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Acesse o link abaixo para descobrir a data de seu aniversário hebraico que é o dia em que você realmente nasceu! É possível instalar, gratuitamente, um aplicativo no seu computador ou Smartphone, para acompanhar As datas importantes no judaísmo .
https://pt.chabad.org/calendar/converter_cdo/aid/6225/jewish/Date-Converter.htm
Comemorações e festas judaicas em 2024
Próximas comemorações Judaicas
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Tishá B’av & as Três Semanas
As três semanas, de terça feira 23 de julho até Terça-feira, Agosto 13, 2024
Trabalho é permitido, exceto Shabat
As Três Semanas marcam um período de luto pela destruição do Templo de Jerusalém e o exílio do povo judeu.
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Tu BeAv (15 de Av)
Segunda-feira, 19 Agosto, 2024
Trabalho é permitido
Nossos sábios proclamaram o dia 15 de Av como um dia festivo por vários fatos históricos alegres que aconteceram nesta data. Muitos casamentos eram celebrados nesta data.
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Rosh Hashaná
Começa ao pôr do sol de Quarta-feira, 2 Outubro, 2024
Termina ao anoitecer de Sexta-feira, 4 Outubro, 2024
Nenhum trabalho é permitido.
O Mês de Elul – 4 Setembro – 2 Outubro, 2024 Jejum de Guedalia – 6 Outubro, 2024
O Ano Novo judaico é o Dia do Julgamento, quando D’us determina o destino de cada um para o ano que se inicia. Parte principal do serviço de Rosh Hashaná é o toque do shofar que desperta as pessoas para o arrependimento.
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Yom Kipur
Começa ao pôr do sol de Sexta-feira, 11 Outubro, 2024
Termina ao anoitecer de Sábado, 12 Outubro, 2024
Nenhum trabalho é permitido.
Yizkor de Yom Kipur, Sábado, Outubro 12
É um dia marcado por jejum, preces e arrependimento onde o destino de cada judeu é selado. Pedimos perdão ao próximo e a D’us.
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Sukot
Começa ao pôr do sol de Quarta-feira, 16 Outubro, 2024
Termina ao anoitecer de Quarta-feira, 23 Outubro, 2024
Nenhum trabalho é permitido em 17 – 18 Outubro. Trabalho é permitido em 20 – 23 Outubro com certas restrições..
Hoshaná Rabá – 23 Outubro, 2024
Dates listed are for outside Israel.
Comemora a proteção Divina ao povo judeu durante 40 anos no deserto. Também chamada Festa da Colheita e Festa das Cabanas, uma bênção especial é recitada em Sucot sobre as Quatro Espécies.
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O ciclo do ano Judaico
Os meses judaicos e as comemorações do ciclo do ano Judaico
Os Meses Judaicos são:
Tishrei , Heshvan , Kislev , Tevet , Shevat , Adar (às vezes, Adar II também) Nissan , Iyar , Sivan Tamuz , Av , Elul
Mês de TISHREI
Rosh Hashaná
Uma festa de dois dias na categoria de Yom Tov em relação às refeições festivas e às proibições de trabalho no Yom Tov
Ouvimos o toque do Shofar, comemos uma refeição festiva, fazemos Kidush e comemos Halá com mel e também comemos frutas que seus nomes lembram coisas boas
Yom Kipur
Um jejum de 24 horas na mesma categoria de proibição de trabalho como o Shabat
Não comemos e nem bebemos, não colocamos sapatos de couro, não tomamos banho e nem temos relações conjugais, rezamos bastante
Sucot
Uma festa de sete dias na qual os primeiros dois dias estão na categoria de Yom Tov em relação às refeições festivas e às proibições de trabalho no Yom Tov
Comemos na Sucá durante os sete dias de Sucot e fazemos uma benção especial sobre os Arbaat HaMinim, quatro espécies de plantas que são o Etrog,o Lulav, o Hadas e o Aravá. Essa benção é feita todos os dias fora Shabat
Shemini Atzeret
Uma festa de um dia na categoria de Yom Tov em relação às refeições festivas e às proibições de trabalho no Yom Tov
Dançamos com o Sefer Torá na Sinagoga
Sim’Hat Torá
Uma festa de um dia na categoria de Yom Tov em relação às refeições festivas e às proibições de trabalho no Yom Tov
Dançamos com o Sefer Torá na Sinagoga
Mês de HESHVAN
Não tem festas judaicas.
