moshe teve que arriscar a própria vida matando e enterrando o egípcio que estava tentando assassinar aquele escravo judeu.
2- deu uma grande bronca no judeu que salvou quando o viu depois de salvo batendo em outra pessoa .
Quando esse ingrato recebeu a bronca , ameaçou delatar Moshe pelo próprio fato de que o único jeito de poder salvá-lo foi matando o egípcio . Moshe ficou com medo de que o incidente fosse descoberto. No próximo versículo a notícia já chega ao faraó e Moshe foge para Midian!

Diz o Rebe que o fato de Moshe ter ficado com medo e não ter tido segurança na proteção Divina, não ter confiado que iria acontecer o milagre de essa notícia não chegar ao faraó, o fato de ele não ter tido “Trust in G-d” isso foi o que causou para ele esse problema, mas se ele tivesse se apoiado na absoluta confiabilidade Divina isso não teria acontecido.

Pior ainda , ele expressou esse medo e essa preocupação com palavras mesmo sabendo que de boas ações não saem más consequências, mas se ele tivesse tido plena confiança em D-us e não se preocupasse nem um pouquinho com a situação que se encontrava, isso próprio faria com que esse fato fosse esquecido por todos e tudo estaria bem de forma boa e revelada.

Moral da história:De vez em quando pensamos :-“E se acontecer alguma coisa errada?

Nessa hora devemos nos lembrar que a única coisa errada que aconteceu foi o fato de pensarmos assim!

Ou seja, esse tipo de pensamento foi a coisa errada!

Esse pensamento é um desperdício de ânimo e esforço .

Devemos nos lembrar que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e com certeza D’us vai fazer com que tudo dê certo mesmo que o ser humano não imagina como isso vai acontecer.

Isso não vai contra o décimo primeiro princípio da nossa fé que “o Criador recompensa aqueles que cumprem Seus preceitos e pune quem os transgride” porque quando temos a segurança de que Hashem vai nos ajudar , essa segurança já é o motivo da ajuda, D’us está nos recompensando por essa Mitzvá do “Bita’hon” que consiste , não em acreditar que tudo o que D’us faz é para o nosso bem (Emuná) mas sim que D’us vai fazer para nós o que é bom aos nossos olhos de maneira revelada (Bita’hon) !

Expressamos essa confiança em D’us por meio da nossa alegria e tranquilidade por pior que seja a situação.

Alegria é energia!

Quando estamos alegres, expressamos por meio disso nossa confiança em D’us.

Alegria em situações preocupantes demonstram que confiamos em D’us e por isso não nos preocupamos com nada e estamos com fé total que tudo vai dar certo.

A atitude de estarmos alegres e confiar em D’us tem a força de mudar a realidade e fazer com que as coisas ruins desapareçam e o bem oculto no mundo se revele. Sendo assim temos que estar alegres e tranquilos o dia inteiro!

Cada um de nós, (tanto homens quanto mulheres) tem que se lembrar que D’us, bendito seja, não só dirige o grande mundo, mas dirige sem dúvida alguma também o pequeno mundo de cada um e um de nós.

E da mesma maneira que ele dirige o universo de acordo com o que ele vê que é bom para o universo, assim dessa mesma maneira ele dirige o nosso mundinho particular de acordo com o que ele está vendo que é bom para nós .

Temos que confiar nele que com certeza ele dirige o nosso mundo pequeno de um jeito bom.

Uma mãe não esquece o seu nenê no supermercado, D’us nunca se esquece de nós.

D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, por isso podemos começar o dia confiantes de que tudo vai dar certo, confiar no Criador e Administrador do mundo, que toma conta de cada um de nós particularmente e que não existe um lugar aonde ele não se encontra.

E como exemplo nos perguntamos:- Será que podemos ficar tristes quando estamos na presença de um grande e bom Rei , um Rei cheio de bondade verdadeira ?

Claro que nesse caso não temos mais com o que nos preocupar e do que teríamos que ter medo se estamos na sala do Rei.

O exemplo está claro, e principalmente pelo fato de não ser um exemplo mas sim uma verdadeira realidade, e muito mais do que no exemplo, infinitamente maior e maior, acima e acima disso.

Uma mãe não esquece o seu nenê no supermercado , quanto mais D’us não nos esquece por aí mas está cuidando de nós a cada instante !

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 Vayechi

Nossa Parashá nos conta que Yaakov “viveu” dezessete anos na terra do Egito. Porque em outros lugares está escrito que ele só morou e no Egito está escrito que ele viveu? Porque depois de ter adquirido e feito o conserto da alma do Adam Harishon sofrendo aonde ele morou como vimos na Parashá anterior, agora que está com ela pura e refinada com toda a energia e intensidade do seu alto nível se revelou à ele o paraíso do próximo mundo aqui nesse mundo!Yaakov foi a primeira pessoa a ficar doente na história do mundo.A Guemará nos conta que antes de Yaakov , quando chegava a hora da pessoa falecer ela falecia com toda a sua vitalidade , dava um espirro e falecia . O Midrash (um livro sagrado de dois mil anos atrás) nos conta que essa é a origem do motivo que falamos “saúde” para a pessoa que espirra .Yaakov pediu para Hashem fazer a pessoa ficar doente antes de falecer para ele saber antecipadamente que iria morrer e poder dividir a herança em vida , a Tefilá de Yaakov foi aceita e ele ficou doente. Yossef foi chamado para visitar o pai que adoeceu . A linguagem do versículo é :”eis que” seu pai está doente”. Diz o Ari Zal que a palavra “eis que” tem um valor numérico de 60 (a numerologia só é aplicada à Torá escrita) e isso vem nos indicar que a pessoa que vem visitar o doente tira 1/60 da doença dele. Por isso quando Yossef veio visitar seu pai , Yaakov se levantou, já se sentiu um pouquinho melhor! O Ari Zal diz que isso só acontece na prática quando a pessoa que vem visitar é seu “ben guiló” , ou seja, alguém que tem o mesmo “Mazal” que o doente, que nesse caso era Yossef. Isso também é válido para os nossos dias e sendo que não sabemos quem é o “ben guiló” de quem, dizemos que todos que visitam um doente reduzem 1/60 da doença dele, então, vamos fazer sempre essa Mitzvá!Yaakov abençoou seus filhos antes de falecer. Diz o Ari Zal que Yaakov recebeu a alma do Adam Harishon e Reuven que era o primogênito de Yaakov recebeu a alma de Cain que era o primogênito do Adam Harishon. Quando Reuven quis tirar Yossef do buraco e devolver ele ao seu pai tentou salvar seu irmão e assim consertou o pecado de Cain que matou seu irmão. O Midrash nos conta que Cain nasceu com uma irmã gêmea e seu irmão Hevel com duas. Aquela geração iria se casar com as irmãs, e Cain que era o primogênito achou que merecia duas mulheres e Hevel teria que ficar com uma e por isso Cain matou Hevel. Por isso Yaakov na sua benção para Reuven cita o caso de Bilá que causou para Reuven não ter feito o conserto total da Alma do Cain. Cain teve que se reencarnar novamente como Ytro. Moshe Rabeinu era a reencarnação de Hevel e Tzipora sua esposa era aquela gêmea de Hevel. Ytro traz Tzipora para Moshe no deserto e assim terminou o conserto da alma do Cain.A brachá de Shimon e Levi foi a maldição à raiva deles , porque nós, o povo de Israel, somos piedosos e a ira não combina com a nossa natureza, por isso Yaakov chama eles de ladrões se referindo à agressividade deles que não fazia parte da natureza deles , mas era como um roubo na mão deles, algo que não pertencia à eles. Só um POUQUINHO de ira não justificaria toda essa bronca, por isso Yaakov especifica no versículo o fato de essa ira ter sido dura e forte. A solução para isso também foi dada na Brachá que eles receberam, Yaakov abençoou eles a se espalharem pelo povo de Israel. Dizem nossos Sábios que a tribo de Levi se espalhou por todo Israel ensinando Torá para todo o povo, e diz o Rambam que cada um que assumiu essa função hoje é comparado a um Levi. Talvez por isso nosso grande Rabino e professor na Yeshivá de Kfar Chabad em Israel (onde estudei sete anos) Rabi Mendel Futerfas (1906–1995) nos disse uma vez em um farbrengen(vide Google) com um sorriso de ponta a ponta :- Meninos , vocês são como adubo orgânico (uma coisa que as vacas fazem…) , quando você saírem daqui vocês vão se espalhar pelo mundo inteiro fazendo o mundo florescer! Mas agora que vocês estão todos no mesmo lugar…. e falou algo em yidish…(se referindo ao cheiro de de uma montanha de esterco……) . E aconteceu! (de termos nos espalhado pelo mundo). Todos os anos me encontro com a minha classe da Yeshivá no congresso rabínico internacional e todos estão espalhados pelo mundo fazendo um trabalho maravilhoso, ensinando Torá para todos e fazendo florescer as comunidades judaicas do mundo inteiro!!!Conclusão, vamos ficar sempre longe da ira (muita calma nessa hora!!)🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷VaygashNa nossa Parashá Yaakov chega ao Egito e é apresentado por Yossef ao faraó. Quando o Faraó pergunta à Yaakov qual é a sua idade ele responde :- “Os dias da minha vida foram poucos e ruins.”..  Porque a vida de um Tzadik tão grande como Yaakov , o maior dos patriarcas, foi tão ruim? A resposta para isso é dada pelo Ari Zal. Diz o Ari Zal que os patriarcas são chamados de patriarcas porque o primeiro homem, Adam Harishon, que era o patriarca da humanidade inteira se reencarnou em Avraham , Itzchak e Yaakov. Sabemos que o primeiro homem antes de fazer a primeira transgressão da história do mundo não tinha Yetzer Hará . Ele fez um erro de avaliação. Achou que o mundo já existia antes de D’us e D’us se tornou D’us por ter comido a fruta proibida, e se ele comesse essa fruta ele também seria D’us. Esse ato foi considerado idolatria e o nível “Nefesh” da Alma do Adam Harishon se reencarnou em Avraham Avinu que fez a retificação dela divulgando ao mundo que somente D’us cria e dirige o universo e somente para Ele devemos rezar, lutando a vida inteira conta a idolatria. Quando o Adam Harishon comeu a fruta proibida ele trouxe a morte para si e para o mundo. Esse ato foi considerado assassinato e o nível “Ruach” do Adam Harishon se reencarna em Ytzchak que faz a retificação dele. A pior parte foi a de Yaakov. Chavá deu a fruta proibida para Adam e ele a culpou por tudo o que ele fez de errado (hoje em dia os homens já não são mais assim…) e se separou dela por cento e trinta anos. Nesses cento e trinta anos ele teve “sonhos eróticos” e … vamos chamar a outra coisa de “acidentes hidráulicos” (só acontece quando um homem tem um sonho dessa categoria…) e sendo que nessa hora se unia a ele a esposa da “coisa ruim” (a coisa ruim é o anjo da morte) e ainda mais, ele teve muito prazer nisso e “ela” deu a luz à coisas como ela mas com Almas Divinas que o Adam tinha a capacidade de trazer durante essas “relações” , por isso esses cento e trinta anos foram considerados “relações proibidas”. Diz o Ari Zal que esses cento e trinta anos que Yaakov sofreu foi a correção daqueles cento e trinta anos que Adam Harishon teve os prazeres proibidos, sendo que o nível mais alto do Adam, a “Neshamá” foi retificada por Yaakov que é o conserto final da Alma do Adam Harishon. Quando Yaakov terminou esse conserto e a alma do Adam Harishon já estava totalmente refinada, então Yaakov desce ao Egito aonde vai começar agora a retificação de todas aquelas almas Divinas que foram trazidas ao mundo naqueles 130 anos que Adam se separou de Chavá , eles seriam o povo de Israel que nasceu no Egito e a “erev rav”. Quando os egípcios já não tinham mais como pagar pelo trigo e pagaram para Yossef com a própria terra e se venderam à Yossef como escravos , Yossef fez com que eles mudassem de terras entre si causando entre os próprios egípcios um exílio e ordenou à eles fazerem Brit Milá começando assim a retificação da “erev rav”. Por isso Yaakov disse ao faraó que os seus cento e trinta anos foram poucos e ruins, já que tinham que ser ruins ele agradeceu que foram poucos, mas a partir do momento em que a alma do Adam Harishon estava pura e refinada no corpo de Yaakov, então Yaakov já começa a viver no paraíso mesmo  estando ainda nesse mundo, mas esse é o tema da Parashá da próxima semana!🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷  Miketzimg_5271-2O Zohar nos conta que nossa Parashá começa com a palavra Miketz (que quer dizer no final) indicando que D’us colocou um limite final para a escuridão (para as coisas ruins). Essa estrutura de escuridão que chamamos de “O lado esquerdo” é composta pelo anjo da morte e suas “ramificações” que ficam “perambulando” entre nós e o tribunal Divino, tentando nos desviar dos mandamentos Divinos nesse mundo e nos acusando no tribunal Divino de termos nos desviado. Essa estrutura espiritual (que já não vai mais existir nos tempos do Mashiach) é responsável por todos os sofrimentos do mundo, mas graças à D’us existe um limite para esses sofrimentos tanto em relação aos nossos sofrimentos pessoais quanto aos sofrimentos do nosso povo, e vemos aqui que quando chega o limite até o Faraó do Egito que é a “grande serpente” se vira à nosso favor.Por que o Faraó deu tanta importância à um sonho? Daqui vemos como D’us dirige o mundo! Sendo que Hashem tinha escolhido esse meio para se comunicar com o Tzadik da geração , o mundo inteiro passa a funcionar dessa mesma forma , começando pela “super potencia mundial” que era o Egito. O faraó sonhou com sete vacas tão lindas e amigáveis que ele nunca tinha visto igual, mas contou sobre elas em resumo. Quando chegou ao assunto das “vacas magras” detalhou e enfatizou ao extremo deixando bem claro que ele nunca tinha visto vacas tão ruins assim em toda a terra do Egito. Diz o Rav Moshe Weber (um grande Tzadik que viveu em Yerushalaim) que as pessoas ruins gostam de falar sobre coisas ruins e por isso ele se entusiasmou e detalhou o assunto das vacas magras ! De vez em quando temos que fazer um check up nas nossas conversas para ver se não estamos nos tornando um “faraózinho” ou uma “faraózinha” e nos exercitar a falar só coisas boas e animar todos à nossa volta de uma maneira casher !Rabi Shimon Bar Yochái nos conta que todas as ações Divinas são interligadas . Antes de criar o ser humano D’us criou tudo o que ele necessitava e depois o trouxe à um mundo onde não faltava nada. Aqui também , Hashem tinha prometido ao nosso patriarca Avraham que sairíamos do exílio com muitas riquezas . Quando Yossef desceu ao Egito não haviam lá muitas riquezas.  Hashem fez com que o mundo inteiro precisasse comprar comida no Egito até o Egito se encher de grandes riquezas, e aí  trouxe Yaakov ao Egito quando as grandes riquezas já estavam lá prontas para sair com o povo de Israel. E assim Hashem faz sempre, cria a cura antes da doença. De vez em quando passamos por certas situações que para sair dela a solução teria que estar preparada antecipadamente, não se preocupe, Hashem já fez isso para você!O Zohar nos conta que Rabi Aba estava sentado no portão da cidade de Lod quando viu uma pessoa que chegou cansado do caminho , sentou em uma saliência da montanha e adormeceu. Repentinamente apareceu uma cobra venenosa e veio picar ele. Antes que Rabi Aba pudesse dar um grito a cobra foi atacada por um réptil que a matou e foi embora. O homem abriu os olhos , viu a cobra morta pelo veneno do réptil e pensou que estava viva. De vagarzinho saiu daquele lugar para não atrair a atenção da cobra. Logo que ele saiu, a saliência desabou para o precipício e ele se salvou. Vendo tudo isso, Rabi Aba se aproximou dele e disse :- Me conta o que você faz de tão bom porque não foi à toa que Hashem te fez esses dois milagres! :- Não ouve uma só vez em toda a minha vida, respondeu o homem, que alguém me fez o mal e não reconciliei com ele e o desculpei . E mais, se não pudesse fazer as pazes com ele (em casos extremos temos que manter distância de alguém) não fui dormir até ter desculpado à ele e à todos os que me fizeram sofrer, e não pensei em nenhuma parte do dia sobre o mal que eles me fizeram. E mais, a partir daquele dia me dediquei à fazer o bem à eles ! Rabi Aba chorou de emoção e disse:- As boas ações desse homem são maiores do que as de Yossef ! Porque no caso de Yossef eles eram seus irmãos de verdade e ele tinha que ter piedade deles, mas o que fez esse homem é maior do que fez Yossef, e foi bonito de Hashem ter feito para ele um milagre encima de outro milagre!Chanucá:
Os greco-sirios tinham decretado contra nós para não guardarmos o Shabat, não fazermos Brit Milá e Rosh Chodesh (o Rosh Chodesh determinava os dias das festas judaicas, sem saber quando era o Rosh Chodesh não teríamos como comemorar as outras festas) . Por isso Hashem fez com que o milagre de Chanucá tivesse oito dias que representa o Brit Milá, contém obrigatoriamente pelo menos um Shabat e dentro desses oito dias temos o Rosh Chodesh!Shabat Shalom , Chodesh Tov e Chanucá Sameach!
As velas de Chanucá devem ser acesas antes das velas de Shabat na sexta feira e tambem depois da saída do Shabat e Havdala no Sábado à noite.🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷 

Vayeshev

O segredo do Mazal

O Zohar nos conta que de vez em quando vemos um Tzadik sem “Mazal” . O motivo para isso é que Hashem “refina” o Tzadik nesse mundo por meio de sofrimentos para que ele tenha um “gan éden” maior e isso é chamado de “sofrimentos de amor”.

Sabemos que a She’hiná (Presença Divina) não paira onde há tristeza mas somente onde há alegria proveniente do lado da pureza, “Alegria de Mitzvá”, como vemos no caso do profeta Elishá que precisou de um músico para alegrá-lo para que a She’hiná pairasse sobre ele e ele pudesse falar a sua profecia.

Nesse caso ouvir a música se tornou a Mitzvá de fazer com que a She’hiná pairasse sobre ele por meio da alegria.

Aprendemos isso de Yaakov , que por estar triste em achar que Yossef tinha falecido causou à She’hiná deixá-lo , e quando ele se alegrou com a notícia de Yossef estar vivo a She’hiná voltou para ele.

Então , pergunta o Zohar , como pode Hashem deixar o Tzadik sofrer se isso causa a ele a falta de alegria.

E também , por outro lado, vemos Tzadikim que tudo na vida deles dá certo , eles tem “Mazal”, e se o motivo de ele ter mazal é o fato de ser um Tzadik filho de um Tzadik (o mérito do pai ajuda ele) Yaakov que era filho e neto de Tzadikim , por que sofreu tanto ?

O Zohar nos conta sobre um livro da antiguidade chamado “livro dos antepassados”. Esse livro revela que o segredo do Mazal é ligado às Sefirot .

Tem vezes que o Mal’hut (Sefirát Hamal’hut) que é o nível de Revelação Divina chamado de She’hiná está com uma falha causada pelas más ações do mundo e não se une a Tiféret para receber dela novas Neshamot (almas judias) (o Zohar chama o Zeer Anpin de Tiferet) mesmo assim o Mal’hut tem que enviar para o mundo as Neshamot que já recebeu da Tiféret quando estava unida a ela e que ficam no Mal’hut por doze meses.

Essas Neshamot que descem para o mundo quando o Mal’hut está em estado de Guevurá e separado da Tiféret vão estar sempre sofrendo nesse mundo .

A pobreza e os problemas a perseguem continuamente por toda a sua vida tanto se ele é um Tzadik ou não ele não tem “Mazal “, e o único jeito dele “repor” essa falta crônica de Mazal é investindo na Tefilá sendo que por meio da nossa Tefilá causamos uma união entre a She’hiná e a Tiféret e essa união faz com que a Tiféret que é comparada pelo Zohar ao sol ilumine o Mal’hut que é comparado pelo Zohar à lua que só tem o que recebe do sol .

A Tiféret repassa um “brilho” de riqueza para a She’hiná, esse “brilho” ilumina na raiz da nossa Neshamá e por meio disso a She’hiná inverte o que nos foi decretado de pobreza e sofrimento para riqueza e sucesso em tudo.

Sendo que o Mazal dessa pessoa não se transforma totalmente por meio da Tefilá mas é “remediado” essa pessoa sempre vai ter que rezar “forte” diariamente toda a sua vida para repor essa “falta” .

A Neshamá que desce para o mundo quando o Mal’hut está unido com a Tiféret sempre vai ter sucesso em tudo! Família , saúde , dinheiro e tudo o que precisar por causa de uma das Sefirot que fazem parte desse grupo que o Zohar chama Tiferet, essa Sefirá é chamada de Issod que é apelidado de “Mazal”.

Ela que repassa fartura e prosperidade quando o Mal’hut está unido com esse conjunto chamado Tiféret , toda a felicidade, riqueza e tudo de bom está ligado à Sefirat Haissod que é o Mazal.

A falta dessa ligação causa uma falta de “Mazal” em tudo, e sobre isso estudamos que :- Filhos, saúde e dinheiro não dependem das nossas ações mas dependem do Mazal.

Sendo que a falha na Shechiná (Mal’hut) causou isso para esses Tzadikim , Hashem está sempre unido à eles , não deixa eles nem por um momento e sofre com os sofrimentos deles. Isso é o que está escrito : “Hashem está próximo dos que tem o coração quebrado” , porque eles sofreram junto com Hashem a falha da Shechiná causada pelas más ações desse mundo.

Sendo que o Mal’hut é comparado a lua e esses Tzadikim sofrem por causa dessa falha , quando a falha da lua (Mal’hut ) for consertada e a luz da lua ficar como a luz dos sete dias da criação (extremamente maior que a luz da lua) esses Tzadikim também usufruirão desse nível de revelação que é extremamente maior do que os outros níveis .

Essa falta de Mazal não precisa ser aplicada ao extremo, por isso o Zohar coloca o Rabi Shimon Bar Yo’hái também nessa classificação como Yaakov sendo que Rabi Shimon teve que fugir dos romanos por treze anos.

O próprio exílio de quatrocentos anos que foi decretado no pacto com Avraham Avinu começou com o nascimento de Itzhak e as mudanças de lugar que eles fizeram foi considerada como exílio e poderia ter passado assim por quatrocentos anos diz o Zohar , não fosse o ódio dos irmãos por Yossef que causou um agravamento total no exílio

Em nosso exílio atual que foi causado por ódio gratuito isso fica mais grave ainda, sendo que sairemos desse exílio por meio de amor gratuito, então o principal trabalho da nossa geração é despertar o amor ao próximo e ajudarmos uns aos outros como é a característica natural do nosso povo de sermos tímidos , bondosos e gostarmos de fazer favores.Conclusão :

A Tefilá e o amor ao próximo podem transformar o nosso Mazal é até uma viagem de férias pode ser considerada um exílio ! Hashem é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem , e por isso , mesmo que o nosso Mazal não é dos bons não temos com o que nos preocupar. Acrescentando em Tefilá e boas ações qualquer decreto pode ser substituído por meios que só Hashem sabe fazer

Vaishlach

Nossa Parashá nos conta que Yaakov lutou contra um anjo e venceu. Como pode Yaakov ter lutado contra um anjo, uma criatura espiritual, e porque Yaakov precisou da benção desse anjo que era nada mais nada menos que o anjo de Essav? Diz o Zohar que o anjo para poder interagir nesse mundo é obrigado a se revestir em uma forma material e por isso Yaacov conseguiu materialmente lutar contra ele e vencer. Yaakov insistiu para que o anjo concordasse com o fato de as Brachot pertencerem à ele para que esse anjo não se tornasse lá encima um Kitrug (um anjo promotor) contra o povo de Israel acusando no tribunal Divino de termos roubado a prosperidade de Essav.O Zohar nos conta que Yaakov não quis ter proveito dessas Brachot nesse mundo e as guardou para os tempos do Mashiach. Por enquanto Essav se aproxima com 400 homens para atacar Yaakov….. e agora? Como se faz para receber um milagre e ainda guardar os méritos para os tempos do Mashiach? Tefilá! Yaakov reza para Hashem ajudá-lo e não precisa usar seu mérito e dele aprendemos algumas regras básicas: Aprendemos que quando rezamos devemos explicar e especificar o que queremos de maneira clara e detalhada. Hashem está em todo lugar e sabe o que queremos mesmo sem pedirmos, mas aprendemos com Yaakov que para recebermos alguma coisa sem pedir necessitamos de um grande mérito lá em cima que até o próprio Yaakov, o maior dos patriarcas preferiu não usá-los enquanto não fossem extremamente necessários. E se até Yaakov que tinha de verdade esse mérito preferiu guardá-lo para que possamos usá-lo nos tempos do Mashiach e por isso rezou detalhadamente para não precisar usar aquele mérito, quem somos nós para esperar que Hashem faça um milagre sem pedirmos. E mesmo que muitas vezes Hashem nos faz verdadeiros milagres em coisas que nem chegamos a saber, mesmo assim o certo é pedirmos detalhadamente quando sabemos o que precisamos, e isso por dois motivos: Se não rezarmos talvez o milagre não aconteça, e se acontecer, ele poderá ser descontado dos nossos méritos,

Por isso, diz o Zohar, Yaakov detalhou a sua reza dizendo: – “Me salve por favor” (talvez de Lavan?) “do meu irmão” (parentes eram chamados de irmãos!) “de Essav” (e o motivo que eu preciso disso?) “para que ele não venha e ataque mulheres e crianças”.

Mesmo que essa reza foi curta, somente três versículos, vemos que ela conteve todos esses detalhes e foi eficiente. Nós próprios somos a prova ”viva” de que a Tefilá dele funcionou !

Se é assim, porque a melhor reza para resolver qualquer problema de saúde, financeiro, de família, social ou de qualquer outro tipo , é ler Tehilim que não estão especificando nenhum dos seus pedidos , como pode ser que ele serve para tudo?

Como pode ser que você lendo uma súplica do rei David pedindo para Hashem o salvar de Shaul isso vai ser considerado como se você tivesse pedido detalhadamente e da maneira mais correta possível tudo o que você tinha intenção em pedir?

Sobre isso diz o Zohar na nossa Parashá:- “Venha e veja, nesses Tehilim que falou David existem segredos e assuntos elevados nos segredos da sabedoria, sendo que todos foram ditos por meio do Ruach Hakodesh, Revelação Divina que pairava sobre David e então ele os cantava , portanto todos os Tehilim foram ditos por meio de segredos da sabedoria” .

Ou seja, quando você lê os Tehilim em hebraico você está expressando o seu sentimento e o pedido do seu coração da maneira mais profunda possível.

Mesmo assim é bom depois do Tehilim fazer o seu pedido explicito e detalhado como o fez Yaakov!

Fora a reza Yaakov se preparou para uma guerra e também mandou presentes para Essav. A Tefilá tem que recair sobre uma ação material, rezamos para que o nosso trabalho dê frutos, pedimos para Hashem nos dar sucesso no que fizermos.

Essav aceitou os presentes e depois quis devolvê-los mas Yaakov não os aceitou de volta porque sendo sua Tefilá aconteceu por meio desses presentes , se os presentes fossem devolvidos talvez a Tefilá tivesse que recair sobre a guerra que era a outra opção,  daqui aprendemos que quando perdemos algo é porque estamos ganhando lá de cima uma bondade ainda maior mesmo que não percebemos

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Vayetze

Nossa Parashá nos conta que Yaakov Avinu teve que fugir de Beer Sheva para Haran e quando se deitou no meio do caminho teve uma visão profética. Ele viu uma escada da terra aos céus e anjos subindo e descendo por ela.

A linguagem do versículo é primeiro subindo e depois descendo, e a pergunta é: O que esses anjos estavam fazendo na terra se o lugar deles é no céu ?

O Midrash Rabá nos conta que eles eram dois dos três anjos que vieram visitar nosso patriarca Avraham Avinu e depois dois foram para Sdom. Diz o Midrash que por motivo de terem feito o contrário da vontade Divina revelando o segredo da destruição de Sdom ou por terem tido o orgulho de dizer :- “Nós vamos destruir a cidade”, levaram uma “suspensão” e foram proibidos de voltar aos céus por 138 anos e só foram autorizados a subir de volta quando Yaakov viu aquela escada.

Pergunta o Rebe, como pode ser que um Anjo bom que não tem livre arbítrio pode fazer o contrário da vontade Divina? A resposta é simples , eles não sabiam que isso era o contrário da vontade Divina !

Eles fizeram contra a vontade Divina achando que isso era a vontade Divina.  Qualquer criatura, mesmo um Anjo ou uma criatura mais elevada é impossível que seja totalmente perfeito , como diz a conhecida explicação de Rashi no Midrash Rabá sobre o versículo “Asher Bará Elokim Láassot”.

Rashi traduz a palavra “Laassot” como consertar. Ou seja, tudo o que D’us fez ainda precisa de um consertozinho, e se ainda é preciso fazer alguma coisa em tudo o que D’us fez quer dizer que nada é perfeito, portanto tudo o que D’us fez é  passível de erro e será que existe alguma coisa que D’us não fez?

Um exemplo disso é o primeiro homem. Mesmo tendo sido diretamente criado por Hashem (e não cópia de cópia como nós) e o tempo em que ele foi criado era antes de comer a fruta proibida e receber o “yetzer hará” (má inclinação) , mesmo assim tropeçou e caiu no caso “escândalo da fruta proibida”.

Com certeza tinha uma justificativa, como ele próprio disse :- “a mulher que você me deu….”. Ou seja, o primeiro homem que não tinha Yetzer Hará achou que Hashem iria ficar feliz de ele ter obedecido à Havá que era a “Mãe de todas as criaturas” , Havá imaginou que se ela comesse a fruta e ficasse como Hashem seria um orgulho para o Criador e erraram porque Hashem queria que eles ficassem como Hashem em “Kedoshim Tichiu” , em coisas boas , não em vivenciar a “coisa ruim”. Fizeram um erro de avaliação sem ter feito ainda o primeiro pecado e ter recebido uma má inclinação .

Ou seja, ninguém é perfeito, todos nós somos passíveis de erros de avaliação, um Anjo do nível de Gavriel faz um erro de avaliação , um ser humano criado pelo próprio D’us sem Yetzer hará faz um erro de avaliação , o que dizer sobre nós , geração descartável , será que existe entre nós alguém que D’us não criou e portanto é perfeito ?

Mais provável que alguem se ache perfeito , ou se achava até ler o Rashi do Midrash Rabá ! A nós só resta não cobrar perfeição do nosso próximo , não cobrar dele o que D’us não criou e julgar ao nosso próximo com bons olhos porque da mesma maneira que julgamos o nosso próximo assim somos julgados lá em cima.🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷

Toledot

“E amou Itzchak a Essav…”

O Zohar nos conta que Avraham era a Chessed (bondade) em pessoa , Itzchak pelo contrário era a Guevurá (rigidez) em pessoa. Não que isso fizesse dele uma pessoa ríspida ou seca, D-eus nos livre , ele se comportava como tinha sido educado pelo seu pai, mas na essência ele era Guevurá total . Esse é o motivo de acordo com o Zohar que ele amava Essav mais do que aos outros, sendo que de uma maneira natural a pessoa gosta de quem é igual a ela. Será que Itzchak não suspeitava do comportamento de Essav ? Itzchak tinha presenciado a recaída e a Teshuvá de Ishmael e Hagar. Diz o Zohar que Hagar fez Teshuvá e se tornou a Ketora que se casou com Avraham depois que Sarah faleceu , Ishmael voltou para o bom caminho e , junto com Itzchak enterrou seu pai na Mearat Hamachpelá . Então qual seria o problema de Essav se até Ishmael fez Teshuvá , com certeza Essav o faria também ! No versículo :- “E amou Itschak a Essav porque a caça dele estava na sua boca mas Rifka gostava de Yaakov”, a palavra “caça” geralmente é relacionada ao fato de Essav fazer agrados à seu pai caçando para ele , demostrando ser um filho prestativo e assim despertando ainda mais o amor natural que o pai já tinha por ele. O Rav Moishe Weber, (Grande Tzadik que viveu em Jerusalem quando estudei lá) explica que a palavra “caça” na sua boca se refere ao próprio Essav que possuía “aprisionada” dentro de si a alma de Rabi Akiva. Itzchak sabia que de Essav iria sair o grande Rabi Akiva e achava que por isso Essav vai continuar no bom caminho ou até fazer Teshuvá como Ishmael. Isso foi o que impulsionou Itzchak a querer dar a Brachá para Essav. A Rabanit Miriam , esposa do Rav Moishe acrescentou:- Se Essav tivesse recebido a Brachá com certeza Rabi Akiva não seria nem Rabi e até mesmo nem judeu !O Zohar nos conta que Itzchak era a Guevurá intensa e Rifka a Guevurá leve com um ” fio ” de Chessed pendente. Por causa desse ” foi de chessed” Itzchak não se apaixonou por ela logo que se casou , mas com o tempo o amor surgiu , como está escrito :- “Ele se casou e a amou”. Primeiro se casou e depois a amou . O Zohar nos conta que D’us faz por milagre as pessoas se casarem dessa maneira , uma diferente da outra (como no caso de Itzchak e Rifká , ele Guevurá e ela uma leve guevura com um fio de Chessed pendente) para que um equilibre o outro criando harmonia no mundo.Os fatos por trás do “roubo das Brachot”
O primeiro homem e a primeira mulher foram abençoados por Hashem . A vida no paraíso terrestre era um “verdadeiro paraiso”. A cobra por meio de trapaça “roubou” deles a Brachá. O Zohar nos conta que Yaakov tinha a alma do Adam Harishon e Essav da cobra. A cobra (Essav) iria agora receber oficialmente a Brachá que tinha roubado do Adam! Sendo que a cobra tinha tirado a Brachá por trapaça , o único jeito de tirar essa Brachá do poder espiritual da cobra teria que ser também por meio de trapaça . Yaakov não tinha pensado no lado material das Brachot , mas sim na função espiritual que o primogênito receberia de ser o responsável por todo o trabalho espiritual do povo. Sendo que Yaakov conhecia Essav muito bem e estava consciente de que ser responsável pela função religiosa era a última coisa que poderia ser relacionada a seu perfil , e se isso acontecesse seria uma catástrofe , sem restar outra opção para fazer isso a não ser a trapaça , comprou a primogenitura de Essav em uma hora de aperto para destituir ele da responsabilidade sobre os assuntos religiosos. O direito a Brachá que foi roubado pela cobra por trapaça agora volta ao seu dono original também por trapaça , único jeito de resgatá-la ! Quando Yaakov vai receber as Brachot do seu pai que já estava cego, entra fantasiado de Essav com peles de bode recém tiradas (e com certeza ainda com um cheirinho de bode) ouve do seu pai a seguinte frase:- “O cheiro do meu filho é como o cheiro do campo que Hashem abençoou”, referencia ao Gan Eden (o paraíso). Parece que Itzchak já entendeu que essa história está cheirando uma continuação do que aconteceu no Gan Éden” entre o homem e a cobra.Ishmael recebeu sua Brachá dos anjos que se revelaram para Hagar como vemos em Bereshit :- E disse a ela o Anjo de Hashem , volte para a sua dona e se aflija nas mãos dela , você vai engravidar e dar a luz a um menino e o chamará de Ishmael porque Hashem ouviu seu desespero, ele será um selvagem, sua mão estará sobre todos e a mão de todos sobre ele e se expandirá pelo mundo”….
Vemos que essa Bracha aconteceu com os descendentes do Ishmael e surgiu dela um império Árabe que durou centenas de anos , se expandiu da Índia à Península Ibérica e durou mais do que qualquer império antigo , sua mão está sobre todos , que precisam do petróleo e a mão de todos sobre eles por dependerem dos outros em tudo.
Essav recebeu a Bracha de viver pela espada, e vemos que essa Bracha aconteceu com os descendentes de Essav que deram origem ao império romano e aos povos europeus.
Nós somos os descendentes de Yaakov , porque a Brachá que ele recebeu com tanta dificuldade aparentemente não acontece ? O Zohar nos conta que as Brachot foram entregues . Essav que só pensava nos prazeres desse mundo usou elas para aproveitar o mundo aqui em baixo herdando esse mundo e Yaakov as guardou lá encima para o futuro . Em breve , em nossos dias quando chegar o Mashiach , junto com Yaakov vamos usufruir das Brachot tanto lá em cima quanto aqui embaixo , Essav perderá tudo e não vai sobrar dele nenhuma lembrança , então Yaakov herdará os dois mundos .
Ovadiahu Hanaví era de Edom , descendentes de Essav. Ele se converteu ao judaísmo e chegou ao alto nível de profeta sendo escolhido por Hashem para revelar o que vai acontecer aos descendentes de Essav no final dos tempos . Ovadiahu diz sobre esse tempo:- “E subirão os libertadores no monte Tzion para julgar o morro de Essav , e será de Hashem a monarquia . O profeta Zechária diz sobre isso :- E Hashem será Rei sobre toda a terra , naquele dia Hashem será Único (todos os povos vão abandonar suas religiões e servir somente Hashem) e seu nome Único . Só o Nome de Hashem será mencionado por todos

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 Hayêi Sara

E foram os dias de Sarah….O livro do Zohar , clássico da Kabala , explica que a história da vida de Sarah simboliza a decida da alma (que é apelidada de Avraham) para o corpo (que é apelidado de Sarah).

A Alma Divina chamada de “Neshamá” é você . Você , que desceu do céu para vencer uma corrida de obstáculos cheia de desafios que chamamos de vida e cumprir as Mitzvót (comandos Divinos) para ganhar por próprio mérito um “baixo paraíso” (no qual uma hora eqüivale a setenta anos dos maiores prazeres nesse mundo) ou até um alto paraíso (onde uma hora eqüivale a setenta anos no baixo paraíso) como prêmio por ter feito o trabalho Divino nesse mundo.

A Neshamá é pura e linda , cada ano que passa fica mais refinada e reluzente por meio do cumprimento das Mitzvót. Poderíamos dizer como exemplo que cada ano que passa , enquanto o corpo fica mais velho a Neshamá fica “mais jovem”.

O elo entre a Neshamá e o corpo é a alma animal na qual a Neshamá se reveste para acionar o corpo.

Essa alma animal é chamada de Nefesh habehemit que é uma alma espiritual a nível deste mundo de Assiá . Sendo que o corpo é somente equipamento com suas limitações e defeitos e a alma animal é só o software do corpo tendo “vontades” próprias que são somente os interesses do animal racional , o primeiro desafio que temos a enfrentar (com jeitinho para não quebrar o equipamento nem seu software mas sim transformá-lo em aliado ao nosso objetivo) é focar a alma animal e o corpo nos interesses da Alma Divina .

O primeiro obstáculo são os interesses do corpo que por instinto vai tentar usar a Neshamá para incrementar seus prazeres causando o fracasso da descida dela para esse mundo .Vamos ter que domá-lo ajudando-o pouco a pouco a deixar de ser animal , mas sem overtraining , tomando o devido cuidado para ele não quebrar mas sim usar seu entusiasmo animal a nosso favor.

A alma Divina tem um complemento para fazer a vontade Divina que é chamado de Yetzer Hatov.

A alma animal tem um complemento para fazer as vontades do corpo , esse instinto é chamado Yetzer Hará .

O Zohar nos conta que todas as noites quando vamos dormir , nossa alma sobe e se apresenta ao tribunal Divino, “os juízes da competição”. Ela é julgada por essa etapa da “corrida” . Se ela vence ela volta de manhã para continuar competindo. Ela é julgada de duas formas diferentes.

O julgamento das ações positivas não é como o das negativas. Ela não é julgada pelas coisas negativas que vai fazer mas somente pelas que já fez. O julgamento das ações positivas é diferente, ela recebe um prêmio pelo que já fez e também é favorecida pelo que vai fazer

Assim ela volta feliz e renovada de manhã para o corpo mesmo sem que seus atos atuais justifiquem isso.

Quando ela sobe , um espírito impuro paira sobre o corpo. Quando ela volta , esse espírito impuro foge mas ainda fica ligado a nossos dedos, por isso fazemos Netilat Yadaim , lavamos as mãos de manhã intercaladamente para tirá-lo.

Acordamos felizes por termos vencido a etapa do dia e agradecemos à Hashem dizendo “Modé Ani…

”O Zohar nos conta que os dias da nossa vida estão vinculados à sete Sefirot compostas de dez , ou seja , hessed , Guevura , Tiferet , Netza’h , Hod , Issod e Mal’hut

Cada uma delas tem , fora seu aspecto principal , mais nove pequenos aspectos que são pequenas revelações das outras Sefirot e mais Ho’hmá , Biná e Daat

Por isso diz o rei David no Tehilim :- “Os dias da nossa vida são setenta anos”

Ou seja , sete sefirot compostas de dez

Quando chegamos ao último nível e já não temos mais onde nos apoiar , então começa nossa decadência .

Ou seja , o tempo da corrida é cronometrado !

O rei David fala sobre uma pessoa normal , mas quem aproveitou os setenta anos para subir de nível a nível e se tornou um Tzadik ou uma TZADEKET , como no caso de Sarah , se conecta a Sefirá que está acima das sete , ou seja , a Biná que engloba as três primeiras

E lá não tem declinação e limite para a vida porque lá já existe o vínculo ao infinito .

Por isso está escrito :- “Vaihiu Hayei Sarah” , uma linguagem de “ser”. Foram dias verdadeiros sem declinação.

Também a palavra “esses” foram os dias da vida de Avraham se refere ao mesmo assunto.

E se perguntarmos :- Por quê essa mesma linguagem é usada para os dias de Ishmael ?

O motivo é simples , porque  Ishmael voltou para o bom caminho, ele fez Teshuvá!

O Zohar nos conta que Ketora, a segunda esposa de Avraham era a própria Hagar que fez Teshuvá e até mudou de nome para expressar a veracidade da sua mudança de comportamento).

O fato de a Torá nos contar a história de Sarah e o Zohar nos revelar os segredos que estão por trás dela , vem nos indicar que “As atitudes dos patriarcas são um exemplo para os filhos”

À cada um de nós foram dadas as forças necessárias para chegarmos a etapa final dessa corrida e vencermos.

Mas temos que fazer isso sem overtraining, sem fundir o motor para tentar chegar mais rápido

Mas por outro lado também não ficarmos parados com medo de ter uma distensão , mas a cada dia fazer as Mitzvot daquele dia com muita alegria amor e carinho , e o principal : Saber que Hashem é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem ,  e que Hashem está o tempo todo na nossa torcida levando a gente pela mão , nos ajudando a ultrapassar cada obstáculo e pronto para comemorar a nossa vitória com a Gueulá verdadeira e completa por meio do Mashiach em breve em nossos dias de verdade !!!

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 Vayerá

Shabat Shalom pessoas maravilhosas

Aprendemos com o nosso patriarca Avraham Avinu a base do sucesso nos negócios .
Avraham não se fechou em um quarto dentro de uma casa esperando alguém bater na porta da casa , depois bater na porta do quarto e depois perguntar qual é a mensagem que ele tem para a humanidade, mas foi à um lugar onde muita gente passava, abriu sua tenda aos quatro ventos e ainda ficou na porta no sol escaldante chamando as pessoas para comerem em sua tenda e aprenderem a agradecer à D’eus que criou o céu e a terra ! Daqui aprendemos que:
Se você faz e não divulga, é como se não tivesse feito. Esse é o segredo do sucesso nos assuntos materiais e espirituais , divulgar o que fazemos por todos os meios que temos alcance, sempre fazendo todo mundo saber que você existe e o que você está oferecendo , transformando as pessoas a sua volta em fãs e sempre tomando a iniciativa !!!Muitos de nós somos limitados por velhos e desatualizados conceitos de sermos divas inacessíveis demonstrando assim nosso alto nível e valor, noções inadequadas para a era atual. Achamos que não precisamos interagir com as pessoas porque que fazer isso é uma atitude que nos rebaixaria ao nível delas , ou porque não damos importância a essa interação , ou porque não nos sentimos confortáveis interagindo , e por final nos fechamos no nosso “mundinho”.
Aprendemos com Avraham Avinu a interagir! . Quando Avraham recebe os anjos disfarçados de simples viajantes, vai pessoalmente chamá-los para a sua tenda, pede à Sarah para fazer bolos, corre para fazer a comida, pede para seu filho Ishmael ajudar, e por fim fica em pé ao lado deles pronto para servi-los no que for preciso. No fim descobre que eram anjos e recebe deles o maior presente da sua vida, ter um filho com Sarah. Aprendemos com ele que quando interagimos com as pessoas só temos a ganhar. Cada pessoa pode ser o anjo que vai te ajudar, ou se não, pelo menos você ganhou uma grande Mitzvá.Dizem nossos sábios que tudo o que D’eus criou não é perfeito, nem os anjos , quanto mais nós, e portanto podem fazer erros de avaliação. Os anjos Gabriel e Refael, dois dos três que vieram visitar Avraham, revelaram a ele que iriam destruir Sodoma e Gomorra. Assim eles causaram uma discussão entre Avraham e D’eus. Chegando em Sodoma disseram que eles próprios vieram destruir a cidade (e não D’eus) e assim fizeram contra a vontade Divina achando que isso era a vontade Divina, e por isso levaram uma “suspensão”, e só puderam voltar aos céus na época de Yaakov. Daqui vemos que muita coisa que fazemos errado não é por maldade, mas sim por que avaliamos errado por não sermos perfeitos. Daqui aprendemos que temos sempre que avaliar e reavaliar o que fazemos e o que falamos para as pessoas, sempre levando em conta que talvez estamos avaliando errado e a dor que podemos causar ao próximo poderá ser irreversível. Temos que aplicar o benefício da dúvida, dúvida que fizemos um erro de avaliação, sempre a favor do nosso próximo, por isso temos que julgar todos sempre pelo lado bom e nunca fazer coisas que possam magoar alguém, portanto devemos estar sempre olhando para todos com bons olhos.Muitas pesquisas em muitos países durante muitos anos chegaram a conclusão que : Quando a pessoa não ganha o que precisa não está feliz. Quando ele já ganha o que precisa, nessa etapa está feliz. Quando ganha acima disso, o dinheiro já traz preocupações . Se eles tivessem pesquisado no Pirkei Avot, um livro judaico de mais de dois mil anos mas mais do que atual para hoje , não precisariam fazer muitas pesquisas em muitos países durante muitos anos. Diz o Pirkei Avot :- Quem é rico? Quem está feliz com o que tem! O mesmo Pirkei Avot também diz :- Quando crescem os bens crescem as preocupações, ou seja, muito dinheiro traz muita preocupação! Nosso Patriarca Avraham foi a exceção dessa regra. Ele usou seu dinheiro para fazer Tzedaká! Abriu uma tenda no deserto aos quatro ventos, dava comida e bebida à todos que passavam e ensinava seus hóspedes à rezar para D’eus que criou o mundo. Sua riqueza, no lugar de ser fonte de preocupação se tornou uma fonte de prazer, o prazer de ajudar o próximo materialmente e espiritualmente🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷 Lech LecháNossa Parashá nos conta sobre a descida do nosso patriarca Avraham ao Egito.
Os egípcios antigos eram obcecados por mulheres e Sarah, nossa matriarca era uma mulher linda. A estatística egípcia de maridos assassinados por terem mulheres lindas seria considerada hoje “risco não segurável” ! Avraham pede à Sarah dizer que é sua irmã por motivos de perigo de vida e para ganharem presentes . Essas duas coisas não fazem parte do perfil de Avraham que estava em um nível espiritual elevadíssimo , em Ur preferiu ser jogado ao fogo do que fazer idolatria, e quando salvou o rei de Sodoma, não aceitou nem um cordão de sapato de presente. Como então Avraham usa agora essas duas coisas como argumento? Tanach traz muitos casos parecidos mas vamos analisar dois deles. Quando Hashem pediu para Moshe ir ao Faraó e fazer milagres, os próprios milagres eram o objetivo dessa empreitada, mas quando D’us pediu ao profeta Shmuel ir para Beit Lehem nomear um rei no lugar de Shaul, o profeta pergunta :- Como irei, Shaul vai ouvir e me matar! Hashem diz para ele levar uma bezerra e dizer que está indo para lá fazer um korban . Ou seja, o próprio D’us dá uma justificativa para ele. No caso de Shmuel o milagre seria apenas uma necessidade particular e poderia ser evitado com uma desculpa , e Hashem diz para ele justificar dessa maneira para não precisar do milagre. Conclusão: quando uma pessoa pode fazer algo de maneira natural mas no lugar disso espera um milagre, o milagre pode não acontecer , ou acontecer mas ser descontado dos méritos dela e isso não é bem visto pela Torá, mas quando estamos em uma situação que não há outro jeito a não ser um milagre , nesse caso o milagre pode acontecer sem ser descontado dos nossos méritos. No caso do nosso patriarca Avraham, D’us não tinha pedido para ele descer ao Egito e fazer milagres, então ele deu um jeito para não precisar dos milagres, iria dizendo que Sarah era sua irmã até eles se acostumarem com a presença dela e “esfriarem” tentando ser apresentados pelo “irmão” que os enrolaria até passar o entusiasmo da chegada da “miss universo” na cidade , e recebendo presentes dos ricos ela estaria protegida contra os assédio dos pobres.Aprendemos com Avraham uma grande regra da Torá. Que junto com a reza e confiança em D’us devemos fazer meios naturais para receber as bençãos Divinas e mesmo os Tzadikim precisam fazer isso. No caso de Avraham foi feito dessa forma e todo o Tanach está cheio de exemplos assim. Os meios honestos de como ganhar nosso dinheiro não só que não estão em desacordo com a reza e a confiança em D’us mas ainda são um complemento à ela sendo que está escrito que D’us vai nos abençoar em tudo o que fizermos e não em tudo o que não fizermosPor meio da nossa confiança em D’us, por meio das nossas rezas e das nossas Mitzvot é decretado lá encima quanto vamos receber aqui embaixo e por isso o trabalho deve ser feito somente após cumprirmos nossas obrigações espirituais sendo que ele é só o meio de retirar o que entrou na nossa conta lá encima. Temos que fazer nosso trabalho somente porque é uma ordem Divina , e junto com isso termos fé em D’us e não ver o próprio trabalho em si como algo que pode nos ajudar ou nos prejudicar . Sendo que a ordem Divina é só em relação ao que podemos fazer e D’us não se comporta com tirania com as suas criaturas , quando não temos a possibilidade de fazer o receptáculo, não só que isso não enfraquece a confiança que D’us vai nos dar o nosso pedido, mas serve como prova de que nesse caso específico não precisamos de receptáculo . Por isso quando Sarah foi levada ao palácio do Faraó Avraham ficou confiante que o milagre iria acontecer porque nesse caso ele não tinha o que fazer de uma maneira natural e sabia que restou para Hashem fazer um grande milagre.
Porque Hashem pede para fazermos o receptáculo se o receptáculo por si só aparentemente nem ajuda e nem prejudica?
Por causa de uma intenção Divina profunda que determina que tudo o que desce de lá de cima para o nosso “mundo da Assiá” vem revestido nas vestimentas da natureza , portanto nós que somos criados à exemplo de cima também precisamos fazer uma “vestimenta” natural para podermos receber as bençãos Divinas. Esses meios naturais são o trabalho , os cuidados com saúde , segurança e etc. Quando não fazemos isso estamos roubando de nós próprios o que Hashem quer nos dar ou obrigando Hashem a nos fazer milagres e descontar dos nossos méritos (e com certeza ainda vamos reclamar que D’us cuida melhor do vizinho) . Mas quando vemos que de verdade não há o que fazer e o único jeito é o milagre, podemos ficar confiantes, os milagres vão acontecer!!!🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷NoachNossa Parashá nos conta uma história de vinte gerações de Noach até Avraham Avinu , dois mil anos de história em duas parashiot , depois disso a história do nosso patriarca Avraham é contada em três parashiot , nos ensinando que uma história de mil anos de atrocidades , mil anos sem D’us , termina em dilúvio, e mais mil anos sem D’us só não terminou em dilúvio porque D’us prometeu para Noach que não iria mais ter dilúvio
Depois de dois mil anos chega o nosso primeiro patriarca Avraham Avinu ensinando as pessoas a rezarem para D’us e fazerem boas ações , e aí tudo mudou
Noach era um Tzadik na geração dele, Avraham Avinu seria um Tzadik em qualquer geração. Noach não fez o mal, mas também não fez o bem. Não rezou pela sua geração, não tentou ensinar sua geração a se comportar de maneira melhor. Noach construia a arca e se alguém perguntasse porque ele estava construindo isso ele respondia que Hashem vai mandar um dilúvio por causa das atrocidades que eles estavam fazendo, mas não tomava a iniciativa de ensinar as pessoas a se comportarem melhor e a rezarem para D’us, também não rezava por elas (não tinha atitude)
Noach fez uma arca e salvou pessoas e animais , mesmo assim está escrito que Noach era um Tzadik na geração dele (porque nela não tinha ninguém melhor) mas se ele estivesse na geração de Avraham Avinu já não seria tão importante assim
Então porque ele foi chamado de Tzadik? Porque ele tinha os valores certos , sabia o que era certo e o que era errado. Noach não diria que cada um tem a sua opinião e pode fazer as atrocidades que quizer, mas respondia a quem perguntava que as más ações teriam como consequência um dilúvio
Sabemos que existem sete mandamentos de bnei Noach e quando temos a oportunidade ensinamos os povos do mundo esses mandamentos , principalmente que não se deve fazer idolatria e que um homem deve se unir a uma mulher , (esses são os maiores problemas dos bnei Noach na nossa geração). Até essa atitude em relação as Mitzvot dos bnei Noach não aprendemos com Noach mas sim com Avraham. Noach não teve a atitude de divulgar as sete Mitzvot de bnei Noach, mas Avraham que era o primeiro judeu , ele ensinava aos bnei Noach as Mitzvot deles . Em outras palavras , aprendemos de Noach que não devemos ser como Noach , mas temos que ter atitude Por isso o dilúvio é chamado de “as águas de Noach”
Diz o Ari Zal que a geração que causou o dilúvio é também a geração que fez a torre de bavel , ambas mencionadas na nossa Parashá , se reencarnaram novamente como o povo de Israel no Egito . Os decretos do Faraó de jogar as crianças no rio foram o conserto das almas da geração que por suas atrocidades causou o dilúvio e o decreto de escravizar o povo de Israel para construir Pitom e Ramsés foi o conserto das almas que fizeram a torre de bavel , eles eram almas divinas que se tornaram depois o povo de Israel no Egito e saíram de lá para receber a Torá no monte Sinai. Esse foi o final feliz daqueles dois mil anos de uma história triste …… Mas com um final muito feliz!🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷 BereshitNossa Parashá nos conta como D’us criou o mundo em seis dias há 5777 anos atrás. Se um cientista estivesse com todo o seu equipamento nos seis dias da criação iria analisar uma pedra e dizer que ela tem milhões de anos, cortar uma árvore e concluir que ela tem mil anos, e por final entrevistar Adão e Eva e concluir que eles são dois adultos falando hebraico fluentemente e não bebês recém nascidos. Assim D’us criou o universo, tudo em seis dias , mas com tanta qualidade que parece que levou milhões de anos para fazer.
Se os dinossauros foram criados originalmente nos seis dias, se foram cruzamentos híbridos posteriores que morreram no dilúvio ou se entraram na arca de Noé mas não se adaptaram ao clima pós dilúvio, isso fica em aberto, mas o fato de D’us ter criado lugares no mundo como o Grand Canyon com certeza foi para nos dar o livre arbítrio para podermos escolher entre D’us e as teorias da criação !
No primeiro dia da criação é usada a palavra “D’us criou” , no terceiro dia está escrito “a terra tirou”. Rashi explica que tudo foi criado no primeiro dia mas a terra foi tirando por ordem Divina a cada dia a criação daquele próprio dia. Daqui podemos deduzir que tudo saiu da nossa terra, ou seja, a galáxia inteira ! Sobre o sol, a lua e as estrelas está escrito que D’us “colocou” , e isso reforça mais ainda o que disse Rashi. Podemos deduzir que os planetas que D’us colocou no céu no quarto dia levaram com eles as plantas que “a terra tirou” no terceiro dia , e ainda podemos deduzir até que os planetas continuaram “tirando” cada dia da criação , cada um no seu lugar, peixes aves e animais de acordo com as condições do lugar, mas quando chega a etapa da criação do homem tudo muda. D’us faz um homem de barro e sopra nele uma Alma Divina, diferente dos outros dias da criação . Ou seja, o ser humano, vida inteligente, isso D’us criou separadamente no sexto dia e somente aqui na nossa terra. Então como pode ser que pessoas fotografaram discos voadores no céu e etc? Voltamos ao motivo do Grand Canyon, para nos dar o livre arbítrio e a possibilidade de escolha. O Midrash nos conta que quando Moshe Rabeinu estava quarenta dias no monte Sinai , o anjo da morte fez um filme no céu mostrando o enterro de Moshe. Todos viram, e se tivessem celular naquela época poderiam até ter filmado. Mas tudo era uma ilusão para podermos ter o livre arbítrio equilibrado com aquele alto nível de revelação que foi a entrega da Torá no monte Sinai. Ou seja, o “outro lado” pode usar esse recurso em certas ocasiões.
Sabemos que os dias da criação foram de 24 horas mesmo nos dias em que não havia sol e lua sendo que D’us vincula a guarda do Shabat especificamente aos dias da criação e se eles fossem maiores do que os atuais teríamos que esperar um período maior entre um Shabat e outro.
Nesse Shabat que é chamado Shabat Bereshit temos que ficar muito alegres porque dizem os grandes Tzadikim que do jeito que nos comportamos no Shabat Bereshit despertamos uma tendência para todos os Shabatot do ano.🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷 Vezot Habrachá
A última Parashá da Torá, “Vezot Habrachá”, é diferente de todas as outras parashiot semanais por elas serem lidas sempre no Shabat enquanto que “Vezot Habrachá” é lida sempre na festa de Simchát Torá, festa do término da leitura anual do Sefer Torá. A última pessoa que sobe na Torá em “Vezot Habrachá” é chamado de “Chatan Torá”, o noivo da ToráCerta vez uma pessoa (não judeu) perguntou ao grande Sábio Hilel :- Quantas Torot (plural de Torá) vocês tem? :- Duas , respondeu Hilel, a Torá escrita e a Torá oral . Ouvindo isso a pessoa declarou :- Na Torá escrita eu acredito mas na oral não, eu quero me converter ao judaísmo na condição de que você só me ensine a Torá escrita. Hilel concordou. Hilel começou a ensinar ele a ler a Torá. Mostrou para ele a letra Alef e explicou (oralmente) que o nome dela é  Alef. Mostrou o Beit e explicou que o nome dela é Beit , o mesmo fez com a letra guimel e a letra dalet . Na outra aula Hilel mostrou para ele a letra Alef e disse que isso é o Dalet. O aluno se espantou e disse :- Mas ontem você não me explicou assim!  :- Você confiou no que eu te expliquei oralmente ontem? Disse Hilel, então confie em mim também em relação à Torá oral (sendo que quando D’eus deu à Moshe a Torá escrita explicou ela para Moshe que ensinou o povo de Israel oralmente o significado das escrituras e assim a Torá chegou até nós desde o começo) ! Ou seja, sem a Torá oral não saberíamos nem ler e nem entender a Torá escrita.Como vimos antes, quando D’us nos deu a Torá elas eram duas desde o começo. Uma escrita e uma oral. Moisés ,o maior de todos os profetas escreveu a Torá escrita e explicou oralmente como colocar ela na prática, ou seja, de que forma cumprir o que está escrito. Em outras palavras ,o como cumprir a Mitzvá é chamado de Torá oral.  A Torá escrita começa com Moshe , o maior de todos os profetas e continuou sendo escrita posteriormente por  profetas menores até o exílio da Babilônia que aconteceu depois da destruição do primeiro Templo de Jerusalém . Os últimos profetas viveram no exílio da babilônia entrando também na época em que o império persa dominava o mundo até a época em que o segundo Templo foi construído. Depois dos persas veio o império grego e depois o império romano. Na época dos gregos e romanos não tínhamos mais profetas e portanto não tivemos mais Torá escrita. A Torá escrita terminou de ser escrita no exílio da Babilônia e Pérsia completando 24 livros. Posteriormente a Torá oral que passava oralmente também foi escrita incluindo a Torá oculta conhecida como Kabalah. A Torá oral continua sendo escrita a cada geração sendo que surgem novas situações que precisam ser esclarecidas,  comparadas às anteriores, diagnosticadas e classificadas . As pessoas precisam de  explicações com mais detalhes e etc. As explicações dos Sábios de cada geração de como cumprir a Torá da maneira correta naquela geração também é chamada de Torá oral. Em resumo, o que chamamos de TORÁ inclui Torá oral e escrita .A Torá escrita é composta de 24 livros e a oral hoje já chega à dezenas de milhares de volumes (dos quais mais de 52000 livros sem direitos autorais  já estão disponíveis no site Hebrew books)
Então, vamos dançar com o Sefer Torá em Simchat Torá e estudar Torá o ano inteiro com essa mesma alegria e entusiasmo de Simchat Torá!!!

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Haazinu🌻

Nossa Parashá, que é a penúltima Parashá da Torá, está escrita de uma forma chamada “aria’h al gabei aria’h”. Essa montagem de texto vem identificar que ela é uma música.

Um dos assuntos interessantes que a nossa Parashá nos conta é: “Lembre-se dos dias passados, olhe para os anos de cada geração e geração”.

Rashi traz duas explicações para isso. A primeira é :

“olhe para os anos de cada geração e geração”, veja o que aconteceu com a geração de Enosh na qual o oceano surgiu pegando uma grande parte da terra, e a geração do dilúvio na qual o mundo afundou. Não seja um perdedor, não repita os erros dessas gerações.

A segunda explicação é :

Pense no futuro, veja o que você poderia estar ganhando ! D’us tem o poder de te dar coisas mega maravilhosas que são os tempos do Mashia’h e o próximo mundo, faça certo e seja um vencedor!

Um dos 13 princípios da fé judaica é que Mashiach vai chegar.

Esse princípio consiste em que no fim do “Galut”, no final do nosso exílio, um descendente direto filho após filho do rei David e que se iguala ao rei David no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot , constrói o Beit Hamikdash , o Templo Sagrado de Jerusalém, no lugar sagrado onde hoje se encontra o Kotel, vence as guerras de Hashem e traz todos os judeus de volta para a terra de Israel.

Fazendo isso ele se torna o Mashia’h que em hebraico quer dizer simplesmente o “rei ungido”. Sendo que ele é um descendente direto do rei David que foi ungido rei de Israel pelo profeta Shmuel não precisa de uma segunda unção para ser o rei de Israel mas herda a unção do rei David.

Daqui aprendemos que a solução para o exílio não é um presidente eleito mas sim o Mashia’h.

A Guemará em Sanedrin nos conta que os alunos dos grandes Sábios que estavam dentro desse critério, ou seja, eram descendentes do rei David e eram grandes como ele no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot, diziam que o Rebe (mestre em hebraico) deles era o Mashia’h.

Com isso queriam dizer que , caso acontecesse a Gueulá naquela época, o candidato mais adequado para ser o Mashia’h seria aquele sábio.

Dessa mesma maneira, na nossa geração o Rebe de Lubavitch foi apontado por muitos como candidato dentro desses critérios dos antigos sábios da Guemará e por esse motivo isso não foi visto como uma transgressão à Halachá (lei judaica).

Quando acontecer a Gueulá, o Beit Hamikdash for reconstruído (a parte principal desce pronta do céu) em Jerusalém e as guerras vencidas, o candidato a Mashia’h se torna o Mashia’h na prática.

Antes disso, os alunos do Rabi Hanina na Guemará ou os alunos do Rabi Inon puderam dizer que o Rebe deles era o Mashia’h (dentro dessa intenção) e isso não é um problema em relação à Hala’há, à lei judaica.

A Guemará em Sanhedrin também nos conta que o fato de o Mashia’h ser dos vivos ou dos mortos não é relevante nesse caso contanto que ele venha a construir o Beit Hamikdash, vença as guerras de Hashem e traga o nosso povo de volta para a terra prometida passando depois junto com todo o povo de Israel para a etapa em que a vida será eterna, o próximo mundo.

Os romanos antigos copiaram também esse aspecto da região judaica e aplicaram ele inadequadamente à alguém que não era um descendente do rei David, não cumpriu a Torá e as Mitzvot como o rei David, e que na época dele o Beit Hamikdash foi destruído, as guerras perdidas e o povo se espalhou para fora de Israel, não tendo qualquer relação ou comparação com o princípio judaico da vinda do Mashia’h ch e com o fato de os alunos dos Sábios de Israel dizerem que o Rebe deles era o Mashia’h.

A Guemará no tratado de Rosh Hashaná nos conta que Rabi Eliezer diz que no mês de Nissan foi a Gueulá dos nossos pais quando saíram do Egito, mas em Tishrei será a Gueulá futura.

Sendo que já estamos no mês de Tishrei e a Parashá nos conta sobre a Gueulá, vamos pedir forte para Hashem nos trazer imediatamente a Gueulá.

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VaielechEncontramos na nossa Parashá um dos cinco versículos que são excessão de regra na leitura da Torá. Sendo que o Sefer Torá não tem pontos, nos baseamos nos sinais de música chamadosTeamim que vem desde a época de Moshe Rabeinu para saber aonde começa ou acaba o versículo . O motivo de precisarmos saber isso é porque não podemos dizer meio versículo quando há nele o nome de Hashem para não falarmos o nome de D’us em vão, então nos baseamos no sinal de música chamado  etnachta que representa um ponto e vírgula, ou no sinal sof passuk que representa um ponto final para sabermos aonde terminou o versículo. A Guemará em Yoma nos conta que Issi ben Yehudah nos ensinou que cinco versículos na Torá inteira saem dessa regra . Um deles está na nossa Parashá . O versículo diz:- “E disse D’us à Moshe você se deita com seus pais e levanta esse povo e…..etc. (Nesse versículo Hashem comunica à Moshe que esse é o dia da morte dele). O ponto e vírgula (etnachta) se encontra na palavra “seus pais”, aparentemente determinando que lá termina o assunto (mas que nesse caso não vai determinar por causa da excessão de regra). Dizem nossos sábios na Guemará  em Sanedrin que desse nosso versículo :- “Você se deita com os seus pais e levanta”, ultrapassando o ponto e  vírgula, aprendemos a ressurreição dos mortos pela Torá escrita . O Ari Zal nos explica que , sendo que esse versículo não tem determinação e se aplica tanto ao antes do etnachta (Moshe) e ao depois (esse povo) , que tanto Moshe quanto esse povo se reencarnam e se tornam à última geração.Diz o Ari ZaL que Moshe Rabeinu e toda sua geração eram a “Dór Deáh” (geração do conhecimento) e a raíz das almas deles era o lado oculto da Sefirat Daat que é chamado no “Etz Haim” de “Leáh” . A geração paralela chamada “erev rav” também tinha a raíz na Daat mas era afetada pela mistura do bem e do mal nesse mundo. Moshe se reencarna e se torna Mashiach e a geração dele também se  reencarna e se tornam a geração do Mashiach . Até a “erev rav” também se reencarna por também ser “dór deáh” e à ela se refere o final do versículo que diz:-  “esse povo vai se levantar e ….(……)”.  O sinal dessa última geração, diz o Ari ZaL, é o fato de as mulheres mandarem nos maridos , porque na reencarnação anterior , no deserto, os maridos deram os anéis para fazer o bezerro de ouro e as mulheres não quiseram dar, por isso elas mandam neles. (Chegamos à conclusão que essa geração é a nossa!!!)
Diz o Maguid de Mezritsh que uma característica da”dór deáh” é que o assunto principal deles era o conhecimento que se expressa pela fala e eles não tinham a característica da ação, e até o próprio Moshe para abrir o mar vermelho levantou o cajado mas não bateu no mar. Quando Moshe chegou perto da Terra Santa na qual o trabalho principal seria a ação das Mitzvot , Hashem disse para ele falar para a pedra para que a água volte mas ele bateu na pedra para começar o trabalho da próxima geração(ação). Hashem queria que ele falasse com a pedra para elevar a próxima geração (da ação) ao nível elevado da geração dele (do conhecimento, da fala). Toda aquela geração com Moshe e a “erev rav” tiveram que falecer no deserto e esse é o trabalho de Moshe, voltar como Mashiach e elevar toda a “geração do conhecimento” (incluindo a erev rav) por meio do estudo Torá e o cumprimento das Mitzvót, “fala e ação” .
O Rebe de Lubavitch disse que essa geração somos nós

 

Ki Tavô ❤️

Nossa Parashá conta sobre bençãos e maldições.

Sabemos que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem , então o que são essas maldições?

Rabi Shneor Zalman fazia pessoalmente a leitura do Sefer Torá em Liozna, na Rússia. Uma vez ele não estava na cidade, e outra pessoa leu exatamente essa Parashá, Ki Tavô.

O filho de Rabi Shneor Zalman que se chamava Dov Ber ficou tão angustiado quando ouviu as maldições, que passou mal o mês inteiro e quase que não pôde jejuar no Yom Kipur por causa disso.

Quando perguntaram para ele porque nos anos anteriores ele não passou mal, ele respondeu:- Quando meu pai lia não se ouvia nenhuma maldição !

Quando esse filho cresceu e se tornou o Rebe da cidade de Lubavitch na Rússia, ele deu a seguinte explicação:

“Dentro de todo acontecimento infeliz está revestida uma bondade enorme. Tudo o que D’us faz é para o bem, e não existe mal que desce lá de cima , e por isso se faz uma benção sobre um acontecimento infeliz da mesma maneira que se faz uma benção sobre um acontecimento feliz.

Quando termina esse aspecto negativo, automaticamente se revela o bem que estava oculto nele que é muito superior a uma bondade revelada.

Como ouvi do meu pai, Rabi Shneor Zalman, sobre a raiz do assunto das maldições da Torá, que no final elas se transformam em”super bençãos” por causa da grande intensidade da bondade oculta nelas que se revela quando termina esse revestimento de “extrema rigidez”

O Baal Shem Tov deu sobre isso um exemplo de uma pessoa que fez algo contra um Rei muito bondoso e poderoso.

Essa pessoa foi condenada pelo tribunal, mas no lugar disso o Rei pediu para darem à ele um cargo no governo, e depois ir promovendo ele cada vez para um cargo mais alto e mais próximo Rei.

Quanto mais essa pessoa subia e se aproximava do Rei, mais ela ficava com vergonha do que tinha feito.

Quanto mais ela via a força e o poder do Rei, e junto com isso a grande bondade do Rei que usava todo o seu poder para ajudar as pessoas, quanto mais via a honra que todos davam ao Rei por causa disso, mais ele sofria com a lembrança do que tinha feito.

No final ela chegou à conclusão de que não existia castigo pior do que esse, porque se tivesse sido condenado à morte não sofreria tanto com esses remorsos.

O Rei vendo que essa pessoa se arrependeu do seu comportamento e voltou a se comportar certo o desculpou totalmente.

Esse Rei é Hashem e essa pessoa somos nós!

A maldição não precisa ser necessariamente uma tragédia para fazermos teshuvá mas podemos cumprir essas maldições dessa forma também, por meio do remorso que sentimos por termos feito a coisa errada

Por isso está escrito:-“E será quando vier para você a benção e a maldição , você vai colocar no seu coração (se concientizar) etc”

Ou seja, a benção nesse caso pode ser considerada uma maldição por nos trazer à esse remorso por causa da nossa conscientização.

Conclusão :

O acontecimento infeliz é um bem oculto de uma intensidade tão grande que não tem como ele descer para esse mundo de uma forma revelada e por isso ele desce com um revestimento de maldição.

Por isso devemos estar sempre alegres, mesmo que aparentemente as coisas não estão como deveriam estar.

Devemos que ter a fé total de que quando esse revestimento terminar e o bem oculto se revelar, vamos ver que valeu a pena ter tido um pouquinho paciência para depois usufruir de uma bondade que não teríamos como chegar a ela de outra maneira.

Porque o desencadeamento das Sefirót é primeiro Hessed  que é a bondade,  depois guevurá que é a rigidez, e depois Tiféret que é a bondade intensa que não sai dela nenhuma Guevurá.

Para chegarmos à essa bondade intensa, obrigatoriamente temos que passar por um pouquinho de guevurá.

Mas logo vai chegar o Mashiach e aí será só bondade intensa e revelada eternamente!

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Ki Tetzê

Nossa Parashá nos conta sobre um exército no qual o Cohen antes da guerra anunciava à todos , entre outras coisas , que quem teme morrer na guerra por ter feito um pecado deve voltar para a retaguarda. Ou seja, só participava da guerra quem não fazia pecados e com certeza nem tinha vontade de fazer. Nesse ambiente de guerra feroz contra o inimigo cruel (ambiente nada romântico)  acontece o despertar de uma paixão entre um soldado judeu religioso e a própria inimiga . Como em um ambiente desses um homem religioso se apaixona? E pela inimiga? E a Torá deixa em aberto a opção de eles se casarem! Explica o Ari ZaL que quando o primeiro homem fez a primeira transgressão , misturou o bem e o mal no mundo e muitas Almas que estavam no Adam Harishon (O primeiro homem) caíram no lado mal. O mapa da queda dessas “Almas Divinas”  que afundaram nas impurezas é uma cópia do Adam Harishon chamada “Adam de Bliaal” .A cabeça dele representa o exílio da Babilônia , os braços representam os exílios da Persia e Meda que sucederam o exílio da Babilônia, o corpo representa o império grego que sucedeu a Pérsia  Até aqui tudo bem definido e mapeado, em cada exílio a maior parte da comunidade judaica se encontrava nele e as fronteiras eram bem definidas. As duas pernas representam dois exílios paralelos. O exílio de Edom (descendentes de Essav) e o exílio de Ishmael  , dois exílios totalmente distintos. Ishmael deu origem aos árabes , Edom deu origem aos povos  europeus . Por incrível que pareça vemos que os judeus nos últimos dois mil anos viveram em países árabes e europeus. Não ouvimos que tinha alguma Yeshivá na índia, na China ou no Japão , mesmo que judeus fugindo dos nazistas ficaram um tempo na China e na Índia , mesmo assim tiveram que se mudar para países de etnia européia como Estados Unidos e Austrália onde hoje existem comunidades judaicas com toda a estrutura montada enquanto que na Índia, na Coréia ou no Japão só existem Batei Chabad visados por turistas e comerciantes que ficam temporariamente nesses lugares. Quase seis milhões de judeus moram em Israel que faz parte de um oriente médio, “galut Ishmael” , e outros milhões vivem nos Estados Unidos cujo povo provém de etnia européia, “galut Edom”. Até o Brasil tem três Yeshivot e a Índia com  1,326,801,576 de habitantes não tem uma Yeshivá.  Diz o Ari ZaL que o motivo do nosso povo ter passado por esses exílios inclusive os que estamos agora de Edom e Ishmael , é para elevar as “centelhas Divinas” que afundaram nas impurezas. De acordo com todos os sinais que traz a Guemará já estamos nos calcanhares dessa figura, ou seja, só sobrou dela os calcanhares, últimos refinamentos. Sobre essa figura dizem os nossos Sábios que Mashiach não chega até terminarem as almas do corpo, ou seja, todas as Almas afundadas nesse “corpo espiritual de impureza” serem resgatadas . Diz o Ari ZaL que só dessa maneira dá para entender nossa Parashá. Os judeus que iam para aquela guerra eram Tzadikim perfeitos e não existia a possibilidade de eles se apaixonarem por alguém por motivos de “Yetzer Hará” , consequentemente o que despertou aquela paixão foi a Alma Divina que se misturou naquele povo e estava naquela mulher e tinha um vínculo espiritual com a alma dele, e essa era a única possibilidade de esse amor surgir.
Conclusão: O fato de estarmos aqui no galut é para elevarmos as centelhas Divinas que estão no nosso país por meio do estudo da Torá e do cumprimento das Mitzvót que fazemos usando as coisas materiais que temos aqui para o trabalho Divino. Então, no lugar de  pensar no que precisamos e pedir nas nossas rezas só o que precisamos devemos pensar para que precisam de nós! Para que Hashem precisa de nós aqui e agora, e pedir nas nossas rezas para que Mashiach venha imediatamente e já seja o término do galut !
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 Shofetim

Diz a nossa Parashá  : – “Juízes e guardas coloque para você em todos os seus portões.

Porque a palavra portões aparece no plural ? Será que cada um de nós recebeu da Torá um Mandamento te ter um juiz e um guarda em cada entrada da nossa casa ? O grande Rabino Haim Vital que foi o principal aluno do Ari ZaL conta que essa linguagem se refere aos portões do nosso corpo .

1- o portão da visão que são nossos olhos

2-o portão da audição que são nossos ouvidos

3-o portão da fala que é a nossa boca

4-o portão do olfato que é o nosso nariz

5-o portão do tato (contato físico) que são nossas mãos e pés .

Precisamos colocar juízes e guardas em cada um desses portões.Ou seja:

1- não olhar para coisas que a Torá (nosso referencial do que é luz e o que é escuridão) recomenda não olharmos (principalmente hoje na era do internet)

2- não dar ouvidos a coisas inadequadas (principalmente leshon hará e principalmente nesta era da informação)

3- não falar coisas feias e nem “leva e traz”(de novo leshon hará e

principalmente na nossa era do Facebook)

4- não cheirar o perfume da pessoa proibida à você ,(bons e velhos tempos quando não havia poluição e nem rinite alérgica)

5-não tocar a pessoa proibida (fácil), não ir à um lugar inadequado que pode nos despertar desejos proibidos (principalmente na era do entretenimento)

Quando protegemos nossos “portões” das coisas ruins recebemos um enorme presente de Hashem, como diz o profeta Yashaiahu : -“Abram os portões e entre o povo sagrado …

Quando fechamos os nossos “portões” para as coisas ruins os portões celestiais se abrem para nós e ganhamos no paraíso futuro 310 mundos paradisíacos no qual cada mundo tem um portão que se abre para nós.

Continua o rav Haim Vital que daqui para o paraíso celestial existem muitos tipos de “anjos” que tentam nos impedir de chegar lá, também os sete céus tem muitos e muitos portões com muitos guardas celestiais em cada portão e portão . Depois dos 120 quando a nossa Neshamá deixa esse mundo (e infelizmente hoje em dia os 120 estão ficando modo de falar) esses anjos nos verificam. Se tivermos o mérito eles abrem os portões e nos deixam entrar, se não eles nos empurram para fora e trancam os portões na nossa frente não nos deixando entrar. Por isso devemos ter a sabedoria de demarcar nossos limites e proteger nossos “portões” . Quando nos conscientizamos disso durante a nossa vida nesse mundo  teremos o mérito de todos os portões celestiais serem abertos para nós no mundo vindouro .

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Reê

Nossa Parashá, parashat Reê, nos conta que o sangue é a alma. Todos nós temos corpo e alma. A primeira alma a entrar no corpo é chamada de alma animal e sobre ela a parashá está falando. A Gmará nos conta que no momento em quê uma mãe engravida é colocada nessa gravidez uma alma animal do nível deste mundo onde o bem e o mal estão misturados (Klipat noga ou mais baixo). Essa alma animal está revestida no corpo mas a principal revelação dela é no lado esquerdo do coração que bomba o sangue oxigenado para todo o corpo . Sendo que ela é uma alma espiritual, podemos fazer transfusões de sangue e transplante de coração e ela continua no nosso corpo. Uma segunda alma é dada à cada judeu (e também à quem fez uma conversão casher ao judaísmo , ela já estava vinculada à essa pessoa desde que nasceu e isso que causou à ela querer se converter, por isso está escrito guer shemitgaier e não goi shemitgaier). Essa segunda alma se chama  Neshamá e se reveste na alma animal . Ela é você ! Você que desceu do céu para vencer a corrida de obstáculos que chamamos de vida e vai ganhar por próprio mérito um “baixo paraíso” no qual uma hora eqüivale a setenta anos dos maiores prazeres nesse mundo ou um alto paraíso onde uma hora eqüivale a setenta anos no baixo paraíso como prêmio por ter feito o trabalho Divino, meta da corrida de obstáculos. A Neshamá é pura e linda , cada ano que passa fica mais refinada e reluzente por meio do cumprimento das Mitzvót (mandamentos Divinos). Poderíamos dizer como exemplo que cada ano que passa , enquanto o corpo fica mais velho a Neshamá fica “mais jovem “!

A Parashá também nos conta que Hashem nos escolheu dentre todos os povos. Quem participou desse concurso Divino para ser escolhido?  Nossa Neshamá não poderia participar sendo que ela é diferente das almas dos povos do mundo. Quem se parece com os povos do mundo ? Nosso corpo ! Ele foi escolhido ! O que ele ganhou dessa escolha? Ele ganhou Kedushá! Quando fazemos uma Mitzvá ele recebe Kedushá , nosso corpo se torna mais sagrado e refinado e no futuro quando ressuscitarmos ele vai reluzir mais do que a Neshamá, enquanto que os povos do mundo quando cumprem essa mesma Mitzvá não recebem essa Kedushá.

Conclusão: Agora nossa Neshamá faz nossa alma animal e nosso corpo cumprirem os mandamentos Divinos trazendo para eles Kdushá. Na ressurreição essa kedushá se revela, nosso corpo ressuscita jovem lindo e reluzente e nosso mundo material se tornará um paraíso muito maior do que o alto paraíso,  tudo isso no mérito da Torá e das Mitzvót que estamos cumprindo agora!
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 Ekev

“Porque não somente de pão  viverá a pessoa, mas de toda palavra Divina a pessoa viverá  .” 

Explica o Ari ZaL que a vitalidade da alma não vem por meio da comida mas sim por meio da palavra Divina ! O que é essa palavra Divina? Diz o Ari ZaL , essa palavra Divina é a benção que fazemos antes de comer ! A Brahá tira dos alimentos pequenas luzes Divinas que se misturaram com o lado mal do mundo , por meio da Brahá refinamos essas pequenas revelações Divinas tirando elas das impurezas , delas nossa Neshamá (nossa alma Divina) recebe a sua vitalidade.

Conclusão: Quer ter muita energia positiva ? Capriche nas Brahot !

Nossa Parashá nos conta que na conquista da terra de Israel pela primeira vez a regra era: “Pouco a pouco vou expulsá-los da sua frente “. Diz o Rebe que o mesmo acontece na vida de cada um de nós , na conquista da terra de Israel espiritual na parte que recebemos lá de cima . Ou seja, no nosso trabalho Divino personalizado que inclui nosso refinamento pessoal. A conquista não deve ser feita de uma vez, mas sim pouco a pouco. Não se esqueça que devemos nos esforçar para fazê-la , como dizem nossos Sábios: “Se você se esforçou e conseguiu acredite!”

Diz a Parashá :”Talvez você diga no seu coração :- Esses povos são muito mais numerosos do que eu , como poderei conquistá-los?” (דברים ז’ י”ז)Ou seja, talvez você sinta a realidade ! Você mediu o tamanho do problema e se conscientizou de que não tem a mínima chance de resolvê-lo . Lá vai a regra geral que nos dá Moshe Rabeinu para todo e qualquer problema (incluindo fechar as contas no fim do mês)  : “Não tenha medo deles ! Lembre-se do que Hashem fez ao faraó e a todo o Egito , os milagres , as maravilhas , etc etc etc. Ou seja , isso é o que devemos pensar e sentir sempre em qualquer situação difícil. Se não saiu como queríamos , talvez nos espera algo melhor, mas nós temos que fazer a nossa parte que é viver confiantes a cada instante , nunca pensar que não vai sair como queremos mas sim nos lembrar dos milagres e das maravilhas que Hashem fez no Egito e nos conscientizar que assim ele vai nos fazer agora !

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 Veatchanan

Moshe Rabeinu, depois de  ter conquistado as terras da margem oriental do rio Jordão (que seria a herança das tribos de Reuven , Gad e metade da tribo de Menashe) imaginou que o decreto Divino de não entrar na terra de Israel poderia ter sido anulado como é a regra de qualquer profecia negativa  . Rezou 515 vezes pedindo à D’us para deixar ele entrar na Terra de Israel e alcançar o nível dos mandamentos Divinos ligados à Terra Santa. Hashem responde à ele : “Muito mais do que isso está guardado para você, não continue pedindo isso” . Vemos daqui que se ele continuasse a pedir receberia, mas o ” Muito mais do que isso está guardado para você” ele perderia . Aprendemos daqui que quando rezamos e pedimos muitas vezes para Hashem nos dar algo e nos parece que nossos pedidos não estão sendo levados em conta, o motivo por não recebermos o que pedimos pode ser porque “muito mais do que isso” está guardado para nós , e se recebermos a coisa pequena perderemos a grande , portanto Hashem não nos dá o que pedimos para que possamos receber algo melhor. 

Porque Moshe não fez como Yaakov que rezou para ter uma vida tranquila e no fim seu pedido foi atendido , viveu fora Israel uma vida tranquila até os 147 anos no Egito com Yossef no governo. Moshe poderia pedir à Hashem uma vida tranquila entre judeus fora de Israel com seu sucessor no governo como viveu Yaakov no Egito com Yossef acima dele . Seu sucessor , Yeoshua Ben Nun era seu aluno exemplar, um filho espiritual que no caso de Moshe era até mais importante do que um filho material .

A resposta para isso vemos na continuação (וילך ל”א)  . Hashem diz para Moshe : “Você se deitará com seus pais e se levantará esse povo e se prostituirá atrás de deuses estranhos…”

Nosso patriarca Avraham faleceu com 175 anos . Rashi  (בראשית כ”ה /ל’) explica que Avraham tinha que viver 180 anos como seu filho Itzhak , mas Hashem diminuiu cinco anos da vida dele porque tinha prometido que ele iria falecer tranquilo . Ismael fez teshuvá e Essav ainda não se corrompeu, e isso era falecer feliz.  Mas se ele vivesse mais iria sofrer com a depravação de Essav e não faleceria tranquilo como Hashem lhe prometeu, por isso Hashem o levou  antes da hora. Portanto , antes do falecimento de Moshe que seria a hora propícia para pedir uma vida tranquila na margem oriental do rio Jordão, Hashem lhe comunicou esse futuro acontecimento que o povo vai fazer idolatria e ele já não tinha motivo para pedir mais.

E o que é o “Muito mais do que isso” que Hashem dará à Moshe? O Ari Z”L  dá a resposta para isso baseado na primeira parte desse mesmo versículo :”Você se deitará com seus pais e se levantará ” , diz o Ari Z”l que a última geração é a reencarnação da geração que faleceu no deserto e Moshe próprio se reencarna e se torna o Mashiach ! Tem melhor do que isso ?

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 Dvarim

Parashat Dvarim   nos conta que quando nosso povo planejou passar pelo monte Seir , terra de Edom, para chegar à terra prometida, D’us pede para Moshe dar uma ordem ao  povo de Israel para comprar com dinheiro mantimentos dos Bnei Essav (habitantes de Seir) e até pagar pela água que beberem. O motivo para isso aparece imediatamente no próximo versículo que diz – “ Porque Hashem seu D’us te abençoou em todos os trabalhos das suas mãos e proveu todas as suas  necessidades na travessia desse grande deserto durante quarenta anos, Hashem seu D’us está te apoiando, não te falta nada!”

Isso foi dito à Moshe como uma ordem para ser repassada ao povo de Israel !

Quando o versículo diz que Hashem seu D’us te abençoou, está instruindo o povo para não ser ingrato dando uma impressão de como se eles fossem pobres e mal cuidados por Hashem, mas ao contrário, passem uma imagem de que vocês são ricos! (רש”י שם )

A regra é : Quando somos gratos à D’us pelo que ele nos dá e demonstramos isso, fazemos com que ele nos dê verdadeiros motivos para agradecer. Quando estamos alegres por saber que D’us sempre está cuidando bem de nós, fazemos com que D’us nos dê verdadeiros motivos para justificar essa alegria!

O Baal Shem Tov nos conta que existem duas formas de rezar, uma com muita alegria e entusiasmo e outra com muito choro e amargor. As duas formas são válidas mas a diferença entre elas é que , quando pedimos à D’us com alegria somos como um ministro fazendo um pedido ao Rei , mas quando pedimos com tristeza somos como um pobre fazendo um pedido ao Rei . (Por ser assim no mundo espiritual consequentemente a natureza do mundo material é que:) quando o pobre pede algo para o Rei ele ganha um presente pequeno, mas quando o ministro pede algo para o Rei ele ganha um presente muito grande , por isso temos que rezar com muita  alegria e entusiasmo como um ministro falando com o Rei  ( ליקוטים יקרים)

No final o povo de Israel não atravessou Edom , será que essa ordem foi em vão? Claro que não!  Sendo que a Torá é eterna é os seus ensinamentos são eternos eles são válidos em qualquer época e em qualquer lugar e o fato de essa travessia não ter acontecido na prática mas a ordem ter sido dada só vem reforçar o fato de essa ordem ter sido dada para nós, aqui e agora !

Nossa Parashá também nos conta que :”E foi no quadragésimo ano, no décimo primeiro mês, no primeiro dia do mês, começou Moshe a explicar esta Torá dizendo…”. Dizem nossos Sábios, como traz Rashi , que Moshe explicou a Torá em setenta línguas diferentes.
Porque Moshê precisaria explicar a Torá em setenta idiomas? Rabi Moshe ben Nachman nos ensinou que a Torá, as Profecias e todas as Escrituras Sagradas foram ditas na “Língua Santa” que é o idioma Divino no qual D-eus falou com Moshe e com os Profetas. E, sendo que a Torá é a “Torá de Hashem”, Hashem “nos deu a Sua Torá “, aparentemente o estudo da Torá deveria ser somente na “língua Divina”, a “Língua Santa” . Ou seja, quando D-eus criou a luz não disse nem “Seja Luz” nem ” Fiat Lux” mas sim “Yehi Ohr” ! E isso não é relacionado somente à “Torá Escrita” , cuja classificação é como sua definição , “escrita”. Ou seja, nenhuma letra a menos e nenhuma letra a mais mas exatamente como foi dada por D-eus , e por esse motivo a leitura do Sefer Torá na sinagoga é considerado estudo e tem que se dizer uma benção com nome de Hashem mesmo que o Judeu que está dizendo a benção não entende o que está lendo (e muitas vezes não entende nem a tradução da Benção. Talvez por isso pudéssemos até dizer que a leitura da Torá escrita só poderia ser feita na “língua Santa” , idioma no qual ela foi dada por D-eus ! E não somente isso, mas até em relação às explicações da Torá , chamadas de ” Torá Oral” , mesmo que aparentemente dependem somente do nosso entendimento , ou seja, se não entendemos a Torá Oral não cumprimos a Mitzvá de estudá-la , de qualquer forma sabemos que “pensamento não é fala” e algumas leis que recaem sobre “falar” palavras de Torá são vigentes também em relação a Torá Oral como a proibição de falar palavras da Torá sem roupas (mesmo sendo nesse caso o pensamento é permitido) e também o fato de não podermos fazer uma Benção sobre a Torá que vamos pensar mas somente sobre a que vamos falar. E ainda mais, sendo que a “Torá Oral” também é de D-eus poderíamos dizer que a classificação de “Estudo de Torá” só recaísse sobre a Torá Oral quando fosse dita na língua falada por D-eus, na língua Santa.
Essa foi a ação de Moshe Rabeinu na nossa Parashá. Por meio de ter explicado a Torá em setenta línguas a partir daí recai o nome de “Torá” sobre assuntos de Torá estudados pelo povo de Israel em outras línguas mesmo não sendo essa a língua que D-eus deu a Torá, mesmo assim recai sobre ela a classificação de “Palavras de Torá” a tal ponto que quando falamos assuntos de Torá em outras línguas estamos falando verdadeiras “Palavras da Torá” e se torna proibido falarmos elas antes de dizer a “Benção da Torá” (e nem precisamos dizer que é proibido falar assuntos de Torá em qualquer língua se não estivermos vestidos)
Temos que dizer que a iniciativa de Moshe já foi incentivada pela própria Torá que usa algumas palavras nas línguas dos povos como por exemplo “Yegar Sahaduta” , “Totafot” e etc. O motivo que essas palavras fazem parte da Torá que é toda de Hashem é para que recaia a santidade da Torá sobre essas palavras e por meio disso as línguas dos povos se tornam refinadas para que se possa “repassar” por meio delas as palavras da Torá. Algo assim acontece nos idiomas em geral quando se estuda a Torá naquele idioma que é um derivado das setenta línguas, ou seja, o que a Torá fez em curta escala,( Somente indicando que isso é possível ) e Moshe Rabeinu fez em larga escala , traduzindo toda a Torá para setenta línguas , aparentemente foi uma dica para a nossa situação atual. Surgiram novas línguas todas derivadas daquelas setenta e nós somos os que estão refinando esses idiomas repassando a Torá por meio deles. Talvez o motivo que a Torá nos deu essas dicas de tradução com “Yegar Sahaduta ” que é uma palavra em aramaico e Totafot que é em africano seja o seguinte. Na torre de Bavel aconteceu um milagre que deu origem a setenta línguas e delas saíram todos os idiomas que existem hoje. Sabemos que a “Lingua Santa” que nela D-eus criou o mundo foi falada por Adão e Eva e continuou sendo falada por pessoas de cada geração também depois da torre de Bavel. A maior prova disso é que o Povo de Israel que desceu para o Egito não mudou a sua língua que era a mesma desde a criação do mundo. O Hebraico antigo que foi a primeira lingua existente no mundo deu origem ao aramaico e o aramaico ao árabe. A “Lingua Santa” inspirou os escritores que fizeram o hebraico atual. Poderia pensar, será que o aramaico sendo que é um derivado da “Língua Santa” já vem com a santidade do “Idioma Divino” ? A Torá dá a dica: Está escrito-“Yaakov chamou aquele lugar de “Gal Ed” e Lavan de ” Yegar Sahaduta” ou seja, tanto derivados da “Língua Santa” quanto as outras linguas são o idioma de “Lavan o Arameu” e precisam ser refinados pela Torá !
O motivo que isso foi feito especificamente por Moshe Rabeinu é porque todos os assuntos da Torá foram dados para o povo de Israel por meio de Moshe ,”Moshe recebeu a Torá no Sinai” , a tal ponto que disseram nossos Sábios :-“Tudo que um aluno experiente vai inovar já foi dado para Moshe no Sinai” . Também esse fato de serem chamados de “Torá” assuntos de Torá ditos nas setenta línguas teria que ser revelado pelo próprio Moshe Rabeinu. Dessa mesma maneira vamos esclarecer outro assunto relacionado à tradução da Torá para setenta línguas . Depois que Moshe traduziu a Torá para as setenta línguas , Moshe e os anciões de Israel pediram para o povo para que no dia em que atravessassem o rio Jordão erguessem pedras grandes e escrevessem nelas todas as palavras dessa Torá em setenta línguas . Ou seja, fora o fato de Moshe ter explicado oralmente a Torá em setenta línguas pediu para escreverem a Torá nessas setenta línguas. De acordo com o que explicamos anteriormente poderemos entender o motivo pelo qual as duas coisas foram necessárias . Rabi Moshe ben Maimon diz que a Torá foi escrita naquelas pedras com as letras de cada idioma. Vemos aqui que Moshe conseguiu fazer com que não haja diferença entre traduzir a Torá oralmente para as setenta línguas e escrever ela em setenta línguas. Ou seja, tanto no caso em que a Torá foi explicada em setenta línguas ou no caso que ela foi escrita em setenta línguas , nos dois casos foi considerada “Torá” com toda a devida santidade relacionada a ela. Por isso Moshe também teve que traduzir oralmente a Torá e também pedir para que ela fosse escrita na escrita de cada povo, duas obras distintas, uma para que recaia a santidade da Torá sobre a língua dos povos e a outra para que essa santidade recaia sobre a escrita dos povos, ou seja, para que os livros com assuntos de Torá escritos nas letras dos setenta idiomas também sejam chamados de Livros Sagrados ,”Sifrei Kodesh ” e devam ser cuidados com o mesmo respeito que damos aos livros escritos na “Língua Santa”

Esse livro da Torá, (Devarim) é conhecido como Mishnê Torá, a revisão da Torá. Seu conteúdo foi dito por Moshê ao povo judeu durante as cinco semanas finais de sua vida, enquanto o povo se preparava para entrar na Terra de Israel.
Moshe sabia que tinha os dias contados e pouquíssimo tempo de vida e teria que se dedicar somente para fazer as coisas mais importantes. Qualquer pessoa normal numa hora dessas pegaria umas férias com a Familia. Porque Moshe estava nesse momento tão preocupado em tornar a Torá mais fácil e acessível quando poderia estar curtindo os últimos dias da sua vida com seus filhos e netos? Para exemplificar isso tenho que contar a vocês uma história verídica que aconteceu a muitos anos atrás .

“O vazo chinês”
Um comerciante judeu muito rico tinha alguns filhos. Cada filho ficando adulto entrava no mundo dos negócios e tinha muito sucesso. Certa vez o comerciante desabafou com o seu Rebe e disse:- Graças a D-eus não me falta dinheiro , muito pelo contrário , tenho muito mais do que possa usar em vida, fora o dinheiro que meus filhos fizeram com seus próprios negócios ainda vou deixar para eles uma bela herança, mas uma coisa me magoa : Temos dinheiro mais do que o suficiente e cada filho que cresce quer fazer mais dinheiro , gostaria muito que um filho meu se tornasse um grande rabino, escrevesse livros e vinculasse o nome da nossa família à obras de literatura imortais, mas meu filho caçula , minha última esperança também já está dando sinais que vai ser mais um comerciante e fazer mais dinheiro , por que eles só pensam em dinheiro ? Rebe , me explique, como isso me aconteceu? O Rebe sofreu com o sofrimento do rico comerciante e um momento antes dos dois começarem a chorar o Rebe exclamou :- Me convide para o Shabat, eu quero ver o que está acontecendo ! No Shabat depois do Kidush o filhinho começa a brincar com as velas de Shabat e apaga uma vela . A mãe quase que reclama mas o pai a acalmou imediatamente dizendo :- Ele só é uma criança pequena ! O filhinho continua brincando e arranca uma folha do livro de rezas, novamente o pai diz :- Ele é uma criança pequena ! A criança continua brincando e quebra um vazo chinês. O pai ficou paralisado, ficou branco, a respiração parou, o filhou ficou com medo dessa estranha mudança no pai e parou assustado. O pai com voz tremula mistura de choro e medo, encarou a criança cara a cara e com uma voz tremula cheia de temor disse :- Filho, você sabe o que você fez ? Você sabe o que é um vaso chinês ? Você sabe quanto esse vaso custa ? Você sabe quanto esse vaso viajou até chegar aqui e que cuidados tivemos com ele para que não quebrasse durante toda a viajem? Você sabe que o papai foi para a China comprar esses vasos e a mamãe ficou dois meses sozinha esperando o papai chegar com os vasos? Você sabe que…..! Mas antes de ele dizer mais uma palavra , a “criança pequena” , rompeu em prantos e prometeu que nunca mais vai quebrar um vaso chinês e que sempre vai se comportar com o devido respeito aos vasos chineses e etc etc etc …. E os dois se abraçaram e choraram juntos pela grande tragédia que tinha acontecido. Agora estava claro, a criança já tinha entendido que a única coisa valiosa no mundo , que justifica deixar a mamãe sozinha por dois meses, que merece atenção e cuidado, que faz o papai ficar sério e atordoado, não é a Torá mas sim…..o vaso chinês !!!

Moshe , em suas ultimas semanas de vida poderia passear com a família , comer, beber, jogar conversa fora. Mas, quando a família e o povo viram que Moshe ,a pessoa mais importante do mundo , nas ultimas semanas da sua vida está tão ocupado com o que? Traduzindo a Torá para setenta línguas para facilitar o estudo da Torá aos judeus , para dar mérito a judeus que só sabem falar outras línguas , para tornar o acesso à Torá mais fácil , empenhado e dedicado para que pessoas que nem sabem falar a “Língua Santa” possam saber o motivo que D-eus criou o mundo e o motivo pelo qual nós estamos aqui, Moshe Rabeinu não só nos deu a Torá mas também mostrou para nós que ela é a coisa mais importante que existe no mundo .

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 Matot

Nossa Parashá   nos conta que se alguém faz uma promessa ou um juramento que não consiste em uma coisa proibida pela Torá ele tem a obrigação de cumprir com a sua palavra. Por isso o ideal é sempre dizer “Bli Neder” (sem promessa)  quando prometemos alguma coisa , para deixar claro que não estamos fazendo uma promessa ou um juramento. 

Porque uma promessa de fazer algo que a Torá proíbe não é considerada e continuamos proibidos de fazer aquilo que a Torá proibiu ? Simples ! Sendo que um juramento não tem a capacidade de anular outro e nossa alma antes de descer para o corpo já jurou lá encima que vai cumprir todos os mandamentos Divinos , consequentemente um juramento de fazer algo contra a vontade Divina não é válido.

Conclusão: Não é recomendado pelos nossos Sábios fazer juramentos ou promessas. Então, lembre-se : quando prometer alguma coisa NUNCA se esqueça de falar “Bli Neder”

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 Massei

Nossa Parashá ( Mass’ei) nos conta sobre alguém que matou uma pessoa acidentalmente é chamado de assassino (Mesmo que foi acidentalmente, ele é chamado de “Assassino acidental”) e recebe um  castigo de exílio em uma cidade de refúgio que foi feita para esse fim e  geralmente era habitada pela tribo de Levi que não tinha terra própria . O castigo dele era ficar lá até o Cohen Gadol (sumo sacerdote) falecer. O versículo diz que depois da morte do Cohen Gadol o assassino pode voltar para a sua terra. Porque então a Torá continua chamando ele de assassino  sendo que depois de ele ter recebido o castigo no tribunal deste mundo sua transgressão é apagada no tribunal Divino ? No começo ele é chamado de assassino porque a regra é que coisas boas acontecem por meio de pessoas boas e coisas ruins por meio de pessoas ruins e o fato de a morte acidental ter acontecido por meio dele justifica o adjetivo assassino. Depois que ele cumpre a sua pena e por meio disso se torna um Tzadik , diz a Torá : Depois que morrer o Cohen Gadol voltará o assassino para a terra da sua herança. A linguagem é estranha ! Porque a Torá continua chamando ele de assassino mesmo depois que ele cumpriu sua pena ? Simples:  A Guemará (Macot 11b) nos conta que o Cohen Gadol na função de sumo sacerdote deveria rezar para que esses acidentes não acontecessem  e  o fato de isso ter acontecido mostra  que o Cohen esqueceu de rezar para isso .  A consequência automática disso é uma reza contrária, o exilado reza para que o Cohen Gadol morra rápido para que ele possa voltar do exílio. A mãe do Cohen Gadol levava para essas pessoas roupas e comida para que eles não desejassem o mal da sua família e esse era o único jeito de anular essa propensão de reza, ou seja, depois que ele recebeu roupa e comida dela ele só iria dar bençãos para essa família.

Conclusão : sempre temos que rezar e pedir pelas pessoas próximas a nós para que nada de ruim aconteça por meio delas e também sempre ajudar à quem está ligado à nós para que sempre deseje o nosso bem 

O povo de Israel fez  quarenta e duas viagens entre a saída da escravidão no Egito e a milagrosa entrada na “Terra Santa”. O que há por trás das quarenta e duas viagens que nos dá a obrigação de nos lembrarmos delas todos os anos lendo Parashat Massaei na Torá ?

O Baal Shem Tov nos revelou que cada Judeu e Judia tem um itinerário de viagens para percorrer durante a sua vida planejado lá de cima. A Torá fala sobre quarenta e duas viagens que o povo de Israel teve que fazer, o objetivo dessas viagens eram para elevar pequenas “Revelações Divinas” . Quando damos um exemplo sobre a Revelação Divina comparando-a a uma Luz essas pequenas revelações serão chamadas de “Centelhas Divinas”, o objetivo dessas viagens era fazer um concerto “Tikun” espiritual nesses lugares e elevar essas “Centelhas Divinas”. Em cada lugar eles acamparam, mas ficaram somente o tempo necessário para fazer o “Tikun” e elevar as “Centelhas Divinas” daquele lugar. O Baal Shem Tov diz que cada Judeu e Judia tem um circuito de viagens pré destinadas durante toda a sua vida. Tudo é determinado até os pequenos detalhes, onde vai morar, onde vai trabalhar,para onde vai viajar , onde vai passar uma semana , onde vai passar um ano , onde vai morar mais ou menos tempo.
Um detalhe interessante é que tanto no lugar onde o povo de Israel acampou por um só dia quanto no lugar que eles acamparam por dez anos eles montaram o Mishkan como se fossem ficar lá a vida inteira. Por incrível que pareça vemos isso dia a dia com nossos próprios olhos. Todos nós somos Ashkenazim (Judeus Alemães ) ou Sefaradim (Judeus Espanhóis). Nossos avós vieram de países Árabes ou da Europa oriental, ou seja, somos Sefaradim porque morávamos na Espanha,mas nenhum de nossos avós veio da Espanha, vieram da Síria , do Líbano, do Marrocos. Somos Ashkenazim porque viemos da Alemanha, mas nossos avós Ashkenazim vieram da Rússia, da Polônia, da Hungria, da Romênia. Ninguém mais pode voltar para a Síria ou para o Líbano nem para visitar e ninguém nunca vai querer morar na Polônia ou na Romênia. Todos nós Judeus brasileiros temos ou pais ou avós ou bisavós que vieram de fora, e mesmo nossos avós na Síria e no Líbano eram chamados de Espanhóis (Sefaradim) E nossos avós da Romênia e na Rússia eram chamados de Alemães (Ashkenazim). Ou seja, nenhum de nós não pertencia nem mesmo ao próprio país de onde vinha. Os Judeus que foram expulsos de Recife em1654 fundaram Nova York e eram chamados de Sefaradim, em 1824 Judeus vindos do Marrocos fundaram a Sinagoga de Belém e também eram Sefaradim. Todos nós Judeus temos uma cara Européia ou Árabe mesmo sendo Judeus brasileiros , ou seja, a marca registrada de que somos turistas em qualquer país que estejamos, “Trade Travellers”, e como diz a Wikipedia :-“Turismo de negócios é um deslocamento voluntário temporário, envolvendo fatores como transporte, hospedagem, alimentação e lazer, realizado por um indivíduo com o propósito de desenvolver empreendimentos com fins lucrativos, através de reuniões de negócios, a fim de fechar acordos, comprar produtos ou serviços ou acertar outras questões pontuais relacionadas a atividade de mercado.” Pensamos que tudo que fazemos estamos fazendo para nós próprios mas na realidade é D-eus causando nossas mudanças para que possamos elevar essas “Centelhas Divinas” espalhadas pelo mundo. Fazemos os consertos”Tikunim” todos em um limite de viagens pré determinado. Achamos que conseguimos um emprego melhor e subimos na vida, depois vamos para a China comprar mercadoria e para o Mato Grosso vender a mercadoria,pensamos que somos espertos e lucramos mas simplesmente é D-eus que está causando tudo isso para que cada um possa elevar a sua parte do mundo, a parte que está na sua responsabilidade. Por isso que sobre a saída do Egito
Está escrito que deixamos o Egito como uma armadilha sem isca ou como as fossas oceânicas que não tem peixes, ou seja, tiramos dele a isca que nos atraiu que na verdade eram 288 “Centelhas Divinas”

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  kedoshim

Nossa Parashá nos conta logo no começo sobre a proibição de fazer idolatria . isso nos ltambém uma coisa muito importante. Que temos a obrigação de confiar em D’us Porque se não confiamos em D’eus , automaticamente estaremos confiando em outra coisa, e quem confia em outra coisa a não ser D’eus está abrindo mão da Divina Providência e caindo nas mãos daquilo em que confiou.

Quem acha que não precisa da ajuda Divina por ser muito inteligente e esperto e ter muita força e dedicação , precisa se lembrar de que se D’eus não desse à ele constantemente inteligência, esperteza, saúde e dedicação ele estaria fraco, intelectualmente e fisicamente, e também deixaria escapar grandes oportunidades por não percebê-las a tempo.

Quem confia na própria riqueza tem que se lembrar que sem a proteção Divina essa riqueza poderia ser tirada dele e dada a outros, ou poderia continuar com ele sem que tivesse proveito e ainda fosse obrigado a  protegê-la e aumentá-la até que ela chegar ao destino certo. Ou, no pior dos casos, essa riqueza poderia se tornar o motivo da sua desgraça ou da sua morte.

Quem confia em D’eus vive sempre tranquilo , não fica dependente das pessoas e não tem nada acima de si a não ser D’eus.

Quem confia em D’eus sempre terá como manter sua família , porque D’eus vai fazer com que ele descubra sempre um meio para isso sendo que nenhum meio está oculto para ele em nenhum lugar e em nenhuma época .

Quem confia em D’eus não fica preocupado com coisas que possam acontecer mas sabe que só vão acontecer para ele coisas boas ou que pelo menos sejam para o seu bem . Recebe todos os acontecimentos com alegria e trabalha sempre com muita calma e tranquilidade .

Quem confia em D’eus sabe que D’eus sempre vai dar à ele tudo o que precisar quando precisar e no lugar que precisar , da mesma maneira que D’eus cuidou dele quando ainda estava no ventre da sua mãe, da mesma maneira que D’eus sustenta as aves no céu e os peixes na água e até as criaturas tão pequenininhas e fraquinhas

Quem confia em D’eus sempre vai ser querido por todos, até os animais vegetais e minerais querem o seu bem.

Quem confia em D’eus está confiante que não vai ficar doente, e se isso acontecer pelo menos vai ser uma refinação para a sua alma no lugar de alguma coisa pior .

Quem confia em D’eus não vai passar necessidades em nenhuma época durante todos os dias da sua vida.

Quem confia em D’eus vai estar sempre seguro no seu país e tranquilo no seu lugar,  só terá que mudar dele por motivo Divino.

Quem confia em D’eus vai ser acompanhado pela recompensa da sua confiança neste mundo e no próximo !!!

 

  Shemini

A Parashá nos conta que existem somente quatro animais que são classificados como impuros pelo fato de terem somente um sinal de pureza e não os dois necessários.

Os nomes deles em hebraico são : “hazir” , “Gamal”, “Arnevet” e “Shafan”. Por serem impuros não podemos usar seu leite nem comer a sua carne .

A Torá diz que o Gamal, a Arnevet e o Shafan são impuros por serem ruminantes e não terem casco fendido. O hazir é impuro por ter Casco Fendido e não ser ruminante.

O “hazir” é o porco , único animal no mundo que tem casco fendido e não rumina, foi acompanhado durante nossos mais de três mil e trezentos anos de história e é reconhecido pelos judeus de cada país como símbolo de animal impuro.

O “Gamal” é o camelo que também nos acompanhou durante toda a história . Ele rumina mas sua pata é almofadinha , ou seja, não é casco.

A Torá diz que somente quatro animais no mundo tem um só sinal.

A Guemará (Chulim 60/b) diz que o fato de Moshe não ter sido um caçador de animais (e acrescente a isso o fato de ele não ter conhecido o Brasil ou a Austrália) e mesmo assim saber que existem somente quatro tipos de animais com um só sinal de impureza é a resposta para quem não acredita que a Torá foi dada por Hashem , ou seja , Moshe por si só não teria como saber que existem somente quatro animais com um único sinal de impureza .

Vimos que o único animal que tem a pata fendida e não rumina é o porco . Um dos ruminantes que não tem casco fendido do jeito que a Torá descreve que tem que ser é o camelo que conhecemos . Mas quem é o Shafan e quem é a Arnevet que ruminam mas não tem casco fendido ?

Nas traduções da Torá para o grego e depois para o latim e de lá para as demais línguas o Shafan é traduzido como Coelho e a Arnevet como lebre.

A Guemará em (Meguilá 9/b) nos conta que o rei grego Talmai colocou setenta e dois sábios de Israel em setenta e dois lugares diferentes e ordenou a cada um pessoalmente que traduzisse a Torá para a língua grega.

Cada um desses sábios achava que somente ele estava fazendo isso e omitiu a tradução da Arnevet sendo que o nome daquele animal impuro em grego era o nome da rainha e isso causaria um problema sério.

Aconteceu um milagre e todos os setenta e dois sábios omitiram a tradução da Arnevet , então quem traduziu Arnevet como lebre ? Com certeza não fomos nós !

O primeiro problema com essa tradução é que a Torá fala sobre quatro animais diferentes, quatro espécies e não quatro raças de uma mesma espécie.

O que determina a espécie pela Torá é o fato de eles se cruzarem entre si e terem um filho fértil, isso é a prova que pertencem a mesma espécie .

O filho tem que ser fértil para comprovar que essa espécie estava na arca de Noé e recebeu a benção de Hashem para crescer e multiplicar.

Noach colocou na arca somente um cachorro e uma cadela e hoje vemos inúmeras raças de cães , tão diferentes umas das outras que parecem espécies diferentes, mas a prova que são somente raças de uma mesma espécie é que todos se cruzam entre si e tem um filho fértil que muitas vezes é um simples “vira lata” !

O Coelho e a lebre se cruzam entre si e tem filho fértil , para nós eles são duas raças da mesma espécie . Outro problema e na verdade o principal é que nem o Coelho e nem a Lebre são ruminantes . O editor do primeiro dicionário de hebraico atual , Even Shoshan, teve que traduzir Shafan e Arnevet como Coelho e lebre por assim estarem traduzidos anteriormente nas traduções da bíblia em outras línguas , mas sabendo que esses animais não conferem com os sinais dados pela Torá disse que provavelmente o Shafan e a Arnevet devem ser um Coelho e uma lebre do “Oriente ” , termo usado antigamente para dizer que esse animal caso exista está bem longe de nós e nunca o vimos. Hoje que os animais do Oriente também foram classificados não encontramos dois animais que ruminam e não tem casco fendido fora o camelo . Tentaram justificar que o Coelho acaba comendo as próprias fezes mas isso o porco também faz e a Torá diz explicitamente que o porco não é ruminante . Tentaram dizer que ele move a boca como ruminante mas isso os ratos também fazem e a Torá diz que são três animais que ruminam e não tem casco fendido e não centenas . Conclusão , o Coelho não é o Shafan e a Arnevet não é a lebre !
Descobrimos a América e seus animais, lhama, alpaca, guanaco , vicunha , todos ruminantes mas com pata “almofadinha “, que não é o casco fendido da Torá. Se cruzam entre si e tem filhos férteis , são raças do mesmo animal. Será que descobrimos a Arnevet ? Poderíamos estar nessa dúvida por quinhentos anos mas sabemos que uma ação vale mais do que mil suspiros, então , finalmente uma ação foi feita. Em Dubai foram cruzados o camelo com a lhama e tiveram filhos férteis mostrando ao mundo que camelo, dromedário , lhama, alpaca, vicunha e guanaco são todos raças de um mesmo animal como um cachorro pode ser um pastor alemão ou um pequinês que a única prova de os dois serem cachorros é o fato de eles se cruzarem e terem filhos férteis .
A Torá nos conta sobre o Tachash que existiu até a época da saída do Egito e se extinguiu. Quando as pessoas e animais saíram da arca de Noé e se espalharam pelo mundo , se adaptaram ao meio ambiente . Na Guemará (Shabat 31/a) Hilel diz que os “tarmudim” ficaram com os olhos puxados por viverem entre tempestades de areia e outro povo ficou com os pés largos por viver entre os pântanos . Ou seja, uma espécie não vira outra , o homem não vira macaco e o macaco não vira homem, mas tanto os homens quanto os animais se adaptaram ao meio ambiente dando origem a raças diferentes de uma mesma espécie e a prova que eles são da mesma espécie é o fato de eles se cruzarem entre si e terem filhos férteis . Ou seja, desde que Hashem criou o mundo não surgiram espécies novas mas sim novas raças de uma mesma espécie . Os zoólogos classificaram todos os animais encontrados até hoje e sempre estão mudando os critérios dessas classificações , mas Moshe Rabeino não era zoólogo e já sabia antes da América ser descoberta que mais de quatro espécies com um sinal só de Kashrut não existem. Hoje nesse mundo cheio de animais extintos podemos dizer por enquanto que das quatro espécies que tem um só sinal duas já não existem mais. O Shafan não é o Coelho e a Arnevet não é a lebre, ou seja, o Shafan e a Arnevet estão extintos ! O único animal desses quatro que tem seguro de vida garantido pela Torá é o porco , sendo que nossos sábios dizem que ele vai existir até os tempos do Mashiach e então ele se transformará em um animal Kasher !!! Sabemos que no futuro não existirá impureza e portanto não existirão animais impuros. Será que o fato do porco futuramente se tornar um animal puro é uma dica de que se até ele que foi sempre o símbolo da impureza vai ficar puro então quanto mais os outro ou ele é um caso a parte ?

Vamos pedir à Hashem para trazer imediatamente a Gueulá e aí veremos tudo isso pessoalmente em nossos dias !!

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Vaishlach

No começo da Parashá anterior Yaakov vê Anjos na visão profética que teve no seu sonho. No final da Parashá anterior ele se encontra pessoalmente com esses anjos e os reconhece como sendo aqueles Anjos que ele viu no seu sonho.

Na nossa Parashá ele manda esses Anjos para Essav como primeira tentativa de fazer com ele as pazes. Qualquer pessoa normal se intimidaria em uma situação dessas, mas Essav não se intimida. Os Anjos voltam para Yaakov e dizem que Essav vem atacá-lo com quatrocentos homens

Como pode ser que essas criaturas Divinas não surtiram efeito e Yaakov é obrigado a dividir o povo em dois acampamentos, se preparar para uma guerra, rezar pedindo detalhadamente para Hashem salvar ele do seu irmão, de Essav, para que ele não venha e mate as mulheres e as crianças. E Yaakov se vê obrigado até a mandar presentes para ”subornar” Essav.

E ainda mais, no final de todos esses preparativos Yaakov acaba ficando sozinho e é atacado pelo próprio anjo de Essav que é um dos setenta ”Sarim” responsáveis pelos povos do mundo, um anjo do nível impuro

Para entender isso vamos pular para o final da nossa Parashá que nos conta sobre os sete reis que reinaram em Edom antes de ter um Rei no povo de Israel.

A Torá não conta quantos faraós reinaram no Egito e nem quantos reis reinaram em outros países, deixando a impressão de que a história dos reis de Edom aparentemente para nós é totalmente desnecessária.

Mas na verdade a história dos reis de Edom é a explicação da estrutura espiritual de Essav com toda a expressão que ela tem no mundo, culminando com nosso “Galut Edom” na qual vivemos no momento. E também nos esclarece o fato de Essav não ter se intimidado com os Anjos que mandou Yaakov

Olam HaTohu, o mundo vazio

O Zohar nos conta que a história dos reis de Edom aparece na Torá para nos indicar um fenômeno Kabalistico que aconteceu antes de surgir o mundo de Atzilut, Olam HaTikun

A quebra dos receptáculos

Antes do mundo de Atzilut existia o Olam HaTohu. No Olam HaTohu as “Luzes” , a revelação Divina, eram grandes e os receptáculos pequenos. Cada Sefirá no Olam HaTohu iluminava intensamente e não dava espaço para outras Sefirot. Por causa disso aconteceu a “quebra dos receptáculos” e as luzes se separaram até caírem nos mundos de Briá Yetzirá e Assiá

Por meio do cumprimento dos mandamentos Divinos “consertamos” essas “Luzes” que caíram nos mundos de Briá Yetzirá e Assiá e fazemos elas subirem para o mundo de Atzilut que é o Olam HaTikun, “mundo do conserto”

Na história dos sete reis de Edom encontramos a linguagem “e reinou e morreu” representando as sete Sefirot de Tohu aonde aconteceu a quebra dos receptáculos, por isso está escrito “e reinou e morreu” porque uma queda de nível tão grande é comparada à morte

O mundo do Tohu é a raiz de Essav e o mundo do Tikun é a raíz de Yaakov. Pelo motivo de a raíz do mundo de Tohu ser mais alta do que a raíz do mundo de Tikun está escrito “antes de reinar um Rei em Israel”, demonstrando que os reis de Edom são mais elevados do que os reis de Israel, mas somente na sua raiz

No mundo de Atzilut as Sefirot são divididas em receptáculos separados mas cada Sefirá é englobada das outras Sefirot também, mas com uma intensidade menor que não oculta o aspecto principal de cada Sefirá

O fato de o Olam HaTohu anteceder o Olam HaTikun está lembrado em Parashat Bereshit também: “o mundo estava Tohu vaVohu e escuridão sobre a face do abismo”

Descubrimos assim porque Essav não se intimidou com os Anjos de Yaakov, porque a raiz dele era mais alta do que os Anjos. Por outro lado ele se deixou subornar pelos animais que Yaakov mandou de presente para ele, sendo que as “Luzes” de Tohu caíram tão baixo, até o aspecto mais materializado desse nosso mundo material

Aprendemos com a nossa Parashá que cada um de nós quando começa o trabalho Divino descobre muitas luzes, mas nossos receptáculos ainda são pequenos, e podemos achar que qualquer meio justifica o fim, fazendo do nosso trabalho Divino uma grande mistura entre o bem e o mal, como diz o Pirkei Avot: “estuda, revisa o estudo, e chuta seu pai e sua mãe e quem é maior do que ele”

Aprendemos com a nossa Parashá que não devemos ser como Essav, muitas luzes mas que tem como consequência a quebra dos receptáculos. Mas devemos ser como Yaakov, menos Luzes e mais receptáculos, uma história mais difícil, mas com um final feliz

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Vayetze 5779

Nossa Parashá nos conta que nosso terceiro patriarca, Yaakov, saiu de Beer Sheva e foi para Haran. No lugar aonde ele adormeceu teve uma revelação profética por meio de um sonho aonde ele vê uma escada da terra aos céus e os Anjos de Hashem subindo e descendo por meio dela. Uma escada que liga entre o mundo material e os mundos espirituais

Os quatro mundos

Nosso mundo material com seu lado espiritual é chamado de mundo da “Assiá”, o mundo da ação.

Em um nível espiritual bem acima do mundo da Assiá se encontra o mundo da Yetzirá, o mundo da formação.

Em um nível espiritual bem acima do mundo da Yetzirá se encontra o mundo da Briá, o mundo da criação

E em um nível espiritual bem acima do mundo da Briá se encontra o mundo de Atzilut, o mundo da emanação

Diferente do mundo de Atzilut aonde a revelação Divina é tão grande que não é possível para alguém estar lá e sentir a própria existência, nos mundos de Briá, Yetzirá e Assiá as criaturas já tem uma identidade própria e são nesses mundos que se encontram os Anjos

A origem dos Anjos

A origem dos Anjos é o chamado mundo do “Tohu” que existiu antes e acima do mundo de Atzilut . O mundo do “Tohu” desapareceu por meio do fenômeno Kabalistico conhecido como ”a quebra dos receptáculos”, acontecimento que antecede a criação desses quatro mundos.

Os Anjos se originaram da queda das ”grandes luzes” que caíram para um nível muito mais baixo em forma de “partes separadas”, mas sem perder a ligação com a sua raiz. Mesmo assim a criação deles só acontece a partir do mundo de Briá e de lá para Yetzirá e Assiá

A palavra Anjo em hebraico quer dizer enviado, pelo fato de a função principal deles ser a de trazer o provimento Divino aos mundos e também serem enviados para assuntos diversos

Categorias de Anjos

Serafim

Os Serafim são os Anjos do mundo de Briá. O trabalho Divino desses Anjos é por meio do intelecto, do entendimento da revelação Divina de acordo com o alto nível deles.

Entre os Serafim encontramos os quatro os Anjos principais: Mihael (Hessed), Gavriel (Guevurá), Refael (Tiferet), e Uriel. O Anjo Uriel é chamado de Uriel quando está inclinado para o lado da Hessed e é chamado de Nuriel quando está inclinado para o lado da Guevurá. Eles se encontram no sexto nível do mundo de Briá

Hayot Hakodesh

Hayot Hakodesh são os Anjos do mundo de Yetzirá e o trabalho Divino deles é feito em um aspecto de amor e temor naturais que não surgem como consequência do intelecto. O Anjo Metat… se encontra no mundo da Yetzirá e no Shabat tem acesso ao mundo da Briá. E esse Anjo com todos os Anjos que o acompanham foram vistos na profecia de Yaakov, e por isso ele se refere à eles como subindo e descendo. Subindo do mundo de Yetzirá ao mundo de Briá e depois decendo dele

Ofanim

Ofanim são Anjos que estão no lado espiritual do nosso mundo chamado de mundo da Assiá, eles já são o nível mais baixo dos Anjos. Eles repassam o provimento Divino à setenta Anjos chamados de Sarim que são responsáveis pelos setenta povos do mundo com todas as suas ramificações. Esses setenta Sarim já não são do lado da Santidade Divina. Os Sarim repassam o provimento Divino ao nosso mundo por meio dos astros.

Almas e Anjos

A Neshamá, nossa Alma Divina, já se torna uma entidade por si só no mundo de Atzilut, enquanto que com os Anjos isso acontece nos mundos inferiores a Atzilut, como vimos que os Anjos principais surgem em Briá, determinando a nossa superioridade em relação à eles, e portanto eles são enviados para nós e não nós para eles

Sendo que os Anjos são criaturas Divinas, e tudo que Hashem criou, por motivo Divino não é perfeito, os Anjos, mesmo não tendo livre arbítrio são passíveis de fazer um erro de avaliação. Ou seja, fazer algo contra a vontade Divina achando que isso é a vontade Divina

Por isso, de acordo com o Shlah Hakadosh, um grande Tzadik que viveu há quinhentos anos atrás, os Anjos que estavam subindo pela escada de Yaakov eram os Anjos Gavriel e Refael que receberam uma suspensão desde a época de Avraham Avinu por terem dito em Sodoma que eles iriam destruir a cidade dando a entender que essa era uma decisão da própria autoridade deles.

Yaakov, Rachel e Leah

Nossa Parashá nos conta que Yaakov trabalhou sete anos para que Lavan lhe desse sua filha Rachel em casamento. Lavan o enganou e lhe deu Leah. Uma semana depois Yaakov se casa também com Rachel e trabalha mais sete anos para Lavan

As pessoas da época que conheciam as famílias de Itzhak e de Lavan diziam que Itzhak teve dois filhos e logo após Lavan teve duas filhas, e consequentemente a primeira filha de Lavan se casaria com o primeiro filho de Itzhak e a segunda com o segundo

O Zohar nos conta que a cobra no paraíso roubou por meio de trapaça as bençãos de Adam

Diz o Ari Zal que Yaakov era a reencarnação do nível Neshamá da Alma de Adam e esse era o conserto que ele tinha que fazer durante a sua vida

Depois que Adam comeu a fruta proibida culpou Havá de tê-lo induzido à isso e se separou dela durante 130 anos.

O anjo da morte, entidade espiritual negativa do lado impuro, tinha um aspecto feminino, uma esposa

Essa entidade espiritual negativa chamada de Li… se revelou para Adam e viveu maritalmente com ele. Esse “adultério” causou para Adam uma tragédia muito grande e a consequência disso era que nasciam Almas Divinas em corpos de demônios durante todos esses 130 anos

Yaakov é a reencarnação de Adam para consertar esse adultério e Essav é a reencarnação da cobra que causou tudo isso

Yaakov tinha que pegar de volta as bençãos que a cobra roubou dele também por meio de trapaça que foi o meio que ela usou.

Uma vez Yaakov comprou a primogenitura de Essav, a segunda vez sua mãe o obrigou a receber as bençãos de Itzhak por meio de trapaça, e agora Lavan dá para ele a esposa de Essav por meio de trapaça.

Tudo isso faz parte do plano Divino no qual Adam tem que recuperar cada coisa que a cobra roubou dele também por meio de trapaça, mesmo que já não é uma trapaça dele

A Parashá nos conta que Leah se sentiu odiada por Yaakov e por causa disso Hashem deu para ela o que ela mais queria: filhos!

Como pôde Leah se sentir odiada sendo esposa de alguém tão bom como Yaakov, e a ponto de Hashem indenizar ela de maneira tão maravilhosa, dando para ela o que ela mais queria.

Com certeza Yaakov não odiava ela, sendo que Yaakov cumpriu toda a Torá antes de ela ser dada fora esse detalhe de se casar com duas irmãs, e isso Yaakov fez por ela.

Com certeza ele cumpriu o preceito fundamental da Torá de amar ao próximo como a si mesmo, e não existe ninguém mais próximo de uma pessoa do que a própria esposa. Yaakov com certeza não odiava ela

Mas com certeza ele amava Rachel e consequentemente ela se sentia odiada

Daqui aprendemos um ensinamento muito importante. Sempre que passamos por um sofrimento recebemos de Hashem uma compensação tão grande que se pudéssemos escolher optaríamos por sofrer para receber essa compensação, sendo que ela é enormemente maior do que o sofrimento, como vimos anteriormente no caso de Hagar

Hagar era uma princesa e foi dada para Sarah como escrava pelo seu pai, o Faraó.

No começo Sarah tratou ela como uma princesa que se tornou sua aluna em assuntos espirituais.

Mas quando Hagar começou a se comportar com extrema prepotência e as funções se inverteram, Avraham autorizou Sarah a tratar Hagar como escrava e Hagar fugiu.

Nessa fuga, o anjo enviado para Hagar diz para ela voltar para Sarah e continuar sendo afligida, e no mérito disso ela vai ter um filho. Nessa hora todo o sofrimento já começa valer a pena para Hagar e ela volta.

Daqui aprendemos uma regra da Torá. As vezes não merecemos uma coisa tão boa. Então surge um pequeno sofrimento e a causa dele é a nossa vida ficar muito melhor. Então, não vamos pensar mais nos sofrimentos mas sim não grandes bençãos que eles nos trazem

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Toldot 5779

Nossa Parashá nos conta sobre a gravidez da segunda matriarca do nosso povo, Rifka. Rifká rezou muito para engravidar, sua reza foi atendida e ela engravidou de gêmeos.

Dizem nossos Sábios que quando ela passava ao lado da Yeshivá onde Shem, o filho de Noach ensinava Torá, a criança se movia dentro dela como se quisesse correr para fora. O mesmo acontecia quando ela passava ao lado da Yeshivá de Ever, bisneto de Shem.

Mas quando ela passava perto de alguma idolatria, a criança também queria correr para fora, o que a colocou em desespero e ela começou a se questionar se valeu a pena ter rezado para engravidar

A Yeshivá de Shem e a Yeshivá de Ever

Diz o Rambam que Shem, o filho de Noach, e seu bisneto Ever, faziam parte das poucas pessoas que já tinham o conhecimento Divino antes de Avraham Avinu

Naquela época, Shem e Ever tinham duas Yeshivot em Beer Sheva e ensinavam lá a Torá de acordo com o nível de conhecimento deles

Segundo a Hassidut, a Torá que Shem ensinava tinha um aspecto de Torá escrita e a Torá que Ever ensinava tinha um aspecto de Torá Oral. Mais futuramente, nosso último patriarca, Yaacov, estudaria quatorze anos nessas duas Yeshivot

Porque Rifká foi se consultar com Shem e Ever e não com Itzhak?

Rifká estava no desespero, e mesmo sabendo que seu marido Itzhak tinha um conhecimento Divino maior do que Shem e Ever sendo que estudou diretamente com Avraham Avinu, mesmo assim ela foi se consultar com Shem e com Ever

Sendo que ela tinha pressionando tanto Itzhak para rezar para que ela engravidasse e Hashem atendeu a reza dele até mesmo antes de ter atendido a reza dela, agora ela não poderia dizer para ele que estava arrependida de ter rezado

A resposta Divina

A revelação Divina pairou sobre Shem e Ever e eles revelaram para ela que ela carregava dois povos na sua barriga, um iria se desviar para o bem e o outro para o mal

A Guemará nos conta que quarenta dias antes da formação do feto, o anjo responsável pela gravidez recebe de Hashem todos os detalhes sobre essa criança que vai nascer.

Quase tudo é determinado lá de cima, e isso é chamado de Mazal. Já está pré-determinado se essa pessoa vai ser rico ou pobre, inteligente ou ignorante, etc etc etc. A única coisa que depende somente de nós é se alguém vai ser Tzadik ou Rashá. Ou seja, se ele vai para o bom caminho ou para o mal caminho

Então, como pode ser que Shem e Ever aparentemente já sabiam que um dos filhos dela vai ser bom e o outro não? E ainda mais, eles já tinham essa inclinação dentro da própria barriga da mae até antes mesmo de nascerem!

Dois tipos de Almas, dos trabalhos diferentes

O Rebe explica que Hashem tem um prazer muito grande do nosso refinamento pessoal, do nosso ”Trabalho Divino”.

Mas como por exemplo, no nosso mundo material existe um prazer em se comer um docinho e um prazer em se comer um salgadinho, lá encima existe um prazer muito grande quando fazemos uma coisa boa, e Hashem também fica muito feliz quando nos controlamos e deixamos de fazer uma coisa ruim.

Existem Almas que desceram para esse mundo para fazer coisas boas que ainda não tinham tido tempo de fazê-las na reencarnação anterior. Eles já nascem com uma boa inclinação que vai ajudá-los a fazer essas coisas boas na prática, como no caso de Yaakov que na barriga da sua mãe já queria sair para as Yeshivot de Shem e Ever, e depois que cresceu foi estudar lá durante quatorze anos. Vamos chamar o trabalhoExistem Almas que desceram para esse mundo somente para se controlar e não fazerem coisas ruins que provavelmente fizeram na reencarnação anterior e agora desceram para esse mundo para consertar o que fizeram de errado.

Elas já nascem com uma má inclinação, sendo que esse é o trabalho Divino delas, de controlar essa má inclinação para se refinar, como no caso de Essav que na barriga da sua mãe já tinha essa inclinação para a idolatria e queria sair para ela. Vamos chamar o trabalho Divino dele de salgadinhos

E assim também somos nós. Tem quem nasce com uma boa inclinação e o seu esforço é para fazer mais e mais coisas boas e tem quem nasce com uma má inclinação e o seu esforço é só para se controlar e não fazer coisas ruins. E cada um de nós é julgado lá encima de acordo com o trabalho Divino que nasceu para fazer.

Muitas vezes ficamos desanimados por não termos nascido em uma comunidade judaica religiosa, e pelo motivo de termos nascido em uma família laica em um país como o Brasil, quando deixamos de trabalhar no Shabat, começamos a rezar em uma Sinagoga e participar de aulas de Torá sentimos que não conseguimos acompanhar o ritmo desses que nasceram em uma família religiosa e estudam Torá desde os três anos de idade. Mas o contrário é o certo!

Mesmo sendo mais fácil comer em qualquer lugar, nos controlamos e optamos por comer kasher

Mesmo que o nosso negócio aparentemente poderia render mais se estivéssemos trabalhando no Shabat e nas festas judaicas, mesmo assim nos controlamos e não trabalhamos no Shabat e festas judaicas

Mesmo que no nosso ambiente estamos expostos à uma sociedade que não segue a Torá, nos controlamos e abrimos mão de muitos prazeres desse mundo para seguir a Torá

E mesmo se um belo dia nos compararmos à uma família religiosa do Brooklyn e sofrermos em ver a facilidade que eles tem quando entram em um supermercado onde tudo é kasher e barato enquanto nós perdemos tanto tempo para verificar cada produto no supermercado se está na lista de produtos kasher ou não…

e depois, o pouco tempo que sobra para estudar Torá perdemos para tentar traduzir as palavras para o português, e as vezes não conseguimos acompanhar as rezas por não lermos um hebraico fluente

Mesmo assim não se preocupe! Provavelmente nosso trabalho é “salgadinhos” e temos que ter orgulho disso, mesmo que por causa disso não conseguimos ser como uma família do Brooklyn.

Ou seja, se Essav tivesse se controlado ele nunca teria tido tempo de ser como Yaakov, mas seria tão importante quanto, como diz a Guemará sobre o versículo no qual Shem responde para Rifká, “dois povos na sua barriga”, diz a Guemará que pelo fato da palavra “goiim” (povos) estar escrita no Sefer Torá como “geiim” (nobres) ela está indicando os dois maiores nobres da nossa história que foram Rabi Yehuda HaNassi e o imperador romano Antoninus que se converteu ao judaísmo.

Com certeza Antoninus estava ocupado em se comportar de acordo com a Torá dentro das condições que Hashem deu para ele e não tinha como ser igual à Rabi Yehuda HaNassi, mesmo assim a Guemará compara um ao outro. Dois tipos diferentes de trabalho Divino que no final chegam de duas formas diferentes ao mesmo lugar

Hayei Sarah   5779

Nossa Parashá nos conta sobre o falecimento de Sarah, a primeira matriarca do nosso povo, e todos os fatos ligados à esse acontecimento.

Avraham se empenhou ao máximo para comprar um túmulo para Sarah no campo aonde estavam enterrados Adam e Havá

Ele negociou com os habitantes locais e acabou pagando uma fortuna por esse campo aonde ficava a caverna com os túmulos de Adam e Havá que fica em Hebron.

Avraham enterrou Sarah, chorou por ela e logo após enviou Eliézer para Haran na Síria para trazer de lá uma esposa para Itzhak

De vez enquanto aparecem no Sefer Torá letras grandes ou pequenas nos indicando um assunto profundo que se encontra por trás dessa escrita. Nossa Parashá é um desses locais

A letra “כ” da palavra “ולבכותה” que quer dizer “e chorar por ela” aparece pequena, e assim ela deve ser escrita no Sefer Torá

A explicação para isso é que ele chorou pouco. Todos os comentaristas concordam que a explicação para isso é que ele não chorou muito, e as divergências são somente em relação ao motivo de ele ter chorado pouco

Quando analisamos o perfil do nosso patriarca Avraham vemos uma coisa muito interessante.

Ele sempre está olhando para frente, como diz o versículo: “Avraham estava velho, vinha com os dias”. Aparentemente uma linguagem estranha

Mas uma linguagem que nos indica que cada dia dele foi aproveitado para o trabalho Divino. Ou seja, chorar é passado e Avraham vivia o presente, vivia o trabalho Divino de cada dia.Está escrito que as atitudes dos patriarcas são uma sinalização para nós, seus descendentes.

Aprendemos com Avraham a direcionar nossa energia para as coisas positivas que devemos fazer, e mesmo quando existem todos os bons motivos do mundo para chorar, não devemos chorar muito,

devemos direcionar as nossas energias para o lado positivo, e fazer tudo com muito entusiasmo e muita alegria

Principalmente na nossa geração em que a tristeza é um gatilho para a depressão que é a doença mais badalada dos tempos modernos com todas as suas consequências destrutivas

Eliézer, o primeiro Shlia’h

Eliézer nos conceitos de hoje seria chamado de “o secretário de Avraham”.

Eliézer era o primeiro emissário da história judaica

Ele era um descendente de Canaã que foi amaldiçoado por Noa’h, e quando cumpriu a missão para a qual Avraham o enviou, ele se transforma de amaldiçoado em abençoado,.

E até o próprio Lavan, o grande feiticeiro descobre isso e diz :- “Venha abençoado por D’us”

Aprendemos com Eliézer o que é um Shlia’h, um emissário.

Avraham mandou Eliézer para Haran na Síria procurar uma esposa para Itzhak na família de Avraham.

Eliézer tinha uma filha e ele gostaria muito que ela fosse a esposa de Itzhak, e mesmo assim ele se dedicou totalmente à sua missão, mesmo que pessoalmente tinha tudo a perder por causa disso.

Daqui aprendemos o que é um Shlia’h, um emissário.

O Shlia’h é alguém que absolutamente não considera sua própria opinião, mas considera somente a opinião de quem o mandou,

Mesmo que essa missão vai trazer um grande benefício para quem mandou e um grande prejuízo para quem foi mandado, como no caso de Eliézer que queria casar sua própria filha com Itzhak,

Mesmo assim, a tal ponto ele não considera a si próprio em relação à quem o mandou, que cumpre a sua missão com tanto entusiasmo e está tão envolvido nela que esquece de si próprio e sente como se ele próprio fosse quem o enviou

O principal problema na nossa geração é a falta de conhecimento em relação aos assuntos judaicos, e o Rebe mandou à nós, seus emissários, irmos aos cantos mais distantes do mundo para ensinar o judaísmo ao nosso povo

Em 1978 quando estudava na Yeshivá de Kfar Habad em Israel, um dos meus professores era um grande Tzadik, uma pessoa muito elevada.  O nome dele era rav Mendel Futerfas.

Entre os grandes feitos dele estava o fato de ele ter passado dez anos em uma prisão soviética na Sibéria.

Certa vez ele nos disse:- nossa comunidade é como adubo orgânico (fezes de vaca).

A característica do adubo orgânico é que, quando ele está armazenado em um lugar só , ninguém aguenta o cheiro, mas depois que ele se espalha pelo campo ele faz todo aquele campo florescer,

E assim ele nos explicou, que quando nos espalharmos pelo mundo vamos fazer o mundo florescer, mas por enquanto ainda não tínhamos nos espalhado pelo mundo…

E esse é o aspecto que nós, os emissários da última Shli’hut, temos em comum com Eliezer, o primeiro Shlia’h

Por causa da sua extrema dedicação , Eliezer conseguiu tirar a si e a sua família da maldição de Noa’h que era algo aparentemente irreversível, e se transformar à si e à toda a sua família em abençoados por D’us

Nós, os Shlu’him da última geração, também. Saímos da classificação que o rav Mendel disse que éramos antes e estamos fazendo o mundo Judaico florecer…

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Vayerá  5779

Os três anjos

Nossa Parashá nos conta que depois de ter feito o Brit Milá, nosso patriarca Avraham recebe a visita de três anjos que desceram para esse mundo em forma humana.

Diz o Zohar que nesse caso foram necessários três anjos diferentes. O motivo para isso é que o anjo não tem como fazer algo que não está na sua categoria, e aqui deveriam acontecer coisas de três categorias diferentes

A palavra מלאך, anjo em hebraico, quer dizer enviado. Ou seja, ele é enviado para um assunto específico e não para outro.

Diz o Zohar que esses três anjos que vieram visitar Avraham tem como essência três Sefirot diferentes.

Em outras palavras, eles não tem como ser enviados para um assunto que não tem a ver com a essência deles, com a Sefirá à qual eles pertencem

O Zohar nos conta que esses três anjos eram Mihael, Gavriel e Refael que se revestiram no “ar” e desceram para esse mundo em forma de pessoas

O anjo Mihael é o responsável pelo “lado direito”, a Sefirá dele é Hessed e todas as coisas boas, todas as bençãos que vem das Sefirot do lado direito foram entregues na sua mão.

Nesse caso ele foi enviado para oficializar o que Hashem prometeu na Parashá anterior, que Sarah vai ter um filho

O anjo Gavriel é o responsável pelo “lado esquerdo” e a Sefirá dele é a Guevurá. Ele é responsável pelas punições que acontecem no mundo. Ele foi enviado para destruir Sodoma e Gomorra

O Anjo Refael é o “responsável pelas curas” e a Sefirá dele é a Tiferet. Ele veio curar Avraham do Brit milá

Como vimos, o anjo Mihael veio para Sarah, Refael para Avraham e Gavriel para Sodoma e Gomorra. Então, o que o anjo Gavriel estava fazendo na tenda de Avraham?

E ainda mais, os anjos perguntam para Avraham “Aonde está Sarah sua esposa”. Será que os anjos não sabiam que ela estava na tenda? Como pode ser que até Mihael, que veio especificamente para ela, não sabia aonde ela estava?

Diz o Zohar que o anjo só sabe deste mundo o que é revelado para ele. Nesse caso, por motivo Divino, nem o anjo Mihael que veio comunicar à Sarah que ela vai ter um filho sabia aonde ela estava e foi obrigado a pergutar para Avraham.

Se ele veio somente para ela, porque não foi revelado para ele onde ela estava?

E ainda mais, da linguagem do versículo entendemos que os outros anjos, que não foram enviados para ela, também perguntaram aonde ela está.

Se cada anjo atua somente na sua categoria, porque os outros anjos também tinham que perguntar por ela se eles não tinham nenhuma missão direcionada a ela?

Avraham responde para eles que Sarah está na tenda. Rashi explica que Avraham usou essa linguagem para determinar que ela tem pudor e por isso não está aqui com eles. Ou seja, nem um copo de água ela vai trazer para eles porque ela é uma mulher e eles são homens.

Na próxima Parashá, quando Eliezer vai procurar uma esposa para Itzhak, pede para Hashem que a jovem a qual ele pedir um copo de água e ela der água para ele e também para todos os seus camelos será a esposa de Itzhak, a nora de Avraham.

Rashi explica que, sendo que ela é generosa, essa é a prova de que ela é adequada para entrar na família de Avraham.

Ou seja, se ela não desse o copo de água para Eliezer que era um homem, não se casaria com Itzhak.

Como pode ser que aqui na nossa Parashá Avraham se comporta de uma maneira exatamente contrária ao seu próprio perfil!

E mais, quando o anjo Gavriel vai destruir Sodoma e Gomorra, o anjo Refael vai com ele. O motivo que a Torá dá é de que Hashem se lembrou de Avraham para salvar Lot, e portanto o anjo Refael vai com a Anjo Gavriel sendo que salvar e curar estão na mesma categoria

Lot, Rut e o Rei David

Diz o Zohar que a diferença entre Noach, Avraham e Moshe Rabeinu é que Noach não rezou por ninguém, Avraham rezou somente pelos Tzadikim e Moshe Rabeinu rezou por todos

De acordo com o Zohar, Avraham não rezou por Lot para não dizerem que Lot por ser parente dele, mesmo não sendo Tzadik foi salvo pela reza de Avraham

Como pode a Torá dizer que Lot foi salvo no mérito de Avraham se Avraham rezou do pelos Tzadikim e explicitamente não rezou por Lot ?

Na Parashá anterior vimos que Avraham arriscou a própria vida e a vida das pessoas que o ajudaram para salvar Lot dos quatro reis que o tinham prendido.

Nessa ocasião Avraham não pediu para Lot voltar a morar com ele e não cobrou dele um comportamento melhor. O único interesse de Avraham era de que Lot continuasse vivo

A explicação do Guerer Rebe

Rabi Itzhak Meir Alter foi o primeiro Rebe da cidade de Gur na Polônia, há 150 anos atrás. Aquela cidadezinha originalmente era um centro religioso católico.

Em 1859 quando o Rebe Itzhak Meir assumiu o rabinato dos Hassidim de Kotzk, mudou-se para a cidade de Gur e a chamou de “Guer”, que em Hebraico quer dizer “convertido”

Ou seja, aquela cidade que fazia parte de um roteiro de peregrinação católica se converteu em um grande centro Judaico, atraindo para si uma verdadeira peregrinação de judeus de todos os cantos da Polônia

Rebe Itzhak Meir explicou que Avraham salvou Lot dos quatro reis porque de Lot sairia Rut e dela sairia o Rei David

Diz o Ari Zal que na Alma de Lot estavam as Almas de Rut e do rei David

O Ari Zal nos revelou que Avraham Avinu era uma reencarnação do nível ”Nefesh” de Adam Harishon

O Midrash nos conta que Hashem mostrou para o primeiro homem cada geração e os judeus mais destacados dela. Quando chegou ao Rei David, Adam se entusiasmou, mas Hashem revelou à ele que o Rei David seria um aborto.

Ouvindo isso, Adam Harishon deu 70 anos da própria vida para o Rei David. Ou seja, Avraham tinha um vínculo de Alma com a Alma do Rei David que estava em Lot e por isso tinha que salvá-lo

E agora que o anjo Gavriel foi enviado para destruir Sodoma e Gomorra novamente Avraham teria que salvá-lo

Diz Rabi Itzhak Meir, o Guerer Rebe, que o que aconteceu na tenda de Avraham foi o julgamento de Lot

Ou seja, Lot por si só não teria o mérito de ser salvo, mas dele sairia Rut a Moabita que se converteu ao judaísmo e dela saiu o Rei David

A Torá proibe um Moabita, mesmo convertido, de se casar com uma mulher Judia.

A própria Torá traz o motivo para isso, de que eles não levaram pão e água ao nosso povo quando eles saíram do Egito

Quando Avraham responde que Sarah está na tenda, ou seja, que a mulher por motivos de pudor não deve levar pão e água para os homens e nem para mulheres, ou seja, Sarah está na tenda e não é bonito para a filha do Rei se expor, Avraham está determinando que Rut, por ser mulher, não se enquadra dentro do decreto da Torá que proíbe o casamento com Moabitas, e consequentemente o Rei David que saiu dela pôde ser o Rei de Israel ungido pelo profeta Shmuel

O anjo Gavriel estava lá somente para ouvir isso. Ouvindo isso ele foi obrigado a abrir espaço ao anjo Refael para salvar Lot, e quando Refael passava com a família de Lot, Gabriel ia destruindo atrás dele

Quando Avraham viu que Gavriel estava indo para Sodoma acompanhado de Refael não precisou mais rezar por Lot, sendo que a salvação dele estava garantida

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Lech Lechá  5779

Na Parashá anterior Hashem faz um pacto com Noach de que não vai mandar novamente um dilúvio para toda a humanidade. O sinal desse pacto é o Arco-íris

O motivo desse pacto ter sido necessário é para que, caso a humanidade se comporte novamente como a geração que causou o dilúvio, mesmo assim não haverá mais dilúvio, mas se não tivesse o pacto haveria novamente um dilúvio.

O pacto entre os animais divididos

Nossa Parashá nos conta que Hashem tinha prometido para Avraham que seus descendentes iriam herdar a terra aonde ele se encontrava. Hashem pede para oficializar isso por meio de um pacto

Esse pacto foi feito exatamente da mesma forma que os reis daquela época faziam acordos de cooperação militar entre duas nações, passando entre animais divididos para oficializar o acordo. E assim Hashem pede para Avraham passar entre os animais divididos e o acordo começa.

Avraham adormece profundamente e tem uma revelação profética que consiste nos detalhes desse pacto que está acontecendo

Hashem diz para Avraham que seus descendentes serão escravizados e sofrerão por quatrocentos anos em uma terra estranha. O povo que os afligirá será sentenciado e eles sairão de lá com grandes riquezas.

É revelado para Avraham que ele vai ter o mérito de falecer em paz e cheio de satisfação, ou seja, isso não vai acontecer enquanto ele estiver vivo

Hashem revela para ele que a quarta geração dos seus descendentes voltará para a essa terra. Porque só então as transgressões dos povos dessa terra chegarão ao limite que justifique o final da permanência deles lá.

Depois que isso é revelado para Avraham, fumaça e fogo passam entre os animais divididos para concluir o pacto

Logo após, a Torá nos traz os detalhes desse acordo entre Hashem e Avraham determinando as fronteiras da terra que é dada à Avraham por meio desse pacto, com as palavras “para a sua descendência eu dei”, determinando que por meio desse pacto nos foi dada a terra que antes Hashem tinha somente dito que iria dar.

A partir desse pacto recebemos irreversívelmente essa terra todo o tempo que estivéssemos sobre ela.

Rabi Moshe ben Nahman, também chamado de Ramban, foi um grande Tzadik que viveu na Espanha há 800 anos atrás. Ele explicou que quando Avraham chegou à terra prometida, Hashem disse para ele: -“Para os seus descendentes eu vou dar essa terra”, e não deu detalhes sobre as fronteiras dela.

poderíamos entender desse versículo que se tratava somente dos lugares que Hashem mostrou para Avraham, que andou até Shchem chamado também de Elon Moré

Depois disso, diz o Ramban, quando aumentaram os méritos de Avraham naquela terra, Hashem aumentou a promessa dizendo:- “Levante os seus olhos e veja o norte, o sul, o oriente e o ocidente”, mostrando para ele os pontos cardeais e indicando com isso que também o espaço que está além da sua visão será dado à sua descendência.

Naquela segunda promessa Hashem acrescentou que vai dar essa terra para a sua descendência para sempre, e que a descendência dele seria tão numerosa como o pó da terra.

Agora, no pacto que foi feito entre as partes dos animais, na terceira vez que Hashem fala com ele sobre a terra que vai ser dada, as fronteiras da terra são determinadas desde o Rio Prates no Iraque, incluindo Israel e chegando até o Rio do Egito.

Cada um dos dez povos que morava dentro dessas fronteiras foi citado para não deixar nenhuma dúvida sobre essa demarcação

Motivo do pacto entre os animais divididos

A necessidade de ter sido feito um pacto foi para que caso nosso comportamento não fosse adequado, isso já não poderia mudar a determinação Divina, como vemos em relação ao pacto que Hashem fez com Noach, que mesmo as pessoas se comportando novamente como na época do dilúvio não haverá outro dilúvio por causa daquele pacto

O pacto do Brit Milá

No final da Parashá, quando Hashem pede para Avraham fazer o Brit Milá faz com ele mais um pacto.

Esse pacto vem acrescentar que essa terra é nossa eternamente, caso ela seja conquistada por outros povos mesmo assim ela continuará sendo nossa e voltaremos à herdá-la

Hashem também acrescenta que ele vai ser sempre o nosso D’us e que ele pessoalmente vai nos dirigir, e não seremos dirigidos por intermediários como os astros ou os anjos responsáveis pelos setenta povos.

Assim Avraham se torna o primeiro judeu, diretamente ligado à D’us, sem intermediários

Porque Hashem teve que acrescentar nesse pacto feito no Brit Milá que essa terra, de acordo com essas fronteiras citadas no pacto anterior entre o rio Prates e o rio do Egito e que são bem maiores do que o estado de Israel de hoje, será nossa herança eterna?

A regra da Torá é de que quando um povo conquista uma terra ela passa a ser dele, como no caso de Sihon rei dos emoreus que conquistou parte de Moav.

Naquele caso, mesmo que para nós seria proibido conquistar uma parte de Moav porque Hashem deu a terra de Moav aos filhos de Lot e fomos proibidos pela Torá de conquistá-la, quando Sihon à conquistou, ela deixou de pertencer à Moav e passou a pertencer aos emoreus, e por isso nos foi permitido conquistar essa terra de Sihon.

Quando a Torá traz uma regra geral, para algo sair dessa regra a própria Torá tem que trazer um versículo determinando essa excessão.

E por isso foi necessário esse pacto do Brit Milá, para tirar a nossa terra dessa regra geral e torná-la uma excessão de regra.

Ou seja, mesmo que hoje existem outros países nesses lugares que Hashem deu à nós, descendentes de Avraham, mesmo assim essa terra não deixou de ser nossa e no futuro nós a herdaremos

Por isso na primeira vez o versículo diz:- “para a sua descendência eu vou dar”. Uma linguagem que indica uma coisa que ainda vai acontecer.

Também na segunda vez que Hashem promete a terra à Avraham é usada essa mesma linguagem, porque até aquele momento ela não tinha sido totalmente dada

Na terceira vez, na hora do pacto entre as partes dos animais, Hashem diz:- “Para a sua descendência eu dei”, determinando que está fazendo um pacto sobre a terra que já nos foi dada

Na hora da Brit Milá, quando Hashem diz sobre a terra prometida “para herança eterna”, ele usa o termo “dei para você” em relação ao futuro.

Ou seja, ela continua sendo nossa mesmo quando não está nas nossas mãos, mesmo quando está conquistada por outros povos, mesmo assim ela continua nossa

Galut Ishmael, o exílio entre os árabes

Rabi Yehuda no Zohar diz que não existe uma Galut tão difícil como a Galut Ishmael

Quando Hashem acrescenta a letra H nos nomes de Avraham e Sarah e revela para Avraham que ele vai ter um filho com Sarah, Avraham pede para Hashem para que Ishmael viva com temor Divino, ou seja, pede para que Ishmael seja a sua continuação.

Hashem não concorda com isso, e revela para ele que ele vai ter um filho com a Sarah e esse filho vai se chamar Itzhak, e ele vai dar continuidade ao pacto feito entre Hashem e Avraham

Hashem concorda em fazer do Ishmael um grande povo mas deixa claro que a continuação do pacto é com Itzhak que vai nascer de Sarah nessa época no próximo ano

Diz o Zohar que pelo motivo de Avraham ter pedido por Ishmael e Ishmael ter feito o Brit Milá antes de Itzhak nascer, o anjo responsável pelo povo de Ishmael pediu para Hashem durante quatrocentos anos para que os descendentes de Ishmael fossem comparados à nós no mundo superior.

O que fez Hashem? Afastou o povo de Ishmael lá encima como tinha sido determinado desde o começo, mas para compensar isso deu a parte deles aqui embaixo na Terra Santa por causa do Brit Milá deles

Disse o Zohar aproximadamente no ano 150 da era comum, que futuramente os árabes vão dominar a Terra Santa por muito tempo quando ele estiver vazia, como o Brit Milá deles é vazio e sem perfeição, e eles vão impedir o povo de Israel à voltar para o seu lugar até terminar o mérito do povo de Ishmael

Quem na época do Zohar na qual Israel fazia parte de um império romano europeu, com equipamentos extremamente avançados em relação aos árabes, quem poderia imaginar naquela época que no ano 636 aqueles árabes conquistariam Israel e estariam lá até agora?

Com certeza na época do Zohar todos achavam que isso era uma metáfora ou coisa parecida.

Ninguém imaginaria esses mísseis de Gaza caindo em Beer Sheva, balões com explosivos, facadas todo dia, autonomia árabe na própria Judéia que era o principal da nossa civilização incluindo os túmulos dos nossos patriarcas e matriarcas e que por isso somos chamados de judeus, Hamas em Gaza, Fatah em Ramalla, hizb’alla na fronteira norte, e a gente torcendo para o Brasil ter a coragem de mudar o consulado para Jerusalém. O Irã fazendo mísseis com GPS para jogar em Tel Aviv (mais um bom motivo para mudar o consulado para Yerushalaim) e em pleno século 21 crianças judias vão dormir neste Shabat em abrigos anti aéreos. Em resumo, esse é o Galut Ishmael, existe de verdade, aqui e agora, hoje em nossos dias

Em resumo, vamos pedir para Hashem trazer o Mashiach e esse Galut Ishmael terminar imediatamente.

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Noach – 5779

Nossa Parashá nos conta que antes de D’us mandar o dilúvio pediu para Noach fazer uma Arca de 300 “amá” de comprimento, 50 “amá” de largura e 30 “amá” de altura.

Essa medida chamada de Amá aparece na Torá pela primeira vez na nossa Parashá. Ela é a medida do osso do cotovelo até o final dos dedos

De acordo com o Rav Chaim Naeh, um Amá equivale à 48 centímetros. O Chazon Ish diz que o Amá equivale a 60.96 centimeters. Ou seja, de acordo com todas as opiniões o tamanho da Arca não ultrapassaria 183 metros

O Zohar nos conta que Rabi Hiya e Rabi Yehuda chegaram até as montanhas altas e encontraram entre as montanhas ossos de pessoas da época do dilúvio. Eles andaram trezentos passos dentro de um osso, ou seja, 150 metros

Pela linguagem do Zohar entendemos duas coisas

1- que esses ossos eram de pessoas normais da época do dilúvio, o Zohar cita às vezes gigantes, mas aqui falou simplesmente pessoas

2- que o osso que ele andaram 150 metros dentro dele era um osso normal, e não o maior osso do esqueleto

Daqui vemos que as pessoas da época do dilúvio eram gigantescas incluindo Noach, sua esposa, seus filhos e suas noras

Reish Lakish na Guemará nos conta que todos os ossos do dilúvio foram levados pelo mar para a Babilônia aonde se encontram hoje os países mais ricos em petróleo, e sabemos que os ossos abaixo de pressão se transformam em petróleo. Por isso não foram encontrados fósseis de pessoas do dilúvio.

Mas pelo tamanho dos dinossauros encontrados em um lugar ou outro vemos que o tamanho deles em relação ao tamanho dos ossos das pessoas do dilúvio encontrados por Rabi Hiya e Rabi Yehuda eram na mesma proporção de um homem em relação à uma galinha de tão grandes que eram as pessoas daquela época

Ou seja, quando um dinossauro via uma pessoa saía correndo para salvar a própria vida

Por isso, dizem nossos Sábios, quando as pessoas ouviam de Noach que iria chegar um dilúvio não ficavam com medo porque imaginavam que se a água saísse da terra eles tampariam essas fontes com os pés e impediriam a água de sair, de tão grandes que eles eram

Então surge uma pergunta interessante. Como Noach e sua família poderiam ter entrado em uma Arca de 183 metros?

Claro que Hashem resolve tudo sempre com grandes milagres, como no Beit Hamikdash que no Yom Kipur ficava tão cheio que não dava para se mexer e quando tinham que se prostar acontecia um grande milagre e todos se prostavam confortavelmente

A Torá nos mostra mais uma possibilidade para entender como isso poderia ser possível.

Moshe Rabeinu nos conta em Dvarim que a cama do gigante Og rei de Bashan, que estava na cidade de Rabat, tinha 9 Amot de comprimento e quatro Amot de largura.

E antes que alguém dissesse que quatro metros e meio de comprimento para cama de gigante é pouca coisa, o próprio Moshe Rabeinu já diz que esse Amá era o Amá do homem.

Rashi explica que Amá do homem aqui se refere à Gog, ou seja, ao homem que dormia nessa cama

O mesmo podemos dizer sobre Noach. Quando Hashem diz para ele o tamanho da Arca que deveria ser construída, não está pedindo para ele medir com uma fita métrica de 4.000 anos depois, mas sendo que o Amá é a medida do cotovelo até o final dos dedos, provavelmente Noach mediu a Arca com o Amá dele próprio, ou seja, com o Amá do homem que vai entrar na arca

E com tudo isso com certeza ele ainda precisou de muitos milagres sobrenaturais como os milagres que aconteciam no Beit Hamikdash

Nossa Parashá usa várias vezes o termo “o final de toda carne”.

Sabemos que Noach colocou as aves na Arca mas não colocou as plantas e os peixes. Ou seja, as aves também entraram nessa classificação de “toda carne”

O Midrash nos conta que as pessoas do dilúvio eram grandes e fortes e diziam que iriam tampar as fontes do dilúvio com os pés.

Hashem fez um milagre e as fontes lançaram água fervente que queimava a pele deles. Como então poderiam os peixes sobreviver ao dilúvio em água fervente?

A linguagem da Parashá é que o dilúvio aconteceu sobre a terra. Essa linguagem aparece algumas vezes e nunca aparece a palavra “sobre toda a terra” mas sim “sobre a terra”

Quando a água baixou Noach soltou uma pomba para ver se ela encontraria terra seca, e na segunda tentativa ela trouxe um ramo de oliveira.

Será que aconteceu um milagre tão grande que as árvores nasceram de sementes cozidas pelas águas ferventes e cresceram tão rápido?

Diz Rabi Yohanan na Guemará que na terra de Israel não houve dilúvio, e essa oliveira era de lá.

Concluímos daqui que a expressão da Torá de que o dilúvio aconteceu sobre a terra, se refere à terra habitada pelos homens e animais, mas a terra de Israel que não tinha homens e animais não foi inundada pelo dilúvio, justificando para Rabi Yohanan a existência daquela oliveira

Provavelmente o dilúvio não chegou até os lugares mais distantes da terra de Israel justificando assim a existência dos peixes que não morreram com as águas ferventes

Hashem pediu para Noach construir a Arca antes do dilúvio chegar. Daqui aprendemos que Hashem sempre “manda o remédio antes da doença”.

O motivo do dilúvio

Nossa Parashá nos conta que a terra se corrompeu e se encheu de roubos. Como consequência disso aconteceu o dilúvio

Rashi explica que a palavra “se corrompeu” se refere à relações ilícitas e idolatria

Diz o Ari Zal que depois de ter comido a fruta proibida, Adam culpou Havá por ter dado à ele aquela fruta, e se separou dela por 130 anos.

Nesses 130 anos ele se relacionou com uma criatura espiritual negativa que era o aspecto feminino do anjo da morte.

Sendo que essa relação não era com uma mulher física mas sim com uma demônia, essas relações causaram com que Almas Divinas da raiz de Adam nascessem em corpos de demônios por cento e trinta anos

Dizem nossos Sábios que quando fazemos uma Mitzvá criamos um anjo bom chamado de sanigor que pede para o tribunal Divino decretar coisas boas sobre nós.

Quando fazemos uma coisa ruim criamos um anjo ruim chamado de categor que pede para o tribunal Divino decretar coisas ruins para nós

Diz o Zohar que essas criaturas criadas pelo semen em vão não são anjos dessa categoria, mas são demônios verdadeiros que recebem de nós uma Alma Divina e recebem do lado espiritual negativo um corpo de demônio. Ou seja, são nossos filhos

Por isso quando Er e Onan se comportaram dessa forma está escrito que fizeram o mal ao ver Divino e faleceram.

Depois essas Almas Divinas nasceram como a geração do dilúvio, e tinham a inclinação para esse tipo de transgressão por terem existido anteriormente por consequência disso

Por isso, diz o Zohar, o principal do dilúvio eram essas fontes de água fervente, de acordo com a regra da Torá chamada “midá knegued midá”.

Ou seja, quando a pessoa não se arrepende da coisa ruim que fez, o mal que ele fez se volta contra ele de forma parecida ao que ele fez, e se torna o castigo que ele recebe por ter feito aquela coisa ruim

Dizem nossos Sábios que Noach poderia ter rezado pela sua geração e não rezou. Daqui aprendemos que se até uma geração como a geração do dilúvio poderia voltar para o bom caminho se Noach tivesse rezado por eles, quanto mais nós devemos rezar para que Hashem traga para o bom caminho todos os que estão ligados à nós

Rabi Meir Baal Hanés sofria muito com certas pessoas que moravam no seu bairro, a tal ponto que um dia ele resolveu rezar e pedir para que essas pessoas falecessem.

Sua esposa, Bruria, lhe lembrou um versículo do Tehilim que diz:- “terminem as transgressões da terra e os maus não vão mais existir…”, e lhe explicou :- Não está escrito transgressores mas sim transgressões, reze para que eles retornem ao bom caminho e eles vão retornar. Ou seja, as transgressões vão terminar e eles vão deixar de ser maus! Ele rezou, pediu, e aconteceu!

Vamos fazer assim também! Sempre que tivermos algum problema com alguém ligado à nós, vamos rezar e pedir para Hashem para que essa pessoa faça Teshuvá!

Diz o Ari Zal que a geração do dilúvio se reencarnou como a geração da torre de Bavel, e depois como os “simpáticos” habitantes de Sodoma e Gomorra

Mas na quarta reencarnação essas Almas Divinas se tornaram o povo de Israel que nasceu no Egito e lá eles se refinaram e voltaram ao bom caminho.

Uma história triste mas com um final feliz

Então, vamos rezar e pedir para que Mashiach chegue imediatamente, para que o mal desapareça do mundo, e todos façam Teshuvá !

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Bereshit 5779

O Midrash Bereshit Rabá nos conta que certa vez um filósofo perguntou para Rabi Hoshaia.

:-Se a circuncisão é tão querida por D’us, porque ele não criou o primeiro homem já circuncidado?

:-Deixar você sem resposta não é possível, respondeu Rabi Hoshaia.

Ou seja, Rabi Hoshaia poderia responder à ele que D’us criou o primeiro homem já circuncidado, mas o filósofo poderia não acreditar, sendo que são raros os casos em que a pessoa já nasce circuncidado, e assim ficaria sem resposta

:-Mas, continuou Rabi Hoshaia, tudo o que foi criado nos seis dias da criação não foi criado com toda a perfeição e precisa de um conserto.

Por exemplo, criou a mostarda, o tremoço, necessita de adoçá-los, criou o trigo, precisa de reparo. (Bereshit Rabá Parashá 11)

D’us quis deixar tudo o que foi criado com uma pequena imperfeição para que nós fôssemos os responsáveis em dar o último reparo sobre todas as coisas e assim causar a perfeição delas

Dizem nossos Sábios na Guemará em Ketubot que maiores, mais importantes, são as criações dos Tzadikim do que a criação do céu e da terra

Hashem (D’us) tem mais amor pelas coisas boas que cada um de nós faz, do que pelas pelas coisas que ele próprio fez

O motivo disso é porque o objetivo da criação somos nós, e a causa precede em importância ao efeito.

Hashem criou o mundo para nós, nós somos a causa da criação, e por isso o dia do aniversário do mundo é o sexto dos seis dias da criação, que é o dia da nossa criação

Por causa disso Hashem não criou nada totalmente perfeito. Não deu toda a perfeição que poderia dar às coisas, para que nós viéssemos e lhes déssemos essa perfeição

E por esse motivo nós também não nascemos perfeitos. Para sabermos que até nossa própria perfeição está em nossas mãos, está dependendo de nós.

Todas as festas judaicas estão cheias de alegria, mas a festa mais alegre do calendário judaico é a festa de Simchat Torá. Nela estamos festejando o término da leitura da Torá do ano inteiro.

Essa tradição de fazermos uma festa quando terminamos um estudo de Torá foi instituída pelos nossos Sábios, nos confirmando o que vimos acima, que Hashem está mais feliz com o que nós criamos do que com o que ele próprio criou!

Conclusão: Vamos aperfeiçoar o mundo e nos aperfeiçoar, e tudo isso com muita alegria!

Shabat Bereshit

Dizem os grandes Tzadikim que da maneira que nos comportamos esse Shabat , Shabat Bereshit, vamos nos comportar o ano inteiro. Então vamos caprichar na alegria o Shabat inteiro

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VeZot Habrachá

Nossa última Parashá da Torá: “Vezot Habrachá”, é diferente de todas as outras por elas serem lidas sempre no Shabat enquanto que “Vezot Habrachá” é lida sempre na festa de Simchát Torá, festa do término da leitura anual do Sefer Torá.

A última pessoa que sobe na Torá em “Vezot Habrachá” é chamado de “Chatan Torá”, o noivo da Torá.

Certa vez uma pessoa, não judeu, perguntou ao grande Sábio Hilel :- Quantas Torot (plural de Torá) vocês tem? :- Duas , respondeu Hilel, a Torá escrita e a Torá oral .

Ouvindo isso a pessoa declarou :- Na Torá escrita eu acredito, mas na oral não. Quero me converter ao judaísmo na condição de que você me ensine somente a Torá escrita. Hilel concordou.

Hilel começou a ensinar à ele como ler a Torá escrita. Mostrou para ele a letra Alef e explicou oralmente que o nome dela é  Alef. Mostrou a letra Beit e explicou oralmente que o nome dela é Beit, o mesmo fez com a letra guimel e a letra dalet

Na outra aula Hilel mostrou para ele a letra Alef e disse que ela é a letra Dalet. O aluno se espantou e disse :- Mas ontem você não me explicou assim!

:- Você confiou no que eu te expliquei oralmente ontem? Disse Hilel, então confie em mim também em relação à Torá oral!

Ou seja, quando D’us deu à Moshe a Torá escrita, explicou ela para Moshe que ensinou o povo de Israel oralmente o significado das escrituras, e assim a Torá chegou até nós desde o começo

Sem a Torá oral não saberíamos nem ler e nem entender a Torá escrita. E mais, a Torá oral é a que atesta que a Torá escrita está escrita da maneira correta e é verdadeira

Como vimos antes, quando D’us nos deu a Torá elas eram duas desde o começo. Uma escrita e uma oral. Moshe, o maior de todos os profetas escreveu a Torá escrita e explicou oralmente como colocar ela na prática, ou seja, de que forma entender e cumprir o que está escrito nela. Em outras palavras, o “como cumprir a Mitzvá” é chamado de Torá oral.

A Torá escrita começa com Moshe, o maior de todos os profetas, e continuou sendo escrita posteriormente por profetas menores do que Moshe até o exílio da Babilônia que aconteceu depois da destruição do primeiro Beit Hamikdash, mas sem acrescentar ou diminuir as Mitzvot da Torá de Moshe.

Os últimos profetas viveram no exílio da babilônia entrando também na época em que o império persa dominava o mundo até a época em que o segundo Templo foi construído. Depois dos persas vieram os gregos e depois o império romano.

Na época dos gregos e romanos não tínhamos mais profetas, e portanto não tivemos mais Torá escrita. A Torá escrita terminou de ser escrita no exílio da Babilônia e Pérsia completando 24 livros.

Posteriormente, na época do império romano a Torá oral que era repassada oralmente até aquela época também foi escrita incluindo a Torá oculta conhecida como Kabalah.

A Torá oral continua crescendo em cada geração sendo que surgem novas situações que precisam ser esclarecidas e comparadas às anteriores, diagnosticadas e classificadas . As pessoas precisam de explicações com mais detalhes e etc.

As explicações dos Sábios de cada geração de como cumprir a Torá da maneira correta naquela geração também é chamada de Torá oral.

Chegamos hoje à dezenas de milhares de livros de Torá oral dos quais mais de 50.000 livros sem direitos autorais  já estão disponíveis para download no site Hebrew Books www.hebrewbooks.org/

Então, vamos dançar com o Sefer Torá em Simchat Torá e estudar Torá o ano inteiro com essa mesma alegria e entusiasmo de Simchat Torá!

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Haazinu

Nossa Parashá, a penúltima Parashá da Torá, está escrita de uma forma chamada “ariach al gabei ariach”. Essa montagem de texto vem identificar que ela é uma música

Um dos assuntos interessantes que ela nos conta é: “Lembre-se dos dias passados, olhe para os anos de cada geração e geração”

Rashi traz duas explicações para isso:

A primeira é : “olhe para os anos de cada geração e geração”, veja o que aconteceu com a geração de Enosh na qual o oceano surgiu pegando uma grande parte da terra, e a geração do dilúvio na qual o mundo afundou, não repita os erros dessas gerações

A segunda explicação que Rashi traz é : Pense no futuro, veja o que você poderia estar ganhando. D’us tem o poder de te dar coisas maravilhosas que são os tempos do Mashiach e o próximo mundo, faça o certo e você só tem a ganhar!

Um dos 13 princípios da fé judaica é que Mashiach vai chegar

Esse princípio consiste em que no fim do “Galut”, no final do nosso exílio entre os povos do mundo Mashiach vai chegar

A era do Mashiach é uma época maravilhosa, uma época de fartura

Uma época sem crises, sem guerras, sem doenças, sem acidentes, um mundo bom em que todos vamos estar felizes

Hamelech haMashiach

Diz o Rambam que o Mashiach é um descendente direto, filho após filho, do rei David e que se iguala ao rei David no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot

Ele vai construir o Beit Hamikdash, nosso Templo Sagrado de Jerusalém, no lugar sagrado onde hoje se encontra o Kotel que é o muro ocidental do “Monte do Templo”

Ele vence as guerras de Hashem e depois traz todos os judeus, incluindo as dez tribos perdidas, de volta para a terra de Israel

Fazendo isso ele se torna o Mashiach que em hebraico quer dizer simplesmente o “Rei Ungido”, sendo que ele é um descendente direto do rei David que foi ungido pelo profeta Shmuel

Ele herda a unção do rei David automaticamente e não precisa de uma segunda unção para ser o rei de Israel

Daqui aprendemos que a solução para o nosso exílio não é um presidente eleito e nem um primeiro ministro, mas sim o Mashiach

A Guemará em Sanedrin nos conta que os alunos dos grandes Sábios que estavam dentro desse critério, ou seja, que eram descendentes do rei David e eram grandes como ele no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot, diziam que o Rebe (mestre em hebraico) deles era o Mashiach.

Com isso queriam dizer que, caso acontecesse a Gueulá naquela época, o candidato mais adequado para ser o Mashiach seria aquele Sábio.

Dessa mesma maneira na nossa geração o Rebe de Lubavitch foi apontado por muitos como candidato dentro desses critérios dos antigos Sábios da Guemará e por esse motivo isso não foi visto como uma transgressão à Halachá, à lei judaica.

Quando acontecer a Gueulá e o Beit Hamikdash for reconstruído em Jerusalém incluindo a parte principal que desce pronta do céu, o povo de Israel trazido para a Terra Santa incluindo as dez tribos, o candidato a Mashiach se torna o Mashiach na prática.

Antes disso, os alunos do Rabi Hanina ou os alunos do Rabi Inon na Guemará puderam dizer que o Rebe deles era o Mashiach, dentro dessa intenção.

A Guemará em Sanhedrin também nos conta que o fato de o Mashiach ser dos vivos ou dos mortos não é relevante nesse caso contanto que ele venha a construir o Beit Hamikdash, vença as guerras de Hashem e traga o nosso povo de volta para a terra prometida passando depois junto com todo o povo de Israel para a etapa em que a vida será eterna, o próximo mundo

Os romanos antigos copiaram também esse aspecto da religião judaica e aplicaram ele inadequadamente à alguém que não era um descendente do rei David, não cumpriu a Torá e as Mitzvot, e que na época dele o Beit Hamikdash foi destruído, as guerras perdidas e o povo se espalhou para fora de Israel, sinais contrários à vinda do Mashiach e não tendo qualquer relação ou comparação com o princípio judaico da vinda do Mashiach e com o fato de os alunos dos Sábios de Israel dizerem que o Rebe deles era o Mashiach

Tishrei, mês propicio para a nossa Gueulá

A Guemará no tratado de Rosh Hashaná nos conta que Rabi Eliezer diz que no mês de Nissan aconteceu a Gueulá dos nossos ancestrais que saíram do Egito e em Tishrei será a Gueulá futura

Sendo que a festa de Sucot foi dada pela Torá em comemoração à Gueulá do Egito, e como diz a Meguilá: “Esses dias são lembrados e acontecem”, Esses dias de Sucot são uma hora propícia para a Gueulá!

Então, vamos pedir para Hashem trazer a Gueulá Só temos a ganhar! Mashiach neles!

E já que estamos falando de Mashiach, uma pergunta interessante é:

Na época da Mishná, há pouco menos de 1900 anos atrás, os judeus liderados por Shimon bar Cochva, intitulado como “presidente de Israel”, fizeram uma revolução contra o império romano e conseguiram provavelmente três anos de independência. Naquela ocasião, Rabi Akiva acreditou que Bar Kochva fosse o Mashiach

Como pôde Rabi Akiva fazer tal erro de avaliação?

Para entendermos isso voltamos à época do Rei David, que mesmo tendo sido ungido pelo profeta Shmuel como o Rei Ungido, ou seja, Mashiach, não pôde construir o Beit Hamikdash, o Templo de Jerusalém, porque teve a obrigação de guerrear para salvar nosso povo dos seus inimigos.

Seu filho, o Rei Salomão, por não ter precisado fazer guerras, recebeu a ordem Divina de construir o Beit Hamikdash.

Quando falamos sobre Mashiach vemos a alusão à uma guerra chamada Gog e Magog. Se o Mashiach participar da guerra ele não poderá construir o Beit Hamikdash, por isso existe uma referência à um “pré Mashiach” chamado Mashiach Ben Yossef” que faz as guerras e falece depois de vencê-las.

Sendo que a regra é que uma profecia negativa como lutar em uma guerra não é obrigada a acontecer, o Mashiach Ben Yossef não é obrigado a existir e Hashem pode fazer a guerra de Gog e Magog ser vencida milagrosamente como vemos na história do Rei Hizkiahu

O Rei da Judéia, Hizkiahu, venceu o Rei da Assíria, Sanherib sem sair da cama.

O Anjo Gabriel se revelou para o exército dos Assírios e todos eles faleceram com exceção de cinco.

A Guemará nos conta que Hizkiahu, que era um descendente do rei David, poderia ser diretamente o Mashiach Ben David, e Sanherib Gog e Magog, caso tivessem tido o mérito da Gueulá acontecer na época dele.

Nesse caso não teria havido a necessidade de um Mashiach Ben Yossef.

Mas no caso de Rabi Akiva, sendo que a revolução já estava acontecendo, ele achou que Bar Cochva poderia ser esse Mashiach Ben Yossef sendo que ele começou a fazer as guerras.

Quando ele foi morto pelos romanos Rabi Akiva viu que ele não era o Mashiach Ben Yossef.

Sinais de que Mashiach está chegando

Porque a Guemará nos traz sinais para sabermos que estamos na geração da Gueulá, da redenção final?

Para fazermos isso acontecer mais rápido acrescentando nas nossas Tefilot e nas nossas Mitzvót

Um dos sinais da Guemará é de que os jovens vão fazer os velhos passarem vergonha.

Sempre que compramos um telefone novo e não conseguimos usar ele sem a ajuda de um adolescente para nos explicar com muita paciência dezenas de vezes como ele funciona, sentimos que esse sinal está acontecendo na prática…

Outro sinal é de que os principais rios da cidade vão andar como óleo e não vai dar para pescar neles nem um peixe para um doente.

Essa é uma das coisas que nem Rashi conseguiu explicar.

Rashi tentou imaginar que talvez os rios ficassem semi congelados e andariam devagar como óleo, mas o problema com essa explicação é de que mesmo assim ainda daria para pescar um peixe neles.

Quem na idade média poderia imaginar o Rio Tietê? Nem na pior das hipóteses Rashi não conseguiu imaginar uma coisa tão ruim assim

E daí para adiante, todos os sinais da Guemará já aconteceram, e agora só nos resta a explicação de Rashi na nossa Parashá: Pense no futuro! Veja o que você poderia estar ganhando. D’us tem o poder de te dar coisas mega maravilhosas que são os tempos do Mashiach e o próximo mundo

Acrescente no estudo da Torá e no Cumprimento das Mitzvót e Mashiach vai chegar! você só tem a ganhar!

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Vayelech

Encontramos na nossa Parashá um dos cinco versículos que são excessão de regra na leitura da Torá

Sendo que o Sefer Torá não tem pontos, para saber aonde começa ou acaba um versículo nos baseamos nos sinais de música chamados de “Teamim” que vem desde a época de Moshe Rabeinu

O motivo de precisarmos saber onde começa e termina o versículo é porque não podemos dizer meio versículo quando há nele o nome de Hashem para não falarmos o nome de D’us em vão.

Para sabermos aonde é o ponto no versículo, nos baseamos no sinal de música chamado “etnachta” que representa uma parada temporária, um pouco mais do que uma vírgula em português, e no sinal chamado “sof passuk” que representa um ponto final

A Guemará em Yoma nos conta que Issi ben Yehudah nos ensinou que cinco versículos na Torá inteira saem dessa regra

Um deles está na nossa Parashá. O versículo diz:- “E disse D’us à Moshe você se deita com seus pais (se referindo à seu falecimento) e esse povo se levanta e…..etc

Nesse versículo o sinal “etnachta” se encontra na palavra “seus pais” determinando com essa parada temporária que lá termina o assunto, com a morte de Moshe

Mas aqui se encontra a exceção da regra, e daqui nossos sábios na Guemará em Sanedrin aprendem a ressurreição dos mortos pela Torá escrita, colocando o ponto na próxima palavra :- “Você se deita com os seus pais e levanta”, ou seja ,ressuscita!

O Ari Zal nos explica que, sendo que esse versículo não tem determinação e se aplica tanto ao antes do “etnachta” na palavra “e você” se referindo à Moshe, quanto ao depois, na palavra “esse povo”, aprendemos que tanto Moshe quanto esse povo se reencarnam e se tornam a última geração

Diz o Ari ZaL que Moshe Rabeinu e toda sua geração eram a “Dór Deáh”, a geração do conhecimento, e a raíz das almas deles era o lado oculto da Sefirat Daat que é chamado no “Etz Haim” de “Leáh”

A geração paralela chamada de “erev rav” também tinha a raiz na Daat, mas era afetada pela mistura do bem e do mal nesse mundo

Moshe se reencarna e se torna Mashiach e a geração dele também se reencarna e se torna a geração do Mashiach

Até a “erev rav” também se reencarna por também ser “dór deáh” e à ela se refere o final do versículo que diz:- “esse povo vai se levantar e ….”

As mulheres mandam nos maridos? Mashiach vai chegar!

Uma característica dessa última geração, diz o Ari ZaL, é o fato de as mulheres mandarem nos maridos.

Na reencarnação anterior dessa geração, no deserto, os maridos doaram os anéis para fazer o bezerro de ouro mas as mulheres recusaram apoiar a idolatria.

Por isso elas ganharam esse prêmio de mandar neles nessa reencarnação. Chegamos à conclusão de que essa geração é a nossa!!!!

Diz o Maguid de Mezritsh que outra característica da “dór deáh” é de que o assunto principal deles era o conhecimento que se expressa pela fala e eles não tinham a característica da ação.

Até o próprio Moshe para abrir o mar vermelho somente levantou o cajado mas não bateu no mar

Quando Moshe chegou perto da Terra Santa na qual o trabalho principal seria a ação das Mitzvot, Hashem disse para ele falar para a pedra para que a água volte mas ele bateu na pedra para começar já o trabalho da próxima geração, a ação

Hashem queria que ele falasse com a pedra para elevar a próxima geração, a geração da ação, ao nível elevado da geração dele, do conhecimento, da fala.

Toda aquela geração com Moshe e a “erev rav” tiveram que falecer no deserto e esse é o trabalho de Moshe: voltar como Mashiach e elevar toda a “geração do conhecimento”, incluindo a erev rav, por meio do estudo Torá e o cumprimento das Mitzvót, “fala e ação”

O Rebe de Lubavitch disse que essa geração somos nós!

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Nitzavim

Parashat Nitzavim, é sempre lida no Shabat antes de Rosh Hashaná porque o Shabat envolve espiritualmente os dias posteriores e Rosh Hashaná é o dia do julgamento no qual todas as Neshamot, as nossas Almas, se apresentam na frente de Hashem.

Nossa Parashá cita diferentes níveis de pessoas como os presidentes das tribos, lenhadores e aguadeiros, nos indicando que tanto os presidentes das tribos que representam as pessoas mais importantes quanto o lenhador e o aguadeiro, que representam as pessoas menos importantes são julgados juntos com total igualdade sendo que somos comparados à um corpo onde cabeça e pés se completam, nenhuma parte pode faltar e cada uma é julgada de acordo com a sua função.

O dia de Rosh Hashaná foi escolhido por D’us para ser o aniversário da criação do mundo.

O mundo foi criado em seis dias e cada um deles é o dia da criação do mundo, mas o sexto dia que é o dia no qual o homem foi criado, foi escolhido para ser o aniversário do mundo porque o ser humano é o objetivo da criação.

Porque então D’us falou para os anjos façamos o homem se somos mais importantes que os anjos?

Diz o Midrash que foi para nos ensinar a importância da humildade. Se até D’us quando fez o homem compartilhou essa informação com os anjos porque eles teriam ligação com essa nova criatura, quanto mais nós devemos nos comportar com humildade.

Um dos vínculos que encontramos entre nós e os anjos é o chamado “Tribunal Divino”. Ele é composto de anjos e Neshamot de Tzadikim.

Quando fazemos uma coisa boa criamos naquele tribunal um anjo à nosso favor, quando fazemos algo ruim criamos um anjo contra nós. Consequentemente o Tribunal Divino de cada um de nós é personalizado.

Diferente das outras “religiões” onde a divindade faz o que quer, no judaísmo, antes de D’us nos criar ele já tinha criado o tribunal Divino que fiscaliza nossas ações usando a Torá como referencial

e por mais que D’us seja a essência do bem, ele não pode ser tirano com esse tribunal e obrigá-los a mudar um decreto à nosso favor sem um motivo que justifique isso.

Rezando por nós próprios

Sendo assim, como conseguimos por meio das nossas rezas anular os decretos do tribunal Divino?

Rabi Yossef Albo que viveu na Espanha no ano de 1400 nos explica que quando nos arrependemos do que fizemos e rezamos, nos tornamos pessoas melhores e aquele decreto que tinha sido feito para uma pessoa pior perde o efeito porque essa pessoa pior deixou de existir, e para a pessoa melhor que você ficou agora é feito um decreto melhor.

Rezando por outras pessoas

O Baal Shem Tov tinha um mestre que descia do céu para ensinar à ele Torá. Esse mestre era o profeta Ahia Hashiloni que viveu na época do Rei Salomão e foi posteriormente o mestre de Eliahu Hanavi.

Disse o Baal Shem Tov que o profeta Ahia revelou para ele que a Sefirá chamada Malchut é chamada de din, decreto rígido, e a raíz dos dinim é a sefirá chamada Bina.

Por meio da reza elevamos o “din” até a biná e lá adoçamos ele, ou seja, mudamos o DNA dele na sua fonte e transformamos ele em bondade.

Quando rezamos por outra pessoa ligamos ela a essa raiz espiritual, à Biná, e lá ela já é outra pessoa.

Então vamos aproveitar o Rosh Hashaná e rezar bastante para que nós e todos os que estão ligados à nós tenhamos um ano bom e doce e que Mashiach chegue já!

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Ki Tavô

Nossa Parashá nos conta sobre bênçãos e maldições. Sabemos que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, então o que são essas maldições?

Rabi Shneior Zalman fazia pessoalmente a leitura do Sefer Torá em Liozna. Um Shabat, quando as maldições seriam lidas naquela Parashá, ele não estava na cidade e outra pessoa leu no lugar dele.

O filho do Rabi Shneior Zalman que se chamava Dov Ber ficou tão angustiado quando ouviu a leitura das maldições que passou mal o mês inteiro.

Quando descobriram que o motivo de ele estar passando mal foi por ter ouvido as maldições perguntaram à ele :-Todo ano você ouve essa Parashá, o que aconteceu agora? : – Quando meu pai lia, respondeu ele, não se ouvia nenhuma maldição!

Quando esse filho cresceu e se tornou o segundo Rebe de Chabad e o primeiro Rebe da cidade de Lubavitch, revelou à todos o motivo de existirem essas maldições na Torá e explicou isso da seguinte maneira:

Dentro de todo acontecimento infeliz está revestida uma bondade Divina enorme, portanto tudo que D’us faz é para o bem e não existe mal que desce lá de cima, e por isso se faz uma bênção sobre um acontecimento infeliz da mesma maneira que se faz uma bênção sobre um acontecimento feliz.

Quando termina o aspecto negativo do acontecimento infeliz, ou seja, depois que ele passaa, automaticamente se revela o bem que estava oculto nele que é muito superior à uma bondade normal revelada,

mas essa bondade maior só surge como consequência do acontecimento infeliz, como ouvi do meu pai, Rabi Shneior Zalman, sobre a raiz do assunto das maldições da Torá que, no final elas se transformam em “super bênçãos” por causa da grande intensidade da bondade oculta nelas que se revela quando termina esse revestimento de extrema rigidez

Outro assunto interessante sobre as maldições da Torá:

“a Bênção que é uma maldição”:

O Baal Shem Tov explicou o versículo que diz: “….quando vier sobre você a Bênção e a maldição”  trazendo um exemplo de uma pessoa que fez algo contra um Rei muito bondoso e poderoso.

Essa pessoa foi condenada à morte pelo tribunal do rei, mas no lugar disso o Rei pediu para darem à ele um cargo no governo e depois gradativamente promovê-lo cada vez para um cargo mais alto e mais próximo ao Rei.

Quanto mais essa pessoa era promovida e se aproximava do Rei, mais ela ficava com vergonha do que tinha feito.

Quanto mais ele via a força e o poder do Rei e junto com isso a grande bondade do Rei que usava todo o seu poder e sabedoria para ajudar as pessoas, quanto mais ele via a honra que todos davam ao Rei que ele tinha desprezado tanto, mais sofria com a lembrança do que tinha feito .

Afinal chegou à conclusão de que não existe castigo pior do que esse, e quem dera pudesse ter sido condenado à morte, porque se tivesse sido condenado à morte não sofreria tanto com esses remorsos.

O Rei vendo que essa pessoa se arrependeu do seu comportamento e voltou a se comportar corretamente o desculpou totalmente.

Esse Rei é Hashem e essa pessoa somos nós, a maldição não precisa ser necessariamente uma tragédia para fazermos “Teshuvá” , retornarmos ao bom caminho, mas podemos cumprir essas maldições dessa forma também em vez de sofrermos na prática.

Por isso está escrito:-“E será quando vier para você a bênção e a maldição, você vai colocar no seu coração (se conscientizar) etc”.

Ou seja, esse tipo de “bênção” pode ser chamado por nós de maldição por nos fazer sofrer um grande remorso nesse mundo,

mas o bem oculto dela é de nos trazer à essa conscientização, voltarmos para o bom caminho e recebermos uma grande Bênção material e espiritual como consequência da nossa Teshuvá.

E essa é a Teshuvá verdadeira. Quando fazemos Teshuvá para termos uma vida melhor ou para Hashem nos salvar de uma vida pior, essa Teshuvá também é válida mas ela só tem força para transformar nossos pecados de intencionais (mezid) para não intencionais (shogueg) mas ela não apaga os nossos pecados.

Simplesmente não recebemos um castigo por eles porque revelamos que não estávamos conscientes da gravidade do que fizemos, como é o caso da criança que foi presa entre os idólatras e se comporta como um idólatra por ter crescido entre eles

por não ter consciência da gravidade do que está fazendo, tudo o que ela faz de ruim é considerado “sem querer” e ela não recebe um castigo do tribunal Divino pelo que fez

Mas quando nos conscientizamos da grandeza de D’us e sentimos remorso por ter feito alguma coisa contra D’us, essa é a Teshuvá verdadeira

e sendo que o pecado que fizemos nos causou esse remorso, ele deixa de ser um pecado e se torna parte da Mitzvá da Teshuvá.

Ou seja, quando fazemos Teshuvá por amor à Hashem, nossos pecados se tornam Mitzvot, e esse é o bem oculto nessa Brachá que vem como uma uma klalá.

Conclusão : O acontecimento infeliz é um bem oculto de uma intensidade tão grande que não teve como descer para esse mundo de uma forma revelada e por isso ele desce com um revestimento de maldição .

Por isso devemos estar sempre alegres, mesmo que aparentemente as coisas não estão como deveriam estar.

Não podemos fazer uma condição de estarmos alegres somente quando as coisas estão do jeito que queremos.

Temos que ter uma fé total de que quando esse revestimento terminar e o bem oculto se revelar vamos ver que valeu a pena ter tido um pouquinho paciência para depois usufruir de uma bondade Divina tão grande que não teríamos como chegar a ela de outra maneira

e por isso temos que estar alegres durante a situação ruim, por ela ser a embalagem da coisa maravilhosa que estamos desembrulhando

O desencadeamento das sefirót é : primeiro Chessed (bondade) depois guevurá (rigidez) e depois Tiféret (bondade intensa). Para chegar à essa bondade intensa , obrigatoriamente temos que passar por um pouquinho de guevurá.

Mas logo vai chegar o Mashiach e aí será só bondade intensa e revelada eternamente!

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Ki Tetzê

Nossa Parashá nos conta sobre o exército do nosso povo.

Um exército no qual o Cohen antes da guerra anunciava à todos, entre outras coisas, que quem teme morrer na guerra por ter feito algum pecado que justifique o fato de D’us não ajudá-lo por causa disso, deve voltar para a retaguarda e dar apoio ao exército, como o conserto dos caminhos e etc, mas não ir para a frente de batalha para não morrer.

Nossa própria Parashá conta na continuação que assuntos ligados à relações ilícitas distanciam de nós a ajuda Divina, e com certeza a pessoa que tinha uma “caidinha” para um assunto desses era o primeiro a voltar por saber que sem a ajuda Divina na guerra ele poderia morrer.

Ou seja, só participava da guerra quem não tinha feito pecados ou quem já tinha se arrependido dos pecados que fez e com certeza tinha decidido que já não iria mais fazer, principalmente em assuntos relacionados à relacionamentos ilícitos.

O costume na época antiga era de se casar com dezoito anos mas ir para a guerra só com vinte, o que garantia também a responsabilidade e o bom comportamento do soldado, principalmente em relação à mulheres da cidade conquistada

Nesse ambiente de guerra feroz contra um inimigo cruel a ponto de justificar uma guerra, ambiente nada romântico, nossa Parashá prevê que pode acontecer o despertar de uma verdadeira paixão entre um soldado judeu e a própria inimiga.

Como em um ambiente desses um homem pode se apaixonar? E ainda, pela própria inimiga? E a Torá dá a opção de eles se casarem!

Explica o Ari ZaL que quando Adam Harishon, o primeiro homem, fez a primeira transgressão comendo a fruta da árvore do bem e do mal, causou para o mundo a mistura espiritual entre o bem e o mal.

Todas as almas Divinas que iriam futuramente nascer nesse mundo estavam no Adam Harishon, e muitas dessas Almas caíram nesse momento no lado espiritual impuro como consequência dessa mistura entre o bem e o mal.

O mapa da queda dessas “Almas Divinas” que afundaram nas impurezas é uma cópia espiritual impura do Adam Harishon chamada de “Adam de Bliial” .

A cabeça dele representa o exílio da Babilônia, os braços representam os exílios da Pérsia e Média que sucederam o exílio da Babilônia e o corpo representa o império grego que sucedeu a Pérsia.

Até aqui tudo bem definido e mapeado, em cada exílio toda a comunidade judaica se encontrava nele e as fronteiras eram bem definidas.

As duas pernas desse Adam de Bliial representam dois exílios paralelos. O exílio de Edom que são os descendentes de Essav, e o exílio de Ishmael.

Dois exílios totalmente distintos e longos, e por isso representados pelas pernas dessa figura que são as partes mais longas do corpo e separadas uma da outra .

Ishmael deu origem aos árabes e posteriormente se misturou com os persas. Edom deu origem aos povos europeus e suas ramificações étnicas coloniais, como no caso dos americanos que são descendentes dos ingleses

Ou seja, mesmo tendo sido a Índia colônia inglesa, sua população não é de origem inglesa como os Estados Unidos e a Austrália, e mesmo tendo sido a Indonésia colônia holandesa, sua população não é de origem holandesa.

O que determina a nossa Galut, nosso exílio, é o povo que habita aquela terra e não o seu espaço geográfico

Galut na prática

Por incrível que pareça, vemos que os judeus nos últimos dois mil anos viveram em países árabes e europeus, posteriormente incluindo suas colônias étnicas.

Não ouvimos que tivesse alguma comunidade judaica muito relevante na índia, na China, ou no Japão

E mesmo que judeus fugindo dos nazistas ficaram algum tempo na China, mesmo assim tiveram que se mudar para países de etnia européia como Estados Unidos e Austrália onde hoje existem comunidades judaicas com toda a estrutura montada

Mesmo países muito ricos como Coréia ou Japão não conseguiram atrair uma migração judaica

E mesmo existindo nesses lugares sinagogas como por exemplo o Beit Chabad de Tókio e de Kyoto, mesmo assim esses países são visitados geralmente por turistas e comerciantes que ficam temporariamente nesses lugares e não representam uma comunidade judaica verdadeira com toda a sua estrutura

Milhões de judeus moram em Israel que faz parte de um oriente médio árabe. “Galut Ishmael”, nosso exílio no meio dos descendentes de Ishmael

Outros milhões vivem nos Estados Unidos e na Europa, “Galut Edom”, exílio entre os descendentes de Edom.

E até o Brasil tem uma comunidade judaica que justifica a existência da Yeshivá de Petrópolis e outras duas Yeshivot.

Mas tanto a Índia quanto a China, ambas com mais de um bilhão de habitantes, não tem uma comunidade judaica que justifique nem sequer a existência de uma única Yeshivá.

Diz o Ari ZaL que o motivo do nosso povo ter passado por esses exílios, inclusive os que estamos agora de Edom e Ishmael, é para elevar as “centelhas Divinas” que afundaram nas impurezas.

De acordo com todos os sinais que traz a Guemará já estamos nos calcanhares dessa figura. Ou seja, só sobrou dela os calcanhares, os últimos refinamentos.

Sobre essa figura dizem nossos Sábios que Mashiach não chega até terminarem as almas do “corpo”. De acordo com o Ari Zal isso quer dizer: Até todas as Almas afundadas nesse “corpo espiritual de impureza” serem refinadas desses exílios, e esse processo já chegou ao seu final.

Diz o Ari ZaL que só dessa maneira conseguimos entender esse assunto da nossa Parashá. Os judeus que iam para aquela guerra eram Tzadikim perfeitos e não existia a possibilidade de eles se apaixonarem por alguém por motivos de “Yetzer Hará”, má inclinação.

Consequentemente, o que despertou neles aquela paixão foram as Almas Divinas que se misturaram no DNA espiritual daquele povo.

Essa Alma Divina estava naquela mulher e tinha um vínculo espiritual com a Alma do judeu que se apaixonou por ela, e essa era a única possibilidade de esse amor surgir.

Ela era ”bonita” só para ele, só pelo motivo de a Alma Divina dela estar vinculada à Alma Divina dele .

Talvez isso justifique também o fato de agora que estamos na época em que a nossa redenção final está para acontecer muitas pessoas quererem se converter ao judaísmo, pegando as comunidades judaicas despreparadas pelo fato de isso não ter sido uma coisa comum antes da nossa geração.

E mesmo que tivemos na nossa história pessoas que se converteram ao judaísmo e até se tornaram grandes Sábios de Israel, e também ouvimos falar de um povo ou outro que se converteu ao judaísmo, mas não foi uma coisa tão grande que podemos apontar e dizer que aqui esses povos viviam e esses são os seus descendentes.

Nunca esse fenômeno foi tão grande e tão diversificado, despertando uma verdadeira confusão em todas as comunidades judaicas do mundo.

Conclusão: O fato de estarmos aqui no galut é para elevarmos as centelhas Divinas que estão no nosso país, nosso Galut personalizado.

Por meio do estudo da Torá, muitas vezes usando a língua do próprio país para explicá-lá, e do cumprimento das Mitzvót, usando as coisas materiais que temos aqui nesse país para o trabalho Divino, por meio disso elevamos todas as ramificações dessas Centelhas Divinas que caíram nesses lugares fazendo com que a Gueulá, a redenção final, aconteça imediatamente, em breve em nossos dias de verdade.

Conclusão: No lugar de pensar no que precisamos e pedir nas nossas rezas só o que precisamos, e fazer disso uma condição para ficarmos felizes, devemos nos perguntar:- Para que Hashem precisa de nós aqui nesse mundo? Faltava alguma coisa para nós lá em cima que tivemos que descer para cá?

Então, vamos nos dedicar! Cumprir mais Mitzvót com muita alegria e pedir nas nossas rezas para que Mashiach venha imediatamente e já aconteça o término do galut!

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Shoftim

Frequentemente nos perguntam:

Sendo D’us a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e toda a intenção Divina é sempre a de nos ajudar de todas as formas possíveis e imagináveis

mesmo que às vezes para o nosso bem essa ajuda se compara à uma mãe boa e generosa, mas obrigada a trocar a fralda da criança contra a vontade da própria criança que preferiria continuar com a fralda “cheia” sem estar consciente do que isso poderia causar para ela…

E sendo Moshe Rabeinu o mais humilde de todos os homens que já existiram sobre a face da terra, o líder que não pensa no próprio bem mas só no bem do povo

Como pode ser a linguagem da Torá as vezes tão ameaçadora dando uma impressão de D’us e de Moshe totalmente contrária do que vimos anteriormente, dando margem à erros de avaliação de achar que D’us é cruel, o que é o contrário da essência Divina?

E a resposta para isso está na nossa Parashá, que diz:

“…e todo o povo vai escutar e ver, e não vão fazer o mal novamente”

Ou seja, a Torá faz uma enorme propaganda da gravidade de certos assuntos para que o povo fique longe das coisas erradas.

Contudo, essa linguagem preventiva não deve nos dar a impressão de D’us como alguém autoritário e rancoroso ou de Moshe como um líder severo

mas a cada instante devemos nos lembrar de que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e toda a intenção Divina é sempre a de nos ajudar de todas as formas possíveis e imagináveis

e Moshe sempre foi e sempre será o mais humilde de todos os homens, o líder bondoso, sempre pensando no bem de todos nós

É importante sempre nos lembrarmos disso e também repassarmos para as crianças o conceito certo desde o começo para não causar um trauma para às nossas crianças de terem uma idéia errada do que é D’us e de quem é Mosh

Nossa Parashá nos conta sobre os direitos e deveres do Rei, terminando com o versículo de que esses direitos e deveres são para que ele tenha um longo reinado.

Imediatamente depois disso a Parashá conta sobre direitos e deveres do Cohen e do Levi

O denominador comum entre eles é que eles têm o patrocínio do povo.

Sobre o rei está escrito que ele não pode ter mais cavalos do que o necessário, ou seja, realeza não é exibicionismo.

O Rambam diz que hoje todos aqueles que se dedicam ao estudo e ensino da Torá e à divulgação do judaísmo estão fazendo o trabalho daquela tribo de Levi que ensinava a Torá para o povo,

e portanto podem receber o patrocínio do povo, como o Levi que não recebeu uma parte na terra de Israel mas a parte dele era o trabalho Divino patrocinado pelo povo

E aí entra esse denominador comum. Da mesma maneira que o rei não poderia ter mais cavalos do que o necessário, dessa mesma forma as pessoas que se ocupam com o estudo e ensino da Torá e a divulgação do judaísmo tem o direito de receber o patrocínio da comunidade, mas junto à isso todo o dever de usar esse patrocínio da maneira correta.

(Rebe de Lubavitch)

Nossa Parashá diz: “Seja Tamim com Hashem seu D’us.” A palavra “Tamim” quer dizer: inocente, puro, simples, íntegro.

O Shulchan Aruch coloca esse versículo na prática determinando que não é permitido para nós judeus consultarmos astrólogos, e quanto mais feiticeiros e videntes.

A Guemará nos conta que quando nasceu o grande Sábio de Israel, Rabi Nachman bar Itzhak, os astrólogos disseram para a mãe dele :- seu filho vai ser um ladrão!

Ouvindo isso, ela decidiu que nunca vai deixar ele andar com a cabeça descoberta, e dizia para ele :- cubra a sua cabeça para que você tenha “Irat Shamaim”, temor à D’us, e peça sempre à D’us para que o seu “yetzer hará”, sua má inclinação, não te domine.

Ele não sabia porque ela insistia tanto nisso. Certo dia ele estava sentado embaixo de uma tamareira que não era dele, e a “glimá”, a kipá da época, que cobria a cabeça dele caiu.

O “yetzer hará” despertou e ele arrancou um cacho de tâmaras com os próprios dentes!

Afinal das contas ele continuou seguindo os conselhos da sua mãe e se tornou um dos maiores Tzadikim da Guemará e Rosh Yeshivá de Pumbedita, uma das comunidades judaicas mais importantes da Babilônia.

Surge a pergunta: Se é proibido consultar os astrólogos, porque a mãe de Rabi Nachman bar Itzhak levou em conta o que eles disseram e fez com que ele se esforçasse tanto para que isso não acontecesse?

O próprio Shulchan Aruch na continuação nos conta que, nas coisas que já sabemos que o “Mazal”, o destino, não é bom, temos que levar isso em conta e nos proteger, e não confiar em um milagre.

Mas o que é proibido fazer é o ato de nós próprios verificarmos as coisas dessa maneira.

Ou seja, se os astrólogos da Babilônia verificaram isso para ela, mesmo que ela, por motivos religiosos, não pediu para eles verificarem, quando a coisa já está verificada temos que fazer o que precisamos para nos proteger e não esperar por um milagre.

Conclusão: não tenha vergonha de andar na rua com a kipá (pode ser um boné também)

Os livros de Kabalá trazem assuntos como leitura de mãos. O fato de isso estar na Kabalá mostra que isso não entra nessa proibição,

mas diz o Rebe que isso se refere somente à alguém que tem esse recebimento de Kabalá prática de mestre para aluno desde a época em que os livros de Kabalá que tratam desse assunto foram escritos,

mas hoje já não existem mais pessoas que tem esse recebimento direto, e sendo que nesse caso não adianta estudar diretamente dos livros, a leitura de mãos atualmente é inválida

Nossa Parashá diz que devemos colocar juízes e guardas em todos os nossos portões

O Rav Haim Vital que foi o principal aluno do Ari ZaL nos conta que a palavra portões aparece aqui no plural para nos indicar uma coisa mais profunda: Os portões do nosso corpo!

1- o portão da visão, que são nossos olhos:

não olhar para coisas que a Torá, nosso referencial do que é luz e o que é escuridão, recomenda não olharmos (principalmente hoje na era do internet)

2- o portão da audição que são nossos ouvidos:

não dar ouvidos a coisas inadequadas como ouvir leshon hará, ouvir alguém falando mal das pessoas (principalmente hoje, na era da informação)

3- o portão da fala que é a nossa boca:

não falar coisas feias e nem “leva e traz”, falar “leshon hará” (principalmente hoje na nossa era do Facebook)

4- o portão do olfato que é o nosso nariz:

não cheirar o perfume da pessoa proibida à você (bons e velhos tempos quando não havia poluição e nem rinite alérgica)

5- o portão do tato (contato físico) que são nossas mãos e pés: não tocar a pessoa proibida (fácil), não ir à um lugar inadequado que pode nos despertar desejos proibidos (principalmente na era do entretenimento)

Quando protegemos nossos “portões” das coisas ruins recebemos um enorme presente de Hashem, como diz o profeta Yashaiahu : -“Abram os portões e entre o povo sagrado …”

Quando fechamos os nossos “portões” para as coisas ruins os portões celestiais se abrem para nós e ganhamos no paraíso futuro 310 mundos paradisíacos no qual cada mundo tem um portão que se abre para nós.

Continua o rav Haim Vital que daqui para o paraíso celestial existem muitos tipos de “anjos” que tentam nos impedir de chegar lá, também os sete céus tem muitos e muitos portões com muitos guardas celestiais em cada portão e portão.

Depois dos 120 quando a nossa Neshamá deixa esse mundo (e infelizmente hoje em dia os 120 estão ficando modo de falar) esses anjos nos verificam.

Se tivermos mérito, eles abrem os portões e nos deixam entrar. Se não tivermos, eles nos empurram para fora e trancam os portões na nossa frente não nos deixando entrar.

Por isso devemos ter a sabedoria de demarcar nossos limites e proteger nossos “portões”. Quando nos conscientizamos disso durante a nossa vida nesse mundo teremos o mérito de todos os portões celestiais serem abertos para nós no mundo vindouro .

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Dedico a nossa Parashá ao aniversário da minha esposa

Bracha Hayka

Que Hashem dê à ela muito sucesso muita Saúde muito dinheiro e felicidades judaicas de toda a família

 iydishe naches e chassidisher naches

Mensagem da Parashá – Reê

Nossa Parashá nos conta que o sangue é a alma. No princípio, quando D’us criou o homem, está escrito que D’us “soprou” nele uma Alma, e não que o sangue é a alma. Então, que alma é essa que está no sangue que não é a Alma que “D’us soprou”?

Daqui vemos claramente que essas duas linguagens se referem à duas almas diferentes

Duas categorias de Alma

1- A alma animal

Diz o Zohar, clássico da Kabala de quase 2000 anos atrás, que primeira alma a entrar no corpo é chamada de alma animal e está vinculada ao sangue, e por isso está escrito que o sangue é a alma e sobre ela a nossa Parashá está falando.

Mesmo essa alma animal estando revestida no corpo inteiro, a principal revelação dela é no lado esquerdo do coração que bomba o sangue oxigenado para todo o corpo e por isso a Parashá usa essa expressão de que o sangue é a alma.

Sendo que ela é uma alma espiritual, podemos fazer transfusões de sangue e transplante de coração e ela continua no nosso corpo.

A Guemará nos conta que no momento em que uma mãe engravida, é colocada nessa gravidez uma alma.

Esse óvulo que vai se desenvolver recebe uma alma animal do nível deste mundo onde o bem e o mal estão misturados, o que o Zohar chama de “Klipat noga”, ou até uma alma de um nível mais baixo que o Zohar chama de “três klipot tmeot”. Sem ela nosso corpo não teria como crescer e se desenvolver.

2- A Alma Divina

Um dos princípios da fé judaica é que D’us não se compara à matéria. O Zohar explica que quando D’us criou o homem à sua imagem e semelhança, a intenção é sobre a revelação Divina como ela acontece nas dez sefirot e não imagem e semelhança material

Toda linguagem na Torá indica um assunto espiritual . Quando D’us coloca essa alma no primeiro homem é usada a linguagem “soprou”

Diz o Zohar que essa linguagem é representativa, quem sopra, sopra o que tem dentro de si. Por isso não está escrito que D’us colocou no homem a Alma mas que D’us soprou nele a Alma

A linguagem “soprou” é usada pela Torá para nos indicar o nível daquela Alma, querendo dizer que como o sopro é algo que sai de dentro da pessoa, assim também aquela Alma saiu de dentro da essência Divina e é chamada de “uma parte de D’us”

Ela está vinculada à nós de forma envolvente desde que somos gerados, mas só assume nosso corpo quando fazemos treze anos, ou no caso das meninas doze anos

Essa Alma também é dada à quem faz uma conversão ao judaísmo, ou seja, ela já estava vinculada à essa pessoa desde que foi gerado e isso foi o que causou para aquela pessoa querer se converter, por isso está escrito “guer shemitgaier”, ou seja, convertido que se converte e não “goi shemitgaier”.

Essa segunda alma se chama Neshamá. Ela se reveste na alma animal para poder interagir com o corpo sendo que ela é de uma fonte tão elevada que não tem como se revestir diretamente no corpo como a alma animal.

A principal revelação dela no nosso corpo é no nosso cérebro, e sendo que por natureza a razão domina o sentimento, o cérebro domina o coração. O objetivo dela nesse mundo é dominar a alma animal que se revela no coração e fazer dela uma plataforma para o trabalho Divino .

Essa Alma Divina é você! Você que desceu do céu para vencer uma corrida de obstáculos a qual chamamos de vida, e vai ganhar por próprio mérito um “baixo paraíso” no qual uma hora eqüivale a setenta anos dos maiores prazeres nesse mundo ou um alto paraíso onde uma hora eqüivale a setenta anos no baixo paraíso, como prêmio por ter feito o trabalho Divino, meta dessa “corrida de obstáculos”.

A Neshamá é pura e linda, cada ano que passa fica mais refinada e reluzente por meio do cumprimento dos 613 mandamentos Divinos.

Poderíamos dizer como exemplo que cada ano que passa, enquanto o corpo que é a roupa da nossa Alma fica mais cada vez mais velho, a Neshamá, nossa Alma Divina fica cada vez “mais jovem”. Ficamos cada vez mais jovens e com uma roupa, ou seja, nosso corpo, cada vez mais cada vez mais velha. Chega uma hora que somos obrigados a trocar de roupa para poder continuar o nosso trabalho Divino

Transmigrações da Alma

Nossa Neshamá se reencarna quantas vezes for necessário até cumprir todos os 613 mandamentos Divinos. Então vamos pedir para Hashem mandar rápido o Mashiach para podermos terminar todo esse trabalho Divino com muita alegria!

Povo escolhido

O povo de Israel é chamado de “O povo escolhido”. Quem participou desse concurso Divino para ser escolhido? Nossa Neshamá não poderia ter participado sendo que ela é diferente das almas dos povos do mundo. Quem se parece com os povos do mundo? Nosso corpo! Ele foi escolhido !

O que ele ganhou com essa escolha? Ele ganhou santidade! Quando cumprimos um Mandamento Divino ele recebe santidade! Nosso corpo se torna mais sagrado e refinado

no futuro quando ressuscitarmos ele vai reluzir mais do que a Neshamá, enquanto que os povos do mundo, mesmo cumprindo esses 613 mandamentos não recebem essa santidade.

Essa Kedushá é a diferença causada por termos sido escolhidos.

Conclusão: Agora nossa Neshamá faz nossa alma animal e nosso corpo cumprirem os mandamentos Divinos trazendo para eles Kedushá.

Na ressurreição essa kedushá se revela, nosso corpo ressuscita jovem, lindo e reluzente, e nosso mundo material se tornará um paraíso muito maior do que o alto paraíso. Tudo isso no mérito da Torá e das Mitzvót que estamos cumprindo agora!

Então, vamos aproveitar essa oportunidade, estudar mais Torá e fazer mais Mitzvot!!

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Ekev

Nossa Parashá nos conta que “…não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra Divina….”

Explica o Ari ZaL que a vitalidade da Alma não vem por meio da comida que comemos mas sim por meio da palavra Divina que se encontra nela que é o lado espiritual dos alimentos

Porque nossa Parashá chama o lado espiritual dos alimentos de palavra Divina?

Diz o Ari ZaL que isso é uma referência às Bênçãos que fazemos antes de comer, indicando que por meio dessas Bençãos nos conectamos ao lado Divino desses alimentos.

A Brachá, a Benção que fazemos antes e depois de comer, eleva o lado “Alma” dos alimentos que são pequenas revelações Divinas chamadas de “Centelhas Divinas”.

Essas “Centelhas Divinas” caíram nesse mundo por meio do fenômeno kabalístico conhecido como “a quebra dos receptáculos” e se misturaram com o lado espiritual negativo do mundo.

Por meio da Brachá refinamos essas pequenas revelações Divinas tirando elas das impurezas espirituais do nosso mundo. Delas nossa Neshamá, nossa alma Divina, recebe sua vitalidade e esse é o “alimento da Alma”.

Conclusão: Quer que a sua Alma vibre cheia de energia positiva? Capriche nas Brachot!

Corpo e Alma

O Ari Zal explicou que tudo nesse mundo tem um lado ”corpo” e um lado “Alma”.

Da mesma maneira que o ser humano foi criado “corpo e Alma”, assim também todas as coisas que existem no mundo foram criadas com um corpo material e uma alma espiritual.

A própria Torá tem um lado “corpo” e um lado “Alma”

O lado lado “corpo” da Torá são as Halachot, a lei prática, e o lado Alma da Torá é a imensa revelação Divina que está por trás dela.

Por isso os Anjos não queriam que a Torá descesse para esse mundo e recebesse esse lado “corpo”, porque eles não se interessavam por isso, sendo que não há entre eles ódio ou inveja e eles não precisam de leis práticas como “não assassinar”, “não cometer adultério” e etc.

Por isso anjos pediram para que a Torá ficasse nos mundos superiores e eles tivessem acesso à esse nível de revelação “Alma” da Torá.

Quando falamos as Brachot da Torá, unimos nossa Alma ao lado “Alma” da Torá que é uma revelação Divina tão grande e elevada que até os Anjos queriam chegar à ela também.

As Mitzvot, Mandamentos Divinos, também tem o lado “corpo” e o lado “Alma”.

Quando você faz uma Mitzvá, é bom para você nesse mundo e ela também fica guardada para você no próximo mundo.

Quando falamos a Brachá da Mitzvá estamos conectando a nossa Alma com o lado “Alma” da Mitzvá, esse aspecto dela que está guardado para nós lá em cima.

Por isso está escrito na nossa Parashá: “Toda a Mitzvá…” e não somente “a Mitzvá” indicando que esse lado “Alma” existe também na Mitzvá.

Terra de Israel material e terra de Israel espiritual

Nossa Parashá nos conta que na conquista da terra de Israel pela primeira vez a regra era: “Pouco a pouco vou expulsá-los da sua frente… ”

Diz o Rebe que o mesmo acontece na vida de cada um de nós, na conquista da terra de Israel espiritual, na parte dela que recebemos por sorteio lá de cima

E esse é o nosso trabalho Divino diário personalizado que inclui nosso refinamento pessoal. A conquista dele não deve ser feita de uma vez, mas sim pouco a pouco.

Mas não seja radical no pouco a pouco, pouco a pouco não quer dizer não fazer nada, não se esqueça que devemos nos esforçar para fazer o trabalho Divino, como dizem nossos Sábios: “Se você se esforçou e conseguiu, acredite!”

Diz a Parashá :”Talvez você diga no seu coração :- Esses povos são muito mais numerosos do que eu, como poderei conquistá-los?”

Ou seja, talvez você sinta a realidade! Você mediu o tamanho do problema e se conscientizou de que não tem a mínima chance de resolvê-lo .

Lá vai a regra geral que nos dá Moshe Rabeinu para todo e qualquer problema (incluindo fechar as contas no fim do mês) : “Não tenha medo deles!

Lembre-se do que Hashem fez ao faraó e a todo o Egito, os milagres, as maravilhas, etc etc etc.

Ou seja, isso é o que devemos pensar e sentir sempre em qualquer situação difícil. Se não saiu como queríamos, talvez nos espera algo melhor.

Mas nós devemos fazer a nossa parte que é viver confiantes a cada instante, nunca pensar que não vai sair como queremos mas sim nos lembrar dos milagres e das maravilhas que Hashem fez no Egito e nos conscientizar que assim ele vai nos fazer agora!

Por isso nos lembramos sempre de D’us como D’us que nos tirou do Egito, e raras vezes como D’us que criou o universo ou D’us que criou o homem.

Porque quando nos lembramos que D’us nos tirou do Egito, estamos vivendo a realidade de que D’us está constantemente interagindo com cada um de nós

Então vamos nos conscientizar e nos lembrar todo dia que se até do Egito Hashem nos tirou sem a mínima dificuldade, quanto mais de todos os nossos problemas que são tão pequenos em relação à isso

Nossa Parashá nos conta também que depois de comermos e ficarmos satisfeitos temos que agradecer à D’us

Daqui aprendemos o mandamento da Torá de falar o Bircat Hamazon, a Benção que fazemos depois de comer pão, que no judaísmo é considerado a comida principal e com qualquer acompanhamento

O que é considerado pão pela Torá é um pão feito de farinha de trigo, de farinha de aveia, de farinha de centeio, de farinha de cevada ou de farinha de espelta

E o que seria um acompanhamento para o pão?

Costumamos comer pão com carne como por exemplo um hot dog, um hambúrguer ou pão com frios, por isso a carne é sempre considerada um acompanhamento para o pão

Costumamos comer pão com peixe como por exemplo um sanduíche de atum, de salmão, ou de sardinha, por isso o peixe sempre é considerado um acompanhamento para o pão

Mas a maioria das pessoas nunca comeria em uma situação normal um sanduíche de melancia ou de abacaxi, por isso as frutas frescas não são consideradas um acompanhamento para o pão e devemos fazer uma Bênção à parte para elas

O “Bircat Hamazon” é composto por quatro Bênçãos.

A primeira, que é chamada de “Hazán”, foi composta por Moshe no deserto quando o Maná caiu do céu

A segunda que é chamada de “Al Haáretz Veál Hamazón” foi composta por Josué quando nossos antepassados comeram os frutos da primeira colheita após entrar na Terra Santa;

A terceira que é a Bênção pela reconstrução de “Yerushalayim” foi composta pelos reis David e Salomão,

A quarta Bênção, “Àquele que é bom e faz o bem”, foi composta pelos nossos sábios na época da “Mishná” há aproximadamente 2.000 anos atrás

Nossos Sábios também instituíram as Bênçãos anteriores e também as Bençãos posteriores para os alimentos que não acompanham o pão

Curiosidades

Como vimos anteriormente, o que é considerado pão pela Torá é um pão feito de farinha de trigo, de farinha de aveia, de farinha de centeio, de farinha de cevada ou de farinha de espelta, e esse pão é o que temos que comer no Shabat e chamamos de halá.

Algumas pessoas não podem comer pão de farinha de trigo, então podem fazer a halá para Shabat com farinha de aveia ou espelta sem glúten que também são consideradas pão pela Torá
(dependendo do nível de intolerância você tem que se certificar que essa aveia ou espelta não tem glúten de verdade)

Um pão de farinha de polvilho, farinha de arroz ou farinha de mandioca não é considerado pão pela Torá e não falamos Bircat Hamazon depois de comê-los

A espelta, mais conhecida pelo nome de trigo vermelho, já foi bastante usada em algumas partes da Europa na Idade Média.

Já há algum tempo esse trigo se espalhou por todo o mundo e chegou inclusive ao Brasil.

Em termos nutricionais ela é considerada como uma forte fonte de vitamina B2, manganês, niacina, fibras, tiamina e cobre, sendo portanto, muito saudável para o corpo.

É também conhecida por seu alto teor de proteínas, pela capacidade hidrossolúvel e por ser um alimento de fácil digestão.

A farinha de espelta pode ser frequentemente substituta da farinha de trigo branca, por ser considerada mais saudável.

Os benefícios da espelta estão relacionados principalmente à redução do colesterol ruim no sangue.

Ela também pode ajudar a acelerar metabolismo, contribuindo assim para o emagrecimento.

Também possui bastantes fibras, o que ajuda a melhorar o funcionamento intestinal, tem função anti-bacteriana e pode fornecer um reforço ao sistema de defesa do corpo.

Pode ajudar ainda as pessoas com problemas de circulação. Além disso, por possuir pouca quantidade de glúten, o grão é de mais fácil digestão.

Assim, se você é levemente celíaco (intolerante ao glúten) e quer se beneficiar com as propriedades da espelta e introduzir uma alimentação mais saudável no seu dia a dia, pense em consumir produtos com espelta. (Mas consulte o médico sobre o nível de celíaco que você é para se certificar de que essa farinha que você comprou realmente não tem glúten)

Receita de pão de espelta light

Ingredientes:

400g de farinha de espelta integral;
1 colher de chá de bicarbonato de sódio;
1 colher de chá de sal;
2 ovos batidos;
320 ml de água.
Modo de preparo:

Numa tigela junte todos os ingredientes secos: a farinha, o bicarbonato e o sal. Bata os ovos em um bowl até ficar espumoso e incorpore a água.

Misture bem e despeje sobre os ingredientes secos. Envolva tudo com uma colher de pau. Unte e enfarinhe uma forma retangular. Despeje a massa e leve ao forno a 180 graus por 45 minutos. Desenforme e corte em pedaços. Sirva!

Se você quiser transformar esse pão Hamotzi em pão Mezonot troque os 320 ml de água por 320 ml de leite de soja

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Vaetchanan

Moshe conta ao povo que “rezou para D’us naquela hora” e usa a palavra Vaethanan se referindo à reza

Rashi diz que a raiz da palavra vaethanan é usada em todas as escrituras no sentido de pedir um presente sem precisar dar nada em troca, e explica:

Mesmo podendo os Tzadikim justificarem o atendimento de seus pedidos como merecimento à suas boas ações, mesmo assim, por humildade pedem para que Hashem atenda à seus pedidos sem olhar para seus méritos, pedem para que Hashem atenda à seus pedido de graça.

Aprimeira coisa que aprendemos aqui é de não pensar nos nossos méritos na hora de rezarmos e fazermos nossos pedidos.

O atendimento à nossos pedidos é um presente que Hashem nos dá por termos pedido.

Diz o Midrash Rabá que o valor numérico da palavra Vaetchanan é 515 nos indicando o número de vezes que Moshe rezou por aquele mesmo motivo

Daqui aprendemos que devemos pedir pedir e pedir, se até Moshe Rabeinu que era o maior dos profetas pediu tantas vezes, quanto mais nós

Quando estamos rezando precisamos ter segurança de que vamos ser atendidos e nunca devemos imaginar no meio da reza que talvez não sejamos atendidos.

Isso porque a falta de fé enfraquece o efeito da reza. Por isso na hora do pedido devemos acreditar com fé perfeita que nosso pedido vai ser atendido

Mas caso aconteça de você não receber o que está pedindo no momento, saiba que quando isso acontece é sempre por motivos que são para o nosso bem. Bem revelado ou bem oculto

E mesmo nesse caso nossas rezas que aparentemente não serviram para o que queríamos são automaticamente direcionadas para algo mais importante que muitas vezes nem sabíamos que estávamos precisando tanto daquilo

Mitzvá da Tefilá

De acordo com a Torá, a Mitzvá da Tefilá consiste em pedir para Hashem o que você precisa na hora que você precisa

Por exemplo: em uma hora de perigo, um dos 613 mandamentos da Torá é de rezar e pedir para Hashem nos salvar do perigo, e isso é um dos princípios da nossa fé

O motivo desse princípio é que por meio disso a pessoa vai saber e entender que Hashem sozinho dirige o mundo e toma conta de cada detalhe de cada uma das criaturas, e somente Hashem tem a possibilidade de nos salvar, como escreveu o Rambam no quinto dos treze princípios

O fato de cada um de nós ser obrigado a cumprir o mandamento da Tefilá e pedir para Hashem o que precisamos na hora que precisamos nos mostra que a Mitzvá da Tefilá não é direcionada especificamente à pessoas próximas de Hashem como Tzadikim mas sim à cada um de nós

Quando precisamos de alguma coisa é uma Mitzvat Assé, Mandamento “Faça”, fazer nossos pedidos para Hashem.

Por esse motivo, mesmo estando as mulheres liberadas de cumprir os mandamentos “faça” que tem um tempo determinado, as mulheres também são obrigadas a rezar sendo que pela Torá o mandamento da reza não tem um tempo determinado

Às vezes nosso pedido será aceito e nosso desejo realizado, e às vezes, para nosso próprio benefício material ou espiritual, nosso pedido não é aceito, mas como vimos anteriormente nunca podemos pensar isso na hora do pedido

Isso se compara a alguém que manda seu pedido à um rei. Qualquer pessoa pode mandar para o rei um pedido, e mesmo sendo a pessoa mais distante dele, pode ser que o rei vai atender à seus pedidos porque condiz à natureza boa e piedosa do rei atender especificamente aos mais humildes e etc…

O fato da pessoa estar mais próxima ou mais distante do rei só vai fazer diferença em relação à pedidos sobre assuntos públicos e de grande importância para o povo , mas em assuntos de necessidades particulares não faz diferença se a pessoa está mais próxima ou mais distante.

Dessa mesma maneira Hashem se relaciona às rezas que rezamos e aos pedidos que fazemos para Ele

Porque explicitamente Ele atende às rezas de cada pessoa e esse é o mandamento da reza pela Torá

Nossos Profetas e Sábios no exílio da Babilônia viram que estávamos esquecendo o que precisamos e diminuindo a frequência em que deveríamos pedir, e fizeram para nós a Tefilá de 18 Brachot conhecida como “Shmone Esrei” ou Amidá como hoje se encontra no Sidur.

Os Sábios da Mishná conhecidos como Tanaim e os Sábios da Guemará conhecidos como Amoraim acrescentaram mais algumas rezas seguidos pelos Sábios das gerações posteriores até chegarmos ao Sidur que temos hoje

Conclusão: Capriche nas rezas e não economize nos seus pedidos, você só tem a ganhar!

NossaParashá nos conta que Moshe Rabeinu, depois de ter conquistado as terras da margem oriental do rio Jordão que seria a herança das tribos de Reuven, Shimon e metade da tribo de Menashe imaginou que o decreto Divino de não entrar na terra de Israel poderia ter sido anulado como é a regra de qualquer profecia negativa

Moshe rezou 515 vezes pedindo à D’us para deixar ele entrar na Terra de Israel e alcançar o nível dos mandamentos Divinos ligados à “Terra Santa.”

Hashem responde à ele : “Muito mais do que isso está guardado para você, não continue pedindo isso”. Vemos daqui que se ele continuasse a pedir receberia o que estava pedindo, mas o ” Muito mais do que isso está guardado para você” ele perderia.

Aprendemos daqui que quando rezamos e pedimos muitas vezes para Hashem nos dar algo e parece que nossos pedidos não estão sendo levados em conta, o motivo por não recebermos o que pedimos pode ser porque “muito mais do que isso” está guardado para nós, e se recebermos a coisa pequena perderemos a grande, portanto Hashem não nos dá o que pedimos para que possamos receber algo muito melhor.

Porque Moshe não fez como Yaakov que rezou para ter uma vida tranquila e foi atendido? Yaakov viveu até os 147 anos uma vida tranquila no Egito com seu filho Yossef no governo.

Moshe poderia pedir à Hashem uma vida tranquila entre as tribos de Reuven, Shimon e metade da tribo de Menashe que receberam terras fora de Israel, e viver tranquilo com seu sucessor Yehoshua no governo como viveu Yaakov no Egito com Yossef acima dele .

O sucessor de Moshe, Yeoshua Ben Nun era seu aluno exemplar, um filho espiritual que no caso de Moshe era até mais importante do que um filho material

A resposta para isso veremos mais à frente em Parashat Vayelech, lá Hashem diz para Moshe : “Você se deitará com seus pais e se levantará esse povo e se prostituirá atrás de deuses estranhos…”

Nosso patriarca, Avraham Avinu, faleceu com 175 anos . Rashi explica que Avraham teria que viver 180 anos como seu filho Itzhak, mas Hashem diminuiu cinco anos da vida dele porque tinha prometido à Avraham que ele iria falecer com tranquilidade.

Ismael fez teshuvá e Essav ainda não tinha se corrompido, e isso significava falecer com tranquilidade.

Mas se ele vivesse mais iria sofrer com a idolatria de Essav e não faleceria tranquilo como Hashem lhe prometeu. Por isso Hashem o levou antes da hora.

Portanto, antes do falecimento de Moshe que seria a hora propícia para ele pedir uma vida tranquila na margem oriental do rio Jordão, Hashem lhe comunicou que o povo iria fazer idolatria, e assim ele já não tinha mais motivo para pedir isso.

E o que é o “Muito mais do que isso” que Hashem dará à Moshe? Diz o Ari Zal no Shaar Haguilgulim, baseado na primeira parte desse mesmo versículo “Você se deitará com seus pais e se levantará… “, que a última geração, a geração do Mashiach, é a reencarnação da geração que faleceu no deserto e Moshe próprio se reencarna e se torna o Mashiach! Existe melhor do que isso?

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Dvarim

A tradução da Torá para setenta idiomas

Está escrito na nossa Parashá: “E foi no quadragésimo ano, no décimo primeiro mês, no primeiro dia do mês, começou Moshe a explicar esta Torá dizendo…”. Dizem nossos Sábios, como traz Rashi, que Moshe explicou a Torá em setenta línguas diferentes.

Porque Moshê precisaria explicar a Torá em setenta idiomas? Rabi Moshe ben Nachman, o Ramban, nos ensinou que a Torá, as Profecias e todas as Escrituras Sagradas foram ditas na “Língua Santa” que é o idioma Divino no qual D’us falou com Moshe e com os Profetas.

Sendo que a Torá é a “Torá de Hashem”, Hashem “nos deu Sua Torá “, aparentemente o estudo da Torá deveria ser somente na “língua Divina”, a “Língua Santa”.

A definição de Torá “escrita” é : Nenhuma letra a menos e nenhuma letra a mais, mas exatamente como foi dada por D’us, e por esse motivo a leitura do Sefer Torá na sinagoga é considerado estudo e temos que dizer uma Brachá com nome de Hashem mesmo que o Judeu que está dizendo a Bênção não entende o que está lendo, e muitas vezes não entende nem a tradução da Benção.

Talvez por isso poderíamos dizer que a leitura da Torá escrita em qualquer ocasião só poderia ser feita na “língua Santa”, idioma no qual ela foi dada por D’us !

E não somente isso, mas até em relação às explicações da Torá, chamadas de “Torá Oral”, mesmo que aparentemente dependem somente do nosso entendimento, e se não entendemos a Torá Oral não cumprimos a Mitzvá de estudá-la, mesmo assim a Halachá é que “pensamento não é fala” e para cumprir a Mitzvá devemos falar a Torá Oral

E novamente poderíamos pensar que só cumprimos essa Mitzvá falando a Torá Oral na “língua Santa”

E algumas leis que recaem sobre “falar” palavras de Torá são vigentes também em relação a Torá Oral como a proibição de falar palavras da Torá sem roupas e também o fato de não podermos fazer uma Bênção sobre a Torá que vamos pensar mas somente sobre a que vamos falar.

Ainda mais, sendo que a “Torá Oral” também é de D’us, poderíamos dizer que a classificação de “Estudo de Torá” só recaísse sobre a Torá Oral quando fosse dita na língua falada por D’us, na língua Santa.

Essa foi a ação de Moshe Rabeinu na nossa Parashá. Por meio de ter explicado a Torá em setenta línguas, a partir daí recai o nome “Torá” sobre assuntos de Torá estudados pelo povo de Israel em outras línguas mesmo não sendo essa a língua que D’us deu a Torá

Fazendo com que recaia sobre ela a classificação de “Torá” a tal ponto que quando falamos assuntos de Torá em outras línguas estamos falando verdadeiras “Palavras da Torá” e se torna proibido falarmos elas antes de dizer a “Bênção da Torá”, e nem precisamos dizer que é proibido falar assuntos de Torá em qualquer idioma se não estivermos vestidos

A iniciativa que teve Moshe na nossa Parashá foi incentivada pela própria Torá que usa algumas palavras nas línguas dos outros povos, como por exemplo “Yegar Sahaduta” , “Totafot” e etc.

O Midrash Tanhuma nos conta que até a primeira palavra dos Dez Mandamentos, Anochi (Eu) que engloba todos os mandamentos positivos da Torá é uma palavra retirada da língua egípcia antiga

O motivo que essas palavras fazem parte da Torá que é toda de Hashem é para que recaia a santidade da Torá sobre essas palavras e por meio disso as línguas dos povos se tornam refinadas para que se possa “repassar” a Torá por meio delas .

Isso acontece nos idiomas atuais também. O que a Torá fez em curta escala somente indicando que isso é possível, e Moshe Rabeinu fez em larga escala , traduzindo toda a Torá para setenta línguas, aparentemente foi uma dica para a nossa situação atual.

Surgiram novas línguas, todas derivadas daquelas setenta, e nós somos os que estão refinando esses novos idiomas quando repassamos a Torá por meio deles.

Na torre de Bavel aconteceu um milagre que deu origem a setenta línguas e delas saíram todos os idiomas que existem hoje. Sabemos que a “Lingua Santa” , que por meio dela D’us criou o mundo, foi falada por Adam e Havá (Adão e Eva) e continuou sendo falada por pessoas de cada geração também depois da torre de Bavel

A maior prova disso é que o Povo de Israel que desceu para o Egito não mudou a sua língua que era a mesma desde a criação do mundo.

O Tossfot Yom Tov nos conta que o Hebraico antigo que foi a primeira língua existente no mundo deu origem ao aramaico, e o aramaico ao árabe

Poderíamos pensar, será que o aramaico, sendo que é um derivado da “Língua Santa” já vem com a santidade do”Idioma Divino”?

A Torá nos dá a dica: Está escrito: “Yaakov chamou aquele lugar de “Gal Ed” e Lavan de “Yegar Sahaduta” ou seja, tanto os idiomas derivados da “Língua Santa” quanto os derivados das outras línguas são o idioma de “Lavan o Arameu” e precisam ser refinados pela Torá !

O motivo que isso teve que ser feito especificamente por Moshe Rabeinu é porque todos os assuntos da Torá foram dados para o povo de Israel por meio de Moshe , “Moshe recebeu a Torá no Sinai”, a tal ponto que disseram nossos Sábios :-“Tudo que um aluno experiente vai inovar já foi dado para Moshe no Sinai”

Por isso também o fato de serem chamados de “Torá” os assuntos de Torá ditos nas setenta línguas teria que ser revelado pelo próprio Moshe Rabeinu.

Porque Moshe pediu para o povo de Israel escrever a Torá nas pedras em setenta línguas?

Fora o fato de Moshe ter explicado oralmente a Torá em setenta línguas, Moshe e os anciãos de Israel pediram ao povo que no dia em que atravessassem o rio Jordão erguessem pedras grandes e escrevessem nelas todas as palavras desta Torá nessas setenta línguas, cada uma nas suas letras como nos contou o grande Tzadik Rabi Moshe ben Maimon, o Rambam, que a Torá foi escrita naquelas pedras com as letras de cada idioma.

Vemos aqui que Moshe Rabeinu conseguiu fazer com que não haja diferença entre traduzir a Torá oralmente para as setenta línguas e escrever ela em setenta línguas,

Nos dois casos ela se tornou considerada “Torá” com toda a devida santidade relacionada a ela.Por esse motivo Moshe também teve que traduzir oralmente a Torá e também pedir para que ela fosse escrita na escrita de cada povo.

Duas obras distintas, uma para que recaia a santidade da Torá sobre a língua dos povos e a outra para que essa santidade recaia também sobre a escrita dos povos.

Ou seja, para que os livros com assuntos de Torá escritos nas letras dos setenta idiomas também sejam chamados de Livros Sagrados, “Sifrei Kodesh”, e devam ser cuidados com o mesmo respeito que damos aos livros escritos na “Língua Santa”

O que fez Moshe em suas últimas cinco semanas de vida

Nosso quinto livro da Torá, Devarim, é conhecido como Mishnê Torá, a revisão da Torá.

Seu conteúdo foi dito por Moshê ao povo judeu durante as cinco semanas finais de sua vida, enquanto o povo se preparava para entrar na Terra de Israel.

Moshe sabia que tinha os dias contados e pouquíssimo tempo de vida, e teria que se dedicar somente para fazer as coisas mais importantes.

Nesses dias ele estava traduzindo a Torá para setenta línguas para facilitar o estudo da Torá aos judeus, para dar mérito a judeus que só sabem falar outros idiomas, para tornar o acesso à Torá mais fácil.Ele estava empenhado e dedicado para que pessoas que nem sabem falar a “Língua Santa” possam saber o motivo que D’us criou o mundo e o motivo pelo qual nós estamos aqui.

Moshe Rabeinu não só nos deu a Torá mas também mostrou para nós que ela é a coisa mais importante que existe no mundo !

A Parashá nos conta também que quando nosso povo planejou passar pelo monte Seir, terra de Edom, para chegar à terra prometida. D’us pede para Moshe dar uma ordem ao povo de Israel para comprar com dinheiro mantimentos dos Bnei Essav habitantes de Seir, e até pagar pela água que beberem.

O motivo para isso aparece imediatamente no próximo versículo: “ Porque Hashem seu D’us te abençoou em todos os trabalhos das suas mãos e proveu todas as suas necessidades na travessia desse grande deserto durante quarenta anos, Hashem seu D’us está te apoiando, não te falta nada!”

Isso foi dito à Moshe como uma ordem para ser repassada ao povo de Israel !

Quando o versículo diz que Hashem seu D’us te abençoou, está instruindo o povo para não ser ingrato dando a impressão de que eles são pobres e mal cuidados por Hashem, mas ao contrário! Passem uma imagem de que vocês são ricos! (Rashi)

A regra é : Quando somos gratos à D’us pelo que ele nos dá e demonstramos isso, fazemos com que ele nos dê verdadeiros motivos para agradecer. Quando estamos alegres por saber que D’us sempre está cuidando bem de nós, fazemos com que D’us nos dê verdadeiros motivos para justificar essa alegria!

😊 Rezando com alegria

O Baal Shem Tov nos conta que existem duas formas de rezar, uma com muita alegria e entusiasmo e outra com muito choro e amargor.

As duas formas são válidas mas a diferença entre elas é que, quando pedimos à D’us com alegria somos como um ministro fazendo um pedido ao Rei, mas quando pedimos com tristeza somos como um pobre fazendo um pedido ao Rei

Por ser assim no mundo espiritual consequentemente a natureza do mundo material é que: quando o pobre pede algo para o Rei ele ganha um presente pequeno, mas quando o ministro pede algo para o Rei ele ganha um presente grande, por isso temos que rezar com muita alegria e entusiasmo como um ministro falando com o Rei.

Por que essa ordem em relação à Edom foi dada, se no final o povo de Israel não atravessou a terra de Edom e isso não aconteceu na prática?

Sendo que a Torá é eterna e seus ensinamentos são eternos, eles são válidos em qualquer época e em qualquer lugar, e o fato de essa travessia não ter acontecido na prática mas a ordem ter sido dada só vem reforçar o fato de essa ordem ter sido dada para nós, aqui e agora!

Então vamos mostrar para todos que D’us sempre está cuidando bem de nós e não se esquece de nós nem um único e minimo instante!

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Matot

Nossa Parashá nos conta que quando alguém faz uma promessa ou um juramento que não consiste em uma coisa proibida pela Torá ele tem a obrigação de cumprir com a sua palavra.
Por isso o ideal é sempre dizer “Bli Neder” (sem promessa) quando prometemos alguma coisa, para deixar claro que não estamos fazendo uma promessa ou um juramento.
Porque uma promessa de fazer algo que a Torá proíbe não é levada em conta e continuamos proibidos de fazer aquilo que a Torá proíbe?
Simples! Sendo que um juramento não tem a capacidade de anular outro e nossa Alma antes de descer para o corpo já jurou lá em cima que vai cumprir todos os mandamentos Divinos, consequentemente um juramento de fazer algo contra a vontade Divina não é válido.
Mesmo que pela Torá é permitido jurar, nossos Sábios recomendam não fazer juramentos ou promessas.

Então, lembre-se : quando prometer alguma coisa NUNCA se esqueça de falar “Bli Neder.

Mass’ei
Parashát Mass’ei, nos conta que alguém que matou uma pessoa acidentalmente também é chamado de assassino.

O “Assassino sem intenção” não é condenado à morte como o assassino com intenção, mas recebe um castigo de exílio em uma cidade de refúgio que foi feita para esse fim e geralmente era habitada pela tribo de Levi que não tinha terra própria .

O castigo dele era ficar lá até o Cohen Gadol (sumo sacerdote) falecer e o versículo diz que “depois da morte do Cohen Gadol o assassino pode voltar à sua terra”.

Surge a pergunta: Porque a Torá continua chamando ele de assassino se de acordo com a própria Torá depois da pessoa ter recebido o castigo neste mundo sua transgressão é apagada no tribunal Divino ?

No começo ele é chamado de assassino porque a regra é que coisas boas acontecem por meio de pessoas boas e coisas ruins por meio de pessoas ruins e o fato de a morte acidental ter acontecido por meio dele justifica o adjetivo assassino.

Depois que ele cumpre sua pena se tornando por meio disso um Tzadik, diz a Torá: “Depois que morrer o Cohen Gadol voltará o assassino para a terra da sua herança”.

A linguagem é estranha! Porque a Torá continua chamando ele de assassino mesmo depois de ele ter cumprido sua pena?

Assassinato por falta de reza

A Guemará em Macot 11b nos conta que o Cohen Gadol na função de sumo sacerdote deveria rezar para que esses acidentes não acontecessem, e o fato de ter acontecido demonstra que o Cohen esqueceu de rezar para isso

Assassinato por meio de reza
A consequência automática disso é uma reza contrária, o exilado reza para que o Cohen Gadol morra rápido para que ele possa sair do exílio e voltar para a sua família.

Por isso ele é chamado novamente de assassino, por ter causado a morte do Cohen Gadol por meio de suas rezas, nos ensinando que uma reza não só que pode salvar alguém mas pode também matar alguém
Anulando uma reza assassina
A mãe do Cohen Gadol levava para esses exilados roupas e comida para que eles não desejassem o mal da sua família e esse era o jeito dela de anular essa propensão de reza
Ou seja, depois que ele recebeu dela roupas e comida ele só iria desejar o bem dela e dar todas as bênçãos para essa família.
Conclusão : sempre temos que rezar e pedir pelas pessoas próximas a nós para que nada de ruim aconteça por meio delas e também sempre ajudar à quem está ligado à nós para que todos sempre desejem o nosso bem.
Quarenta e duas viagens
O povo de Israel fez quarenta e duas viagens entre a saída da escravidão no Egito e a milagrosa entrada na “Terra Prometida”.

O que há por trás das quarenta e duas viagens que nos dá a obrigação de nos lembrarmos delas todos os anos quando lemos Parashat Mass’ei na Torá ?
O Baal Shem Tov nos revelou que cada Judeu e Judia tem um itinerário de viagens planejado lá de cima para percorrer durante sua vida

A Torá nos conta sobre quarenta e duas viagens que o povo de Israel teve que fazer entre a saída do Egito e a chegada à terra de Israel.

Diz o Baal Shem Tov que o objetivo dessas viagens era para elevar pequenas “Revelações Divinas”, que chamaremos de “Centelhas Divinas”.

Quando damos um exemplo sobre a Revelação Divina comparamos ela à uma grande Luz, por isso essas pequenas revelações são comparadas à pequenas centelhas.

O objetivo dessas 42 viagens era fazer um “Tikun”, uma “reparação”, um conserto espiritual nesses lugares por onde eles passaram que consistia em elevar essas “Centelhas Divinas”.

Em cada lugar eles acamparam, mas ficaram somente o tempo necessário para fazer o “Tikun” e elevar as “Centelhas Divinas” daquele lugar.

O Baal Shem Tov diz que cada Judeu e Judia tem um circuito de viagens pré destinadas durante toda a sua vida.

Tudo é pré determinado até os pequenos detalhes. Onde vai morar, onde vai trabalhar, para onde vai viajar, onde vai passar uma semana, onde vai passar um ano, onde vai morar mais ou menos tempo.
Um detalhe interessante é que tanto no lugar onde o povo de Israel acampou por um só dia quanto no lugar onde eles acamparam por dez anos eles montaram o Mishkan como se fossem ficar lá a vida inteira nos ensinando que mesmo sabendo que Mashiach pode chegar hoje, mesmo assim devemos nos comportar de maneira natural como se tivéssemos que ficar aqui a vida inteira.
Nossas viagens

Todos nós somos chamados de Sefaradim (Judeus Espanhóis) ou Ashkenazim (Judeus Alemães).
Mas nossos avós não vieram da Espanha mas sim de países Árabes.

Somos Sefaradim só de nome porque na Espanha já não havia comunidade judaica nos últimos quinhentos anos

E a grande maioria dos Ashkenazim não veio da Alemanha mas sim da Europa oriental.

Ou seja, na Síria e no Líbano sabíamos que éramos Sefaradim (espanhóis) e não libaneses. Nenhum de nós pertencia nem mesmo ao próprio país de onde vinha, demonstrando explicitamente a locomoção do nosso povo

Ninguém mais pode voltar para a Síria ou para o Líbano nem para visitar e ninguém vai querer morar na Polônia ou na Romênia que no passado foram comunidades judaicas enormes

Os Judeus que foram expulsos de Recife em 1654 fundaram Nova York e eram chamados de Sefaradim, em 1824 Judeus vindos do Marrocos fundaram a Sinagoga de Belém e também eram chamados de Sefaradim.

Todos nós Judeus temos uma aparência Européia ou Árabe mesmo sendo Judeus brasileiros e essa é a marca registrada de que somos turistas em qualquer país onde vivemos, “Trade Travellers”, “Turismo de negócios”

Pensamos que tudo o que fazemos estamos fazendo para nós próprios mas na realidade por trás de tudo está D’us causando nossas mudanças para que possamos elevar essas “Centelhas Divinas” espalhadas pelo mundo.

E assim fazemos todos os consertos, ”Tikunim”, que nossa Alma precisa fazer nesse mundo em um limite de viagens pré determinado.

Achamos que conseguimos um emprego melhor e subimos na vida, depois vamos para a China comprar mercadoria e voltamos para cá para vender a mercadoria, pensamos que somos espertos e lucramos!

Mas simplesmente é D’us que está causando tudo isso para que cada um possa elevar a sua parte do mundo, a parte que está na sua responsabilidade.

Por isso que sobre a saída do Egito está escrito que deixamos o Egito como uma armadilha sem isca ou como as fossas oceânicas que não tem peixes

Ou seja, tiramos do Egito a “isca” espiritual que nos atraiu para lá que na verdade eram 210 “Centelhas Divinas” que elevamos lá, e o mesmo estamos fazendo aqui e agora!
Comentário do Rav Avraham Biniamini sobre a nossa Parashá:

Gostei muito de ler o Dvar Torá da Parashat Matot Massei! Ele foi redigido de maneira espetacular e com certeza vai alcançar seu objetivo de despertar amor à D’us e divulgar a Chassidut (ensinamentos profundos da Torá) e assim aproximar de maneira adequada a vinda do Mashiach e a construção (do Beit Hamikdash) por nós esperada o dia inteiro já fazem dois mil anos.
Como introdução peço desculpas, gostaria de fazer uma observação. Somente uma observação de rodapé.

Está esclarecido nos livros sagrados que como consequência da “Quebra dos receptáculos, conceito cabalístico que se refere a um fenômeno espiritual acontecido antes da criação do mundo, caíram 288 Nitzutzot, “Centelhas Divinas” nesse nosso mundo material chamado pela Cabala de “o mundo do conserto”.

Nos anos da fome, na época em que Yossef era o vice rei do Egito antigo, pessoas de todas as terras trouxeram ao Egito dinheiro, ouro, prata e etc, e com esse dinheiro compraram trigo e mantimentos,

e assim, por meio desse dinheiro Yossef o Tzadik reuniu no Egito essas Nitzutzot para que o povo de Israel pudesse elevá-las.

E realmente assim aconteceu, a maior parte delas se elevou, como está escrito “e também erev rav”.

A palavra “rav” tem o valor numérico de 202 representando 202 Nitzutzot matrizes.

Sobraram ainda 86 Nitzutzot cujo valor numérico é equivalente a um dos nomes de D’us, “Elokim”, e também à palavra “natureza”, indicando que esse nome se refere à revelação Divina dentro da natureza, milagres revestidos em assuntos naturais.
A pergunta é: como em 210 anos elevaram 202 Nitzutzot e desde lá até hoje se passaram 3330 anos e ainda não terminamos de elevar esses poucos 86 Nitzutzot que sobraram.

Está esclarecido nos livros da Torá oculta que depois da saída do Egito, aqueles poucos 86 Nitzutzot se dividiram, e por isso em todos os exílios pelos quais passamos e estamos passando, de uma maneira geral os judeus se locomovem atrás das “partículas” dessas “Centelhas Divinas” em todo o mundo.
No começo era na Ásia e no nordeste da África, na continuação foi a Europa e etc etc etc .

Nos últimos tempos a tecnologia se desenvolveu e por isso nem sempre precisamos viajar para a China para elevar os Nitzutzot que estão lá mas por meio da importação de produtos “Made in China” facilitam esse assunto para nós judeus, e os Nitzutzot chegam até nós (como chegaram para Yossef no Egito) em forma de roupas, outros produtos e etc.
Me despeço com a Brachá de que, como diz o Rebe de Lubavitch, já terminamos o trabalho do refinamento, esse trabalho de elevar os Nitzutzot, terminamos a parte geral obviamente, mas ainda deve ter sobrado para cada um de nós alguma coisinha pequena personalizada para elevarmos, e então imediatamente chega o Mashiach que estamos esperando já há dois mil anos

Com a Brachá de que esses dias vão se transformar em alegrias e mais alegrias e grandes festas
Avraham David Halevi Biniamini
Petrópolis

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Pinchás

Ódio Gratuito:

No começo da nossa Parashá D’us pede para fazer uma guerra contra Midian por eles terem abalado a estrutura do nosso povo recrutando um exército de mulheres para seduzir os jovens judeus e induzi-los à idolatria do Baal Peor causando 24.000 mortes em uma epidemia que surgiu como consequência disso

Essa guerra aconteceu há mais de 3260 anos. Por qual motivo temos que nos lembrar hoje que vencemos a guerra de Midian há tanto tempo atrás?

A Torá tem um lado revelado que chamamos de “corpo da Torá” e um um lado oculto, “Alma da Torá”. O lado “corpo” dessa guerra aconteceu há mais de 3260 anos atrás mas o lado “Alma” dela acontece diariamente.

Aqui na nossa Parashá estudamos no lado oculto da Torá o diagnóstico de uma “Klipá” (força espiritual negativa que atua no mundo) chamada de klipat Midian.

Essa Klipá é a fonte espiritual do ódio gratuito que causou a destruição do segundo Beit Hamikdash, o exílio do nosso povo, e até hoje ela continua no nosso meio.

Então não é por acaso que lemos essa Parashá nessa época em que o Beit Hamikdash foi destruído .

A Torá já tinha nos contado sobre os meraglim (espiões) que contra a vontade Divina queriam que o povo ficasse no deserto estudando Torá para entrarem na terra de Israel mais preparados.

Agora, depois de décadas de estudo, nosso povo se encontra com um exército de mulheres que vem nos seduzir.

Como poderiam correr atrás da primeira mulher que vissem depois de estar quase quarenta anos estudando Torá?

Essa é a consequência da Klipá que se provou resistente a estudos de Torá, à classe social e até à nível espiritual. Todos nós estamos sujeitos à ela, ela é a pior de todas as klipot.

Características da Klipá de Midian

1-Bilam o feiticeiro sabia que para D’us a pior coisa é a idolatria e a destruição do conceito familiar, relações ilícitas.

Bilam não tinha motivo justo para aconselhar Balak, rei de Moav contra nós. Seu país (Midian) estava longe de nós e não estava nos nossos planos de conquista, e portanto o ódio dele por nós era “ódio gratuito”.

Ele viajou até Moav sabendo que Moav também não estava em perigo, para dar o conselho mais destrutivo do mundo em relação à nós. Ele estava “possuído” por essa klipá

Quando essa Klipá nos contagia nos tornamos dispostos a fazer tudo para destruir. Ela desperta em nós o sentimento de destruição sem limites, sem motivo ou por um motivo muito pequeno, destruir gratuitamente.

Como nos proteger dessa klipá

Não nos deixando seduzir pela Klipá! Sempre que sentirmos motivação para entrar em uma briga e querer destruir nosso próximo a ponto de desejar até sua inexistência sabemos que ela se despertou em nós imediatamente temos que despertar nosso sistema imunológico espiritual (yetzer hatov) contra ela e tomarmos a decisão de não brigar, não dar palpites destrutivos e não “colocar lenha na fogueira” seja o que não for.

As jovens de Midian justificaram seu comportamento como causa nobre e espiritual, e até princesas participaram dessa sedução em massa.

Cada uma levou com ela seu deuzinho, o Baal Peor, que foi apresentado como deus politicamente correto que apoiava o prazer e bem estar de seus adoradores e cuja adoração consistia em fazer as “necessidades” sobre ele demonstrando que não existe nada proibido no mundo contanto que isso te dê prazer

A mensagem dessa klipá é: “Se você se sente bem brigando com alguém, brigue!” Ela apresenta a destruição por meio de brigas e intrigas como causa nobre, politicamente correta e ainda com o apoio divino da idolatria

Como sabemos que isso é Klipá ? Pelas consequências ! Por mais nobre e politicamente correta que seja a causa, se a consequência dela é a destruição, aí a klipá se encontra.

Então vamos abrir mão da legitimidade da briga olhando mais longe, vendo que se continuarmos uma briga todos sairemos perdedores.

No começo da briga ou da intriga já temos que mentalizar a paisagem da destruição dopós briga e do tempo necessário para reparar os prejuízos que ela causará e para curar os ferimentos que ela trará.

Vamos abrir mão dos prazeres descontrolados da briga que a klipá nos oferece para não morrer na peste espiritual que é a consequência desse tipo de prazer .

Separação: bem ou mal?

No primeiro dia da criação do mundo quando D’us criou a luz ele disse “Ki Tov”(Que bom)

No segundo dia D’us criou a separação colocando limites entre os oceanos e as nuvens, uma separação extremamente necessária que sem ela não existiríamos, mesmo assim D’us não falou que era bom.

A separação pode ser uma coisa extremamente necessária, mas sendo que é uma separação coisa boa ela não é. Necessária sim, boa não!

Não seja “durão”

A Guemará em Guitim nos conta que um homem rico em Jerusalém fez uma festa. Seu amigo se chamava Kamtza e seu inimigo Bar Kamtza.

Ele pediu para seu shamash (“serviços gerais”, faxineiro, geralmente pessoa muito simples) chamar seu amigo Kamtza para a festa e o faxineiro por engano chamou seu inimigo Bar Kamtza.

O problema já teria que ser arquivado nesta etapa como ”erro de faxineiro”, coisa insignificante. Mas o homem que seu nome nem aparece na história se relacionou à isso com a maior gravidade.

Aí a klipá se revela! Ele usou sua autoridade para exigir a retirada do Bar Kamtza da sua festa, e o que seria uma possibilidade de reconciliação entre dois judeus vai acabar em uma guerra mundial.

Bar Kamtza foi durão e se recusou a sair oferecendo pagar pelo que comer e beber, o dono da festa foi durão e não aceitou, e aí klipá vai crescendo.

Bar Kamtza foi durão novamente e se recusou a sair oferecendo patrocinar metade da festa. O dono da festa foi durão e não aceitou.

Bar Kamtza foi durão novamente e se recusou a sair novamente, dessa vez oferecendo patrocinar a festa inteira. O dono da festa foi durão e não aceitou, pegou o Bar Kamtza e o colocou para fora.

Os rabinos que estavam lá foram durões e não fizeram nada para acalmar os ânimos e a partir dessa etapa a coisa piorou até envolver o império romano causando a destruição do nosso Beit Hamikdash e um exílio que se estende por quase 2000 anos.

Na hora da briga cada um estava certo e tinha quem o apoiava, nenhum dos lados viu que o final não é a vitória mas sim a destruição de todos.

A única vitória verdadeira é quando nos controlamos e não brigamos, então vencemos e destruímos a klipá de Midian. Com essa história nossos Sábios nos dão a dica de como vencer a klipá. Simples: não seja durão!

Os bastidores da destruição do Beit Hamikdash

O Beit Hamikdash foi destruído por causa de pessoas que aparentemente estavam com toda a razão como vemos na história de Kamtza e Bar Kamtza.

Kamtza em aramaico quer dizer formiga, e se formiga já é uma coisa pequena, imagine o “bar Kamtza”(o filho da formiga).

Nos indicando que por causa de uma “coisinha pequena” que foi vista como uma briga justa e necessária, causa nobre apoiada até pelo silêncio dos rabinos da época, tivemos um verdadeiro holocausto .

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Balak

Nossa Parashá nos conta que existiu em Midian, país de onde partiu Moshe para tirar nosso povo do Egito, um feiticeiro com poderes espirituais que se comparavam à Moshe Rabeino
Os poderes dele eram tão grandes que se Hashem (D’us) não fizesse um milagre e a maldição dele não se transformasse em bênçãos estaríamos em grandes apuros.

Porque Hashem deixou isso acontecer?

Dizem nossos Sábios que Hashem permitiu que Bilam tivesse esses poderes para que os povos do mundo não falassem que se eles tivessem um profeta tão grande como Moshe o comportamento deles seria melhor.

O livre arbítrio

O motivo que Hashem deu para Bilam esses super poderes foi para que pudéssemos exercer nosso livre arbítrio e escolher entre Moshe e Bilam

Para entendermos o que é livre arbítrio temos que voltar ao começo do mundo. Quando Hashem criou o homem, deu à ele um mandamento, e colocou no paraíso uma cobra (em forma humana).

D’us falou para Adam e Havá não comerem a fruta proibida e a cobra falou para sim comer. Aí começa a história do mundo e o objetivo da criação, nosso direito de escolher.

O livre arbítrio nos foi dado antes mesmo de termos qualquer má inclinação ou vontade de optar por algo ruim

Na décima praga do Egito Hashem fez um milagre e todas as estátuas dos deuses egípcios derreteram com exceção de uma: o “Baal Tzafon”. Hashem pede para todos os judeus se reunirem em frente ao Baal Tzafon antes de sair do Egito.

Novamente o livre arbítrio, a opção de pensarem que se aquela estátua não desapareceu pode ser que foi ela que fez as dez pragas.

Quando D’us criou o mundo ele criou o Grand Canyon no Arizona onde parece que o Rio Colorado causou o surgimento do Canyon correndo sobre ele milhões de anos.

D’us criou o Grand Canyon já cortadinho e bonitinho nos seis dias da criação há 5778 anos atrás e o conservou inteirinho durante o dilúvio para termos o livre arbítrio de optar entre D’us ter criado o mundo há 5778 anos atrás ou o mundo existir por si só milhões de anos.

Se um cientista estivesse nos seis dias da criação do mundo e analisasse cada coisa no momento em que D’us a criou ficaria espantado!

No primeiro dia, quando Hashem criou a luz ele diria : -Não pode ser que já existem bilhões de anos luz da terra até as estrelas se as estrelas ainda não existem!

No terceiro dia ele cortaria uma árvore que acabou de ser criada e diria que cada anel dela representa cem anos, não pode ser que essa árvore acabou de brotar!

No quarto dia quando Hashem colocou as estrelas no final dos bilhões de anos luz ele diria que a luz teria que sair da estrela e levaria bilhões de anos até chegar à terra e que não poderia estar lá antes delas.

Ele faria uma análise geológica das pedras e diria que essas pedras tem bilhões de anos! Ele veria que o Grand Canyon foi criado antes do Rio Colorado e que Adam e Havá não eram dois bebês recém nascidos.

Ou seja, há 5778 anos atrás Hashem criou do nada pedras de milhões de anos, um mundo que aparenta ser muito mais velho do que realmente é.

E porque Hashem fez assim? Para termos o livre arbítrio! Para podermos ter nossa própria opção e escolher o bem por própria escolha, e consequentemente por próprio mérito receber um paraíso enorme por ter feito a escolha certa.

Hashem faz o milagre e a maldição se transforma em benção

A ciência tira conclusões se apoiando nos inúmeros detalhes vinculados à causa dos acontecimentos e determina que caso esses inúmeros detalhes se reúnam novamente nessas mesmas circunstâncias aquilo acontecerá novamente.

De vez em quando todas as inúmeras circunstâncias são opostas e mesmo assim aquilo acontece. Então eles atestam que existe alguém que dirige o mundo, e as pessoas têm mais facilidade para aceitar que por trás de tudo existe D’us.

A própria ciência traz estatísticas de que quem faz “Brit Milá” (circuncisão) está quilometricamente abaixo da média de doenças como HIV, que a mulher que guarda a pureza familiar está quilometricamente abaixo da média de doenças como câncer de útero, que quem come Kasher está bem abaixo da média de doenças causadas pela alimentação como o infarto.

Inventaram o smartphone nos dando acesso instantâneo para baixar 50.000 livros judaicos, e com “search” para encontrar o assunto que precisamos em cada um deles, e o que antigamente era privilégio de grandes Sábios agora está acessível à todos nós.

Os cientistas não têm a intenção de defender ou divulgar o judaísmo, mas no mérito da ciência conseguimos evidenciar o judaísmo hoje mais do que nunca. Como diz a nossa Parashá, Hashem transformou a maldição em benção!

Lavan, Bilam, Naval

Todo o poder de Bilam, toda a sua força, estava na fala.

Ele fazia feitiços por meio da fala, maldições por meio da fala, dava maus conselhos e fazia intrigas, tudo por meio da fala

Na Parashá anterior estudamos que o principal da Alma de Korach era o lado ruim da Alma de Hevel (Abel).

No Shaar Hapsukim do Ari Zal em Parashat Korach consta que em Korach estavam 308 Almas do lado ruim de Hevel e isso era o principal da Alma dele. Posteriormente ele “pegou” o lado ruim da Alma de Caim.

Depois desse acontecimento Korach é visto como Alma de Caim até seu conserto e refinamento feito pelo seu descendente, o profeta Shmuel que também é ligado à raiz de de Cain. O profeta Shmuel tirou seu antepassado Korach do inferno seguindo a regra judaica de que o mérito do filho serve para o pai, regra que inclui todos os antepassados.

Bilam também era o lado ruim da Alma de Hevel, mas em um aspecto diferente da Alma de Korach

Diz o Sefer Haguilgulim do Ari Zal (livro das reencarnações) que Lavan, pai das nossas matriarcas, mesmo sendo “Lavan o ruim”, tinha poderes na fala, e quando Eliezer chegou à Haran e ele o recebeu com as palavras “Benvindo abençoado por D’us”, tirou Eliezer da maldição herdada de Canaã e o transformou de amaldiçoado em abençoado. Posteriormente Lavan se reencarna e se torna Bilam

A fonte dos super poderes

O lado ruim de Hevel também tinha um pequeno aspecto de Kedushá (Santidade) porque quando o lado ruim é refinado e “expelido” para fora do lado bom leva com ele um pouco da Kedushá do lado bom, e por isso Bilam era profeta de alto nível e comparado à Moshe Rabeinu por causa desse lado bom que ainda tinha permanecido nele

Essa comparação de nível também é causada pelo fato de tanto a Alma de Moshe quanto a de Bilam terem origem em Hevel e posteriormente estarem em Shet onde aconteceu o refinamento e a separação, indo o lado bom para Moshe e saindo dele o lado ruim que foi para Bilam. Esse era o aspecto espiritual comum entre Moshe e Bilam

Reencarnação como mineral

D’us é a essência do bem e o que chamamos de castigo não é um castigo mas sim o refinamento da Alma. Todo o mal que Bilam fez foi por meio da fala e por isso, diz o Shaar Haguilgulim, ele se reencarnou como pedra. A pedra não fala, e o sofrimento dessa Alma obcecada em falar coisas ruins quando reencarnada em mineral é enorme.

Depois de passar por reencarnação em pedra, diz o Shaar Haguilgulim que Bilam se reencarna como Naval Hacarmeli, um judeu muito rico, descendente de Kaleb e portanto parente de David

Os homens de David deram uma ajuda muito grande aos pastores de Naval, e quando Naval fez a grande festa da tosa do seu rebanho como se costumava fazer naquela época, David mandou uma delegação de seus homens para arrecadar fundos para as festas judaicas que iriam começar.

Nessa ocasião não só que Naval não participou com nada mas também fez uma horrível e incriminadora declaração contra o Rei David que o ajudou

David tinha sido ungido pelo profeta Shmuel para ser o novo rei Israel e Shaul desconfiava disso e queria assassinar David.

A declaração de Naval contra David estava colocando ele e seus homens em perigo dando mais um pretexto para Shaul fazer um novo ataque

Se Naval agradecesse pela grande ajuda que recebeu de David e desse essa Tzedaká que seria o mínimo de reconhecimento pelo trabalho que eles fizeram, esse apoio para as famílias necessitadas que protegeram seus rebanhos não só que não seria para ele um prejuízo mas seria até um investimento para as próximas vezes que precisasse dessa ajuda,

E se fizesse isso também conseguiria consertar de maneira positiva o que fez de errado na reencarnação anterior.

O Rei David ouvindo os insultos de Naval relatados pelos pelos seus homens decidiu usufruir do seu direito de Rei Ungido de poder atacar a pessoa que se declarou contra ele e estava colocando ele em perigo

David e seus homens só não colocaram isso na prática porque Avigail, esposa de Naval se encontra com ele no meio do caminho trazendo mantimentos e implorando para que ele deixe isso nas mãos de D’us, o que foi visto pelo rei David como uma grande sabedoria e inspiração Divina

Diz o versículo que quando Avigail conta à Naval a consequência das suas palavras ruins “ele ficou como uma pedra”

Diz o Ari Zal que a linguagem do versículo nos revela que mesmo não nos lembrando da nossa reencarnação anterior, nossa Alma se lembra, e por isso ele teve essa reação. Inconscientemente se lembrou que por esse mesmo motivo ele era uma pedra

Logo após esse acontecimento ele falece nos mostrando que quando a pessoa não faz o conserto da sua Alma de maneira positiva o conserto acontece por si só mas de maneira negativa

Aprendemos da história de Bilam para o nosso dia a dia que Hashem nos protege das pessoas que nos amaldiçoam e transforma as maldições em bênçãos e por isso não precisamos nos preocupar mas sempre devemos confiar em D’us

Aprendemos também que sempre devemos falar coisas boas e nunca falar coisas ruins, que Hashem pode resolver os nossos problemas de várias maneiras sem que você seja o bruxo ou a bruxa má da história

E aprendemos também que existe reencarnação em minerais.

Conclusão: de vez em quando é melhor ser uma pedra durante a vida e não falar coisas ruins do que ter que ser uma pedra depois da vida…. Então: vamos falar só coisas boas!

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A Vaca Vermelha

O Baal Shem Tov nos ensinou que todos os mandamentos Divinos são eternos, porque a Torá é a revelação Divina e D’us é eterno.

A Torá é a sabedoria Divina que desceu ao nosso nível, como por exemplo um pai muito sábio que ensina ao filho mais velho uma sabedoria muito profunda.

Quando ele fala com o filho pequeno, a sabedoria profunda desce ao nível da criança aparentando ser uma coisa simples, mas por trás disso se encontra uma sabedoria profunda. Assim também são os mandamentos Divinos, cada um tem por trás de si diferentes aspectos, muitas vezes desconhecidos.

O lado simples do mandamento Divino chamamos de “Pshat”.

O Pshat é o jeito simples e específico de cumprir o mandamento na prática tendo muitos deles um local e tempo determinado que não é necessariamente “aqui e agora”.

No Pshat o mandamento pode acontecer poucas vezes como no caso da Vaca Vermelha da nossa Parashá, ou não acontecer nunca como no caso do ”ben sorer umore” que é um mandamento da Torá que nunca aconteceu e nunca acontecerá.

Mas todos os mandamentos Divinos tem um aspecto no qual eles são eternos e acontecem “aqui e agora” mas em outro nível. Um desses aspectos é chamado de ”Remez” (indicação)

Nossa Parashá nos conta sobre o mandamento da Vaca Vermelha, um mandamento que aconteceu na prática somente nove vezes em toda a nossa história e vai acontecer mais uma vez na época do Mashiach

Esse mandamento tem uma característica interessante que é a de impurificar os puros e purificar os impuros

Diz o Baal Shem Tov que o “Remez” desse mandamento é o orgulho.

Orgulho: qualidade ou defeito?

O orgulho é comparado à Pará Adumá, a Vaca Vermelha, ele purifica os impuros e impurifica os puros.

Quando uma pessoa se comporta de maneira incorreta ele está distante de D’us, e para conseguir sair dessa impureza a pessoa deve se encher de orgulho

Ter orgulho de cada mandamento que cumpre, de cada Tzedaká que dá, sentir que faz algo por D’us e que agora D’us está em dívida com ela e vai dar para ela um paraíso enorme

Mas aí ela chega à uma etapa aonde se acomoda e acha que já fez até demais.

Nessa hora o orgulho que serviu para ela crescer faz ela se acomodar. Se torna uma barreira, se torna um um bloqueio. De purificador vira impurificador!

Sendo que nessa etapa o orgulho deixa de ser um remédio e se torna um veneno, deve ser eliminado

Para eliminá-lo a pessoa deve se lembrar que toda a Tzedaká que deu foi somente parte do que Hashem deu para ela, ainda mais, foi a parte pequena da benção Divina que ela recebeu.

E todos os mandamentos Divinos que ela cumpriu foram com a força e saúde que Hashem deu para ela, e ainda mais, foi somente com um pouquinho dessa energia que recebeu de Hashem

Descobre que ela era somente uma criança pequena segurando a direção do carro do papai e achando que estava dirigindo

Aí o Yetzer Hará (a má inclinação) pode falar para ela- : Viu! Você nunca fez nada! Você é uma incapaz! Ou sugerir para ela uma falsa humildade dizendo:- Quem é você para fazer alguma coisa? E tirando dessa maneira a auto estima dela e a derrubando para baixo.

Aí o orgulho é novamente necessário para fazer ela subir, e agora que ela já está cumprindo os mandamentos Divinos ela toma a decisão de acrescentar na qualidade, caprichar mais nos mandamentos, estudar mais Torá, subir de verdade!

Agora ela se sente verdadeiramente um Tzadik!

E nessa hora que ela chegou à um nível mais elevado e parou de subir, o orgulho se torna novamente um veneno, ela se sente dona da razão reage com crueldade, de maneira desproporcional e fora de controle à qualquer mínimo ataque feito à ela ou ao que ela representa, achando que quando atacada, em legítima defesa pode massacrar quem a atacou,

principalmente quando se trata de um assunto religioso no qual ela tem razão, se esquecendo totalmente que as palavras dos sábios são ouvidas com tranquilidade, e principalmente ditas com tranquilidade

Novamente o orgulho faz com que ela volte a ser impura e tem que ser eliminado

Conclusão: o orgulho em relação ao nível superior que devemos alcançar é indispensável, sem ele não chegamos lá, mas em relação ao nível que já foi alcançado é destrutivo

Por isso não temos que olhar para trás, para o que já fizemos, mas sim para frente, para o que podemos fazer melhor, porque sempre em relação ao nível superior o orgulho é um vento à nosso favor!

Nossa Parashá nos conta entre muitos assuntos interessantes que D’us pede para Moshe pegar “o cajado”, reunir o povo, falar com uma rocha na frente de todos e dela vai sair água para o povo inteiro.

No começo da história da saída do Egito, quando Hashem (D’us) se revelou à Moshe no monte Sinai na ocasião do ”arbusto incandescente” e pediu para ele tirar nosso povo do Egito, Moshe estava com esse cajado.

Nessa ocasião Hashem pede para ele jogar o cajado no chão e ele vira uma serpente. Moshe pega a serpente e ela volta a ser cajado.

Hashem diz para ele levar esse cajado para o Egito e com ele fazer os milagres. Agora, próximos à conclusão da história da saída do Egito, próximos à entrar definitivamente na terra prometida depois de ter ficado no deserto por quase quarenta anos, Hashem pede para ele pegar “o cajado” e falar com a rocha.

Qual é a importância tão grande desse cajado que na nossa Parashá ele é chamado por Hashem simplesmente de “o cajado ?

Rabi Levi no Midrash nos conta que esse cajado foi criado no sexto dia da criação do mundo “bein hashmashot”, depois do pôr do sol mas antes de saírem as estrelas, horário que não é nem dia e nem noite em que o que foi criado nele era meio material e meio espiritual.

Esse cajado foi dado para Adam Harishon (o primeiro homem) no Gan Éden (paraíso). Adam deu ele para Hanoch que o deu para Noach que o deu para Shem que o entregou à Avraham Avinu.

Avraham o deu para Itzhak, Itzhak o deu para Yaakov que o levou ao Egito e o entregou à Yossef.

Quando Yossef faleceu, tudo o que havia na sua casa foi levado ao palácio do faraó, inclusive “o cajado”.

Ytró era um dos assessores do Faraó. Ele viu que esse cajado tinha letras hebraicas, e mesmo sendo ele um dos grandes sábios dos povos da época, aquelas palavras ele não conseguiu decifrar.

Quando ele se demitiu do Faraó, pegou aquele cajado e o levou para Midian. Enfiou ele na terra do jardim de sua casa e não conseguiu mais arrancar ele de lá.

Sempre que alguém pedia sua filha Tzipora em casamento ele colocava como condição arrancar aquele cajado do chão, mas por mais forte que fosse o pretendente ninguém conseguiu arrancar o cajado (olha de onde os ingleses copiaram a lenda do rei Arthur).

Quando Moshe fugiu do Egito e chegou à casa de Ytró, leu o que estava escrito no cajado, tirou ele do jardim e se tornou o genro de Ytró.

Diz o Zohar que nesse cajado estava lapidado o nome explícito de Hashem dos dois lados e representava dois tipos diferentes de atuação Divina no mundo, um lado despertaria a Hessed (bondade) e a Guevurá (severidade) e o outro lado despertaria Guevurá com Guevurá quando fosse necessário,por isso nas pragas do Egito aparece a linguagem “incline seu braço”, se referido ao braço esquerdo, o lado da Guevurá.

Diz o Zohar que esse é o motivo pelo qual Hashem pediu para Aharon jogar o cajado dele na frente do Faraó.

Tanin – cobra ou crocodilo?

Naquela ocasião o cajado de Aharon se transformou em “tanin”, e voltando a ser cajado comeu os cajados dos feiticeiros do Egito que tinham se transformado em “taninim”. Nesse caso a palavra “tanin” é traduzida por Unkelus como “tanina” e não como “hivei” que quer dizer cobra em aramaico. A palavra “tanin” em árabe, idioma mais próximo ao aramaico, quer dizer dragão.

Tanto Rashi na sua explicação quanto Rabi David e seu filho Rabi Yehiel Altshuler que escreveram o livro Metzudat Tzion que traduz as palavras difíceis do Tanach, traduzem tanin como cobra em todos os lugares do Tanach aonde essa palavra aparece nesse sentido (Fora as vezes que essa palavra se refere à um peixe puro gigantesco, e lá eles traduzem como peixe e não como cobra)

O que eles têm em comum era o fato de terem vivido na Europa que naquela época não tinha crocodilos como atualmente nos zoológicos

O dicionário de hebraico traduz tanin como crocodilo sem conseguir explicar exatamente onde essa tradução começou.

Levando em consideração a tradução de Unkelus e também analisando um versículo de Yehezkel 29/3 onde ele cita o exibicionismo do faraó comparando lá o faraó a um grande “tanin” agachado confiantemente dentro do seu rio, lembrando mais a expressão de segurança de um crocodilo do Nilo do que de uma cobra que caiu na água, chegamos à conclusão de que o “tanin” é um crocodilo mesmo, e que Rashi não teria outro jeito de explicar para uma criança de cinco anos na Europa há mais de novecentos anos atrás o que é um jacaré a não ser dessa forma

Então chegamos a conclusão que tanto o cajado de Aharon quanto os cajados dos feiticeiros do Egito nessa ocasião se transformaram em crocodilos e o cajado de Aharon voltando a ser cajado comeu os crocodilos dos feiticeiros demonstrando uma força superior à deles que pode atuar em nível de cajado, inferior aos crocodilos e mesmo assim comer os crocodilos, e por isso eles se assustaram

O cajado de Aharon tinha que fazer isso e não o cajado de Moshe porque Hashem não queria impurificar seu nome lapidado no cajado de Moshe quando o cajado engolisse os feitiços.

Diz o Zohar que outro motivo de que naquela ocasião obrigatoriamente teria que ser o cajado de Aharon era para subjugar todos aqueles que eram do lado esquerdo, “Guevurá”, porque Aharon era o Cohen, “homem da bondade”, nas Sefirot a Hessed, “lado direito” que subjuga a Guevurá que é o lado esquerdo.

Diz o Zohar que Hashem quis que seus nomes lapidados no cajado fizessem os milagres, mas quando Moshe bateu com ele na pedra duas vezes Hashem disse para ele que não era para isso que ele tinha esse cajado.

A Torá nos conta que esse é o motivo que Moshe não entrou na terra prometida, publicando a grandeza de Moshe que não teve outro motivo a não ser esse motivo tão pequeno.

Diz o Rebe de Lubavitch que aprendemos com o cajado de Moshe uma coisa muito importante:

Nesse mesmo cajado que estavam lapidados os nomes das nossas seis matriarcas e seus doze filhos que deram origem ao povo de Israel, ao mesmo tempo estavam lapidadas nele em forma de iniciais as dez pragas que eram o nível mais baixo da atuação Divina, a revelação Divina em forma de pragas que aconteceram no Egito,país mais depravado do mE nesse mesmíssimo cajado estava lapidado o nome mais sagrado de Hashem, o mais importante dos sete nomes de D’us que não podem ser apagados, o nome que se refere à “essência Divina”, e quando nos unimos à um pouco da essência Divina nos unimos à ela inteira.

Diz o Baal Shem Tov que a Divina providência não recai somente à assuntos globais, mas Hashem se relaciona à menor coisa do mundo da mesma maneira que se relaciona à maior coisa do mundo.E não só à menor coisa como também a menor das menores, porque o menor detalhe completa a mais suprema perfeição da intenção Divina.

Hashem mesmo sendo o Todo Poderoso está cuidando de cada detalhe de uma criança pequena nesse mundo e até de coisas ainda menores como uma folhinha que cai de uma árvore, a Divina Providência está acompanhando ela e determinado quantas voltas ela vai dar, e se vai ser por meio do vento ou de outra forma.

Vimos no comportamento do Baal Shem Tov esses dois extremos. Por um lado ele revelava aos seus alunos os segredos mais profundos da Torá, e junto com isso ele conversava com as pessoas mais simples sobre os assuntos mais simples da Torá e das Mitzvot, e ele próprio ensinava as crianças pequenas a falar o Amém do Kadish.

Aprendemos daqui que por mais que estejamos ocupados com assuntos importantíssimos temos que nos ocupar da mesma maneira com assuntos de Torá e Mitzvot que parecem para nós muito pequenos, se até Hashem faz assim, quanto mais nós!

Diz o Midrash que o cajado de Moshe chegou até o rei David, dele passou para os reis da Judéia e na destruição do primeiro Beit Hamikdash ele desapareceu.

Mas esse mesmo cajado que estava nas mãos de Moshe vai estar nas mãos do Mashiach e com ele o Mashiach vai tirar o povo de Israel do Galut

Curiosidades – “O mapa da Galut”

O que chamamos de “Galut”, exílio do nosso povo, inclui as maiores comunidades judaicas do mundo que são:

Israel com mais de seis milhões de judeus chegando a 44% dos judeus do mundo

Estados Unidos com aproximadamente 5.700.000 judeus,

e comunidades consideradas “relativamente grandes” como:

França com aproximadamente 465.000 judeus

Canadá com aproximadamente 388.000 judeus

Inglaterra com aproximadamente 300.000

Rússia com aproximadamente 186.000 judeus

Alemanha com aproximadamente 117.000 judeus

E Austrália com aproximadamente 113.000 judeus

A agência de notícias israelense Walla que traz esses números não cita explicitamente outras comunidades, talvez por seus números serem menores ou talvez até por não serem tão confiáveis, aí fomos para a wickipedia a seguir

181.300 judeus na Argentina

95.000 judeus no Brasil

70.000 judeus na África do sul

63.000 judeus na Ukraina

47.900 judeus na Hungria

40.000 judeus no México

30.000 judeus na Espanha

30.000 judeus na Bélgica

29.900 judeus na Holanda

28.000 judeus na Itália

19.000 judeus na Suíça

18.500 judeus no Chile

17.200 judeus na Turquia

15.000 judeus na Suécia

12.000 judeus no Uruguai

11.500 judeus na Rússia Branca

10.000 judeus no Panamá

9.400 judeus na Romênia

9.100 judeus no Azerbaijão

9.000 judeus na Áustria

8.756 judeus no Irã

8.000 judeus na Polônia

8.000 judeus na Venezuela

6.867 judeus na nova Zelândia

6.400 judeus na Dinamarca

6.000 judeus no Marrocos

5.600 judeus na Latvia

5.000 judeus em Hong Kong

5.000 judeus na Índia

4.500 judeus na Grécia

4.500 judeus na Colômbia

3.900 judeus na república Checa

3.800 judeus no Uzbequistão

3.700 judeus na Moldova

3.100 judeus no Kazakhstan

2.900 judeus na Lituânia

2.800 judeus na Gruzia

2.600 judeus na Slovakia

2.500 judeus na Singapura

2.500 judeus na Costa Rica

2.500 judeus na China

2.000 judeus na Bulgária

2.000 judeus na Estônia

2.000 judeus na Irlanda

1.900 judeus no Peru

1.700 judeus na Croácia

1.500 judeus em Porto Rico

1.500 judeus na Uganda

1.400 judeus na Sérvia

1.300 judeus na Finlândia

900 judeus no Paraguai

900 judeus na Guatemala

900 judeus na Tunísia

770 judeus na Noruega

600 judeus em Luxemburgo

600 judeus em Portugal

600 judeus em Gibraltar

500 judeus em Cuba

500 judeus nas ilhas virgens

500 judeus na Bósnia Herzegovina

500 judeus no kyrgyzstan

400 judeus no Zimbábue

300 judeus no Japão

300 judeus na Armênia

300 judeus nas Bahamas

300 judeus no Vietnam

300 judeus no Kênia

260 judeus na Macedônia do norte

260 judeus na república Dominicana

200 judeus no Paquistão

200 judeus na Jamaica

200 judeus nas Antilhas holandesas

200 judeus na Suriname

200 judeus no Turkmenistan

200 judeus na Tailândia

150 judeus na Coreia do sul

120 judeus na Polinésia francesa

100 judeus nas Filipinas

100 judeus em El Salvador

100 judeus no Chipre

100 judeus em Malta

100 judeus na Eslovênia

100 judeus em Taiwan

100 judeus na Etiópia

100 judeus na Botswana

100 judeus no Congo

100 judeus na Namíbia

100 judeus na Nigéria

100 judeus nos emirados árabes unidos

100 judeus na Islândia

90 judeus na Martinique

60 judeus nas ilhas Fiji

50 judeus na nova Caledônia

40 judeus na Albânia

36 judeus no Bahrein

26 judeus no Liechtenstein

E 18 judeus no Egito

Nosso exílio inclui também um número incontável de judeus das dez tribos perdidas e judeus que se misturaram com os povos do mundo e perderam sua identidade judaica por causa das perseguições.

Eles irão ser resgatados pelo Mashiach que com o seu Ruach Hakodesh vai relacionar cada um às suas origens judaicas exatas

Ou seja, esse número de quase quinze milhões de judeus não é o número final da Galut, mas é o número da parte que não se assimilou das tribos de Yehudá e Beniamin incluindo parte da tribo de Levi e parte dos Cohanim, mas em breve em nossos dias com a Gueulá a população judaica será incontável de tão numerosa!

E que isso aconteça imediatamente em nossos dias Amén!

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Korach

Nossa Parashá começa com as palavras “E pegou Korach”.

Nossos sábios analisam essa linguagem dizendo que ele ”pegou uma mercadoria ruim”

E aparentemente por causa da continuação da história onde Korach faz uma revolução inteira contra Moshe, a “mercadoria ruim” provavelmente seria a Machloket (fazer intrigas e causar brigas)

Ou seja,  ele pegou uma “mercadoria” que se compara à uma maçã podre que apodrece as que estão próximas a ela.

Korach pegou a “Machloket” e contaminou com ela todos os que estavam geograficamente próximos à ele.

Mas como dissemos, tudo isso é aparentemente. O Ari Zal diz que por trás da expressão dos nossos Sábios está um assunto muito mais profundo.

Moshe Rabeinu era a reencarnação do lado bom da alma de Hevel (Abel) e toda a geração do deserto são ramificações da alma de Moshe.

Todos fora um: Ytró, que era a parte boa da alma de Cain.

Ytró trouxe Tzipora para Moshe e se converteu ao judaísmo fazendo o “Tikun” (o conserto) do lado bom da alma de Cain.

Korach era a reencarnação do lado ruim da alma de Hevel (Abel), ou seja, a parte da alma de Hevel que foi mais afetada pela mistura espiritual entre o bem e o mal causada por Adam Harishon.

Mesmo vindo Korach de uma linhagem privilegiada dentro de uma tribo privilegiada e mesmo tendo ele estudado muita Torá, por meio de suas más ações ele recebeu uma encarnação em vida do lado ruim da alma de Cain.

D’us não  dá para alguém um trabalho que ele não tenha recebido as forças para fazê-lo, e ao contrário de Ytró que não nasceu judeu mas nasceu em uma família idólatra e fez todas as idolatrias tendo que se esforçar ao extremo para se tornar um bom judeu, Korach já nasceu um judeu religioso e de linhagem privilegiada todo o teste dele nesse mundo era só o de não jogar fora tudo o que recebeu e assim seriam consertados por ele os lados ruins das Almas de Cain e Hevel elevando ele aos mais altos níveis

As almas de quase todo o povo de Israel eram ramificações da alma de Moshe e por isso de maneira natural Moshe era o líder do nosso povo e não outro.

A Torá é um remédio para a nossa Alma, mas existem pessoas que conseguem transformar ela em um veneno

Dizem nossos Sábios que a Torá é um remédio para a nossa Alma, mas a mesma Torá pode ser um veneno se a pessoa que a estuda causar isso.

A mesma Torá que  foi o remédio que tirou Ytró da idolatria, essa mesma Torá nas mãos de Korach se tornou um veneno que contaminou duzentas e cinquenta pessoas, e se não fosse o milagre da terra se abrir contaminaria o povo inteiro

A Alma de Cain, por não ter sido refinada por Korach acrescentou maldade à maldade dele causando com que ele se revoltasse contra Moshe e influenciando vizinhos estudiosos a fazer igual, “envenenando” a Torá deles também.
Porque a terra tinha que se abrir

Quando Ytró ouviu que os egípcios afundaram no mar vermelho ele disse: Agora eu sei que Hashem é maior do que todos os ”deuses”, porque o que eles fizeram (afundaram as crianças judias no Nilo) aconteceu para eles!

Aprendemos com Ytró que quando a pessoa não faz o “Tikun” de uma maneira positiva (como fez Ytró) o Tikun acontece de maneira negativa, o que a Torá chama de “midá knegued midá”, ou seja, “o que eles fizeram acontece para eles”

Por isso Moshe disse para eles:- “Se essas pessoas morrerem como qualquer pessoa não foi D’us que me mandou, mas se a terra se abrir…etc”.

Terminando de falar essas palavras a terra se abriu e Korach com todos os seus cúmplices foram absorvidos por ela.

Isso era o “midá knegued midá” de Cain e Hevel.

Cain matou Hevel por vaidade e a terra se abriu para receber o sangue de Hevel, agora Korach, a reencarnação de Cain , por vaidade tenta matar Moshe classificando ele como falso profeta, e a terra se abre para receber Cain e seus cúmplices, “midá knegued midá”.

Conclusão:

Aprendemos com Korach a não ser como Korach!

Aharon Hacohen era o contrário de Korach. Toda a vida se dedicou a fazer as pazes entre as pessoas e entre maridos e mulheres  mesmo que para isso tivesse que ser “aparentemente” um pouquinho menos “religioso” do que Korach, falando de vez em quando uma ”mentirinha” para fazer as pessoas se reconciliarem.

A Torá diz para ficarmos longe da mentira, mas Aharon Hacohen era o médico especialista que sabia dosar a mentira na dose correta transformando o veneno em remédio enquanto que Korach conseguiu transformar a Torá que é o remédio para tudo em um veneno mortal.

Hashem fez o cajado de Aharon florir e dar frutos mostrando que essa pessoa que transformou corações duros em flores e frutos de reconciliação ele tem que ser o Cohen Gadol, ele que é o escolhido por D’us !

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Shlach

Nossa Parashá nos conta que, atendendo aos pedidos do nosso povo, Moshe manda 12 espiões para verificar a terra prometida antes da conquista.

Moshe pede para eles verificarem se os povos da terra são fortes ou fracos, e  dá uma dica de como verificar isso:

Dica de Moshe Rabeinu : Muralhas altas são sinais de fraqueza!

Moshe Rabeinu deu um sinal para os espiões: “Se as cidades não tem muralhas é sinal de que seu povo é forte, confiam na própria bravura.

Mas se elas têm muralhas, isso é sinal de fraqueza, não confiam na própria capacidade de se defender”
Porque Moshe precisou dar esse sinal? Porque a natureza humana é de generalizar.

Quando você vê uma cidade com uma grande muralha você acha que o povo dentro dela é muito forte e tudo lá dentro segue esse alto padrão, mas o contrário é o certo! Uma grande muralha demonstra a fraqueza do povo que vive por trás dela.
A Torá é eterna e essa dica de  Moshe Rabeinu é atual também hoje, e até em relação à nós !

Se no nosso dia a dia somos “divas inacessíveis” e construímos uma enorme muralha à nossa volta,  estamos simplesmente expressando nossa própria fraqueza!

Quando aprendemos um pouquinho de judaísmo não devemos nos fechar para proteger o que sabemos, mas ao contrário! Devemos compartilhar o pouquinho que sabemos com outros judeus que nem esse pouquinho sabem.
O erro de avaliação dos espiões

A Parashá nos conta que os doze espiões voltaram depois de quarenta dias. Dez deles opinaram que os povos da terra são muito fortes, o rio Jordão é muito fundo…etc etc etc

Eles se impressionaram com as muralhas das cidades e contaram que elas eram muito grandes esquecendo totalmente de que isso é um sinal de fraqueza

No final deram sua própria avaliação que era a de não termos a capacidade de conquistar a terra, se esquecendo de mais uma coisa:

De que eles foram mandados para nos dar um relato sobre a terra e não uma opinião própria de sermos ou não sermos capazes de conquistá-la!

Kaleb – um espião com uma visão diferente

Aprendemos com Kaleb que quando observamos um lugar não temos que procurar nele problemas mas sim soluções!

Os espiões eram pessoas importantes e influentes e a eficiência deles era reconhecida por todos.

Kaleb também aparentava pertencer a essa estrutura e a essa “mentalidade”. Ele começou a falar como se fosse “mais um” que aparentemente iria acrescentar mais alguma dificuldade, mas ao contrário dos outros, revela que podemos conquistar a terra e ainda com facilidade.

Kaleb lembra ao povo que Moshe abriu o mar vermelho e que fez milhões de aves aterrizarem no acampamento e virarem “frango assado”

Kaleb era visto pelo povo como alguém tão qualificado como os outros, e por isso era esperado dele relatar de maneira profissional e objetiva o que viu na terra prometida, mas aparentemente seus relatos não tinham nada a ver com sua missão.

Os outros espiões contaram sobre o que espionaram e Kaleb contou sobre os feitos anteriores de Moshe. Qual era a lógica de Kaleb?

Para entender os argumentos de Kaleb vamos imaginar esse mesmo caso em uma situação atual.

Imagine um almirante de um porta aviões americano próximo a uma ilha desconhecida no oceano Pacífico mandar um barquinho com os mais altos oficiais do porta aviões para inspecionar a ilha

Na volta eles dizem que não temos capacidade de anexar essa ilha aos Estados Unidos por ela ter cinco mil índios enormes, cada um com cinco arcos e cinqüenta flechas.

Nessa hora um deles diz:- Pessoal, antes de sairmos da Califórnia o almirante carregou esse navio com mísseis, aviões, helicópteros e canhões, vai ser muito fácil conquistar essa ilha!

Será que algum dos espiões retrucaria dizendo :- você não está sendo nada profissional, você foi mandado para ver o que tem na ilha e não para falar sobre o equipamento que foi colocado no navio?

Isso foi o que fez Kaleb.

Lembrou à todos que Moshe abriu o mar vermelho para o nosso povo passar, e o que é um rio Jordão para quem já abriu um mar?

Que Moshe fez aterrizar no acampamento milhares de aves que a natureza delas era voar para cima e não descer para baixo, e o que é para ele uma muralha de pedras que já tem a natureza de afundar no chão?

E assim foi. Quarenta anos depois quando o povo de Israel entrou na terra prometida, o rio Jordão se abriu e as muralhas de Jerichó afundaram na terra.

Aqui vemos o profissionalismo de Kaleb. Claro que ele acreditava no total poder de Hashem que poderia fazer o rio Jordão desaparecer e as muralhas de Jericho saírem voando por aí, mas o raciocínio lógico dele foi profissional e realista: Ele listou os milagres que já tinham acontecido e concluiu: Se Moshe já tinha feito milagres tão grandes, o que seria para ele fazer milagres menores?

Conclusão: Cada um de nós já passou durante a sua vida por verdadeiros milagres.  Aprendemos com Kaleb que sempre temos que ter em mãos a lista de todos os milagres que nos aconteceram e usá-la como base para o nosso dia a dia

Não olhar para as dificuldades que temos à frente mas sim para os milagres que temos atrás, nos lembrando a cada instante que Hashem está cuidando hoje de cada um de nós com o mesmo amor e carinho que sempre cuidou de nós no passado.

E como Kaleb que no mérito desse raciocínio correto, mais futuramente entrou na terra prometida, cada um de nós exercitando dia a dia esse tipo de raciocínio vai receber de Hashem tudo o que precisar

Como uma mãe não esquece o seu nenê no supermercado Hashem também não se esquece de nós, e o amor que Hashem tem por cada um de nós é infinitamente maior do que uma mãe tem pelo seu próprio nenê.

Mas de nós é exigido fazer a nossa parte, como Kaleb que no mérito disso recebeu a cidade de Hebron.

Isso se chama “Bitahon”, mais do que uma simples confiança, uma segurança. Não temos como pensar errado e receber o certo, temos que pensar certo, ter plena segurança em Hashem, e aí os milagres acontecem!

O Rebe de Lubavitch sempre deixou claro que nós somos a geração da redenção final e estamos prestes a entrar em uma era onde tudo vai ser bom

Todos os sinais que os nossos sábios deram sobre essa última geração aconteceram e não há dúvida nenhuma que Mashiach está bem próximo.

Então, mais um pouquinho de Bitahon e no lugar de remediar todo dia um mundo crônico entramos imediatamente em um mundo melhor, em uma nova era!

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Behaalotchá

Nossa Parashá nos conta um fato muito interessante. Tzipora, esposa de Moshe Rabeinu deixou vazar um desabafo que daria a entender de que seu marido, por ser um profeta, não tinha mais tempo para ela.

Aaron e Miriam também eram respectivamente profeta e profetiza e mesmo assim tinham tempo para viver com seus cônjuges.

Moshe era o irmão mais novo deles e eles contestaram o comportamento de Moshe achando que todos os profetas são iguais e Moshe não é exceção.

Quase que eles tinham razão! Mas…nessa hora Hashem se revela para os três, Moshe Aharon e Miriam, e mostra para eles que existem níveis diferentes de revelação profética.

Essa passagem aparece em uma linguagem exclusiva que é explicada pelo Zohar e pela Guemará :

A profecia não é somente uma informação Divina mas para ela acontecer ela tem que se incorporar no mundo causando uma transformação nele.

Para a profecia se incorporar no mundo ela tem que primeiramente ser incorporada pelo profeta e por meio dele ela se reveste no mundo material causando a mudança da natureza naquele assunto específico que foi profetizado.

A revelação e incorporação da profecia para Moshe Rabeinu era direta, como alguém que olha por uma janela de vidro transparente e vê claramente o que há do outro lado, uma profecia clara e objetiva, na linguagem dos nossos Sábios “Aspaklaria Meirá” (vidro transparente)

A revelação da profecia para todos os outros profetas é oculta e indireta, um nível mais baixo, e também levando em consideração a capacidade do profeta de incorporá-la .

Nesse caso ela acontece por meio de visões e sonhos, por meio de exemplos e enigmas, como alguém que olha para um espelho que reflete a imagem e não está vendo ela diretamente mas sim um reflexo dela que tem que ser decifrado, na linguagem dos nossos Sábios “Aspaklaria Sheeina Meirá” (um vidro que não é transparente)

(Algumas palavras no aramaico da Guemará tem origem no latim por causa da colonização romana em Israel, provavelmente a palavra aspaklaria vem de “specularia” que em latim é o vidro da janela)
No contexto da profecia existem alguns critérios :

A Revelação Divina só acontece em um lugar adequado, emum ambiente adequado e sobre uma pessoa adequada para recebê-la, e também tem que ser de acordo com o nível que o profeta pode incorporar senão ele não sobrevive à própria profecia

O profeta Yoná (Jonas) tentou fugir para o “lugar inadequado”, ou seja, para fora da Terra Santa, para que a profecia em relação à Nínive não descesse ao mundo por meio dele

Nahar Kvar, o rio que “já foi”

O profeta Yehezkel recebeu sua profecia na Babilônia, lugar inadequado, como ele próprio diz :- “e eu estou dentro da Golá (exílio) sobre o rio Kvar

Explica Rashi que dentro da “Golá” quer dizer fora da terra de Israel

Diz o Zohar que se não fosse o próprio acontecimento comprovando que isso aconteceu não saberíamos que isso poderia acontecer

A Guemará no tratado de Moed Katan nos conta que a profecia não paira sobre o profeta fora da terra de Israel e explica que quando o profeta Yehezkel diz que estava no rio “kvar” na Babilônia ele está indicando assim que a profecia dele já tinha começado antes

A palavra kvar quer dizer que já foi ou já estava, nos indicando que essa profecia já começou a acontecer antes, na terra de Israel (essa é a segunda explicação de Rashi lá)

Rashi explica essa passagem da Guemará também de outra forma, que a palavra kvar (já foi) quer dizer que a profecia do profeta Yehezkel mesmo sendo desde o começo fora da terra de Israel, “já foi” mas não será mais dessa forma

Diz o Zohar em Lech Lechá que aquela profecia aconteceu na Babilônia naquela ocasião porque o povo de Israel precisava dela naquela hora por causa do sofrimento que eles estavam passando

Dessa linguagem entendemos que o Zohar não opina como Rashi mas sim que a profecia pode acontecer às vezes, quando necessário, fora da terra de Israel, principalmente por causa dos sofrimentos do nosso povo.

E até Rashi que diz que o profeta Yehezkel não teve outra profecia porque estava fora da terra Santa, não determina que isso está impedido de às vezes acontecer

Da linguagem do Zohar em Ytró vemos que ele opina que a profecia pode acontecer fora da terra de Israel também de maneira fixa para comunicar ao povo as palavras Divinas

O Rambam nos trás a lei na prática, e aparentemente ele opina como o Zohar em Ytró, sendo que o Rambam abrange todos os detalhes sobre o assunto das profecias mas omite o fato de que estar na terra de Israel seja uma condição (Rambam Hilchot Yessodei Hatorá)

Avraham Avinu, nosso primeiro patriarca era a pessoa adequada no lugar adequado, mas Lot estava morando ao lado dele e se comportando como em Sodoma, fazendo com que o ambiente ficasse inadequado .

Hashem se revelou para Avraham naquele mesmo lugar somente depois que Lot saiu de lá e foi morar em Sodoma, e o ambiente de Avraham voltou a ser adequado.

Mesmo assim a profecia era somente no nível que ele tinha a capacidade de incorporar.

Yaakov Avinu, nosso terceiro patriarca teve uma revelação profética quando fugiu de Essav.

Essa revelação foi por meio de um sonho que é o nível mais baixo do recebimento de uma profecia.

Diz o Zohar que o motivo disso foi o fato de Yaakov ainda não estar casado, e mesmo estando em Beit E-l, lugar adequado, ainda não era a pessoa totalmente adequada por estar solteiro.

Depois que ele se casou em Haran, teve uma revelação profética novamente por meio de sonho, aí ele já era a pessoa adequada mas o lugar, Haran na Síria, fora da terra de Israel, não era adequado e por isso o nível da profecia foi o mais baixo.

Quando ele voltou casado, para a “Terra Santa”, a revelação profética já aconteceu para ele estando acordado e por meio de uma visão.

Mas ela ainda era no nível dos patriarcas, não tinha chegado ao nível de Moshe, e mesmo assim diz o Zohar que esse nível só foi alcançado porque seu pai Itzhak já havia falecido, mais um critério na profecia

Enquanto um profeta está no mais alto nível possível da sua época outro profeta não tem como acessar à esse nível.
Diz o Zohar que Moshe teve o maior de todos os níveis​ de profecia, ele incorporava a revelação profética para trazê-la ao mundo diretamente, em pé e com toda a sua força e energia, via a revelação claramente.

Diferente dos outros profetas que na hora de incorporar a profecia caíam sobre suas faces, enfraqueciam e não tinham a capacidade de incorporar a profecia claramente.E qual era o motivo dessa fraqueza? Diz o Zohar que era pelo fato de o “anjo de Essav” ter ferido a perna de Yaakov e Yaakov ter saído mancando desse acontecimento.

Espiritualmente o anjo ”sugou” a força das pernas de Yaakov causando com que depois disso nenhum profeta conseguisse incorporar, trazer para esse mundo a profecia do que Hashem vai fazer para os “Bnei Essav”, e se a profecia não descesse ela não aconteceria

(de acordo com Don Itzhak Abarbanel os Bnei Essav são os povos da Europa e suas ramificações coloniais)

Somente o profeta Ovadiahu (Abadias), um profeta que originalmente se converteu ao judaísmo e era proveniente de Edom que eram os descendentes diretos de Essav conseguiu incorporar a profecia do final dos Bnei Essav, porque sobre ele o assunto espiritual do anjo de Essav não recaiu pelo fato de ele ser um “guer” dos Bnei Essav

Ele pôde incorporar claramente a profecia do final de Essav e não enfraqueceu, e nenhum outro profeta pôde incorporar isso.

Moshe é a excessão de todas essas regras por estar em um nível tão alto que poderia incorporar claramente qualquer revelação sem enfraquecer.

Diz o Zohar que Moshe recebia a profecia em um nível de Sefirat HaTiferet de Atzilut , nível espiritual que nenhum profeta teve acesso

Diz o Ari Zal que o Mashiach vai ser a reencarnação de Moshe Rabeinu e vai revelar para todos nós as maravilhas ocultas da Torá.

A Parashá nos conta que Miriam, por ter falado de Moshe ficou “metzoraat” como neve por uma semana

A tzaraat não é um tipo de lepra, não é uma doença mas sim uma manifestação espiritual

don Itzhak Abarbanel nos conta que se a tzaraat fosse doença a Torá pediria para encaminhar o portador dela para o médico sendo que a Torá deu permissão, ou seja, deu uma força espiritual para o médico curar

e no caso da tzaraat a pessoa não é levada para o médico em nenhuma etapa mas é feito um diagnóstico pelo Cohen (o sacerdote) e no final um ritual religioso.

A fonte desse erro de tradução que entrou na nossa cultura são os padres portugueses que traduziram a Torá na idade média, e vendo que está escrito “metzoraat como neve” traduziram erroneamente a tzaraat como lepra

diz também don Itzhak Abarbanel que se a tzaraat fosse doença ela seria encontrada em seres humanos, e o fato da mesma manifestação aparecer igualmente nas roupas, nas paredes e nas pessoas é mais uma prova de que ela é um assunto espiritual e não um tipo de lepra

Em algumas traduções da Torá esse erro já está corrigido e a maior dificuldade em corrigí-lo é assumir que isso é um erro que erramos sessenta anos em seguida, mas “antes tarde do que mais tarde”!

Aprendemos daqui que se até Miriam a profetiza fez um erro de avaliação em relação à alguém tão próximo à ela como o próprio irmão, quanto mais nós que estamos longe de estar no nível dela

Então o certo é sempre nos apoiar no ”benefício da dúvida” e julgar o nosso próximo de maneira positiva, e mesmo quando não temos a mínima dúvida temos que saber que talvez o fato de não termos dúvida é por nossa falta de informação, como foi no caso de Miriam

Então, com o benefício da dúvida ou até mesmo quando não há dúvida nenhuma temos que julgar o nosso próximo somente de maneira positiva e assim também seremos julgados lá em cima

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Nassó

Quando a Torá nos ensina uma regra , se há alguma exceção ela tem que estar na própria Torá.

A Torá nos ensina a proibição de apagar o nome de D’us, e aqui na nossa Parashá ela traz a exceção.

Não só uma permissão para apagar o nome de D’us mas uma obrigação de apagá-lo em um certo caso que a Torá especifica.

E o que seria tão importante para a Torá justificar uma coisa dessas?

O “Shalom Bait”! (harmonia familiar)

É permitido apagar o nome de D’us para salvar um casal do divórcio! Daqui vemos a grandeza do Shalom Bait na Torá.

Poderíamos imaginar que uma permissão para apagar o nome de D’us, fazer uma coisa tão grave, seria possível somente em casos raros e específicos. Mas não! A Torá nivela por baixo

Ou seja, a Torá está permitindo isso para salvar o Shalom Bait de uma mulher que estava sendo assediada por alguém e o marido disse para ela não se trancar com o suspeito.

Imagine uma situação assim: Um belo dia (ou uma bela noite) o marido chega de viagem, bate na porta, e quem destranca a porta por dentro?………”o suspeito”!

E a mulher aparece para justificar que esse mês ele não tinha onde dormir……então veio dormir em casa! O marido com razão suspeita que algo tenha acontecido e quer divórcio!

Ele leva ela para o Beit Hadin (tribunal rabínico), ela diz que não traiu e o Beit Hadin não tem como verificar

Consequentemente o Beit Hadin não pode tomar uma decisão sendo que mandamentos da Torá que envolvem em certos casos até uma pena de morte não são julgados por deduções e é necessário ter duas testemunhas oculares que sejam judeus religiosos  e viram pessoalmente o próprio ato

Na linguagem da Guemará, “o pincel dentro do tinteiro”, uma coisa dentro da outra,  e isso é quase impossível de acontecer na frente desse tipo de testemunhas

Não tendo o que fazer, o Beit Hadin encaminha os dois para o Beit  Hamikdash em Yerushaláim.

No Beit Hamikdash os Cohanim (sacerdotes daquele turno) avisam que podem escrever a “Meguilat Sotá” copiando a “Parashat Sotá” da nossa Parashá com os nomes de D’us contidos nela, dissolver essa Parashá com os nomes de D’us dentro de um copo de água e dar para a mulher beber.

Se nada acontecer para ela, o marido pode ficar tranquilo porque foi só uma simples desobediência ao pedido dele mas nada aconteceu na prática.

Mas o Cohen avisa a mulher que caso ela tenha traído, se beber isso ela falece, e dá as últimas chances para ela não beber aquela água. No lugar disso ela pode receber o divórcio sem o valor da Ketubá e não assumir esse risco.

Se ela sabe que não traiu, ela pode beber essa água tranquila e o fato de ela não falecer vai ser a prova para o marido de que nada aconteceu, fora o susto.

E não só isso, se ela não tinha filhos, agora ela recebe uma indenização Divina pela vergonha que passou e recebe a bênção Divina para ter muitos filhos.

Aqui vemos a Infinita Bondade de D’us:

Não só que Hashem pede para apagar o nome dele para fazer o Shalom Bait mas ainda indeniza a mulher milagrosamente​ pela vergonha que ela passou!

É proibido proibir…

Por causa disso, depois que o Beit Hamikdash foi destruído é proibido proibir a mulher de se trancar com uma pessoa específica

mas deve-se falar para ela que os nossos Sábios instituíram o “Issur Ychud” que é a proibição genérica de uma mulher não se trancar sozinha com um homem que não seja seu marido, seu pai, seu avô, seu bisavô, seu filho, seu neto ou seu bisneto

Fique longe da mentira!

Quando você for convidado para um casamento, mesmo se a noiva for feia e antipática você deve dizer para o noivo que ele teve sorte de encontrar uma noiva tão bonita e simpática! E essa é a Halachá e de acordo com Beit Hilel!

Porque na Torá, na nossa Parashá, não está escrito que é proibido mentir. Está escrito “fique longe da mentira”, deixando uma dica que em certos casos é permitido mentir

Explica o Baal Shem Tov que a mentira é como um veneno que quando usado na dose correta se torna um remédio que seria impossível fazer com outra coisa a não ser com o veneno.

Aharon Hacohen era esse especialista que conseguia usar a mentira na dose certa para fazer as pazes entre marido e mulher e entre as pessoas.

Mas a mentira na overdose volta a ser um veneno e por isso, se não está claro que sabemos usar ela na composição certa, temos que ficar longe dela.
Quase como continuação do assunto da mulher que se “desviou” aparece a Parashat Nazir que nos ensina que, quando houver necessidade, podemos fazer um juramento de não beber vinho e não cortar o cabelo por um tempo determinado.

Esse tipo de juramento chamado de Nezirut não pode ser feito depois da destruição do Beit Hamikdash porque se for feito hoje não temos como desfazê-lo.

Dizem nossos sábios que o motivo da proximidade entre essas duas Parashiot  é para sabermos quando chegou a hora de fazer esse juramento.

Quando vemos a Sotá (a mulher que se desviou) passar pelo que está passando, devemos aprender com isso a nos proteger de coisas que podem causar o nosso próprio desvio, como é o caso da embriaguez e da vaidade obsessiva.

Daqui aprendemos como nos relacionar ao que acontece à nossa volta.

Não devemos pensar na pessoa que fez a coisa errada e acharmos que somos melhores do que ela por ainda não termos feito a coisa errada também

Mas quando vemos alguém fazendo uma coisa errada devemos pensar que nós também não estamos imunes desse tipo de comportamento e investir no nosso próprio refinamento, pensar em como nos vacinar para não chegarmos a uma situação semelhante.

Depois da Parashat Nazir,  como se fosse uma continuação dela, a Parashá nos trás as Bênçãos dos Cohanim, mostrando que esses três assuntos estão interligados.

Você se comporta bem com a esposa mesmo ela não dando motivo para isso, e no caso da mulher, você se comporta bem com o seu marido mesmo ele não dando motivo para isso

evitam beber para esquecer as mágoas mas esquecem as mágoas por motivo religioso de ser proibido guardar rancor, principalmente entre cônjugese no mérito desse amor gratuito e união incondicional Hashem te dá todas as Bênçãos, te dá muito dinheiro e te protege dos ladrões, te dá todas as Bênçãos e te protege para que você sempre possa ter proveito delas com muita saúde e alegria!

🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷Bamidbar

Na nossa Parashá Hashem pede para Moshe Rabeinu fazer a contagem do nosso povo

Rashi explica que por causa do amor que Hashem tem por nós Ele nos conta o tempo todo

E ainda sobre a contagem do nosso povo, sendo que no começo da nossa história como povo fomos contados, em breve, na época do Mashiach seremos tão numerosos como a areia do mar que não tem como ser contada como nos conta nossa haftará que trás a profecia de Hoshea (Oséias) que fala sobre o enorme número de judeus que vai se revelar quando Mashiach chegar e também sobre o amor que Hashem tem por cada um de nós.

Nessa Haftará vemos isso de maneira bem clara.

A Guemará nos conta que Hashem disse ao profeta Hoshea que o povo de Israel não está se comportando de maneira correta (para que ele rezasse pelo nosso povo como fez Moshe Rabeinu)

A profecia de Hoshea começa depois de ele, no lugar de rezar por nós, ter proposto à Hashem trocar nosso povo por outro.

O desencadeamento dessa profecia é que o país das dez tribos conhecido como “reino de Israel” onde o profeta Hoshea se encontrava e atuava se perdeu no meio dos povos do mundo mas volta de maneira imensurável na época do Mashiach

Geralmente os profetas tinham que ligar sua profecia à uma ação. No caso de Hoshea, Hashem pediu para ele se casar e ter filhos com uma prostituta

Ele se casa com Gomer bat Dvalim que era prostituta filha de prostituta e que estava feliz com o que fazia.

Ela tinha filhos com os clientes e assim montou sua família, já havia se acomodado nessa profissão sem sonhar em sair dela e montar uma família normal.

Eles se casam e tem um filho que D’us pede para chamá-lo de Izreel profetizando que o nosso povo (aquelas dez tribos judaicas) vai ser semeado  (espalhado) entre os povos do mundo.

Depois eles tiveram uma filha que D’us pede para chamá-la de “LoRuhama” profetizando que D’us não vai ter piedade do nosso povo, “no more chance”!

Depois eles tem mais um filho que D’us pede para chamar de “LóAmi” profetizando que o povo de Israel não é mais o povo de Hashem.

(Vemos na prática que tudo isso aconteceu com o país das dez tribos)

No final D’us pede para ele se divorciar…

O profeta não concorda e diz para Hashem:-Eu tenho filhos com ela, como posso tirar ela de casa ou me divorciar? No way!

Então Hashem diz para o profeta:- Se até você que não tem certeza se sua esposa é só sua e se os filhos são realmente seus, mesmo assim já não é capaz de quebrar a família, como poderia Eu trocar o povo de Israel por outro povo?

Nessa hora o profeta entende que fez um erro de avaliação e reza forte para que Hashem inverta a profecia

Sendo que uma profecia negativa não é obrigada a acontecer, a profecia se inverte e Hashem diz para o profeta que no lugar de Ló Ami, “não é meu povo”, eles serão chamados de filhos do D’us vivo. (Filhos, ou seja, ainda mais queridos do que povo! Seguindo a regra da Torá de que depois de cada descida obrigatoriamente acontece uma grande subida)E a profecia continua, dizendo que nós (que somos chamados de judeus porque somos descendentes da tribo de Yehudá e Beniamin) vamos chamar nossos irmãos (das dez tribos) de “nosso povo” e nossas irmãs (das dez tribos) de Ruhama (nosso consolo)

Conclusão, quem está triste em acreditar que o povo de Israel se limita aos poucos milhões da contagem oficial vai ficar maravilhado quando em breve essa profecia acontecer!

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Behar

Nossa Parashá nos conta que Hashem falou com Moshe no monte Sinai e lá nos deu uma Mitzvá chamada “Shemitá”.
Todas as Mitzvót (Mandamentos Divinos) foram dadas no monte Sinai, não só a Shemitá.
Então, porque nossa Parashá nos conta que essa Mitzvá foi dada no Monte Sinai?

Sendo que a Shemitá foi dada no monte Sinai com todos os seus detalhes e não foi revisada e explicada por Moshe Rabeinu no sefer Dvarim (quinto livro da Torá onde foram acrescentados mais detalhes sobre as Mitzvót), ela aparece aqui como tendo sido dada unicamente no monte Sinai.
Mas o que é Shemitá?

Simples! Você compra uma fazenda linda com vinhedos que produzem uvas carésimas, não deixa suas crianças se aproximarem dos cachos de uva para não estragá-los,
por seis anos você vende as uvas por preços não convencionais e não deixa ninguém mexer nelas,
mas no sétimo ano você descobre que a terra só era sua por seis anos e agora ela volta a pertencer ao verdadeiro dono, que por sinal é muito bonzinho e deixa você e todo mundo pegarem todas as uvas de graça!

E ainda mais, ninguém, (nem você) pode vender essas uvas! Podem pegar só o que vão comer, e totalmente grátis!
Por trás da Shemitá
Para entender como isso funciona temos que nos lembrar que D’us nos deu a terra de Israel que foi dividida entre doze tribos das treze que existiam no nosso povo (a tribo de Levi e os Cohanim que tiveram origem nela não participaram da divisão da terra).

Essa terra foi passando por herança até você aparecer e achar que comprou ela, e que por isso ela é sua…..
E aí você descobre que não é o verdadeiro dono!
E não só isso, mas quando você coloca tudo no papel você vê que, não só que não teve prejuízo, mas que ainda saiu no lucro porque a terra produziu no sexto ano uma quantidade que produziria em três anos! (E o sexto ano deveria ser o ano mais fraco depois de cinco de desgaste)
E também descobre não só que existe alguém dirigindo o seu negócio mas também que ele está fazendo isso muito melhor do que você!

Mas porque D’us nos coloca nessa situação que parece que estamos perdendo e no fim saímos ganhando ?
A resposta é simples! Para nos lembrar que esse mundo é de D’us e é ele somente que dirige o mundo e não nós ,
e mesmo que a nossa participação fazendo um trabalho para ganhar dinheiro e pagar as contas é uma ordem Divina, mesmo assim não podemos nos “endeusar” e achar que tudo depende de nós!

Aí vem a Mitzvá da Shemitá para nos lembrar que esse mundo não é nosso mas tem alguém dirigindo ele e só deixando nós, crianças pequenas , segurarmos na direção e pensarmos que estamos dirigindo o carro do papai !

Aprendemos com essa Mitzvá a ultrapassar todas as crises nos lembrando a cada instante que só D’us dirige o mundo, que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem
e que D’us ama cada um de nós mais do que o amor de um casal que teve um filho único com cem anos de idade tem por esse filho, e cuida de nós com todo o amor e carinho.

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Behukotai

Parashat Behukotai nos conta que quando estudamos Torá e cumprimos as Mitzvót (Mandamentos Divinos) Hashem (D’us) nos dá a chuva na hora certa e na quantidade adequada,
A linguagem da Torá é : “a terra dará seus produtos e as árvores darão seus frutos”.

E a pergunta é: Se a terra dará a seus produtos isso já inclui os frutos das árvores​, então, quais são essas árvores que darão seus frutos como consequência do nosso estudo de Torá e do cumprimento das Mitzvót?

O Midrash Sifra nos conta que essas são as árvores estéreis que nos tempos do Mashiach elas darão frutos!
Nosso estudo de Torá hoje é comparado a um pai muito sábio que ensina sua enorme sabedoria para uma criança pequena.
Nesse caso a sabedoria do pai desce ao nível de capacidade de entendimento da criança.

Ele ensina a criança que é proibido roubar e etc. A Torá que estudamos hoje está em um nível de dia a dia deste mundo.

Nosso nível de cumprimento das Mitzvót também é limitado, por não podermos cumprir as Mitzvót ligadas ao Beit Hamikdash
e mesmo a Mitzvá da Shemitá hoje, de acordo com a maior parte dos “Poskim” (legisladores rabínicos que determinam o modo da aplicação da lei judaica) a Shemitá é “Derabanan” (decreto dos Sábios de Israel usando a autoridade que a Torá lhes deu para fazê-los​) e não “Deoraita” (Mitzvá direta da Torá)
Isso por motivo de dez tribos de Israel estarem temporariamente perdidas e as Mitzvót relacionadas à terra de Israel só poderão ser cumpridas em todos os seus aspectos quando cada tribo estiver na parte da Terra Santa relacionada à sua herança, e isso só vai acontecer nos tempos do Mashiach.

Então nosso estudo de Torá e cumprimento de Mitzvót hoje é o suficiente para a terra dar os seus frutos convencionais.
O estudo da Torá nos tempos do Mashiach é comparado a um pai muito sábio ensinando segredos muito profundos​ à um filho muito sábio.

Hoje só conseguimos “provar” um pouquinho disso estudando a parte oculta da Torá que antes era revelada somente para um “petit comité” e hoje, de acordo com o Ari Zal, é uma Mitzvá revelar essa sabedoria, e mesmo assim a quantidade desse estudo é limitada.

mesmo que nas últimas gerações foram revelados muitos assuntos profundos por meio da “Chassidut”, mesmo assim em relação às revelações dos tempos do Mashiach quando o mundo inteiro de encherá com o conhecimento Divino em quantidade e qualidade, o que estudamos hoje ainda não é o suficiente para as árvores estéreis darem os frutos exóticos que elas darão no futuro.

Conclusão: vamos pedir todo dia para Hashem mandar o Mashiach imediatamente nem que seja só para usufruir de todas as maravilhas dessa era tão maravilhosa que nunca esteve tão próxima!

Para uma regra da Torá ter exceção a própria Torá tem que trazer essa exceção.

Na nossa Parashá encontramos uma linguagem muito pesada em relação ao​ que pode acontecer se não estudarmos Torá e não cumprirmos as Mitzvót.
O versículo diz: “Se vocês não escutarem a mim”…etc

O Midrash Sifra nos conta que essa palavra “a mim” vem especificar que todas essas tragédias que a Torá descreve na continuação desse versículo recaem sobre a pessoa que conhece D’us e tem a intenção de fazer conscientemente contra o pedido Divino como exemplo o Midrash traz Sodoma e Gomorra, que conheciam D’us e faziam intencionalmente o contrário do que ele pediu, assassinando, roubando e etc.

O Ari Zal nos conta sobre as pessoas que trocaram intencionalmente o judaísmo pela idolatria na época do primeiro Beit Hamikdash.

A destruição não veio naquela mesma geração porque a bondade Divina determina um longo período para que a pessoa possa fazer Teshuvá, naquela reencarnação ou em outra

Mas quando​ chegou a “deadline”, o prazo final, e eles ainda não conseguiram consertar o que fizeram, aquelas almas se reencarnaram na época das cruzadas e da inquisição e tiveram a sua purificação.

Se precisasse morrer queimado em praça pública para não fazer idolatria, eles davam a vida e não faziam idolatria.
se precisasse fugir da Espanha e de Portugal deixando os pertences para trás e não fazer idolatria, eles fugiam
e o destino de cada um foi traçado de acordo com o nível de obsessão pela idolatria que ele teve naquela reencarnação quando ele vivia na época do primeiro Beit Hamikdash e trocou consientemente e intencionalmente o judaísmo pela idolatria,

mas quem já nasceu em uma família Judia idólatra não entra nessa categoria como vemos no Midrash mas é considerado como alguém que não conhece D’us e não tem intenA “linguagem pesada” da Torá também vem para dar um ênfase na gravidade do assunto , como um pai bondoso que explica para o filho as consequências de certas coisas para que ele não as faça.

Entãos, vamos aproveitar e estudar muita Torá e trazer a Gueulá imediatamente.

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 Emor
Nossa Parashá nos conta (entre inúmeros assuntos) sobre o Shabat.

Os “Dez Mandamentos” aparecem duas vezes na Torá. Na primeira vez , em Parashat Ytró , está escrito: “Lembre-se (Zachor) do dia do Shabat para santificá-lo .

Na segunda vez, em Parashat Vaetchanan, está escrito “Guarde (Shamor) o dia do Shabat para santificá-lo”.

Nossos Sábios nos contam que quando ouvimos os Dez Mandamentos no Monte Sinai, as palavras “Zachor” (Lembre-se​) e “Shamor” (Guarde) foram ditas em uma palavra só, ditas e ouvidas de uma maneira sobrenatural .

Da palavra “Shamor” aprendemos que o Shabat entra na categoria de Mitzvá chamada de “Ló Taassé” (“não faça”) e da palavra “Zachor” aprendemos que o Shabat entra na categoria de Mitzvá chamada de “Assé” (“faça”).

A regra é, que quando uma “Mitzvat Assé” cai sobre uma “Ló Taassé” (como no caso de o oitavo dia do “Brit Milá” cair no Shabat) o “Assé” (do “Brit”) anula o “Ló Taassé” (do Shabat) no assunto específico dela (nesse caso, o de cortar o prepúciozinho do nenê)

Quando a regra da Torá tem alguma exceção, como no caso da Mitzvat Assé da construção do Mishkan que não anulou o “Ló Taassé” do Shabat, a própria Torá tem que trazer a exceção da regra para cada caso específico.

Aprendemos na profecia de Yeshaiau Hanaví que o Shabat tem que ser um prazer.

Mas o que é um prazer? Com certeza o contrário da aflição!

A Torá usa a palavra aflição em relação à proibição de comer e beber no Yom Kipur , e daí nossos Sábios concluem que no Shabat temos a obrigação de comer e beber do bom e do melhor em um ambiente iluminado pelo menos à luz de velas.

E daí surge a Mitzvá de acender as velas de Shabat e fazer o Kidush com vinho e chalot. Deixar um fogo aceso coberto pela “plata” com a comida quente que vamos comer no Shabat.

Aprendemos os 39 trabalhos proibidos no Shabat dos 39 trabalhos feitos para construir o Mishkan.

Esses 39 trabalhos são matrizes com ramificações fazendo com que o número de trabalhos proibidos no Shabat fica um pouco maior.

Nossos Sábios, usando o direito que a Torá lhes deu de “O que é decretado no Beit Din aqui embaixo é decretado no Beit Din lá em cima” fizeram algumas cercas em volta da Torá para nos proteger de fazermos uma transgressão.

As leis de “Muktse” são um exemplo dessa preocupação que eles tiveram por nós .

Um objeto de uso especificamente proibido no Shabat, como por exemplo, um isqueiro (que só serve para acender fogo, ação proibida no Shabat) , ou uma caneta (que só serve para escrever, que também é proibido no Shabat) são chamados de “Muktse” e se torna proibido tocar neles no Shabat.

Em caso de dúvida em relação a um perigo de vida durante o  Shabat devemos fazer tudo o que for necessário para a pessoa que está necessitando.Por exemplo: quando uma mulher precisa dar a luz, levamos ela para o hospital de carro.

Caso uma criança tenha ficado em casa , você deixa a mulher dando a luz no hospital e volta para cuidar das crianças porque crianças pequenas sem alguém cuidando também são um perigo de vida.

Tudo o que é necessário para socorrer alguém está liberado no Shabat, mas só o que é necessário para isso como ligar o carro, ir para o hospital e voltar para cuidar das crianças sem desligar o carro (deixe alguém que não é judeu desligar)

Preparativos para o Shabat:

Está escrito que temos que nos lembrar do Shabat. Para se ter um Shabat pronto temos que planejar com antecedência.

Para facilitar para quem está começando, lá vão umas dicas básicas. Escrevemos essas dicas principalmente para quem mora no interior e não tem facilidade em comprar as coisas para Shabat.

Como fazer em casa o seu vinho para o Kidush:

Pela Halachá um suco de uva verdadeiro também é considerado vinho  para o Kidush, aqui vai uma receita para fazer o seu suco de uva “bore pri hagafen” para todos os Shabatot do ano, principalmente se você tem crianças em casa

Modo de preparo

1- Compre uvas de qualquer tipo, lave as uvas, separe elas dos galhos e coloque elas dentro de uma panela (de preferência de pressão)

2- coloque a mão sobre as uvas e adicione água e açúcar . Essa água e açúcar tem que preencher somente os espaços entre as uvas e você coloca a mão em cima para elas​ não flutuarem em cima da água com açúcar sendo que a água com açúcar tem que preencher somente os “buraquinhos” entre as uvas mas não pode cobrir elas por cima nem se acumular separadamente no espaço de baixo caso elas flutuem, por isso você não deixa elas flutuarem.

3- Tampe a panela  , acenda o fogo e deixe ferver um pouquinho.

4- Penere o conteúdo da panela para uma jarra apertando e amassando totalmente as uvas dentro da peneira com uma colher até que todo o suco passe pela peneira e sobre dentro da peneira somente uma polpa .

5- Coloque o suco em garrafas ou em uma jarra.

6- Mantenha o suco na geladeira e só retire para as refeições.

Agradecemos o Reb Avrohom Arbeter pela receita.

Mais receitas para Shabat você pode encontrar no nosso site

https://ongtora.com/culinaria/

Sendo que está escrito que o Shabat tem que ser um prazer, nossos Sábios decretaram a obrigação de deixar a comida pronta e quente e acender as velas de Shabat antes do pôr do sol da sexta feira sendo que está escrito explicitamente para não acender fogo durante o Shabat .

A eletricidade foi classificada como fonte de fogo e por isso acendemos tudo o que precisa estar aceso no Shabat antes de acender as velas (não podemos apagar essas coisas durante o Shabat a não ser em caso de perigo de vida) .

Ou seja, a luz da sala cozinha e banheiro e a chapa de Shabat que chamamos de plata devem ser acesas antes do Shabat.

A plata é uma placa de alumínio que pode ser encomendada de acordo com a medida do seu fogão , você deve pedir para fazer uma dobradinha de um centímetro nas extremidades para ela não ficar cortante e deve ser dobrada uns 8 centímetros na frente para cobrir os botões do fogão.

A plata pode ser encomendada em qualquer fabriquinha de calhas (peça um material grosso para não entortar com o fogo nas 25 horas que vai estar em cima do fogo baixo) .

Então acenda um fogo baixo , coloque a plata em cima dele e as panelas com a comida pronta em cima da plata.

A quantidade de água dentro da panela deve ser planejada de acordo com o número de horas que ela vai ficar em cima da plata.

Uma janela deve estar um pouquinho aberta para entrar ar e todos os cuidados devem ser tomados para que o fogo não se apague sozinho no meio do Shabat e não haja vazamento de gás (não deixe panos ou plásticos perto dela para não pegar fogo).

Centenas de milhares de judeus religiosos fazem assim no mundo inteiro e com o tempo você pega experiência.

Se o seu gás é de botijão você pode comprar uma balança de banheiro e colocá-la fixamente embaixo do botijão para calcular quando ele vai acabar para trocar o botijão antes do Shabat.

Conclusão: D’us criou o mundo em seis dias e no sétimo não criou nada , e para demonstrar claramente que acreditamos que somente Ele é o Criador, não fazemos trabalhos no Shabat .

Então, vamos nos lembrar todos os dias do Shabat e preparar um Shabat bem gostoso cada semana melhor!

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Parashat Aharei Mot

Nossa Parashá nos conta sobre as instruções Divinas dadas por consequência da morte dos dois filhos de Aharon.

O Ari Zal, (última palavra em assuntos cabalísticos) nos conta que Adam Harishon (o primeiro homem) “continha todas as almas do mundo.

Quando Adam Harishon fez o primeiro pecado , seu nível espiritual despencou e ficou nele somente somente a “Trumá” (dois centésimos) do número de almas que ele tinha antes, pouquíssimas mas de altíssima qualidade.

Essas almas elevadíssimas passaram para Caim que era o primogênito e tinha nascido no Gan Eden (paraíso terrestre) depois do pecado de Adam.

Essa alma elevadíssima do Caim se reencarnou nos dois filhos de Aharon que faleceram, Nadav e Avihu, eles são a ”Trumá” (a melhor parte) da alma de Adam.
O Zohar nos conta, que o lado principal da alma de Cain vem da impureza que a cobra colocou em Hava (Eva), e o lado principal da Alma de Hevel (Abel) vem do lado de Adam (da Alma Divina de Adam)

O Ari Zal explica a intenção do Zohar:

A transgressão de Adam Harishon fez com que o bem e o mal se misturassem nesse mundo, e tanto Cain quanto Hevel estão vinculados à árvore do bem e do mal, ou seja, os dois tinham um lado bom e um lado ruim.

Sendo que Cain veio do aspecto de guevurá de Adam ele era quase inteiramente ruim (impureza espiritual recebida da cobra) e um pouquinho bom (tinha uma Alma espiritual elevadíssima herdada de Adam)

Hevel era na sua maior parte bom (alma herdada de Adam) e um pouquinho ruim (impureza herdada da cobra).

Mas a diferença entre eles era que o lado bom de Cain, mesmo sendo muito pequeno em relação ao lado mal dele, era extremamente superior ao lado bom de Hevel ele herdou essa alma tão elevada por ter sido o primeiro a nascer, pegou a melhor parte da alma de Adam.

A “impureza da cobra”

Essa expressão espiritual à qual chamamos de “impureza da cobra” acompanha a humanidade até hoje.

É ela que causa atrações eróticas estranhas em todas as suas categorias como atração íntima por animais e etc.

Essa é a diferença entre o ser humano, que recebeu a “impureza da cobra” , e o animal. O animal não tem esses problemas estranhos.

Dizem nossos Sábios que com o recebimento da Torá no monte Sinai a “impureza da cobra deixou o nosso povo.

No monte Sinai estavam as almas de todos os judeus que iriam nascer até Mashiach chegar, e nos conta o Tossfot que também estavam lá as almas de todos aqueles que iriam se converter ao judaísmo até Mashiach chegar

Na hora da entrega da Torá no monte Sinai aconteceu um grande milagre e essa impureza da cobra saiu de todas as nossas Almas.

Quando foi feita a idolatria do bezerro de ouro, essa impureza da cobra voltou para o nosso povo, longe de ter a mesma intensidade de antes, fraca mas voltou.

Por causa da origem da Alma deles, de Nadav e Avihu ser relacionada com o começo da “impureza da cobra”, essa volta parcial da “impureza da cobra” prejudicou principalmente eles, enfatizando espiritualmente os erros que eles cometeram.

Por isso Moshe Rabeinu pediu para todo o povo de Israel se enlutar pela morte dos filhos de Aharon, sendo que se não tivesse sido feito o bezerro de ouro eles não teriam falecido.

Vort:

Disse o rav Moshe Veber, grande Tzadik que viveu em Jerusalém: O que aprendemos da união dessas duas Parashiot, Aharei mot (depois de morrerem) e Kedoshim (santos)?

Aprendemos que devemos falar sempre bem de qualquer pessoa que já faleceu (porque com certeza antes de ele falecer ele se arrependeu de todas as coisas erradas que fez, e as coisas boas que fez são eternas!)

Ou seja, Aharei mot Kedoshim, depois de morrerem, todos são santos!!!

Parashat Kedoshim

Dar bronca ou não dar bronca?

Nossa Parashá nos conta (entre inúmeros assuntos) que devemos reprimir uma pessoa que está se comportando de maneira incorreta, mas claro, sem fazer ela passar vergonha em público

A Guemará em Sanhedrin nos conta que um dos sinais para a pessoa saber que está na geração em que o Mashiach vai chegar é que não há repressão

Quando pensamos nas palavras da Guemará entendemos que com certeza a intenção não é dizer que ninguém mais vai dar bronca em ninguém, mas sim que na geração em que o Mashiach vai chegar não só que não adianta dar bronca, mas pior ainda, é melhor nem dar bronca porque ela não só que não adianta nada mas pior do que isso, causa efeito contrário

Vimos um exemplo disso no Irã, país mais radical do mundo, onde existe uma divisão policial para fiscalizar assuntos morais, a “polícia da moral”

Uma mulher em uma praça foi abordada pela ”polícia da moral” por questão de vestimenta causando uma enorme repercussão contra a “polícia da moral” nas redes sociais

O próprio presidente do Irã fez um pronunciamento público abordando essa questão e disse: :- alguns dizem que a forma de promover a virtude é agarrar as pessoas pelo pescoço, a promoção da virtude não avançará usando violência

Em nenhuma geração ouviríamos palavras como essas de um líder shiita, e ainda mais, no Irã.

Se até eles entenderam que na nossa geração não adianta dar broncas, quer dizer que estamos de verdade na geração em que a Gueulá vai acontecer

Há quase quarenta anos atrás eu estava em New York ouvindo pessoalmente o Rebe de Lubavitch dar uma palestra para uma multidão de pessoas

No meio da palestra o Rebe falou sobre certos assuntos com muita rigidez.

No outro dia fomos receber pessoalmente a Brachá do Rebe e ele falou com cada um de nós com uma voz meiga e com muita delicadeza

Vi que havia uma enorme diferença entre o jeito que ele falou aqueles assuntos de maneira genérica em frente ao público e o jeito que ele falou com cada um de nós pessoalmente

Muitos anos depois li em uma carta do Rebe que quando você fala em público, você pode falar alto, porque nessa hora cada um pensa que você está falando forte por causa dos outros, mas não por causa dele

Mas quando você fala com alguém pessoalmente você não pode falar assim, porque a pessoa sabe que você está falando com ela.

Nunca guarde rancor!

Nossa Parashá nos conta também sobre a proibição de guardar rancor.

Toda pessoa que guarda rancor contra um judeu (principalmente o cônjuge) transgride uma Mitzvá da Torá, como está escrito na nossa Parashá: “Ló titor” (não guarde rancor).

Exemplo: Você pede um favor para alguém e a pessoa não quis fazê-lo. No dia seguinte, essa pessoa precisou de você e você responde: “Eu não sou como você. Eu não vou lhe negar um favor como você fez”!

Isso acontece porque aquela pessoa estava guardando rancor e achou o momento exato para revelar isso. Em outras palavras, “jogar na cara” é proibido pela Torá.

O Baal Shem Tov explicou que nossos sábios comparam a pessoa que fica brava a alguém que está fazendo idolatria porque no momento da fúria, a fé em D-us desaparece automaticamente, e quando não se acredita em D’us consequentemente se está acreditando em outra coisa”.

Porque se ele soubesse que tudo o que acontece com ele vem de D’us, ele nunca ficaria bravo.

Mesmo que uma pessoa (que tem livre-arbítrio) optou por fazer-lhe o mal, e o amaldiçoa ou bate nele, ou lhe causa prejuízo monetário, e é condenada por um tribunal humano ou Divino, pela maldade da sua escolha, mesmo assim, à quem foi prejudicado já estava decretado pelos Céus que assim seria.

O tribunal Divino apenas usou a pessoa ruim para cumprir o decreto ruim, e mesmo nesse momento em que a pessoa bate em alguém ou o amaldiçoa, o pensamento que cai na cabeça da pessoa para nos prejudicar ou o sentimento que a impulsionou a isso veio lá de cima.

D’us faz as coisas boas acontecerem por meio de pessoas boas e as coisas ruins por meio de pessoas ruins.

O agente causador do nosso infortúnio foi apenas uma ferramenta usada por D’us para cumprir o decreto Divino que veio para nos purificar de alguma coisa ruim que fizemos na reencarnação atual ou em outra.

Tudo vem lá de cima e as pessoas que nos fazem o mal são os verdadeiros “bobos” que estão sendo usados para nos prejudicar e depois são castigados por terem nos prejudicado.

Se tudo isso foi dito sobre qualquer pessoa, imagine marido e mulher ou pais e filhos que são o grupo de risco nesse assunto por terem mais intimidade entre si, quanto temos que tomar cuidado com isso.

Então, não vamos ser bobos de brigar em casa!

Vort israelense: (dugri)

O rancor é comparado à fezes espirituais. Guardar rancor é prisão de ventre espiritual, você está com rancor de alguém? Baixe a descarga, porque quanto mais acumula pior fica.

Este domingo, 14 de Iyar (29 de abril) será Pessach Sheni (começa no Motzaei Shabat).

Aprendemos com Pessach Sheni que por mais que estivéssemos impuros ou distantes nunca devemos nos desanimar, sempre há uma segunda chance.

A expressão “ou tudo ou nada” é o contrário da religião judaica. No judaísmo tudo caminha pouco a pouco e por etapas, sempre acrescentamos uma coisa por vez e nunca paramos no meio do o caminho , mas sempre continuamos acrescentando.

Talvez assim não cheguemos tão rapidamente ao tudo, mas com certeza sempre estaremos bem longe do nada!!!

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Tazria-Metzorá

Seguindo a ordem da criação quando o ser humano foi criado depois dos animais, a Parashá anterior nos ensinou sinais de pureza animal e a nossa Parashá nos ensina conceitos básicos de pureza familiar.

A Parashá nos conta que toda mulher que tem a alegria de se tornar mãe de um filho tem que passar por um pequeno procedimento de purificação, um “detox espiritual” antes de voltar à vida conjugal

Esse “detox” começa com uma etapa de cinco dias a partir do início do sangramento no parto e pode ser​ chamada de dias “não limpos” (mesmo tendo o sangramento terminado antes dos cinco dias)

Se o fluxo de sangue já parou, no quinto dia ela faz um “hefssek Tahará” (Todos os detalhes de “como” fazer isso podem ser encontrados na nossa página de “Tahará [casadas]” https://ongtora.com/mikve/ e vale a pena também ler a página https://ongtora.com/mikve/midot/)

Depois do Hefssek Tahará ela conta sete dias limpos (fazendo uma verificação todo dia para ver se eles ainda estão limpos de verdade) e no final do sétimo dia limpo ela mergulha no Mikve. Depois disso ela volta à vida conjugal

Se ela teve a alegria de se tornar mãe de uma filha ela também conta cinco dias a partir do começo do sangramento do parto e sete dias limpos mas só vai para o Mikve dois dias depois disso para completar catorze dias a partir do parto.

No oitavo dia do parto de um filho, se o recém nascido estiver saudável é feito o “Brit Milá” mesmo se for Shabat.

A palavra “Tazria” (semear) é usada na nossa Parashá para a mulher que dá a luz, nos indicando que mesmo ela tendo um aborto que não tem nenhuma consistência humana e se parece com um sêmen, mesmo assim é considerado que ela teve um filho em relação às leis de pureza familiar e não só isso, mas filhos verdadeiros que também vão ressuscitar na ressurreição dos mortos, como escreveu o Rav Moshe Feinstein à um aluno que lhe comunicou o fato de sua mãe ter tido vários abortos :-“Em breve quando for a vontade Divina de os mortos ressuscitarem você terá irmãos Tzadikim que nunca na vida provaram o gosto de um pecado” (igueret Moshe).

Então, se você teve um aborto, você também é mãe e no futuro vai ter orgulho do seu filho (ou filha) , e que isso aconteça já em breve em nossos dias !

Parashat Metzorá :

A Torá nos conta sobre manchas que poderiam aparecer nas paredes das casas, nas roupas e nas pessoas.

Essa mancha é chamada de “Nega Tzaraat” , a pessoa portadora dela é chamada de “Metzorá” .

Isso foi traduzido muitas vezes como lepra, doença causada pelo Mycobacterium leprae, mas é um verdadeiro erro de tradução como veremos a seguir:

Em primeiro lugar devemos nos lembrar que a Torá deu permissão ao médico para curar. Essa permissão não é somente uma autorização mas sim uma ajuda Divina que é dada ao médico para que ele possa curar

Pela Torá a pessoa que está doente e não vai ao médico está fazendo um atentado contra a própria vida e se ele falece em consequência disso é considerado suicida.

No caso dessa mancha , a “nega tzaraat”, a Torá pede para procurar um Cohen e não um médico, nos revelando que a nega tzaraat não é uma doença mas sim uma manifestação espiritual que não aparece por contágio e não desaparece por meio de medicação

Don Itzhak Abarbanel foi o grande Tzadik que encorajou os judeus espanhóis na época da inquisição a deixarem a Espanha e não fazerem idolatria .

Ele nos explicou que a “Tzaraat” não é uma doença física mas sim uma “praga” mandada dos céus que aparecia de uma maneira sobrenatural e sua cura era por meio de um ritual espiritual como ele explica detalhadamente:

1- O Cohen começa a purificação do “Metzorá” com o abate de um pássaro​ em um pote de barro , nos mostrando que o ser humano é como um pote de barro nas mãos do seu artesão que vai modelando ele de acordo com a sua vontade.

E também nos indicando que a Tzaraat vem de Hashem para melhorar nossa forma, para melhorar nosso caráter

2- Dentro desse pote de barro onde é feito o abate do pássaro é colocada água de fonte (em hebraico “águas vivas”) representando a Torá que é comparada a água da fonte que desce dos lugares altos para os lugares baixos e está no coração de cada um de nós e por não termos guardado ela da maneira correta morre o pássaro abatido, daqui vemos que a nega tzaraat aparece por meio de nossas ações e não por contágio

3- Um pássaro vivo é mergulhado (mas continua vivo) no sangue do pássaro​ morto , nos ensinando que a “Tzaraat” por natureza não é doença e nem é contagiosa (como no caso da lepra) mas sim um decreto Divino ligado ao comportamento errado daquela pessoa representado pelo pássaro morto.

4- A cura da “nega tzaraat” não acontece de maneira natural mas sim de maneira milagrosa, e por isso o “Metzorá” que é o portador da “nega tzaraat” vai para o Cohen (o sacerdote) e não para o médico.

5- A “Tzaraat” da roupa e da casa é a mesma que a das pessoas e ela não tem nenhum vínculo à doenças do corpo humano, o fato de que a mesma Tzaraat pode aparecer em paredes (mineral) e em roupas (vegetal e animal) nos obriga a ver a Tzaraat como expressão​ sobrenatural, milagrosa.

Conclusão: depois dessa explicação tão detalhada do don Itzhak Abarbanel vemos que o certo é transcrever a palavra Tzaraat e não pegar uma tradução errada que a fonte dela é aquela mesma idolatria que por causa dela don Itzhak Abarbanel teve que sair da Espanha com seiscentos mil judeus na inquisição !

A “Tzaraat” era um decreto Divino que afetava principalmente pessoas que causavam intrigas entre marido e mulher ou entre uma pessoa e outra, pessoas que causavam separações, por isso o Metzorá era separado do acampamento (por que causou separações) e depois sua purificação envolvia dois passarinhos que tem a característica de piar na casa de um e na casa de outro representando o “leva e trás” que ele fazia.

O lado bom da coisa ruim

Mas nem sempre a Tzaraat era um decreto Divino para corrigir a personalidade da pessoa (enriquecê-la espiritualmente), de vez em quando a Tzaraat era um decreto Divino para enriquecer a pessoa materialmente

O Midrash nos conta em nome de Rabi Shimon Bar Yohái que quando os povos de Canaã ouviram que o povo de Israel estava se preparando para vir conquistá-la, se prepararam para nos “receber”, e entre outras estratégias de guerra esconderam dentro das paredes e debaixo do piso das casas todos os seus tesouros.

Depois, quando fugiram, muitos esqueceram esses tesouros na hora da fuga, ou não tiveram tempo de pegar esses tesouros, que continuaram escondidos nas paredes​.

Conta o Midrash que o bom D’us disse :- Prometi para o povo de Israel casas repletas com tudo de bom, e quem vai avisar eles sobre os tesouros que eles têm em casa?

Portanto, continua o Midrash, quando aparecerem sinais de “nega tazaraat, a pessoa vai ser obrigada a demolir a casa e aí ele encontra os tesouros escondidos!

Então a Tzaraat, e sua consequência, a destruição da casa, eram uma grande alegria para eles porque dessa maneira eles encontravam fortunas escondidas.

Daqui aprendemos um ensinamento básico para todos os acontecimentos de nossa​ vida: Quando temos “tzarot”(sofrimentos​) e achamos que estamos passando por uma fase ruim e que D’us esqueceu só de nós, temos que nos lembrar que por causa dessas “tzarot” vamos descobrir tesouros de todos os tipos​ que não descobriríamos a não ser por meio (no mérito) dessas tzarot,

como disse o rei David no Tehilim:- “de noite dormimos chorando e de manhã acordamos cantando”.

ou seja, a mesma coisa que causou para nós dormir chorando, ela própia vai nos fazer acordar cantando!

E não se trata de ganhar experiência com as “tzarot” mas sim tesouros verdadeiros! Ou seja, depois que a “casa quebra” ficamos ricos de verdade!

E principalmente agora que já passamos por todos os sofrimentos​ já está na hora de Mashiach chegar e vermos com nossos próprios olhos que nunca existiram sofrimentos, mas tudo era a bondade Divina oculta e que agora chegou a hora de ela se revelar, em breve em nossos dias.

 

Shemini

Sinais de pureza animal

Kashrut do leite e da carne

Nossa Parashá nos conta que a Torá classifica os animais que ruminam e tem o casco fendido como animais “puros” e portanto podemos beber seu leite e comer sua carne

Mesmo que para comer a carne do animal não é o suficiente eles terem esses dois sinais, mas também eles devem passar por um procedimento de abate Kasher chamado de Shechitá

O sangue tem que ser retirado [também na nossa Parashá] e temos que tirar dele um nervo [em Latim nervus ischiadicus]

Quando você compra a carne em um açougue Kasher [http://www.livenn.com.br] tudo isso já foi feito.

O “Shochet” (judeu religioso que faz o abate Kasher) só pode fazer o abate de um animal que seu professor de “Shechitá” aprendeu a fazer pela tradição que passa de geração em geração

Conclusão: se você descobre em algum lugar um novo animal com esses dois sinais de pureza, que não se cruza e tem filho fértil com as espécies que o Shochet aprendeu a fazer a Shechitá (se cruzar e ter filho fértil seria uma prova de que ele é uma raça de uma dessas espécies e não uma espécie nova), você só poderá​ tomar o leite dele mas não comer da sua carne

Animais com somente um sinal de pureza não são Kasher

A Parashá nos conta sobre quatro espécies de animais que são classificados pela Torá como impuros por terem somente um sinal de pureza.

Os nomes deles em hebraico são :”chazir” , “Gamal” , “Arnevet” e “Shafan”. Não podemos usar seu leite nem comer sua carne.

O Gamal, a arnevet e o shafan são ruminantes mas não tem casco fendido, o chazir tem o casco fendido mas não é ruminante.

O “chazir” é traduzido diretamente como “porco”, único animal no mundo que tem casco fendido e não rumina.

O “Gamal” é o camelo, ele rumina mas sua pata é parecida com uma pequena almofada, não é casco (O camelo, o dromedário, o lhama, a alpaca, a vicunha e outros camelídeos são todos raças de uma mesma espécie , cruzam- se entre si e tem filho fértil como foi feita a experiência nos U.A.E.).

Fora o Gamal não encontramos outros animais que ruminam mas não tem casco fendido! Então quem são o Shafan e a Arnevet ?

Raças e espécies:

Nas traduções antigas da Torá para o latim e de lá para as demais línguas, o Shafan é traduzido como Coelho e a Arnevet como lebre. O primeiro problema com essa tradução é que a Torá fala sobre quatro animais diferentes, quatro espécies e não quatro raças.

O que determina a espécie pela Torá é o fato de eles se cruzarem entre si e terem um filho fértil, isso é a prova de que pertencem à mesma espécie e que essa espécie saiu da arca de Noé e recebeu a benção de Hashem para se multiplicar.

Quando uma espécie se cruza com outra, ou não tem filhos ou o filho não é fértil.

Issoporque essa nova espécie não saiu da Arca de Noé e não recebeu a Brachá de Hashem para se multiplicar.

Noach colocou na arca somente um cachorro e uma cadela e hoje vemos inúmeras raças de cães , tão diferentes umas das outras que parecem espécies diferentes, mas a prova de que são somente raças de uma mesma espécie é que todos se cruzam entre si e tem filhos férteis (no Brasil esse é o famoso “vira latas”).

O Coelho e a lebre cruzam-se entre si e tem filho fértil constatando que são apenas duas raças de uma mesma espécie.

Outro problema (que é o principal) é que nem o Coelho e nem a Lebre são ruminantes.

Se o fato de eles mexerem a boca o tempo todo os considera ruminantes, existem inúmeras espécies que se comportam assim, e a Torá fala sobre a existência de somente três espécies que ruminam mas não tem casco fendido.

Se o fato de eles comerem por engano os próprios excrementos os torna ruminantes, o porco também tem esse comportamento e a Torá atesta que ele não é ruminante

O editor do primeiro dicionário de hebraico atual, Even Shoshan, teve que traduzir Shafan e Arnevet como Coelho e lebre por assim terem sido traduzidos anteriormente pelas traduções da bíblia para outras línguas,

mas sabendo que esses animais não conferem com o Shafan e a arnevet da Torá, disse que provavelmente devem ser um Coelho e lebre do “extremo oriente” (termo usado antigamente para dizer que esse animal caso exista está bem longe de nós e nunca o vimos).

Hoje que os animais do “extremo oriente” também foram classificados, não encontramos fora o camelo (em todas as suas versões) outras duas espécies de animais que ruminam mas não tem casco fendido

Conclusão: o Coelho não é o Shafan e a Arnevet não é a lebre, e o Shafan e a Arnevet são dois animais que não foram mais encontrados, talvez dois animais extintos.

Curiosidade

A Guemará em Meguilá nos conta que Talmai, rei da Grécia que dominava a terra de Israel, colocou 72 sábios de Israel em 72 casas separadas e ordenou a cada um deles pessoalmente traduzir a Torá para grego.

Cada um dos setenta e dois Sábios pensava que só ele estava traduzindo a Torá e mudou algumas coisas que pudessem ou causar um decreto do rei contra o estudo da Torá ou dar a impressão que a Torá se assemelha à idolatria. Por milagre todos esses 72 sábios mudaram exatamente as mesmas palavras

Uma das coisas que eles mudaram foi o nome da Arnevet que na sua tradução para o grego seria o nome da esposa de Talmai, para que ele não ficasse furioso em pensar que os judeus colocaram o nome da esposa dele na Torá.

Talvez nessa hora de emergência jogaram o nome da Arnevet à lebre e talvez foi aí que tudo começou.

Talvez para os povos do mundo que traduziram a Torá como pentateuco não importava quem eram o shafan e a arnevet, sendo que para eles não têm muita relevância se o animal é impuro por ter um sinal de pureza ou por não ter nenhum

Mas para nós esse assunto é gravíssimo pelo fato de a Guemará em Hulin 60b dizer que o fato de Moshe Rabeinu sem ter experiência com animais exóticos saber que somente quatro espécies de animais no mundo inteiro tem somente um sinal de pureza é um argumento para provar que a Torá é Divina

Quando usamos a tradução cristã da Torá sobre o Shafan e a Arnevet como coelho e lebre estamos fazendo o contrário, colocando na mão de todos uma prova de que a Torá não é Divina

Talvez ninguém queira corrigir esses erros de tradução para não assumir que errou durante dezenas de anos desde a primeira tradução Judaica da Torá, mas é melhor corrigir isso agora transliterando Shafan e Arnevet e não traduzido como coelho e lebre sendo que a tradução está explicitamente errada. Como diz o ditado “antes tarde do que mais tarde” !

Shemini

Sinais de pureza animal

Kashrut do leite e da carne

Nossa Parashá nos conta que a Torá classifica os animais que ruminam e tem o casco fendido como animais “puros” e portanto podemos beber seu leite e comer sua carne

Mesmo que para comer a carne do animal não é o suficiente eles terem esses dois sinais, mas também eles devem passar por um procedimento de abate Kasher chamado de Shechitá

O sangue tem que ser retirado [também na nossa Parashá] e temos que tirar dele um nervo [em Latim nervus ischiadicus]

Quando você compra a carne em um açougue Kasher [http://www.livenn.com.br] tudo isso já foi feito.

O “Shochet” (judeu religioso que faz o abate Kasher) só pode fazer o abate de um animal que seu professor de “Shechitá” aprendeu a fazer pela tradição que passa de geração em geração

Conclusão: se você descobre em algum lugar um novo animal com esses dois sinais de pureza, que não se cruza e tem filho fértil com as espécies que o Shochet aprendeu a fazer a Shechitá (se cruzar e ter filho fértil seria uma prova de que ele é uma raça de uma dessas espécies e não uma espécie nova), você só poderá​ tomar o leite dele mas não comer da sua carne

Animais com somente um sinal de pureza não são Kasher

A Parashá nos conta sobre quatro espécies de animais que são classificados pela Torá como impuros por terem somente um sinal de pureza.Os nomes deles em hebraico são :”chazir” , “Gamal” , “Arnevet” e “Shafan”. Não podemos usar seu leite nem comer sua carne.

O Gamal, a arnevet e o shafan são ruminantes mas não tem casco fendido, o chazir tem o casco fendido mas não é ruminante.

O “chazir” é traduzido diretamente como “porco”, único animal no mundo que tem casco fendido e não rumina.
O “Gamal” é o camelo, ele rumina mas sua pata é parecida com uma pequena almofada, não é casco (O camelo, o dromedário, o lhama, a alpaca, a vicunha e outros camelídeos são todos raças de uma mesma espécie , cruzam- se entre si e tem filho fértil como foi feita a experiência nos U.A.E.).

Fora o Gamal não encontramos outros animais que ruminam mas não tem casco fendido! Então quem são o Shafan e a Arnevet ?

Raças e espécies:

Nas traduções antigas da Torá para o latim e de lá para as demais línguas, o Shafan é traduzido como Coelho e a Arnevet como lebre. O primeiro problema com essa tradução é que a Torá fala sobre quatro animais diferentes, quatro espécies e não quatro raças.

O que determina a espécie pela Torá é o fato de eles se cruzarem entre si e terem um filho fértil, isso é a prova de que pertencem à mesma espécie e que essa espécie saiu da arca de Noé e recebeu a benção de Hashem para se multiplicar.

Quando uma espécie se cruza com outra, ou não tem filhos ou o filho não é fértil.

Isso porque essa nova espécie não saiu da Arca de Noé e não recebeu a Brachá de Hashem para se multiplicar.

Noach colocou na arca somente um cachorro e uma cadela e hoje vemos inúmeras raças de cães , tão diferentes umas das outras que parecem espécies diferentes, mas a prova de que são somente raças de uma mesma espécie é que todos se cruzam entre si e tem filhos férteis (no Brasil esse é o famoso “vira latas”).

O Coelho e a lebre cruzam-se entre si e tem filho fértil constatando que são apenas duas raças de uma mesma espécie.

Outro problema (que é o principal) é que nem o Coelho e nem a Lebre são ruminantes.

Se o fato de eles mexerem a boca o tempo todo os considera ruminantes, existem inúmeras espécies que se comportam assim, e a Torá fala sobre a existência de somente três espécies que ruminam mas não tem casco fendido.

Se o fato de eles comerem por engano os próprios excrementos os torna ruminantes, o porco também tem esse comportamento e a Torá atesta que ele não é ruminante

O editor do primeiro dicionário de hebraico atual, Even Shoshan, teve que traduzir Shafan e Arnevet como Coelho e lebre por assim terem sido traduzidos anteriormente pelas traduções da bíblia para outras línguas,

mas sabendo que esses animais não conferem com o Shafan e a arnevet da Torá, disse que provavelmente devem ser um Coelho e lebre do “extremo oriente” (termo usado antigamente para dizer que esse animal caso exista está bem longe de nós e nunca o vimos).

Hoje que os animais do “extremo oriente” também foram classificados, não encontramos fora o camelo (em todas as suas versões) outras duas espécies de animais que ruminam mas não tem casco fendido

Conclusão: o Coelho não é o Shafan e a Arnevet não é a lebre, e o Shafan e a Arnevet são dois animais que não foram mais encontrados, talvez dois animais extintos.

Curiosidade

A Guemará em Meguilá nos conta que Talmai, rei da Grécia que dominava a terra de Israel, colocou 72 sábios de Israel em 72 casas separadas e ordenou a cada um deles pessoalmente traduzir a Torá para grego.

Cada um dos setenta e dois Sábios pensava que só ele estava traduzindo a Torá e mudou algumas coisas que pudessem ou causar um decreto do rei contra o estudo da Torá ou dar a impressão que a Torá se assemelha à idolatria. Por milagre todos esses 72 sábios mudaram exatamente as mesmas palavras

Uma das coisas que eles mudaram foi o nome da Arnevet que na sua tradução para o grego seria o nome da esposa de Talmai, para que ele não ficasse furioso em pensar que os judeus colocaram o nome da esposa dele na Torá.

Talvez nessa hora de emergência jogaram o nome da Arnevet à lebre e talvez foi aí que tudo começou.

Talvez para os povos do mundo que traduziram a Torá como pentateuco não importava quem eram o shafan e a arnevet, sendo que para eles não têm muita relevância se o animal é impuro por ter um sinal de pureza ou por não ter nenhum

Mas para nós esse assunto é gravíssimo pelo fato de a Guemará em Hulin 60b dizer que o fato de Moshe Rabeinu sem ter experiência com animais exóticos saber que somente quatro espécies de animais no mundo inteiro tem somente um sinal de pureza é um argumento para provar que a Torá é Divina

Quando usamos a tradução cristã da Torá sobre o Shafan e a Arnevet como coelho e lebre estamos fazendo o contrário, colocando na mão de todos uma prova de que a Torá não é Divina

Talvez ninguém queira corrigir esses erros de tradução para não assumir que errou durante dezenas de anos desde a primeira tradução Judaica da Torá, mas é melhor corrigir isso agora transliterando Shafan e Arnevet e não traduzido como coelho e lebre sendo que a tradução está explicitamente errada. Como diz o ditado “antes tarde do que mais tarde” !

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Tzav

Nossa Parashá nos conta sobre a origem da ramificação sacerdotal do nosso povo , o “Cohen” .

Como sabemos, Yaakov Avinu teve doze filhos e deles se originaram treze tribos sendo que Yossef se transforma nas tribos de Efraim e Menashe.

Na nossa Parashá Hashem pede para Moshe ungir Aharon e seus filhos com o “azeite de unção sagrado” e por meio disso tira eles do status de tribo de Levi dando origem à um novo status no nosso povo que é o Cohen.

A unção de Aharon e seus filhos é comparada à unção do Rei David pelo profeta Shmuel que a partir dela David foi chamado de Melech HaMashiach (Rei ungido).

O rei Salomão, filho do rei David, já não precisou da unção do profeta sendo que filho de rei ungido já nasce rei ungido até o último descendente do rei David que é chamado de Melech HaMashiach, ou seja, filho do filho do filho etc do rei David que chegará em breve em nossos dias

O mesmo acontece com o Cohen. Os primeiros Cohanim foram ungidos na nossa Parashá e seus filhos já nascem Cohanim até hoje como vimos.

Shabat Hagadol:

Nosso Shabat é chamado Shabat Hagadol porque nele aconteceu um grande milagre ligado à saída do nosso povo do Egito, os egípcios em vez de eles lutarem contra nós lutaram entre si próprios.

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Vaykrá

Nossa Parashá começa com a palavra Vaykrá (e chamou) fazendo com que essa palavra se torne tanto o nome da nossa Parashá quanto o nome desse nosso terceiro livro do “Pentateuco”.

Algumas letras no Sefer Torá tem que ser escritas obrigatoriamente maiores do que o normal e algumas são escritas obrigatoriamente pequenas. Uma dessas letras aparece na nossa Parashá, uma letra “Alef” pequena que é a última letra da palavra Vaykrá.

Quando o terceiro Rebe de Lubavitch era uma criança e fez três aninhos de idade , seu avô , o “Baal HaTanya” o levou ao “cheider” (escolinha de meninos) e pediu para o “Melamed” (professor ​dos meninos) estudar com ele, como é o costume a primeira parte da nossa Parashat Vaykrá .

Depois de estudarem , a criança perguntou ao avô :- Porque​ a letra “Alef” da palavra Vaykrá é pequena?

A pergunta da criança despertou no Baal HaTanya um profundo entusiasmo de devoção , e depois de alguns instantes explicou :

– A Torá tem letras normais , tem letras pequenas como essa da nossa Parashá e letras grandes como a letra “Alef” da palavra “Adam” (no divrei haiamim)

Tanto o Adam do “Alef” grande, quanto Moshe Rabeinu do “Alef” pequeno foram pessoas que não existiram como elas.

Adam foi criado pessoalmente por D’us e dele saiu toda a humanidade , Moshe Rabeinu foi o que recebeu a Torá diretamente de Hashem , falou com D’us “face a face” .

Mas Moshe Rabeinu , mesmo tendo toda essa grandeza, a Torá testemunha sobre ele que ele era o mais humilde de todas as pessoas do mundo.

Moshe Rabeinu era filho de Amram , o líder da geração, D’us se revelou para ele na ocasião do “arbusto incandescente”, D’us o chamou para subir ao monte Sinai, etc etc etc , e como com tudo isso como ele conseguiu se manter humilde?

Moshe imaginou que qualquer outra pessoa que estivesse nessas mesmas circunstâncias que ele estava e tivesse tido essas mesmas oportunidades que ele teve teria feito muito melhor do que ele, chegaria à níveis muito mais elevados e aproveitaria essas dádivas Divinas de uma maneira muito melhor.

Por isso , nesse versículo que está expressando o carinho que D’us tinha por Moshe, “e chamou Moshe”, a letra Alef é pequena mostrando a humildade de Moshe Rabeinu.

Temos que aprender com Moshe Rabeinu e usar esse raciocínio para nós também!

Uma incrível ligação entre a nossa Parashá e a festa de Pessach vem nos ensinar exatamente isso.

A Matzá é um pão que não fermentou e vem simbolizar a humildade, o chametz é um pão fermentado, um pão que “estufou” e representa a arrogância.

A verificação do chametz vem nos ensinar que devemos verificar todas as nossas atitudes para ver se alguma delas não contém um pouquinho de “arrogância estufada” e tirar totalmente a prepotência da nossa personalidade!

Os próprios preparativos de Pessach são um grande treino para se chegar à humildade.

A gravidade de se comer chametz em Pessach (comer chametz em Pessach é uma transgressão a nível de “caret” com todas as suas consequências) , e os rigores de Pessach que não se encontram em nenhuma outra festa judaica colocam muitos de nós em um estado de “PessachFobia” com acréscimo de traumas acumulados de Pessach anteriores ,

e depois de limpar a casa inteira ainda é capaz que uma criança corra atrás da outra para os quartos limpos com um pacote de biscoitos na mão esfarelando tudo no meio do caminho deixando os nervos dos pais à flor da pele.

Nessa hora devemos despertar o aspecto “Moshe Rabeinu” da nossa alma e manter a alegria em todos os instantes.

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Vayakhel

Parashat Vayakhel (e reuniu) nos conta que Moshe Rabeinu reuniu todo o povo de Israel para ensinar a Mitzvá do Shabat.

Essa linguagem aparece pela primeira vez na Torá na Parashá anterior quando o povo se reúne em volta de Aharon Hacohen para obrigá-lo a fazer o bezerro de ouro , nos sinalizando que o Shabat nos purifica até da pior coisa do mundo que é a idolatria.

Poderíamos pensar que para nos purificar de uma coisa ruim que fizemos o único jeito seria sofrer um pouco por causa disso, e aqui vemos que o capricho no cumprimento das Mitzvót são um meio de purificação maior do que qualquer sofrimento do mundo

A Parashá nos conta que é proibido acender fogo durante o Shabat.

Sendo que está escrito que o Shabat tem que ser um prazer, nossos Sábios decretaram a obrigação de deixar a comida do Shabat pronta e quente.

Como manter a comida do Shabat aquecida se é proibido acender fogo no Shabat?

Para isso foi inventada a famosíssima ”Plata de Shabat”!

A chapa de Shabat que chamamos de plata é uma placa de alumínio que pode ser encomendada em qualquer fabriquinha de calhas (peça um material grosso para não entortar com o fogo nas 25 horas em que ela vai estar em cima do fogo baixo) de acordo com a medida do seu fogão

Você deve pedir para fazer uma dobradinha de um centímetro nas extremidades para ela não ficar cortante e deve ser dobrada uns 8 centímetros na frente para cobrir os botões do fogão.

Então acenda um fogo baixo , coloque a plata em cima dele e as panelas com a comida pronta em cima da plata.

A quantidade de água dentro da panela deve ser planejada de acordo com o número de horas que ela vai ficar em cima da plata. (Se não souber calcular esse tempo faça uma experiência no meio da semana)

Uma janela deve estar um pouquinho aberta para entrar ar e todos os cuidados devem ser tomados para que o fogo não se apague sozinho no meio do Shabat e não haja vazamento de gás (não deixe panos ou plásticos perto dela para não pegar fogo).

Centenas de milhares de judeus fazem assim no mundo inteiro e com o tempo você pega experiência.

Se o seu gás é de botijão você pode comprar uma balança de banheiro e colocá-la fixa embaixo do botijão para calcular quando ele vai acabar e por precaução trocar o botijão antes do Shabat.

A eletricidade foi classificada como fonte de fogo e por isso acendemos a luz da sala cozinha e banheiro e tudo o que precisa estar aceso no Shabat antes de acender as velas (não podemos apagar fogo ou eletricidade durante o Shabat a não ser em caso de perigo de vida).

O Baal HaTanya diz que pelo fato de as leis de Shabat serem muitas é bom revisá-las constantemente.

Parashat Pekudei nos traz a conta de todas as doações feitas para a construção do Mishkan e seus artefatos, nos mostrando que todos os assuntos públicos devem ser feitos com total transparência.

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Ki Tissá

Nossa Parashá nos conta que Moshe Rabeinu desceu do monte Sinai com as “Tábuas da Lei”, em hebraico: Luhot Habrit

A Guemará nos conta que essas Luhot eram dois quadrados de pedra de 48cm de comprimento, 48cm de altura e 24cm de largura ” ou seja , elas eram quadradas.

Em muitos casos elas aparecem arredondadas encima, fato que não tem nada a ver com a nossa cultura judaica mas tem origem na cultura cristã.

Ou seja, os primeiros livros judaicos impressos após o século 15 foram impressos em editoras de cristãos, a maioria delas na Itália.

As editoras costumavam colocar um enfeite na página inicial, e sabendo que estavam imprimindo um livro religioso judaico colocaram desenhos das “Tábuas da Lei” feitos por artistas de arte sacra cristã como por exemplo Michelangelo, no século 16, que era famoso na época

Naquela época, a tecnologia de impressão recém descoberta baixava tanto o preço dos livros (que antes eram escritos a mão), que ninguém se importou com os desenhos, contanto que tivessem os livros em hebraico.

Tempos depois, Judeus que nunca tiveram contato com arte sacra cristã acharam que, sendo que este desenho está em um livro judaico antigo, com certeza ele tem uma origem judaica.

E assim essas “Tábuas arredondadas” foram copiadas em todas as sinagogas, lapidadas na parede e no Aron Hakodesh (armário onde se guarda o Sefer Torá), bordadas na cortina do Aron Hakodesh , no Meíl (manto) do Sefer Torá e na cobertura da Bimá (mesa na sinagoga onde se lê o Sefer Torá).

Sendo que essas Tábuas redondas estavam em livros e sinagogas antigas, com o tempo todos se acostumaram com elas e acharam que com certeza ela é um símbolo judaico puro.

Até chegar o Rebe de Lubavitch e revelar essa história para nós, fazendo com que até o rabinato de Israel mudasse seu símbolo, de Luhot redondas para Luhot quadradas.

Então, vamos tirar essas “Tábuas redondas” da nossa cultura!

Milagres revelados demonstrando a presença Divina entre nós

Alguns milagres aconteciam nessas Luhot ,a escrita ultrapassava de lado a lado mas aparecia do lado de trás e do lado da frente da mesma maneira, e as partes internas das letras que não tinham ligação com suas laterais ficavam paradas no ar no meio delas.

Quando Moshe Rabeinu estava nos trazendo as Luhot , o povo tinha sido induzido pela “erev rav” a fazer um “bezerro de ouro”, uma idolatria.

Moshe Rabeinu estava descendo do monte Sinai com as Luhot e ao ouvir a festa da idolatria as Luhot cairam das suas mãos e se quebraram

Depois que conseguiu resolver a situação e a idolatria parou, pediu para Hashem desculpar o povo de Israel pelo acontecido, nos ensinando que o principal da Teshuvá é parar de fazer a coisa ruim, a próxima etapa é pedir desculpas por tê-la feita.

Hashem revela para Moshe uma mina de safira que por incrível que pareça estava embaixo da terra dentro da tenda de Moshe, e pede para Moshe lapidar duas Luhot como as anteriores e subir novamente ao monte Sinai.

No Yom Kipur Moshe desce com as segundas Luhot.

As novas Luhot foram guardadas dentro das “Arca da Aliança” junto com todos os pedaços das primeiras Luhot

e acompanharam nosso povo até a destruição do primeiro Beit Hamikdash, quando foram escondidas nos túneis que construiu o Rei Salomão e vão ser reveladas novamente quando Mashiach chegar.

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Tetzavê

Urim Vetumim
Nossa Parashá nos conta sobre as roupas do Cohen Gadol.

Muitos segredos se ocultam por trás dessas roupas, como por exemplo o pedido Divino de colocar dentro do Choshen o Urim e o Tumim

Nas doze pedras preciosas encaixadas no Choshen estavam gravados os nomes dos doze filhos de Yaakov, patriarcas das treze tribos de Israel (no lugar dos nomes de Efraim e Menashe estava o nome de Yossef).

Por trás disso, dentro do Choshen, estava o Urim e Tumim

Quando surgia uma pergunta de importância pública como uma dúvida relativa à estratégia de guerra ou outro assunto público importante que necessitava de uma resposta Divina explícita, ela era perguntada em frente ao Cohen Gadol que vestia o Choshen.

Então, por causa do Urim e Tumim, um milagre acontecia com as letras dos nomes lapidados nas pedras preciosas

Rabi Yochanan na Guemará (Yoma) diz que um conjunto de letras se destacava e o Cohen Gadol montava com elas palavras por meio de Ruach Hakodesh (Inspiração Divina). Reish Lakish diz que as letras se moviam milagrosamente e montavam palavras

O Ramban, Rabi Moshê ben Nachman explica que as letras se iluminavam para o Cohen Gadol e assim elas se ressaltavam

O que são Urim e Tumim?

Rashi esclarece que o Urim e o Tumim são o Nome explícito de Hashem escrito e colocado dentro das dobras do Choshen

Por meio dele as palavras Choshen se tornavam perfeitas e iluminadas, e por causa desse Nome de Hashem que estava nele o Choshen é chamado de Choshen Mishpat

Porque por meio dessa escrita as perguntas eram milagrosamente julgadas e as respostas do Choshen eram explícitas determinando se fazer ou não fazer o que foi perguntado

Urim

O Ari Zal explica que o Urim era o Nome de Hashem conhecido como Nome “Mem Beit”, letra Mem e letra Beit do alfabeto hebraico cujo valor numérico delas juntas é 42.

Esse nome é chamado de “Mem Beit” por ser composto pelas iniciais de cada uma das 42 palavras da reza cabalística “Ana Bekoach”

Tumim

O Ari Zal explica que o Tumim era o Nome de Hashem conhecido como “Ain Beit” (72) que é assim chamado por ser o valor numérico do “Milui” (preenchimento) do nome de Hashem de quatro letras conhecido como Tetragrama, ou seja, o nome de cada letra é escrito literalmente e o resultado do valor numérico das letras que compõem os nomes das quatro letras é 72.

Quando o Cohen Gadol estava no Mishcan ou no primeiro Beit Hamikdash esses Nomes se encontravam dentro do Choshen

Diz o Ari Zal que não era possível fazer perguntas dessa forma a não ser dentro do Beit Hamikdash ou do Mishkan

E por isso o Choshen de Aviatar, o Cohen que fugiu da cidade de Nov que foi atacada por Shaul e se uniu à David antes de ele ser o rei de Israel, não tinha o Urim e Tumim

Ou seja, David recebia respostas Divinas do Choshen de Aviatar por meio do Ruach Hakodesh do próprio David, e não por causa do Urim e Tumim

A estranha história da pessoa que quis se converter ao judaísmo por causa das roupas do Cohen Gadol

A Guemará nos conta que certa vez alguém estava passando por trás de uma sinagoga e escutou de fora uma descrição sobre as roupas Cohen Gadol.

Ele perguntou :- Quem vai vestir essas roupas? :- O Cohen Gadol, respondeu o professor.

A pessoa que não era judeu, tomou uma decisão consigo próprio: – vou me converter ao judaísmo com a condição de ser o Cohen Gadol!

Chegou ao tribunal rabínico onde se encontrou com o grande Shamai, que ouvindo o argumento concluiu que a pessoa não tinha boa intenção. Provavelmente ele não queria se converter por motivos religiosos mas sim por causa das roupas

Mas aquela pessoa não desistiu e foi procurar o outro grande Rabino da época que se chamava Hilel.

Hilel fez para ele um curso de Cohen Gadol aonde a pessoa descobriu que: se nem o Rei David poderia ser Cohen Gadol e nem um Cohen qualquer, então, quanto mais ele!

Então ele se converteu ao judaísmo e se tornou um bom judeu, sem precisar ser nem Cohen e nem Gadol

E surge a pergunta: Será que Shamai não estava certo?

O que viu nele Hilel que Shamai não tinha visto?

Hilel viu que essa pessoa era muito caprichosa e queria fazer tudo do jeito mais certo possível

E que essa pessoa deduziu que o fato de o Cohen Gadol ir com essas roupas demonstrava que ele era mais religioso do que os outros

E sendo que ele quer se converter “até o fim”, isso despertou nele a vontade de ser o Cohen Gadol, ser o judeu mais religioso do mundo

No curso de Cohen Gadol que Hilel fez para ele, ele aprendeu que até o Rei David, um Tzadik maior do que o Cohen Gadol , não poderia ser Cohen Gadol.

Ou seja, dá para ser um Tzadik maior ainda do que o Cohen Gadol sem precisar usar aquelas roupas.

Aprendemos daqui que as vezes acontece de alguém errar e medir o nível de religiosidade de outra pessoa pelas roupas que ele usa

Alguém pode achar que quanto mais sofisticada a roupa mais religiosa aquela pessoa é

Esse foi o erro de avaliação que aquela pessoa fez há dois mil anos atrás, mas por incrível que pareça isso continua sendo um erro de avaliação muito comum nos dias de hoje.

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Trumá

Nossa Parashá foi dedicada pelo meu querido amigo e palestrante Paulinho Rosenbaum Leilui Nishmat de seu querido pai R´Yechiel Mendel ben David Z”L e para Refuá Shlemá e naches de sua querida mãe, M’ Sheindel Faiga bat Tsipora shetichiê.

“Tudo vai bem quando se confia em Hashem” (Paulinho Rosenbaum)

Nossa Parashá nos conta sobre o pedido Divino ao povo de Israel de doarem para a construção do Mishkan Traduzido como Tabernáculo, palavra que por sua vez também precisa de uma tradução! Então vamos deixar Mishkan mesmo!

A linguagem do versículo é : “pegue para mim (Hashem) uma doação”.

Unkelus bar Kalonikus era o filho da irmã do imperador romano Titus que destruiu o segundo Beit Hamikdash e causou um verdadeiro holocausto para o nosso povo.

Unkelus se converteu ao judaísmo e se tornou um “Tana” , que é o título dado aos grandes Sábios da época da Mishná.

Deixou de ser Unkelus bar Kalonikus e se tornou Unkelus ben Avraham Avinu.

Ele traduziu a Torá para o aramaico, que era a língua falada pela maioria dos judeus da época para facilitar o entendimento dela para as mulheres, crianças e pessoas menos estudadas, tornando a Torá acessível aos menos privilegiados

Mesmo havendo na época outras traduções da Torá para o aramaico, a tradução de Unkelus, que não é uma tradução literal mas sim explicativa, foi escolhida pelos Sábios de Israel para ser lida toda semana junto com a Parashá (por isso ela já vem impressa em todo Chumash ao lado do texto em hebraico).

Essa tradução foi feita quando Unkelus já estava em um nível espiritual elevadíssimo , o nível de Tzadik

Ele fez essa tradução por meio de Ruach Hakodesh
.
Ou seja, ele viu lá em cima como teria que traduzir aqui embaixo.

Quando ele chegou nesse versículo que diz “pegar” para Hashem uma doação ele traduziu “dar” para Hashem uma doação.

Se a explicação para esse “pegar” é “dar” , porque no texto em hebraico está escrito pegar?

Aqui revelamos um segredo oculto da Torá, quando você está dando uma doação, na verdade você está “pegando” para você muito mais.

Ou seja, no mérito da sua doação Hashem te dá muito dinheiro!

Então , queridos amigos da ONG TORÁ, peço à todos vocês darem uma “Trumá” para a Yeshivá de Petrópolis, um presente de aniversário do tamanho do seu coração!

Eu próprio (Rabino Gloiber) estudei lá, e a Yeshivá de Petrópolis sempre ficou no meu coração! E mesmo que costumam dizer que “criança que diz que gosta de estudar está mentindo para agradar os pais” , de verdade eu gostei muito de estudar em Petrópolis e fiquei muito triste quando tive que sair de lá !

E o principal: já fiz a minha doação antes de escrever para vocês, e não foi só para dar o exemplo mas foi do fundo do coração!

Recebi do fundraising da Yeshiva, Sr Naftuli Levin , uma carta do Rav Binjamini , Rosh Yeshivá de Petrópolis e gostaria de compartilhar com vocês

B”H
PLANTE EDUCAÇÃO! COLHA JUDAÍSMO VIVO!

Em 1966, por iniciativa do Rabino Chaim Binjamini, foi fundada a Yeshiva Colegial Machane Israel.

A história desta iniciativa remonta ao período logo posterior ao fim da 2º Guerra Mundial, quando o casal Chaim e Rivka Binjamini, sobreviventes do holocausto, embarcam para Israel, antes mesmo da fundação do estado nacional, e ali, a partir do kibutz Yavne, desenvolvem uma série de ações visando a garantir a segurança, desde o desembarque, daqueles que chegavam de uma Europa destroçada pela guerra, e que não traziam mais do que a própria roupa do corpo.

Estabilizada a situação, trabalhando desde lá com a educação de jovens, para a maioria das pessoas seria a hora, então, de se colher os frutos, vivenciando assim dias mais aprazíveis e previsíveis.

Mas existe um comentário dos sábios do Talmud, de que para algumas certas pessoas, cujo valor e destino são bastante diferenciados, não há a menor possibilidade por onde possam fugir ao dever, logo o Rabino Binjamini, como emissário do Lubavitcher Rebe, recebeu a incumbência de fundar no Brasil um Centro de estudos avançados de Torah.

Em 1963, o Rav Binjamini fundou o Colégio Bar Ilan (primeira escola judaica ortodoxa na cidade do Rio de Janeiro). Em 1966 fundou a Yeshiva de Petrópolis (primeiro centro de estudos avançados de torah no Brasil em regime de internato).

Desde o inicio de suas atividades ate hoje (51 anos desde a sua fundação), a instituição demonstrou sua importância, a necessidade para a educação judaica das gerações mais jovens, pois não havia no país, nenhuma outra que oferecesse tanto estudos judaicos, quanto laicos, em regime de internato, fortalecendo seus conhecimentos nos estudos das leis judaicas e, após os 18 anos de idade, estarem prontos para se confrontarem com os grandes desafios da vida, estando já enraizados na milenar e eterna tradição judaica.

Os costumes judaicos praticados em nossa Instituição atendem às tradições Ashkenazi, Sefardi, Chassídica e não Chassídica.

Os alunos aprendem Torá no seu sentido mais profundo e significativo, de forma clara e objetiva, sempre preservando a mesma essência que foi passada aos nossos antepassados desde a época do Deserto e do Templo Sagrado.

Além dos estudos judaicos, os jovens recebem uma formação regular de estudos laicos, de acordo com a Grade Curricular Nacional, já que é uma escola reconhecida pelo MEC, autorizado seu funcionamento tanto para o Ensino Fundamental, quanto para o Ensino Médio, em salas de aula apropriadas para trabalhos de pesquisa, prática de Arte, etc.

Em parceria também, desde os anos 80, em um convênio com o renomado Instituto de Tecnologia – ORT para ministrar aulas de Informática e Robótica.

Entendemos a importância desses estudos, pois nossa instituição não é exclusiva para a formação de rabinos. Daqui saíram, para se formarem posteriormente, inúmeros médicos, engenheiros, empresários, militares das forças israelenses de defesa, etc., e acima de tudo, profissionais éticos em suas áreas de atuação, pais exemplares na educação de seus filhos.

Assim, sem sombra de dúvida, a história do judaísmo brasileiro nos últimos 50 anos, se confunde com a própria história da Yeshiva, pois é daqui que saíram à maioria dos rabinos e líderes comunitários que buscaram revigorar as comunidades onde se inseriram.

Em qualquer comunidade do Brasil ou em várias no exterior, sempre encontrará um de nossos alunos atuando em prol da comunidade como Rabino, líder comunitário ou até mesmo como apoiador das causas judaicas.

Em resumo, a Yeshivá de Petrópolis sempre esteve focada em sua missão de educar os jovens no caminho da Torá, na proposta de atender aos que buscam uma oportunidade de aprender judaísmo na sua forma mais pura da essência da Torá.

Nossos alunos são atendidos através de programa de concessão de bolsas de estudos apoiados por doadores mensais e doações espontâneas.

Devido à atual conjuntura financeira no Brasil, os valores das doações se reduziram de forma dramática, inviabilizando o planejamento das atividades, ficando também insustentável manter todas as bolsas de estudos.

A solução para esse problema está em desenvolver uma ampla campanha no sentido de se arrecadar valores que possam manter todas essas bolsas durante o ano de 2018, e para os anos vindouros.

Pedimos sua atenção em apoiar o programa de concessão e manutenção da Yeshiva Colegial Machane Israel, através de sua colaboração para suprir essa carência, visando a manter esses jovens no caminho e no estudo de nossa sagrada Torá, e assim, consequentemente, as futuras luzes que continuarão a iluminar o judaísmo no Brasil e no mundo.

Petrópolis, 08 de Janeiro de 2018.

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Rabino A. D. Binjamini Shlit”a – Diretor
Sob a liderança do seu Fundador Rabino Chaim Binjamini Shlit”a

Para sua doação entre em contato com Naftuli Levin

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Mishpatim

Nossa Parashá nos conta que se duas pessoas brigarem e um ferir o outro, uma das coisas que o agressor é condenado é a pagar o custo do médico para curar o agredido.

Sendo que a Torá nunca tiraria de alguém algo indevido e esse custo não aparece aqui como multa. Daqui concluem nossos Sábios que:

A Torá deu ao médico a permissão Divina para curar, como diz Abaye na Guemará em Brachot (60/a).

Essa “permissão” da Torá não está tratando de “caso ele queira” rezar para Hashem curar ele é o suficiente e “caso ele queira” ir ao médico está permitido, mas sim que ele é obrigado a ir ao médico.
Ou seja, permissão aqui quer dizer obrigação
O Shul’han Aru’h em “Yoré Deá” traz essa lei na prática determinando que ir ao médico quando necessário é uma Mitzvá da Torá para todos os judeus e está incluída na Mitzvá de “Pikua’h Nefesh”.
Por isso, diz o Shul’han Aru’h: Qualquer pessoa que está em uma situação que necessita de um médico e opta por não ir é um criminoso (contra si próprio) (Yoré Deá 336/1).

Ou seja, pela Torá um crime contra si próprio também é um crime, e quando a Torá nos pede para agirmos de maneira natural temos que agir assim porque essa é a vontade Divina

Medicina alternativa

A Torá diz que foi dada ao médico a permissão para curar.

Em alguns casos a medicina convencional é melhor e em outros a alternativa é mais eficiente. Em um caso de úlcera gástrica por exemplo, algumas vezes pela medicina convencional é necessário fazer uma operação e a medicina alternativa resolve o mesmo problema com uma dieta, o que é uma opção melhor

Ou em caso de dores, às vezes a medicina convencional só consegue resolver isso com remédios fortes que trazem efeitos colaterais ou viciam e a medicina alternativa resolve o mesmo problema com acupuntura.

Sendo que os resultados são reais e até os convênios estão oferecendo medicina alternativa, está claro que devemos optar pelo tratamento mais eficiente, mais eficaz e menos prejudicial sendo ele medicina convencional ou alternativa

Mas quando a medicina alternativa envolve assuntos de idolatria como cura por meio de espíritos ou coisas desse gênero, aí entramos na proibição da Torá em relação a idolatria, e esse tipo de medicina alternativa é proibido pela Torá.

Três médicos, duas opiniões

Quando o problema de saúde é complexo e envolve assuntos irreversíveis, o ideal é se consultar com três médicos diferentes e, sem faltar com o respeito a nenhum deles optar pela melhor solução.

No caso que dois médicos estão diagnosticando igual é mais provável que estejam mais certos do que o outro.

Médico jovem e médico velho

Geralmente um médico jovem está mais atualizado sendo que a medicina se desenvolve de ano para ano e essa área exige muitas horas de estudos diários dificultando aos médicos mais antigos acompanhar esse desenvolvimento, mas toda regra tem exceções

E esse é um dos sinais da vinda do Mashiach, que “Os jovens vão fazer os velhos passarem vergonha”.

Vemos isso atualmente em quase todas as profissões! Mashia’h está chegando!!!!

Diz o Rebe que no caso de nós judeus, nossa saúde material depende da nossa saúde espiritual.

E da mesma maneira que quando sentimos fraqueza em um órgão material devemos ir ao médico sendo que precisamos nos comportar de maneira natural e a Torá deu permissão, que quer dizer também força, ao médico para curar , assim também devemos nos comportar quando sentimos fraqueza em um assunto espiritual. Nessa carta o Rebe indica estudar no livro Tanya a parte chamada de Shaar Haihud Vehaemuná)

 

Assassino, mas por engano, então porque ele é chamado de assassino ?

Nossa Parashá nos conta que a pessoa que matou alguém sem intenção é exilada para uma das “cidades de refúgio”. A linguagem do versículo é: “ele não teve intenção mas D’us colocou (esse acontecimento) na mão dele”.Mas porque D’us deixaria acontecer uma coisa dessas por meio dele?Disse o rei David à Shaul:- “Como diz o provérbio original (se relacionando à Torá) “Dos malvados sai o mal”. (e por esse motivo, mesmo tendo tido a oportunidade de matar Shaul em legítima defesa ele não o fez)E aonde a Torá nos diz que dos malvados sai o mal?Nesse nosso exato versículo! “D’us colocou na mão dele” !Ou seja, uma coisa ruim decretada pelo tribunal Divino para acontecer no mundo, acontece por meio de uma pessoa ruim (e por isso David não matou Shaul mas se protegeu de outra maneira, fugindo para a terra dos filisteus)Pergunta Rashi:- Sobre o quê nosso versículo está falando?E ele próprio responde:- Sobre duas pessoas! Uma que assassinou sem intenção e outra que assassinou intencionalmente, e que nesses dois casos não havia testemunhas e eles não receberam nenhum castigo.Um decreto do tribunal Divino trás os dois a um mesmo lugar.Esse que tinha assassinado intencionalmente (nessa reencarnação ou em outra) está sentado embaixo de uma escada, e esse que tinha assassinado sem intenção (também nessa reencarnação ou em outra) sobe na escada.

Sem querer, o que tinha assassinado sem intenção cai sobre aquele que tinha assassinado intencionalmente matando ele sem intenção na frente de pessoas que testemunham esse acontecimento , consequentemente ele é condenado à exílio.Final da equação: Esse que matou sem intenção é exilado e esse que matou intencionalmente é morto fazendo acontecer o “Tikun”, o “conserto” daquelas duas almas que carregavam essa pendência até que essa “correção” acontecesse.Diz o Ari Zal que isso pode ser dividido em duas reencarnações, na primeira ele assassinou intencionalmente e na segunda ele foi morto , e esse é o conserto e refinamento dessa alma, o mesmo se aplica ao segundo caso.Essa equação é aplicada a qualquer transgressão determinando uma regra chamada “megalguelim zechut al yedei zacai vechová al yedei chayav” .Ou seja, lá de cima fazem uma coisa boa acontecer por meio de uma pessoa boa e uma coisa ruim por meio de uma pessoa ruim.E muitas vezes uma pessoa boa na reencarnação atual infelizmente tinha sido uma pessoa ruim na reencarnação anterior e carrega essa pendência sem saber.Como no caso que trás o Ari Zal sobre um dos inúmeros motivos espirituais pelos quais uma mulher tem um abortoNessa reencarnação ou em alguma anterior ela concordou em fazer um aborto não por perigo de vida dela mas talvez por motivos econômicos ou sociais. A partir daí essa mulher carrega essa pendência.Em outro caso uma pessoa cometeu uma transgressão passível de uma pena Divina chamada “caret” (redução da vida para menos de cinquenta anos) mas ela já estava velha e não tinha como passar por esse “caret”.A mulher que carregava a pendência do aborto engravida e o embrião recebe a alma dessa pessoa que precisa receber o caret .No final ela acaba abortando por qualquer motivo contra a vontade dela causando o “caret” dele, e assim as pendências espirituais dele e dela desaparecem, e essas duas almas se purificam.A mentira na visão judaica:Nossa Parashá diz : “Fique longe da mentira”!Se a mentira não é coisa boa, por que a Torá não nos proíbe mentir?

E se mentira é coisa boa porque a Torá nos pede para ficar longe dela?
Diz o Baal Shem Tov que a mentira é um veneno e de um veneno temos que ficar longe, mas um médico especialista sabe em que dose o veneno vira remédio e em que overdose ele volta a ser veneno, e sem o veneno não dá para fazer o remédioO exemplo disso na Torá é Aharon Hacohen que por meio de uma “mentirinha” conseguia fazer as pazes entre marido e mulher e entre duas pessoas que estavam brigadas. Ele era o médico especialista que sabia a dose certa do veneno para salvar as pessoas.Outro exemplo encontramos com Beit Hilel na Mishná. Segundo eles devemos dizer em qualquer casamento que a noiva é bonita e simpática (mesmo sendo ela feia e antipática).Muitos exemplos desse gênero encontramos nos livros judaicos.Por outro lado, nem toda verdade é permitida pela Torá e muitas vezes a verdade é classificada como “leshon hará” (publicar uma coisa ruim sobre alguém) que é uma transgressão da Torá.O mito de que se a coisa é verdadeira fica permitido falar foi refutado pelo judaísmo a ponto de o Chofetz Chaim ter escrito um livro inteiro sobre qual verdade é permitido falar e em que caso , para não ser considerado uma “leshon hará”.Ou seja, uma verdade que quando divulgada pode prejudicar alguém também se torna um veneno!Curiosidade :O ditado “a mentira tem perna curta” provavelmente é de origem judaica, porque no hebraico cada uma das três letras da palavra mentira (sheker) tem um pé só (perna curta) enquanto que cada uma das três letras da palavra verdade em hebraico (emet) tem dois pés, mas no português não há essa lógica, mostrando que a única base para esse ditado é a língua hebraicaTalvez isso seja mais um sinal das origens judaicas dos bandeirantes brasileiros.

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Ytro

Nossa Parashá nos conta que Ytró, o sogro de Moshe , levou sua filha Tzipora junto com os dois filhos dela para Moshe no deserto.Porque Ytró teve que se arriscar dessa maneira entrando deserto adentro e não poderia esperar com que Moshe viesse pessoalmente buscar sua família?O Ari Zal nos conta que Ytró era a reencarnação de Caim e Moshe era a reencarnação de Abel. A Torá nos conta que Caim teve um filho com sua esposa e o chamou de Chanoch.Quem era essa esposa que a Torá não conta de onde ela nasceu? É claro que ela não era sua própria mãe, então quem era essa mulher que estava lá e se casou com Cain?Quando a Torá nos conta sobre o nascimento de Cain e Hevel aparece três vezes a palavra “et”.O Midrash decifra essa palavra aparentemente desnecessária revelando que junto com Cain nasceu uma irmã gêmea e com Hevel nasceram duas, e elas seriam suas futuras esposas.Cain ficou indignado por ter uma esposa só enquanto seu irmão teria duas.Encontrou um motivo para briga justificando como sendo talvez até por um assunto religioso, de seu korban não ter sido aceito, e terminou assassinando seu irmão por achar que não tem no mundo nem lei e nem juiz e que nada vai acontecer para ele.Os três se reencarnam novamente. Caim é Ytró, Abel é Moshe, e aquela gêmea, pivô da briga entre eles é Tzipora.Por isso Ytró tinha que tomar a iniciativa de ele levar Tzipora para Moshe, porque esse era o “Tikun” (o conserto) da alma do Cain, devolver aquela “Alma gêmea” (em absolutamente todos os aspectos)E também salvar a vida do “irmão”(irmão da reencarnação anterior) para consertar o fato de tê-lo assassinado por causa dela.Ytró leva Tzipora para Moshe e por meio de seus conselhos salva a vida de Moshe de um infarto por stress, delegando o trabalho de Moshe à:600 juízes, responsáveis por mil pessoas cada um,6.000 juizes responsáveis por 100 pessoas (cada um)12.000 juízes responsáveis por 50 pessoas (cada um)60.000 juízes responsáveis por 10 pessoas (cada um)78.600 juízes para fazer o trabalho que Moshê tinha feito sozinho!Ytro de verdade salvou a vida de Moshe, construindo uma estrutura de governo jamais vista antes.Sendo que Cain tinha assassinado Hevel porque achava que o mundo não tinha um juiz , essa parte da Torá que é chamada “Parashat Hadaianim”, “a Parashá dos juízes”, teve que chegar até nós por meio de Ytró, e assim ele “acrescentou” uma Parashá na Torá.

Aprendendo com Ytró:Aprendemos com Ytró que se até o próprio Moshe poderia ter terminado sua vida de maneira fatal por ter centralizado todo o trabalho envolta de si próprio, quanto mais nós que não temos toda a capacidade que Moshê tinhaYtró para salvar Moshê fez ele delegar seu trabalho à pessoas adequadas para essa função mesmo não sendo elas tão adequadas à isso quanto o próprio MoshêQuanto mais nós, que muitas vezes encontramos pessoas muito mais adequadas do que nós próprios para delegar funções de muito menos responsabilidade do que era a deles !

Então, vamos aprender com Ytró, começar a nossa própria “descentralização” e salvar nossas próprias vidas!Nossos Sábios nos contam que Ytró optou por se converter ao judaísmo depois que ouviu sobre a abertura do mar vermelho e a guerra de Amalek .O que tem a ver a abertura do mar vermelho com a guerra de Amalek?A abertura do mar vermelho nos lembra o carinho que Hashem tem por nós, nos fazendo milagres revelados, cuidando de nós e nos protegendo.Depois de todos esses milagres enormes aparece o extremo dos povos , o mais prepotente e arrogante, e faz o que todos os outros povos gostariam de ter feito mas tinham medo, lutam contra nós!Ytró vê os dois extremos. O amor que D’us tem por cada judeu, e a frieza dos povos do mundo, que mesmo vendo os milagres revelados que Hashem faz para nós , no lugar de se unir à D’us lutam contra eleE qualquer meio termo sempre vai estar vinculado a um desses dois extremos, ou seja, os outros povos estavam felizes com a atitude de Amalek mesmo não tendo a coragem de fazer igual.

A Torá nos conta que a guerra contra Amalek acontece em cada geração. Na prática ela aconteceu somente duas vezes e na época do Mashiach vai acontecer mais uma vez.Entre essa primeira guerra de Amalek no deserto e a segunda guerra na época do rei Shaul não tínhamos a Mitzvá de exterminar o Amalek até que fosse nomeado o primeiro rei de Israel.Depois que Shaul não fez isso totalmente, veio o rei da Assíria, Sanherib e misturou os povos, nos tirando a possibilidade de saber quem é Amalek.E por fim, na época do Mashiach acontecerá a terceira e última guerra contra Amalek, e depois disso eles já não existirão mais .Então, se são somente três guerras na história, como podemos cumprir o mandamento que nos foi dado na Parashá de lutar contra Amalek em cada geração?Klipat AmalekDiz o Rebe que esse assunto extremamente importante é totalmente espiritual.Amalek representa uma força espiritual negativa que chamamos de “Klipá”. Essa Klipá de Amalek causa a frieza e a insensibilidade em todos os assuntos espirituais.A consequência dela em cada um de nós é: mesmo vendo milagres no dia a dia, mesmo conscientes de que D’us está cuidando de nós o tempo todo como crianças pequenas, mesmo assim somos capazes de rezar com frieza e cumprir os mandamentos Divinos sem entusiasmo, fazendo “nada mais do que a obrigação”.Por causa desse Amalek espiritual acabamos achando que: mesmo Hashem tendo nos ajudado no passado, com certeza ele não vai nos ajudar mais (D’us nos livre) , e por último acabamos estudando Torá e cumprindo as Mitzvot SEM a mínima consciência de que D’us existe e achando que tudo está dependendo somente de nós.Assim era Caim! Agora dá para entender porque a guerra de Amalek sensibilizou tanto Ytró!Dicas para vencer o Amalek espiritual :
1-Todo dia temos que nos conscientizar novamente de que D’us existe, de que ele é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e de que ele está cuidando de cada um de nós e nos protegendo a cada instante!
2- Rezar todo dia com muita alegria e entusiasmo, e saber que Hashem está ouvindo com muito prazer cada palavra da nossa reza e está cheio de orgulho de nós!3- Cumprir os mandamentos Divinos com muita alegria , muito entusiasmo e muito capricho, sabendo que Hashem está cheio de alegria por cada mandamento que cumprimos!4- Se lembrar de todas as vezes que Hashem nos ajudou pessoalmente no passado, se lembrar de todos os pequenos milagres do dia a dia e saber que agora Hashem vai te ajudar muito mais e te fazer muito mais milagres!E o principal, expulsar todos os pensamentos contrários aos quatro itens anteriores alinhando nosso intelecto dessa maneira todo dia e toda hora 365 dias por ano!

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Beshalach

Nossa Parashá nos conta sobre o maior dos milagres da saída do Egito que foi a abertura do mar vermelho.Os egípcios passaram pelas dez pragas de maneira passiva. As pragas chegavam e iam até que eles nos deixaram sair.A maior das atrocidades dos egípcios antigos contra nós foi jogar os meninos judeus no rio Nilo.Agora chegou a hora de eles receberem o castigo sobre isso “midá knegued midá” (na mesma medida) o que eles fizeram D’us fez para eles.Nessa hora acontecem os maiores milagres. Eles se esforçam e correm para dentro do mar que se fechou sobre eles, mostrando que quando chega a hora de alguém receber um castigo lá de cima Hashem não precisa trazer esse castigo até ele mas ele próprio corre atrás da própria destruição e investe tudo o que pode para que isso aconteça!Por natureza, a água em um lugar tão quente como o Egito escorre para baixo e nunca congela se tornando um túnel, mas na abertura do mar vermelho a água primeiro se transformou em muralhas de uma maneira sobrenatural e depois voltou a ser água sobre os egípcios, independente das condições climáticas, somente milagres!Moshe e o povo de Israel vendo esse milagre tão grande fizeram uma Shirá, uma Tefilá de agradecimento em forma de música, e cantaram ela com muita alegria. Nessa hora o povo inteiro se uniu ,mais um benefício da alegria , “quebra barreiras”Essa Shirá se tornou parte da nossa reza de todos os dias. No sidur do Shlá Hakadosh , Rabi Yeshaiau Halevi, um grande cabalista que nasceu em Praga em 1558, está escrito que temos que ler a Shirá na Tefilá com voz alta e com muita alegria porque assim o nosso povo falou a Shirá nas margens do mar vermelho, e temos que imaginar nesse momento como se nós próprios estivéssemos saindo do Egito nesse instante. Está escrito no Zohar que o nosso mundo, o mais baixo, recebe tudo lá de cima, e se aqui em baixo estamos reluzindo de alegria nos sincronizamos com a alegria lá de cima e Hashem nos dá aqui em baixo todos os motivos para ficarmos reluzentes de alegria de verdade com muita fartura e prosperidade.  Ou seja, quando estamos alegres aqui em baixo trazemos para este mundo a alegria lá de cima e tudo fica bom de verdade.Conclusão, pegamos na Shirá o embalo para essa “muita alegria”, continuamos rezando com “muita alegria” e levamos essa “muita alegria” para todo o nosso dia “contagiando com ela todos à nossa volta, “fazendo a diferença”Todas as nossas redes devem ser feitas com muita alegria!O Maguid de Mezritch nos contou que D’us tem um prazer enorme em ouvir as nossas rezas.

O Maguid deu um exemplo de um grande Rei que tinha um passarinho que falava e o rei ficava muito alegre em ouvir o passarinho falar.Mesmo que o rei tinha grandes ministros e uma côrte de alto nível (que com certeza falavam com muito mais erudição do que o passarinho) mesmo assim ele se entusiasmava muito mais em ouvir o passarinho falar do que ouvir elesE o motivo era simples: um ser humano falando é uma coisa normal, mas um passarinho falando é uma coisa fantástica!Dessa mesma maneira, diz o Maguid, lá em cima existem infinitos anjos que cantam muito mais bonito do que nós, mas nós somos o passarinho que fala!Somos uma Alma Divina dentro de uma alma animal dentro de um corpo material , e isso “faz a diferença” lá em cima.Por isso quando rezamos temos que nos lembrar que Hashem está prestando muita atenção em cada palavra que falamos (mesmo se falamos um pouco errado) e tem um prazer enorme em nos ouvir.Nossa Parashá nos conta também sobre o Man. O povo de Israel saiu do Egito com a comida que eles conseguiram carregar , mas na hora que a comida acabou , nessa hora ela começou a cair do céu!Quando chegaram no “fim do caminho” o mar se abriu e quando a comida acabou ela começou a cair do céu nos ensinando que no judaísmo não existe “beco sem saída”!Uma mãe está sempre cuidando das suas crianças, quanto mais Hashem está sempre cuidando de nós e não nos esquece por aí!

BoNossa Parashá nos conta sobre as últimas pragas do Egito.A História do povo de Israel no Egito começa com Yossef que não só salva o Egito da maior crise internacional mas também o transforma na maior potência mundial .Os egípcios antigos, não só que não nos agradeceram por termos feito do Egito o país mais rico do mundo, mas ao contrário, disseram que nós éramos como “espinhos nos olhos deles”.E sendo que um país rico da época antiga precisava de muitos escravos, nós , que causamos toda essa riqueza , fomos os escolhidos” para sermos esses muitos escravos!Como pode um acontecimento histórico ser tão absurdo e ilógico?O Ari Zal explica que sendo que as almas do povo de Israel no Egito eram a reencarnação da geração do dilúvio, da torre de Bavel e de Sodoma e Gomorra, tínhamos que passar por esses sofrimentos para retificar as nossas almas daquelas pendências anteriores.E por isso não adiantou trazermos a prosperidade ao Egito, porque sem eles saberem essa pendência espiritual foi o que fez com que eles nos escravizarem contra a lógica.Depois que nossas almas por meio dos sofrimentos ficaram puras e refinadas de todas as pendências anteriores, não só que os egípcios nos deixaram sair, mas ainda nos ajudaram, nos deram jóias de ouro, prata e roupas caras .E o mais absurdo foi o jeito com que isso aconteceu! Todos no Egito sabiam que quando Moshe avisava que iria acontecer uma praga, a praga acontecia.Moshe avisou que iria ter uma última praga onde morreriam os primogênitos. Todos sabiam que isso iria acontecer, que um filho em cada família morreria.As mulheres egípcias costumavam “brincar” com os filhos das amigas , engravidavam deles e pensavam que era do marido. Ou seja, muitos filhos em uma casa eram primogênitos sem que eles ou os próprios pais soubessem.Na meia noite, quando aconteceu a praga dos primogênitos, muitas crianças morreram em cada casa , e todos sabiam que o motivo disso eramos nós.Nessa exata hora fomos para as casas dos egípcios, batemos na porta e dissemos :- Estamos indo fazer uma festa no deserto e não é bonito irmos assim para a festa, com essas roupas pobres…e sem jóias….Nessa hora que nós, os “culpados” por todas essas mortes, entramos nas casas dos egípcios comunicando que precisamos de roupas caras e jóias para fazermos uma festa, nessa hora os egípcios deveriam nos chamar de “espinhos nos olhos”, mas aí aconteceu exatamente o contrário!Nessa hora eles ficaram cheios de amor e carinho por nós e nos deram jóias e roupas caríssimas, e só depois que fomos embora com beijos e abraços eles foram enterrar os filhos.Daqui vemos que o relacionamento dos povos do mundo com o nosso povo não têm nenhuma conexão com o que fazemos para eles mas sim com o que fazemos para D’us.Tem a ver somente com as pendências espirituais atuais ou anteriores das nossas Almas.Milagres tão sobrenaturais como as pragas do Egito só aconteceram uma vez na história. Se tivéssemos o mérito aconteceriam de novo na saída do exílio da Babilônia na época dos persasMas sendo que não tínhamos todo esse mérito , Hashem somente inspirou o rei da Pérsia para nos deixar sair do exílio e construir o segundo Beit HamikdashMas milagres sobrenaturais muito maiores do que esses que aconteceram na sua do Egito vão acontecer na Gueulá em breve nos nossos dias!O Ramban, Rabi Moshe Ben Nachman, foi um grande Tzadik que nasceu em 1194 em Girona na Catalunha .Ele nos explicou que o motivo de Hashem ter feito somente uma vez esses milagres tão grandes e sobrenaturais foi para mostrar à todos que Hashem dirige e renova o mundo cuidando de cada um de nós de uma maneira especial, não nos abandonando ao acaso.Por meio da lembrança desses grandes milagres nós abrimos os olhos para ver os milagres do dia a dia , e essa é a base de toda a Torá , de vermos que tudo o que acontece na nossa vida são Milagres , e tudo depende das nossas atitudes!Quando cumprimos os mandamentos Divinos, os milagres acontecem!Então, vamos acrescentar no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot e os milagres vão acontecer!!!
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Vaerá

Na nossa Parashá D’us diz à Moshe que se revelou aos patriarcas com o nome de E-l Sha-dai (falamos Kel Shakai para não falar um nome de D-us em vão) e seu nome Y-H-V-H (o que chamamos de Hashem que quer dizer “o Nome”) não revelou para eles.

D’us está acima de todos os nomes, o que chamamos de “extrema simplicidade”, mas mesmo que sua essência está acima de todos os nomes, mas no lugar aonde você encontra a sua grandeza você encontra a sua humildade

Por isso ele desce ao nível dos receptáculos das dez Sefirot de Atzilut e lá é chamado de E-L (Kel) na Sefirá da Chessed e Elo-him (Elokim) na Sefirá da Guevurá , em cada aspecto de revelação ele é chamado com um nome diferente.

Quando a revelação Divina é diferente , queremos dizer com isso que o comportamento Divino em relação ao mundo também é diferente.

Rabi Avraham Ben Meir Ibn Ezra foi um grande Tzadik que nasceu na Espanha no século 11 , fugiu dos árabes que perseguiram os judeus e viveu uma vida de muitas e longas viagens divulgando a Torá por muitos lugares. Ele nos explicou que existem três níveis de comportamento Divino diferentes :

Quando D’us é chamado de Elokim (trocamos o H pelo K porque esse é um dos sete nomes de D’us que não podem ser apagados e nem falados em vão) isso quer dizer que Ele está atuando somente de acordo com as leis de natureza , dirigindo o mundo por meio de um sistema astrológico que aciona toda a natureza não levando em conta as nossas ações sendo elas boas ou não. (dentro disso os astrólogos antigos conseguiam saber antecipadamente certas coisas que iriam acontecer sendo que esse comportamento Divino independe das nossas ações)

Quando D’us é chamado de Kel Shakai (novamente trocamos o H pelo K porque esse é um dos sete nomes de D’us que não podem ser apagados e nem falados em vão) isso quer dizer que Ele está atuando de maneira sobrenatural mas totalmente dentro da natureza

Nesse nível ele está levando em conta nossas ações e fazendo a natureza agir à nosso favor quando nos comportamos bem (e o contrário está subentendido) , nos fazendo verdadeiros milagres mas totalmente revestidos na natureza, e esse foi o comportamento Divino com os Patriarcas.

Nesse nível de revelação D’us pode prometer milagres sobrenaturais mas eles ainda não acontecem na prática , e por isso nosso patriarca Avraham até o túmulo da própria esposa teve que comprar por uma exorbitância mesmo que Hashem tinha prometido à ele aquela terra.

Quando D’us é chamado de Havaie [Y-H-V-H] (vamos falar Hashem), isso quer dizer que Ele está atuando de maneira sobrenatural , surreal com milagres revelados que não tem nenhuma conexão com a natureza como no caso das dez pragas , (mesmo aquelas que superficialmente parecem naturais tem um fundo totalmente sobrenatural) .

Esse comportamento Divino não depende de nenhuma forma das nossas ações boas ou não mas sim da nossa origem. Esse nível de revelação é específico para o povo de Israel, como o próprio D’us diz para Moshe que vai cumprir o que prometeu à Avraham , ou seja , recebemos os milagres sobrenaturais no Egito porque éramos descendentes de Avraham. Não pelo nosso próprio mérito mas sim pela essência de sermos judeus que é relacionada à nossa alma.

Conclusão: hoje que se passaram mais de 3300 anos da saida do Egito vimos que o único povo que saiu de lá dessa maneira sobrenatural fomos nós.

Mesmo que o continente africano sempre foi cheio de genocídios interpopulacionais e muitos povos tiveram que fugir de um lado para o outro, e com certeza a Divina providência levou em conta as ações de cada um e o comportamento Divino é “midá knegued midá”

Mas milagres sobrenaturais como o rio Nilo se transformar em sangue ou uma grande rã dar origem à milhões de rãs que entravam nos fornos , contrário da natureza animal, ou a terra se transformar em piolhos, isso só aconteceu para nós , e não por causa das nossas ações mas por causa das nossas almas judias.

Hashem atendeu aos gritos do nosso povo para antecipar os milagres sobrenaturais que já estavam prometidos .

O mesmo acontece agora que estamos antes da Gueulá, nossa Redenção final .

Até agora os milagres do Egito tinham sido os maiores e mais surreais que a humanidade já presenciou, mas a nossa Gueulá vai colocar os milagres do Egito em segundo plano de tão sobrenaturais que vão ser.

Então pra que esperar , vamos fazer como os nossos ancestrais no Egito e gritar, pedir para Hashem nos tirar do exílio já!

Dar os nossos gritos agora e antecipar para imediatamente os maiores milagres sobrenaturais que o mundo nunca viu!!!

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Shemot

Nossa Parashá nos conta fatos da escravidão no Egito e entre eles que Moshe se revela como o defensor do nosso povo fazendo duas boas ações:

1- Salvou a vida de um judeu que quase morreu chicoteado mesmo que para isso Moshe teve que arriscar a própria vida matando e enterrando o egípcio que estava tentando assassinar aquele escravo judeu.

2- deu uma grande bronca no judeu que salvou quando o viu depois de salvo batendo em outra pessoa .

Quando esse ingrato  recebeu a bronca , ameaçou delatar Moshe pelo próprio fato de que o único jeito de poder salvá-lo foi matando o egípcio .

Moshe ficou com medo de que o incidente fosse descoberto. No próximo versículo a notícia já chega ao faraó e Moshe foge para Midian!

Diz o Rebe que o fato de Moshe ter ficado com medo e não ter tido segurança na proteção Divina, não ter confiado que iria acontecer o milagre de essa notícia não chegar ao faraó, o fato de ele não ter tido “Trust in G-d” isso foi o que causou para ele esse problema, mas se ele tivesse se apoiado na absoluta confiabilidade Divina isso não teria acontecido.

Pior ainda , ele expressou esse medo e essa preocupação com palavras mesmo sabendo que de boas ações não saem más consequências.

Mas se ele tivesse tido plena confiança em D-us e não se preocupasse nem um pouquinho com a situação que se encontrava, isso próprio faria com que esse fato fosse esquecido por todos e tudo estaria bem de forma boa e revelada.

Moral da história:

De vez em quando  pensamos :-“E se acontecer alguma coisa errada? Nessa hora devemos nos lembrar que a única coisa errada que aconteceu foi o fato de pensarmos assim!

Ou seja, esse tipo de pensamento foi a coisa errada! Esse pensamento é um desperdício de ânimo e esforço .

Devemos nos lembrar que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e com certeza D’us vai fazer com que tudo dê certo mesmo que o ser humano não imagina como isso vai acontecer.

Isso não vai contra o décimo primeiro princípio  da nossa fé que “o Criador recompensa aqueles que cumprem Seus preceitos e pune quem os transgride” porque quando temos a segurança de que Hashem vai nos ajudar , essa segurança já é o motivo da ajuda, D’us está nos recompensando por essa Mitzvá do “Bita’hon” que consiste , não em acreditar que tudo o que D’us faz é para o nosso bem (Emuná) mas sim que D’us vai fazer para nós o que é bom aos nossos olhos de maneira revelada (Bita’hon) !

Expressamos essa confiança em D’us por meio da nossa alegria e tranquilidade por pior que seja a situação.

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Alegria é energia! Quando estamos alegres, expressamos por meio disso nossa confiança em D’us. Alegria em situações preocupantes demonstram que confiamos em D’us e por isso não nos preocupamos com nada e estamos com fé total que tudo vai dar certo.

A atitude de estarmos alegres e confiar em D’us tem a força de mudar a realidade e fazer com que as coisas ruins desapareçam  e o bem oculto no mundo se revele. Sendo assim temos que estar alegres e tranquilos o dia inteiro!

Cada um de nós, (tanto homens quanto mulheres) tem que se lembrar que D’us, bendito seja, não só dirige o grande mundo, mas dirige sem dúvida alguma também o pequeno mundo de cada um e um de nós.

E da mesma maneira que ele dirige o universo de acordo com o que ele vê que é bom para o universo, assim dessa mesma maneira ele dirige o nosso mundinho particular de acordo com o que ele está vendo que é bom para nós .

Temos que confiar nele que com certeza ele dirige o nosso mundo pequeno de um jeito bom. Uma mãe não esquece o seu nenê no supermercado, D’us nunca se esquece de nós.

D’us  é a essência do bem e a  natureza de quem é bom é fazer o bem, por isso podemos começar o dia confiantes de que tudo vai dar certo, confiar no Criador e Administrador do mundo, que toma conta de cada um de nós particularmente e que não existe um lugar aonde ele não se encontra.

E como exemplo nos perguntamos:- Será que podemos ficar tristes quando estamos na presença de um grande e bom Rei , um Rei cheio de bondade verdadeira ?

Claro que nesse caso não temos mais com o que nos preocupar e do que teríamos que ter medo se estamos na sala do Rei.

O exemplo está claro, e principalmente pelo fato de não ser um exemplo mas sim uma verdadeira realidade, e muito mais do que no exemplo, infinitamente maior e maior, acima e acima disso.

Se até mãe não esquece o seu nenê no supermercado , quanto mais D’us não nos esquece por aí mas está cuidando de nós a cada instante

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Vayechi

Nossa Parashá nos conta que Yaakov “viveu” dezessete anos na terra do Egito. Porque em outros lugares está escrito que ele só morou e no Egito está escrito que ele viveu?

Porque depois de Yaakov ter adquirido e feito a retificação da alma do Adam Harishon sofrendo em todos os lugares onde ele morou como vimos na Parashá anterior, agora ele está com ela pura e refinada pelos sofrimentos do passado e com toda a energia e intensidade do seu alto nível. Agora ele começa a “viver”! O paraíso do próximo mundo se revela à ele aqui nesse mundo até o final da sua vida !

Yaakov foi a primeira pessoa a ficar doente na história da humanidade.

A Guemará nos conta que antes de Yaakov , quando chegava a hora da pessoa falecer ela falecia com toda a sua vitalidade , dava um espirro e morria .

O Midrash (um livro sagrado de dois mil anos atrás) nos conta que essa é a origem de falarmos “saúde” para a pessoa que espirra.

Yaakov pediu para Hashem fazer com que a pessoa ficasse doente antes de falecer para ele saber antecipadamente que iria morrer e poder se despedir da família (e até dividir a herança em vida para não causar brigas na família por causa da sua morte).

A Tefilá de Yaakov foi aceita, ele ficou doente e Yossef foi chamado para visitar o pai que adoeceu.

Mesmo que nosso patriarca Avraham Avinu teve o mérito de receber um “Bikur Cholim” de Hashem e até precisou da ajuda do anjo Refael para curá-lo, isso era devido ao ferimento causado por ter feito o Brit aos 99 anos, e ferimentos que causaram mortes já existiram desde Cain e Hevel, mas doenças só aparecem no mundo a partir de Yaakov Avinu.

A linguagem do versículo é :”eis que” seu pai está doente”.

Diz o Ari Zal que a palavra “eis que” tem um valor numérico de 60 (a numerologia só é aplicada à Torá escrita) e isso vem nos indicar que a pessoa que vem visitar o doente tira 1/60 da doença dele.

Por isso quando Yossef veio visitar seu pai , Yaakov se levantou, já se sentiu um pouquinho melhor!

O Ari Zal diz que isso só acontece na prática quando a pessoa que vem visitar é seu “ben guiló” , ou seja, alguém que tem o mesmo “Mazal” que o doente, que nesse caso era Yossef.

Isso também é válido para os nossos dias, e sendo que não sabemos quem é o “ben guiló” de quem, dizemos que todos que visitam um doente reduzem 1/60 da doença dele, porque talvez ele seja esse “ben guiló”. Então, vamos fazer sempre essa Mitzvá (mas que ninguém precise).

Yaakov abençoou seus filhos antes de falecer. Diz o Ari Zal que Yaakov recebeu a alma do Adam Harishon e Reuven que era o primogênito de Yaakov recebeu a alma de Cain que era o primogênito do Adam Harishon.

Quando Reuven quis tirar Yossef do buraco e devolver ele ao seu pai, tentou salvar seu irmão, e assim começou a consertar o pecado de Cain que matou o irmão.

O Midrash nos conta que Cain nasceu com uma irmã gêmea e seu irmão Hevel com duas. Aquela geração iria se casar com as irmãs. Cain que era o primogênito achou que merecia duas mulheres e Hevel teria que ficar com uma, e por isso Cain matou Hevel.

Por isso Yaakov na sua benção para Reuven cita o caso de Bilá que causou para Reuven não ter feito o conserto total da Alma do Cain.

Cain teve que se reencarnar novamente como Ytro. Moshe Rabeinu era a reencarnação de Hevel e Tzipora sua esposa era aquela gêmea de Hevel que causou o problema. Ytro traz Tzipora para Moshe no deserto e assim terminou o conserto da alma do Cain.

A Brachá de Shimon e Levi foi a maldição à raiva deles , porque nós, o povo de Israel, somos piedosos e a ira não combina com a nossa natureza.

Por isso Yaakov chama eles de ladrões se referindo à agressividade deles que não fazia parte da natureza judaica, mas era como um roubo na mão deles, algo que não pertencia à eles.

Só um pouquinho de ira não justificaria toda essa bronca, um pouquinho de ”guevurá” também pode fazer parte da nossa natureza, por isso Yaakov especifica no versículo o fato de essa ira ter sido dura e forte.

A solução para se livrar dessa “ira roubada” também foi dada na Brachá que eles receberam. Yaakov abençoou eles a se espalharem pelo povo de Israel e assim essa ira desapareceria.

Dizem nossos Sábios que a tribo de Levi se espalhou por todo Israel ensinando Torá para todo o povo, e diz o Rambam que cada um que assumiu essa função hoje é comparado a um Levi.

Talvez por isso, nosso grande Rabino e professor na Yeshivá de Kfar Chabad em Israel (onde estudei sete anos) Rabi Mendel Futerfas (1906–1995) nos disse uma vez em um farbrenguen (festa de confraternização Chassídica) com um sorriso de ponta a ponta :- Meninos , vocês são como adubo orgânico (uma coisa que as vacas fazem…) quando você saírem daqui vocês vão se espalhar pelo mundo inteiro fazendo o mundo florescer! Mas agora que vocês estão todos no mesmo lugar vocês são…. (e falou algo em yidish se referindo ao cheiro de de uma montanha de esterco……) .

E aconteceu! (de termos nos espalhado pelo mundo). Todos os anos me encontro com a minha classe da Yeshivá no congresso rabínico internacional e todos estão espalhados pelo mundo fazendo um trabalho maravilhoso, ensinando Torá para todos e fazendo florescer as comunidades judaicas em todo o mundo!

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Vaygash

Na nossa Parashá Yaakov chega ao Egito e é apresentado por Yossef ao faraó.

Quando o Faraó pergunta à Yaakov qual é a sua idade ele responde :- “Os dias da minha vida foram poucos e ruins.”..

Porque a vida de um Tzadik tão grande como Yaakov , o maior dos patriarcas, foi tão ruim?

Diz o Ari Zal que os patriarcas são chamados de patriarcas porque o primeiro homem, Adam Harishon, que era o patriarca da humanidade inteira se reencarnou como Avraham , Itzchak e Yaakov.

Esse primeiro homem, por meio de ter comido a famosa fruta proibida cometeu as três maiores transgressões que estão em um nível de “preferível morrer do que transgredir”, fazendo com que sua Alma Divina nos seus três níveis de “Nefesh” , “Ruach” e “Neshamá” caísse dentro das impurezas

Sabemos que o primeiro homem antes de fazer a primeira transgressão da história do mundo não tinha Yetzer Hará (inclinação para o mal) .

Se ele não tinha “yetzer hará” como pode ele ter feito uma transgressão tão grande?

simples! Ele fez um erro de avaliação!

Idolatria de Adam Harishon

Adam Harishon achou que o mundo já existia antes de D’us e D’us se tornou D’us por ter comido a fruta proibida. Imaginou que se ele comesse essa fruta ele também seria D’us.

Esse ato foi considerado idolatria. O nível “Nefesh” da Alma do Adam Harishon se reencarnou como Avraham Avinu que fez a retificação dela divulgando ao mundo que somente D’us cria e dirige o universo, e somente para Ele devemos rezar.

Avraham lutou a vida inteira conta a idolatria e assim fez o conserto desse nível da Alma Divina de Adam Harishon.

Assassinatos de Adam Harishon

Quando o Adam Harishon comeu a fruta proibida ele trouxe a morte para si e para o mundo.

Esse ato foi considerado suicídio e assassinato. O nível “Ruach” do Adam Harishon se reencarnou em Ytzchak que fez a retificação dele.

Adultério de Adam Harishon

A mulher de Adam foi quem deu a fruta proibida para ele , seduzindo-o para fazer a transgressão.

Ele a culpou por esse ato e todas as suas consequências, se separando dela por cento e trinta anos.

A pior de todas as criaturas, o anjo da morte , em hebraico “Satan” que quer dizer “desviador”, (mas vamos chamá-lo de “a coisa ruim”) também tem uma “esposa”, em hebraico “Lilit”. (melhor não pronunciar os nomes dele e dela para não atrair coisas ruins).

Depois que Adam se separou da sua própria esposa, teve 130 anos de “relações matrimoniais” com a esposa da “coisa ruim” que se materializava para ter as relações com ele mas dava a luz à demônios.

Esses demônios nasceram com Almas Divinas que eram a parte de Adam nessas “relações” e corpos de demônios que eram a parte dela.

Diz o Ari Zal que esses cento e trinta anos que Yaakov sofreu foi a correção daqueles cento e trinta anos que Adam Harishon teve os prazeres proibidos, sendo que o nível mais alto do Adam, a “Neshamá” foi retificada por Yaakov que é o conserto final da Alma do Adam Harishon.

Diz o Ari Zal que por esse motivo Yaakov tinha que trabalhar por Rachel. (O sofrimento pela mulher permitida retifica o prazer pela mulher proibida)

Vemos também que todos os sofrimentos dele foram ligados à família, começando por Essav, seu irmão, (e talvez tenha sofrido também pelo pai querer favorecer seu irmão) continuando com o sofrimento que teve com o trabalho árduo que fez por Rachel, o tio que o enganou o tempo todo, o casamento com Leah contra a sua vontade, o caso de Dina em Shchem , a preocupação de Essav vir e matar as mulheres e as crianças, a morte de Rachel no parto, e o sofrimento pelo desaparecimento de Yossef

Quando Yaakov terminou esse conserto e a alma do Adam Harishon já estava totalmente refinada, Yaakov desce ao Egito aonde vai começar agora a retificação de todas aquelas almas Divinas que foram trazidas ao mundo naqueles 130 anos que Adam se relacionou com a mulher da “coisa ruim”.

Eles seriam o povo de Israel que nasceu no Egito e também a “erev rav”.

O começo da retificação da Erev Rav

Quando os egípcios já não tinham mais como pagar pelo trigo e pagaram para Yossef com a própria terra e depois se venderam como escravos ao faraó, Yossef , que tinha a permissão do faraó para representá-lo, ordenou à eles fazerem Brit Milá e mudarem de terras entre si , causando entre os próprios egípcios um exílio e começando assim a retificação da “erev rav”.

Por isso, quando Yaakov desceu ao Egito disse ao faraó que os cento e trinta anos que já tinham passado da sua vida, (mas não os próximos) , foram poucos e ruins , mas a partir do momento em que a Alma do Adam Harishon estava pura e refinada no corpo de Yaakov, Yaakov já começa a viver no paraíso (que era o nível original do Adam Harishon) mesmo estando ainda nesse mundo

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Miketz

O Zohar nos conta que nossa Parashá começa com a palavra Miketz (que quer dizer “do limite”) indicando que D’us colocou um limite final para a escuridão (para as coisas ruins).

A estrutura do mal:

Esse esquema de escuridão que é chamado pelo Zohar de “O lado esquerdo” é responsável por todos os sofrimentos do mundo.

Ele é composto pelo anjo da morte e suas “ramificações” que ficam “perambulando” entre nós e o tribunal Divino, tentando nos desviar dos mandamentos Divinos nesse mundo e nos acusando no tribunal Divino de termos nos desviado.

Eles fazem esse “leva e trás” para receberem lá permissão de nos prejudicar.

Esse já é o primeiro limite do ”lado esquerdo”, nada pode nos acontecer sem que haja uma autorização do tribunal celestial, e para receber essa autorização eles tem que mostrar lá em cima alguma coisa ruim que fizemos nessa vida ou em alguma reencarnação anterior

Essa estrutura espiritual não vai mais existir nos tempos do Mashiach porque graças à D’us existe um limite (ketz) para esses sofrimentos, tanto em relação aos nossos sofrimentos pessoais quanto aos sofrimentos do nosso povo. Vemos aqui que quando chega o limite, até o Faraó do Egito, a “grande serpente” , se vira à nosso favor.
Será que Mr Donald Trump tomaria uma decisão nacional por causa de um sonho?

Por que o Faraó deu tanta importância à um sonho?

Daqui vemos como D’us dirige o mundo! Sendo que Hashem tinha escolhido esse meio para se comunicar com o Tzadik da geração , o mundo inteiro passa a funcionar dessa mesma forma , começando pela “superpotência mundial” que era o Egito.

Pessoas ruins se entusiasmam com assuntos ruins!

O faraó sonhou com sete vacas tão lindas e amigáveis que ele nunca tinha visto igual, mas contou sobre elas em resumo. Quando chegou ao assunto das “vacas magras” detalhou e enfatizou ao extremo deixando bem claro que ele nunca tinha visto vacas tão ruins assim em toda a terra do Egito.

Diz o Rav Moshe Weber (um grande Tzadik que viveu em Yerushalaim) que as pessoas ruins gostam de falar sobre coisas ruins e por isso ele se entusiasmou e detalhou o assunto das vacas magras

De vez em quando temos que fazer um check up nas nossas conversas para ver se não estamos nos tornando um “faraózinho” ou uma “faraózinha” e nos exercitar a falar só coisas boas e animar todos à nossa volta (mas de uma maneira Kasher) !

D’us cria o remédio antes da doença aparecer!

Rabi Shimon Bar Yochái nos conta que todas as ações Divinas são interligadas . Antes de criar o ser humano D’us criou tudo o que ele necessitava e depois o trouxe à um mundo onde não faltava nada. Ou seja, criou o suprimento para todas as nossas necessidades antes até de termos todas essas necessidades

Aqui também. Hashem tinha prometido à nosso patriarca Avraham que sairíamos do exílio com muitas riquezas . Quando Yossef desceu ao Egito não haviam lá muitas riquezas.  Hashem fez com que o mundo inteiro precisasse comprar trigo no Egito até o Egito se encher de grandes riquezas, e aí  trouxe Yaakov ao Egito quando as grandes riquezas já estavam lá prontas para sair com o povo de Israel.

E assim Hashem faz sempre com cada um de nós. Cria a cura antes da doença. De vez em quando passamos por certas situações que para sair dela a solução teria que estar preparada antecipadamente. Não se preocupe, Hashem já fez isso para você!

Desculpando outro judeu

O Zohar nos conta que Rabi Aba estava sentado no portão da cidade de Lod quando viu uma pessoa que chegou cansado do caminho , sentou em uma saliência da montanha e adormeceu.

Repentinamente apareceu uma cobra venenosa e veio picar aquela pessoa.

Antes mesmo que Rabi Aba pudesse dar um grito a cobra foi atacada por um réptil venenoso que a matou e foi embora. O homem abriu os olhos , viu a cobra recém morta pelo veneno do réptil mas pensou que ela estava viva. De vagarzinho saiu daquele lugar para não atrair a atenção da cobra (que pensou estar viva).

Logo que ele saiu, aquela saliência da montanha desabou para o precipício e ele se salvou por ter saído dela (por medo da cobra morta).

Vendo tudo isso, Rabi Aba se aproximou dele e disse :- Me conta o que você faz de tão bom, porque não foi à toa que Hashem te fez esses dois milagres!

– Não houve uma só vez em toda a minha vida, respondeu o homem, que alguém me fez o mal e não me reconciliei com ele e o desculpei .

E mais, se não pudesse fazer as pazes com ele (em casos extremos somos obrigados a  manter distância de alguém) não fui dormir até ter desculpado à ele e à todos os que me fizeram sofrer, e nunca mais pensei sobre o mal que eles me fizeram.

E mais, a partir daquele dia me dediquei à fazer o bem à eles!
Rabi Aba chorou de emoção e disse:- As boas ações desse homem são maiores do que as de Yossef ! Porque no caso de Yossef que desculpou seus irmãos, eles eram seus irmãos de verdade e ele tinha que ter piedade deles, mas o que fez esse homem é maior do que fez Yossef, e isso mais do que justifica o fato de Hashem ter feito para ele um milagre em cima de outro milagre!


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Parashat  Vayeshev

Nossa Parashá nos conta sobre os sonhos de Yossef e a próxima Parashá vai nos contar sobre os sonhos do Faraó

Yossef teve dois sonhos que compartilhavam um mesmo tema, de que um dia sua família se curvaria perante ele.

No primeiro sonho, Yossef e seus irmãos foram representados por grãos de trigo. Onze feixes de trigo se inclinaram perante um único feixe, o de Yossef.

No segundo sonho, sua família, representada pelo sol, a lua e as estrelas, voltou a se curvar na frente dele.

Como Yossef na nossa Parashá, na próxima Parashá o Faraó também vai ter dois sonhos, e seus sonhos também irão compartilhar um mesmo tema, de que o Egito iria passar por sete anos de abundância  seguidos de sete anos de fome.

E como nos sonhos de Yossef, nos sonhos do Faraó as imagens também  mudaram de um sonho para o outro.

No primeiro sonho, os anos de abundância e fome foram representados por sete vacas bem alimentadas  indicando uma grande fartura, e sete vacas mal alimentadas indicando uma grande escassez.

No segundo sonho, os sete anos de abundância foram representados por sete espigas de grãos saudáveis ​​e gordurosos e os anos de escassez representados por sete espigas secas e atrofiadas.

Nos sonhos de Yosef apareceram assuntos celestiais como o sol, a lua e as estrelas, os sonhos de Yossef progrediram do terrestre para o celestial.

Nos sonhos do Faraó não apareceram assuntos celestiais.

Seu primeiro sonho (do faraó) envolveu a vida animal, mas seu segundo sonho já desceu para a vegetal – uma forma de vida muito menor. Podemos dizer que os sonhos do Faraó  “se deterioraram”!

O contraste entre esses dois conjuntos de sonhos realça as diferenças entre os sonhadores.

Os sonhos do faraó estavam desprovidos de qualquer coisa celestial, simbolizando uma pessoa cuja mente estava inteiramente absorvida em atividades terrestres.

Não é surpresa que essa pessoa gradualmente se torne mais e mais enraizada em suas obsessões materiais, como é representado pela seqüência “degenerativa” dos sonhos do faraó.

Os sonhos de Yosef, no entanto, eram diferentes. Um judeu, mesmo interagindo com o mundo físico, tem que estar sempre pensando nos aspectos celestiais de sua vida – seu desenvolvimento espiritual e propósito espiritual.

Yossef, portanto, sonhou tanto com o mundo material quanto com o celestial, e em uma ordem de “progressão”, porque sua vida como um todo estava em constante crescimento.

Terça feira (dia 12) ao anoitecer acenderemos a primeira vela de Chanucá e durante oito dias cada dia acrescentaremos uma vela (em ordem de progressão), demonstrando que nossa função no mundo é acrescentar luz, acrescentar espiritualidade nesse mundo iluminando ele cada dia mais!

E, como Yossef, mesmo interagindo diariamente com o mundo material à nossa volta temos que estar sempre pensando nos aspectos celestiais da nossa vida, sem nos contentarmos com a luz que difundimos ontem mas acrescentando cada dia mais um pouquinho de luz no mundo!

Por que o milagre original de Chanucá só poderia acontecer por meio dos “Cohanim sagrados” e não por meio de pessoas comuns?

Depois de acender as velas de Chanucá falamos “Hanerot Halalu”, uma Tefilá cuja fonte é uma Guemará chamada “Massechet Sofrim”

Nela agradecemos à Hashem pelos milagres que aconteceram por meio dos seus “ Cohanim Sagrados”.

O motivo que o milagre original de Chanucá só poderia ter acontecido por meio desses Cohanim sagrados é o seguinte:

Os Hashmonaim saíram para a guerra sem que tivessem absolutamente nenhuma possibilidade de vencer de uma maneira natural

Se uma pessoa comum como todos nós fizesse isso seria considerado suicídio, seria proibido pela Torá sair para uma guerra do tipo que não há nem pelo menos uma ínfima possibilidade de vencer de uma maneira natural.

Mas para eles seria permitido morrer dessa maneira e não seria considerado suicídio sendo que eles estavam em um nível espiritual muito elevado chamado de “Chassid Gamur” , e por isso tinham a permissão de dar a própria vida para santificar o nome de Hashem

Por causa disso o milagre aconteceu especificamente por meio deles,  no mérito da Mitzvá que eles fizeram de dar a vida para santificar o nome de Hashem, mas se uma pessoa comum tivesse feito isso seria uma averá (uma transgressão à Torá) e o milagre não aconteceria!

Uma parte desse cântico diz: “Naqueles dias nesse tempo” nos indicando que depois que eles trouxeram ao mundo esse milagre tão grande eles abriram esse portão celestial para todos nós e sempre que esses dias voltam os portões celestiais se abrem novamente tornando esses dias propícios para grandes milagres para cada um de nós

Uma história pessoal

Há trinta anos atrás eu era professor em Rehovot, Israel. Naquela época eu morava em Kryat Malahi, no interiorzinho de Israel, e se perdia um ônibus para Rehovot tinha que esperar uma hora até que chegasse o outro.

Mesmo sabendo que a minha vocação verdadeira era para estudos e não me via com a mínima capacidade de dirigir um carro, entrei em uma auto escola em Rehovot.

Não falei nada para o professor mas ele sozinho depois de algum tempo me chamou e disse:- Vou ser ”dugri” com você ! (uma gíria israelense que quer dizer ”extremamente sincero”) :- Nunca tive um aluno pior do que você, e para falar a verdade eu tenho até medo de estar com você dentro do carro! (O pior era que era verdade mesmo)

Depois de ter ouvido a opinião sincera desse grande profissional, acalmei ele e lhe disse que concordo plenamente, mas pedi para ele marcar o meu teste para Chanucá que é uma época propícia para milagres

Ele me tirou qualquer esperança e me disse que nunca na vida eu passaria em um teste de habilitação, e que ele tem até vergonha de me cobrar pelas aulas.

Eu insisti para ele marcar o teste para Chanucá e ele marcou só para mim ver com os meus próprios olhos o que nós dois já sabíamos, que eu nunca iria conseguir tirar uma carteira de motorista na vida!

Chegou Chanucá. Fomos para o departamento de trânsito de Rehovot.

Chamaram o meu professor de lado e disseram para ele:- o avaliador que vai entrar hoje com os seus alunos no carro é um funcionário público efetivo, sobrevivente de holocausto com sérios traumas de guerra e hoje ele está atacado. Quando isso acontece ele reprova todo mundo e não tem como tirar ele dessa função, só avisa os seus alunos que a culpa não vai ser deles, mas eles vão ser todos reprovados.

O professor nos avisou!

Entramos no carro. Ele estava surtado de verdade.

Éramos três alunos.

Começou por uma jovem, ele pediu para ela fazer uma baliza de esquerda e quando ela começou a dirigir ele já começou a gritar e reprovou ela.

Um segundo aluno sentou na frente, ele pediu para o aluno fazer uma baliza de direita e quando ele começou já levou berros e foi reprovado

Eu sentei na frente…… O avaliador pediu para mim dirigir reto de volta. Ele ia me reprovar na reta. Mas….. o farol abriu, veio um louco dirigindo à toda e eu vi que ele iria passar no vermelho e se não parasse bateria em nós (só um brasileiro perceberia isso). Brequei repentinamente e o louco passou a um milímetro de nós. O avaliador se assustou extremamente, olhou para mim com lágrimas nos olhos e me disse:- ele iria bater do meu lado, eu iria morrer agora e você salvou a minha vida!

Não preciso dizer que fui o único aprovado aquele dia e o professor me falou:- você estava certo! Chanucá é a época dos milagres!!!

Shabat Shalom!

Para os horários de atendimento das velas de Shabat na sua cidade e horários e detalhes sobre Chanucá acesse ao nosso site www.ongtora.com

Vayetze

A Parashá nos conta que Yaakov Avinu saiu de Beer Sheva e foi para Haran. Se ele estava em Beer Sheva, com certeza ele saiu de lá, então porque a Torá precisa nos contar que ele saiu de Beer Sheva?

Para nos ensinar que quando um Tzadik sai da cidade isso é sentido por todos sendo que ele é o esplendor,ele é o brilho e a beleza da cidade! As atitudes dos nossos patriarcas são um ensinamento para nós, cada um de nós também tem que ser essa pessoa tão especial que “faz a diferença” !

Uma conexão entre o céu e a terra

Quando Yaakov se deitou para descansar no meio do caminho teve uma visão profética na qual ele viu uma escada da terra aos céus e anjos subindo e descendo por ela, um acesso ao mundo superior. A linguagem do versículo é: primeiro subindo e depois descendo. Surge a pergunta: quem são esses anjos que estavam na terra e o que eles estavam fazendo aqui até essa ocasião?

Será que anjos podem errar?

O Midrash Rabá nos conta que os anjos que estavam subindo de volta ao céu por esse acesso espiritual eram dois dos três anjos que vieram visitar nosso patriarca Avraham Avinu, eles eram anjos de “primeiro escalão” Gavriel e Refael , que saindo de Avraham foram para Sodoma.

Diz o Midrash que por motivo de eles terem feito o contrário da vontade Divina revelando aos habitantes de Sodoma e Gomorra que as cidades iriam ser destruídas, ou por terem tido o orgulho de dizer :- “Nós vamos destruir a cidade”, levaram uma “suspensão” e foram proibidos de voltar aos céus por 138 anos e só foram autorizados a subir de volta quando Yaakov viu aquela escada.

Como o Anjo pode errar se ele não tem livre arbítrio?

Pergunta o Rebe, como pode ser que um Anjo bom que não tem livre arbítrio pode fazer o contrário da vontade Divina? A resposta é simples , eles não sabiam que isso era o contrário da vontade Divina ! Eles fizeram contra a vontade Divina achando que isso era a vontade Divina, fizeram um erro de avaliação!

Qualquer criatura, mesmo um Anjo ou uma criatura mais elevada é impossível que seja totalmente perfeito , como diz a conhecida explicação de Rashi no Midrash Rabá sobre o versículo “Asher Bará Elokim Láassot”. Rashi traduz a palavra “Laassot” como consertar. Ou seja, tudo o que D’us fez ainda precisa de um consertozinho.

E se ainda é preciso fazer alguma coisa em tudo o que D’us fez quer dizer que nada é perfeito, portanto tudo o que D’us fez é  passível de erro e será que existe alguma coisa que D’us não fez?

Adão e Eva fizeram o primeiro pecado sem ter “Yetzer Hará” !

Um exemplo disso é o primeiro homem. Mesmo tendo sido diretamente criado por Hashem (e não cópia de cópia como nós) e o tempo em que ele foi criado era antes de comer a fruta proibida e receber o “yetzer hará” (má inclinação) , mesmo assim tropeçou e caiu no caso “escândalo da fruta proibida”.

Com certeza tinha uma justificativa, como ele próprio disse :- “a mulher que você me deu….”. Ou seja, o primeiro homem que não tinha Yetzer Hará talvez tenha achado que Hashem iria ficar feliz de ele ter obedecido à Chavá (Eva) que era a “Mãe de todas as criaturas”.

Talvez Eva tenha imaginado que se ela comesse aquela fruta ela ficaria como Hashem e isso seria um orgulho para o Criador da mesma forma que uma mãe se orgulha quando sua filha sabe tanto ou até mais do que ela. E erraram porque Hashem queria que eles ficassem como Hashem em “Kedoshim Tichiu” , em vivenciar a “Kedushá” (Santidade) , não em vivenciar a “coisa ruim”.

Fizeram um erro de avaliação sem ter feito ainda o primeiro pecado , sem ter recebido uma má inclinação . Ou seja, desde o começo do mundo ninguém é perfeito, todos nós somos passíveis de erros de avaliação.

Um Anjo do nível de Gavriel faz um erro de avaliação , um ser humano criado pelo próprio D’us sem ter ainda Yetzer hará faz um erro de avaliação , o que dizer sobre nós , geração descartável , será que existe entre nós alguém que D’us não criou e portanto é perfeito ?

Mais provável que alguém se ache perfeito! Ou se achava até ler o Rashi do Midrash Rabá. A nós só resta não cobrar perfeição do nosso próximo , não cobrar dele o que D’us não criou e julgar ao nosso próximo com bons olhos porque da mesma maneira que julgamos o nosso próximo assim somos julgados lá em cima!

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TOLDOT

“E amou Itzchak a Essav…”

O Zohar nos conta que Avraham Avinu, nosso primeiro patriarca, era a Chessed (bondade) em pessoa , a Sefirá “Chessed” do mundo de Atzilut se revelou nele.

Itzchak, nosso segundo patriarca pelo contrário , era a Guevurá (rigidez) em pessoa , a Sefirá “Guevura” do mundo de Atzilut se revelou nele.

Não que isso fizesse dele uma pessoa ríspida ou seca, D’us nos livre , ele se comportava como tinha sido educado pelo seu pai, mas na sua essência ele era Guevurá total.

Esse é o motivo, de acordo com o Zohar, que ele amava Essav mais do que aos outros, sendo que Essav também era do lado da Guevura e de uma maneira natural a pessoa gosta de quem é igual a ela.

Será que Itzchak não suspeitava do comportamento de Essav ?

Talvez até sim, mas Itzchak tinha presenciado a recaída e a Teshuvá de Ishmael e Hagar. Diz o Zohar que Hagar fez Teshuvá , mudou o seu nome para Ketora e se casou com Avraham depois que Sarah faleceu. Ishmael também voltou para o bom caminho , e após o falecimento de Avraham , junto com Itzchak ele o enterrou na Mearat Hamachpelá .

Talvez Itzchak tivesse concluído que se até Ishmael e Hagar fizeram Teshuvá , com certeza Essav o faria também .

Rav Moshe Weber explica o que era a caça de Essav:

No versículo :- “E amou Itschak a Essav porque a caça dele estava na sua boca mas Rifka gostava de Yaakov”,  a palavra “caça” geralmente é relacionada ao fato de Essav fazer agrados à seu pai caçando para ele , demonstrando ser um filho prestativo e assim despertando ainda mais o amor natural que o pai já tinha por ele.

O Rav Moishe Weber, grande Tzadik que viveu em Jerusalém , explica que a palavra “caça na sua boca” se refere ao próprio Essav que possuía “aprisionada” dentro de si as almas de grandes Tsadikim que iriam nascer no futuro como Rabi Akiva e de Rabi Meir Baal Hanes entre outros .

Itzchak sabia que de Essav iria sair o grande Rabi Akiva e achava que por isso Essav iria fazer Teshuvá. Isso foi o que impulsionou Itzchak a querer dar a Brachá para Essav.

A Rabanit Miriam , esposa do Rav Moishe acrescentou:- Se Essav tivesse recebido a Brachá de Itzchak, com certeza Rabi Akiva não seria nem Rabi e até mesmo nem judeu

Por que Rifká pensava diferente?

O Zohar nos conta que Itzchak era a Guevurá intensa e Rifka era “Guevurá leve com um fio de Chessed pendente”. Por causa desse ” fio de chessed” Itzchak não se apaixonou por ela logo que se casou , mas com o tempo o amor surgiu , como está escrito :- “Ele se casou e a amou”. Primeiro se casou e depois a amou .

O Zohar nos conta que D’us faz por milagre as pessoas se casarem dessa maneira , uma diferente da outra (como no caso de Itzchak e Rifka , ele Guevurá e ela uma leve guevura com um fio de Chessed pendente) para que um equilibre o outro criando harmonia no mundo.

Os fatos por trás do aparente “roubo das Brachot”

Adam, o primeiro homem e Hava, a primeira mulher foram abençoados por Hashem . A vida no paraíso terrestre era um “verdadeiro Paraíso” , mas a cobra (que na época tinha forma humana) por meio de trapaça “roubou” deles a Brachá.

O Zohar nos conta que Yaakov tinha a alma do Adam Harishon e Essav tinha a alma da cobra. Se Itzhak desse a Brachá para Essav iria causar com que a cobra (Essav) recebesse oficialmente a Brachá que tinha roubado de Adam e Havá

Diz o Zohar que sendo que a cobra tinha tirado a Brachá por trapaça , o único jeito de tirar essa Brachá do poder espiritual da cobra teria que ser também por meio de trapaça .

Yaakov não tinha pensado no lado material das Brachot , mas sim na função espiritual que o primogênito receberia de ser o responsável por todo o trabalho espiritual do povo. Yaakov conhecia Essav muito bem e estava consciente de que ser responsável por alguma função religiosa era a última coisa que poderia ser relacionada ao  perfil de Essav, e se isso acontecesse seria uma catástrofe.

Sem restar outra opção para fazer isso a não ser a trapaça , Yaakov comprou a primogenitura de Essav em uma hora de aperto para que Essav não fosse mais o responsável pelos assuntos religiosos.

A Brachá que foi roubada pela cobra por trapaça agora volta ao seu dono original também por trapaça , único jeito de resgatá-la !

Cheiro de “Gan Éden”:

Quando Yaakov vai receber as Brachot de seu pai que já estava cego, entra fantasiado de Essav vestido com peles de bode recém extraídas e ainda não curtidas (e com certeza ainda com um grande cheirinho de bode)

Yaakov ouve do seu pai a seguinte frase:- “O cheiro do meu filho é como o cheiro do campo que Hashem abençoou” , referência ao Gan Eden (o paraíso). Parece que Itzchak quis dizer com isso que já entendeu que essa história está cheirando uma continuação do que aconteceu no Gan Éden” entre o homem e a cobra e por isso deu a Brachá para Yaakov mesmo sentindo que está sendo enganado.

A Brachá de Ishmael:

Ishmael recebeu sua Brachá dos anjos que se revelaram para Hagar como vemos em Bereshit  :- “E disse a ela o Anjo de Hashem , volte para a sua dona e se aflija nas mãos dela , você vai engravidar e dar a luz a um menino e o chamará de Ishmael porque Hashem ouviu seu desespero, ele será um selvagem, sua mão estará sobre todos e a mão de todos sobre ele e se expandirá pelo mundo”….

Vemos que essa Bracha aconteceu com os descendentes do Ishmael e surgiu dela um império Árabe que durou centenas de anos , se expandiu da Índia à Península Ibérica e durou mais do que qualquer império antigo , sua mão está sobre todos , que precisam do petróleo e a mão de todos sobre eles por dependerem dos outros em tudo.

A Brachá de Essav:

Essav recebeu a Brachá de viver pela espada, e vemos que essa Bracha aconteceu com os descendentes de Essav que deram origem ao império romano e aos povos europeus e suas colônias que conquistaram o mundo pela força e até hoje continuam usando ela para intimidar ou destruir sempre que acham necessário.

A nossa Brachá:

Nós somos os descendentes de Yaakov , porque a Brachá que ele recebeu com tanta dificuldade aparentemente não acontece ?

O Zohar nos conta que as Brachot foram entregues (e a nossa é a maior de todas).

Essav que só pensava nos prazeres desse mundo usou elas para aproveitar o mundo aqui em baixo consequentemente herdando esse mundo.

Yaakov as guardou lá encima para o futuro .

Em breve , em nossos dias quando chegar o Mashiach , junto com Yaakov vamos usufruir das Brachot tanto lá em cima quanto aqui embaixo. Essav perderá tudo e não vai sobrar dele nenhuma lembrança , então Yaakov herdará os dois mundos .

Ovadiahu Hanaví era de Edom , descendentes de Essav. Ele se converteu ao judaísmo e chegou ao alto nível de profeta sendo escolhido por Hashem para trazer ao mundo a profecia do que vai acontecer aos descendentes de Essav no final dos tempos .

Ovadiahu diz sobre esse tempo:- “E subirão os libertadores no monte Tzion para julgar o morro de Essav , e será de Hashem a monarquia .

O profeta Zechária diz sobre isso :- E Hashem será Rei sobre toda a terra , naquele dia Hashem será Único (todos os povos vão abandonar suas religiões e servir somente Hashem) e seu nome Único . Só o Nome de Hashem será mencionado por todos.

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Parashat Lech Lechá:

 

 

Nossa Parashá nos conta sobre a descida do nosso patriarca Avraham ao Egito.

Os egípcios antigos eram obcecados por mulheres e Sarah, nossa matriarca era uma mulher linda. A estatística egípcia de maridos assassinados por terem mulheres lindas seria considerada hoje “risco não segurável”! Avraham pede à Sarah dizer que é sua irmã por motivos de perigo de vida e também para ganharem presentes . Essas duas coisas não fazem parte do perfil de Avraham que estava em um nível espiritual elevadíssimo. Em Ur preferiu ser jogado ao fogo do que fazer idolatria, e quando salvou o rei de Sodoma, não aceitou  nem um cordão de sapato de presente. Como então Avraham usa agora essas duas coisas como argumento?

O Tanach traz muitos casos parecidos mas vamos analisar dois deles. Quando Hashem pediu para Moshe ir ao Faraó e fazer milagres, os próprios milagres eram o objetivo dessa empreitada, mas quando D’us pediu ao profeta Shmuel ir para Beit Lehem nomear um rei no lugar de Shaul , o profeta pergunta :- Como irei, Shaul vai ouvir e me matar! Hashem diz para ele levar uma bezerra e dizer que está indo para lá fazer um korban . Ou seja, o próprio D’us dá uma justificativa para ele poder ocultar o verdadeiro motivo da viagem e se salvar do perigo. No caso de Shmuel o milagre seria apenas uma necessidade particular e poderia ser evitado com uma desculpa , e por isso Hashem diz para ele justificar dessa maneira para não precisar do milagre.

Conclusão: quando uma pessoa pode fazer algo de maneira natural mas no lugar disso espera um milagre, o milagre pode não acontecer , ou acontecer mas ser descontado dos méritos dela , e isso não é bem visto pela Torá. Mas quando estamos em uma situação que não há outro jeito a não ser um milagre , nesse caso o milagre pode acontecer sem ser descontado dos nossos méritos.

No caso do nosso patriarca Avraham, D’us não tinha pedido para ele descer ao Egito e fazer milagres, então ele deu um jeito para não precisar dos milagres, iria dizendo que Sarah era sua irmã até eles se acostumarem com a presença dela e “esfriarem” tentando ser apresentados pelo “irmão” que os enrolaria até passar o entusiasmo da chegada da “Miss Universo” na cidade , e recebendo presentes dos ricos ela estaria protegida contra os assédio dos pobres.

Aprendemos com Avraham uma grande regra da Torá. Que junto com a reza e confiança em D’us devemos fazer meios naturais para receber as bênçãos Divinas e mesmo os Tzadikim precisam fazer isso.  No caso de Avraham foi feito dessa forma, e todo o Tanach está cheio de exemplos assim deixando isso como um ensinamento para nós.

Os meios honestos de como ganhar nosso dinheiro não só que não estão em desacordo com a reza e a confiança em D’us mas ainda são um complemento à ela, sendo que está escrito que D’us vai nos abençoar em tudo o que fizermos e não em tudo o que não fizermos

Por meio da nossa confiança em D’us, por meio das nossas rezas e das nossas Mitzvot é decretado lá em cima quanto vamos receber aqui embaixo e por isso o trabalho deve ser feito somente após cumprirmos nossas obrigações espirituais sendo que ele é só o meio de retirar o que entrou na nossa conta lá em cima.  Temos que fazer nosso trabalho somente porque é uma ordem Divina , e junto com isso termos fé em D’us e não ver o próprio trabalho em si como algo que pode nos ajudar ou nos prejudicar .

Sendo que a ordem Divina é só em relação ao que podemos fazer e D’us não se comporta com tirania com as suas criaturas , quando não temos a possibilidade de fazer  o receptáculo, não só que isso não enfraquece a confiança que D’us vai nos dar o nosso pedido, mas serve como prova de que nesse caso específico não precisamos de receptáculo . Por isso quando aconteceu o imprevisto e Sarah foi levada ao palácio do Faraó Avraham ficou confiante que o milagre iria acontecer porque nesse caso ele não tinha mais o que fazer de uma maneira natural e sabia que restou para Hashem fazer um grande milagre.

Porque Hashem pede para fazermos o receptáculo se o receptáculo por si só aparentemente nem ajuda e nem prejudica?

Por causa de uma intenção Divina profunda que determina que tudo o que desce lá de cima para esse nosso “mundo da Assiá” vem revestido nas vestimentas da natureza , portanto nós, que somos criados à exemplo de cima, também precisamos fazer uma “vestimenta” natural para podermos receber as bênçãos Divinas.

Esses meios naturais são o trabalho , os cuidados com saúde , segurança e etc. Quando não fazemos isso estamos roubando de nós próprios o que Hashem quer nos dar ou obrigando Hashem a nos fazer milagres e descontar dos nossos méritos (e com certeza ainda vamos reclamar que D’us cuida melhor do vizinho) . Mas quando vemos que de verdade não há o que fazer e o único jeito é o milagre, podemos ficar confiantes, os milagres vão acontecer!

Noach

A Torá nos conta em duas parashiot uma história de vinte gerações de Adam Harishon até o nascimento de Avraham Avinu que consiste em quase dois mil anos de história. Depois disso a história do nosso patriarca Avraham é contada em três parashiot , nos ensinando que uma história de mil anos de atrocidades de Adam até Noach termina em dilúvio, e mais mil anos sem D’us , de Noach até Avraham só não terminou em dilúvio porque D’us prometeu para Noach que não iria mais ter dilúvio.
Depois de dois mil anos , chega o nosso primeiro patriarca , Avraham Avinu ensinando as pessoas a rezarem para D’us e fazerem boas ações , e aí tudo mudou!

Noach era um Tzadik na geração dele, Avraham Avinu seria um Tzadik em qualquer geração. Noach não fez o mal, mas também não fez o bem. Não rezou pela sua geração, não tentou ensinar sua geração a se comportar de maneira melhor. Noach construía a arca , e se alguém perguntasse para ele porque ele estava construindo essa arca, ele respondia que Hashem vai mandar um dilúvio por causa das atrocidades que eles estavam cometendo e ele e sua família iriam se salvar. Entre ele e as outras pessoas havia uma barreira, ele não tomava a iniciativa de ensinar as pessoas a se comportarem melhor e a rezarem para D’us e também não rezava por elas, ele não se importava com elas.

Noach fez uma arca e salvando a sua família e os animais , mesmo assim está escrito que Noach era um Tzadik na geração dele (porque nela não tinha ninguém melhor) mas se ele estivesse na geração de Avraham Avinu já não seria tão importante assim

Se é assim, porque ele foi chamado de Tzadik na geração dele? Porque pelo menos ele tinha os valores certos , sabia o que era certo e o que era errado. Noach não diria que cada um tem a sua opinião e está no direito de fazer o que quiser e se casar com o que quiser, mas respondia a quem perguntava que as más ações teriam como consequência um dilúvio.

Sabemos que existem sete mandamentos de bnei Noach e quando temos a oportunidade ensinamos aos povos do mundo esses mandamentos , principalmente que não se deve fazer idolatria e que um homem deve se casar com uma mulher (os maiores problemas  da nossa geração). Mas Noach não teve essa atitude de divulgar as próprias sete Mitzvot de bnei Noach.

Avraham Avinu foi o primeiro judeu , ele ensinou aos bnei Noach as Mitzvot deles . Em outras palavras , aprendemos de Noach que não devemos ser como Noach mas temos que ter atitude como Avraham, por isso o dilúvio é chamado de “as águas de Noach”

🥰Diz o Ari Zal que a geração que causou o dilúvio e a geração que fez a torre de bavel , ambas mencionadas na nossa Parashá , se reencarnaram novamente como o povo de Israel no Egito . O decreto do Faraó de jogar as crianças no rio foi o concerto das almas daquela geração que por suas atrocidades causou o dilúvio. Ou seja, uma criança tão fofa e meiga que tinha acabado de nascer no Egito, não matou ninguém, não roubou ninguém, uma alma pura, porque ela mereceu uma morte tão terrível? A resposta é simples, uma alma pura mas com pendências de ter feito grandes atrocidades em uma reencarnação anterior que estão esperando pelo seu conserto. Os  egípcios jogaram as crianças judias na água e foram condenados pelo tribunal Divino por esses assassinatos culminando com a destruição do Egito e o afogamento do seu exército, mas onde estava D’us quando isso aconteceu? Porque D’us não fez um milagre para salvar essas crianças? Porque esse era o concerto daquela geração, o concerto daquelas Almas. Isso é chamado de ”Tikun”.

O mesmo diz o Ari Zal sobre os judeus que viveram na época das cruzadas e da inquisição, que foi um verdadeiro holocausto para o nosso povo. Diz o Ari Zal que eles eram almas judias da época do primeiro Beit Hamikdash que faziam idolatria (que incluía até sacrifícios humanos) e tiveram que se reencarnar para passar por esse ”Tikun”. Uns tinham que morrer para não fazer idolatria, outros tiveram que perder a casa para não fazer idolatria, cada um de acordo com o nível de idolatria que tinha feito na reencarnação anterior. Esse raciocínio é aplicado à todas as perseguições que o nosso povo passou, mesmo não sabendo o motivo delas sabemos que ele está ligado à reencarnações anteriores, como dizia o Rav Moshe Weber, grande Tzadik que viveu em Yerushaláim, “Hacol muvan bessod haguilgulim” (“tudo é inteligível pelo segredo das reencarnações”)

Também  o decreto dos egípcios de escravizar o povo de Israel para construir Pitom e Ramsés foi um “Tikun” , foi o concerto das almas que fizeram a torre de bavel da nossa Parashá, tanto a geração do dilúvio quanto a geração da torre de bavel eram almas divinas que se tornaram depois o povo de Israel no Egito e depois do seu “Tikun” saíram de lá para receber a Torá no monte Sinai.🥰

Curiosidades:

Homemssauro, mulherssauro, nenêssauro e dinossauro:

A escritura nos deixa claro a idade de cada uma das pessoas mais importantes das dez gerações entre Adam e Noach mas não comenta sobre o tamanho dessas pessoas , como se existisse uma escala óbvia entre idade e tamanho. Foram encontrados ossos de dinossauros mas não foram encontrados desenhos deles entre os desenhos da antiguidade , nos indicando que eles viveram antes do dilúvio.

O Zohar nos conta que Rabi Hiya e Rabi Yehuda estavam andando nos  “Montes Altos” e encontraram lá ossos de pessoas que morreram no dilúvio. Eles resolveram medir um osso desses e andaram sobre ele trezentos passos (150 metros). Então, imagine o erro dos cientistas quando colocam os ossos dos dinossauros ao lado dos ossos de alguns macaquinhos da época antiga (que eles dizem ser o macaco que virou homem e já o consideram homem). O motivo principal do erro deles nessas proporções é que eles nunca encontraram um esqueleto de verdade de seres humanos que viveram antes do dilúvio, mas se encontrassem veriam que o maior dinossauro em relação aos seres humanos daquela época seria como uma galinha em relação a nós.

“Cúbito de Noach”:

A medida da arca é em ”amot”. Traduzido pelos portugueses antigos como cúbito , é a medida do antebraço entre o cotovelo e o pulso, para o ser humano de hoje uma média de 50 centímetros. Mas sendo que não sabemos o tamanho de Noach e a “escala métrica” do “amá” no caso dele é relativa ao tamanho do antebraço dele , pode ser que a arca da muito maior do que imaginamos.

Espécies e raças:

Noach colocou na arca pelo menos um macho e uma fêmea de cada espécie. Sabemos que antes do dilúvio os híbridos também se multiplicavam mas que somente entraram na arca espécies que não tinham se misturado entre si. Também sabemos que o clima mudou depois do dilúvio e muitas espécies não sobreviveram à essa mudança e se extinguiram, como acontece também hoje. Se os dinossauros eram híbridos que não entraram na arca ou entraram na mas não se adaptaram ao clima dos e se extinguiram fica em aberto.

Quando as pessoas e os animais saíram da arca receberam de Hashem (D’us) uma brachá para se multiplicar . A consequência dessa brachá é que a espécie que não estava na arca e surgiu depois com o cruzamento de duas espécies, o que chamamos de híbridos, ou não tem filhos ou tem filhos não férteis e termina aí como é o caso da mula.

As raças de uma mesma espécie se cruzam entre si e tem filhos férteis como é o caso do camelo, o dromedário, o lhama, alpaca e vicunha que são todos raças de um camelo original que estava na arca, cruzam-se entre si e têm filhos férteis como foi o resultado da experiência feita nos emirados árabes.

Se as raças daqueles animais que entraram na arca eram os menores da raça e depois cresceram também ficou em aberto, porque uma coisa é certa, tudo o que aconteceu na arca foi um grande milagre, e um milagre assim também presenciamos no Beit Hamikdash quando nosso povo inteiro entrava lá no Yom Kipur. Entravam muito apertados, mas na hora que se prostravam havia espaço de sobra com muita folga para todos.

E que isso se repita em breve em nossos dias com a chegada do Mashiach amém!!!!

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Ve Zot Habrachá

Nossa última Parashá da Torá: “Vezot Habrachá”, é diferente de todas as outras por elas serem lidas sempre no Shabat enquanto que “Vezot Habrachá” é lida sempre na festa de Simchát Torá, festa do término da leitura anual do Sefer Torá.
A última pessoa que sobe na Torá em “Vezot Habrachá” é chamado de “Chatan Torá” (o noivo da Torá).
Certa vez uma pessoa (não judeu) perguntou ao grande Sábio Hilel :- Quantas Torot (plural de Torá) vocês tem?
:- Duas , respondeu Hilel, a Torá escrita e a Torá oral . Ouvindo isso a pessoa declarou :- Na Torá escrita eu acredito mas na oral não, quero me converter ao judaísmo na condição de que você me ensine somente a Torá escrita. Hilel concordou.
Hilel começou a ensinar à ele como ler a Torá escrita. Mostrou para ele a letra Alef e explicou (oralmente) que o nome dela é Alef. Mostrou o Beit e explicou que o nome dela é Beit , o mesmo fez com a letra guimel e a letra dalet
Na outra aula Hilel mostrou para ele a letra Alef e disse que isso é o Dalet. O aluno se espantou e disse :- Mas ontem você não me explicou assim! :- Você confiou no que eu te expliquei oralmente ontem? Disse Hilel, então confie em mim também em relação à Torá oral (sendo que quando D’us deu à Moshe a Torá escrita explicou ela para Moshe que ensinou o povo de Israel oralmente o significado das escrituras e assim a Torá chegou até nós desde o começo) !
Ou seja, sem a Torá oral não saberíamos nem ler e nem entender a Torá escrita, a Torá oral é a que atesta que a Torá escrita está escrita da maneira correta e é verdadeira
Como vimos antes, quando D’us nos deu a Torá elas eram duas desde o começo. Uma escrita e uma oral. Moshe , o maior de todos os profetas escreveu a Torá escrita e explicou oralmente como colocar ela na prática, ou seja, de que forma entender e cumprir o que está escrito nela.
Em outras palavras , o como cumprir a Mitzvá é chamado de Torá oral.
A Torá escrita começa com Moshe , o maior de todos os profetas e continuou sendo escrita posteriormente por profetas menores do que Moshe até o exílio da Babilônia que aconteceu depois da destruição do primeiro Beit Hamikdash, mas sem acrescentar ou diminuir as Mitzvot da Torá de Moshe.
Os últimos profetas viveram no exílio da babilônia entrando também na época em que o império persa dominava o mundo até a época em que o segundo Templo foi construído. Depois dos persas vieram os gregos e depois o império romano.
Na época dos gregos e romanos não tínhamos mais profetas e portanto não tivemos mais Torá escrita. A Torá escrita terminou de ser escrita no exílio da Babilônia e Pérsia completando 24 livros.
Posteriormente, na época do império romano a Torá oral que era repassada oralmente até aquela época também foi escrita incluindo a Torá oculta conhecida como Kabalah.
A Torá oral continua crescendo em cada geração sendo que surgem novas situações que precisam ser esclarecidas e comparadas às anteriores, diagnosticadas e classificadas . As pessoas precisam de explicações com mais detalhes e etc. As explicações dos Sábios de cada geração de como cumprir a Torá da maneira correta naquela geração também é chamada de Torá oral . Chegamos hoje à dezenas de milhares de livros de Torá oral dos quais mais de 52000 livros sem direitos autorais já estão disponíveis para download no site Hebrew Books www.hebrewbooks.org/

Então, vamos dançar com o Sefer Torá em Simchat Torá e estudar Torá o ano inteiro com essa mesma alegria e entusiasmo de Simchat Torá!
Bereshit
Nossa Parashá nos conta como D’us criou o mundo em seis dias há 5778 anos atrás. Se um cientista estivesse com todo o seu equipamento nos seis dias da criação iria analisar uma pedra e dizer que ela tem milhões de anos, cortar uma árvore, contar quantos anéis há nela e concluir que ela tem mil anos, e por final entrevistar Adão e Eva e concluir que eles são dois adultos falando hebraico fluentemente e não bebês recém nascidos.
Assim D’us criou o universo, tudo em seis dias , mas com tanta qualidade que parece até que levou milhões de anos para fazer! O cientista ficaria espantado com a capacidade Divina de conseguir criar tudo em seis dias há 5778 anos e não precisar esperar milhões de anos para ver se algo absurdamente surge sozinho.
Se os dinossauros foram cruzamentos híbridos que morreram no dilúvio ou se foram criados originalmente nos seis dias da criação , entraram na arca de Noé mas não se adaptaram ao clima pós dilúvio, isso fica em aberto. Mas o fato de D’us ter criado lugares no mundo como o Grand Canyon, com certeza foi para nos dar o livre arbítrio para podermos escolher entre D’us e as teorias da criação !
No primeiro dia da criação é usada a palavra “D’us criou”, no terceiro dia está escrito “a terra tirou”. Rashi explica que tudo foi criado no primeiro dia , mas a terra foi tirando por ordem Divina cada dia a criação vinculada àquele próprio dia. Daqui podemos deduzir que tudo saiu da nossa terra, ou seja, a galáxia inteira!
Podemos deduzir que os planetas que D’us colocou no céu no quarto dia foram tirados da terra e colocados no céu , talvez até com as plantas que “a terra tirou” no terceiro dia , ou talvez até os próprios planetas depois de saírem da Terra continuaram “tirando” cada dia da criação , cada um no seu lugar, peixes aves e animais de acordo com as condições do lugar, tudo isso é “talvez”.
Mas uma coisa é certa e não “talvez”, quando chegamos à criação do homem tudo muda. D’us faz um homem de barro e sopra nele uma Alma Divina, diferente dos outros dias da criação . Ou seja, ser humano, vida inteligente, isso D’us criou separadamente no sexto dia e somente aqui na nossa terra.
Então como pode ser que pessoas fotografaram discos voadores no céu e etc? Voltamos para o assunto do Grand Canyon, isso vem para nos dar o livre arbítrio e a possibilidade de escolha.
O Midrash nos conta que quando Moshe Rabeinu estava no monte Sinai, o anjo da morte fez um filme no céu mostrando o enterro de Moshe. Todos viram, e se tivessem celular naquela época poderiam até ter filmado e colocado no YouTube. Mas tudo era uma ilusão, no outro dia Moshe desceu vivo e cheio de energia !
Ou seja, o “outro lado” pode usar esse recurso também em certas ocasiões e fazer discos voadores no céu para usarmos o nosso livre arbítrio e optarmos pela verdade que vida material inteligente existe somente no nosso planeta Terra e tudo foi criado há 5778 anos atrás no Gan Éden material que estava entre o rio Prat (Euphrates) e o Hidekel (Tigris)
Shabat Bereshit
Nesse Shabat que é chamado Shabat Bereshit temos que ficar muito alegres porque dizem os grandes Tzadikim que do jeito que nos comportamos no Shabat Bereshit despertamos uma tendência para todos os Shabatot do ano. Então vamos aproveitar a alegria de Simchat Torá e fazer desse Shabat o Shabat mais alegre do ano!!!

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YOM KIPUR

A Guemará nos conta que tivemos quarenta e oito profetas e sete profetisas durante a nossa história

O Sefer Melachim nos conta que o profeta Ovadiahu salvou a vida de 100 profetas escondendo cinquenta em uma caverna e cinquenta em outra e levando para eles comida do próprio palácio do rei que queria matá-los. Daqui vemos que existiram muito mais do que 48 profetas e sete profetisas na nossa história, então porque a Guemará determina esse número tão pequeno? A resposta é simples: A maioria dos profetas profetizou somente para sua época , mas esses 48 profetas e sete profetisas profetizaram para o futuro também.

Daqui a pouco, antes do sol se pôr vai começar o dia mais sagrado do ano judaico, o Yom Kipur, que só termina amanhã com a saída das estrelas. Na Haftará de Minchá amanhã leremos uma parte do livro do profeta Yoná.

O livro de Yoná é muito pequeno, tem só quatro capítulos contando uma história que aparentemente não tem nada a ver com a nossa realidade. O profeta Yoná foi mandado para Nínive na Assíria, falou a sua profecia que era específica para eles e a história terminou lá com um final feliz.

Diferente de profetas que falam no mesmo livro profecias passadas e futuras ou somente futuras justificando a inclusão desses profetas na lista da Guemará, o livro do profeta Yoná não traz nenhum assunto sobre os dias do Mashiach e nem sobre coisas que vão acontecer antes do Mashiach chegar. Então o que justifica a presença do profeta Yoná entre os profetas que profetizaram profecias futuras?

TESHUVÁ , um presente de Hashem para todas as gerações!!!

O livro de Yoná nos dá dicas importantes e profundas sobre o assunto mais importante na realidade de cada um de nós aqui e hoje: a Teshuvá!

Teshuvá em hebraico quer dizer retorno. Ou seja, sair do caminho errado e retornar ao caminho certo.

Teshuvá não tem data, etnia, idioma ou nacionalidade, ela é patrimônio da humanidade em todas as épocas desde a criação do mundo e até hoje!

E aqui começa a história do profeta Yoná nos dando instruções tão importantes de como fazer esse retorno.

Yoná, aluno do profeta Elishá, filho da mulher Tzarfatit que Eliahu Hanavi ressuscitou , recebe uma ordem Divina de viajar para Nínive na Assíria e publicar lá que caso eles não fizerem Teshuvá em quarenta dias a cidade será totalmente destruída.

Yoná queria mesmo é que Nínive fosse destruída, sendo que os assírios eram os arqui-inimigos de de Israel em uma época em que existiam dois estados judeus, Israel com dez tribos e Yehudá com duas. Posteriormente eles conquistariam Israel exilando dez tribos judaicas que não voltaram para o nosso povo até hoje. Portanto Yoná queria que eles não fizessem Teshuvá e consequentemente fossem destruídos para não nos destruir futuramente.

Yoná , sabendo que a profecia só poderia pairar sobre ele na Terra Santa , vai para o porto e compra todas as passagens de um navio para que ele não precise esperar por clientes e possa partir imediatamente. Posteriormente quando o nosso povo foi exilado para a Babilônia está escrito “Galu lebavel Shechina Imahem” (foram exilados para a Babilônia e a presença Divina foi junto), ou seja, quando a revelação Divina chamada de Shechina foi para a Babilônia aí a profecia pairou sobre os profetas lá também, mas na época de Yoná se ele saísse de Israel a profecia não pairaria sobre ele.

No começo da viagem começou uma tempestade demonstrando que Hashem não abre mão de uma tentativa de que até o pior povo do mundo talvez faça Teshuvá.

Daqui aprendemos a primeira dica: Até a pior pessoa do mundo também merece a sua ajuda para fazer Teshuvá mesmo que a volta dessa pessoa para o judaísmo vai te tirar da zona de conforto, mesmo assim ajude ele a fazer Teshuvá, saiba que você não é melhor do que Yoná e o seu próximo não é pior do que os habitantes da Assíria. Então quanto mais as melhores pessoas do mundo que são aquelas que estão a sua volta

 

Haazinu

Nossa Parashá (que é a penúltima Parashá da Torá) está escrita de uma forma chamada “ariach al gabei ariach”. Essa montagem de texto vem identificar que ela é uma música.

Um dos assuntos interessantes que ela nos conta é: “Lembre-se dos dias passados, olhe para os anos de cada geração e geração”. Rashi traz duas explicações.

A primeira é : “olhe para os anos de cada geração e geração”, veja o que aconteceu com a geração de Enosh na qual o oceano surgiu pegando uma grande parte da terra, e a geração do dilúvio na qual o mundo afundou.

Não seja um perdedor, não repita os erros dessas gerações.

A segunda explicação é : Pense no futuro, veja o que você poderia estar ganhando ! D’us tem o poder de te dar coisas mega maravilhosas que são os tempos do Mashiach e o próximo mundo, faça certo e seja um vencedor!

Um dos 13 princípios da fé judaica é que Mashiach vai chegar. Esse princípio determina o final do “Galut”, o final do nosso exílio

Um descendente direto, filho após filho do rei David e do rei Salomão, e que se iguala ao rei David no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot , constrói o Beit Hamikdash, o Templo Sagrado de Jerusalém, no lugar sagrado onde hoje se encontra o patrimônio tombado da UNESCO, a mesquita tão famosa no “Monte do Templo”

Ele vence as guerras de Hashem e traz todos os judeus de volta para a terra de Israel. Fazendo isso ele se torna o Mashia’h que em hebraico quer dizer simplesmente o “rei ungido”, sendo que ele é um descendente direto do rei David que foi ungido rei de Israel pelo profeta Shmuel não precisa de uma segunda unção para ser o rei de Israel mas herda a unção do rei David.

Daqui aprendemos que a solução para o nosso exílio não é um presidente eleito mas sim o Mashia’h.

A Guemará em Sanedrin nos conta que os alunos dos grandes Sábios que estavam dentro desse critério, ou seja, eram descendentes do rei David e eram grandes como ele no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot, diziam que o Rebe deles, mestre em hebraico, era o Mashia’h.

Com isso queriam dizer que , caso acontecesse a Gueulá naquela época, o candidato mais adequado para ser o Mashiach seria aquele sábio.

Dessa mesma maneira, na nossa geração o Rebe de Lubavitch foi apontado por muitos como candidato dentro desses critérios dos antigos sábios da Guemará e por esse motivo isso não foi visto como uma transgressão à Hala’há, à lei judaica.

Quando acontecer a Gueulá, o Beit Hamikdash for reconstruído em Jerusalém, sendo que a parte principal dessa reconstrução descerá pronta do céu,  e as guerras forem vencidas, o candidato a Mashia’h se torna o Mashia’h na prática.

Antes disso, os alunos do Rabi Hanina na Guemará ou os alunos do Rabi Inon puderam dizer que o Rebe deles era o Mashia’h, dentro dessa intenção, e isso não constitui um problema de Hala’há.

A Guemará em Sanhedrin também nos conta que o fato de o Mashia’h ser dos vivos ou dos mortos não é relevante nesse caso contanto que ele venha a construir o Beit Hamikdash, vença as guerras de Hashem e traga o nosso povo de volta para a terra prometida, passando depois junto com todo o povo de Israel para a etapa em que a vida será eterna, o próximo mundo.

Os romanos antigos copiaram também esse aspecto da religião judaica e aplicaram ele inadequadamente à alguém que não era um descendente do rei David, não cumpriu a Torá e as Mitzvot como o rei David, e que na época dele o Beit Hamikdash foi destruído, as guerras perdidas e o povo se espalhou para fora de Israel, não tendo qualquer relação ou comparação com o princípio judaico da vinda do Mashia’h e com o fato de os alunos dos Sábios de Israel dizerem que o Rebe deles era o Mashia’h.

A Guemará no tratado de Rosh Hashaná nos conta que Rabi Eliezer diz que no mês de Nissan foi a Gueulá dos nossos pais (que saíram do Egito) mas em Tishrei será a Gueulá futura.

Sendo que a festa de Sucot foi dada na Torá em comemoração à Gueulá do Egito e como diz a Meguilá ” Esses dias são lembrados e acontecem” , os dias de Sucot são uma hora propícia para a Gueulá!

Então, vamos pedir para Hashem! Só temos a ganhar 🥰

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Nitzavim

Parashat Nitzavim, é sempre lida no Shabat antes de Rosh Hashaná porque o Shabat envolve espiritualmente os dias posteriores e Rosh Hashaná é o dia do julgamento no qual todas as Neshamot (nossas Almas) se apresentam na frente de Hashem.

Tanto os presidentes das tribos (que representam as pessoas mais importantes) quanto o lenhador e o aguadeiro, (que representam as pessoas menos importantes) são julgados juntos com total igualdade sendo que somos comparados à um corpo onde cabeça e pés se completam , nenhuma parte pode faltar e cada uma é julgada de acordo com a sua função.

O dia de Rosh Hashaná foi escolhido por D’us para ser o aniversário da criação do mundo .

O mundo foi criado em seis dias e cada um deles é o dia da criação do mundo , mas o sexto dia que é o dia no qual o homem foi criado, foi escolhido para ser o aniversário do mundo porque o ser humano é o objetivo da criação.

Porque então D’us falou para os anjos façamos o homem se somos mais importantes que os anjos?

O Midrash diz que foi para nos ensinar a importância da humildade, se até D’us quando fez o homem compartilhou essa informação com os anjos porque eles teriam ligação com essa nova criatura, quanto mais nós devemos nos comportar com humildade.

Um dos vínculos que encontramos entre nós e os anjos é o chamado “Tribunal Divino”. Ele é composto de anjos e Neshamot de Tzadikim.

Quando fazemos uma coisa boa criamos naquele tribunal um anjo à nosso favor, quando fazemos algo ruim criamos um anjo contra nós, consequentemente o Tribunal Divino de cada um de nós é personalizado.

Diferente das outras “religiões” onde a divindade faz o que quer, no judaísmo, antes de D’us nos criar ele já tinha criado o tribunal Divino que fiscaliza nossas ações usando a Torá como referencial , e por mais que D’us seja a essência do bem ele não pode ser tirano com esse tribunal e obrigá-los a mudar um decreto à nosso favor.

Rezando por nós próprios

Sendo assim , como conseguimos por meio das nossas rezas anular os decretos do tribunal Divino? Rabi Yossef Albo que viveu na Espanha no ano de 1400 nos explica que quando nos arrependemos do que fizemos e rezamos, nos tornamos pessoas melhores e aquele decreto que tinha sido feito para uma pessoa pior perde o efeito porque essa pessoa pior deixou de existir, e para a pessoa melhor que você ficou agora é feito um decreto melhor .

Rezando por outras pessoas

O Baal Shem Tov tinha um mestre que descia do céu para ensinar a ele Torá. Esse mestre era o profeta Ahia Hashiloni que viveu na época do Rei Salomão e foi posteriormente o mestre de Eliahu Hanavi.

Disse o Baal Shem Tov que o profeta Ahia revelou para ele que a Sefirá Mal’hut é chamada de din (decreto rígido) e a raíz dos dinim é a sefirá chamada Bina. Por meio da reza elevamos o “din” até a biná e lá adoçamos ele, ou seja, mudamos o DNA dele na sua fonte e transformamos ele em bondade. Quando rezamos por outra pessoa ligamos ela a essa raiz espiritual , à Biná, e lá ela já é outra pessoa.

Então vamos aproveitar e rezar bastante para que nós e todos os que estão ligados à nós tenhamos um ano bom e doce e que Mashiach chegue já!!!

Vayelech

Encontramos em Vayelech um dos cinco versículos que são excessão de regra na leitura da Torá.

Sendo que o Sefer Torá não tem pontos, para saber aonde começa ou acaba um versículo nos baseamos nos sinais de música chamados Teamim que vem desde a época de Moshe Rabeinu,

O motivo de precisarmos saber onde começa e termina o versículo é porque não podemos dizer meio versículo quando há nele o nome de Hashem para não falarmos o nome de D’us em vão. Então, para sabermos aonde terminou o versículo nos baseamos no sinal de música chamado “etnachta” que representa uma parada temporária, ou no sinal chamado “sof passuk” que representa uma parada final.

A Guemará em Yoma nos conta que Issi ben Yehudah nos ensinou que cinco versículos na Torá inteira saem dessa regra . Um deles está na nossa Parashá . O versículo diz:- “E disse D’us à Moshe você se deita com seus pais (se referindo à seu falecimento) e esse povo se levanta e…..etc. Nesse versículo o sinal “etnachta” se encontra na palavra “seus pais” determinando que lá termina o assunto, Moshe morre e ponto! Mas aqui se encontra a exceção de regra e daqui nossos sábios na Guemará em Sanedrin aprendem a ressurreição dos mortos pela Torá escrita, colocando o ponto na próxima palavra :- “Você se deita com os seus pais e levanta”, ressuscita!

O Ari Zal nos explica que , sendo que esse versículo não tem determinação e se aplica tanto ao antes do “etnachta” na palavra “e você” se referindo à Moshe , quanto ao depois na palavra “esse povo” , diz o Ari Zal que daqui aprendemos que tanto Moshe quanto esse povo se reencarnam e se tornam a última geração

Diz o Ari ZaL que Moshe Rabeinu e toda sua geração eram a
“Dór Deáh” (geração do conhecimento) e a raíz das almas deles era o lado oculto da Sefirat Daat que é chamado no “Etz Haim” de “Leáh” . A geração paralela chamada “erev rav” também tinha a raiz na Daat mas era afetada pela mistura do bem e do mal nesse mundo.

Moshe se reencarna e se torna Mashiach e a geração dele também se reencarna e se torna a geração do Mashiach . Até a “erev rav” também se reencarna por também ser “dór deáh” e à ela se refere o final do versículo que diz:- “esse povo vai se levantar e ….(……)”.

As mulheres mandam nos maridos? Mashiach vai chegar!

Uma característica dessa última geração, diz o Ari ZaL, é o fato de as mulheres mandarem nos maridos. Na reencarnação anterior dessa geração, no deserto, os maridos doaram os anéis para fazer o bezerro de ouro mas as mulheres recusaram apoiar a idolatria. Por isso elas ganharam esse prêmio de mandar neles nessa reencarnação. Chegamos à conclusão de que essa geração é a nossa!!!!

Diz o Maguid de Mezritsh que outra característica da “dór deáh” é de que o assunto principal deles era o conhecimento que se expressa pela fala e eles não tinham a característica da ação. Até o próprio Moshe para abrir o mar vermelho levantou o cajado mas não bateu no mar.

Quando Moshe chegou perto da Terra Santa na qual o trabalho principal seria a ação das Mitzvot , Hashem disse para ele falar para a pedra para que a água volte mas ele bateu na pedra para já começar o trabalho da próxima geração (ação). Hashem queria que ele falasse com a pedra para elevar a próxima geração (da ação) ao nível elevado da geração dele (do conhecimento, da fala). Toda aquela geração com Moshe e a “erev rav” tiveram que falecer no deserto e esse é o trabalho de Moshe, voltar como Mashiach e elevar toda a “geração do conhecimento” (incluindo a erev rav) por meio do estudo Torá e o cumprimento das Mitzvót, “fala e ação” .
O Rebe de Lubavitch disse que essa geração somos nós

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Ki Tavô

Nossa Parashá nos conta sobre bênçãos e maldições. Sabemos que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, então o que são essas maldições?

Rabi Shneior Zalman fazia pessoalmente a leitura do Sefer Torá em Liozna. Um Shabat, quando as maldições seriam lidas naquela Parashá, ele não estava na cidade e outra pessoa leu no lugar dele. O filho do Rabi Shneior Zalman que se chamava Dov Ber ficou tão angustiado quando ouviu a leitura das maldições que passou mal o mês inteiro.

Quando descobriram que o motivo de ele estar passando mal foi por ter ouvido as maldições perguntaram à ele :-Todo ano você ouve essa Parashá, o que aconteceu agora? : – Quando meu pai lia, respondeu ele, não se ouvia nenhuma maldição!

Quando esse filho cresceu e se tornou o segundo Rebe de Chabad e o primeiro Rebe da cidade de Lubavitch , revelou à todos o motivo de existirem essas maldições na Torá e explicou isso da seguinte maneira:

Dentro de todo acontecimento infeliz está revestida uma bondade Divina enorme, portanto tudo que D’us faz é para o bem e não existe mal que desce lá de cima , e por isso se faz uma bênção sobre um acontecimento infeliz da mesma maneira que se faz uma bênção sobre um acontecimento feliz.

Quando termina o aspecto negativo do acontecimento infeliz, (ou seja, depois que ele passa) automaticamente se revela o bem que estava oculto nele que é muito superior à uma bondade normal revelada, (mas essa bondade maior só surge como consequência do acontecimento infeliz) como ouvi do meu pai (Rabi Shneior Zalman) sobre a raiz do assunto das maldições da Torá que, no final elas se transformam em “super bênçãos” por causa da grande intensidade da bondade oculta nelas que se revela quando termina esse revestimento de extrema rigidez

Outro assunto interessante sobre as maldições da Torá:

Explicação do Baal Shem Tov sobre um versículo em Nitzavim que diz: “….quando vier sobre você a Bênção e a maldição”

“a Bênção que é uma maldição”:

O Baal Shem Tov traz um exemplo de uma pessoa que fez algo contra um Rei muito bondoso e poderoso. Essa pessoa foi condenada à morte pelo tribunal do rei, mas no lugar disso o Rei pediu para darem à ele um cargo no governo e depois ir promovendo ele cada vez para um cargo mais alto e mais próximo ao Rei.

Quanto mais essa pessoa era promovido e se aproximava do Rei, mais ele ficava com vergonha do que tinha feito. Quanto mais ele via a força e o poder do Rei e junto com isso a grande bondade do Rei que usava todo o seu poder e sabedoria para ajudar as pessoas , quanto mais ele via a honra que todos davam ao Rei que ele tinha desprezado tanto, mais sofria com a lembrança do que tinha feito .

Afinal chegou à conclusão de que não existe castigo pior do que esse e quem dera pudesse ter sido condenado à morte, porque se tivesse sido condenado à morte não sofreria tanto com esses remorsos. O Rei vendo que essa pessoa se arrependeu do seu comportamento e voltou a se comportar certo o desculpou totalmente.

Esse Rei é Hashem e essa pessoa somos nós, a maldição não precisa ser necessariamente uma tragédia para fazermos “Teshuvá” (retorno) mas podemos cumprir essas maldições dessa forma também em vez de sofrermos .

Por isso está escrito:-“E será quando vier para você a bênção e a maldição , você vai colocar no seu coração (se conscientizar) etc”. Ou seja, esse tipo de “bênção” pode ser chamado por nós de maldição por nos fazer sofrer um grande remorso nesse mundo, mas o bem oculto dela é nos trazer à essa conscientização , voltarmos para o bom caminho e recebermos uma grande Bênção material e espiritual como consequência da nossa Teshuvá.

E essa é a Teshuvá verdadeira. Quando fazemos Teshuvá para termos uma vida melhor ou para Hashem nos salvar de uma vida pior , essa Teshuvá também é válida mas ela só tem força para transformar nossos pecados de intencionais (mezid) para não intencionais (shogueg) mas ela não apaga os nossos pecados. Simplesmente não recebemos um castigo por eles porque revelamos que não estávamos conscientes da gravidade deles , como é o caso da criança que foi presa entre os idólatras e se comporta como um idólatra por ter crescido entre eles , por ele não ter consciência da gravidade do que está fazendo tudo o que ele faz de ruim é considerado “sem querer” e ele não recebe um castigo do tribunal Divino pelo que fez.

Mas quando nos conscientizamos da grandeza de D’us e sentimos remorso por ter feito alguma coisa contra D’us, essa é a Teshuvá verdadeira, e sendo que o pecado que fizemos nos causou esse remorso ele deixa de ser um pecado e se torna parte da Mitzvá da Teshuvá. Ou seja, quando fazemos Teshuvá por amor à Hashem nossos pecados se tornam Mitzvot, e esse é o bem oculto nessa Brachá que vem como uma uma klalá.

Conclusão : O acontecimento infeliz é um bem oculto de uma intensidade tão grande que não teve como descer para esse mundo de uma forma revelada , e por isso ele desce com um revestimento de maldição . Por isso devemos estar sempre alegres, mesmo que aparentemente as coisas não estão como deveriam estar , não podemos fazer uma condição de estarmos alegres somente quando as coisas estão do jeito que queremos.

Temos que ter uma fé total de que quando esse revestimento terminar e o bem oculto se revelar vamos ver que valeu a pena ter tido um pouquinho paciência para depois usufruir de uma bondade Divina tão grande que não teríamos como chegar a ela de outra maneira é por isso temos que estar alegres durante a situação ruim, por ela ser a embalagem da coisa maravilhosa que estamos desembrulhando

O desencadeamento das sefirót é : primeiro Chessed (bondade) depois guevurá (rigidez) e depois Tiféret (bondade intensa). Para chegar à essa bondade intensa , obrigatoriamente temos que passar por um pouquinho de guevurá.

Mas logo vai chegar o Mashiach e aí será só bondade intensa e revelada eternamente!

🌻🌻🌻🌻

Ki Tetzê

Nossa Parashá nos conta sobre o exército do nosso povo.

Um exército no qual o Cohen antes da guerra anunciava à todos , entre outras coisas , que quem teme morrer na guerra por ter feito algum pecado que justifique isso deve voltar para a retaguarda e dar um apoio ao exército como o conserto dos caminhos e etc, mas não ia para a frente de batalha.

Nossa própria Parashá conta na continuação que assuntos ligados à relações ilícitas distanciam de nós a ajuda Divina , e com certeza a pessoa que tinha uma “caidinha” para um assunto desses era o primeiro a voltar por saber que sem a ajuda Divina na guerra ele poderia morrer.

Ou seja, só participava da guerra quem não fazia pecados (principalmente desse tipo) e com certeza nem tinha vontade de fazer.

Nesse ambiente de guerra feroz contra um inimigo cruel a ponto de justificar uma guerra contra ele, ambiente nada romântico, acontece o despertar de uma paixão entre um soldado judeu e a própria inimiga .

Como em um ambiente desses um homem se apaixona? E pela inimiga? E a Torá deixa em aberto a opção de eles se casarem!

Explica o Ari ZaL que quando Adam Harishon, o primeiro homem, fez a primeira transgressão, árvore do bem e do mal, misturou o bem e o mal no mundo.

Todas as Almas Divinas que iriam nascer estavam no Adam Harishon, e muitas dessas Almas caíram no lado espiritual impuro como consequência dessa mistura entre o bem e o mal.

O mapa da queda dessas “Almas Divinas” que afundaram nas impurezas é uma cópia espiritual impura do Adam Harishon chamada de “Adam de Bliaal” .

A cabeça dele representa o exílio da Babilônia , os braços representam os exílios da Pérsia e Média que sucederam o exílio da Babilônia e o corpo representa o império grego que sucedeu a Pérsia.

Até aqui tudo bem definido e mapeado, em cada exílio a maior parte da comunidade judaica se encontrava nele e as fronteiras eram bem definidas.

As duas pernas desse Adam de Bliaal representam dois exílios paralelos. O exílio de Edom que são os descendentes de Essav, e o exílio de Ishmael.

Dois exílios totalmente distintos e longos, e por isso são representados pelas pernas que são as partes mais longas do corpo e separadas uma da outra . Ishmael se misturou com os persas antigos que são o Irã e suas ramificações no mundo árabe, e Edom deu origem aos povos europeus e suas ramificações .

Por incrível que pareça, vemos que os judeus nos últimos dois mil anos viveram em países árabes e europeus incluindo suas colônias.

Não ouvimos que tinha alguma comunidade judaica muito relevante na índia,  China, ou no Japão , e mesmo que judeus fugindo dos nazistas ficaram algum tempo na China , mesmo assim tiveram que se mudar para países de etnia européia como Estados Unidos e Austrália de colonização européia onde hoje existem comunidades judaicas com toda a estrutura montada, enquanto que na Índia, na Coréia ou no no Japão só existem Batei Chabad visitados por turistas e comerciantes que ficam temporariamente nesses lugares.

Quase seis milhões de judeus moram em Israel que faz parte de um oriente médio, “galut Ishmael” , e mais de seis milhões vivem nos Estados Unidos , “galut Edom”.

Até o Brasil tem uma comunidade judaica que justifica a existência de três Yeshivot .

Mas a Índia ou a China com mais de um bilhão de habitantes cada uma, não tem uma comunidade judaica que justifique nem sequer uma Yeshivá.

Diz o Ari ZaL que o motivo do nosso povo ter passado por esses exílios , inclusive os que estamos agora de Edom e Ishmael , é para elevar as “centelhas Divinas” que afundaram nas impurezas.

De acordo com todos os sinais que traz a Guemará já estamos nos calcanhares dessa figura, ou seja, só sobrou dela os calcanhares, últimos refinamentos.

Sobre essa figura dizem os nossos Sábios que Mashia’h não chega até terminarem as almas do “corpo”, de acordo com o Ari Zal isso quer dizer: até todas as Almas afundadas nesse “corpo espiritual de impureza” serem refinadas por esses exílios .

Diz o Ari ZaL que só dessa maneira conseguimos entender esse assunto da nossa Parashá.

Os judeus que iam para aquela guerra eram Tzadikim perfeitos e não existia a possibilidade de eles se apaixonarem por alguém por motivos de “Yetzer Hará”, má inclinação, consequentemente o que despertou aquela paixão foi a Alma Divina dela que se misturou no DNA espiritual daquele povo

Essa Alma Divina estava naquela mulher e tinha um vínculo espiritual com a alma do judeu que se apaixonou por ela, e essa era a única possibilidade de esse amor surgir.

Ela era ,”bonita” só para ele, por motivo de a Alma dela estar vinculada à Alma dele .

Talvez isso justifique também o fato de agora que estamos na época em que a nossa redenção final está para acontecer muitas pessoas quererem se converter ao judaísmo, pegando as comunidades judaicas despreparadas pelo fato de isso não ter sido uma coisa comum antes da nossa geração.

E mesmo que tivemos na nossa história pessoas que se converteram e até se tornaram grandes Sábios de Israel, e também ouvimos falar de um povo ou outro que se converteu ao judaísmo , mas não foi uma coisa tão grande que podemos apontar e dizer que aqui esses povos moravam e esses são os seus descendentes.

Nunca esse fenômeno foi tão grande e tão diversificado despertando uma verdadeira confusão em todas as comunidades judaicas do mundo.

Conclusão:

O fato de estarmos aqui no galut é para elevarmos as centelhas Divinas que estão no nosso país , nosso Galut personalizado.

Por meio do estudo da Torá , muitas vezes usando a língua do próprio país para explicá-lá , e do cumprimento das Mitzvót, usando as coisas materiais que temos aqui nesse país para o trabalho Divino, por meio disso elevamos todas as ramificações dessas “Centelhas Divinas” que caíram nesses lugares fazendo com que a Gueulá, nossa redenção final, aconteça imediatamente, em breve em nossos dias de verdade.

Então, no lugar de pensar no que precisamos e pedir nas nossas rezas só o que precisamos e fazer disso uma condição para ficarmos felizes , devemos nos perguntar ,:- Para que Hashem precisa de nós aqui nesse mundo? Faltava alguma coisa para nós lá encima que tivemos que descer para cá?

Então, vamos nos dedicar!

Cumprir mais Mitzvót com muita alegria e pedir nas nossas rezas para que Mashia’h venha imediatamente e já aconteça o término do galut !

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Shoftim

Nossa Parashá é dedicada por Alexandre Rabinovich no mérito do Yohrtzeit de seu pai Guershon Ben Akiva Rabinovitsch Z”L

Nossa Parashá nos conta sobre os direitos e os deveres do Rei terminando com o versículo de que esses direitos e deveres são para que ele tenha um longo reinado. Imediatamente depois disso a Parashá conta sobre direitos e deveres do Cohen e do Levi .O denominador comum entre eles é que eles têm o patrocínio do povo.

Sobre o rei está escrito que ele não pode ter mais cavalos do que o necessário, ou seja, realeza não é exibicionismo.

O Rambam diz que hoje todos aqueles que se dedicam ao estudo e ensino da Torá e à divulgação do judaísmo estão fazendo o trabalho daquela tribo de Levi que ensinava a Torá para o povo e portanto podem receber o patrocínio do povo, como o Levi que não recebeu uma parte na terra de Israel mas a parte dele era o trabalho Divino patrocinado pelo povo. E aí entra esse denominador comum. Da mesma maneira que o rei não podia ter mais cavalos do que o necessário, dessa mesma forma as pessoas que se ocupam com o estudo e ensino da Torá e a divulgação do judaísmo tem todo o direito de receber o patrocínio da comunidade , mas junto à isso todo o dever de usar esse patrocínio da maneira correta .

(Rebe de Lubavitch)

Nossa Parashá diz “Seja ‘Tamim’ (Inocente, puro,simples,íntegro) com Hashem seu D’us.”

O Shulchan Aruch coloca esse versículo na prática determinando que não é permitido para nós judeus consultarmos astrólogos, e quanto mais feiticeiros e videntes.

A Guemará nos conta (שבת קנ’’ו /ב) que quando nasceu o grande Sábio de Israel Rabi Nachman bar Itzhak, os astrólogos disseram para a mãe dele :- seu filho vai ser um ladrão!

Ela nunca deixou ele andar com a cabeça descoberta e dizia para ele :- cubra a sua cabeça para que você tenha “Irat Shamaim” (temor à D’us) , e peça sempre à D’us para o seu “yetzer hará” (má inclinação) não te dominar. Ele não sabia porque ela insistia tanto nisso. Um dia ele estava sentado embaixo de uma tamareira (que não era dele) e a “glimá” (a kipá da época) que cobria a cabeça dele caiu. O “yetzer hará” despertou e ele arrancou um cacho de tâmaras com os próprios dentes!

Afinal das contas ele continuou seguindo os conselhos da sua mãe e se tornou um dos maiores Tzadikim da Guemará e Rosh Yeshivá de Pumbedita (em aramaico Boca do Rio) cidade importante da Babilônia (perto da atual cidade de Fallujah, província de Anbar) .

Surge a pergunta: Se é proibido consultar os astrólogos, porque a mãe de Rabi Nachman bar Itzhak levou em conta o que eles disseram e fez com que ele se esforçasse tanto para que isso não acontecesse?

O próprio Shulchan Aruch na continuação nos conta que nessas coisas que já sabemos que o “Mazal” não é bom temos que levar isso em conta e nos proteger, e não confiar em um milagre, mas o que é proibido fazer é o ato de nós próprios verificarmos. Ou seja, se os astrólogos da Babilônia verificaram isso para ela (mesmo que ela, por motivos religiosos, não pediu para eles verificarem) quando a coisa já está verificada temos que fazer o que precisamos para nos proteger e não esperar por um milagre.

Conclusão: não tenha vergonha de andar na rua com a kipá (pode ser um boné também)

Os livros de Kabalá trazem assuntos como leitura de mãos. O fato de isso estar na Kabalá mostra que isso não entra nessa proibição, mas diz o Rebe que isso é somente quando alguém tem esse recebimento de Kabalá prática de mestre para aluno desde a época da Kabalá, e hoje não existem mais pessoas que tem esse recebimento direto, e sendo que nesse caso não adianta estudar diretamente dos livros a leitura de mãos atualmente é inválida.

Diz a nossa Parashá : – “Juízes e guardas coloque para você em todos os seus portões.
Porque a palavra portões aparece no plural ? Será que cada um de nós recebeu da Torá um Mandamento te ter um juiz e um guarda em cada entrada da nossa casa ? O grande Rabino Haim Vital que foi o principal aluno do Ari ZaL conta que essa linguagem se refere aos portões do nosso corpo .

1- o portão da visão que são nossos olhos
2-o portão da audição que são nossos ouvidos
3-o portão da fala que é a nossa boca
4-o portão do olfato que é o nosso nariz
5-o portão do tato (contato físico) que são nossas mãos e pés .

Precisamos colocar juízes e guardas em cada um desses portões.
Ou seja:

1- não olhar para coisas que a Torá (nosso referencial do que é luz e o que é escuridão) recomenda não olharmos (principalmente hoje na era do internet)
2- não dar ouvidos a coisas inadequadas (principalmente leshon hará e principalmente nesta era da informação)
3- não falar coisas feias e nem “leva e traz”(de novo leshon hará e principalmente na nossa era do Facebook)
4- não cheirar o perfume da pessoa proibida à você ,(bons e velhos tempos quando não havia poluição e nem rinite alérgica)
5-não tocar a pessoa proibida (fácil), não ir à um lugar inadequado que pode nos despertar desejos proibidos (principalmente na era do entretenimento)

Quando protegemos nossos “portões” das coisas ruins recebemos um enorme presente de Hashem, como diz o profeta Yashaiahu : -“Abram os portões e entre o povo sagrado …
Quando fechamos os nossos “portões” para as coisas ruins os portões celestiais se abrem para nós e ganhamos no paraíso futuro 310 mundos paradisíacos no qual cada mundo tem um portão que se abre para nós.

Continua o rav Haim Vital que daqui para o paraíso celestial existem muitos tipos de “anjos” que tentam nos impedir de chegar lá, também os sete céus tem muitos e muitos portões com muitos guardas celestiais em cada portão e portão . Depois dos 120 quando a nossa Neshamá deixa esse mundo (e infelizmente hoje em dia os 120 estão ficando modo de falar) esses anjos nos verificam. Se tivermos o mérito eles abrem os portões e nos deixam entrar, se não eles nos empurram para fora e trancam os portões na nossa frente não nos deixando entrar. Por isso devemos ter a sabedoria de demarcar nossos limites e proteger nossos “portões” . Quando nos conscientizamos disso durante a nossa vida nesse mundo teremos o mérito de todos os portões celestiais serem abertos para nós no mundo vindouro .

(ספר הליקויים כתבי הארי ז”ל)
כתיבה וחתימה טובה לשנה טובה ומתוקה

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Reê

“Nossa Parashá é dedicada ao aniversário da minha querida esposa Braha Haika Gloiber . Que Hashem dê à ela muitos anos de vida com muita saúde , muito sucesso, muito dinheiro e felicidades judaicas de toda a nossa família”. Cada ano que passa a Alma fica mais jovem, linda, reluzente e refinada !

Nossa Parashá também é dedicada pela família Amselem ao mérito da Refuá Shelemá de Avraham Ben Simi, e pela família Zimberknopf

– Reê –

Nossa Parashá nos conta que o sangue é a alma. Todos nós temos corpo e alma e se não tivéssemos uma alma seríamos um corpo morto.

A primeira alma a entrar no corpo é chamada de alma animal, e sobre ela a Parashá está falando. A Guemará nos conta que no momento em que uma mãe engravida o óvulo recebe uma alma animal do nível deste mundo onde o bem e o mal estão misturados (Klipat noga ou mais baixo). Sem ela nosso corpo não teria como crescer e se desenvolver. Mesmo essa alma animal estando revestida no corpo inteiro , a principal revelação dela é no lado esquerdo do coração que bomba o sangue oxigenado para todo o corpo e por isso a Parashá usa essa expressão de que o sangue é a alma. Sendo que ela é uma alma espiritual, podemos fazer transfusões de sangue e transplante de coração e ela continua no nosso corpo.

Uma segunda alma é dada à cada judeu, ela está vinculada à ele de forma envolvente desde que ele nasce, mas só assume nosso corpo quando fazemos treze anos, ou no caso das meninas doze anos (ela também é dada à quem faz uma conversão casher ao judaísmo , ou seja, ela já estava vinculada à essa pessoa desde que nasceu e isso foi o que causou para aquela pessoa querer se converter, por isso está escrito guer shemitgaier , ou seja, convertido que se converte e não goi shemitgaier).

Essa segunda alma se chama Neshamá. Ela se reveste na alma animal para poder interagir com o corpo sendo que ela é de uma fonte tão elevada que não tem como se revestir diretamente no corpo como a alma animal, mesmo assim a principal revelação dela no nosso corpo é no nosso cérebro, e sendo que por natureza a razão domina o sentimento (o cérebro domina o coração) o objetivo dela nesse mundo é dominar a alma animal e fazer dela uma plataforma para o trabalho Divino . E ela é você ! Você que desceu do céu para vencer a corrida de obstáculos que chamamos de vida e vai ganhar por próprio mérito um “baixo paraíso” no qual uma hora lá eqüivale a setenta anos dos maiores prazeres neste mundo, ou até um alto paraíso onde uma hora lá eqüivale a setenta anos no baixo paraíso, e vai ganhar isso como prêmio por ter feito o trabalho Divino, meta da corrida de obstáculos.

A Neshamá é pura e linda , cada ano que passa fica mais refinada e reluzente por meio do cumprimento das Mitzvót (mandamentos Divinos). Poderíamos dizer como exemplo que cada ano que passa , enquanto o corpo fica mais velho a Neshamá fica mais jovem !

A Parashá também nos conta que Hashem nos escolheu dentre todos os povos, somos o “Povo Escolhido”. Quem participou desse concurso Divino para ser escolhido? Nossa Neshamá não poderia ter participado sendo que ela é diferente das almas dos povos do mundo e uma escolha acontece entre coisas semelhantes. Quem se parece com os povos do mundo? Nosso corpo ! Ele foi escolhido ! O que ele ganhou dessa escolha? Ele ganhou Kedushá (santidade)!

Quando fazemos uma Mitzvá recebemos Kedushá, nosso corpo se torna mais sagrado e refinado, e no futuro quando ressuscitarmos ele vai reluzir mais do que a Neshamá. Os povos do mundo quando cumprem essa mesma Mitzvá não recebem essa Kedushá, e essa é a diferença causada por termos sido escolhidos.

Conclusão: Agora nossa Neshamá faz nossa alma animal e nosso corpo cumprirem os mandamentos Divinos trazendo para eles Kedushá. Na ressurreição essa kedushá se revela, nosso corpo ressuscita jovem lindo e reluzente e nosso mundo material se tornará um paraíso muito maior do que o alto paraíso, tudo isso no mérito da Torá e das Mitzvót que estamos cumprindo agora! Então, vamos aproveitar essa oportunidade, estudar mais Torá e fazer mais Mitzvot!!

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Ekev

Veachalta Vessavata Uverachta et Hashem Elokecha: comerás , satisfarás e louvarás o Eterno teu D’us.

Avraham Avinu costumava receber viajantes em sua tenda dando-lhes alimento, moradia e depois acompanhava-os , mostrando-lhes o caminho certo pelo qual deveriam seguir.

Ele pedia aos seus hóspedes que após a refeição agradecessem ao Todo Poderoso pois a Ele pertence a Terra e tudo o que ela contém. Assim Avraham foi acostumando os idólatras de sua geração com a idéia da existência de um Ser poderoso e único. O Talmud questiona o fato de que dois veículos do Tehilim aparentemente se contradizem. O primeiro diz : LaHashem Haaretz Umloah , ao Todo Poderoso pertence a Terra e tudo o que ela contém. E o outro: Vehaaretz Natan Livnei Adam: e a terra foi dada pelo Todo Poderoso aos homens. Então temos a seguinte pergunta: A terra pertence a D’us ou foi dada aos seres humanos?

O Talmud responde: o primeiro versículo se refere aos momentos nos quais a Brachá ainda não foi recitada. Já o segundo versículo refere-se ao momento seguinte, quando já fizemos a Brachá sobre o alimento. Portanto antes de fazer a Brachá tudo pertence ao Todo Poderoso, e após recitarmos a Brachá passa a pertencer ao ser humano

Nossos Sábios disseram que aquele que tem proveito deste mundo sem recitar uma Brachá é como se estivesse lesando o Todo Poderoso e a congregação de Israel.

Por tudo que foi explicado agora vemos a importância de uma Brachá e o poder que ela tem de atrair abundância para o mundo. Portanto se não a recitarmos, impedimos a entrada de fartura que viria ao mundo e beneficiaria a nosso povo.

Mazal Tov Michael!!!

Diz a nossa Parashá: “Porque não somente de pão viverá a pessoa, mas de toda palavra Divina a pessoa viverá .”

Explica o Ari ZaL que a vitalidade da Alma não vem por meio da comida mas sim por meio da palavra Divina. O que é essa palavra Divina? Diz o Ari ZaL que ela está indicando a benção que fazemos antes de comer. A Brachá eleva dos alimentos o lado “Alma” deles , “Centelhas Divinas” que se misturaram com o lado espiritual negativo do mundo. Por meio da Brachá refinamos essas pequenas revelações Divinas tirando elas das impurezas , delas nossa Neshamá (nossa alma Divina) recebe a sua vitalidade e esse é o “alimento da Alma”. Nosso corpo se alimenta do lado material do que comemos e nossa alma do lado espiritual.

Conclusão: Quer que a sua Alma vibre cheia de energia positiva? Capriche nas Brachot !

O Ari Zal explicou que tudo nesse mundo tem um lado ”corpo” e um lado Alma. Como o ser humano foi criado “corpo e Alma” assim também todas as outras coisas.

A própria Torá tem um lado “corpo” que são as Halachot (leis práticas) e um lado Alma que está por trás delas. Por isso os Anjos não queriam que a Torá descesse para esse mundo e recebesse esse lado “corpo”, porque eles não se interessavam por isso, sendo que não há entre eles ódio ou inveja e eles não precisam de leis práticas como “não assassinar”, “não cometer adultério” e etc. Por isso eles pediram para que a Torá ficasse nos mundos superiores e eles tivessem sempre acesso à essa revelação “Alma” da Torá. E aqui surge novamente a Brachá. Quando falamos as Brachot da Torá unimos nossa Alma ao lado Alma da Torá que é uma revelação Divina tão grande que até os Anjos queriam ter ela também.

As Mitzvot também tem o lado “corpo” e o lado “Alma”. Quando você faz uma Mitzvá é bom para você nesse mundo e ela está guardada para você no próximo mundo, quando falamos a Brachá da Mitzvá estamos conectando a nossa Alma com o lado Alma da Mitzvá , esse aspecto dela que está lá encima. Por isso está escrito na nossa Parashá: “Toda a Mitzvá…..” e não somente “a Mitzvá” indicando o lado “Alma” da Mitzvá.

Terra de Israel espiritual

Nossa Parashá nos conta que na conquista da terra de Israel pela primeira vez a regra era: “Pouco a pouco vou expulsá-los da sua frente “. Diz o Rebe que o mesmo acontece na vida de cada um de nós , na conquista da terra de Israel espiritual , na parte dela que recebemos por sorteio lá de cima, ou seja, nosso trabalho Divino diário personalizado que inclui nosso refinamento pessoal. A conquista não deve ser feita de uma vez, mas sim pouco a pouco.

Mas não seja radical no pouco a pouco, pouco a pouco não quer dizer não fazer nada , não se esqueça que devemos nos esforçar para fazer o trabalho Divino , como dizem nossos Sábios: “Se você se esforçou e conseguiu acredite!”

Diz a Parashá :”Talvez você diga no seu coração :- Esses povos são muito mais numerosos do que eu , como poderei conquistá-los?” (דברים ז’ י”ז)

Ou seja, talvez você sinta a realidade ! Você mediu o tamanho do problema e se conscientizou de que não tem a mínima chance de resolvê-lo . Lá vai a regra geral que nos dá Moshe Rabeinu para todo e qualquer problema (incluindo fechar as contas no fim do mês) : “Não tenha medo deles ! Lembre-se do que Hashem fez ao faraó e a todo o Egito , os milagres , as maravilhas , etc etc etc. Ou seja , isso é o que devemos pensar e sentir sempre em qualquer situação difícil. Se não saiu como queríamos , talvez nos espera algo melhor. Mas nós devemos fazer a nossa parte que é viver confiantes a cada instante , nunca pensar que não vai sair como queremos mas sim nos lembrar dos milagres e das maravilhas que Hashem fez no Egito e nos conscientizar que assim ele vai nos fazer agora !

 

Vaet’hanan

Nossa Parashá começa com a palavra “Vaetchanan” (que se torna o nome da Parashá). Moshe conta ao povo que “rezou para D-us naquela hora” e usa a palavra “Vaetchanan” se referindo à reza. Rashi diz que a raiz da palavra “Vaet’hanan” é uma expressão de pedido à um presente gratuito, e explica : Mesmo podendo os Tzadikim justificarem o atendimento de seus pedidos como merecimento à suas boas ações ,mesmo assim, por humildade pedem à Hashem que atenda a seus pedidos sem olhar para seus méritos, pedem para que Hashem lhes dê seu pedido de graça.

Diz o Midrash Rabá que o valor numérico da palavra Vaetchanan é 515 indicando o número de vezes que Moshe rezou fazendo aquele mesmo pedido. Aprendemos daqui que devemos pedir pedir e pedir novamente. Todos os nossos pedidos são levados em conta , e mesmo que você não foi atendido (por motivos que são sempre para o nosso bem) mesmo assim eles não se perdem mas são direcionados para algo mais importante que muitas vezes nem sabíamos que estávamos precisando . O atendimento aos nossos pedidos é um presente que Hashem nos dá simplesmente pelo fato de termos pedido. Então , vamos pedir !

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Mitzvat HaTefilá

A Mitzvá da Tefilá pela Torá é pedir para Hashem o que você precisa na hora que você precisa. Em uma hora de perigo , por exemplo (fora o fato de você ter que fazer tudo o que é necessário para se defender mesmo se precisar contra-atacar antes de ser atacado) em primeiro lugar você deve pedir para Hashem te salvar do perigo e esse é um dos princípios da nossa fé .

O motivo desse princípio é que por meio disso a pessoa vai saber e entender que Hashem sozinho dirige o mundo e cuida detalhadamente de cada uma das criaturas, e somente Ele tem a possibilidade de nos salvar e etc como escreveu o Rambam no quinto dos treze princípios da fé judaica.

A Mitzvá da Tefilá não é vinculada somente à pessoas próximas de Hashem como os grandes Tzadikim mas também toda pessoa que precisa de alguma coisa é uma “Mitzvat Assé” (Mandamento “Faça”) fazer o seu pedido para Hashem.

Às vezes seu pedido será aceito e seu desejo será realizado e às vezes, (para nosso benefício material ou espiritual) nosso pedido não é aceito.

E isso se compara a alguém que manda seu pedido a um rei. Qualquer pessoa deve mandar para o rei um pedido, e mesmo sendo a pessoa mais distante do rei pode ser que ele vai atender a seus pedidos porque condiz a natureza boa e piedosa do rei atender especificamente aos mais humildes e etc…

O fato da pessoa estar mais próxima ou mais distante do rei só vai fazer diferença em relação a pedidos sobre assuntos públicos e de grande importância para o povo , mas em assuntos de necessidades particulares não faz diferença se a pessoa está mais próxima ou mais distante. Dessa mesma maneira Hashem se relaciona às rezas que rezamos para Ele.

Fazemos nossos pedidos para Hashem pedindo explicitamente para que Ele atenda nossas rezas , e esse é o mandamento da reza pela Torá (chamamos isso de “Mitzvá Deoráita”)

Nossos profetas e sábios fizeram para nós o roteiro das rezas como hoje ele se encontra no Sidur determinando também a frequência e os horários de cada reza, o “Minian” (quórum de dez) e etc.
(chamamos isso de “Mitzvá Derabanan”)

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Outro assunto muito importante da nossa Parashá é a preocupação de Moshe Rabeinu em deixar bem claro para nós que D’us não tem nenhuma semelhança física. O Rambam traz esse assunto como um dos treze princípios da fé judaica: “O Terceiro Princípio”- O Criador não é corpo. Conceitos físicos não se aplicam a Ele. Não há nada que se assemelhe a Ele;
Quando falamos sobre diferenças entre matéria e Revelação Divina temos que entender que os conceitos espirituais estão tão acima do material que qualquer exemplo material dado sobre um assunto espiritual só serve para “acalmar o ouvido” como dizem nossos sábios.

Em Haifa havia um grande rabino que conheci pessoalmente chamado Reuven Dunin. Antes de ser rabino ele trabalhava com um trator em um Kibutz, depois foi estudar Torá em uma Yeshivá. Voltando para o Kibutz aonde criavam vacas e ovelhas tentou explicar conceitos judaicos extremamente profundos sendo rudemente contestado com muitos palpites cuja fonte era uma ignorância profunda em relação a qualquer assunto espiritual. A linguagem era direta e grossa, até que ele próprio acabou sendo novamente envolvido pelo ambiente do qual fazia parte no passado e disse com uma voz determinada:- Vamos conversar sobre o que realmente entendemos, sobre vacas e ovelhas. Os ânimos se exaltaram, isso era realmente um assunto interessante! O rabino pergunta:- minha gente, porque a vaca faz omeletes e a ovelha azeitonas (referindo-se a forma de que as fezes de cada animal é expelida.) Todos se calaram,ninguém sabia. :- Minha gente , respondeu ele com uma voz entusiástica, nem de mer… (se referindo às fezes dos animais) vocês entendem, como querem dar palpite sobre o que é D’us?
Ou seja , falar com um ser humano sobre o que é o “mundo da Yetzirá” (Baixo Paraíso) ou o “Mundo da Briá” (Alto Paraíso) e quais revelações Divinas temos nessas grandes alturas espirituais é como por exemplo descrever para um cego que nasceu cego e só vê escuridão tudo o que você viu nas suas últimas férias , paisagens maravilhosas que ele não tem como imaginar. Você vai contando para ele sobre a paisagem, e no pensamento dele “preto mais preto é igual a preto”, “escuro mais escuro é igual a escuro” , e por fim ele te diz que já conseguiu imaginar tudo o que você contou. Você responde carinhosamente :- Querido, você não tem culpa, mas saiba que tudo o que você imaginou está errado! Você pode ouvir mas não pode imaginar, tudo que você vai imaginar vai ser “preto mais preto que é igual a preto” e só vai achar que sabe tudo! Assim funciona o nosso pensamento : ” matéria mais matéria é igual a matéria ” e novamente “matéria mais matéria é igual a matéria” e você acha que já sabe tudo! ou seja , se conseguimos com nosso pensamento material imaginar o espiritual , uma coisa é certa: TUDO o que você imaginamos está errado! Ou seja, o espiritual é infinitamente melhor do que tudo o que conhecemos e não temos os sentidos para imaginá-lo . Então simplesmente temos que saber que “O Criador não é corpo”. Conceitos físicos não se aplicam a Ele. Não há nada que se assemelhe a Ele. Desde pequenos estamos acostumados a dar forma aos conceitos espirituais que ouvimos, e sendo que são formas materiais consequentemente são erradas . Agora que crescemos temos que nos desfazer dessa materialização dos conceitos espirituais !

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Dvarim

Está escrito na nossa Parashá:- “E foi no quadragésimo ano, no décimo primeiro mês, no primeiro dia do mês, começou Moshe a explicar esta Torá dizendo…”. Dizem nossos Sábios (como traz Rashi) que Moshe explicou a Torá em setenta línguas diferentes.

Porque Moshê precisaria explicar a Torá em setenta idiomas? Rabi Moshe ben Nachman (Ramban) nos ensinou que a Torá, as Profecias e todas as Escrituras Sagradas foram ditas na “Língua Santa” que é o idioma Divino no qual D-us falou com Moshe e com os Profetas. Sendo que a Torá é a “Torá de Hashem”, Hashem “nos deu Sua Torá “, aparentemente o estudo da Torá deveria ser somente na “língua Divina”, a “Língua Santa”.

A definição de Torá “escrita” é : nenhuma letra a menos e nenhuma letra a mais , mas exatamente como foi dada por D-us , e por esse motivo a leitura do Sefer Torá na sinagoga é considerado estudo e tem que se dizer uma Brachá com nome de Hashem, mesmo que o Judeu que está dizendo a Bênção não entende o que está lendo (e muitas vezes não entende nem a tradução da Benção ) talvez por isso poderíamos dizer que a leitura da Torá escrita em qualquer ocasião só poderia ser feita na “língua Santa”, idioma no qual ela foi dada por D-us !

E não somente isso, mas até em relação às explicações da Torá , chamadas de “Torá Oral”, mesmo que aparentemente dependem somente do nosso entendimento , e se não entendemos a Torá Oral não cumprimos a Mitzvá de estudá-la , mesmo assim a Halachá é que “pensamento não é fala” e algumas leis que recaem sobre “falar” palavras de Torá são vigentes também em relação a Torá Oral como a proibição de falar palavras da Torá sem roupas e também o fato de não podermos fazer uma Bênção sobre a Torá que vamos pensar mas somente sobre a que vamos falar.

Ainda mais, sendo que a “Torá Oral” também é de D-us poderíamos dizer que a classificação de “Estudo de Torá” só recaísse sobre a Torá Oral quando fosse dita na língua falada por D-us, na língua Santa.

Essa foi a ação de Moshe Rabeinu na nossa Parashá. Por meio de ter explicado a Torá em setenta línguas , a partir daí recai o nome de “Torá” sobre assuntos de Torá estudados pelo povo de Israel em outras línguas mesmo não sendo essa a língua que D-us deu a Torá, mesmo assim recai sobre ela a classificação de “Torá” a tal ponto que quando falamos assuntos de Torá em outras línguas estamos falando verdadeiras “Palavras da Torá” e se torna proibido falarmos elas antes de dizer a “Bênção da Torá” (e nem precisamos dizer que é proibido falar assuntos de Torá em qualquer idioma se não estivermos vestidos)

A iniciativa que teve Moshe na nossa Parashá foi incentivada pela própria Torá que usa algumas palavras nas línguas dos outros povos, como por exemplo “Yegar Sahaduta” , “Totafot” e etc. O motivo que essas palavras fazem parte da Torá que é toda de Hashem é para que recaia a santidade da Torá sobre essas palavras e por meio disso as línguas dos povos se tornam refinadas para que se possa “repassar” a Torá por meio delas .

Isso acontece nos idiomas atuais também. O que a Torá fez em curta escala, (Somente indicando que isso é possível) e Moshe Rabeinu fez em larga escala , traduzindo toda a Torá para setenta línguas , aparentemente foi uma dica para a nossa situação atual. Surgiram novas línguas , todas derivadas daquelas setenta, e nós somos os que estão refinando esses idiomas quando repassamos a Torá por meio deles.

Na torre de Bavel aconteceu um milagre que deu origem a setenta línguas e delas saíram todos os idiomas que existem hoje. Sabemos que a “Lingua Santa” , que por meio dela
D-us criou o mundo , foi falada por Adam e Havá (Adão e Eva) e continuou sendo falada por pessoas de cada geração também depois da torre de Bavel. A maior prova disso é que o Povo de Israel que desceu para o Egito não mudou a sua língua que era a mesma desde a criação do mundo. O Hebraico antigo que foi a primeira língua existente no mundo deu origem ao aramaico e o aramaico ao árabe e a “Língua Santa” inspirou os escritores que fizeram o hebraico moderno. E esse é o motivo que a Torá nos deu essas dicas de tradução como “Yegar Sahaduta ” que é uma palavra em aramaico e Totafot que é em africano.

Poderíamos pensar, será que o aramaico, sendo que é um derivado da “Língua Santa” já vem com a santidade do”Idioma Divino” ? A Torá nos dá a dica: Está escrito-“Yaakov chamou aquele lugar de “Gal Ed” e Lavan de “Yegar Sahaduta” ou seja, tanto os idiomas derivados da “Língua Santa” quanto os derivados das outras línguas são o idioma de “Lavan o Arameu” e precisam ser refinados pela Torá !

O motivo que isso teve que ser feito especificamente por Moshe Rabeinu é porque todos os assuntos da Torá foram dados para o povo de Israel por meio de Moshe , “Moshe recebeu a Torá no Sinai”, a tal ponto que disseram nossos Sábios :-“Tudo que um aluno experiente vai inovar já foi dado para Moshe no Sinai”, por isso também esse fato de serem chamados de “Torá” os assuntos de Torá ditos nas setenta línguas teria que ser revelado pelo próprio Moshe Rabeinu.

Fora o fato de Moshe ter explicado oralmente a Torá em setenta línguas , Moshe e os anciões de Israel pediram ao povo que no dia em que atravessassem o rio Jordão erguessem pedras grandes e escrevessem nelas todas as palavras dessa Torá nessas setenta línguas, cada uma nas suas letras como nos contou o grande Tzadik Rabi Moshe ben Maimon (Rambam) que a Torá foi escrita naquelas pedras com as letras de cada idioma.

Vemos aqui que Moshe Rabeinu conseguiu fazer com que não haja diferença entre traduzir a Torá oralmente para as setenta línguas e escrever ela em setenta línguas,
nos dois casos ela se tornou considerada “Torá” com toda a devida santidade relacionada a ela.

Por esse motivo Moshe também teve que traduzir oralmente a Torá e também pedir para que ela fosse escrita na escrita de cada povo. Duas obras distintas, uma para que recaia a santidade da Torá sobre a língua dos povos e a outra para que essa santidade recaia sobre a escrita dos povos. Ou seja, para que os livros com assuntos de Torá escritos nas letras dos setenta idiomas também sejam chamados de Livros Sagrados ,”Sifrei Kodesh ” e devam ser cuidados com o mesmo respeito que damos aos livros escritos na “Língua Santa”

Nosso quinto livro da Torá, (Devarim) é conhecido como Mishnê Torá, a revisão da Torá. Seu conteúdo foi dito por Moshê ao povo judeu durante as cinco semanas finais de sua vida, enquanto o povo se preparava para entrar na Terra de Israel.

Moshe sabia que tinha os dias contados e pouquíssimo tempo de vida , e teria que se dedicar somente para fazer as coisas mais importantes. Nesses dias ele estava traduzindo a Torá para setenta línguas para facilitar o estudo da Torá aos judeus , para dar mérito a judeus que só sabem falar outros idiomas, para tornar o acesso à Torá mais fácil.

Ele estava empenhado e dedicado para que pessoas que nem sabem falar a “Língua Santa” possam saber o motivo que D-us criou o mundo e o motivo pelo qual nós estamos aqui. Moshe Rabeinu não só nos deu a Torá mas também mostrou para nós que ela é a coisa mais importante que existe no mundo !

A Parashá nos conta também que quando nosso povo planejou passar pelo monte Seir , terra de Edom, para chegar à terra prometida, D’us pede para Moshe dar uma ordem ao povo de Israel para comprar com dinheiro mantimentos dos Bnei Essav (habitantes de Seir) e até pagar pela água que beberem. O motivo para isso aparece imediatamente no próximo versículo: – “ Porque Hashem seu D’us te abençoou em todos os trabalhos das suas mãos e proveu todas as suas necessidades na travessia desse grande deserto durante quarenta anos, Hashem seu D’us está te apoiando, não te falta nada!”

Isso foi dito à Moshe como uma ordem para ser repassada ao povo de Israel !
Quando o versículo diz que Hashem seu D’us te abençoou, está instruindo o povo para não ser ingrato dando a impressão de que eles são pobres e mal cuidados por Hashem, mas ao contrário! Passem uma imagem de que vocês são ricos! (Rashi)

A regra é : Quando somos gratos à D’us pelo que ele nos dá e demonstramos isso, fazemos com que ele nos dê verdadeiros motivos para agradecer. Quando estamos alegres por saber que D’us sempre está cuidando bem de nós, fazemos com que D’us nos dê verdadeiros motivos para justificar essa alegria!

O Baal Shem Tov conta que existem duas formas de rezar, uma com muita alegria e entusiasmo e outra com muito choro e amargor. As duas formas são válidas mas a diferença entre elas é que , quando pedimos à D’us com alegria somos como um ministro fazendo um pedido ao Rei , mas quando pedimos com tristeza somos como um pobre fazendo um pedido ao Rei . (Por ser assim no mundo espiritual consequentemente a natureza do mundo material é que:) quando o pobre pede algo para o Rei ele ganha um presente pequeno, mas quando o ministro pede algo para o Rei ele ganha um presente muito grande , por isso temos que rezar com muita alegria e entusiasmo como um ministro falando com o Rei.

Por que essa ordem em relação às Edom foi dada se no final o povo de Israel não atravessou a terra de Edom e isso não aconteceu na prática?

Sendo que a Torá é eterna e os seus ensinamentos são eternos eles são válidos em qualquer época e em qualquer lugar, e o fato de essa travessia não ter acontecido na prática mas a ordem ter sido dada só vem reforçar o fato de essa ordem ter sido dada para nós, aqui e agora! Então vamos mostrar para todos que D’us sempre está cuidando bem de nós e não esquece de nós um único instante!

Para história leis e costumes de Tisha Beav acesse ao nosso sitewww.ongtora.com

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Matot Mass’ei

Nossa Parashá é dedicada por Alberto Douek e Família em honra ao Yohrtzeit (אזכרה) de Mordechai ben Sarah “alav hashalom” que começa hoje ao anoitecer (26 de Tamuz). Que Hashem o tenha no Gan Éden e que em breve chegue o Mashiach e todos os mortos ressuscitarão .

Matot
Nossa Parashá nos conta que se alguém faz uma promessa ou um juramento que não consiste em uma coisa proibida pela Torá ele tem a obrigação de cumprir com a sua palavra. Por isso o ideal é sempre dizer “Bli Neder” (sem promessa) quando prometemos alguma coisa , para deixar claro que não estamos fazendo uma promessa ou um juramento.
Porque uma promessa de fazer algo que a Torá proíbe não é levada em conta e continuamos proibidos de fazer aquilo que a Torá proíbe ? Simples ! Sendo que um juramento não tem a capacidade de anular outro e nossa Alma antes de descer para o corpo já jurou lá em cima que vai cumprir todos os mandamentos Divinos , consequentemente um juramento de fazer algo contra a vontade Divina não é válido.
Conclusão: Não é recomendado pelos nossos Sábios fazer juramentos ou promessas. Então, lembre-se : quando prometer alguma coisa NUNCA se esqueça de falar “Bli Neder”
Massei
Nossa Parashá ( Mass’ei) nos conta sobre alguém que matou uma pessoa acidentalmente é chamado de assassino (Mesmo que foi acidentalmente, ele é chamado de “Assassino acidental”) e recebe um castigo de exílio em uma cidade de refúgio que foi feita para esse fim e geralmente era habitada pela tribo de Levi que não tinha terra própria . O castigo dele era ficar lá até o Cohen Gadol (sumo sacerdote) falecer. O versículo diz que depois da morte do Cohen Gadol o assassino pode voltar para a sua terra. Porque então a Torá continua chamando ele de assassino sendo que depois de ele ter recebido o castigo no tribunal deste mundo sua transgressão é apagada no tribunal Divino ? No começo ele é chamado de assassino porque a regra é que coisas boas acontecem por meio de pessoas boas e coisas ruins por meio de pessoas ruins e o fato de a morte acidental ter acontecido por meio dele justifica o adjetivo assassino. Depois que ele cumpre a sua pena e por meio disso se torna um Tzadik , diz a Torá : Depois que morrer o Cohen Gadol voltará o assassino para a terra da sua herança. A linguagem é estranha ! Porque a Torá continua chamando ele de assassino mesmo depois que ele cumpriu sua pena ? Simples! A Guemará (Macot 11b) nos conta que o Cohen Gadol na função de sumo sacerdote deveria rezar para que esses acidentes não acontecessem e o fato de isso ter acontecido mostra que o Cohen esqueceu de rezar para isso . A consequência automática disso é uma reza contrária, o exilado reza para que o Cohen Gadol morra rápido para que ele possa voltar do exílio. A mãe do Cohen Gadol levava para essas pessoas roupas e comida para que eles não desejassem o mal da sua família e esse era o único jeito de anular essa propensão de reza, ou seja, depois que ele recebeu roupa e comida dela ele só iria dar bênçãos para essa família.
Conclusão : sempre temos que rezar e pedir pelas pessoas próximas a nós para que nada de ruim aconteça por meio delas e também sempre ajudar à quem está ligado à nós para que sempre deseje o nosso bem
Quarenta e duas viagens
O povo de Israel fez quarenta e duas viagens entre a saída da escravidão no Egito e a milagrosa entrada na “Terra Prometida”. O que há por trás das quarenta e duas viagens que nos dá a obrigação de nos lembrarmos delas todos os anos lendo Parashat Massaei na Torá ?
O Baal Shem Tov nos revelou que cada Judeu e Judia tem um itinerário de viagens para percorrer durante a sua vida planejado lá de cima. A Torá fala sobre quarenta e duas viagens que o povo de Israel teve que fazer, o objetivo dessas viagens eram para elevar pequenas “Revelações Divinas” . Quando damos um exemplo sobre a Revelação Divina comparando-a a uma Luz essas pequenas revelações serão chamadas de “Centelhas Divinas”, o objetivo dessas viagens era fazer um concerto “Tikun”(conserto) espiritual nesses lugares e elevar essas “Centelhas Divinas”. Em cada lugar eles acamparam, mas ficaram somente o tempo necessário para fazer o “Tikun” e elevar as “Centelhas Divinas” daquele lugar. O Baal Shem Tov diz que cada Judeu e Judia tem um circuito de viagens pré destinadas durante toda a sua vida. Tudo é determinado até os pequenos detalhes, onde vai morar, onde vai trabalhar,para onde vai viajar , onde vai passar uma semana , onde vai passar um ano , onde vai morar mais ou menos tempo.
Um detalhe interessante é que tanto no lugar onde o povo de Israel acampou por um só dia quanto no lugar que eles acamparam por dez anos eles montaram o Mishkan como se fossem ficar lá a vida inteira. Por incrível que pareça vemos isso dia a dia com nossos próprios olhos. Todos nós somos Sefaradim (Judeus Espanhóis) ou Ashkenazim (Judeus Alemães ) . Nossos avós vieram de países Árabes ou da Europa oriental, ou seja, somos Sefaradim porque morávamos na Espanha,mas nenhum de nossos avós veio da Espanha, vieram da Síria , do Líbano, do Marrocos. Somos Ashkenazim porque viemos da Alemanha, mas nossos avós Ashkenazim vieram da Rússia, da Polônia, da Hungria, da Romênia. Ninguém mais pode voltar para a Síria ou para o Líbano nem para visitar e ninguém nunca vai querer morar na Polônia ou na Romênia. Todos nós Judeus brasileiros temos ou pais ou avós ou bisavós que vieram de fora, e mesmo nossos avós na Síria e no Líbano eram chamados de Espanhóis (Sefaradim) E nossos avós da Romênia e na Rússia eram chamados de Alemães (Ashkenazim). Ou seja, nenhum de nós não pertencia nem mesmo ao próprio país de onde vinha. Os Judeus que foram expulsos de Recife em 1654 fundaram Nova York e eram chamados de Sefaradim, em 1824 Judeus vindos do Marrocos fundaram a Sinagoga de Belém e também eram Sefaradim. Todos nós Judeus temos uma cara Européia ou Árabe mesmo sendo Judeus brasileiros , ou seja, a marca registrada de que somos turistas em qualquer país que estejamos, “Trade Travellers”, “Turismo de negócios”, deslocamento voluntário temporário envolvendo fatores como transporte, hospedagem, alimentação e lazer, realizado por um indivíduo com o propósito de desenvolver empreendimentos com fins lucrativos, através de reuniões de negócios, fechar acordos, comprar produtos ou serviços ou acertar outras questões pontuais relacionadas a atividade de mercado.” Pensamos que tudo que fazemos estamos fazendo para nós próprios mas na realidade é D-eus causando nossas mudanças para que possamos elevar essas “Centelhas Divinas” espalhadas pelo mundo. Fazemos os consertos”Tikunim” todos em um limite de viagens pré determinado. Achamos que conseguimos um emprego melhor e subimos na vida, depois vamos para a China comprar mercadoria e voltamos para cá para vender a mercadoria, pensamos que somos espertos e lucramos! Mas simplesmente é D-eus que está causando tudo isso para que cada um possa elevar a sua parte do mundo, a parte que está na sua responsabilidade. Por isso que sobre a saída do Egito está escrito que deixamos o Egito como uma armadilha sem isca ou como as fossas oceânicas que não tem peixes, ou seja, tiramos dele a “isca” espiritual que nos atraiu para lá que na verdade eram 288 “Centelhas Divinas” que elevamos lá, e o mesmo estamos fazendo aqui e agora!

 

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Pinchás

Ódio Gratuito:

No começo da nossa Parashá D-us pede para fazer uma guerra contra Midian por eles terem abalado a estrutura familiar do nosso povo e causado 24.000 mortes . Essa guerra aconteceu a mais de 3300 anos atrás. Por qual motivo temos que nos lembrar hoje que vencemos a guerra de Midian?

A Torá tem um lado revelado que chamamos de “corpo da Torá” e um um lado oculto, “Alma da Torá”. O lado corpo dessa guerra aconteceu a 3300 anos atrás mas o lado alma dela acontece diariamente. Aqui na nossa Parashá estudamos no lado oculto da Torá o diagnóstico de uma “Klipá” (força negativa que atua no mundo) chamada de klipat Midian.

Essa Klipá é a fonte espiritual do ódio gratuito que causou a destruição do segundo Beit Hamikdash , o exílio do nosso povo , e até hoje ela continua no nosso meio.

Então não é por acaso que lemos essa Parashá nessa época em que o Beit Hamikdash foi destruído .

A Torá já tinha nos contado sobre os meraglim (espiões) que contra a vontade Divina queriam que o povo ficasse no deserto estudando Torá para entrarem na terra de Israel mais preparados.

Agora, depois de décadas de estudo, nosso povo se encontra com um exército de mulheres que vem nos seduzir. Como poderiam correr atrás da primeira mulher que vissem depois de estar quase quarenta anos estudando Torá?

Essa é a consequência da Klipá que se provou resistente a estudos de Torá , a classe social e a nível espiritual. Todos nós estamos sugeitos à ela, ela é a pior de todas as klipot.

Características da Klipá de Midian

1-Bilam o feiticeiro sabia que para D-us a pior coisa é a destruição do conceito familiar , relações ilícitas. Bilam não tinha motivo justo para aconselhar Balak contra nós, mas era ódio gratuito.

Seu país, Midian, estava longe de nós. Ele viajou até Moav sabendo que Moav também não estava em perigo, para dar o conselho mais destrutivo do mundo em relação à nós.

Quando essa Klipá nos contagia, nos tornamos dispostos a fazer tudo para destruir. Ela desperta em nós o sentimento de destruição sem limites , sem motivo, ou por um motivo muito pequeno , destruir gratuitamente.

Como nos proteger? Não nos deixando seduzir pela Klipá!

Sempre que sentirmos motivação para entrar em uma briga e querer destruir totalmente nosso próximo a ponto de desejar até sua inexistência, sabemos que ela despertou em nós, e imediatamente temos que despertar nosso sistema imunológico espiritual (yetzer hatov) contra ela e tomarmos a decisão de não brigar, não dar palpites destrutivos e não “colocar lenha na fogueira” seja o que não for.

As jovens de Midian justificaram seu comportamento como causa nobre e espiritual, e até princesas participaram dessa sedução em massa. Cada uma levou com ela seu deuzinho , o Baal Peor, que foi apresentado como deus politicamente correto que apoiava o prazer e bem estar de seus adoradores e cuja adoração consistia em fazer as “necessidades” sobre ele demonstrando que não existe nada proibido no mundo contanto que isso te dê prazer.

Ou seja, se você se sente bem brigando com alguém, brigue! Essa é outra característica dessa Klipá, ela apresenta a destruição por meio de brigas e intrigas como se isso fosse uma causa nobre , politicamente correta e ainda com o apoio divino da idolatria !

Como sabemos que isso é Klipá ? Pelas consequências !

Por mais nobre e politicamente correta que seja a causa, se a consequência é a destruição , aí a klipá se encontra. Então vamos abrir mão da legitimidade da briga olhando mais longe, vendo que se continuarmos a briga todos sairemos perdedores.

No começo da briga ou da intriga já temos que mentalizar a paisagem da destruição do pós briga, e do tempo necessário para reparar os prejuízos que ela causará e para curar os ferimentos que ela trará. Vamos abrir mão dos prazeres descontrolados da briga que a klipá nos oferece para não morrer na peste espiritual que é a consequência desse tipo de prazer .

No primeiro dia da criação do mundo quando D’us criou a luz ele disse “Ki Tov”(Que bom)

No segundo dia D’us criou a separação, colocando limites entre os oceanos e as nuvens, uma separação extremamente necessária que sem ela não existiríamos, mesmo assim D’us não falou que era bom.

A separação pode ser uma coisa extremamente necessária, mas sendo que é uma separação está longe de ser uma coisa boa.

O Beit Hamikdash foi destruído por causa de pessoas que estavam com toda a razão como vemos na história de Kamtza e Bar Kamtza. Kamtza em aramaico é formiga, e se formiga já é uma coisa pequena, imagine o “bar Kamtza”(o filho da formiga).

Por causa de uma “coisinha pequena” que foi vista como uma briga justa e necessária, causa nobre apoiada até pelo silencio dos rabinos da época, tivemos um verdadeiro holocausto !

Não seja “durão”

A Guemará em Guitim nos conta que um homem fez uma festa. Seu amigo se chamava Kamtza e seu inimigo Bar Kamtza. Ele pediu para seu shamash (“serviços gerais”, faxineiro, geralmente pessoa muito simples) chamar o Kamtza e o faxineiro chamou o Bar Kamtza.

O problema já teria que ser arquivado nessa etapa como ”erro de faxineiro” , coisa insignificante. Mas o homem que seu nome nem aparece na história se relacionou à isso com a maior gravidade. Aí a klipá se revela! Ele usou sua autoridade para exigir a retirada do Bar Kamtza da sua festa , e o que seria uma possibilidade de reconciliação entre dois judeus vai acabar em uma guerra mundial.

Bar Kamtza foi durão e se recusou a sair oferecendo pagar pelo que comer e beber, o dono da festa foi durão e não aceitou, e aí klipá vai crescendo. Bar Kamtza foi durão novamente e se recusou a sair oferecendo patrocinar metade da festa. O dono da festa foi durão e não aceitou. Bar Kamtza foi durão novamente e se recusou a sair, dessa vez oferecendo patrocinar a festa inteira. O dono da festa foi durão e não aceitou, pegou o Bar Kamtza e o colocou para fora. Os rabinos que estavam lá foram durões e não fizeram nada para acalmar os ânimos e a partir dessa etapa a coisa piorou até envolver o império romano.

nosso Beit Hamikdash foi destruído e nosso exílio se estende por 2000 anos. Na hora da briga cada um estava certo e tinha quem o apoiava, nenhum dos lados viu que o final não é a vitória mas sim a destruição de todos. A única vitória verdadeira é quando nos controlamos e não brigamos, então vencemos e destruímos a klipá de Midian. Com essa história nossos Sábios nos dão a dica de como vencer a klipá. Simples: não seja durão!

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Balak

Bilam e o livre arbítrio:

Nossa Parashá nos conta que existiu em Midian, país de onde partiu Moshe para tirar nosso povo do Egito, um feiticeiro com poderes espirituais que se comparavam à Moshe a tal ponto que se Hashem (D’us) não fizesse um milagre e a maldição dele não se transformasse em bençãos estaríamos em grandes apuros.

Porque Hashem deixou isso acontecer? E mais, dizem nossos Sábios que Hashem permitiu que Bilam tivesse esses poderes para que os povos do mundo não falassem que se eles tivessem um profeta tão grande como Moshe o comportamento deles seria melhor.

Quando Hashem criou o homem deu à ele um mandamento e colocou no paraíso uma cobra (em forma humana). D’us falou para Adam não comer a fruta proibida e a cobra falou para ele comer. Aí começa a história do mundo e o objetivo da criação, o livre arbítrio, antes mesmo de termos qualquer má inclinação.

Na décima praga do Egito Hashem fez um milagre e todas as estátuas dos deuses egípcios derreteram, mas Hashem deixou uma, o “Baal Tzafon” , e na saída do Egito Hashem pediu para que todos os judeus se reunissem em frente ao Baal Tzafon antes de sair do Egito. Novamente o livre arbítrio, a opção de pensarem que se aquela estátua não desapareceu pode ser que foi ela que fez tudo.

Quando D’us criou o mundo ele criou o Grand Canyon no Arizona aonde parece que o Rio Colorado causou o surgimento do Canyon correndo sobre ele milhões de anos. D’us criou o Grand Canyon já cortadinho e bonitinho nos seis dias da criação há 5777 anos atrás e conservou ele inteirinho durante o dilúvio para termos o livre arbítrio de optar se D’us criou o mundo há 5777 anos ou se ele já existia por si só há milhões de anos.

Se um cientista estivesse nos seis dias da criação do mundo e analisasse cada coisa no momento em que D’us a criou ficaria espantado! No primeiro dia, quando Hashem criou a luz ele diria : -Não pode ser que já existem bilhões de anos luz da terra até as estrelas se as estrelas ainda não existem! No terceiro dia ele cortaria uma árvore que acabou de ser criada e diria que cada anel dela representa cem anos, não pode ser que essa árvore acabou de brotar! No quarto dia quando Hashem colocou as estrelas no final dos bilhões de anos luz ele diria que a luz teria que sair da estrela e não poderia estar lá antes delas. Ele faria uma análise geológica das pedras e diria que essas pedras tem bilhões de anos! Ele veria que o Grand Canyon foi criado antes do Rio Colorado e que Adam e Havá não são dois bebês recém nascidos. Ou seja, há 5777 anos atrás Hashem criou do nada pedras de milhões de anos , um mundo que aparenta ser muito mais velho do que realmente é. E porque Hashem fez assim? Para termos o livre arbítrio , podermos ter nossa própria opção e escolher o bem por própria escolha , e consequentemente por próprio mérito receber um paraíso enorme por ter feito a escolha certa.

Hashem faz o milagre e a maldição se transforma em benção

A ciência não determina o que vai acontecer, ela tira conclusões do que já aconteceu , e se apoiando nos inúmeros detalhes vinculados à causa desse acontecimento determina que caso esses inúmeros detalhes se reúnam novamente nessas mesmas circunstâncias aquilo acontecerá novamente. Eles comparam uma coisa com a outra e tiram uma conclusão. De vez em quando todas as inúmeras circunstâncias são opostas e mesmo assim aquilo acontece. Então eles atestam que existe alguém que dirige o mundo, e as pessoas tem mais facilidade para aceitar que por trás de tudo existe D’us.
A própria ciência traz estatísticas que quem faz “Brit Milá” (circuncisão) está quilometricamente abaixo da média de doenças como HIV , que a mulher que guarda a pureza familiar está quilometricamente abaixo da média de doenças como câncer de útero, que quem come Kasher está bem abaixo da média de doenças causadas pela alimentação como o infarto. Inventaram o smartphone nos dando acesso instantâneo para baixar 50.000 livros judaicos com “search” para encontrar o assunto que precisamos em cada um , e o que antigamente era privilégio de grandes Sábios agora está acessível à todos nós. Os cientistas não tem intenção em justificar o judaísmo, mas no mérito da ciência conseguimos justificar o judaísmo hoje mais do que nunca. Como diz a nossa Parashá, Hashem transformou a maldição em benção.

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Hucat

Nossa Parashá nos conta, entre muitos assuntos interessantes, que D’us pede para Moshe pegar “o cajado”, reunir o povo , falar com uma rocha na frente de todos e dela vai sair água para o povo inteiro. No começo da história da saída do Egito, quando Hashem (D’us) se revelou à Moshe no monte Sinai na ocasião do ”arbusto incandescente” e pediu para ele tirar nosso povo do Egito , Moshe estava com esse cajado. Hashem pede para ele jogar o cajado no chão e ele vira uma serpente , Moshe pega a serpente e ela volta a ser cajado. Hashem diz para ele levar esse cajado para o Egito e com ele fazer os milagres. Agora, próximos à conclusão da história , próximos à entrar definitivamente na terra prometida depois de ter ficado no deserto por quase quarenta anos, Hashem pede para ele pegar “o cajado” e falar com a rocha. Qual é a importância tão grande desse cajado que na nossa Parashá ele é chamado por Hashem simplesmente de “o cajado” ?

Rabi Levi no Midrash nos conta que esse cajado foi criado no sexto dia da criação do mundo “bein hashmashot” (depois do pôr do sol mas antes de saírem as estrelas , horário após o término da criação em que o que foi criado nele era meio espiritual). Esse cajado foi dado para Adam Harishon (o primeiro homem) no Gan Éden (paraíso) . Adam deu ele para Hanoch que o deu para Noach que o deu para Shem que o entregou à Avraham Avinu. Avraham o deu para Itzhak , Itzhak o deu para Yaakov que o levou ao Egito e o entregou à Yossef. Quando Yossef faleceu, tudo o que havia na sua casa foi levado para o palácio do faraó, inclusive “o cajado”.

Ytró era um dos assessores do Faraó. Ele viu que esse cajado tinha letras hebraicas , e mesmo sendo ele um dos grandes sábios dos povos da época, aquelas palavras ele não conseguiu decifrar. Quando ele se demitiu do Faraó, pegou aquele cajado e o levou para Midian. Enfiou ele na terra no jardim de sua casa e não conseguiu mais arrancar ele de lá. Sempre que alguém pedia sua filha Tzipora em casamento ele colocava como condição arrancar aquele cajado do chão, mas por mais forte que fosse o pretendente ninguém conseguiu arrancar o cajado (olha de onde os ingleses copiaram a estória do rei Arthur). Quando Moshe fugiu do Egito e chegou à casa de Ytró , leu o que estava escrito no cajado, tirou ele do jardim e se tornou o genro de Ytró.

Diz o Zohar que nesse cajado estava lapidado o nome explícito de Hashem dos dois lados e representavam dois tipos diferentes de atuação Divina no mundo, um lado despertaria a Hessed (bondade) e a Guevurá (severidade) e o outro lado despertaria Guevurá com Guevurá quando fosse necessário, por isso nas pragas do Egito aparece a linguagem “incline seu braço”, o braço esquerdo, o lado da Guevurá.

Diz o Zohar que esse é o motivo que Hashem pediu para Aharon jogar o cajado dele na frente do Faraó. Naquela ocasião o cajado de Aharon se transformou em cobra , e voltando a ser cajado comeu os cajados dos feiticeiros do Egito que tinham se transformado em cobras. O cajado de Aharon tinha que fazer isso porque Hashem não queria impurificar seu nome lapidado no cajado de Moshe quando o cajado engolisse as “varinhas mágicas” dos feiticeiros.

Outro motivo que tinha que ser o cajado de Aharon era para subjugar todos aqueles que eram do lado esquerdo, “Guevurá”, porque Aharon era o Cohen, “homem da bondade”, nas Sefirot a Hessed, “lado direito” que subjuga a Guevurá que é o lado esquerdo.

Diz o Zohar que Hashem quis que seus nomes lapidados no cajado fizessem os milagres , mas quando Moshe bateu com ele na pedra duas vezes Hashem disse para ele que não era para isso que ele tinha esse cajado.

A Torá nos conta que esse é o motivo que Moshe não entrou na terra prometida, publicando a grandeza de Moshe que não teve outro motivo a não ser esse motivo tão pequeno.

Diz o Rebe de Lubavitch que aprendemos com o cajado de Moshe uma coisa muito importante: Nesse mesmo cajado estavam lapidados os nomes das nossas seis matriarcas e seus doze filhos que deram origem ao povo de Israel, e ao mesmo tempo estavam lapidadas nele em forma de iniciais as dez pragas que eram o nível mais baixo da atuação Divina, a revelação Divina em forma de pragas , e que aconteceram no Egito que era o país mais depravado do mundo . E nesse mesmíssimo cajado estava lapidado o nome mais sagrado de Hashem, o mais importante dos sete nomes de D’us que não podem ser apagados , o nome que se refere à “essência Divina” , e quando nos unimos à um pouco da essência Divina nos unimos à ela inteira.

Diz o Baal Shem Tov que a Divina providência não recai somente à assuntos globais, mas Hashem se relaciona à menor coisa do mundo da mesma maneira que se relaciona à maior coisa do mundo. E não só à menor coisa como também a menor das menores , porque o menor detalhe completa a mais suprema perfeição da intenção Divina.

Hashem mesmo sendo o Todo Poderoso está cuidando de cada detalhe de uma criança pequena nesse mundo e até de coisas ainda menores como uma folhinha que cai de uma árvore , a Divina Providência está acompanhando ela e determinado quantas voltas ela vai dar , e se é por meio do vento ou de outra forma.

Vimos no comportamento do Baal Shem Tov esses dois extremos. Por um lado ele revelava aos seus alunos os segredos mais profundos da Torá, e junto com isso ele conversava com as pessoas mais simples sobre os assuntos mais simples da Torá e das Mitzvot, e ele próprio ensinava as crianças pequenas a falar o Amém do Kadish.

Aprendemos daqui que por mais que estejamos ocupados com assuntos importantíssimos temos que nos ocupar da mesma maneira com assuntos de Torá e Mitzvot que parecem para nós muito pequenos , se até Hashem faz assim, quanto mais nós!

Diz o Midrash que o cajado de Moshe chegou até o rei David e dele passou para os reis da Judéia , na destruição do primeiro Beit Hamikdash ele desapareceu. Mas esse mesmo cajado que estava nas mãos de Moshe vai estar nas mãos do Mashiach e com ele o Mashiach vai tirar o povo de Israel do Galut (exílio que inclui a comunidade judaica de quase seis milhões de judeus que vive em Israel, dez tribos perdidas e judeus que se misturaram com os povos do mundo e perderam sua identidade judaica)

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Kora’h

Nossa Parashá começa com as palavras “E pegou Kora’h”. Nossos sábios analisam essa linguagem dizendo que ele ”pegou uma mercadoria ruim”. Aparentemente por causa da continuação da história aonde Kora’h faz uma revolução inteira contra Moshe a “mercadoria ruim” seria a Machloket (fazer intrigas e causar brigas) ele pegou uma “mercadoria” que se compara à uma maçã podre que apodrece as que estão próximas a ela, Korach pegou a “Machloket” e contaminou com ela quem estava geograficamente próximo à ele. Mas como dissemos, tudo isso é aparentemente .

O Ari Zal diz que por trás da expressão dos nossos Sábios está um assunto mais profundo. Moshe Rabeinu era a reencarnação do lado bom da alma de Hevel (Abel) e toda a geração do deserto são ramificações da alma de Moshe . Todos fora um , Ytró , que era a parte boa da alma de Cain. Ytró trouxe Tzipora para Moshe e se converteu ao judaísmo fazendo o “Tikun” (o conserto) do lado bom da alma de Cain. Korach era a reencarnação do lado ruim da alma de Hevel, ou seja, a parte da alma de Hevel que foi mais afetada pela mistura espiritual entre o bem e o mal causada pelo Adam Harishon. Mesmo tendo vindo Korach de uma linhagem privilegiada dentro de uma tribo privilegiada , mesmo tendo ele estudado Torá, por meio de suas mas ações ele recebeu uma encarnação em vida do lado ruim da alma de Cain. D’us não dá para alguém um trabalho que ele não tenha recebido as forças para fazer, e ao contrário de Ytró que não nasceu judeu , nasceu em uma família idólatra e fez todas as idolatrias tendo que se esforçar ao extremo para encontrar o judaísmo, Korach nasceu judeu religioso de linhagem privilegiada e todo o teste dele era não estragar isso. Ou seja, ele tinha um potencial ruim, mas recebeu todas as dádivas Divinas , se não fizesse nada para estragar faria automaticamente o”Tikun” dos lados ruins das almas de Kain e Hevel.

As almas de quase todo o povo de Israel eram ramificações da alma de Moshe e por isso de maneira natural Moshe era o líder do povo e não outro.

A Torá é um remédio, mas tem pessoas que transformam ela em um veneno:

Dizem nossos Sábios que a Torá é um remédio para a nossa alma, mas a mesma Torá pode ser um veneno para ela se a pessoa que a estuda causar isso. A mesma Torá que foi o remédio que tirou Ytró da idolatria , essa mesma Torá nas mãos de Korach se tornou um veneno que contaminou duzentas e cinquenta pessoas. Korach por não ter refinado a alma de Cain ela acrescentou maldade à maldade dele causando com que ele se revoltasse conta a liderança de Moshe , como se diz em português.…”ele saiu do armário”…e ainda influênciou vizinhos estudiosos da Torá “envenenando” a Torá deles também.

Quando Ytró ouviu que os egípcios afundaram no mar vermelho ele disse: Agora eu sei que Hashem é maior do que todos os ”deuses”, porque o que eles fizeram (afundaram as crianças judias no Nilo) aconteceu para eles!

Aprendemos com Ytró que quando a pessoa não faz o “Tikun” de uma maneira positiva (como fez Ytró) o Tikun acontece de maneira negativa, o que a Torá chama de “midá knegued midá”, ou seja, “o que eles fizeram acontece para eles”

Por isso Moshe disse para eles:- “Se essas pessoas morrerem como qualquer pessoa não foi D’us que me mandou, mas se a terra se abrir……” e terminando de falar essas palavras a terra se abriu e Korach com todos os seus cúmplices foram absorvidos por ela.

Isso era o “midá knegued midá” de Kain e Hevel. Kain matou Hevel por vaidade e a terra se abriu para receber o sangue de Hevel, agora Korach, a reencarnação de Cain , por vaidade tenta matar Moshe classificando ele como falso profeta , e a terra se abre para receber o Cain e seus cúmplices , “midá knegued midá”.

Conclusão:

Aprendemos com Korach a não ser como Korach!

Aharon Hacohen era o contrário de Korach. Toda a vida se dedicou a fazer as pazes entre as pessoas e entre maridos e mulheres mesmo que para isso tivesse que ser “aparentemente” um pouquinho menos “religioso” do que Korach , falando de vez em quando uma ”mentirinha” para fazer as pessoas se reconciliarem. A Torá diz para ficarmos longe da mentira, mas Aharon Hacohen era o médico especialista que sabia dosar a mentira na dose certa transformando um veneno em um remédio enquanto que Korach conseguiu transformar a Torá que é o remédio para tudo em um veneno mortal.

Hashem fez o cajado de Aharon florir e dar frutos mostrando que essa pessoa que transformou corações duros em flores e frutos de reconciliação ele tem que ser o Cohen Gadol , ele que é o escolhido por D’us !

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Shlach

Nossa Parashá nos conta que , a pedido do povo , Moshe mandou 12 espiões para verificar a terra prometida antes da conquista. Moshe pede para eles analisarem o povo da terra , se são fortes ou fracos , ele dá uma dica de que cidades sem muralhas são sinal de força e cidades com muralhas são sinal de fraqueza. Os espiões voltaram depois de quarenta dias. Dez deles opinaram que os povos da terra são muito fortes , o rio Jordão é muito fundo , as muralhas das cidades são enormes e não teríamos a capacidade de conquistar a terra. Yehoshua e Kaleb tinham outra opinião. Os espiões eram pessoas importantes e influentes , cada um era presidente de sua tribo e a eficiência deles era reconhecida por todos. Kaleb também aparentava pertencer a essa estrutura e a essa “opinião pública”, ele começou a falar como se fosse “mais um” que iria acrescentar mais uma dificuldade, mas ao contrário dos outros revela que podemos conquistar a terra e ainda com facilidade. Kaleb lembra ao povo que Moshe abriu o mar vermelho e fez milhões de aves aterrizarem no acampamento e virarem “frango assado”. Kaleb era visto pelo povo como alguém tão qualificado como os outros e teria que relatar o que viu na terra prometida , mas aparentemente seus argumentos não tinham nada a ver com sua missão, eles contaram sobre o que espionaram e Kaleb contou sobre os feitos anteriores de Moshe, aonde está o profissionalismo?

Aprendemos com Kaleb a raciocinar da maneira correta! Imagine um almirante de um porta aviões americano próximo a uma ilha desconhecida no oceano mandar um barquinho com doze espiões para a ilha e depois ouvir de dez deles que não temos a capacidade de conquistar a ilha porque ela tem cinco mil índios de dois metros de altura e cada um tem cinco arcos e cinqüenta flechas, e nós não temos um arco e uma flecha sequer, e ainda somos baixinhos em relação à eles e um dos espiões diz aos outros:- Pessoal, antes de sairmos da Califórnia o almirante carregou esse navio com mísseis , aviões, helicópteros e canhões , vai ser muito fácil conquistar essa ilha! Será que algum dos espiões retrucaria dizendo :- você não está sendo nada profissional, você foi mandado para ver o que tem na ilha e não para falar sobre coisas do passado?

Kaleb lembrou à todos que Moshe abriu o mar vermelho para o nosso povo passar, e o que é um rio para quem já abriu um mar? Ele lembrou que Moshe fez aterrizar no acampamento milhares de aves que a natureza delas era voar para cima e não descer para baixo , e o que é para ele uma muralha de pedras que já tem a natureza de afundar no chão! E assim foi , quando o povo de Israel entrou na terra prometida o rio Jordão se abriu e as muralhas de Jerichó afundaram na terra.

Aqui vemos o profissionalismo de Kaleb. Claro que ele acreditava no total poder de Hashem que poderia fazer o rio Jordão desaparecer e as muralhas de Jericho saírem voando por aí , mas o raciocínio lógico dele foi profissional e realista: Ele listou os milagres que já tinham acontecido e concluiu : Se Moshe já tinha feito milagres tão grandes, o que era para ele fazer milagres menores?

Conclusão: Cada um de nós já passou durante a sua vida por verdadeiros milagres. Aprendemos com Kaleb que sempre temos que ter em mãos a lista de todos os milagres que nos aconteceram e usá-los como base para o nosso dia a dia , não olhar para as dificuldades que temos à frente mas sim para os milagres que temos atrás, nos lembrando a cada instante que Hashem está cuidando hoje de cada um de nós com o mesmo amor e carinho que sempre cuidou de nós no passado. E como Kaleb , no mérito desse raciocínio correto entrou na terra prometida , cada um de nós exercitando dia a dia esse tipo de raciocínio vai receber de Hashem tudo o que precisar, e como uma mãe não esquece o seu nenê no supermercado Hashem não se esquece de nós , e o amor que Hashem tem por cada um de nós é infinitamente maior do que uma mãe tem pelo seu próprio nenê. Mas de nós é exigido fazer a nossa parte como Kaleb que no mérito disso recebeu a cidade de Hebron. Isso se chama “Bitahon”. Não temos como pensar errado e receber o certo, temos que pensar certo , ter Bitahon, e aí os milagres acontecem!

O Rebe de Lubavitch sempre deixou claro que nós somos a geração da redenção final, estamos prestes a entrar em uma era aonde tudo vai ser bom , todos os sinais que os nossos sábios deram sobre essa última geração aconteceram e não há dúvida nenhuma que Mashiach está bem próximo. Então, mais um pouquinho de Bitahon e no lugar de remediar todo dia um mundo crônico entramos em um mundo melhor, em uma nova era!

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Behaalotecha

Nossa Parashá nos conta um fato muito interessante. Tzipora, esposa de Moshe Rabeinu deixou vazar um desabafo de que seu marido, por ser um profeta, não tinha mais tempo para ela. Aaron e Miriam também eram profetas e Moshe era o irmão mais novo deles, e mesmo sendo profeta e profetiza eles tinham tempo para viver com seus cônjuges. Eles contestam o comportamento de Moshe achando que todos os profetas são iguais e Moshe não é excessão. Quase que eles tinham razão….mas…. nessa hora Hashem se revela para os três,  Moshe ,  Aharon e Miriam, e revela para eles que existem níveis diferentes de revelação profética. Essa passagem aparece em uma linguagem exclusiva que é explicada pelo Zohar e pela Guemará :

A profecia não é somente uma informação Divina mas ela se incorpora com o mundo causando uma transformação nele. Para ela descer ao mundo e acontecer por meio dela um vínculo entre​ o espiritual e o material , ou seja, para que ela aconteça, ela tem que ser incorporada pelo profeta e por meio dele ela se incorpora ao mundo.

A revelação e incorporação da profecia para Moshe Rabeinu é direta , como alguém que olha por uma janela de vidro transparente e vê claramente o que há do outro lado, uma profecia clara e objetiva , na linguagem dos nossos Sábios “Aspaklaria Meirá”

A revelação da profecia para todos os outros profetas é oculta e indireta , um nível mais baixo, levando em consideração a capacidade do profeta incorporá-la . Ela acontece por meio de visões e sonhos , por meio de exemplos e enigmas, como alguém que olha para um espelho que reflete a imagem e não está vendo ela diretamente mas sim um reflexo dela que tem que ser decifrado, na linguagem dos nossos Sábios “Aspaklaria Sheeina Meirá”

Dentro desse contexto existem alguns critérios como nos explica o Zohar a seguir :

A Revelação Divina só acontece em um lugar adequado , em um ambiente adequado e sobre uma pessoa adequada para recebê-la e de acordo com o nível que o profeta pode incorporar (por esse motivo o profeta Yoná tentou fugir para um lugar inadequado para que a profecia de Nínive não fosse recaída sobre ele.

Avraham Avinu, nosso primeiro patriarca  era a pessoa adequada  no lugar adequado, mas Lot estava morando ao lado dele e se comportando como em Sodoma, fazendo com que o ambiente ficasse inadequado . Hashem se revelou para Avraham naquele mesmo lugar somente depois que Lot saiu de lá e foi morar em Sodoma e o ambiente de Avraham voltou a ser adequado. (Mas a profecia era no nível que ele tinha a capacidade de incorporar).

Yaakov Avinu, nosso terceiro patriarca teve uma revelação profética quando fugiu de Essav . Essa revelação foi por meio de um sonho que é o nível mais baixo de recebimento de uma profecia. Diz o Zohar que o motivo disso foi o fato de Yaakov ainda não estar casado, e mesmo estando em Beit E-l , lugar adequado , ainda não era a pessoa totalmente adequada por estar solteiro. Depois que ele se casou em Haran, teve uma revelação profética novamente por meio de sonho, aí ele já era a pessoa adequada mas o lugar (Haran na Síria) não era adequado e por isso o nível da profecia foi o mais baixo.

Quando ele voltou casado, para a  “Terra Santa” , a revelação profética já aconteceu para ele estando acordado , por meio de uma visão (ainda não era o nível de Moshe) , e mesmo assim diz o Zohar que esse nível só foi alcançado porque seu pai Itzhak já havia falecido, mais um critério na profecia. Enquanto um profeta está no mais alto nível possível na sua época outro profeta não tem como acessar a esse nível. (Mas ela ainda era no nível dos patriarcas, não tinha chegado ao nível de Moshe).

Diz o Zohar que Moshe teve o maior de todos os níveis​ de profecia, ele incorporava a revelação profética para trazê-la ao mundo diretamente, em pé e com toda a sua força e energia, via a revelação claramente. Diferente dos outros profetas que na hora de incorporar a profecia caíam sobre suas faces , enfraqueciam e não tinham a capacidade de incorporar a profecia claramente.

E qual era o motivo dessa fraqueza? Diz o Zohar que era pelo fato de o “anjo de Essav” ter ferido a perna de Yaakov e Yaakov ter saído mancando desse acontecimento. Espiritualmente o anjo ”sugou” a força das pernas de Yaakov causando que depois disso nenhum profeta conseguisse incorporar (trazer para esse mundo) a profecia do que Hashem vai fazer para os “Bnei Essav” (de acordo com Don Itzhak Abarbanel eles são os povos da Europa e suas ramificações coloniais) , fora o profeta Ovadiahu (Abadias) , proveniente de Edom que eram os descendentes diretos de Essav, e por isso sobre ele o assunto espiritual do anjo de Essav não recaiu. Ele pôde incorporar claramente a profecia do fim de Essav e não enfraqueceu, e nenhum outro profeta pôde incorporar isso.

Moshe é a excessão de todas essas regras por estar em um nível tão alto que poderia incorporar claramente qualquer revelação sem enfraquecer.

Diz o Zohar que Moshe recebia a profecia em um nível de Sefirat HaTiferet de Atzilut , nível espiritual que nenhum profeta teve acesso

Diz o Ari Zal que o Mashiach vai ser a reencarnação de Moshe Rabeinu e vai revelar para todos nós as maravilhas ocultas da Torá.

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Nassô

Quando a Torá nos ensina uma regra , se há alguma exceção ela tem que estar na própria Torá.
A Torá nos ensina a proibição de apagar o nome de D’us . Aqui na nossa Parashá ela traz a excessão. Não só uma permissão para apagar o nome de D’us mas uma obrigação de apagá-lo. E qual é o caso tão importante para justificar uma coisa assim? É o “Shalom Bait”! É permitido apagar o nome de D’us para salvar um casal do divórcio. Daqui vemos a grandeza do Shalom Bait (harmonia familiar) na Torá.
E a Torá está permitindo isso para fazer o Shalom Bait de uma mulher que estava sendo assediada por alguém e o marido disse para ela não se trancar com a pessoa que estava dando encima dela. Um belo dia (ou uma bela noite) o marido chega de viagem, bate na porta , e quem destranca a porta por dentro?………o cara! E a mulher aparece para justificar que esse mês ele não tinha onde dormir……então veio dormir em casa! O marido suspeita que algo tenha acontecido e quer divórcio. Ele leva ela para o Beit Hadin (tribunal rabínico) e ela diz que não traiu. O Beit Hadin não tem como verificar, sendo que a Torá não aceita deduções e é necessário ter duas testemunhas oculares que viram “o pincel dentro do tinteiro” (uma coisa dentro da outra, ou seja, o próprio ato) Não tendo o que fazer, o Beit Hadin encaminha os dois para o Beit Hamikdash em Yerushaláim.
No Beit Hamikdash os Cohanim (sacerdotes daquele turno) avisam que podem escrever a “Maguilat Sotá” copiando a “Parashat Sotá” da nossa Parashá com os nomes de D’us contidos nela, dissolver essa Parashá com os nomes de D’us dentro de um copo de água e dar para a mulher beber. Se nada acontecer para ela, o marido pode ficar tranquilo porque foi só um surto mas nada aconteceu na prática.
O Cohen avisa que caso ela tenha traido, se beber isso ela falece, e dá as últimas chances para ela não beber aquela água . Se ela sabe que não traiu , ela pode beber essa água tranquila e o fato de ela não falecer vai ser a prova para o marido de que nada aconteceu, fora o susto. E não só isso, se ela não tinha filhos agora ela vai receber uma indenização Divina pela vergonha que passou e ter muitos filhos.
Infinita Bondade Divina: Não só que Hashem pede para apagar o nome dele para fazer o Shalom Bait mas ainda indeniza a mulher milagrosamente pela vergonha que ela passou.
Mais um assunto interessante ligado à esse tema : Na Torá não está escrito que é proibido mentir, está escrito “fique longe da mentira”. Explica o Baal Shem Tov que a mentira é como um veneno que quando usado na dose certa se torna um remédio. Aharon Hacohen era esse especialista que conseguia usar a mentira na dose certa para fazer as pazes entre marido e mulher e entre todas as pessoas (a mentira na overdose volta a ser um veneno e novamente temos que ficar longe dela).
Quase como continuação do assunto da mulher que se “desviou” aparece a Parashat Nazir que nos ensina a fazer, quando ouver necessidade, um juramento de não beber vinho e não cortar o cabelo por algum tempo. Dizem nossos sábios que o motivo da proximidade entre essas duas parashiot é para sabermos quando devemos fazer esse juramento. Quando vemos a Sotá (a mulher que se desviou) passar pelo que está passando, devemos aprender disso a nos proteger de coisas que podem causar o nosso desvio como é o caso da embriaguez e da vaidade obsessiva, e mais ainda as drogas. Me encontrei com alunos do projeto Sinai do qual era professor e perguntei sobre dois alunos que tinha perdido o contato.Você não sabia? Responderam eles. O pai estava dirigindo bêbado……..a mãe estava no carro….!
Então, se você está com um problema desse tipo, entre imediatamente em contato com o rav Shie Pasternak 11 36616530 que é rabino e psicólogo especializado nesse assunto. Até se precisar de uma internação por motivo de drogas você deve se aconselhar com ele que tem todos os contatos para isso e guarda sigilo absoluto.
Depois da Parashat Nazir e como se fosse uma continuação dela a Parashá nos trás as Bençãos dos Cohanim mostrando que esses três assuntos estão interligados. Você se comporta bem com a esposa mesmo ela não dando motivo para isso (e você esposa se comporta bem com o seu marido mesmo ele não dando motivo para isso) evitam beber para esquecer as mágoas mas esquecem as mágoas por motivo religioso de ser proibido guardar rancor (principalmente o marido da mulher) e no mérito do amor gratuito e união incondicional Hashem te dá todas as Bençãos, te dá muito dinheiro e te proteje dos ladrões te dá todas as Bençãos e te protege para que você sempre possa ter tido o proveito delas com muita saúde e alegria!

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2017-05-17-16-58-22-739-1

 Behar – Behukotai

Behar
Nossa Parashá nos conta que Hashem falou com Moshe no monte Sinai e lá nos deu uma Mitzvá chamada “Shemitá”. Todas as Mitzvót (Mandamentos Divinos) foram dadas no monte Sinai , não só a Shemitá , mas sendo que a Shemitá foi dada no monte Sinai com todos os seus detalhes  e não foi revisada e explicada por Moshe Rabeinu no sefer Dvarim (quinto livro da Torá aonde foram acrescentados mais detalhes sobre as Mitzvót) por isso ela  aparece aqui como tendo sido dada unicamente no monte Sinai. Mas o que é Shemitá? Simples! Você compra uma fazenda linda com vinhedos que produzem uvas carésimas, não deixa suas crianças se aproximarem dos cachos de uva para não estragá-los, por seis anos você vende as uvas por preços não convencionais e não deixa ninguém mexer nelas, e no sétimo ano você descobre que a terra era sua só por seis anos e agora ela volta a pertencer ao dono verdadeiro que é muito bonzinho e deixa você e todo mundo pegar as uvas de graça! E ninguém, (nem você) pode vender essas uvas, mas podem pegar só o que vão comer, e totalmente grátis!

Para entender como isso funciona temos que nos lembrar que D’us nos deu a terra de Israel que foi dividida entre doze tribos das treze que existiam no nosso povo (a tribo de Levi e os Cohanim que tiveram origem nela não participaram da divisão da terra). Essa terra foi passando por herança até você aparecer e achar que comprou ela e que por isso ela é sua….. E aí você descobre que não é o verdadeiro dono! E não só isso, mas quando você coloca tudo no papel você vê que , não só que não teve prejuízo mas que ainda saiu no lucro porque a terra produziu no sexto ano (que deveria ser o ano mais fraco) uma quantidade que produziria em três anos! E também descobre não só que existe alguém dirigindo o seu negócio mas também que ele está fazendo isso muito melhor do que você!

Mas porque D’us nos coloca nessa situação que parece que estamos perdendo e no fim saímos ganhando ? A resposta é simples! Para nos lembrar que esse mundo é de D’us e é ele somente que dirige o mundo e não nós , e mesmo que a nossa participação fazendo um trabalho para ganhar dinheiro e pagar as contas é uma ordem Divina, mesmo assim não podemos nos “endeusar” e achar que tudo depende de nós! Aí vem a Mitzvá da Shemitá para nos lembrar que esse mundo não é nosso mas tem alguém dirigindo ele e só deixando nós, crianças pequenas , segurarmos na direção e pensarmos que estamos dirigindo o carro do papai !

Aprendemos com essa Mitzvá a ultrapassar todas as crises nos lembrando a cada instante que só D’us dirige o mundo , que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem e que D’us ama cada um de nós mais do que o amor de um casal que teve um filho único com cem anos de idade tem por esse filho, e cuida de nós com todo o amor e carinho!

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Behukotai

Parashat Behukotai nos conta que quando estudamos Torá e cumprimos as Mitzvót (Mandamentos Divinos) Hashem (D’us) nos dá a chuva na hora certa e na quantidade adequada , a linguagem da Torá é : “a terra dará seus produtos e as árvores darão seus frutos”. E a pergunta é: Se a terra dará a seus produtos isso já inclui os frutos das árvores​, então, quais são essas árvores que darão seus frutos como consequência do nosso estudo de Torá e do cumprimento das Mitzvót? O Midrash Sifra nos conta que essas são as árvores estéreis que nos tempos do Mashiach elas darão frutos!

Ou seja, hoje nosso estudo de Torá é comparado a um pai muito sábio que ensina a sua sabedoria para uma criança pequena, a sabedoria do pai desce ao nível da criança , ele ensina a criança que é proibido roubar e etc. Ou seja, a Torá que estudamos hoje está em um nível de “não roube” e etc , (e mesmo assim vemos muitos “marmanjos​” que não estão morrendo de fome roubarem quantias que nunca vão conseguir gastar na vida). E mais, nosso nível de cumprimento de Mitzvót ainda é limitado  por não podermos cumprir as Mitzvót ligadas ao Beit Hamikdash,  e mesmo a Mitzvá da Shemitá hoje , de acordo com a maior parte dos “Posskim”(legisladores que determinam a aplicação da lei judaica) a Shemitá é “Derabanan” (decreto dos Sábios de Israel usando a autoridade que a Torá lhes deu para fazê-los​) e não “Deoraita” (Mitzvá direta da Torá) por que dez tribos de Israel estão temporariamente perdidas e as Mitzvót relacionadas à terra de Israel só voltarão a ser cumpridas em todos os seus aspectos quando cada tribo de Israel estiver nas partes​ da “Terra Santa” relacionadas à sua herança, e isso só vai acontecer nos tempos do Mashiach.

Nosso estudo de Torá e cumprimento de Mitzvót hoje é o suficiente para a terra dar os seus frutos convencionais. O estudo da Torá nos tempos do Mashiach é comparado a um pai muito sábio ensinando segredos muito profundos​ à um filho muito sábio. Hoje só conseguimos “provar” um pouquinho disso estudando a parte oculta da Torá que antes era revelada somente para um “petit comité” e hoje, de acordo com o Ari Zal, é uma Mitzvá revelar essa sabedoria, e mesmo assim a quantidade desse estudo é limitada. E mesmo que nas últimas gerações foram revelados muitos assuntos profundos por meio da “Chassidut”, mesmo assim em relação às revelações dos tempos do Mashiach quando o mundo inteiro de encherá com o conhecimento Divino em quantidade e qualidade , o que estudamos hoje ainda não é o suficiente para as árvores estéreis darem os frutos exóticos que elas darão no futuro.

Conclusão: vamos pedir todo dia para Hashem mandar o Mashiach imediatamente e usufruir todas as maravilhas desse futuro próximo !

Para uma regra da Torá ter uma exceção a própria Torá tem que trazer essa exceção. Na nossa Parashá encontramos uma linguagem muito pesada em relação ao​ que pode acontecer se não estudarmos Torá e não cumprirmos as Mitzvót. A linguagem da Torá é “Se vocês não escutarem a mim” . O Midrash Sifra nos conta que essa palavra “a mim” vem especificar que todas essas tragédias que a Torá descreve depois disso recaem sobre a pessoa que conhece D’us e tem a intenção de fazer conscientemente contra o pedido Divino, e como exemplo o Midrash traz Sodoma e Gomorra, que conheciam D’us e faziam intencionalmente o contrário do que ele pediu , assassinando, roubando e etc.

O Ari Zal nos dá um exemplo das pessoas que trocaram intencionalmente o judaísmo pela idolatria na época do primeiro Beit Hamikdash. A destruição não veio naquela geração porque a bondade Divina determina um longo período para que a pessoa possa fazer Teshuvá, naquela reencarnação ou em outra, mas quando​ chegou a “deadline”, o prazo final, aquelas almas se reencarnaram na época das cruzadas e da inquisição e tiveram a sua purificação , se precisassem morrer queimados em praça pública mas não fazer idolatria eles davam a vida, se precisassem fugir da Espanha e de Portugal  deixando os pertences para trás e não fazer idolatria eles fugiam , e cada um de acordo com o nível de obsessão pela idolatria que ele teve na época do primeiro Beit Hamikdash quando trocou a sua religião, mas quem já nasceu em uma família Judia idólatra não entra nessa categoria como vemos no Midrash mas é considerado como alguém que não conhece D’us e não tem intenção de fazer algo propositalmente. A “linguagem pesada” da Torá também vem para dar um ênfase na gravidade do assunto , como um pai bondoso que explica para o filho as consequências de certas coisas.  Entãos, vamos aproveitar o desconto estudar muita Torá e fazer muitas Mitzvót!

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Emor

Nossa Parashá nos conta (entre inúmeros assuntos) sobre o Shabat.

Os “Dez Mandamentos” aparecem duas vezes na Torá. Na primeira vez , em Parashat Ytró , está escrito: “Lembre-se (Za’hor) do dia do Shabat para santificá-lo . Na segunda vez, em Parashat Vaet’hanan, está escrito “Guarde (Shamor) o dia do Shabat para santificá-lo”.

Nossos Sábios nos contam que quando ouvimos os Dez Mandamentos no Monte Sinai, as palavras “Za’hor” (Lembre-se​) e “Shamor” (Guarde) foram ditas em uma palavra só, ditas e ouvidas de uma maneira sobrenatural .

Da palavra “Shamor” aprendemos que o Shabat entra na categoria de Mitzvá chamada de “Ló Taassé” (“não faça”) e da palavra “Za’hor” aprendemos que o Shabat entra na categoria de Mitzvá chamada de “Assé” (“faça”).

A regra é , que quando uma “Mitzvat Assé” cai sobre uma “Ló Taassé” (como no caso de o oitavo dia do “Brit Milá” cair no Shabat) o “Assé” (do “Brit”) anula o “Ló Taassé” (do Shabat) no assunto específico dela (nesse caso, o de cortar o prepúciozinho do nenê).

Quando a regra da Torá tem alguma excessão, como no caso da Mitzvat Assé da construção do Mishkan que não anulou o “Ló Taassé” do Shabat, a própria Torá tem que trazer a excessão da regra para cada caso específico.

Aprendemos na profecia de Yeshaiau Hanaví que o Shabat tem que ser um prazer. Mas o que é um prazer? Com certeza o contrário da aflição!

A Torá usa a palavra aflição em relação à proibição de comer e beber no Yom Kipur , e daí nossos Sábios concluem que no Shabat temos a obrigação de comer e beber do bom e do melhor em um ambiente iluminado pelo menos à luz de velas.

E daí surge a Mitzvá de acender as velas de Shabat e fazer o Kidush com vinho e Halot. Deixar um fogo aceso coberto pela “plata” com o a comida quente que vamos comer no Shabat.

Aprendemos os 39 trabalhos proibidos no Shabat dos 39 trabalhos feitos para construir o Mishkan. Esses 39 trabalhos são matrizes com ramificações fazendo com que o número de trabalhos proibidos no Shabat fique maior.

Nossos Sábios, usando o direito que a Torá lhes deu de “O que é decretado no Beit Din aqui embaixo é decretado no Beit Din lá encima” fizeram algumas cercas envolta da Torá para nos proteger de fazermos uma transgressão. As leis de “Muktse” são um exemplo dessa preocupação que eles tiveram por nós .

Um objeto de uso específicamente proibido no Shabat, como por exemplo, um isqueiro (que só serve para acender fogo, ação proibida no Shabat) , ou uma caneta (que só serve para escrever, que também é proibido no Shabat) são chamados de “Muktse” e se torna proibido tocar neles no Shabat.

Em caso de dúvida em relação a um perigo de vida durante o Shabat devemos fazer tudo o que for necessário para a pessoa que está necessitando. Por exemplo: uma mulher precisa dar a luz, levamos ela para o hospital de carro.

Caso uma criança tenha ficado em casa , você deixa a mulher dando a luz no hospital e volta para cuidar das crianças porque crianças pequenas sem alguém cuidando também são um perigo de vida. Tudo o que é necessário para socorrer alguém está liberado no Shabat, mas só o que é necessário para isso como ligar o carro, ir para o hospital e voltar para cuidar das crianças sem desligar o carro (deixe alguém que não é judeu desligar)

Preparativos para o Shabat:

Está escrito que temos que nos lembrar do Shabat. Para se ter um Shabat pronto temos que planejar com antecedência. Eu pessoalmente tenho uma verdadeira “Shabatfobia” e no domingo já deixo as velas prontas nos castiçais e já começo a comprar umas coisinhas para Shabat. O importante é se planejar com antecedência, saber o que você vai fazer para Shabat.

Para facilitar para quem está começando, lá vão umas dicas básicas. Escrevemos essas dicas principalmente para quem mora no interior e não tem facilidade em comprar as coisas para Shabat.

Como fazer em casa o seu vinho para o Kidush:

Pela Halachá um suco de uva verdadeiro também é considerado vinho para o Kidush, aqui vai uma receita para fazer o seu suco de uva “bore pri hagafen” para todos os Shabatot do ano, principalmente se você tem crianças em casa

Modo de preparo

1- Compre uvas de qualquer tipo, lave as uvas, separe elas dos galhos e coloque elas dentro de uma panela (de preferência de pressão.

2- coloque a mão sobre as uvas e adicione água e açúcar . Essa água e açúcar tem que preencher somente os espaços entre as uvas e você coloca a mão encima para elas​ não flutuarem encima da água com açúcar sendo que a água com açúcar tem que preencher somente os “buraquinhos” entre as uvas mas não pode cobrir elas por cima nem se acumular separadamente no espaço de baixo caso elas flutuem, por isso você não deixa elas flutuarem.

3- Tampe a panela , acenda o fogo e deixe ferver um pouquinho.

4- Penere o conteúdo da panela para uma jarra apertando e amassando totalmente as uvas dentro da peneira com uma colher até que todo o suco passe pela peneira e sobre dentro da peneira somente uma polpa .

5- Coloque o suco em garrafas ou em uma jarra.

6- Mantenha o suco na geladeira e só retire para as refeições.

Agradecemos o Reb Avrohom Arbeter pela receita.

Sendo que está escrito que o Shabat tem que ser um prazer, nossos Sábios decretaram a obrigação de deixar a comida pronta e quente e acender as velas de Shabat antes do por do sol da sexta feira sendo que está escrito explicitamente para não acender fogo durante o Shabat . A eletricidade foi classificada como fonte de fogo e por isso acendemos tudo o que precisa estar aceso no Shabat antes de acender as velas (não podemos apagar essas coisas durante o Shabat a não ser em caso de perigo de vida) . Ou seja, a luz da sala cozinha e banheiro e a chapa de Shabat que chamamos de plata devem ser acesas antes do Shabat. A plata é uma placa de alumínio que pode ser encomendada de acordo com a medida do seu fogão , você deve pedir para fazer uma dobradinha de um centímetro nas extremidades para ela não ficar cortante e deve ser dobrada uns 8 centímetros na frente para cobrir os botões do fogão. A plata pode ser encomendada em qualquer fabriquinha de calhas (peça um material grosso para não entortar com o fogo nas 25 horas que vai estar encima do fogo baixo) . Então acenda um fogo baixo , coloque a plata encima dele e as panelas com a comida pronta encima da plata. A quantidade de água dentro da panela deve ser planejada de acordo com o número de horas que ela vai ficar encima da plata. Uma janela deve estar um pouquinho aberta para entrar ar e todos os cuidados devem ser tomados para que o fogo não se apague sozinho no meio do Shabat e não haja vazamento de gás (não deixe panos ou plásticos perto dela para não pegar fogo). Centenas de milhares de judeus religiosos fazem assim no mundo inteiro e com o tempo você pega experiência. Se o seu gás é de botijão você pode comprar uma balança de banheiro e colocá-la fixamente enbaixo do botijão para calcular quando ele vai acabar para trocar o botijão antes do Shabat.

Conclusão: D’us criou o mundo em seis dias e no sétimo não criou nada , e para demonstrar claramente que acreditamos que somente Ele é o Criador, não fazemos trabalhos no Shabat . Então, vamos nos lembrar todos os dias do Shabat e preparar um Shabat bem gostoso cada semana melhor!

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 Aharei Mot – Kedoshim

Aharei Mot
Nossa Parashá nos conta sobre as instruções Divinas dadas por consequência da morte dos dois filhos de Aharon. O Ari Zal , (última palavra em assuntos cabalísticos) nos conta que Adam Harishon (o primeiro homem) “continha todas as almas do mundo. Quando ele fez o primeiro pecado , seu nível espiritual despencou e ficou nele somente somente a “Trumá” (dois centésimos) do número de almas que ele tinha antes, pouquíssimas mas de altíssima qualidade. Essas almas elevadíssimas passaram para Caim que era o primogênito e tinha nascido no Gan Eden (paraíso terrestre) depois do pecado de Adam. Essa alma elevadíssima do Caim se reencarnou nos dois filhos de Aharon que faleceram, Nadav e Avihu, eles são a ”Trumá” (a melhor parte) da alma de Adam.

O Zohar nos conta de forma genérica, que a origem da alma de Caim é o lado da impureza que a cobra colocou na Eva e Abel vem do lado de Adão (da Alma Divina de Adão) . O Ari Zal explica a intenção do Zohar: A transgressão de Adam Harishon fez com que o bem e o mal se misturassem no mundo, e tanto Cain quanto Hevel estão vinculados à árvore do bem e do mal , ou seja, os dois tinham um lado bom e um lado ruim. Sendo que Cain veio do aspecto guevurá de Adam ele era quase inteiramente ruim (impureza espiritual recebida da cobra) e um pouquinho bom (alma espiritual elevadíssima herdada de Adam) e Hevel era na sua maior parte bom (alma herdada de Adam) e um pouquinho ruim (impureza herdada da cobra). Mas a diferença entre eles era que o lado bom de Cain era extremamente superior ao lado bom de Hevel e ele herdou essa alma tão elevada por ter sido o primeiro a nascer, pegou a melhor parte da alma de Adam.

A “impureza da cobra”

Essa expressão espiritual à qual chamamos de “impureza da cobra” acompanha a humanidade até hoje, é ela que causa atrações eróticas estranhas em todas as suas categorias como atração íntima por animais e etc. Essa é a diferença entre o ser humano ,que recebeu a “impureza da cobra” e o animal, o animal não tem esses problemas estranhos. Dizem nossos Sábios que com o recebimento da Torá no monte Sinai a “impureza da cobra deixou o nosso povo. No monte Sinai estavam as almas de todos os judeus que iriam nascer até Mashiach chegar , e nos contou o Tossfot que também estavam lá as almas de todos os que iriam se converter ao judaísmo até Mashiach chegar, e de todos essa impureza saiu com a entrega da Torá. Quando foi feita a idolatria do bezerro de ouro essa impureza da cobra voltou para o nosso povo , longe de ter a mesma intensidade de antes, fraca mas voltou.
Sendo que no início do mundo ela pegou principalmente em Adam, e os dois filhos de Aharon eram a alma (nível “nefesh”) do próprio Adam , a volta parcial da “impureza da cobra” pegou principalmente neles, enfatizando espiritualmente os erros que eles cometeram. Por isso Moshe Rabeinu pediu para todo o povo de Israel se enlutar pela morte deles ,sendo que se não tivesse sido feito o bezerro de ouro eles não teriam falecido assim.

Vort:
Disse o rav Moshe Veber , grande Tzadik que viveu em Jerusalém: O que aprendemos da união dessas duas parashiot, Aharei mot (depois de morrerem) Kedoshim (santos) ? Aprendemos que devemos falar sempre bem de qualquer pessoa que já faleceu , porque com certeza antes de ele falecer ele se arrependeu de todas as coisas erradas que fez, e as coisas boas que fez são eternas! Aharei mot Kedoshim, depois de morrerem todos são santos!!!

Kedoshim

Nossa Parashá nos conta (entre inúmeros assuntos) sobre a proibição de guardar rancor. Toda pessoa que guarda rancor contra um judeu (principalmente o cônjuge) transgride uma Mitzvá , como está escrito na nossa Parashá: “Ló titor”(não guarde rancor). Exemplo: Você pede um favor para alguém e a pessoa não quis fazê-lo. No dia seguinte, essa pessoa precisou de você e você responde: “Eu não sou como você. Eu não vou lhe negar um favor como você fez”! Isso acontece porque a pessoa estava guardando aquele rancor e achou o momento exato para revelar isso. Em outras palavras, “jogar na cara” é proibido pela Torá.

O Baal Shem Tov explicou que nossos sábios comparam a pessoa que fica brava a alguém que está fazendo idolatria porque no momento da fúria, a fé em D-us desaparece automaticamente, e quando não se acredita em D’us consequentemente se está acreditando em outra coisa”.

Porque se ele soubesse que tudo o que acontece com ele vem de D-us, ele nunca ficaria bravo. Mesmo que uma pessoa (que tem livre-arbítrio) optou por fazer-lhe o mal, e o amaldiçoa ou bate nele ou lhe causa prejuízo monetário, e é condenada por um tribunal humano ou Divino, pela maldade da sua escolha, mesmo assim,à quem foi prejudicado já estava decretado pelos Céus que assim seria. O tribunal Divino apenas usou a pessoa ruim para cumprir o decreto, e mesmo nesse momento em que a pessoa bate em alguém ou amaldiçoa ele, o pensamento que cai na cabeça da pessoa para nos prejudicar ou o sentimento que a impulsionou a isso veio lá de cima.

D’us faz as coisas boas acontecerem por meio de pessoas boas e as coisas ruins por meio de pessoas ruins. O agente causador do nosso infortúnio foi apenas uma ferramenta usada por D-us para cumprir o decreto Divino que veio para nos purificar de alguma coisa ruim que fizemos na reencarnação atual ou em outra. Tudo vem lá de cima e as pessoas que nos fazem o mal são os verdadeiros “bobos” que estão sendo usados para nos prejudicar e depois são castigados por terem nos prejudicado.

Se tudo isso foi dito sobre qualquer pessoa, imagine marido e mulher ou pais e filhos que são o grupo de risco nesse assunto por terem mais intimidade entre si , quanto temos que tomar cuidado com isso. Então, não vamos ser bobos de brigar em casa!

Vort israelense: (dugri)
O rancor é comparado à fezes espirituais. Guardar rancor é prisão de ventre espiritual, você está com rancor de alguém? Baixe a descarga………..porque quanto mais acumula……….pior fica.

Pessach Sheni começa com o pôr do sol dessa terça feira 09 de Maio 2017 e continua na quarta 10 de maio. Aprendemos com Pessach Sheni que por mais que estivéssemos impuros ou distantes nunca devemos nos desanimar, sempre há uma segunda chance. A expressão “ou tudo ou nada” é o contrário da religião judaica. No judaísmo tudo encaminha pouco a pouco e por etapas, sempre acrescentamos uma coisa por vez e nunca paramos no meio do o caminho , mas sempre continuamos acrescentando. Talvez assim não cheguemos ao tudo, mas com certeza sempre estaremos bem longe do nada!!!

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 Tazria – Metzora

Seguindo a ordem da criação quando o ser humano foi criado depois dos animais , a Parashá anterior nos ensinou sinais de pureza animal e a nossa Parashá nos ensina conceitos básicos de pureza familiar.

A Parashá nos conta que a mulher que tem a alegria de se tornar mãe de um filho tem que passar por um pequeno procedimento de purificação , um “detox espiritual” antes de voltar à vida conjugal começando com uma etapa de cinco dias que começa no início do sangramento do parto e pode ser​ chamada de dias “não limpos” (mesmo tendo o sangramento terminado antes dos cinco dias) . Se o fluxo de sangue já parou, no quinto dia ela faz um “hefssek Tahará” (Todos os detalhes de “como” fazer isso podem ser encontrados na nossa página de “Tahará [casadas]”https://ongtora.com/mikve/ e vale a pena também ler a sub página desse assunto https://ongtora.com/mikve/midot/ )
Depois do Hefssek Tahará ela conta sete dias limpos (fazendo uma verificação todo dia para ver se eles ainda estão limpos de verdade) e no final do sétimo dia limpo ela mergulha no Mikve . Depois disso poderá voltar à vida conjugal (daqui vemos que as mulheres da antiguidade eram realmente muito fortes!). Se ela teve a alegria de se tornar mãe de uma filha ela também conta cinco dias a partir do começo do sangramento do parto e sete dias limpos mas só vai para o Mikve dois dias depois disso para completar catorze dias a partir do parto. No oitavo dia do parto de um filho, se o recém nascido estiver saudável é feito o “Brit Milá” mesmo se for Shabat.

A palavra “Tazria” (semear) é usada na nossa Parashá para a mulher que dá a luz , nos indicando que mesmo ela tendo um aborto que não tem nenhuma consistência humana e se parece com um sêmen, mesmo assim é considerado que ela teve um filho em relação às leis de pureza familiar , e não só isso, mas filhos verdadeiros que também vão ressuscitar na ressurreição dos mortos, como escreveu o Rav Moshe Feinstein à um aluno lhe comunicou o fato de sua mãe ter tido vários abortos :-“Em breve quando for a vontade Divina de os mortos ressussitarem você terá irmãos Tzadikim que nunca na vida provaram o gosto de um pecado” (igueret Moshe). Então, se você teve um aborto , você também é mãe e no futuro vai ter orgulho do seu filho (ou filha) , e que isso aconteça já em breve em nossos dias

Metzorá

A Torá nos conta sobre manchas que poderiam aparecer nas paredes das casas, nas roupas e nas pessoas. Essa mancha é chamada de “Nega Tzaraat” , a pessoa portadora dela é chamada de “Metzorá” . Isso foi traduzido erroneamente como lepra, doença causada pelo Mycobacterium leprae , mas é um verdadeiro erro de tradução como veremos a seguir:

Don Itzhak Abarbanel foi o grande Tzadik que encorajou os judeus espanhóis na época da inquisição a deixarem a Espanha e não fazerem idolatria . Ele nos explicou que a “Tzaraat” não é uma doença física mas sim uma “praga” mandada dos céus que aparecia de uma maneira sobrenatural e sua cura era por meio de um ritual espiritual como ele explica detalhadamente:

1- O Cohen começa a purificação do “Metzorá” com o abate de um pássaro​ em um pote de barro , nos mostrando que o ser humano é como um pote de barro na mão do seu artesão que vai modelando ele de acordo com a sua vontade. (nos indicando que a Tzaraat vem de Hashem para melhorar nossa forma , nosso caráter)

2- Dentro desse pote de barro aonde é feito o abate do pássaro são colocadas águas​ de fonte (em hebraico “águas vivas”) representando a Torá que está no coração de cada um de nós , e por não termos guardado ela da maneira correta morre o pássaro abatido. (representando que a Tzaraat aparece por meio de nossas ações e não por contágio)

3- Um pássaro vivo é mergulhado (mas continua vivo) no sangue do pássaro​ morto , nos ensinando que a “Tzaraat” por natureza não é doença e nem é contagiosa (como no caso da lepra pelas vias respiratórias) mas sim um decreto Divino ligado ao comportamento errado daquela pessoa (representando pelo pássaro morto).

4- A cura de “Tzaraat” não acontece de maneira natural mas sim de maneira milagrosa, e por isso o “Metzorá” vai para o Cohen e não para o médico.

5- A “Tzaraat” da roupa e da casa é a mesma que a das pessoas e ela não tem nenhum vínculo à doenças do corpo humano, o fato de que a mesma Tzaraat pode aparecer em paredes (mineral) e em roupas (vegetal e animal) nos obriga a ver a Tzaraat como expressão​ sobrenatural, milagrosa .

Conclusão: depois dessa explicação tão detalhada do don Itzhak Abarbanel vemos que o certo é transcrever a palavra Tzaraat e não pegar uma tradução errada que a fonte dela é aquela mesma idolatria que por causa dela don Itzhak Abarbanel teve que sair da Espanha com seiscentos mil judeus na inquisição !

A “Tzaraat” era um decreto Divino que afetava principalmente pessoas que causavam intrigas entre marido e mulher ou entre uma pessoa e outra, pessoas que causavam separações, por isso primeiro o Metzorá era separado do acampamento (por que causou separações) e depois sua purificação envolvia dois passarinhos (que tem a característica de piar na casa de um e na casa de outro representando o que ele fazia) .

Mas nem sempre a Tzaraat era um decreto Divino para corrigir a personalidade da pessoa (enriquecê-la espiritualmente) , de vez enquando a Tzaraat era um decreto Divino para enriquecer a pessoa materialmente , como conta o Midrash em nome de Rabi Shimon Bar Yohái que quando os povos de Cnaan ouviram que o povo de Israel estava se preparando para vir conquistá-la, se prepararam para nos “receber”, e entre outras coisas esconderam dentro das paredes e embaixo do piso das casas todos os seus tesouros. Depois, quando fugiram, muitos esqueceram ou não tiveram tempo de pegar os tesouros, que continuaram escondidos nas paredes​. Conta o Midrash que o bom D’us disse :- Prometi para o povo de Israel casas repletas com tudo de bom, e quem vai avisar eles sobre os tesouros que eles têm em casa? Portanto, continua o Midrash, quando aparecerem sinais de Tzaraat a pessoa vai ser obrigada a demolir a casa é aí ele encontra os tesouros escondidos! Então a Tzaraat , e como consequência a destruição das casa , eram uma grande alegria para eles porque dessa maneira eles encontravam fortunas escondidas.

Daqui aprendemos um ensinamento básico para todos os acontecimentos de nossa​ vida: Quando temos “tzarot”(sofrimentos​) e achamos que estamos passando por uma fase ruim e que D’us esqueceu só de nós, temos que nos lembrar que por causa dessas “tzarot” vamos descobrir tesouros de todos os tipos​ que não descubriríamos a não ser por meio (no mérito) dessas tzarot, como disse o rei David no Tehilim:- “de noite dormimos chorando e de manhã acordamos cantando” , ou seja, a mesma coisa que causou para nós dormir chorando, ela vai nos fazer acordar cantando! E não se trata de pegar experiência com as “tzarot” mas sim tesouros verdadeiros , ou seja, depois que a “casa quebra” ficamos ricos de verdade!
E principalmente agora que já passamos por todos os sofrimentos​ já está na hora de Mashiach chegar e veremos com nossos próprios olhos que nunca existiram sofrimentos, mas tudo era a bondade Divina oculta que agora chegou a hora de ela se revelar em breve em nossos dias!

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 Shmini

Sinais de pureza animal = Kashrut do leite e da carne

Nossa Parashá nos conta que a Torá classifica os animais que ruminam e tem o casco fendido como animais “puros” e portanto podemos beber seu leite e comer sua carne (lembrando que para comer a carne do animal não é o suficiente ele ter esses dois sinais mas também tem que passar por um procedimento de abate Kasher , o sangue tem que ser retirado [também na nossa Parashá] e temos que tirar dele um nervo [em Latim nervus ischiadicus] quando você compra a carne em um açougue Kasher [http://www.livenn.com.br ] tudo isso já foi feito) .O “Shochet” (judeu religioso que faz o abate Kasher) só pode fazer o abate de um animal que seu professor de “Shchitá” aprendeu a fazer (que com certeza não era uma girafa). Conclusão: se você descobre em algum lugar um novo animal com esses dois sinais você só poderá​ tomar o leite dele!

Animais com somente um sinal de pureza não são Kasher

A Parashá nos conta sobre quatro animais que são classificados pela Torá como impuros por terem somente um sinal de pureza. Os nomes deles em hebraico são :”chazir” , “Gamal” , “Arnevet” e “Shafan” , não podemos usar seu leite nem comer sua carne. O Gamal, a arnevet e o shafan são ruminantes e não tem casco fendido, o chazir tem o casco fendido mas não é ruminante. O “chazir” é traduzido diretamente como “porco”, único animal no mundo que tem casco fendido e não rumina. O “Gamal” é o camelo, ele rumina mas sua pata é parecida com uma pequena almofada , não é casco (O camelo , o dromedário, o lhama, a alpaca, a vicunha e outros camelídeos são todos raças de uma mesma espécie , cruzam- se entre si e tem filho fértil como foi feita a experiência nos U.A.E.). Fora eles não encontramos outros animais com essa classificação! Então quem são o Shafan e a Arnevet ?

Raças e espécies:

Nas traduções antigas da Bíblia para o grego , depois para o latim e de lá para as demais línguas , o Shafan é traduzido como Coelho e a Arnevet como lebre. O primeiro problema com essa tradução é que a Torá fala sobre quatro animais diferentes, quatro espécies e não quatro raças. O que determina a espécie pela Torá é o fato de eles se cruzarem entre si e terem um filho fértil, isso é a prova de que pertencem à mesma espécie e que essa espécie saiu da arca de Noé e recebeu a benção de Hashem para se multiplicar. Quando uma espécie se cruza com outra, ou não tem filhos ou o filho não é fértil porque que essa nova espécie não saiu da Arca de Noé e não recebeu a Brachá de Hashem para se multiplicar. Noé colocou na arca somente um cachorro e uma cadela e hoje vemos inúmeras raças de cães , tão diferentes umas das outras que parecem espécies diferentes, mas a prova de que são somente raças de uma mesma espécie é que todos se cruzam entre si e tem filhos férteis (no Brasil esse é o famoso “vira latas”). O Coelho e a lebre cruzam-se entre si e tem filho fértil constatando que são apenas duas raças de uma mesma espécie.

Erros de tradução gravíssimos:

Outro problema (que é o principal) é que nem o Coelho e nem a Lebre são ruminantes . O editor do primeiro dicionário de hebraico atual , Even Shoshan, teve que traduzir Shafan e Arnevet como Coelho e lebre por assim terem sido traduzidos anteriormente pelas traduções da bíblia para outras línguas, mas sabendo que esses animais não conferem com o Shafan e a arnevet da Torá disse que provavelmente devem ser um Coelho e lebre do “extremo oriente” (termo usado antigamente para dizer que esse animal caso exista está bem longe de nós e nunca o vimos). Hoje que os animais do “extremo oriente” também foram classificados não encontramos dois animais que ruminam mas não tem casco fendido fora o camelo (em todas as suas versões). Tentaram justificar que o Coelho quando come acaba comendo as próprias fezes junto, mas isso não pode considerar ele ruminante porque o porco também faz assim e a Torá diz que o porco não rumina. Tentaram dizer que ele move a boca como ruminante mas isso muitas espécies de animais fazem. Conclusão , o Coelho não é o Shafan e a Arnevet não é a lebre, e o Shafan e a Arnevet são dois animais que não foram mais encontrados, dois animais extintos. Como os gregos erraram tão fatalmente nessa tradução ? Talmai, rei da Grécia que dominava a terra de Israel , prendeu setenta sábios em setenta torres que se encontravam em setenta lugares diferentes sem que um soubesse do outro, e ordenou a eles traduzir a Torá para grego. Cada um dos setenta Sábios pensava que só ele estava traduzindo a Torá para o grego e mudou algumas coisas que pudessem causar algum problema para o nosso povo. Uma das coisas era o nome da Arnevet que na sua tradução para o grego seria o nome da rainha da Grécia. Cada um desses sábios separadamente imaginou que o rei ficaria furioso se o nome da rainha fosse vinculado a um animal impuro e também ficaria furioso se a tradução não fosse feita, talvez nessa hora de emergência jogaram o nome da Arnevet à lebre e talvez foi aí que tudo começou. Ou talvez o erro aconteceu de outra forma, mas porque ninguém nunca corrigiu isso? Será que ninguém quer assumir que leva dois mil anos para se descobrir um erro ou realmente não faz diferença? Talvez para os povos do mundo não importa quem são o shafan e a arnevet , sendo que para eles não tem muita relevância se o animal é impuro por ter um sinal de pureza ou por não ter nenhum , mas para nós esse assunto é gravíssimo pelo fato de a Guemará em Hulin 60b dizer que o fato de Moshe Rabeinu, sem ter experiência com animais exóticos, saber que somente quatro especies de animais no mundo inteiro tem somente um sinal de pureza é um argumento para provar que a Torá é Divina , e quando usamos a tradução cristã da Torá sobre o Shafan e a Arnevet estamos fazendo o contrário, colocando na mão de todos uma prova contrária. Talvez ninguém queira corrigir esses erros de tradução para não assumir que errou durante dezenas de anos desde a primeira tradução Judaica da Torá, mas é melhor corrigir isso agora transliterando Shafan e Arnevet e não traduzido como coelho e lebre sendo que a tradução está explicitamente errada. Como diz o ditado “antes tarde do que mais tarde” , mas cada dia que passa… oy vavoy !

Sefirat Haomer :

Entre Pessach e Shavuot contamos durante 49 dias a “Sefirat Haomer” (contagem do omer).

Esse mandamento da Torá tem um lado muito profundo.

Em Pessach fomos libertados do Egito, terra das limitações materiais e espirituais e em Shavuot vamos receber a Torá.

Entre a saída das “limitações” e o recebimento da Torá temos que refinar 49 aspectos diferentes da nossa personalidade, 49 combinações diferentes dos nossos sentimentos.

Porque não esperamos até o recebimento das Torá para reinventar as nossas atitudes?

Porque se acrescentarmos a Torá à um mal caráter, somos capazes de usar essa Torá para justificar esse mal caráter, e no lugar de ela se tornar um remédio para a nossa alma ela se torna um veneno

Por isso temos sempre que revisar o nosso comportamento em todos os seus 49 aspectos e nunca errar achando que o fim justifica os meios

Como disse Raba na Guemará :- O objetivo da sabedoria é a Teshuvá e as boas ações, para que não aconteça de uma pessoa estudar Torá e depois sair por aí dando pontapés no seu pai, na sua mãe, no seu rabino e etc…

Então, vamos aproveitar essa abertura lá de cima e refinar o nosso caráter , muita generosidade , muita alegria e muita tranquilidade em todas as situações!

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Tsav 

Nossa Parashá nos conta sobre a origem da ramificação sacerdotal do nosso povo , o “Cohen” . Como sabemos, Yaakov teve doze filhos e deles se originaram treze tribos sendo que Yossef se transforma em tribos de Efraim e Menashe.

Na nossa Parashá Hashem pede para Moshe ungir Aharon e seus filhos com o “azeite de unção sagrado” e por meio disso tira eles do status de tribo de Levi  dando origem à um novo status no nosso povo que é o Cohen. A unção de Aharon e seus filhos é comparada à unção do Rei David pelo profeta Shmuel que a partir dela David foi chamado de Melech HaMashia’h (Rei ungido).

O rei Salomão filho do rei David já não precisou da unção do profeta sendo que filho de rei ungido já nasce rei ungido até o último descendente do rei David que é chamado de Mele’h HaMashia’h, ou seja, filho do filho do filho etc do rei David que chegará em breve em nossos dias (essa palavra foi transliterada como Messias por tradutores que não tiveram contato com o judaísmo e não entenderam esse conceito e portanto transliteraram e não traduziram).

O mesmo acontece com o Cohen. Os primeiros Cohanim foram ungidos na nossa Parashá e seus filhos já nascem Cohanim até hoje como vimos.

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 Vaykrá

Nossa Parashá começa com a palavra Vaykrá (e chamou) fazendo com que essa palavra se torne tanto o nome da nossa Parashá quanto o nome desse nosso terceiro livro do “Pentateuco”. Algumas letras no Sefer Torá tem que ser escritas obrigatoriamente maiores do que o normal e algumas são escritas obrigatoriamente pequenas. Uma dessas letras aparece na nossa Parashá, uma letra “Alef” pequena que é a última letra da palavra Vaykrá. Quando o terceiro Rebe de Lubavitch era uma criança e fez três aninhos de idade , seu avô , o “Baal HaTanya” o levou ao “cheider” (escola de meninos menores de 13 anos) e pediu para o “Melamed” (professor ​dos meninos) estudar com ele como é o costume a primeira parte da Parashat Vaykrá . Depois de estudarem , a criança perguntou ao avô :- Porque​ a letra “Alef” da palavra Vaykrá é pequena? A pergunta da criança despertou no Baal HaTanya um profundo entusiasmo de devoção , e depois de alguns instantes explicou :- A Torá tem letras normais , tem letras pequenas como essa da nossa Parashá e letras grandes como a letra “Alef” da palavra “Adam” (no divrei haiamim) Tanto o Adam do “Alef” grande, quanto Moshe Rabeinu do “Alef” pequeno foram pessoas que não existiram como elas. Adam foi criado pessoalmente por D’us e dele saiu toda a humanidade , Moshe Rabeinu foi o que recebeu a Torá diretamente de Hashem , falou com D’us “face a face” . Mas Moshe Rabeinu , mesmo tendo toda essa grandeza a Torá testemunha sobre ele que ele era o mais humilde de todas as pessoas do mundo. Moshe Rabeinu era filho de Amram , o líder da geração, D’us se revelou para ele na ocasião das “sarça ardente” (talvez seja melhor dizer “arbusto incandescente” para não ficar um português muito “eclesiástico”) , D’us o chamou para subir ao monte Sinai, etc etc etc , e como com tudo isso como ele conseguiu se manter humilde? Moshe imaginou que qualquer outra pessoa que estivesse nessas mesmas circunstâncias que ele estava e tivesse tido essas mesmas oportunidades que ele teve teria feito muito melhor do que ele, chegaria à níveis muito mais elevados e aproveitaria essas dádivas Divinas de uma maneira muito melhor. Por isso , nesse versículo que está expressando o carinho que D’us tinha por Moshe “e chamou Moshe”, a letra Alef é pequena mostrando a humildade de Moshe Rabeinu. (Temos que usar esse raciocínio de Moshe Rabeinu para nós também)

A festa de Pessach vem nos ensinar exatamente isso. A Matzá é um pão que não fermentou e vem simbolizar a humildade, o chametz é um pão fermentado, um pão que “estufou” e representa a arrogância. A verificação do chametz vem nos ensinar que devemos verificar todas as nossas atitudes para ver se alguma delas não contém um pouquinho de “arrogância estufada” e tirar totalmente a prepotência da nossa personalidade! Os próprios preparativos de Pessach são um grande treino para se chegar à humildade. A gravidade de se comer chametz em Pessach (comer chametz em Pessach é uma transgressão a nível de “caret” com todas as suas consequências) e os rigores de Pessach que não se encontram em nenhuma outra festa judaica colocam muitos de nós em um estado de “PessachFobia” com acréscimo de traumas acumulados de Pessach anteriores , e depois de limpar a casa inteira ainda é capaz que uma criança corra atrás da outra para os quartos limpos com um pacote de biscoitos na mão esfarelando tudo no meio do caminho deixando os nervos dos pais à flor da pele. Nessa hora devemos despertar o aspecto “Moshe Rabeinu” da nossa alma e manter a alegria em todos os instantes. Lá vão algumas dicas para você sobreviver com muito amor e carinho a festa de Pessach 5777 que está comemorando 3329 anos da saída do Egito.

Manual de sobrevivência de Pessach :
1-Em primeiro lugar, agora mesmo acesse a um desses sites :

http://www.chabad.org.br/…/pessach/procuracao/formulario.htm

http://www.morasha.com.br/nossas-…/pessach-1/formulario.html

e dê a sua permissão aos rabinos para venderem o seu chametz.
Lembre-se que a partir da hora que o rabino vende o seu chametz o biscoito perdido no quarto da estória acima que não for encontrado já não será mais seu em Pessach , e mesmo se for encontrado em Pessach não tem problema porque ele está vendido e não é mais seu (mas não se esqueça de avisar as crianças para não comerem nada que for encontrado em Pessach sem mostrar para a mamãe). Então , não perca a paciência com as crianças e dê à eles todo o amor e carinho para eles associarem os preparativos de Pessach às boas lembranças da infância.

2-Não deixe a cozinha para última hora:
O principal da limpeza para Pessach é a cozinha. Os rabinos de Israel costumam dizer : “pó não é chametz e as crianças não são korban Pessach” . Ou seja, você não tem que se desgastar aonde não precisa e depois despejar a sua fúria encima das crianças . Vale a pena adiantar algumas coisas para não entrar em pânico de última hora, como por exemplo , se você tem o freezer da geladeira e outro freezer a parte, passe as coisas do freezer da geladeira para o outro freezer e já deixe o freezer de geladeira limpo para Pessach.

3- Armários: Há quase quatro anos atrás minha esposa estava internada no hospital antes de Pessach e eu fiquei responsável por limpar a casa com a ajuda de uma nova ajudante não judia que nunca tinha visto uma limpeza de Pessach na vida. Entramos no primeiro quarto. Minha querida esposa antes de ir para o hospital tinha deixado o quarto limpo e arrumado e a ajudante não tinha entendido o que mais precisa limpar. Eu expliquei para ela que precisamos limpar o quarto para Pessach. Mas o que vem a ser isso? Simples! Tirei absolutamente tudo que tinha nos armários , coloquei encima das camas e pedi para ela limpar o armário por dentro e colocar de volta somente todas as coisas que não são comestíveis e qualquer coisa comestivel encontrada levar para a cozinha. Avisei antecipadamente que para Pessach a gente dá um bônus sendo que o trabalho é mais difícil. Por incrível que pareça haviam lá doces chametz que escondemos e esquecemos que tínhamos escondido! Mas também se você não fizer dessa maneira mas só limpar os armários de maneira genérica e verificar bolsos e bolsas já é o suficiente, principalmente pelo fato de você ter autorizado o rabino à vender o seu chametz.

4- Carro: dá para adiantar isso também e lavar o carro muito bem lavado , principalmente por estarmos fazendo as compras de Pessach e levando nele.

5- Compras para Pessach: Não se esqueça de comprar roupas novas para a sua esposa e filhos porque isso faz parte da Mitzvá do Yom Tov de Pessach , também devemos comprar uma (semi) jóia para a esposa , hoje que a variedade é grande é melhor dar o dinheiro para ela comprar para ela poder escolher o que ela prefere.

E o principal, os alimentos , que podem ser comprados de acordo com os produtos liberados na lista que se encontra anexa no lado direito no site

http://www.bdk.com.br/produtos_,,,,,,,,1,,,,,.htm

As carnes podem ser encomendadas no site do Livenn

http://www.livenn.com.br

Mesmo os estabelecimentos Casher estarão vendendo produtos Casher Lepessach e também não Casher Lepessach até domingo, quando você faz as compras de Pessach verifique se o produto que você está comprando é Casher Lepessach especificamente.

6-Trabalho: Você tem seu próprio negócio? O chametz dos seus colaboradores não é seu, mesmo assim encaminhe esta página para os seus colaboradores judeus e peça para eles entrarem no site de venda do chametz e autorizarem o rabino à vender o chametz deles . Na semana de Pessach , na quinta feira 13 de abril e na sexta 14 de abril quando o trabalho é permitido (mas o chametz continua sendo proibido) tente levar para os seus colaboradores judeus comida Kasher Lepessach. Se você é o dono do seu próprio negócio a Bedikat Chametz (verificação do chametz) tem que ser feita no negócio também, mas se você não vai conseguir fazer a bediká tanto em casa quanto no trabalho no anoitecer do domingo 9 de abril , dá para fazer a bediká no trabalho sem Brachá na noite de quinta feira 6 de abril ou no sábado 8 de abril depois da havdalá.

7-Vale a pena adiantar e conseguir uma pena de ave, uma colher de pau, uma vela de cera de abelha e um pacote de papel (que você vai usar para fazer a Bedikát chametz no domingo 9 de abril)

O importante é fazer tudo com alegria e a tranquilidade lembrando à todos à sua volta que Pessach é uma festa e não um pesadelo.

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 Vayakhel – Pekudei e  Parashat Hakodesh

Nosso Shabat terá uma leitura de três partes do Sefer Torá.
Parashat Vayakhel e Parashat Pekudei terminando o livro de Shemot com “Hazak” e depois, em um segundo Sefer Torá (aonde for possível) leremos Parashat HaHodesh.
Parashat Vayakhel (e reuniu) nos conta que Moshe Rabeinu reuniu todo o povo de Israel para ensinar a Mitzvá do Shabat. Essa linguagem aparece pela primeira vez na Torá na Parashá anterior quando o povo se reúne envolta de Aharon Hacohen para obrigá-lo a fazer o bezerro de ouro , nos sinalizando que o Shabat nos purifica até da pior coisa do mundo que é a idolatria.
A Parashá nos conta que é proibido acender fogo durante o Shabat. A pergunta mais frequente é: Se precisamos comer do bom e do melhor no Shabat, como manter essa comida aquecida? (A resposta para isso se encontra no final da página depois dos agradecimentos) . O Baal HaTanya diz que pelo fato de as leis de Shabat serem muitas é bom revisá-las constantemente , para ajudar nessa revisão acesse ao nosso site:

Parashat Pekudei nos traz a conta de todas as doações feitas para a construção do Mishkan e seus artefatos, nos mostrando que todos os assuntos públicos devem ser feitos com total transparência.
Parashat HaHodesh nos conta sobre a primeira Mitzvá da Torá que é chamada de Kidush HaHodesh (santificação do mês). No calendário Judaico você pode apontar com o dedo e mostrar para uma criança a mudança de um dia para o outro e a mudança de um mês para o outro. Você mostra para a criança um dia terminando com o pôr do sol e o próximo nascendo com a saída das estrelas, o mês nascendo com o nascimento da lua e terminando com o desaparecimento dela. A Mitzvá chamada “Kidush HaHodesh” começou a ser oficialmente cumprida com a saída do Egito e foi praticada por mais de 1700 anos . Essa Mitzvá consiste em dois Judeus testemunharem em frente ao Beit Hadin Hagadol (supremo tribunal rabínico) que viram o nascimento da lua. Assim era decretado o nascimento do novo mês e as datas das suas respectivas festas judaicas. Sempre que chegava o mês de Adar e a primavera ainda não tinha chegado o “Beit Hadin Hagadol” acrescentava um mês de Adar a mais fazendo o equilíbrio entre o ano lunar e o ano solar. Esse procedimentocedimento começa com a saída do Egito e continua até a época de Hilel Nessía , época em que o imperador romano Constantino apoiou o cristianismo causando sérios problemas para os judeus da terra santa , fechamento de Yeshivot e dispersão da comunidade. Hilel Nessía que era o descendente direto do grande Sábio Hilel Hazaken, em vista à situação escreveu o calendário judaico fixo que é um ciclo de dezenove anos que intercala doze anos de doze meses com sete de treze meses fazendo o maior equilíbrio possível entre o ciclo do sol e o da lua . O Rambam nos explicou que esse calendário fixo vinha desde Moshe Rabeinu e por meio dele os Sábios do Beit Hadin Hagadol sabiam se as testemunhas estavam certas e também usavam esse calendário em meses de céu coberto. O ano judaico conta 5777 anos desde a criação do mundo. Com o recebimento da Mitzvá de Kidush HaHodesh começamos a contar os meses e os anos, então porque nosso calendário não começa a partir do dia que começamos a contar? Porque a Torá já nos foi entregue com todos os detalhes da criação do mundo incluindo os anos de vida do primeiro homem e de seus descendentes nos dando o cálculo exato de quantos anos se passaram desde a criação do mundo até a entrega dessa primeira Mitzvá , os dois fatores se uniram e começamos a contar os meses e anos em continuação à contagem anterior que a Torá nos revelou.

Nas primeiras duas noites de Pessach “Leil Hasseder” temos que tomar quatro copos de vinho. Você que mora em uma cidade aonde os vinhos casher ainda não chegaram pode fazer um suco de uva verdadeiro, benção “bore pri hagafen” , e cumprir a Mitzvá de tomar os quatro copos de vinho sendo que pela Halachá um suco de uva verdadeiro também é considerado vinho e serve para o Kidush. Essa receita pode ser usada também para fazer o seu suco de uva “bore pri hagafen” para todos os Shabatot do ano principalmente se você tem crianças em casa (eu também faço assim)
Modo de preparo
1- Compre uma panela de pressão nova para Pessach (e guarde ela para ser usada só em Pessach) todos os utensílios usados para o preparo desse suco para Pessach também devem ser “Kasher Lepessach” , ou seja, devem ser novos ou eram novos quando você comprou e você usou eles somente para Pessach.
2- Compre uvas de qualquer tipo, lave as uvas, separe elas dos galhos e coloque elas dentro da panela.
3- coloque a mão sobre as uvas e adicione água e açúcar . Essa água e açúcar tem que preencher somente os espaços entre as uvas e você coloca a mão encima para elas​ não flutuarem encima da água com açúcar sendo que a água com açúcar tem que preencher somente os “buraquinhos” entre as uvas mas não pode cobrir elas por cima nem se acumular separadamente no espaço de baixo caso elas flutuem, por isso você não deixa elas flutuarem.
4- Tampe a panela de pressão , acenda o fogo e deixe somente começar a ferver desligando no primeiro vaporzinho da pressão.
5- Penere o conteúdo da panela para uma jarra apertando e amassando totalmente as uvas dentro da peneira com uma colher até que todo o suco passe pela peneira e sobre dentro da peneira somente uma polpa .
6- Coloque o suco em garrafas (como dissemos antes, todos os utensílios dessa receita devem ser casher Lepessach)
7- Mantenha o suco na geladeira . Se você fizer ele alguns dias antes de Pessach coloque ele no freezer e só descongele na véspera de Pessach, e mesmo assim depois disso mantenha ele na geladeira e só retire para as refeições. Caso ele tenha ficado fora da geladeira e começado a fermentar não se preocupe, ele não virou “chametz” ! (sendo que chametz só é a fermentação dos cinco cereais trigo aveia centeio cevada e espelta)

(A polpa que ficou na peneira pode ser batida com água e açúcar para fazer um suco “sheacol” que só não pode ser usado para o Kidush e os quatro copos)
Agradecemos imensamente ao Reb Avraham Arbeter da fábrica de vinhos casher “Guefen” pela receita

(Resposta para a pergunta de Shabat)
[ONG TORÁ] Pergunte ao Rabino
Não se deve acender luz e ligar eletrônicos durante o shabat. Pergunta: Na noite do shabat a casa ficará no escuro somente com a luz das velas do shabat?
Re:
Sendo que está escrito que o Shabat tem que ser um prazer, nossos Sábios decretaram a obrigação de deixar a comida pronta e quente e acender as velas de Shabat antes do por do sol da sexta feira sendo que está escrito explicitamente para não acender fogo durante o Shabat . A eletricidade foi classificada como fonte de fogo e por isso acendemos tudo o que precisa estar aceso no Shabat antes de acender as velas (não podemos apagar essas coisas durante o Shabat a não ser em caso de perigo de vida) . Ou seja, a luz da sala cozinha e banheiro e a chapa de Shabat que chamamos de plata devem ser acesas antes do Shabat. A plata é uma placa de alumínio que pode ser encomendada de acordo com a medida do seu fogão , você deve pedir para fazer uma dobradinha de um centímetro nas extremidades para ela não ficar cortante e deve ser dobrada uns 8 centímetros na frente para cobrir os botões do fogão. A plata pode ser encomendada em qualquer fabriquinha de calhas (peça um material grosso para não entortar com o fogo nas 25 horas que vai estar encima do fogo baixo) . Então acenda um fogo baixo , coloque a plata encima dele e as panelas com a comida pronta encima da plata. A quantidade de água dentro da panela deve ser planejada de acordo com o número de horas que ela vai ficar encima da plata. Uma janela deve estar um pouquinho aberta para entrar ar e todos os cuidados devem ser tomados para que o fogo não se apague sozinho no meio do Shabat e não haja vazamento de gás (não deixe panos ou plásticos perto dela para não pegar fogo). Centenas de milhares de judeus religiosos fazem assim no mundo inteiro e com o tempo você pega experiência. Se o seu gás é de botijão você pode comprar uma balança de banheiro e colocá-la fixamente enbaixo do botijão para calcular quando ele vai acabar para trocar o botijão antes do Shabat.

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 Ki  Tissá

Nossa Parashá nos conta que Moshe Rabeinu desceu do monte Sinai com as “Tábuas da Lei”, em hebraico Luhot que quer dizer lousas . A Guemará nos conta que essas Luhot eram dois quadrados de pedra de 48cm de comprimento, 48cm de altura e 24cm de largura ” ou seja , elas eram quadradas. Em muitos casos elas aparecem arredondadas encima, fato que não tem nada a ver com a nossa cultura judaica mas tem origem na cultura cristã. Ou seja, os primeiros livros judaicos impressos no século 15 foram impressos em editoras de cristãos, a maioria delas na Itália. As editoras costumavam colocar um enfeite na página inicial, e sabendo que estavam imprimindo um livro religioso judaico colocaram desenhos das “Tábuas da Lei” feitos por artistas de arte sacra cristã. Na época a tecnologia de impressão recém descoberta baixava tanto o preço dos livros (que antes eram escritos a mão), que ninguém se importou com os desenhos contanto que tivessem os livros em hebraico. Tempos depois, Judeus que nunca tiveram contato com arte sacra cristã acharam que, sendo que este desenho está em um livro judaico, com certeza ele tem origem judaica. E assim essas “Tábuas” redondas foram copiadas para todos os cantos da sinagoga, lapidadas na parede e no Aron Hakodesh (armário onde se guarda o Sefer Torá), bordadas na cortina do Aron Hakodesh , no meíl (manto) do Sefer Torá e na cobertura da Bimá (mesa na sinagoga onde se lê o Sefer Torá). Com o tempo todos se acostumaram que sendo que essas Tábuas redondas estavam em livros e sinagogas antigas, com certeza ela é um símbolo judaico puro. Até chegar o Rebe de Lubavitch e revelar essa história para nós fazendo com que até o rabinato de Israel mudasse o seu símbolo de Luhot redondas para Luhot quadradas. Então, vamos tirar as “Tábuas redondas” da nossa cultura!

Alguns milagres aconteciam nessas Luhot ,a escrita ultrapassava de lado a lado e era lida do lado de trás e da frente da mesma maneira e as partes internas das letras que não tinham ligação com suas laterais ficavam paradas no ar no meio delas.
O povo de Israel na ausência de Moshe foi induzido pela “erev rav” a fazer o “bezerro de ouro”, Moshe descendo do monte Sinai , ao ouvir a festa da idolatria quebrou as Luhot. Depois que conseguiu resolver a situação, e pediu para Hashem desculpar o povo de Israel pelo acontecido. Hashem revela para Moshe uma mina de safira de dentro da tenda de Moshe e pede para Moshe lapidar duas Luhot como as anteriores e subir novamente ao monte Sinai. No Yom Kipur Moshe desce com as segundas Luhot. As novas Luhot foram guardadas dentro das “Arca da Aliança” junto com todos os pedaços das primeiras Luhot e acompanharam o nosso povo até a destruição do primeiro Beit Hamikdash quando foram escondidas nos túneis que construiu o Rei Salomão e vão ser reveladas novamente quando Mashiach chegar.

Pessach
Dizem nossos Sábios: “Trinta dias antes da festa temos que revisar as leis da festa”. Aprendemos isso de Moshe Rabeinu que no primeiro Pessach no deserto ensinou ao povo de Israel as leis de “Pessach Sheini” que aconteceria um mês depois. (Todos os conceitos e leis de Pessach vocês podem encontrar no nosso site)

Agora estamos na fase de começar a limpar a casa para Pessach e depois vendemos o “Chametz” para um “não judeu”. Sendo que essa venda tem que ser feita de acordo com todos os tipos de venda da Torá, temos que delegar essa função à um Rabino ortodoxo que sabe como fazer isso. Muitos sites judaicos religiosos no mundo inteiro já abriram essa venda pelo internet. Sendo que essa venda precisa ser feita de acordo com todos os meios de venda da Torá , a própria venda não pode ser feita pelo internet, mas o que fazemos pelo internet é somente dar a permissão para o Rabino vender o nosso “chametz” pessoalmente para o “não judeu” na véspera de Pessach , e essa permissão podemos dar pelo internet e já a partir de agora.

Uma das regras da Torá é: “Mezakim Laadam Sheló Befanaiv” (você pode dar um mérito para alguém mesmo sem ele saber) , e portanto você pode dar autorização para o Rabino vender o “chametz” de um judeu que pode vir a esquecer de fazer isso, e essa autorização para o Rabino vender o seu Chametz e o Chametz dessa pessoa você pode fazer pelo internet, mas prestando toda a atenção no fuso horário do lugar aonde você mora e do lugar aonde seu amigo mora.
Por exemplo, alguém que mora em S.Paulo e tem um amigo em Israel que com certeza vai esquecer de vender o chametz e vai ficar feliz de você ter autorizado ao Rabino a venda do Chametz dele. Se você entrar em um site de um Beit Chabad em Israel e autorizar a venda do seu Chametz e do dele lá em Israel, o chametz dele vai ser vendido nos horários certos, mas o seu vai ser vendido antes da hora e comprado para você de volta pelo Rabino um dia e meio antes de terminar o seu Pessach em S.Paulo. Conclusão, você tem que autorizar a venda do chametz do seu amigo que mora em Israel para um Rabino em Israel mas para autorizar a venda do seu Chametz você tem que procurar um Beit Chabad dentro do seu fuso horário que no caso de S.Paulo é o fuso horário de Brasília conhecido como “-3” . Você pode até autorizar um Beit Chabad

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 Tetzavê – Shabat  Zachor 5777

Nossa Parashá nos conta sobre as roupas do Cohen Gadol. Muitos segredos se ocultam por trás dessas roupas , como por exemplo os nomes de Hashem conhecidos como “Mem Bet” (42) e “Ain Bet” (72) que estavam na vestimenta de doze pedras preciosas do Cohen Gadol. Nessa jóia estavam gravados os nomes dos patriarcas das doze tribos de Israel (Yossef no lugar de Efraim e Menashe).
O nome de Hashem conhecido como “Mem Bet” (42) é assim chamado por ser composto pelas iniciais das palavras da reza cabalística “Ana Bekoach” que tem 42 palavras.
O nome de Hashem conhecido como “Ain Bet” (72) é assim chamado por ser o valor numérico do “Milui” (preenchimento) do nome de Hashem de quatro letras conhecido como tetragrama, ou seja, cada letra é escrita literalmente e o valor numérico das letras que compõem os nomes das quatro letras é 72.
Quando o Cohen Gadol estava no Mishcan ou no primeiro Beit Hamikdash esses Nomes se encontravam nessa vestimenta chamada de “Hoshen” e quando era feita uma pergunta as letras gravadas nela brilhavam aleatoriamente compondo uma resposta Divina para o que foi perguntado. Vimos que o Rei David antes de ir para uma guerra obtia a resposta Divina dessa maneira.
A Guemará nos conta que certa vez alguém estava passando por trás de uma sinagoga , escutou de fora uma descrição sobre essas roupas e perguntou :- Quem vai vestir essas roupas? :- O Cohen Gadol, respondeu o professor. A pessoa que não era judeu tomou uma decisão consigo próprio: – vou me converter ao judaísmo com a condição de ser o Cohen Gadol! Chegou ao tribunal rabínico onde se encontrou com Shamai que ouvindo o argumento concluiu que a pessoa não tinha boa intenção….. Mas aquela pessoa não desistiu e foi procurar o outro grande Rabino da época que se chamava Hilel. Hilel fez para ele um curso de Cohen Gadol aonde a pessoa descobriu que não poderia ser Cohen Gadol e se tornou um bom judeu.
O que Hilel viu nele que Shamai não tinha visto? Hilel viu que essa pessoa era muito caprichosa e queria fazer tudo do jeito mais certo possível, a pessoa deduziu que o fato de o Cohen Gadol ir com essas roupas demonstrava que ele era mais religioso do que os outros e isso despertou nele a vontade de ser o Cohen Gadol. No curso de Cohen Gadol que Hilel fez para ele, ele aprendeu que até o Rei David, um Tzadik maior do que o Cohen Gadol , não poderia ser Cohen Gadol. Ou seja, dá para ser um Tzadik maior ainda do que o Cohen Gadol sem precisar usar aquelas roupas. Aprendemos daqui que as vezes acontece de alguém errar e medir o nível de religiosidade de alguém por causa das roupas que ele usa, achar que quanto mais sofisticada a roupa mais religiosa aquela pessoa é, isso é um erro de avaliação muito comum nos dias de hoje.
Ou seja, se você viu no noticiário de Israel um Rabino vestido de Rabino no congresso anti-semita no Irã , saiba que aquelas roupas não representam nada mas sim as atitudes da pessoa é o que qualifica ou desqualifica ela quando se trata da nossa religião. Ou seja, se ele estava no congresso anti-semita não precisamos dizer que um Rabino estava lá mesmo que ele estava vestido assim, mas podemos dizer que tinha lá um judeu, porque quando ele fizer Teshuvá não vai precisar se converter.
Purim
Com a saída do Shabat começa a festa de Purim com a leitura da Meguilá. A primeira pergunta que poderemos fazer é: Se esse rei da Pérsia ficou famoso por entender de mulheres , como vemos no concurso miss universo que foi feito para ele que era o rei de todos os 127 pais que existiam na época, como pode ser que Esther, uma Judia religiosa que não entendia nada desse assunto, ganha um concurso desses onde a prova principal era passar a noite com o rei? Diz o Ari Zal que Hashem fazia um milagre e entrava sempre uma demônia no lugar dela. De acordo com essa opinião o rei da Pérsia Dariavesh é filho daquela figura espiritual negativa que se materializava para “substituir” Esther.
A Guemará nos conta que nosso povo teve 48 profetas e sete profetisas . Vemos no Tanach que o profeta Ovadiahu escondeu 100 profetas em duas cavernas na época da perseguição, só desse exemplo vemos que tivemos mais do que 48 profetas. Dizem nossos Sábios que esses 48 profetas e sete profetisas foram os que escreveram as profecias para outras gerações e Esther é uma das sete profetisas.
Haman é chamado de Haman Ha Agagui, ou seja, descendente de Agag, rei de Amalek que sobreviveu por erro de Shaul, o primeiro rei de Israel que teve a Mitzvá de exterminar Amalek e deixou Agag vivo com uma escrava que engravidou dele antes do profeta Shmuel matá-lo. Esther era a descendente de Shaul e por isso a Divina providência trouxe ela para ser a pessoa que vai exterminar a descendência de Agag. E aonde vimos que isso aconteceu totalmente? A Guemará nos conta que os descendentes de Haman se converteram ao judaísmo e se tornaram grandes Sábios de Israel, ensinaram Torá em Bnei Brak. Halachá: “Alguém que se converte ao judaísmo é como uma criança que nasceu” e até o aniversário dele passa a ser pelo dia que ele se converteu e não pela data do nascimento biológico. E daqui vemos que Esther fez totalmente o conserto do erro do ancestral dela, o rei Shaul!
Parashat Zachor que vai ser lida no Maftir nesse Shabat conta sobre o Amalek e é uma Parashá que temos a Mitzvá dá Torá de ouvi-la. Não deixem de ir para a sinagoga esse Shabat!

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Trumá

Nossa Parashá nos conta sobre o pedido Divino ao povo de Israel de doarem para a construção do Mishkan (Traduzido como Tobernáculo, palavra que também precisa de uma tradução, então vamos deixar Mishkan mesmo!)
A linguagem do versículo é : “pegar (para Hashem) uma doação”.

Unkelus bar Kalonikus era o filho da irmã do imperador romano Titus que destruiu o segundo Beit Hamikdash causando um verdadeiro holocausto para o nosso povo. Unkelus se converteu ao judaísmo e se tornou um grande Sábio da época da Mishná que é intitulado “Tana” . Deixou de ser Unkelus bar Kalonikus e se tornou Unkelus ben Avraham Avinu. Ele chegou ao nível de Tzadik e escreveu a tradução explicativa da Torá para o aramaico, e mesmo havendo na época outras traduções da Torá para o aramaico a tradução explicativa dele foi escolhida pelos Sábios da Mishná para ser lida toda semana , duas vezes o texto em hebraico e uma vez a tradução de Unkelus (por isso ela já vem impressa em todo Chumash ao lado do texto em hebraico). Essa tradução foi feita quando ele estava em um nível espiritual elevadíssimo e já tinha Ruach Hakodesh, ou seja, ele viu lá encima como teria que traduzir aqui embaixo.
Quando ele chegou nesse versículo que diz “pegar” (para Hashem uma doação) ele traduziu “dar”. Se a tradução é “dar” porque o texto em hebraico diz pegar? Aqui revelamos um segredo oculto da Torá, quando você está dando uma doação na verdade você está “pegando” para você muito mais, ou seja, no mérito da doação Hashem te dá muito dinheiro!

 

 Mishpatim

A Torá nos conta que a pessoa que matou alguém sem intenção é exilada para uma das “cidades de refúgio”. A linguagem do versículo é: “ele não teve intenção mas D’us colocou (esse acontecimento) na mão dele”. Mas porque D’us deixaria acontecer uma coisa dessas por meio dele? Disse o rei David:- “Como dizia o antigo provérbio, dos malvados sai o mal”. E aonde a Torá diz que dos malvados sai o mal? Nesse nosso exato versículo! “D’us colocou na mão dele” ou seja,uma coisa ruim que tem que acontecer, acontece por meio de uma pessoa ruim! Pergunta Rashi:- Sobre o quê o versículo está falando? Sobre duas pessoas , uma que assassinou sem intenção e outra que assassinou intencionalmente . Nos dois casos não haviam testemunhas e eles não receberam nenhum castigo. Então D’us faz com que eles se encontrem em um mesmo lugar. Esse que tinha assassinado intencionalmente está sentado embaixo de uma escada, esse que tinha assassinado sem intenção sobe na escada e sem querer cai sobre aquele que tinha assassinado intencionalmente matando ele sem intenção na frente de pessoas que testemunham esse acontecimento e ele é condenado à exílio. Final das contas, Esse que matou sem intenção é exilado e esse que matou intencionalmente é morto fazendo acontecer o Tikun , correção das almas que agora, depois desse Tikun ficam livres de pendências anteriores. Diz o Ari Zal que isso pode ser dividido em duas reencarnações, na primeira ele assassinou intencionalmente e na segunda ele foi morto sem querer e esse é o conserto e refinamento dessas duas almas. Essa equação é aplicada a qualquer caso e qualquer coisa determinando uma regra chamada “megalguelim zechut al yedei zacai vechová al yedei chayav” . Ou seja, lá de cima fazem uma coisa boa acontecer por meio de uma pessoa boa e uma coisa ruim por meio de uma pessoa ruim, e muitas vezes uma pessoa boa na reencarnação atual infelizmente tinha sido uma pessoa ruim na reencarnação anterior e carrega essa pendência sem saber, como é o caso que trás o Ari Zal na nossa Parashá sobre um dos inúmeros motivos espirituais pelos quais uma mulher tem um aborto . É o caso em que nessa reencarnação ou em alguma anterior ela concordou em fazer um aborto não por perigo de vida dela mas talvez por motivos econômicos ou sociais. Essa mulher carrega essa pendência. Outra pessoa cometeu uma transgressão passível de uma pena Divina chamada “caret” (redução das vida para menos de cinquenta anos) mas ela já estava velha e não tinha como passar por esse “caret”. Essa pessoa falece . A mulher que carrega a pendência do aborto engravida e o embrião recebe a alma dessa pessoa que precisa receber o caret . No final ela acaba abortando ele contra a própria vontade causando o “caret” dele e as pendências espirituais dele e dela são eliminadas e essas duas almas são purificadas.

A mentira na visão judaica:

Nossa Parashá diz : “Fique longe da mentira”! Se a mentira não é coisa boa por que a Torá não nos proíbe mentir , e se é coisa boa porque a Torá nos pede para ficar longe dela? Diz o Baal Shem Tov que a mentira é um veneno e de um veneno temos que ficar longe, mas um médico especialista sabe em que dose o veneno vira remédio e em que overdose ele volta a ser veneno. O exemplo disso na Torá é Aharon Hacohen que por meio de uma “mentirinha” conseguia fazer as pazes entre marido e mulher e entre duas pessoas que estavam brigadas. Ele era o médico especialista que sabia a dose certa do veneno para salvar a pessoa.

Beit Hilel na Mishná diz que devemos dizer em qualquer casamento que a noiva é bonita e simpática (mesmo sendo feia e antipática) e muitos exemplos desse gênero encontramos nos livros judaicos. Por outro lado nem toda verdade é permitida pela Torá e muitas vezes a verdade é classificada como “leshon hará” (publicar uma coisa ruim sobre alguém) e o mito de que se é verdade é permitido falar foi refutado pelo judaísmo a ponto de o Chofetz Chaim ter escrito um livro inteiro sobre qual verdade é permitido falar e em que caso , para não ser considerado uma “leshon hará”. Ou seja, uma verdade que quando divulgada pode prejudicar alguém também é um veneno!

Curiosidade : A frase “a mentira tem perna curta” que em português não tem nenhum sentido é de origem totalmente judaica, e o motivo é que cada uma das três letras da palavra mentira em hebraico tem um pé só (perna curta) enquanto que cada uma das três letras da palavra verdade em hebraico tem dois pés! Mais um sinal das origens judaicas dos bandeirantes brasileiros

 

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Ytro

Nossa Parashá nos conta que Ytró, o sogro de Moshe , levou sua filha Tzipora junto com os dois filhos dela para Moshe no deserto. Porque Ytró teve que se arriscar dessa maneira e não podia esperar Moshe vir pessoalmente buscar sua família?

O Ari Zal nos conta que Ytró era a reencarnação de Caim e Moshe era a reencarnação de Abel. A Torá nos conta que Caim teve um filho com sua esposa e o chamou de Chanoch. Quem era essa esposa que a Torá não conta de onde ela nasceu ? E claro que ela não era sua própria mãe! Quando a Torá nos conta sobre o nascimento de Cain e Hevel aparece três vezes a palavra “et”. O Midrash decifra disso que junto com Cain nasceu uma irmã gêmea e com Hevel nasceram duas e elas seriam as futuras esposas deles. Cain ficou indignado por ter uma esposa só enquanto seu irmão teria duas , encontrou um motivo para briga justificando como sendo por um assunto religioso (de seu korban não ter sido aceito) e terminou assassinando seu irmão por achar que não tem no mundo nem lei e nem juiz e que nada vai acontecer .

Os três se reencarnam novamente. Caim é Ytró, Abel é Moshe, e aquela gêmea, pivô da briga entre eles é Tzipora. Por isso Ytró tinha que tomar a iniciativa de ele levar Tzipora para Moshe, porque esse era o “Tikun” (conserto) da alma do Cain, devolver a “gêmea” e salvar o “irmão” para consertar o fato de tê-lo assassinado por causa dela. Ytró leva Tzipora para Moshe e por meio de seus conselhos salva a vida de Moshe de um infarto por stress delegando o trabalho de Moshe à milhares de juízes e construindo uma estrutura de governo jamais vista antes. Sendo que Cain tinha assassinado Hevel porque achava que o mundo não tem um juiz , essa parte da Torá que é chamada “Parashat Hadaianim” (“a Parashá dos juízes”) teve que chegar à nós por meio de Ytró, e assim ele “acrescentou” uma Parashá na Torá.

Aprendemos daqui um ensinamento muito importante. Se até o próprio Moshe poderia ter terminado sua vida de maneira fatal por ter centralizado tudo envolta de si próprio , e foi salvo por Ytró que fez ele delegar seu trabalho à pessoas adequadas para essa função mesmo não sendo tão adequadas como ele próprio era , quanto mais nós, que muitas vezes encontramos pessoas muito mais adequadas do que nós para delegar funções de muito menos responsabilidade do que era a deles ! Então, vamos começar a nossa “descentralização” e salvar nossas próprias vidas!

Nossos Sábios nos contam que Ytró optou por se converter ao judaísmo depois que ouviu sobre a abertura do mar vermelho e a guerra de Amalek .

O que tem a ver a abertura do mar vermelho com a guerra de Amalek?

A abertura do mar vermelho nos lembra o carinho que Hashem tem por nós, nos fazendo milagres revelados, cuidando de nós e nos protegendo .

Depois de todos esses milagres enormes aparece o extremo dos povos , o mais prepotente e arrogante, e faz o que todos os outros povos gostariam de ter feito mas tinham medo, lutam contra nós!

Ytró vê os dois extremos, o amor que D’us tem por cada judeu e a frieza dos povos do mundo, que mesmo vendo os milagres revelados que Hashem faz para nós , no lugar de se unir à D’us lutam contra ele , e qualquer meio termo sempre vai estar vinculado a um desses dois extremos, ou seja, os outros povos estavam felizes com a atitude de Amalek mesmo não tendo a coragem de fazer igual.

A Torá nos conta que a guerra contra Amalek acontece em cada geração.

Na prática ela aconteceu somente duas vezes e na época do Mashia’h vai acontecer mais uma vez. Entre essa primeira guerra de Amalek no deserto e a segunda guerra na época do rei Shaul não tínhamos a Mitzvá de exterminar o Amalek até que fosse nomeado o primeiro rei de Israel.

Depois que Shaul não fez isso totalmente, Amalek se misturou com os povos do mundo nos tirando a possibilidade de saber quem é Amalek.

Na época do Mashiach acontecerá a terceira guerra contra Amalek e depois disso eles já não existirão mais .

Então, se são somente três guerras na história, como podemos cumprir o mandamento que nos foi dado na Parashá de lutar contra Amalek em cada geração?

Diz o Rebe que esse assunto extremamente importante é totalmente espiritual. Amalek representa uma força espiritual negativa que chamamos de “Klipá”. Essa Klipá de Amalek causa a frieza e a insensibilidade em todos os assuntos espirituais.

A consequência dela em cada um de nós é: mesmo vendo milagres no dia a dia, mesmo conscientes de que D’us está cuidando de nós o tempo todo como crianças pequenas, mesmo assim somos capazes de rezar com frieza, cumprir os mandamentos Divinos sem entusiasmo fazendo “nada mais que a obrigação”.

Achando que mesmo Hashem tendo nos ajudado no passado com certeza ele não vai nos ajudar mais, e por último estudando Torá e cumprindo as Mitzvot SEM a mínima consciência de que D’us existe e achando que tudo está dependendo somente de nós. Assim era Caim , e agora dá para entender porque a guerra de Amalek sensibilizou tanto Ytró!

Como lutar contra esse Amalek espiritual :

1-Todo dia se conscientizar de que D’us existe, de que ele é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e de que ele está cuidando de cada um de nós e nos protegendo a cada instante!

2- Rezar todo dia com muita alegria e entusiasmo e saber que Hashem está ouvindo com muito prazer cada palavra da nossa reza e está cheio de orgulho de nós!

3-Cumprir os mandamentos Divinos com muita alegria , muito entusiasmo e muito capricho, sabendo que Hashem está cheio de alegria por cada mandamento que cumprimos!

4- Se lembrar de todas as vezes que Hashem te ajudou no passado, se lembrar de todos os pequenos milagres do dia a dia e saber que agora Hashem vai te ajudar muito mais e te fazer muito mais milagres!

E o principal, expulsar todos os pensamentos contrários aos quatro itens anteriores alinhando nosso intelecto dessa maneira todo dia e toda hora 365 dias por ano!

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 Beshalach

Nossa Parashá nos conta sobre o maior dos milagres da saída do Egito que foi a abertura do mar vermelho. Os egípcios passaram pelas dez pragas de uma maneira passiva. As pragas chegavam e iam até que eles nos deixaram sair. A maior das atrocidades dos egípcios contra nós foi jogar os meninos judeus no rio Nilo. Agora chegou a hora de eles receberem o castigo sobre isso “midá knegued midá” (na mesma medida), o que eles fizeram D’us faria para eles. Nessa hora acontecem os maiores milagres. Eles se esforçam e correm para dentro do mar , mostrando que quando chega a hora de alguém receber um castigo lá de cima Hashem não precisa trazer esse castigo até ele mas ele próprio coloca como sua própria meta a coisa que sem ele saber vai trazer à ele a própria destruição. Por natureza a água em um lugar tão quente escorre para baixo , e aqui a água se transforma em muralhas de uma maneira sobrenatural e depois volta a ser água sobre os egípcios. Moshe e o povo de Israel vendo esse milagre tão grande fizeram uma Shirá, (uma Tefilá de agradecimento em forma de música) e cantaram ela com muita alegria. Nessa hora o povo inteiro estava unido (mais um benefício da muita alegria)! Essa Shirá se tornou parte da nossa reza de todos os dias do ano. No sidur do Shlá Hakadosh (Rabi Yeshaiau Halevi , um grande cabalista que nasceu em 1558) está escrito que temos que falar a Shirá na Tefilá com voz alta e com muita alegria (como eles falaram) e imaginarmos como se tivéssemos saído do Egito nesse instante. Está escrito no Zohar que o nosso mundo, o mais baixo, recebe tudo lá de cima, e se aqui embaixo estamos reluzindo de alegria nos sincronizamos com a alegria lá de cima e Hashem nos dá aqui embaixo todos os motivos para ficarmos reluzentes de alegria de verdade com muita fartura e prosperidade. Quando estamos alegres aqui embaixo trazemos para cá a alegria lá de cima e tudo fica bom de verdade.

Conclusão, pegamos na Shirá o embalo para essa muita alegria, continuamos rezando com muita alegria e levamos essa muita alegria para todo o nosso dia “fazendo a diferença” !

O Maguid de Mezritch nos contou que D’us tem um prazer enorme em ouvir as nossas rezas. O Maguid deu um exemplo de um grande Rei que tinha um passarinho que falava e o rei ficava muito alegre em ouvir o passarinho falar. Mesmo que o rei tinha  ministros e côrte que falavam com muito mais erudição do que o passarinho, ele ficava muito mais feliz em ouvir o passarinho falar , porque um ser humano falando é uma coisa normal mas um passarinho falando é uma coisa fantástica! Dessa mesma maneira, diz o Maguid, lá encima existem infinitos anjos que cantam muito bonito , mas nós somos o passarinho que fala! Uma Alma Divina dentro de uma alma animal dentro de um corpo material , isso “faz a diferença” lá encima. Então quando rezamos temos que nos lembrar que Hashem está prestando muita atenção em cada palavra que falamos (mesmo se falamos um pouco errado) e tem um prazer enorme em nos ouvir.

Nossa Parashá nos conta também sobre o Man. O povo de Israel saiu do Egito com a comida que eles conseguiram carregar , mas na hora que a comida acabou , nessa hora ela começou a cair do céu ! Quando chegaram no “fim do caminho” o mar se abriu e quando a comida acabou ela começou a cair do céu nos ensinando que no judaísmo não existe “beco sem saída” ! Uma mãe está sempre cuidando das suas crianças, quanto mais Hashem está sempre cuidando de nós e não nos esquece por aí!

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 Bo

Nossa Parashá nos conta sobre as últimas pragas do Egito. A História do povo de Israel no Egito começa com Yossef que não só salva o Egito da maior crise internacional mas também o transforma na maior potência mundial . Os egípcios antigos não só que não agradeceram o povo de Israel por terem feito do Egito o país mais rico do mundo mas ao contrário, disseram que nós éramos como “espinhos nos olhos deles” e como um país rico da época antiga precisava de muitos escravos nós fomos “escolhidos” para sermos esses escravos! O Ari Zal nos contou que sendo que as almas do povo de Israel no Egito eram a reencarnação da geração do dilúvio, da torre de Bavel e de Sodoma e Gomorra, tínhamos que passar por esses sofrimentos para retificar as nossas almas daquelas pendências anteriores (e por isso não adiantou trazermos a prosperidade ao Egito, sem eles saberem, essa pendência espiritual foi  q fez eles nos escravisarem) . Depois que nossas almas já estavam puras e refinadas de todas as pendências anteriores, não só que os egípcios nos deixaram sair mas ainda nos deram jóias de ouro, prata e roupas caras . E o mais absurdo foi o jeito com que isso aconteceu. Todos no Egito sabiam que quando Moshe avisava que iria acontecer uma praga a praga acontecia. Moshe avisou que iria ter uma última praga aonde morreriam os primogênitos. Todos sabiam que isso iria acontecer, que um filho em cada família morreria. As mulheres egípcias costumavam “brincar” com os filhos das amigas , engravidavam deles e pensavam que era do marido, ou seja, muitos filhos em uma casa eram primogênitos sem que eles soubessem. Na meia noite quando aconteceu a praga dos primogênitos muitas crianças morreram em cada casa , e todos sabiam que o motivo disso eramos nós. Nessa exata hora fomos para as casas dos egípcios, batemos na porta e dissemos :- Estamos indo fazer uma festa no deserto e não é bonito irmos assim para a festa, com essas roupas pobres, sem jóias….
Nessa hora que nós, os “culpados” por todas essas mortes entram nas casas dos egípcios comunicando que precisamos de roupas caras e jóias para fazermos uma festa, nessa hora os egípcios deveriam nos chamar de”espinhos nos olhos”, mas aí aconteceu exatamente o contrário! Nessa hora eles ficaram cheios de amor e carinho por nós e nos deram jóias e roupas caríssimas, e só depois que fomos embora com beijos e abraços eles foram enterrar os filhos.

Daqui vemos que o relacionamento dos povos do mundo com o nosso povo não têm nenhuma conexão com o que fazemos para eles mas sim com o que fazemos para D’us, tem a ver somente com as nossas pendências espirituais atuais ou anteriores!

Milagres tão sobrenaturais como as pragas do Egito só aconteceram uma vêz na história ,se tivéssemos o mérito aconteceriam de novo na saída do exílio da Babilônia na época dos persas mas sendo que não tivemos o mérito Hashem inspirou o rei da Persia a nos deixar sair do exílio e construir o segundo Beit Hamikdash, mas milagres sobrenaturais muito maiores do que esses vai acontecer na Gueulá em breve nos nossos dias!

O Ramban, Rabi Moshe Ben Nachman, foi um grande Tzadik que nasceu em 1194 em Girona na Catalunia . Ele nos explicou que o motivo que Hashem fez uma vez esses grandes milagres sobrenaturais foi para mostrar que Hashem dirige e renova o mundo e cuida de cada um de nós de uma maneira especial , não nos abandona ao acaso, e por meio da lembrança desses grandes milagres nós abrimos os olhos para ver os milagres do dia a dia e essa é a base de toda a Torá , de vermos que tudo o que acontece na nossa vida são Milagres , e tudo depende das nossas atitudes! Quando cumprimos os mandamentos Divinos os milagres acontecem! Então, vamos acrescentar no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot e os milagres vão acontecer!!!

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 Vaerá

Na nossa Parashá D’us diz à Moshe que se revelou aos patriarcas com o nome de E-l Sha-dai (falamos Kel Shakai para não falar um nome de D-us em vão) e seu nome Y-H-V-H (o que chamamos de Hashem que quer dizer “o Nome”) não revelou para eles.
D’us está acima de todos os nomes, o que chamamos de “extrema simplicidade”, mas mesmo que sua essência está acima de todos os nomes, no lugar aonde você encontra a sua grandeza você encontra a sua humildade , e ele desce ao nível dos receptáculos das dez Sefirot de Atzilut e lá é chamado de E-L (Kel) na Sefirá da Chessed e Elo-him (Elokim) na Sefirá da Guevurá , em cada aspecto de revelação ele é chamado com um nome diferente. Quando a revelação Divina é diferente , queremos dizer com isso que o comportamento Divino em relação ao mundo também é diferente.

Rabi Avraham Ben Meir Ibn Ezra foi um grande Tzadik que nasceu na Espanha no século 11 , fugiu dos árabes que perseguiram os judeus e viveu uma vida de muitas e longas viagens divulgando a Torá por muitos lugares. Ele nos explicou que existem três níveis de comportamento Divino diferentes :

Quando D’us é chamado de Elokim (trocamos o H pelo K porque esse é um dos sete nomes de D’us que não podem ser apagados e nem falados em vão) isso quer dizer que Ele está atuando somente de acordo com as leis de natureza , dirigindo o mundo por meio de um sistema astrológico que aciona toda a natureza não levando em conta as nossas ações sendo elas boas ou não. (dentro disso os astrólogos antigos conseguiam saber antecipadamente certas coisas que iriam acontecer sendo que esse comportamento Divino independe das nossas ações)

Quando D’us é chamado de Kel Shakai (novamente trocamos o H pelo K porque esse é um dos sete nomes de D’us que não podem ser apagados e nem falados em vão) isso quer dizer que Ele está atuando de maneira sobrenatural mas totalmente dentro da natureza , nesse nível ele está levando em conta nossas ações e fazendo a natureza agir à nosso favor quando nos comportamos bem (e o contrário está subentendido) , nos fazendo verdadeiros milagres mas totalmente revestidos na natureza, e esse foi o comportamento Divino com os Patriarcas. Nesse nível de revelação D’us pode prometer milagres sobrenaturais mas eles ainda não acontecem na prática , e por isso nosso patriarca Avraham até túmulo para a esposa teve que comprar por uma exorbitância mesmo que Hashem tinha prometido à ele aquela terra.

Quando D’us é chamado de Havaie [Y-H-V-H] (vamos falar Hashem), isso quer dizer que Ele está atuando de maneira sobrenatural , surreal com milagres revelados que não tem nenhuma conexão com a natureza como no caso das dez pragas , (mesmo aquelas que superficialmente parecem naturais tem um fundo totalmente sobrenatural) . Esse comportamento Divino não depende de nenhuma forma das nossas ações boas ou não mas sim da nossa origem. Esse nível de revelação é específico para o povo de Israel, como o próprio D’us diz para Moshe que vai cumprir o que prometeu à Avraham , ou seja , recebemos os milagres sobrenaturais no Egito porque éramos descendentes de Avraham e não pelo nosso próprio mérito, pela essência de sermos judeus que é relacionada à nossa alma.

Conclusão: hoje que se passaram mais de 3300 anos da saida do Egito vimos que o único povo que saiu de lá dessa maneira sobrenatural fomos nós , mesmo que o continente africano sempre foi cheio de genocídios interpopulacionais e muitos povos tiveram que fugirr de um lado para o outro e com certeza a Divina providência levou em conta as ações de cada um e o comportamento Divino é “midá knegued midá”, mas milagres sobrenaturais como o rio Nilo se transformar em sangue ou uma grande rã dar origem à milhões de rãs que entravam nos fornos , contrário da natureza animal, ou a terra se transformar em piolhos, isso só aconteceu para nós e não por causa das nossas ações mas por causa das nossas almas judias. Hashem atendeu aos gritos do nosso povo do para antecipar os milagres sobrenaturais que já estavam prometidos . O mesmo acontece agora que estamos antes da Gueulá, nossa Redenção final . Até agora os milagres do Egito tinham sido os maiores e mais surreais que a humanidade já presenciou, a nossa Gueulá vai colocar os milagres do Egito em segundo plano de tão sobrenaturais que vão ser. Então pra que esperar , vamos dar os nossos gritos agora e antecipar para imediatamente os maiores milagres sobrenaturais que o mundo nunca viu!!!

 Shemot

Nossa Parashá nos conta fatos da escravidão no Egito e entre eles que Moshe se revela como o defensor do nosso povo fazendo duas boas ações:

1- Salvou a vida de um judeu que quase morreu chicoteado mesmo que para isso Moshe teve que arriscar a própria vida matando e enterrando o egípcio que estava tentando assassinar aquele escravo judeu.
2- deu uma grande bronca no judeu que salvou quando o viu depois de salvo batendo em outra pessoa .
Quando esse ingrato recebeu a bronca , ameaçou delatar Moshe pelo próprio fato de que o único jeito de poder salvá-lo foi matando o egípcio . Moshe ficou com medo de que o incidente fosse descoberto. No próximo versículo a notícia já chega ao faraó e Moshe foge para Midian! Diz o Rebe que o fato de Moshe ter ficado com medo e não ter tido segurança na proteção Divina, não ter confiado que iria acontecer o milagre de essa notícia não chegar ao faraó, o fato de ele não ter tido “Trust in G-d” isso foi o que causou para ele esse problema, mas se ele tivesse se apoiado na absoluta confiabilidade Divina isso não teria acontecido. Pior ainda , ele expressou esse medo e essa preocupação com palavras mesmo sabendo que de boas ações não saem más consequências, mas se ele tivesse tido plena confiança em D-us e não se preocupasse nem um pouquinho com a situação que se encontrava, isso próprio faria com que esse fato fosse esquecido por todos e tudo estaria bem de forma boa e revelada.

Moral da história:

De vez em quando pensamos :-“E se acontecer alguma coisa errada?

Nessa hora devemos nos lembrar que a única coisa errada que aconteceu foi o fato de pensarmos assim!

Ou seja, esse tipo de pensamento foi a coisa errada! Esse pensamento é um desperdício de ânimo e esforço .

Devemos nos lembrar que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e com certeza D’us vai fazer com que tudo dê certo mesmo que o ser humano não imagina como isso vai acontecer.

Isso não vai contra o décimo primeiro princípio da nossa fé que “o Criador recompensa aqueles que cumprem Seus preceitos e pune quem os transgride”

Porque quando temos a segurança de que Hashem vai nos ajudar , essa segurança já é o motivo da ajuda, D’us está nos recompensando por essa Mitzvá do “Bita’hon” que consiste , não em acreditar que tudo o que D’us faz é para o nosso bem (Emuná) mas sim que D’us vai fazer para nós o que é bom aos nossos olhos de maneira revelada (Bita’hon) !

Expressamos essa confiança em D’us por meio da nossa alegria e tranquilidade por pior que seja a situação.

🌻Alegria é energia!🌻

Quando estamos alegres, expressamos por meio disso nossa confiança em D’us. Alegria em situações preocupantes demonstram que confiamos em D’us e por isso não nos preocupamos com nada e estamos com fé total que tudo vai dar certo.

A atitude de estarmos alegres e confiar em D’us tem a força de mudar a realidade e fazer com que as coisas ruins desapareçam e o bem oculto no mundo se revele. Sendo assim temos que estar alegres e tranquilos o dia inteiro!

Cada um de nós, tanto homens quanto mulheres, tem que se lembrar que D’us, bendito seja, não só dirige o grande mundo, mas dirige sem dúvida alguma também o pequeno mundo de cada um e um de nós.

E da mesma maneira que ele dirige o universo de acordo com o que ele vê que é bom para o universo, assim dessa mesma maneira ele dirige o nosso mundinho particular de acordo com o que ele está vendo que é bom para nós .

Temos que confiar nele que com certeza ele dirige o nosso mundo pequeno de um jeito bom.

Uma mãe não esquece o seu nenê no supermercado, D’us nunca se esquece de nós.

D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, por isso podemos começar o dia confiantes de que tudo vai dar certo, confiar no Criador e Administrador do mundo, que toma conta de cada um de nós particularmente e que não existe um lugar aonde ele não se encontra.

E como exemplo nos perguntamos:- Será que podemos ficar tristes quando estamos na presença de um grande e bom Rei , um Rei cheio de bondade verdadeira ?

Claro que nesse caso não temos mais com o que nos preocupar e do que teríamos que ter medo se estamos na sala do Rei.

O exemplo está claro, e principalmente pelo fato de não ser um exemplo mas sim uma verdadeira realidade, e muito mais do que no exemplo, infinitamente maior e maior, acima e acima disso.

Uma mãe não esquece o seu nenê no supermercado , quanto mais D’us não nos esquece por aí mas está cuidando de nós a cada instante !🌻🌻🌻🌻

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  Vayechi

Nossa Parashá nos conta que Yaakov “viveu” dezessete anos na terra do Egito. Porque em outros lugares está escrito que ele só morou e no Egito está escrito que ele viveu? Porque depois de ter adquirido e feito o conserto da alma do Adam Harishon sofrendo aonde ele morou como vimos na Parashá anterior, agora que está com ela pura e refinada com toda a energia e intensidade do seu alto nível se revelou à ele o paraíso do próximo mundo aqui nesse mundo!

Yaakov foi a primeira pessoa a ficar doente na história do mundo.

A Guemará nos conta que antes de Yaakov , quando chegava a hora da pessoa falecer ela falecia com toda a sua vitalidade , dava um espirro e falecia . O Midrash (um livro sagrado de dois mil anos atrás) nos conta que essa é a origem do motivo que falamos “saúde” para a pessoa que espirra .

Yaakov pediu para Hashem fazer a pessoa ficar doente antes de falecer para ele saber antecipadamente que iria morrer e poder dividir a herança em vida , a Tefilá de Yaakov foi aceita e ele ficou doente. Yossef foi chamado para visitar o pai que adoeceu . A linguagem do versículo é :”eis que” seu pai está doente”. Diz o Ari Zal que a palavra “eis que” tem um valor numérico de 60 (a numerologia só é aplicada à Torá escrita) e isso vem nos indicar que a pessoa que vem visitar o doente tira 1/60 da doença dele. Por isso quando Yossef veio visitar seu pai , Yaakov se levantou, já se sentiu um pouquinho melhor! O Ari Zal diz que isso só acontece na prática quando a pessoa que vem visitar é seu “ben guiló” , ou seja, alguém que tem o mesmo “Mazal” que o doente, que nesse caso era Yossef. Isso também é válido para os nossos dias e sendo que não sabemos quem é o “ben guiló” de quem, dizemos que todos que visitam um doente reduzem 1/60 da doença dele, então, vamos fazer sempre essa Mitzvá!

Yaakov abençoou seus filhos antes de falecer. Diz o Ari Zal que Yaakov recebeu a alma do Adam Harishon e Reuven que era o primogênito de Yaakov recebeu a alma de Cain que era o primogênito do Adam Harishon. Quando Reuven quis tirar Yossef do buraco e devolver ele ao seu pai tentou salvar seu irmão e assim consertou o pecado de Cain que matou seu irmão. O Midrash nos conta que Cain nasceu com uma irmã gêmea e seu irmão Hevel com duas. Aquela geração iria se casar com as irmãs, e Cain que era o primogênito achou que merecia duas mulheres e Hevel teria que ficar com uma e por isso Cain matou Hevel. Por isso Yaakov na sua benção para Reuven cita o caso de Bilá que causou para Reuven não ter feito o conserto total da Alma do Cain. Cain teve que se reencarnar novamente como Ytro. Moshe Rabeinu era a reencarnação de Hevel e Tzipora sua esposa era aquela gêmea de Hevel. Ytro traz Tzipora para Moshe no deserto e assim terminou o conserto da alma do Cain.

A brachá de Shimon e Levi foi a maldição à raiva deles , porque nós, o povo de Israel, somos piedosos e a ira não combina com a nossa natureza, por isso Yaakov chama eles de ladrões se referindo à agressividade deles que não fazia parte da natureza deles , mas era como um roubo na mão deles, algo que não pertencia à eles. Só um POUQUINHO de ira não justificaria toda essa bronca, por isso Yaakov especifica no versículo o fato de essa ira ter sido dura e forte. A solução para isso também foi dada na Brachá que eles receberam, Yaakov abençoou eles a se espalharem pelo povo de Israel. Dizem nossos Sábios que a tribo de Levi se espalhou por todo Israel ensinando Torá para todo o povo, e diz o Rambam que cada um que assumiu essa função hoje é comparado a um Levi. Talvez por isso nosso grande Rabino e professor na Yeshivá de Kfar Chabad em Israel (onde estudei sete anos) Rabi Mendel Futerfas (1906–1995) nos disse uma vez em um farbrengen(vide Google) com um sorriso de ponta a ponta :- Meninos , vocês são como adubo orgânico (uma coisa que as vacas fazem…) , quando você saírem daqui vocês vão se espalhar pelo mundo inteiro fazendo o mundo florescer! Mas agora que vocês estão todos no mesmo lugar…. e falou algo em yidish…(se referindo ao cheiro de de uma montanha de esterco……) . E aconteceu! (de termos nos espalhado pelo mundo). Todos os anos me encontro com a minha classe da Yeshivá no congresso rabínico internacional e todos estão espalhados pelo mundo fazendo um trabalho maravilhoso, ensinando Torá para todos e fazendo florescer as comunidades judaicas do mundo inteiro!!!

Conclusão, vamos ficar sempre longe da ira (muita calma nessa hora!!)

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Vaygash

Na nossa Parashá Yaakov chega ao Egito e é apresentado por Yossef ao faraó. Quando o Faraó pergunta à Yaakov qual é a sua idade ele responde :- “Os dias da minha vida foram poucos e ruins.”..  Porque a vida de um Tzadik tão grande como Yaakov , o maior dos patriarcas, foi tão ruim? A resposta para isso é dada pelo Ari Zal. Diz o Ari Zal que os patriarcas são chamados de patriarcas porque o primeiro homem, Adam Harishon, que era o patriarca da humanidade inteira se reencarnou em Avraham , Itzchak e Yaakov. Sabemos que o primeiro homem antes de fazer a primeira transgressão da história do mundo não tinha Yetzer Hará . Ele fez um erro de avaliação. Achou que o mundo já existia antes de D’us e D’us se tornou D’us por ter comido a fruta proibida, e se ele comesse essa fruta ele também seria D’us. Esse ato foi considerado idolatria e o nível “Nefesh” da Alma do Adam Harishon se reencarnou em Avraham Avinu que fez a retificação dela divulgando ao mundo que somente D’us cria e dirige o universo e somente para Ele devemos rezar, lutando a vida inteira conta a idolatria. Quando o Adam Harishon comeu a fruta proibida ele trouxe a morte para si e para o mundo. Esse ato foi considerado assassinato e o nível “Ruach” do Adam Harishon se reencarna em Ytzchak que faz a retificação dele. A pior parte foi a de Yaakov. Chavá deu a fruta proibida para Adam e ele a culpou por tudo o que ele fez de errado (hoje em dia os homens já não são mais assim…) e se separou dela por cento e trinta anos. Nesses cento e trinta anos ele teve “sonhos eróticos” e … vamos chamar a outra coisa de “acidentes hidráulicos” (só acontece quando um homem tem um sonho dessa categoria…) e sendo que nessa hora se unia a ele a esposa da “coisa ruim” (a coisa ruim é o anjo da morte) e ainda mais, ele teve muito prazer nisso e “ela” deu a luz à coisas como ela mas com Almas Divinas que o Adam tinha a capacidade de trazer durante essas “relações” , por isso esses cento e trinta anos foram considerados “relações proibidas”. Diz o Ari Zal que esses cento e trinta anos que Yaakov sofreu foi a correção daqueles cento e trinta anos que Adam Harishon teve os prazeres proibidos, sendo que o nível mais alto do Adam, a “Neshamá” foi retificada por Yaakov que é o conserto final da Alma do Adam Harishon. Quando Yaakov terminou esse conserto e a alma do Adam Harishon já estava totalmente refinada, então Yaakov desce ao Egito aonde vai começar agora a retificação de todas aquelas almas Divinas que foram trazidas ao mundo naqueles 130 anos que Adam se separou de Chavá , eles seriam o povo de Israel que nasceu no Egito e a “erev rav”. Quando os egípcios já não tinham mais como pagar pelo trigo e pagaram para Yossef com a própria terra e se venderam à Yossef como escravos , Yossef fez com que eles mudassem de terras entre si causando entre os próprios egípcios um exílio e ordenou à eles fazerem Brit Milá começando assim a retificação da “erev rav”. Por isso Yaakov disse ao faraó que os seus cento e trinta anos foram poucos e ruins, já que tinham que ser ruins ele agradeceu que foram poucos, mas a partir do momento em que a alma do Adam Harishon estava pura e refinada no corpo de Yaakov, então Yaakov já começa a viver no paraíso mesmo  estando ainda nesse mundo, mas esse é o tema da Parashá da próxima semana!

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  Miketz

 

O Zohar nos conta que nossa Parashá começa com a palavra Miketz (que quer dizer no final) indicando que D’us colocou um limite final para a escuridão (para as coisas ruins).

Essa estrutura de escuridão que chamamos de “O lado esquerdo” é composta pelo anjo da morte e suas “ramificações” que ficam “perambulando” entre nós e o tribunal Divino, tentando nos desviar dos mandamentos Divinos nesse mundo e nos acusando no tribunal Divino de termos nos desviado.

Essa estrutura espiritual (que já não vai mais existir nos tempos do Mashiach) é responsável por todos os sofrimentos do mundo, mas graças à D’us existe um limite para esses sofrimentos tanto em relação aos nossos sofrimentos pessoais quanto aos sofrimentos do nosso povo, e vemos aqui que quando chega o limite até o Faraó do Egito que é a “grande serpente” se vira à nosso favor.

Por que o Faraó deu tanta importância à um sonho? Daqui vemos como D’us dirige o mundo!

Sendo que Hashem tinha escolhido esse meio para se comunicar com o Tzadik da geração , o mundo inteiro passa a funcionar dessa mesma forma , começando pela “super potencia mundial” que era o Egito.

O faraó sonhou com sete vacas tão lindas e amigáveis que ele nunca tinha visto igual, mas contou sobre elas em resumo. Quando chegou ao assunto das “vacas magras” detalhou e enfatizou ao extremo deixando bem claro que ele nunca tinha visto vacas tão ruins assim em toda a terra do Egito.

Diz o Rav Moshe Weber (um grande Tzadik que viveu em Yerushalaim) que as pessoas ruins gostam de falar sobre coisas ruins e por isso ele se entusiasmou e detalhou o assunto das vacas magras !

De vez em quando temos que fazer um check up nas nossas conversas para ver se não estamos nos tornando um “faraózinho” ou uma “faraózinha” e nos exercitar a falar só coisas boas e animar todos à nossa volta de uma maneira casher !

Rabi Shimon Bar Yochái nos conta que todas as ações Divinas são interligadas . Antes de criar o ser humano D’us criou tudo o que ele necessitava e depois o trouxe à um mundo onde não faltava nada.

Aqui também , Hashem tinha prometido ao nosso patriarca Avraham que sairíamos do exílio com muitas riquezas . Quando Yossef desceu ao Egito não haviam lá muitas riquezas.

Hashem fez com que o mundo inteiro precisasse comprar comida no Egito até o Egito se encher de grandes riquezas, e aí  trouxe Yaakov ao Egito quando as grandes riquezas já estavam lá prontas para sair com o povo de Israel.

E assim Hashem faz sempre, cria a cura antes da doença.

De vez em quando passamos por certas situações que para sair dela a solução teria que estar preparada antecipadamente, não se preocupe, Hashem já fez isso para você!

O Zohar nos conta que Rabi Aba estava sentado no portão da cidade de Lod quando viu uma pessoa que chegou cansado do caminho , sentou em uma saliência da montanha e adormeceu. Repentinamente apareceu uma cobra venenosa e veio picar ele.

Antes que Rabi Aba pudesse dar um grito a cobra foi atacada por um réptil que a matou e foi embora.

O homem abriu os olhos , viu a cobra morta pelo veneno do réptil e pensou que estava viva.

De vagarzinho saiu daquele lugar para não atrair a atenção da cobra. Logo que ele saiu, a saliência desabou para o precipício e ele se salvou. Vendo tudo isso, Rabi Aba se aproximou dele e disse :- Me conta o que você faz de tão bom porque não foi à toa que Hashem te fez esses dois milagres!

:- Não ouve uma só vez em toda a minha vida, respondeu o homem, que alguém me fez o mal e não reconciliei com ele e o desculpei .

E mais, se não pudesse fazer as pazes com ele (em casos extremos temos que manter distância de alguém) não fui dormir até ter desculpado à ele e à todos os que me fizeram sofrer, e não pensei em nenhuma parte do dia sobre o mal que eles me fizeram.

E mais, a partir daquele dia me dediquei à fazer o bem à eles ! Rabi Aba chorou de emoção e disse:- As boas ações desse homem são maiores do que as de Yossef ! Porque no caso de Yossef eles eram seus irmãos de verdade e ele tinha que ter piedade deles, mas o que fez esse homem é maior do que fez Yossef, e foi bonito de Hashem ter feito para ele um milagre encima de outro milagre!

Chanucá:

Os greco-sirios tinham decretado contra nós para não guardarmos o Shabat, não fazermos Brit Milá e Rosh Chodesh (o Rosh Chodesh determinava os dias das festas judaicas, sem saber quando era o Rosh Chodesh não teríamos como comemorar as outras festas) .

Por isso Hashem fez com que o milagre de Chanucá tivesse oito dias que representa o Brit Milá, contém obrigatoriamente pelo menos um Shabat e dentro desses oito dias temos o Rosh Chodesh!

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  Vayeshev

O Zohar nos conta que de vez em quando vemos um Tzadik sem “Mazal” .

O motivo para isso é que Hashem “refina” o Tzadik nesse mundo por meio de sofrimentos para que ele tenha um “gan éden” maior e isso é chamado de “sofrimentos de amor”.

Sabemos que a She’hiná (Presença Divina) não paira onde há tristeza mas somente onde há alegria proveniente do lado da pureza, “Alegria de Mitzvá”, como vemos no caso do profeta Elishá que precisou de um músico para alegrá-lo para que a She’hiná pairasse sobre ele e ele pudesse falar a sua profecia.

Nesse caso ouvir a música se tornou a Mitzvá de fazer com que a She’hiná pairasse sobre ele por meio da alegria.

Aprendemos isso de Yaakov , que por estar triste em achar que Yossef tinha falecido causou à She’hiná deixá-lo , e quando ele se alegrou com a notícia de Yossef estar vivo a She’hiná voltou para ele.

Então , pergunta o Zohar , como pode Hashem deixar o Tzadik sofrer se isso causa a ele a falta de alegria.

E também , por outro lado, vemos Tzadikim que tudo na vida deles dá certo , eles tem “Mazal”, e se o motivo de ele ter mazal é o fato de ser um Tzadik filho de um Tzadik (o mérito do pai ajuda ele) Yaakov que era filho e neto de Tzadikim , por que sofreu tanto ?

Mazal

O Zohar nos conta sobre um livro da antiguidade chamado “livro dos antepassados”. Esse livro revela que o segredo do Mazal é ligado às Sefirot .

Tem vezes que a Sefirá chamada Mal’hut que é o nível de Revelação Divina chamado de She’hiná está com uma falha causada pelas más ações do mundo e não se une a Tiféret para receber dela novas Neshamot que são as Almas Divinas, as Almas judias. O Zohar chama o Zeer Anpin de Tiferet

Mesmo nesse caso a Mal’hut tem que enviar para o mundo as Neshamot que já recebeu da Tiféret quando estava unida a ela e que ficam no Mal’hut por doze meses.

Essas Neshamot que descem para o mundo quando o Mal’hut está em estado de Guevurá e separado da Tiféret vão estar sempre sofrendo nesse mundo.

A pobreza e os problemas a perseguem continuamente por toda a sua vida. Tanto se ele é um Tzadik ou não, ele não tem “Mazal “

O único jeito de ele “repor” essa falta crônica de Mazal é investindo na Tefilá, na reza, sendo que por meio da nossa Tefilá causamos uma união entre a She’hiná e a Tiféret.

Essa união faz com que a Tiféret que é comparada pelo Zohar ao sol, ilumine a Mal’hut que é comparada pelo Zohar à lua sendo que a lua só tem a luz que recebe do sol.

A Tiféret repassa um “brilho” de riqueza para a She’hiná. Esse “brilho” ilumina na raiz da nossa Neshamá e por meio disso a She’hiná inverte o que nos foi decretado de pobreza e sofrimento para riqueza e sucesso em tudo.

Sendo que o Mazal dessa pessoa não se transforma totalmente por meio da Tefilá, mas é “remediado”, essa pessoa sempre vai ter que rezar “forte” diariamente toda a sua vida para repor essa “falta”.

A Neshamá que desce para o mundo quando o Mal’hut está unido com a Tiféret, sempre vai ter sucesso em tudo! Família , saúde , dinheiro e tudo o que precisar, por causa de uma das Sefirot que fazem parte desse grupo que o Zohar chama Tiferet. Essa Sefirá é chamada de Yessod que é apelidado de “Mazal”.

Ela é a Sefirá que repassa a fartura e prosperidade do mundo de cima para o nosso mundo.

Quando a Mal’hut está unida com esse conjunto de Sefirót chamado de Tiféret, ela consegue repassar para nós toda a felicidade, riqueza e tudo de bom, sendo que tudo isso está ligado à Sefirá chamada de Yessod que é o Mazal.

A falta dessa ligação causa uma falta de “Mazal” em tudo, e sobre isso estudamos que :- Filhos, saúde e dinheiro não dependem das nossas ações mas dependem do Mazal.

Sendo que a falha na She’hiná (Mal’hut) causou isso para esses Tzadikim, Hashem está sempre unido à eles, não deixa eles nem por um momento e sofre com os sofrimentos deles.

Por isso está escrito: “Hashem está próximo dos que tem o coração quebrado”. Porque eles sofreram junto com Hashem a falha da She’hiná causada pelas más ações desse mundo.

Sendo que a Mal’hut é comparada a lua e esses Tzadikim sofrem por causa dessa falha, no futuro, quando a falha da lua espiritual que é a Mal’hut, for consertada e a luz da lua ficar como a luz dos sete dias da criação, extremamente maior que a luz da lua, esses Tzadikim também usufruirão desse nível de revelação que é extremamente maior do que os outros níveis .

Essa falta de Mazal não precisa ser aplicada ao extremo, por isso o Zohar coloca o Rabi Shimon Bar Yo’hái também nessa classificação, sendo que Rabi Shimon teve que fugir dos romanos por treze anos.

O próprio exílio de quatrocentos anos que foi decretado no pacto com Avraham Avinu começou com o nascimento de Itzhak e as mudanças de lugar que eles fizeram foi considerada como exílio, e poderia ter passado assim por quatrocentos anos diz o Zohar, não fosse o ódio dos irmãos por Yossef que causou um agravamento total no exílio.

Em nosso exílio atual que foi causado por ódio gratuito, isso fica mais grave ainda, sendo que sairemos desse exílio somente por meio de amor gratuito.

Sendo assim, o principal trabalho da nossa geração é despertar o amor ao próximo e ajudarmos uns aos outros, como é a característica natural do nosso povo de sermos tímidos , bondosos e gostarmos de fazer favores.

Conclusão : A Tefilá e o amor ao próximo podem transformar o nosso Mazal é até uma viagem de férias pode ser considerada um exílio !

Hashem é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem , e por isso , mesmo que o nosso Mazal não é dos bons não temos com o que nos preocupar.

Acrescentando em Tefilá e boas ações qualquer decreto pode ser substituído por meios que só Hashem sabe fazer.

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Vaishlach

Nossa Parashá nos conta que Yaakov lutou contra um anjo e venceu. Como pode Yaakov ter lutado contra um anjo, uma criatura espiritual, e porque Yaakov precisou da benção desse anjo que era nada mais nada menos que o anjo de Essav? Diz o Zohar que o anjo para poder interagir nesse mundo é obrigado a se revestir em uma forma material e por isso Yaacov conseguiu materialmente lutar contra ele e vencer. Yaakov insistiu para que o anjo concordasse com o fato de as Brachot pertencerem à ele para que esse anjo não se tornasse lá encima um Kitrug (um anjo promotor) contra o povo de Israel acusando no tribunal Divino de termos roubado a prosperidade de Essav.

O Zohar nos conta que Yaakov não quis ter proveito dessas Brachot nesse mundo e as guardou para os tempos do Mashiach. Por enquanto Essav se aproxima com 400 homens para atacar Yaakov….. e agora? Como se faz para receber um milagre e ainda guardar os méritos para os tempos do Mashiach? Tefilá! Yaakov reza para Hashem ajudá-lo e não precisa usar seu mérito e dele aprendemos algumas regras básicas: Aprendemos que quando rezamos devemos explicar e especificar o que queremos de maneira clara e detalhada. Hashem está em todo lugar e sabe o que queremos mesmo sem pedirmos, mas aprendemos com Yaakov que para recebermos alguma coisa sem pedir necessitamos de um grande mérito lá em cima que até o próprio Yaakov, o maior dos patriarcas preferiu não usá-los enquanto não fossem extremamente necessários. E se até Yaakov que tinha de verdade esse mérito preferiu guardá-lo para que possamos usá-lo nos tempos do Mashiach e por isso rezou detalhadamente para não precisar usar aquele mérito, quem somos nós para esperar que Hashem faça um milagre sem pedirmos. E mesmo que muitas vezes Hashem nos faz verdadeiros milagres em coisas que nem chegamos a saber, mesmo assim o certo é pedirmos detalhadamente quando sabemos o que precisamos, e isso por dois motivos: Se não rezarmos talvez o milagre não aconteça, e se acontecer, ele poderá ser descontado dos nossos méritos, por isso  o Zohar nos conta que Yaakov detalhou a sua reza dizendo: – “Me salve por favor” (talvez de Lavan?) “do meu irmão” (parentes eram chamados de irmãos!) “de Essav” (e o motivo que eu preciso disso?) “para que ele não venha e ataque mulheres e crianças”. Mesmo que a reza foi curta (três versículos) vemos que ela conteve todos esses detalhes e foi eficiente. Nós próprios somos a prova ”viva” de que a Tefilá dele funcionou ! Se é assim, porque a melhor reza para resolver qualquer problema de saúde, financeiro, de família, social ou de qualquer outro tipo , é ler Tehilim que não estão especificando nenhum dos seus pedidos , como pode ser que ele serve para tudo? Como pode ser que você lendo uma súplica do rei David pedindo para Hashem o salvar de Shaul isso vai ser considerado como se você tivesse pedido detalhadamente e da maneira mais correta possível tudo o que você tinha intenção em pedir? Sobre isso diz o Zohar na nossa Parashá:- “Venha e veja, nesses Tehilim que falou David existem segredos e assuntos elevados nos segredos da sabedoria, sendo que todos foram ditos por meio do Ruach Hakodesh, Revelação Divina que pairava sobre David e então ele os cantava , portanto todos os Tehilim foram ditos por meio de segredos da sabedoria” . Ou seja, quando você lê os Tehilim em hebraico você está expressando o seu sentimento e o pedido do seu coração da maneira mais profunda possível.Mesmo assim é bom depois do Tehilim fazer o seu pedido explicito e detalhado como o fez Yaakov! Fora a reza Yaakov se preparou para uma guerra e também mandou presentes para Essav. A Tefilá tem que recair sobre uma ação material, rezamos para que o nosso trabalho dê frutos, pedimos para Hashem nos dar sucesso no que fizermos.

Essav aceitou os presentes e depois quis devolvê-los mas Yaakov não os aceitou de volta porque sendo sua Tefilá aconteceu por meio desses presentes , se os presentes fossem devolvidos talvez a Tefilá tivesse que recair sobre a guerra que era a outra opção,  daqui aprendemos que quando perdemos algo é porque estamos ganhando lá de cima uma bondade ainda maior mesmo que não percebem

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Vayetze

Nossa Parashá nos conta que Yaakov Avinu teve que fugir de Beer Sheva para Haran e quando se deitou no meio do caminho teve uma visão profética. Ele viu uma escada da terra aos céus e anjos subindo e descendo por ela. A linguagem do versículo é primeiro subindo e depois descendo, e a pergunta é: O que esses anjos estavam fazendo na terra se o lugar deles é no céu ? O Midrash Rabá nos conta que eles eram dois dos três anjos que vieram visitar nosso patriarca Avraham Avinu e depois dois foram para Sdom. Diz o Midrash que por motivo de terem feito o contrário da vontade Divina revelando o segredo da destruição de Sdom ou por terem tido o orgulho de dizer :- “Nós vamos destruir a cidade”, levaram uma “suspensão” e foram proibidos de voltar aos céus por 138 anos. Eles só foram autorizados a subir de volta quando Yaakov viu aquela escada. Pergunta o Rebe, como pode ser que um Anjo bom que não tem livre arbítrio pode fazer o contrário da vontade Divina? A resposta é simples , eles não sabiam que isso era o contrário da vontade Divina ! Eles fizeram contra a vontade Divina achando que isso era a vontade Divina.  Qualquer criatura, mesmo um Anjo ou uma criatura mais elevada é impossível que seja totalmente perfeito , como diz a conhecida explicação de Rashi no Midrash Rabá sobre o versículo “Asher Bará Elokim Láassot”. Rashi traduz a palavra “Laassot” como consertar. Ou seja, tudo o que D’us fez ainda precisa de um consertozinho, e se ainda é preciso fazer alguma coisa em tudo o que D’us fez quer dizer que nada é perfeito, portanto tudo o que D’us fez é  passível de erro e será que existe alguma coisa que D’us não fez? Um exemplo disso é o primeiro homem. Mesmo tendo sido diretamente criado por Hashem (e não cópia de cópia como nós) e o tempo em que ele foi criado era antes de comer a fruta proibida e receber o “yetzer hará” (má inclinação) , mesmo assim tropeçou e caiu no caso “escândalo da fruta proibida”. Com certeza tinha uma justificativa, como ele próprio disse :- “a mulher que você me deu….”. Ou seja, o primeiro homem que não tinha Yetzer Hará achou que Hashem iria ficar feliz de ele ter obedecido à Chavá que era a “Mãe de todas as criaturas” , Chavá imaginou que se ela comesse a fruta e ficasse como Hashem seria um orgulho para o Criador e erraram porque Hashem queria que eles ficassem como Hashem em “Kedoshim Tichiu” , em coisas boas , não em vivenciar a “coisa ruim”.  Fizeram um erro de avaliação sem ter feito ainda o primeiro pecado e ter recebido uma má inclinação . Ou seja, ninguém é perfeito, todos nós somos passíveis de erros de avaliação, um Anjo do nível de Gavriel faz um erro de avaliação , um ser humano criado pelo próprio D’us sem Yetzer hará faz um erro de avaliação , o que dizer sobre nós , geração descartável , será que existe entre nós alguém que D’us não criou e portanto é perfeito ? Mais provável que alguem se ache perfeito , ou se achava até ler o Rashi do Midrash Rabá ! A nós só resta não cobrar perfeição do nosso próximo , não cobrar dele o que D’us não criou e julgar ao nosso próximo com bons olhos porque da mesma maneira que julgamos o nosso próximo assim somos julgados lá em cima.

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 Toledot

“E amou Itzchak a Essav…”
O Zohar nos conta que Avraham era a Chessed (bondade) em pessoa , Itzchak pelo contrário era a Guevurá (rigidez) em pessoa. Não que isso fizesse dele uma pessoa ríspida ou seca, D-eus nos livre , ele se comportava como tinha sido educado pelo seu pai, mas na essência ele era Guevurá total . Esse é o motivo de acordo com o Zohar que ele amava Essav mais do que aos outros, sendo que de uma maneira natural a pessoa gosta de quem é igual a ela. Será que Itzchak não suspeitava do comportamento de Essav ? Itzchak tinha presenciado a recaída e a Teshuvá de Ishmael e Hagar. Diz o Zohar que Hagar fez Teshuvá e se tornou a Ketora que se casou com Avraham depois que Sarah faleceu , Ishmael voltou para o bom caminho e , junto com Itzchak enterrou seu pai na Mearat Hamachpelá . Então qual seria o problema de Essav se até Ishmael fez Teshuvá , com certeza Essav o faria também ! No versículo :- “E amou Itschak a Essav porque a caça dele estava na sua boca mas Rifka gostava de Yaakov”, a palavra “caça” geralmente é relacionada ao fato de Essav fazer agrados à seu pai caçando para ele , demostrando ser um filho prestativo e assim despertando ainda mais o amor natural que o pai já tinha por ele.

O Rav Moishe Weber, (Grande Tzadik que viveu em Jerusalem quando estudei lá) explica que a palavra “caça” na sua boca se refere ao próprio Essav que possuía “aprisionada” dentro de si a alma de Rabi Akiva. Itzchak sabia que de Essav iria sair o grande Rabi Akiva e achava que por isso Essav vai continuar no bom caminho ou até fazer Teshuvá como Ishmael. Isso foi o que impulsionou Itzchak a querer dar a Brachá para Essav. A Rabanit Miriam , esposa do Rav Moishe acrescentou:- Se Essav tivesse recebido a Brachá com certeza Rabi Akiva não seria nem Rabi e até mesmo nem judeu !

O Zohar nos conta que Itzhak era a Guevurá intensa e Rifka a Guevurá leve com um ” fio ” de Chessed pendente. Por causa desse ” foi de chessed” Itzchak não se apaixonou por ela logo que se casou , mas com o tempo o amor surgiu , como está escrito :- “Ele se casou e a amou”. Primeiro se casou e depois a amou . O Zohar nos conta que D’us faz por milagre as pessoas se casarem dessa maneira , uma diferente da outra (como no caso de Itzchak e Rifká , ele Guevurá e ela uma leve guevura com um fio de Chessed pendente) para que um equilibre o outro criando harmonia no mundo.

Os fatos por trás do “roubo das Brachot”
O primeiro homem e a primeira mulher foram abençoados por Hashem . A vida no paraíso terrestre era um “verdadeiro paraiso”. A cobra por meio de trapaça “roubou” deles a Brachá. O Zohar nos conta que Yaakov tinha a alma do Adam Harishon e Essav da cobra. A cobra (Essav) iria agora receber oficialmente a Brachá que tinha roubado do Adam! Sendo que a cobra tinha tirado a Brachá por trapaça , o único jeito de tirar essa Brachá do poder espiritual da cobra teria que ser também por meio de trapaça . Yaakov não tinha pensado no lado material das Brachot , mas sim na função espiritual que o primogênito receberia de ser o responsável por todo o trabalho espiritual do povo. Sendo que Yaakov conhecia Essav muito bem e estava consciente de que ser responsável pela função religiosa era a última coisa que poderia ser relacionada a seu perfil , e se isso acontecesse seria uma catástrofe , sem restar outra opção para fazer isso a não ser a trapaça , comprou a primogenitura de Essav em uma hora de aperto para destituir ele da responsabilidade sobre os assuntos religiosos. O direito a Brachá que foi roubado pela cobra por trapaça agora volta ao seu dono original também por trapaça , único jeito de resgatá-la ! Quando Yaakov vai receber as Brachot do seu pai que já estava cego, entra fantasiado de Essav com peles de bode recém tiradas (e com certeza ainda com um cheirinho de bode) ouve do seu pai a seguinte frase:- “O cheiro do meu filho é como o cheiro do campo que Hashem abençoou”, referencia ao Gan Eden (o paraíso). Parece que Itzchak já entendeu que essa história está cheirando uma continuação do que aconteceu no Gan Éden” entre o homem e a cobra.

Ishmael recebeu sua Brachá dos anjos que se revelaram para Hagar, como vemos em Le’h Le’há :- E disse a ela o Anjo de Hashem , volte para a sua dona e se aflija nas mãos dela , você vai engravidar e dar a luz a um menino e o chamará de Ishmael porque Hashem ouviu seu desespero, ele será um selvagem, sua mão estará sobre todos e a mão de todos sobre ele e se expandirá pelo mundo”….

Vemos que essa Brahá aconteceu com os descendentes do Ishmael e surgiu dela um império Árabe que durou centenas de anos , se expandiu da Índia à Península Ibérica e durou mais do que qualquer império antigo , sua mão está sobre todos , que precisam do petróleo e a mão de todos sobre eles por dependerem dos outros em tudo.

Essav recebeu a Bracha de viver pela espada, e vemos que essa Bracha aconteceu com os descendentes de Essav que deram origem ao império romano e aos povos europeus.
Nós somos os descendentes de Yaakov , porque a Brachá que ele recebeu com tanta dificuldade aparentemente não acontece ? O Zohar nos conta que as Brachot foram entregues . Essav que só pensava nos prazeres desse mundo usou elas para aproveitar o mundo aqui em baixo herdando esse mundo e Yaakov as guardou lá encima para o futuro . Em breve , em nossos dias quando chegar o Mashiach , junto com Yaakov vamos usufruir das Brachot tanto lá em cima quanto aqui embaixo , Essav perderá tudo e não vai sobrar dele nenhuma lembrança , então Yaakov herdará os dois mundos .
Ovadiahu Hanaví era de Edom , descendentes de Essav. Ele se converteu ao judaísmo e chegou ao alto nível de profeta sendo escolhido por Hashem para revelar o que vai acontecer aos descendentes de Essav no final dos tempos . Ovadiahu diz sobre esse tempo:- “E subirão os libertadores no monte Tzion para julgar o morro de Essav , e será de Hashem a monarquia . O profeta Zechária diz sobre isso :- E Hashem será Rei sobre toda a terra , naquele dia Hashem será Único (todos os povos vão abandonar suas religiões e servir somente Hashem) e seu nome Único . Só o Nome de Hashem será mencionado por todos.

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 Hayêi Sara

E foram os dias de Sarah….

O livro do Zohar , clássico da Kabala , explica que a história da vida de Sarah na Torá simboliza a decida da alma, que é apelidada de Avraham, para o corpo, que é apelidado de Sarah.

A Alma Divina chamada de “Neshamá” é você .

Você , que desceu do céu para vencer uma corrida de obstáculos cheia de desafios que chamamos de vida e cumprir as Mitzvót, comandos Divinos, para ganhar por próprio mérito um “Baixo Paraíso”

E nesse “Baixo Paraíso” uma hora eqüivale a setenta anos dos maiores prazeres nesse mundo

Ou até para ganhar um alto paraíso, onde uma hora eqüivale a setenta anos no Baixo Paraíso, como prêmio por ter feito o trabalho Divino nesse mundo.

A Neshamá é pura e linda , cada ano que passa fica mais refinada e reluzente por meio do cumprimento das Mitzvót.

Poderíamos dizer como exemplo que cada ano que passa , enquanto o corpo fica mais velho a Neshamá fica “mais jovem”.

O elo entre a Neshamá e o corpo é a alma animal na qual a Neshamá se reveste para acionar o corpo.

Essa alma animal é chamada de Nefesh habehemit que é uma alma espiritual a nível deste mundo de Assiá .

Sendo que o corpo é somente equipamento com suas limitações e defeitos e a alma animal é só o software do corpo, tendo “vontades” próprias que são somente os interesses do animal racional , o primeiro desafio que temos a enfrentar (com jeitinho para não quebrar o equipamento nem seu software mas sim transformá-lo em aliado ao nosso objetivo) é focar a alma animal e o corpo nos interesses da Alma Divina .

O primeiro obstáculo são os interesses do corpo que por instinto vai tentar usar a Neshamá para incrementar seus prazeres causando o fracasso da descida dela para esse mundo .

Vamos ter que domá-lo ajudando-o pouco a pouco a deixar de ser animal , mas sem overtraining , tomando o devido cuidado para ele não quebrar mas sim usar seu entusiasmo animal a nosso favor.

A Alma Divina tem um complemento para fazer a vontade Divina que é chamado de Yetzer Hatov.

A alma animal tem um complemento para fazer as vontades do corpo , esse instinto é chamado Yetzer Hará .

O Zohar nos conta que todas as noites quando vamos dormir , nossa alma sobe e se apresenta ao tribunal Divino, “os juízes da competição”.

Ela é julgada por essa etapa da “corrida” . Se ela vence ela volta de manhã para continuar competindo.

Ela é julgada de duas formas diferentes. O julgamento das ações positivas não é como o das negativas.

Ela não é julgada pelas coisas negativas que vai fazer mas somente pelas que já fez.

O julgamento das ações positivas é diferente, ela recebe um prêmio pelo que já fez e também é favorecida pelo que vai fazer

Assim ela volta feliz e renovada de manhã para o corpo mesmo sem que seus atos atuais justifiquem isso.

Quando ela sobe , um espírito impuro paira sobre o corpo.

Quando ela volta , esse espírito impuro foge mas ainda fica ligado a nossos dedos, por isso fazemos Netilat Yadaim , lavamos as mãos de manhã intercaladamente para tirá-lo.

Acordamos felizes por termos vencido a etapa do dia e agradecemos à Hashem dizendo “Modé Ani…”

O Zohar nos conta que os dias da nossa vida estão vinculados à sete Sefirot compostas de dez , ou seja , Hessed , Guevura , Tiferet , Netza’h , Hod , Issod e Mal’hut ,

Cada uma delas tem , fora seu aspecto principal , mais nove pequenos aspectos que são pequenas revelações das outras Sefirot e mais Ho’hmá , Biná e Daat

Por isso diz o rei David no Tehilim :- “Os dias da nossa vida são setenta anos” , ou seja , sete sefirot compostas de dez , e quando chegamos ao último nível e já não temos mais onde nos apoiar , então começa nossa decadência .

Ou seja , o tempo da corrida é cronometrado !

O rei David fala sobre uma pessoa normal , mas quem aproveitou os setenta anos para subir de nível a nível e se tornou um Tzadik ou uma TZADEKET , como no caso de Sarah , se conecta a Sefirá que está acima das sete , ou seja , a Biná que engloba as três primeiras , e lá não tem declinação e limite para a vida porque lá já existe o vínculo ao infinito .

Por isso está escrito :- “Vaihiu Hayei Sarah” , uma linguagem de “ser”, foram dias verdadeiros sem declinação. Também a palavra “esses” foram os dias da vida de Avraham se refere ao mesmo assunto.

E se perguntarmos :- Por quê essa mesma linguagem é usada para os dias de Ishmael ? O motivo é simples , porque  Ishmael voltou para o bom caminho, ele fez Teshuvá!

O Zohar nos conta que Ketora, a segunda esposa de Avraham era a própria Hagar que fez Teshuvá e até mudou de nome para expressar a veracidade da sua mudança de comportamento).

O fato de a Torá nos contar a história de Sarah e o Zohar nos revelar os segredos que estão por trás dela , vem nos indicar que “As atitudes dos patriarcas são um exemplo para os filhos”

À cada um de nós foram dadas as forças necessárias para chegarmos a etapa final dessa corrida e vencermos , só temos que fazer isso sem overtraining, sem fundir o motor para tentar chegar mais rápido e por outro lado também não ficarmos parados com medo de ter uma distensão

Mas a cada dia fazer as Mitzvot daquele dia com muita alegria amor e carinho , e o principal : Saber que Hashem é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem ,  e que Hashem está o tempo todo na nossa torcida levando a gente pela mão , nos ajudando a ultrapassar cada obstáculo e pronto para comemorar a nossa vitória com a Gueulá verdadeira e completa por meio do Mashia’h em breve em nossos dias de verdade !

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 Vayerá

Shabat Shalom pessoas maravilhosas
Aprendemos com o nosso patriarca Avraham Avinu a base do sucesso nos negócios .
Avraham não se fechou em um quarto dentro de uma casa esperando alguém bater na porta da casa , depois bater na porta do quarto e depois perguntar qual é a mensagem que ele tem para a humanidade, mas foi à um lugar onde muita gente passava, abriu sua tenda aos quatro ventos e ainda ficou na porta no sol escaldante chamando as pessoas para comerem em sua tenda e aprenderem a agradecer à D’eus que criou o céu e a terra ! Daqui aprendemos que:
Se você faz e não divulga, é como se não tivesse feito. Esse é o segredo do sucesso nos assuntos materiais e espirituais , divulgar o que fazemos por todos os meios que temos alcance, sempre fazendo todo mundo saber que você existe e o que você está oferecendo , transformando as pessoas a sua volta em fãs e sempre tomando a iniciativa !!!

Muitos de nós somos limitados por velhos e desatualizados conceitos de sermos divas inacessíveis demonstrando assim nosso alto nível e valor, noções inadequadas para a era atual. Achamos que não precisamos interagir com as pessoas porque que fazer isso é uma atitude que nos rebaixaria ao nível delas , ou porque não damos importância a essa interação , ou porque não nos sentimos confortáveis interagindo , e por final nos fechamos no nosso “mundinho”.
Aprendemos com Avraham Avinu a interagir! . Quando Avraham recebe os anjos disfarçados de simples viajantes, vai pessoalmente chamá-los para a sua tenda, pede à Sarah para fazer bolos, corre para fazer a comida, pede para seu filho Ishmael ajudar, e por fim fica em pé ao lado deles pronto para servi-los no que for preciso. No fim descobre que eram anjos e recebe deles o maior presente da sua vida, ter um filho com Sarah. Aprendemos com ele que quando interagimos com as pessoas só temos a ganhar. Cada pessoa pode ser o anjo que vai te ajudar, ou se não, pelo menos você ganhou uma grande Mitzvá.

Dizem nossos sábios que tudo o que D’eus criou não é perfeito, nem os anjos , quanto mais nós, e portanto podem fazer erros de avaliação. Os anjos Gabriel e Refael, dois dos três que vieram visitar Avraham, revelaram a ele que iriam destruir Sodoma e Gomorra. Assim eles causaram uma discussão entre Avraham e D’eus. Chegando em Sodoma disseram que eles próprios vieram destruir a cidade (e não D’eus) e assim fizeram contra a vontade Divina achando que isso era a vontade Divina, e por isso levaram uma “suspensão”, e só puderam voltar aos céus na época de Yaakov. Daqui vemos que muita coisa que fazemos errado não é por maldade, mas sim por que avaliamos errado por não sermos perfeitos. Daqui aprendemos que temos sempre que avaliar e reavaliar o que fazemos e o que falamos para as pessoas, sempre levando em conta que talvez estamos avaliando errado e a dor que podemos causar ao próximo poderá ser irreversível. Temos que aplicar o benefício da dúvida, dúvida que fizemos um erro de avaliação, sempre a favor do nosso próximo, por isso temos que julgar todos sempre pelo lado bom e nunca fazer coisas que possam magoar alguém, portanto devemos estar sempre olhando para todos com bons olhos.

Muitas pesquisas em muitos países durante muitos anos chegaram a conclusão que : Quando a pessoa não ganha o que precisa não está feliz. Quando ele já ganha o que precisa, nessa etapa está feliz. Quando ganha acima disso, o dinheiro já traz preocupações . Se eles tivessem pesquisado no Pirkei Avot, um livro judaico de mais de dois mil anos mas mais do que atual para hoje , não precisariam fazer muitas pesquisas em muitos países durante muitos anos. Diz o Pirkei Avot :- Quem é rico? Quem está feliz com o que tem! O mesmo Pirkei Avot também diz :- Quando crescem os bens crescem as preocupações, ou seja, muito dinheiro traz muita preocupação! Nosso Patriarca Avraham foi a exceção dessa regra. Ele usou seu dinheiro para fazer Tzedaká! Abriu uma tenda no deserto aos quatro ventos, dava comida e bebida à todos que passavam e ensinava seus hóspedes à rezar para D’eus que criou o mundo. Sua riqueza, no lugar de ser fonte de preocupação se tornou uma fonte de prazer, o prazer de ajudar o próximo materialmente e espiritualmente

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 Lech Lechá

Nossa Parashá nos conta sobre a descida do nosso patriarca Avraham ao Egito.
Os egípcios antigos eram obcecados por mulheres e Sarah, nossa matriarca era uma mulher linda. A estatística egípcia de maridos assassinados por terem mulheres lindas seria considerada hoje “risco não segurável” ! Avraham pede à Sarah dizer que é sua irmã por motivos de perigo de vida e para ganharem presentes . Essas duas coisas não fazem parte do perfil de Avraham que estava em um nível espiritual elevadíssimo , em Ur preferiu ser jogado ao fogo do que fazer idolatria, e quando salvou o rei de Sodoma, não aceitou nem um cordão de sapato de presente. Como então Avraham usa agora essas duas coisas como argumento? Tanach traz muitos casos parecidos mas vamos analisar dois deles. Quando Hashem pediu para Moshe ir ao Faraó e fazer milagres, os próprios milagres eram o objetivo dessa empreitada, mas quando D’us pediu ao profeta Shmuel ir para Beit Lehem nomear um rei no lugar de Shaul, o profeta pergunta :- Como irei, Shaul vai ouvir e me matar! Hashem diz para ele levar uma bezerra e dizer que está indo para lá fazer um korban . Ou seja, o próprio D’us dá uma justificativa para ele. No caso de Shmuel o milagre seria apenas uma necessidade particular e poderia ser evitado com uma desculpa , e Hashem diz para ele justificar dessa maneira para não precisar do milagre. Conclusão: quando uma pessoa pode fazer algo de maneira natural mas no lugar disso espera um milagre, o milagre pode não acontecer , ou acontecer mas ser descontado dos méritos dela e isso não é bem visto pela Torá, mas quando estamos em uma situação que não há outro jeito a não ser um milagre , nesse caso o milagre pode acontecer sem ser descontado dos nossos méritos. No caso do nosso patriarca Avraham, D’us não tinha pedido para ele descer ao Egito e fazer milagres, então ele deu um jeito para não precisar dos milagres, iria dizendo que Sarah era sua irmã até eles se acostumarem com a presença dela e “esfriarem” tentando ser apresentados pelo “irmão” que os enrolaria até passar o entusiasmo da chegada da “miss universo” na cidade , e recebendo presentes dos ricos ela estaria protegida contra os assédio dos pobres.

Aprendemos com Avraham uma grande regra da Torá. Que junto com a reza e confiança em D’us devemos fazer meios naturais para receber as bençãos Divinas e mesmo os Tzadikim precisam fazer isso. No caso de Avraham foi feito dessa forma e todo o Tanach está cheio de exemplos assim. Os meios honestos de como ganhar nosso dinheiro não só que não estão em desacordo com a reza e a confiança em D’us mas ainda são um complemento à ela sendo que está escrito que D’us vai nos abençoar em tudo o que fizermos e não em tudo o que não fizermos

Por meio da nossa confiança em D’us, por meio das nossas rezas e das nossas Mitzvot é decretado lá encima quanto vamos receber aqui embaixo e por isso o trabalho deve ser feito somente após cumprirmos nossas obrigações espirituais sendo que ele é só o meio de retirar o que entrou na nossa conta lá encima. Temos que fazer nosso trabalho somente porque é uma ordem Divina , e junto com isso termos fé em D’us e não ver o próprio trabalho em si como algo que pode nos ajudar ou nos prejudicar . Sendo que a ordem Divina é só em relação ao que podemos fazer e D’us não se comporta com tirania com as suas criaturas , quando não temos a possibilidade de fazer o receptáculo, não só que isso não enfraquece a confiança que D’us vai nos dar o nosso pedido, mas serve como prova de que nesse caso específico não precisamos de receptáculo . Por isso quando Sarah foi levada ao palácio do Faraó Avraham ficou confiante que o milagre iria acontecer porque nesse caso ele não tinha o que fazer de uma maneira natural e sabia que restou para Hashem fazer um grande milagre.
Porque Hashem pede para fazermos o receptáculo se o receptáculo por si só aparentemente nem ajuda e nem prejudica?
Por causa de uma intenção Divina profunda que determina que tudo o que desce de lá de cima para o nosso “mundo da Assiá” vem revestido nas vestimentas da natureza , portanto nós que somos criados à exemplo de cima também precisamos fazer uma “vestimenta” natural para podermos receber as bençãos Divinas. Esses meios naturais são o trabalho , os cuidados com saúde , segurança e etc. Quando não fazemos isso estamos roubando de nós próprios o que Hashem quer nos dar ou obrigando Hashem a nos fazer milagres e descontar dos nossos méritos (e com certeza ainda vamos reclamar que D’us cuida melhor do vizinho) . Mas quando vemos que de verdade não há o que fazer e o único jeito é o milagre, podemos ficar confiantes, os milagres vão acontecer!!!

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Noach

Nossa Parashá nos conta uma história de vinte gerações de Noach até Avraham Avinu , dois mil anos de história em duas parashiot , depois disso a história do nosso patriarca Avraham é contada em três parashiot , nos ensinando que uma história de mil anos de atrocidades , mil anos sem D’us , termina em dilúvio, e mais mil anos sem D’us só não terminou em dilúvio porque D’us prometeu para Noach que não iria mais ter dilúvio
Depois de dois mil anos chega o nosso primeiro patriarca Avraham Avinu ensinando as pessoas a rezarem para D’us e fazerem boas ações , e aí tudo mudou
Noach era um Tzadik na geração dele, Avraham Avinu seria um Tzadik em qualquer geração. Noach não fez o mal, mas também não fez o bem. Não rezou pela sua geração, não tentou ensinar sua geração a se comportar de maneira melhor. Noach construia a arca e se alguém perguntasse porque ele estava construindo isso ele respondia que Hashem vai mandar um dilúvio por causa das atrocidades que eles estavam fazendo, mas não tomava a iniciativa de ensinar as pessoas a se comportarem melhor e a rezarem para D’us, também não rezava por elas (não tinha atitude)
Noach fez uma arca e salvou pessoas e animais , mesmo assim está escrito que Noach era um Tzadik na geração dele (porque nela não tinha ninguém melhor) mas se ele estivesse na geração de Avraham Avinu já não seria tão importante assim
Então porque ele foi chamado de Tzadik? Porque ele tinha os valores certos , sabia o que era certo e o que era errado. Noach não diria que cada um tem a sua opinião e pode fazer as atrocidades que quizer, mas respondia a quem perguntava que as más ações teriam como consequência um dilúvio
Sabemos que existem sete mandamentos de bnei Noach e quando temos a oportunidade ensinamos os povos do mundo esses mandamentos , principalmente que não se deve fazer idolatria e que um homem deve se unir a uma mulher , (esses são os maiores problemas dos bnei Noach na nossa geração). Até essa atitude em relação as Mitzvot dos bnei Noach não aprendemos com Noach mas sim com Avraham. Noach não teve a atitude de divulgar as sete Mitzvot de bnei Noach, mas Avraham que era o primeiro judeu , ele ensinava aos bnei Noach as Mitzvot deles . Em outras palavras , aprendemos de Noach que não devemos ser como Noach , mas temos que ter atitude Por isso o dilúvio é chamado de “as águas de Noach”
Diz o Ari Zal que a geração que causou o dilúvio é também a geração que fez a torre de bavel , ambas mencionadas na nossa Parashá , se reencarnaram novamente como o povo de Israel no Egito . Os decretos do Faraó de jogar as crianças no rio foram o conserto das almas da geração que por suas atrocidades causou o dilúvio e o decreto de escravizar o povo de Israel para construir Pitom e Ramsés foi o conserto das almas que fizeram a torre de bavel , eles eram almas divinas que se tornaram depois o povo de Israel no Egito e saíram de lá para receber a Torá no monte Sinai. Esse foi o final feliz daqueles dois mil anos de uma história triste …… Mas com um final muito feliz!

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 Bereshit

Nossa Parashá nos conta como D’us criou o mundo em seis dias há 5777 anos atrás. Se um cientista estivesse com todo o seu equipamento nos seis dias da criação iria analisar uma pedra e dizer que ela tem milhões de anos, cortar uma árvore e concluir que ela tem mil anos, e por final entrevistar Adão e Eva e concluir que eles são dois adultos falando hebraico fluentemente e não bebês recém nascidos. Assim D’us criou o universo, tudo em seis dias , mas com tanta qualidade que parece que levou milhões de anos para fazer.
Se os dinossauros foram criados originalmente nos seis dias, se foram cruzamentos híbridos posteriores que morreram no dilúvio ou se entraram na arca de Noé mas não se adaptaram ao clima pós dilúvio, isso fica em aberto, mas o fato de D’us ter criado lugares no mundo como o Grand Canyon com certeza foi para nos dar o livre arbítrio para podermos escolher entre D’us e as teorias da criação !
No primeiro dia da criação é usada a palavra “D’us criou” , no terceiro dia está escrito “a terra tirou”. Rashi explica que tudo foi criado no primeiro dia mas a terra foi tirando por ordem Divina a cada dia a criação daquele próprio dia. Daqui podemos deduzir que tudo saiu da nossa terra, ou seja, a galáxia inteira ! Sobre o sol, a lua e as estrelas está escrito que D’us “colocou” , e isso reforça mais ainda o que disse Rashi. Podemos deduzir que os planetas que D’us colocou no céu no quarto dia levaram com eles as plantas que “a terra tirou” no terceiro dia , e ainda podemos deduzir até que os planetas continuaram “tirando” cada dia da criação , cada um no seu lugar, peixes aves e animais de acordo com as condições do lugar, mas quando chega a etapa da criação do homem tudo muda. D’us faz um homem de barro e sopra nele uma Alma Divina, diferente dos outros dias da criação . Ou seja, o ser humano, vida inteligente, isso D’us criou separadamente no sexto dia e somente aqui na nossa terra. Então como pode ser que pessoas fotografaram discos voadores no céu e etc? Voltamos ao motivo do Grand Canyon, para nos dar o livre arbítrio e a possibilidade de escolha. O Midrash nos conta que quando Moshe Rabeinu estava quarenta dias no monte Sinai , o anjo da morte fez um filme no céu mostrando o enterro de Moshe. Todos viram, e se tivessem celular naquela época poderiam até ter filmado. Mas tudo era uma ilusão para podermos ter o livre arbítrio equilibrado com aquele alto nível de revelação que foi a entrega da Torá no monte Sinai. Ou seja, o “outro lado” pode usar esse recurso em certas ocasiões.
Sabemos que os dias da criação foram de 24 horas mesmo nos dias em que não havia sol e lua sendo que D’us vincula a guarda do Shabat especificamente aos dias da criação e se eles fossem maiores do que os atuais teríamos que esperar um período maior entre um Shabat e outro.
Nesse Shabat que é chamado Shabat Bereshit temos que ficar muito alegres porque dizem os grandes Tzadikim que do jeito que nos comportamos no Shabat Bereshit despertamos uma tendência para todos os Shabatot do ano.

 

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 Vezot Habrachá

A última Parashá da Torá, “Vezot Habrachá”, é diferente de todas as outras parashiot semanais por elas serem lidas sempre no Shabat enquanto que “Vezot Habrachá” é lida sempre na festa de Simchát Torá, festa do término da leitura anual do Sefer Torá. A última pessoa que sobe na Torá em “Vezot Habrachá” é chamado de “Chatan Torá”, o noivo da Torá

Certa vez uma pessoa (não judeu) perguntou ao grande Sábio Hilel :- Quantas Torot (plural de Torá) vocês tem? :- Duas , respondeu Hilel, a Torá escrita e a Torá oral .

 

Ouvindo isso a pessoa declarou :- Na Torá escrita eu acredito mas na oral não, eu quero me converter ao judaísmo na condição de que você só me ensine a Torá escrita. Hilel concordou.

 

Hilel começou a ensinar ele a ler a Torá. Mostrou para ele a letra Alef e explicou (oralmente) que o nome dela é  Alef.

 

Mostrou o Beit e explicou que o nome dela é Beit , o mesmo fez com a letra guimel e a letra dalet .

 

Na outra aula Hilel mostrou para ele a letra Alef e disse que isso é o Dalet.

 

O aluno se espantou e disse :- Mas ontem você não me explicou assim!

 

:- Você confiou no que eu te expliquei oralmente ontem? Disse Hilel, então confie em mim também em relação à Torá oral (sendo que quando D’us deu à Moshe a Torá escrita explicou ela para Moshe que ensinou o povo de Israel oralmente o significado das escrituras e assim a Torá chegou até nós desde o começo) !

 

Ou seja, sem a Torá oral não saberíamos nem ler e nem entender a Torá escrita.

 

Quando D’us nos deu a Torá elas eram duas desde o começo. Uma escrita e uma oral.

Moisés ,o maior de todos os profetas escreveu a Torá escrita e explicou oralmente como colocar ela na prática. Ou seja, de que forma cumprir o que está escrito.

 

Em outras palavras ,o como cumprir a Mitzvá é chamado de Torá oral.

 

A Torá escrita começa com Moshe , o maior de todos os profetas e continuou sendo escrita posteriormente por  profetas menores até o exílio da Babilônia que aconteceu depois da destruição do primeiro Templo de Jerusalém .

 

Os últimos profetas viveram no exílio da babilônia entrando também na época em que o império persa dominava o mundo até a época em que o segundo Templo foi construído.

 

Depois dos persas veio o império grego e depois o império romano. Na época dos gregos e romanos não tínhamos mais profetas e portanto não tivemos mais Torá escrita.

 

A Torá escrita terminou de ser escrita no exílio da Babilônia e Pérsia completando 24 livros.

 

Posteriormente a Torá oral que passava oralmente também foi escrita incluindo a Torá oculta conhecida como Kabalah.

 

A Torá oral continua sendo escrita a cada geração sendo que surgem novas situações que precisam ser esclarecidas,  comparadas às anteriores, diagnosticadas e classificadas .

 

As pessoas precisam de  explicações com mais detalhes e etc. As explicações dos Sábios de cada geração de como cumprir a Torá da maneira correta naquela geração também é chamada de Torá oral.

 

Em resumo, o que chamamos de TORÁ inclui Torá oral e escrita .

 

A Torá escrita é composta de 24 livros e a oral hoje já chega à dezenas de milhares de volumes (dos quais mais de 52000 livros sem direitos autorais  já estão disponíveis no site Hebrew books)

 

Então, vamos dançar com o Sefer Torá em Simchat Torá e estudar Torá o ano inteiro com essa mesma alegria e entusiasmo de Simchat Torá!!!

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 Haazinu

Nossa Parashá (que é a penúltima Parashá da Torá) está escrita de uma forma chamada “ariach al gabei ariach”. Essa montagem de texto vem identificar que ela é uma música.

Um dos assuntos interessantes que ela nos conta é: “Lembre-se dos dias passados, olhe para os anos de cada geração e geração”. Rashi traz duas explicações. A primeira é : “olhe para os anos de cada geração e geração”, veja o que aconteceu com a geração de Enosh na qual o oceano surgiu pegando uma grande parte da terra, e a geração do dilúvio na qual o mundo afundou. Não seja um perdedor, não repita os erros dessas gerações. A segunda explicação é : Pense no futuro, veja o que você poderia estar ganhando ! D’us tem o poder de te dar coisas mega maravilhosas que são os tempos do Mashiach e o próximo mundo, faça certo e seja um vencedor!

Um dos 13 princípios da fé judaica é que Mashiach vai chegar. Esse princípio consiste em que no fim do “Galut” (exílio) um descendente direto filho após filho do rei David e que se iguala ao rei David no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot , constrói o Beit Hamikdash (Templo Sagrado de Jerusalém) no lugar sagrado onde hoje se encontra o Kotel, vence as guerras de Hashem e traz todos os judeus de volta para a terra de Israel.

Fazendo isso ele se torna o Mashiach que em hebraico quer dizer simplesmente o “rei ungido”, (sendo que ele é um descendente direto do rei David que foi ungido rei de Israel pelo profeta Shmuel não precisa de uma segunda unção para ser o rei de Israel mas herda a unção do rei David).

Daqui aprendemos que a solução para o exílio não é um presidente eleito mas sim o Mashiach. A Guemará em Sanedrin nos conta que os alunos dos grandes Sábios que estavam dentro desse critério, ou seja, eram descendentes do rei David e eram grandes como ele no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot, diziam que o Rebe (mestre em hebraico) deles era o Mashia’h.

Com isso queriam dizer que , caso acontecesse a Gueulá naquela época, o candidato mais adequado para ser o Mashiach seria aquele sábio. Dessa mesma maneira na nossa geração o Rebe de Lubavitch foi apontado por muitos como candidato dentro desses critérios dos antigos sábios da Guemará e por esse motivo isso não foi visto como uma transgreção à Halachá (lei judaica).

Quando acontecer a Gueulá, o Beit Hamikdash for reconstruido (o principal desce pronto do céu) em Jerusalém e as guerras vencidas, o candidato a Mashia’h se torna o Mashia’h h na prática.

Antes disso, os alunos do Rabi Hanina na Guemará ou os alunos do Rabi Inon puderam dizer que o Rebe deles era o Mashiach (dentro dessa intenção) e isso não consistuiu um problema de Halachá.

A Guemará em Sanhedrin também nos conta que o fato de o Mashiach ser dos vivos ou dos mortos não é relevante nesse caso contanto que ele venha a construir o Beit Hamikdash, vença as guerras de Hashem e traga o nosso povo de volta para a terra prometida passando depois junto com todo o povo de Israel para a etapa em que a vida será eterna, o próximo mundo.

Os romanos antigos copiaram também esse aspecto da região judaica e aplicaram ele inadequadamente à alguém que não era um descendente do rei David, não cumpriu a Torá e as Mitzvot como o rei David, e que na época dele o Beit Hamikdash foi destruído, as guerras perdidas e o povo se espalhou para fora de Israel, não tendo qualquer relação ou comparação com o princípio judaico da vinda do Mashia’h e com o fato de os alunos dos Sábios de Israel dizerem que o Rebe deles era o Mashia’h.

A Guemará no tratado de Rosh Hashaná nos conta que Rabi Eliezer diz que no mês de Nissan foi a Gueulá dos nossos pais (que saíram do Egito) mas em Tishrei será a Gueulá futura.

Sendo que a festa de Sucot foi dada na Torá em comemoração à Gueulá do Egito e como diz a Meguilá ” Esses dias são lembrados e acontecem” , Esses dias de Sucot são uma hora propícia para a Gueulá!

Então, vamos pedir para Hashem que nos traga a Gueulá imediatamente!

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Vaiele’h

Encontramos na nossa Parashá um dos cinco versículos que são excessão de regra na leitura da Torá.

Sendo que o Sefer Torá não tem pontos, nos baseamos nos sinais de música chamados de Teamim que vem desde a época de Moshe Rabeinu para saber aonde começa ou acaba o versículo .

O motivo de precisarmos saber isso é porque não podemos dizer meio versículo quando há nele o nome de Hashem para não falarmos o nome de D’us em vão.

Sendo assim nos baseamos no sinal de música chamado  etna’hta que representa um ponto e vírgula, ou no sinal sof passuk que representa um ponto final, para sabermos aonde o versículo termina.

A Guemará em Yoma nos conta que o grande Sábio Issi ben Yehuda nos ensinou que cinco versículos na Torá inteira saem dessa regra. Um deles está na nossa Parashá .

O versículo diz:- “E disse D’us à Moshe, você se deita com seus pais e levanta esse povo e…..etc. (Nesse versículo Hashem comunica à Moshe que esse é o dia da morte dele).

O ponto e vírgula, chamado de etna’hta, se encontra na palavra “seus pais”, aparentemente determinando que lá termina o assunto (mas que nesse caso não vai determinar por causa da excessão de regra).

Dizem nossos sábios na Guemará em Sanedrin que desse nosso versículo :- “Você se deita com os seus pais e levanta”, ultrapassando o ponto e vírgula, aprendemos a ressurreição dos mortos pela Torá escrita .

O Ari Zal nos explica que, sendo que esse versículo não tem determinação e se aplica tanto ao antes do etnachta (Moshe) e ao depois (esse povo) , que tanto Moshe quanto esse povo se reencarnam e se tornam à última geração 

Diz o Ari ZaL, que Moshe Rabeinu e toda sua geração eram a “Dór Deá”, a geração do conhecimento, e a raíz das almas deles era o lado oculto da Sefirat Daat que é chamado no “Etz Haim” de “Leáh”.

A geração paralela chamada “erev rav” também tinha a raíz na Daat, mas era afetada pela mistura do bem e do mal nesse mundo.

Na última geração, Moshe Rabeinu se reencarna e se torna Mashia’h, e a geração dele também se reencarna e se tornam a geração do Mashia’h .

Até a “erev rav” também se reencarna por também ser “dór deá” e à ela se refere o final do versículo que diz:-  “esse povo vai se levantar e ….(……)”.

O sinal dessa última geração, diz o Ari ZaL, é o fato de as mulheres mandarem nos maridos.

O motivo para isso é porque na reencarnação anterior, no deserto, os maridos deram os anéis para fazer o bezerro de ouro, e as mulheres não quiseram dar.

Por isso, na reencarnação daquela geração elas mandam neles. (Chegamos à conclusão que essa geração é a nossa!!!)

Diz o Maguid de Mezritch que uma característica da”dór deá” é que o assunto principal deles era o conhecimento que se expressa pela fala, e eles não tinham a característica da ação.

Até o próprio Moshe, para abrir o mar vermelho levantou o cajado mas não bateu no mar.

Quando Moshe chegou perto da Terra Santa na qual o trabalho principal seria a ação expressada pelo cumprimento das Mitzvot, Hashem disse para ele falar para a pedra para que saia dela água para todo o nosso povo que chegava a milhões de pessoas

Mas Moshe bateu na pedra para começar o trabalho da próxima geração que seria a ação.

Hashem queria que Moshe falasse com a pedra para elevar a próxima geração, a geração da ação, ao nível elevado da geração de Moshe que era a geração do conhecimento, a geração da fala.

Toda aquela geração com Moshe Rabeinu e a “erev rav” tiveram que falecer no deserto, e esse é o trabalho de Moshe: voltar como Mashia’h e elevar toda a “geração do conhecimento”, incluindo a erev rav, por meio do estudo Torá e o cumprimento das Mitzvót, “fala e ação” .

O Rebe de Lubavitch disse que essa geração somos nós

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Ki Tavô 

Nossa Parashá conta sobre bençãos e maldições. Sabemos que D-us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem , então o que são essas maldições?

Rabi Shneor Zalman fazia pessoalmente a leitura do Sefer Torá em Liozna. Uma vez ele não estava na cidade e outra pessoa leu. O filho do Rabi Shneor Zalman que se chamava Dov Ber ficou tão angustiado quando ouviu as maldições que passou mal o mês inteiro. Quando perguntaram para ele porque nos anos anteriores ele não passou mal, ele respondeu :- Quando meu pai lia não se ouvia nenhuma maldição ! Quando esse filho cresceu e se tornou o Rebe da cidade de Lubavitch ele deu a seguinte explicação: “Dentro de todo acontecimento infeliz está revestida uma bondade enorme, portanto tudo que D’us faz é para o bem e não existe mal que desce lá de cima , e por isso se faz uma benção sobre um acontecimento infeliz da mesma maneira que se faz uma benção sobre um acontecimento feliz. Quando termina esse aspecto negativo automaticamente se revela o bem que estava oculto nele que é muito superior a uma bondade revelada, como ouvi do meu pai (Rabi Shneor Zalman) sobre a raiz do assunto das maldições da Torá que no final elas se transformam em”super bençãos” por causa da grande intensidade da bondade oculta nelas que se revela quando termina esse revestimento de extrema rigidez”

O Baal Shem Tov deu sobre isso um exemplo de uma pessoa que fez algo contra um Rei muito bondoso e poderoso. Essa pessoa foi condenada pelo tribunal mas no lugar disso o Rei pediu para darem à ele um cargo no governo e depois ir promovendo ele cada vez para um cargo mais alto e mais próximo Rei. Quanto mais essa pessoa subia e se aproximava do Rei mais ele ficava com vergonha do que tinha feito. Quanto mais ele via a força e o poder do Rei e junto com isso a grande bondade do Rei que usava todo o seu poder para ajudar as pessoas , quanto mais via a honra que todos davam ao Rei, mais ele sofria com a lembrança do que tinha feito e chegou à conclusão que não existia castigo pior do que esse, porque se tivesse sido condenado à morte não sofreria tanto com esses remorsos. O Rei vendo que essa pessoa se arrependeu do seu comportamento e voltou a se comportar certo o desculpou totalmente.

Esse Rei é Hashem e essa pessoa somos nós, a maldição não precisa ser necessariamente uma tragédia para fazermos teshuvá mas podemos cumprir essas maldições dessa forma também . Por isso está escrito:-“E será quando vier para você a benção e a maldição , você vai colocar no seu coração (se concientizar) etc”, ou seja, a benção nesse caso pode ser considerada uma maldição por nos trazer à essa conscientização.

Conclusão : O acontecimento infeliz é um bem oculto de uma intensidade tão grande que não tem como ele descer para esse mundo de uma forma revelada e por isso ele desce com um revestimento de maldição , e por isso devemos estar sempre alegres mesmo que aparentemente as coisas não estão como deveriam estar , temos que ter uma fé total de que quando esse revestimento terminar e o bem oculto se revelar vamos ver que valeu a pena ter tido um pouquinho paciência para depois usufruir de uma bondade que não teríamos como chegar a ela de outra maneira, porque o desencadeamento das sefirót é primeiro Chessed (bondade) depois guevurá (rigidez) e depois Tiféret (bondade intensa) , para chegar à essa bondade intensa , obrigatoriamente temos que passar por um pouquinho de guevurá. Mas logo vai chegar o Mashiach e aí será só bondade intensa e revelada eternamente!

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  Ki Tetzê

Nossa Parashá nos conta sobre um exército no qual o Cohen antes da guerra anunciava à todos , entre outras coisas , que quem teme morrer na guerra por ter feito um pecado deve voltar para a retaguarda. Ou seja, só participava da guerra quem não fazia pecados e com certeza nem tinha vontade de fazer.

Nesse ambiente de guerra feroz contra o inimigo cruel (ambiente nada romântico)  acontece o despertar de uma paixão entre um soldado judeu religioso e a própria inimiga . Como em um ambiente desses um homem religioso se apaixona? E pela inimiga? E a Torá deixa em aberto a opção de eles se casarem!

O Ari ZaL nos conta que quando o primeiro homem fez a primeira transgressão , misturou o bem e o mal no mundo e muitas Almas que estavam no Adam Harishon (O primeiro homem) caíram no lado mal.

O mapa da queda dessas “Almas Divinas”  que afundaram nas impurezas é uma cópia do Adam Harishon chamada “Adam de Bliaal” .

A cabeça dele representa o exílio da Babilônia , os braços representam os exílios da Persia e Meda que sucederam o exílio da Babilônia, o corpo representa o império grego que sucedeu a Pérsia

Até aqui tudo bem definido e mapeado, em cada exílio a maior parte da comunidade judaica se encontrava nele e as fronteiras eram bem definidas.

As duas pernas representam dois exílios paralelos. O exílio de Edom (descendentes de Essav) e o exílio de Ishmael  , dois exílios totalmente distintos. Ishmael se misturou com os persas antigos representados hoje pelo Irã e pelos árabes que estão ao lado do Irã , Edom deu origem aos povos  europeus .

Por incrível que pareça vemos que os judeus nos últimos dois mil anos viveram em países árabes e europeus.

Não ouvimos que tinha alguma Yeshivá na índia, na China ou no Japão , mesmo que judeus fugindo dos nazistas ficaram um tempo na China e na Índia , mesmo assim tiveram que se mudar para países de etnia européia como Estados Unidos e Austrália onde hoje existem comunidades judaicas com toda a estrutura montada enquanto que na Índia, na Coréia ou no Japão só existem Batei Chabad visados por turistas e comerciantes que ficam temporariamente nesses lugares.

Quase seis milhões de judeus moram em Israel que faz parte de um oriente médio, “galut Ishmael” , e outros milhões vivem nos Estados Unidos cujo povo provém de etnia européia, “galut Edom”. Até o Brasil tem três Yeshivot. Mas a Índia com  mais de um bilhão de habitantes não tem uma Yeshivá.

Diz o Ari ZaL que o motivo do nosso povo ter passado por esses exílios inclusive os que estamos agora de Edom e Ishmael , é para elevar as “centelhas Divinas” que afundaram nas impurezas.

De acordo com todos os sinais que traz a Guemará já estamos nos calcanhares dessa figura, ou seja, só sobrou dela os calcanhares, últimos refinamentos.

Sobre essa figura dizem os nossos Sábios que Mashia’h não chega até terminarem as almas do corpo, ou seja, todas as Almas afundadas nesse “corpo espiritual de impureza” serem resgatadas .

Diz o Ari ZaL que só dessa maneira dá para entender nossa Parashá. Os judeus que iam para aquela guerra eram Tzadikim perfeitos e não existia a possibilidade de eles se apaixonarem por alguém por motivos de “Yetzer Hará” , consequentemente o que despertou aquela paixão foi a Alma Divina que se misturou naquele povo e estava naquela mulher e tinha um vínculo espiritual com a alma dele, e essa era a única possibilidade de esse amor surgir.

Conclusão: O fato de estarmos aqui no galut é para elevarmos as centelhas Divinas que estão no nosso país por meio do estudo da Torá e do cumprimento das Mitzvót que fazemos usando as coisas materiais que temos aqui para o trabalho Divino. Então, no lugar de  pensar no que precisamos e pedir nas nossas rezas só o que precisamos devemos pensar para que precisam de nós!

Para que Hashem precisa de nós aqui e agora, e pedir nas nossas rezas para que Mashia’h venha imediatamente e já seja o término do galut !

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 Shofetim

Diz a nossa Parashá  : – “Juízes e guardas coloque para você em todos os seus portões.

Porque a palavra portões aparece no plural ? Será que cada um de nós recebeu da Torá um Mandamento te ter um juiz e um guarda em cada entrada da nossa casa ? O grande Rabino Haim Vital que foi o principal aluno do Ari ZaL conta que essa linguagem se refere aos portões do nosso corpo .

1- o portão da visão que são nossos olhos

2-o portão da audição que são nossos ouvidos

3-o portão da fala que é a nossa boca

4-o portão do olfato que é o nosso nariz

5-o portão do tato (contato físico) que são nossas mãos e pés .

Precisamos colocar juízes e guardas em cada um desses portões.Ou seja:

1- não olhar para coisas que a Torá (nosso referencial do que é luz e o que é escuridão) recomenda não olharmos (principalmente hoje na era do internet)

2- não dar ouvidos a coisas inadequadas (principalmente leshon hará e principalmente nesta era da informação)

3- não falar coisas feias e nem “leva e traz”(de novo leshon hará e

principalmente na nossa era do Facebook)

4- não cheirar o perfume da pessoa proibida à você ,(bons e velhos tempos quando não havia poluição e nem rinite alérgica)

5-não tocar a pessoa proibida (fácil), não ir à um lugar inadequado que pode nos despertar desejos proibidos (principalmente na era do entretenimento)

Quando protegemos nossos “portões” das coisas ruins recebemos um enorme presente de Hashem, como diz o profeta Yashaiahu : -“Abram os portões e entre o povo sagrado …

Quando fechamos os nossos “portões” para as coisas ruins os portões celestiais se abrem para nós e ganhamos no paraíso futuro 310 mundos paradisíacos no qual cada mundo tem um portão que se abre para nós.

Continua o rav Haim Vital que daqui para o paraíso celestial existem muitos tipos de “anjos” que tentam nos impedir de chegar lá, também os sete céus tem muitos e muitos portões com muitos guardas celestiais em cada portão e portão . Depois dos 120 quando a nossa Neshamá deixa esse mundo (e infelizmente hoje em dia os 120 estão ficando modo de falar) esses anjos nos verificam. Se tivermos o mérito eles abrem os portões e nos deixam entrar, se não eles nos empurram para fora e trancam os portões na nossa frente não nos deixando entrar. Por isso devemos ter a sabedoria de demarcar nossos limites e proteger nossos “portões” . Quando nos conscientizamos disso durante a nossa vida nesse mundo  teremos o mérito de todos os portões celestiais serem abertos para nós no mundo vindouro .

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Reê

Nossa Parashá, parashat Reê, nos conta que o sangue é a alma.

Corpo e alma 

Todos nós temos corpo e alma.

A primeira alma a entrar no corpo é chamada de alma animal e sobre ela a parashá está falando.

A Gmará nos conta que no momento em quê uma mãe engravida é colocada nessa gravidez uma alma animal do nível deste mundo onde o bem e o mal estão misturados (Klipat noga ou mais baixo).

Essa alma animal está revestida no corpo mas a principal revelação dela é no lado esquerdo do coração que bomba o sangue oxigenado para todo o corpo .

Sendo que ela é uma alma espiritual, podemos fazer transfusões de sangue e transplante de coração e ela continua no nosso corpo.

Uma segunda alma é dada à cada judeu e também à quem fez uma conversão casher ao judaísmo , ela já estava vinculada à essa pessoa desde que nasceu e isso que causou à ela querer se converter, por isso está escrito guer shemitgaier e não goi shemitgaier.

Essa segunda alma se chama  Neshamá e se reveste na alma animal . Ela é você !

Você que desceu do céu para vencer a corrida de obstáculos que chamamos de vida e vai ganhar por próprio mérito um “baixo paraíso” no qual uma hora eqüivale a setenta anos dos maiores prazeres nesse mundo ou um alto paraíso onde uma hora eqüivale a setenta anos no baixo paraíso como prêmio por ter feito o trabalho Divino, meta da corrida de obstáculos.

A Neshamá é pura e linda , cada ano que passa fica mais refinada e reluzente por meio do cumprimento das Mitzvót (mandamentos Divinos). Poderíamos dizer como exemplo que cada ano que passa , enquanto o corpo fica mais velho a Neshamá fica “mais jovem “!

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No que consiste sermos o “Povo Escolhido”

A Parashá também nos conta que Hashem nos escolheu dentre todos os povos. Quem participou desse concurso Divino para ser escolhido?  Nossa Neshamá não poderia participar sendo que ela é diferente das almas dos povos do mundo. Quem se parece com os povos do mundo ? Nosso corpo ! Ele foi escolhido ! O que ele ganhou dessa escolha? Ele ganhou Kedushá! Quando fazemos uma Mitzvá ele recebe Kedushá , nosso corpo se torna mais sagrado e refinado e no futuro quando ressuscitarmos ele vai reluzir mais do que a Neshamá, enquanto que os povos do mundo quando cumprem essa mesma Mitzvá não recebem essa Kedushá. 

Conclusão: Agora nossa Neshamá faz nossa alma animal e nosso corpo cumprirem os mandamentos Divinos trazendo para eles Kdushá.

Na ressurreição essa kedushá se revela, nosso corpo ressuscita jovem lindo e reluzente e nosso mundo material se tornará um paraíso muito maior do que o alto paraíso,  tudo isso no mérito da Torá e das Mitzvót que estamos cumprindo agora!

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 Ekev

“Porque não somente de pão  viverá a pessoa, mas de toda palavra Divina a pessoa viverá  .” 

Explica o Ari ZaL que a vitalidade da alma não vem por meio da comida mas sim por meio da palavra Divina ! O que é essa palavra Divina? Diz o Ari ZaL , essa palavra Divina é a benção que fazemos antes de comer ! A Brahá tira dos alimentos pequenas luzes Divinas que se misturaram com o lado mal do mundo , por meio da Brahá refinamos essas pequenas revelações Divinas tirando elas das impurezas , delas nossa Neshamá (nossa alma Divina) recebe a sua vitalidade.

Conclusão: Quer ter muita energia positiva ? Capriche nas Brahot !

Nossa Parashá nos conta que na conquista da terra de Israel pela primeira vez a regra era: “Pouco a pouco vou expulsá-los da sua frente “. Diz o Rebe que o mesmo acontece na vida de cada um de nós , na conquista da terra de Israel espiritual na parte que recebemos lá de cima . Ou seja, no nosso trabalho Divino personalizado que inclui nosso refinamento pessoal. A conquista não deve ser feita de uma vez, mas sim pouco a pouco. Não se esqueça que devemos nos esforçar para fazê-la , como dizem nossos Sábios: “Se você se esforçou e conseguiu acredite!”

Diz a Parashá :”Talvez você diga no seu coração :- Esses povos são muito mais numerosos do que eu , como poderei conquistá-los?” (דברים ז’ י”ז)Ou seja, talvez você sinta a realidade ! Você mediu o tamanho do problema e se conscientizou de que não tem a mínima chance de resolvê-lo . Lá vai a regra geral que nos dá Moshe Rabeinu para todo e qualquer problema (incluindo fechar as contas no fim do mês)  : “Não tenha medo deles ! Lembre-se do que Hashem fez ao faraó e a todo o Egito , os milagres , as maravilhas , etc etc etc. Ou seja , isso é o que devemos pensar e sentir sempre em qualquer situação difícil. Se não saiu como queríamos , talvez nos espera algo melhor, mas nós temos que fazer a nossa parte que é viver confiantes a cada instante , nunca pensar que não vai sair como queremos mas sim nos lembrar dos milagres e das maravilhas que Hashem fez no Egito e nos conscientizar que assim ele vai nos fazer agora !

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 Veatchanan

Moshe Rabeinu, depois de  ter conquistado as terras da margem oriental do rio Jordão (que seria a herança das tribos de Reuven , Gad e metade da tribo de Menashe) imaginou que o decreto Divino de não entrar na terra de Israel poderia ter sido anulado como é a regra de qualquer profecia negativa  . Rezou 515 vezes pedindo à D’us para deixar ele entrar na Terra de Israel e alcançar o nível dos mandamentos Divinos ligados à Terra Santa. Hashem responde à ele : “Muito mais do que isso está guardado para você, não continue pedindo isso” . Vemos daqui que se ele continuasse a pedir receberia, mas o ” Muito mais do que isso está guardado para você” ele perderia . Aprendemos daqui que quando rezamos e pedimos muitas vezes para Hashem nos dar algo e nos parece que nossos pedidos não estão sendo levados em conta, o motivo por não recebermos o que pedimos pode ser porque “muito mais do que isso” está guardado para nós , e se recebermos a coisa pequena perderemos a grande , portanto Hashem não nos dá o que pedimos para que possamos receber algo melhor. 

Porque Moshe não fez como Yaakov que rezou para ter uma vida tranquila e no fim seu pedido foi atendido , viveu fora Israel uma vida tranquila até os 147 anos no Egito com Yossef no governo. Moshe poderia pedir à Hashem uma vida tranquila entre judeus fora de Israel com seu sucessor no governo como viveu Yaakov no Egito com Yossef acima dele . Seu sucessor , Yeoshua Ben Nun era seu aluno exemplar, um filho espiritual que no caso de Moshe era até mais importante do que um filho material .

A resposta para isso vemos na continuação (וילך ל”א)  . Hashem diz para Moshe : “Você se deitará com seus pais e se levantará esse povo e se prostituirá atrás de deuses estranhos…”

Nosso patriarca Avraham faleceu com 175 anos . Rashi  (בראשית כ”ה /ל’) explica que Avraham tinha que viver 180 anos como seu filho Itzhak , mas Hashem diminuiu cinco anos da vida dele porque tinha prometido que ele iria falecer tranquilo . Ismael fez teshuvá e Essav ainda não se corrompeu, e isso era falecer feliz.  Mas se ele vivesse mais iria sofrer com a depravação de Essav e não faleceria tranquilo como Hashem lhe prometeu, por isso Hashem o levou  antes da hora. Portanto , antes do falecimento de Moshe que seria a hora propícia para pedir uma vida tranquila na margem oriental do rio Jordão, Hashem lhe comunicou esse futuro acontecimento que o povo vai fazer idolatria e ele já não tinha motivo para pedir mais.

E o que é o “Muito mais do que isso” que Hashem dará à Moshe? O Ari Z”L  dá a resposta para isso baseado na primeira parte desse mesmo versículo :”Você se deitará com seus pais e se levantará ” , diz o Ari Z”l que a última geração é a reencarnação da geração que faleceu no deserto e Moshe próprio se reencarna e se torna o Mashiach ! Tem melhor do que isso ?

 

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 Dvarim

Parashat Dvarim nos conta que quando nosso povo planejou passar pelo monte Seir , terra de Edom, para chegar à terra prometida, D’us pede para Moshe dar uma ordem ao  povo de Israel para comprar com dinheiro mantimentos dos Bnei Essav (habitantes de Seir) e até pagar pela água que beberem.

O motivo para isso aparece imediatamente no próximo versículo que diz – “ Porque Hashem seu D’us te abençoou em todos os trabalhos das suas mãos e proveu todas as suas  necessidades na travessia desse grande deserto durante quarenta anos, Hashem seu D’us está te apoiando, não te falta nada!”

Isso foi dito à Moshe como uma ordem para ser repassada ao povo de Israel !

Quando o versículo diz que Hashem seu D’us te abençoou, está instruindo o povo para não ser ingrato dando uma impressão de como se eles fossem pobres e mal cuidados por Hashem, mas ao contrário, passem uma imagem de que vocês são ricos! (רש”י שם )

A regra é : Quando somos gratos à D’us pelo que ele nos dá e demonstramos isso, fazemos com que ele nos dê verdadeiros motivos para agradecer. Quando estamos alegres por saber que D’us sempre está cuidando bem de nós, fazemos com que D’us nos dê verdadeiros motivos para justificar essa alegria!

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O Baal Shem Tov nos conta que existem duas formas de rezar, uma com muita alegria e entusiasmo e outra com muito choro e amargor.

As duas formas são válidas mas a diferença entre elas é que, quando pedimos à D’us com alegria somos como um ministro fazendo um pedido ao Rei, mas quando pedimos com tristeza somos como um pobre fazendo um pedido ao Rei.

Por ser assim no mundo espiritual consequentemente a natureza do mundo material é que: quando o pobre pede algo para o Rei ele ganha um presente pequeno, mas quando o ministro pede algo para o Rei ele ganha um presente muito grande.

Por isso temos que rezar com muita  alegria e entusiasmo como um ministro falando com o Rei

( ליקוטים יקרים)

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No final o povo de Israel não atravessou Edom , será que essa ordem foi em vão? Claro que não!  Sendo que a Torá é eterna é os seus ensinamentos são eternos eles são válidos em qualquer época e em qualquer lugar e o fato de essa travessia não ter acontecido na prática mas a ordem ter sido dada só vem reforçar o fato de essa ordem ter sido dada para nós, aqui e agora !

Nossa Parashá também nos conta que :”E foi no quadragésimo ano, no décimo primeiro mês, no primeiro dia do mês, começou Moshe a explicar esta Torá dizendo…”. Dizem nossos Sábios, como traz Rashi , que Moshe explicou a Torá em setenta línguas diferentes.
Porque Moshê precisaria explicar a Torá em setenta idiomas? Rabi Moshe ben Nachman nos ensinou que a Torá, as Profecias e todas as Escrituras Sagradas foram ditas na “Língua Santa” que é o idioma Divino no qual D-eus falou com Moshe e com os Profetas. E, sendo que a Torá é a “Torá de Hashem”, Hashem “nos deu a Sua Torá “, aparentemente o estudo da Torá deveria ser somente na “língua Divina”, a “Língua Santa” . Ou seja, quando D-eus criou a luz não disse nem “Seja Luz” nem ” Fiat Lux” mas sim “Yehi Ohr” ! E isso não é relacionado somente à “Torá Escrita” , cuja classificação é como sua definição , “escrita”. Ou seja, nenhuma letra a menos e nenhuma letra a mais mas exatamente como foi dada por D-eus , e por esse motivo a leitura do Sefer Torá na sinagoga é considerado estudo e tem que se dizer uma benção com nome de Hashem mesmo que o Judeu que está dizendo a benção não entende o que está lendo (e muitas vezes não entende nem a tradução da Benção. Talvez por isso pudéssemos até dizer que a leitura da Torá escrita só poderia ser feita na “língua Santa” , idioma no qual ela foi dada por D-eus ! E não somente isso, mas até em relação às explicações da Torá , chamadas de ” Torá Oral” , mesmo que aparentemente dependem somente do nosso entendimento , ou seja, se não entendemos a Torá Oral não cumprimos a Mitzvá de estudá-la , de qualquer forma sabemos que “pensamento não é fala” e algumas leis que recaem sobre “falar” palavras de Torá são vigentes também em relação a Torá Oral como a proibição de falar palavras da Torá sem roupas (mesmo sendo nesse caso o pensamento é permitido) e também o fato de não podermos fazer uma Benção sobre a Torá que vamos pensar mas somente sobre a que vamos falar. E ainda mais, sendo que a “Torá Oral” também é de D-eus poderíamos dizer que a classificação de “Estudo de Torá” só recaísse sobre a Torá Oral quando fosse dita na língua falada por D-eus, na língua Santa.
Essa foi a ação de Moshe Rabeinu na nossa Parashá. Por meio de ter explicado a Torá em setenta línguas a partir daí recai o nome de “Torá” sobre assuntos de Torá estudados pelo povo de Israel em outras línguas mesmo não sendo essa a língua que D-eus deu a Torá, mesmo assim recai sobre ela a classificação de “Palavras de Torá” a tal ponto que quando falamos assuntos de Torá em outras línguas estamos falando verdadeiras “Palavras da Torá” e se torna proibido falarmos elas antes de dizer a “Benção da Torá” (e nem precisamos dizer que é proibido falar assuntos de Torá em qualquer língua se não estivermos vestidos)
Temos que dizer que a iniciativa de Moshe já foi incentivada pela própria Torá que usa algumas palavras nas línguas dos povos como por exemplo “Yegar Sahaduta” , “Totafot” e etc. O motivo que essas palavras fazem parte da Torá que é toda de Hashem é para que recaia a santidade da Torá sobre essas palavras e por meio disso as línguas dos povos se tornam refinadas para que se possa “repassar” por meio delas as palavras da Torá. Algo assim acontece nos idiomas em geral quando se estuda a Torá naquele idioma que é um derivado das setenta línguas, ou seja, o que a Torá fez em curta escala,( Somente indicando que isso é possível ) e Moshe Rabeinu fez em larga escala , traduzindo toda a Torá para setenta línguas , aparentemente foi uma dica para a nossa situação atual. Surgiram novas línguas todas derivadas daquelas setenta e nós somos os que estão refinando esses idiomas repassando a Torá por meio deles. Talvez o motivo que a Torá nos deu essas dicas de tradução com “Yegar Sahaduta ” que é uma palavra em aramaico e Totafot que é em africano seja o seguinte. Na torre de Bavel aconteceu um milagre que deu origem a setenta línguas e delas saíram todos os idiomas que existem hoje. Sabemos que a “Lingua Santa” que nela D-eus criou o mundo foi falada por Adão e Eva e continuou sendo falada por pessoas de cada geração também depois da torre de Bavel. A maior prova disso é que o Povo de Israel que desceu para o Egito não mudou a sua língua que era a mesma desde a criação do mundo. O Hebraico antigo que foi a primeira lingua existente no mundo deu origem ao aramaico e o aramaico ao árabe. A “Lingua Santa” inspirou os escritores que fizeram o hebraico atual. Poderia pensar, será que o aramaico sendo que é um derivado da “Língua Santa” já vem com a santidade do “Idioma Divino” ? A Torá dá a dica: Está escrito-“Yaakov chamou aquele lugar de “Gal Ed” e Lavan de ” Yegar Sahaduta” ou seja, tanto derivados da “Língua Santa” quanto as outras linguas são o idioma de “Lavan o Arameu” e precisam ser refinados pela Torá !
O motivo que isso foi feito especificamente por Moshe Rabeinu é porque todos os assuntos da Torá foram dados para o povo de Israel por meio de Moshe ,”Moshe recebeu a Torá no Sinai” , a tal ponto que disseram nossos Sábios :-“Tudo que um aluno experiente vai inovar já foi dado para Moshe no Sinai” . Também esse fato de serem chamados de “Torá” assuntos de Torá ditos nas setenta línguas teria que ser revelado pelo próprio Moshe Rabeinu. Dessa mesma maneira vamos esclarecer outro assunto relacionado à tradução da Torá para setenta línguas . Depois que Moshe traduziu a Torá para as setenta línguas , Moshe e os anciões de Israel pediram para o povo para que no dia em que atravessassem o rio Jordão erguessem pedras grandes e escrevessem nelas todas as palavras dessa Torá em setenta línguas . Ou seja, fora o fato de Moshe ter explicado oralmente a Torá em setenta línguas pediu para escreverem a Torá nessas setenta línguas. De acordo com o que explicamos anteriormente poderemos entender o motivo pelo qual as duas coisas foram necessárias . Rabi Moshe ben Maimon diz que a Torá foi escrita naquelas pedras com as letras de cada idioma. Vemos aqui que Moshe conseguiu fazer com que não haja diferença entre traduzir a Torá oralmente para as setenta línguas e escrever ela em setenta línguas. Ou seja, tanto no caso em que a Torá foi explicada em setenta línguas ou no caso que ela foi escrita em setenta línguas , nos dois casos foi considerada “Torá” com toda a devida santidade relacionada a ela. Por isso Moshe também teve que traduzir oralmente a Torá e também pedir para que ela fosse escrita na escrita de cada povo, duas obras distintas, uma para que recaia a santidade da Torá sobre a língua dos povos e a outra para que essa santidade recaia sobre a escrita dos povos, ou seja, para que os livros com assuntos de Torá escritos nas letras dos setenta idiomas também sejam chamados de Livros Sagrados ,”Sifrei Kodesh ” e devam ser cuidados com o mesmo respeito que damos aos livros escritos na “Língua Santa”

Esse livro da Torá, (Devarim) é conhecido como Mishnê Torá, a revisão da Torá. Seu conteúdo foi dito por Moshê ao povo judeu durante as cinco semanas finais de sua vida, enquanto o povo se preparava para entrar na Terra de Israel.
Moshe sabia que tinha os dias contados e pouquíssimo tempo de vida e teria que se dedicar somente para fazer as coisas mais importantes. Qualquer pessoa normal numa hora dessas pegaria umas férias com a Familia. Porque Moshe estava nesse momento tão preocupado em tornar a Torá mais fácil e acessível quando poderia estar curtindo os últimos dias da sua vida com seus filhos e netos? Para exemplificar isso tenho que contar a vocês uma história verídica que aconteceu a muitos anos atrás .

“O vazo chinês”

Um comerciante judeu muito rico tinha alguns filhos. Cada filho ficando adulto entrava no mundo dos negócios e tinha muito sucesso.

Certa vez o comerciante desabafou com o seu Rebe e disse:- Graças a D’us não me falta dinheiro , muito pelo contrário, tenho muito mais do que possa usar em vida, fora o dinheiro que meus filhos fizeram com seus próprios negócios ainda vou deixar para eles uma bela herança, mas uma coisa me magoa.

Temos dinheiro mais do que o suficiente e cada filho que cresce quer fazer mais dinheiro , gostaria muito que um filho meu se tornasse um grande rabino, escrevesse livros e vinculasse o nome da nossa família à obras de literatura imortais.

Mas meu filho caçula , minha última esperança, também já está dando sinais de que vai ser mais um comerciante e fazer mais dinheiro . Por que eles só pensam em dinheiro? Rebe , me explique, como isso me aconteceu?

O Rebe sofreu com o sofrimento do rico comerciante e um momento antes dos dois começarem a chorar o Rebe exclamou :- Me convide para o Shabat, eu quero ver o que está acontecendo na sua casa !

No Shabat, depois do Kidush, o filhinho começa a brincar com as velas de Shabat apagando uma vela . A mãe quase que reclamou mas o pai a acalmou imediatamente dizendo :- Ele só é uma criança pequena !

O filhinho continuou brincando e arrancou uma folha do livro de rezas, novamente o pai diz :- Ele é uma criança pequena !

A criança continuou brincando e quebrou sem querer um vazo chinês. O pai ficou paralisado, ficou branco, a respiração parou, o filhou ficou com medo dessa estranha mudança no pai e parou assustado.

O pai, com voz tremula, mistura de choro e medo, encarou a criança cara a cara, e com uma voz tremula cheia de temor disse :- Filho, você sabe o que você fez ? Você sabe o que é um vaso chinês ? Você sabe quanto esse vaso custa ? Você sabe quanto esse vaso viajou até chegar aqui e que cuidados tivemos com ele para que não quebrasse durante toda a viajem? Você sabe que o papai foi para a China comprar esses vasos e a mamãe ficou dois meses sozinha esperando o papai chegar com os vasos? Você sabe que…..!

Mas antes de ele dizer mais uma palavra , a “criança pequena” , rompeu em prantos e prometeu que nunca mais vai quebrar um vaso chinês e que sempre vai se comportar com o devido respeito aos vasos chineses e etc etc etc ….E os dois se abraçaram e choraram juntos pela grande tragédia que tinha acontecido.

Agora estava claro, a criança já tinha entendido que a única coisa valiosa no mundo , que justifica deixar a mamãe sozinha por dois meses, que merece atenção e cuidado, que faz o papai ficar sério e atordoado, não é a Torá mas sim…..o vaso chinês !

Moshe , em suas ultimas semanas de vida poderia passear com a família , comer, beber, jogar conversa fora.

Mas, quando a família e o povo viram que Moshe ,a pessoa mais importante do mundo , nas ultimas semanas da sua vida está tão ocupado com o que? Traduzindo a Torá para setenta línguas para facilitar o estudo da Torá aos judeus , para dar mérito a judeus que só sabem falar outras línguas , para tornar o acesso à Torá mais fácil , empenhado e dedicado para que pessoas que nem sabem falar a “Língua Santa” possam saber o motivo que D’us criou o mundo e o motivo pelo qual nós estamos aqui.

Moshe Rabeinu não só nos deu a Torá mas também mostrou para nós que ela é a coisa mais importante que existe no mundo .

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 Matot

Nossa Parashá   nos conta que se alguém faz uma promessa ou um juramento que não consiste em uma coisa proibida pela Torá ele tem a obrigação de cumprir com a sua palavra. Por isso o ideal é sempre dizer “Bli Neder” (sem promessa)  quando prometemos alguma coisa , para deixar claro que não estamos fazendo uma promessa ou um juramento. 

Porque uma promessa de fazer algo que a Torá proíbe não é considerada e continuamos proibidos de fazer aquilo que a Torá proibiu ? Simples ! Sendo que um juramento não tem a capacidade de anular outro e nossa alma antes de descer para o corpo já jurou lá encima que vai cumprir todos os mandamentos Divinos , consequentemente um juramento de fazer algo contra a vontade Divina não é válido.

Conclusão: Não é recomendado pelos nossos Sábios fazer juramentos ou promessas. Então, lembre-se : quando prometer alguma coisa NUNCA se esqueça de falar “Bli Neder”

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 Massei

Nossa Parashá ( Mass’ei) nos conta sobre alguém que matou uma pessoa acidentalmente é chamado de assassino (Mesmo que foi acidentalmente, ele é chamado de “Assassino acidental”) e recebe um  castigo de exílio em uma cidade de refúgio que foi feita para esse fim e  geralmente era habitada pela tribo de Levi que não tinha terra própria . O castigo dele era ficar lá até o Cohen Gadol (sumo sacerdote) falecer. O versículo diz que depois da morte do Cohen Gadol o assassino pode voltar para a sua terra. Porque então a Torá continua chamando ele de assassino  sendo que depois de ele ter recebido o castigo no tribunal deste mundo sua transgressão é apagada no tribunal Divino ? No começo ele é chamado de assassino porque a regra é que coisas boas acontecem por meio de pessoas boas e coisas ruins por meio de pessoas ruins e o fato de a morte acidental ter acontecido por meio dele justifica o adjetivo assassino. Depois que ele cumpre a sua pena e por meio disso se torna um Tzadik , diz a Torá : Depois que morrer o Cohen Gadol voltará o assassino para a terra da sua herança. A linguagem é estranha ! Porque a Torá continua chamando ele de assassino mesmo depois que ele cumpriu sua pena ? Simples:  A Guemará (Macot 11b) nos conta que o Cohen Gadol na função de sumo sacerdote deveria rezar para que esses acidentes não acontecessem  e  o fato de isso ter acontecido mostra  que o Cohen esqueceu de rezar para isso .  A consequência automática disso é uma reza contrária, o exilado reza para que o Cohen Gadol morra rápido para que ele possa voltar do exílio. A mãe do Cohen Gadol levava para essas pessoas roupas e comida para que eles não desejassem o mal da sua família e esse era o único jeito de anular essa propensão de reza, ou seja, depois que ele recebeu roupa e comida dela ele só iria dar bençãos para essa família.

Conclusão : sempre temos que rezar e pedir pelas pessoas próximas a nós para que nada de ruim aconteça por meio delas e também sempre ajudar à quem está ligado à nós para que sempre deseje o nosso bem 

O povo de Israel fez  quarenta e duas viagens entre a saída da escravidão no Egito e a milagrosa entrada na “Terra Santa”. O que há por trás das quarenta e duas viagens que nos dá a obrigação de nos lembrarmos delas todos os anos lendo Parashat Massaei na Torá ?

O Baal Shem Tov nos revelou que cada Judeu e Judia tem um itinerário de viagens para percorrer durante a sua vida planejado lá de cima.

A Torá fala sobre quarenta e duas viagens que o povo de Israel teve que fazer, o objetivo dessas viagens eram para elevar pequenas “Revelações Divinas” .

Quando damos um exemplo sobre a Revelação Divina comparando-a a uma Luz essas pequenas revelações serão chamadas de “Centelhas Divinas”, o objetivo dessas viagens era fazer um concerto “Tikun” espiritual nesses lugares e elevar essas “Centelhas Divinas”.

Em cada lugar eles acamparam, mas ficaram somente o tempo necessário para fazer o “Tikun” e elevar as “Centelhas Divinas” daquele lugar.

O Baal Shem Tov diz que cada Judeu e Judia tem um circuito de viagens pré destinadas durante toda a sua vida.

Tudo é determinado até os pequenos detalhes, onde vai morar, onde vai trabalhar,para onde vai viajar , onde vai passar uma semana , onde vai passar um ano , onde vai morar mais ou menos tempo.

Um detalhe interessante é que tanto no lugar onde o povo de Israel acampou por um só dia quanto no lugar que eles acamparam por dez anos eles montaram o Mishkan como se fossem ficar lá a vida inteira. Por incrível que pareça vemos isso dia a dia com nossos próprios olhos.

Todos nós somos Ashkenazim (Judeus Alemães ) ou Sefaradim (Judeus Espanhóis). Nossos avós vieram de países Árabes ou da Europa oriental, ou seja, somos Sefaradim porque morávamos na Espanha,mas nenhum de nossos avós veio da Espanha, vieram da Síria , do Líbano, do Marrocos. Somos Ashkenazim porque viemos da Alemanha, mas nossos avós Ashkenazim vieram da Rússia, da Polônia, da Hungria, da Romênia. Ninguém mais pode voltar para a Síria ou para o Líbano nem para visitar e ninguém nunca vai querer morar na Polônia ou na Romênia. Todos nós Judeus brasileiros temos ou pais ou avós ou bisavós que vieram de fora, e mesmo nossos avós na Síria e no Líbano eram chamados de Espanhóis (Sefaradim) E nossos avós da Romênia e na Rússia eram chamados de Alemães (Ashkenazim). Ou seja, nenhum de nós não pertencia nem mesmo ao próprio país de onde vinha. Os Judeus que foram expulsos de Recife em1654 fundaram Nova York e eram chamados de Sefaradim, em 1824 Judeus vindos do Marrocos fundaram a Sinagoga de Belém e também eram Sefaradim. Todos nós Judeus temos uma cara Européia ou Árabe mesmo sendo Judeus brasileiros , ou seja, a marca registrada de que somos turistas em qualquer país que estejamos, “Trade Travellers”, e como diz a Wikipedia :-“Turismo de negócios é um deslocamento voluntário temporário, envolvendo fatores como transporte, hospedagem, alimentação e lazer, realizado por um indivíduo com o propósito de desenvolver empreendimentos com fins lucrativos, através de reuniões de negócios, a fim de fechar acordos, comprar produtos ou serviços ou acertar outras questões pontuais relacionadas a atividade de mercado.” Pensamos que tudo que fazemos estamos fazendo para nós próprios mas na realidade é D-eus causando nossas mudanças para que possamos elevar essas “Centelhas Divinas” espalhadas pelo mundo. Fazemos os consertos”Tikunim” todos em um limite de viagens pré determinado. Achamos que conseguimos um emprego melhor e subimos na vida, depois vamos para a China comprar mercadoria e para o Mato Grosso vender a mercadoria,pensamos que somos espertos e lucramos mas simplesmente é D-eus que está causando tudo isso para que cada um possa elevar a sua parte do mundo, a parte que está na sua responsabilidade. Por isso que sobre a saída do Egito
Está escrito que deixamos o Egito como uma armadilha sem isca ou como as fossas oceânicas que não tem peixes, ou seja, tiramos dele a isca que nos atraiu que na verdade eram 288 “Centelhas Divinas”

 

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  kedoshim

Nossa Parashá nos conta logo no começo sobre a proibição de fazer idolatria . isso nos ltambém uma coisa muito importante. Que temos a obrigação de confiar em D’us

Temos a obrigação de confiar em D’us Porque se não confiamos em D’us, automaticamente estaremos confiando em outra coisa

E quem confia em outra coisa a não ser D’us está abrindo mão da Divina Providência e caindo nas mãos daquilo em que confiou.

Quem acha que não precisa da ajuda Divina por ser muito inteligente e esperto e ter muita força e dedicação, precisa se lembrar de que se D’us não desse à ele constantemente inteligência, esperteza, saúde e dedicação ele estaria fraco, intelectualmente e fisicamente, e também deixaria escapar grandes oportunidades por não percebê-las a tempo.

Quem confia na própria riqueza tem que se lembrar que sem a proteção Divina essa riqueza poderia ser tirada dele e dada a outros, ou poderia continuar com ele sem que tivesse proveito e ainda fosse obrigado a protegê-la e aumentá-la até que ela chegar ao destino certo.

Ou, no pior dos casos, essa riqueza poderia se tornar o motivo da sua desgraça ou da sua morte.

Quem confia em D’us vive sempre tranquilo, não fica dependente das pessoas e não tem nada acima de si a não ser D’us.

Quem confia em D’us sempre terá como manter sua família , porque D’us vai fazer com que ele descubra sempre um meio para isso, sendo que nenhum meio está oculto para ele em nenhum lugar e em nenhuma época .

Quem confia em D’us não fica preocupado com coisas que possam acontecer mas sabe que só vão acontecer para ele coisas boas ou que pelo menos sejam para o seu bem.

Recebe todos os acontecimentos com alegria e trabalha sempre com muita calma e tranquilidade .

Quem confia em D’us sabe que D’us sempre vai dar à ele tudo o que precisar quando precisar e no lugar que precisar, da mesma maneira que D’us cuidou dele quando ainda estava no ventre da sua mãe, da mesma maneira que D’us sustenta as aves no céu e os peixes na água e até as criaturas tão pequenininhas e fraquinhas

Quem confia em D’us sempre vai ser querido por todos, até os animais vegetais e minerais querem o seu bem.

Quem confia em D’us está confiante que não vai ficar doente, e se isso acontecer pelo menos vai ser uma refinação para a sua alma no lugar de alguma coisa pior .

Quem confia em D’us não vai passar necessidades em nenhuma época durante todos os dias da sua vida.

Quem confia em D’us vai estar sempre seguro no seu país e tranquilo no seu lugar, só terá que mudar dele por motivo Divino.

Quem confia em D’us vai ser acompanhado pela recompensa da sua confiança neste mundo e no próximo.

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Animais com somente um sinal de pureza 

A Torá nos conta que existem somente quatro animais que são classificados como impuros pelo fato de terem somente um sinal de pureza e não os dois necessários.

Os nomes deles em hebraico são : “hazir” , “Gamal”, “Arnevet” e “Shafan”.

Por serem impuros não podemos usar seu leite nem comer a sua carne .

A Torá diz que o Gamal, a Arnevet e o Shafan são impuros por serem ruminantes e não terem casco fendido. O hazir é impuro por ter Casco Fendido e não ser ruminante.

O “hazir” é o porco , único animal no mundo que tem casco fendido e não rumina, foi acompanhado durante nossos mais de três mil e trezentos anos de história e é reconhecido pelos judeus de cada país como símbolo de animal impuro.

O “Gamal” é o camelo que também nos acompanhou durante toda a história . Ele rumina mas sua pata é almofadinha , ou seja, não é casco.

A Torá diz que somente quatro espécies de animais no mundo tem um só sinal de pureza

A Guemará (Hulim 60/b) diz que o fato de Moshe não ter sido um caçador de animais (e acrescente a isso o fato de ele não ter conhecido o Brasil ou a Austrália) e mesmo assim saber que existem somente quatro tipos de animais com um só sinal de impureza é a resposta para quem não acredita que a Torá foi dada por Hashem , ou seja , Moshe por si só não teria como saber que existem somente quatro animais com um único sinal de pureza .

Vimos que o único animal que tem a pata fendida e não rumina é o porco .

Um dos ruminantes que não tem casco fendido do jeito que a Torá descreve, é o camelo que conhecemos . Mas quem é o Shafan e quem é a Arnevet que ruminam mas não tem casco fendido ? Nas traduções da Torá para o grego e depois para o latim e de lá para as demais línguas o Shafan é traduzido como Coelho e a Arnevet como lebre.

A Guemará em (Meguilá 9/b) nos conta que o rei grego Talmai colocou setenta e dois sábios de Israel em setenta e dois lugares diferentes e ordenou a cada um pessoalmente que traduzisse a Torá para a língua grega.

Cada um desses sábios achava que somente ele estava fazendo isso e omitiu a tradução da Arnevet sendo que o nome daquele animal impuro em grego era o nome da rainha e isso causaria um problema sério.

Aconteceu um milagre e todos os setenta e dois sábios omitiram a tradução da Arnevet , então quem traduziu Arnevet como lebre ? Com certeza não fomos nós !

O primeiro problema com essa tradução é que a Torá fala sobre quatro animais diferentes, quatro espécies e não quatro raças de uma mesma espécie.

O que determina a espécie pela Torá é o fato de eles se cruzarem entre si e terem um filho fértil, isso é a prova que pertencem a mesma espécie .

O filho tem que ser fértil para comprovar que essa espécie estava na arca de Noé e recebeu a benção de Hashem para crescer e multiplicar.

Noa’h colocou na arca somente um cachorro e uma cadela e hoje vemos inúmeras raças de cães , tão diferentes umas das outras que parecem espécies diferentes, mas a prova que são somente raças de uma mesma espécie é que todos se cruzam entre si e tem um filho fértil que muitas vezes é um simples “vira lata” !

O Coelho e a lebre se cruzam entre si e tem filho fértil , para nós eles são duas raças da mesma espécie . Outro problema e na verdade o principal é que nem o Coelho e nem a Lebre são ruminantes .

O editor do primeiro dicionário de hebraico atual , Even Shoshan, teve que traduzir Shafan e Arnevet como Coelho e lebre por assim estarem traduzidos anteriormente nas traduções da bíblia em outras línguas , mas sabendo que esses animais não conferem com os sinais dados pela Torá disse que provavelmente o Shafan e a Arnevet devem ser um Coelho e uma lebre do “Oriente ” , termo usado antigamente para dizer que esse animal caso exista está bem longe de nós e nunca o vimos.

Hoje que os animais do Oriente também foram classificados, não encontramos dois animais que ruminam e não tem casco fendido fora o camelo .

Tentaram justificar que o Coelho acaba comendo as próprias fezes mas isso o porco também faz e a Torá diz explicitamente que o porco não é ruminante . Tentaram dizer que ele move a boca como ruminante mas isso os ratos também fazem e a Torá diz que são três animais que ruminam e não tem casco fendido e não centenas . Conclusão , o Coelho não é o Shafan e a Arnevet não é a lebre !

Descobrimos nas Américas o lhama, a alpaca, o guanaco e a vicunha , todos ruminantes mas com pata “almofadinha “, que não é o casco fendido da Torá.

Se cruzam entre si e com o camelo e o dromedário e tem filhos férteis , são raças do mesmo animal que é o camelo da Torá.

Será que descobrimos a Arnevet ? Poderíamos estar nessa dúvida por quinhentos anos mas sabemos que uma ação vale mais do que mil suspiros, então , finalmente uma ação foi feita. Em Dubai foram cruzados o camelo com a lhama e tiveram filhos férteis mostrando ao mundo que camelo, dromedário , lhama, alpaca, vicunha e guanaco são todos raças de um mesmo animal como um cachorro pode ser um pastor alemão ou um pequinês que a única prova de os dois serem cachorros é o fato de eles se cruzarem e terem filhos férteis .

A Torá nos conta sobre o Tahash que existiu até a época da saída do Egito e se extinguiu. Quando as pessoas e animais saíram da arca de Noé e se espalharam pelo mundo , se adaptaram ao meio ambiente .

Na Guemará (Shabat 31/a) Hilel diz que os “tarmudim” ficaram com os olhos puxados por viverem entre tempestades de areia e outro povo ficou com os pés largos por viver entre os pântanos .

Ou seja, uma espécie não vira outra , o homem não vira macaco e o macaco não vira homem, mas tanto os homens quanto os animais se adaptaram ao meio ambiente dando origem a raças diferentes de uma mesma espécie e a prova que eles são da mesma espécie é o fato de eles se cruzarem entre si e terem filhos férteis .

Ou seja, desde que Hashem criou o mundo não surgiram espécies novas mas sim novas raças de uma mesma espécie .

Os zoólogos classificaram todos os animais encontrados até hoje e sempre estão mudando os critérios dessas classificações , mas Moshe Rabeino não trabalhava no zoólogo e já sabia antes da América ser descoberta que mais de quatro espécies com um sinal só de Kashrut não existem.

Hoje nesse mundo cheio de animais extintos podemos dizer por enquanto que das quatro espécies que tem um só sinal duas já não existem mais. O Shafan não é o Coelho e a Arnevet não é a lebre, ou seja, o Shafan e a Arnevet estão extintos !

O único animal desses quatro que tem seguro de vida garantido pela Torá é o porco , sendo que nossos sábios dizem que ele vai existir até os tempos do Mashiach e então ele se transformará em um animal Kasher !!!

Sabemos que no futuro não existirá impureza e portanto não existirão animais impuros. Será que o fato do porco futuramente se tornar um animal puro é uma dica de que se até ele que foi sempre o símbolo da impureza vai ficar puro então quanto mais os outro ou ele é um caso a parte ?

Vamos pedir à Hashem para trazer imediatamente a Gueulá e aí veremos tudo isso pessoalmente em nossos dias !!

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תם ולא נשלם