Mês de KISLEV
Hanuká
Uma festa de oito dias na qual acendemos velas todas as noites acrescentando uma vela cada noite
O trabalho é permitido mas as mulheres e meninas costumam não fazer trabalhos durante o tempo em que as velas estão acesas
Mês de TEVET
Jejum de Assará Betevet
Não comemos e nem bebemos durante o dia
O trabalho é permitido
Mês de SHEVAT
Tu B´Shevat – O Ano novo das árvores
Costumamos comer frutas de árvore, o trabalho é permitido
Mês de ADAR
Taanit Esther
Não comemos e nem bebemos durante o dia, o trabalho é permitido
Purim
Uma festa de um dia na qual o trabalho é permitido
Meguilá – Na noite e no dia ouvimos a leitura da Meguilá de Ester
Mishloa’H Manot – de dia mandamos duas porções de comidas prontas para duas pessoas, os homens mandam para os homens e as mulheres para as mulheres
Matanot LaEvionim – damos dinheiro para dois pobres
Seudat Purim – fazemos uma refeição festiva e os homens costumam beber bastante
Mês de Nissan
Pessa’h
Uma festa de oito dias
Hametz – Durante os oito dias não podemos comer ou até mesmo possuir Hametz ou derivados de Hametz
Leil Hasseder – Nas primeiras duas noites comemos Matzot , bebemos quatro copos de vinho ou suco de uva e lemos a Agadá de Pessa’h
Os primeiros dois dias estão na categoria de Yom Tov em relação às refeições festivas e às proibições de trabalho no Yom Tov lembrando que a proibição de comer Hametz é durante todos os oito dias da festa de Pessa’h
Os últimos dois dias estão na categoria de Yom Tov em relação às refeições festivas e às proibições de trabalho no Yom Tov lembrando que a proibição de comer Hametz é durante todos os oito dias da festa de Pessa’h
Mês de IYAR
Pessach Sheini
O trabalho é permitido e costumamos comer um pouquinho de Matzá, mas é permitido comer Hametz em Pessa’h Sheini
Mês de Sivan
Shavuot
Uma festa de dois dias na categoria de Yom Tov em relação às refeições festivas e às proibições de trabalho no Yom Tov
Costumamos fazer o kidush do dia com laticínios e ouvir os Dez Mandamentos na leitura da Torá na Sinagoga
Mês de Tamuz
Jejum de 17 de Tamuz
Não comemos e nem bebemos durante o dia, o trabalho é permitido
Mês de Av
Jejum de Tishá BeAv
Não comemos e nem bebemos, não colocamos sapatos de couro, não tomamos banho e nem temos relações conjugais. O trabalho é permitido mas não é recomendado
Mês de ELUL
Seli’hot
No mês de Elul acrescentamos a reza de Seli’hot
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O Calendário Judaico
O calendário judaico é lunar e solar simultaneamente
O ciclo lunar dura aproximadamente 29,5 dias e um ano lunar de 12 meses lunares contém 354 dias. .
O ano solar tem 365 dias de duração, o que torna um ano lunar aproximadamente 11 dias mais curto que um ano solar.
A Torá determina que a festa de Pessa’h tem que acontecer na primavera, usando como referencial climático a terra de Israel.
Para manter o ano lunar sincronizado com as estações do ano solar, adicionamos um mês completo a cada dois ou três anos, e isso acontece sete vezes em um ciclo de 19 anos.
O ano de treze meses é chamado de Shaná Meuberet, um “ano grávido”.
A Torá nos traz duas formas de contarmos o ano.
1 – A forma “prática”, na qual contamos o ano judaico a partir da criação do mundo.
Esse é o nosso calendário judaico usado dia a dia, que começa no mês de Tishrei e termina no mês de Elul.
Esse calendário era usado antigamente para qualquer assunto de documentação e sempre foi o nosso calendário oficial.
2 – A forma clássica, na qual contamos o ano judaico a partir da saída do Egito. Esse calendário é mais teórico do que prático. Ele começa no mês de Nissan e termina no mês de Adar, e era usado antigamente para determinar os anos de reinado dos reis judeus.
Sendo que a Torá chama o mês de Nissan de primeiro mês dos meses do ano e ela também chama o mês de Nissan de o mês da primavera.
Por isso, para alinharmos o calendário lunar com o solar para que o mês de Nissan caia na primavera, para fazer o Shaná Meuberet, adicionamos um mês no final do ano clássico da Torá que começa em Nissan, por isso o Shaná Meuberet tem dois meses de Adar, o Adar I e o Adar II.
Mais detalhes sobre o calendário judaico
Os meses judaicos são Lunares
É por eles que são determinadas as festas judaicas, o horário das Tefilot (rezas) e outras Mitzvót.
O mês judaico se inicia com o nascimento da lua que aparece no céu como um crescente estreito que gradualmente se torna mais pleno a cada noite, até ficar perfeitamente cheio e redondo, no meio do mês.
Então, a Lua “encolhe” até desaparecer totalmente por volta do fim do mês, apenas para reaparecer no começo do novo mês.
Quando a Lua surge primeiramente como um estreito crescente, é chamada em hebraico de Molad que é o nascimento da Lua.
No Shabat anterior a Lua nova, anunciamos e abençoamos o novo mês (exceto o mês de Tishrei, que é abençoado unicamente pelo próprio D’us)
De um nascimento da lua ao seguinte passam-se pouco mais de 29 dias e meio.
Esta é a duração do mês judaico.
Mas sendo que não podemos ter metade do dia pertencendo a um mês e a outra metade ao seguinte, o calendário foi construído de maneira a termos, às vezes 29 dias, e às vezes 30 dias no mês judaico.
Nunca mais, nem menos.
É por isso que, às vezes, temos um dia de Rosh Hodesh (início do mês) e às vezes dois.
Quando temos um dia de Rosh Hodesh, significa que o mês que se finda tem 29 dias
Se temos dois dias de Rosh Hodesh, o primeiro pertence ao mês anterior, ou seja, é o 30º dia do mês que termina, enquanto o segundo dia de Rosh Hodesh é o primeiro dia do novo mês.
Num ano “comum” temos seis meses “cheios” (ou “completos”) de 30 dias cada, e seis meses “curtos” de 29 dias, seguindo-se um ao outro (30, 29, 30, 29 etc).
Isso nos dá um total de 354 dias no ano lunar
Em certos anos “perdemos” um dia, e em outros “ganhamos” um, fazendo com que o número total de dias num ano seja de 353, 354, ou 355, conforme o caso.
Há boas razões para isso, como, por exemplo, evitar que Yom Kipur caia numa sexta-feira, ou num domingo, para não se seguirem dois dias de Shabat.
É importante conhecer o calendário judaico, para saber quando chegam as nossas festas religiosas.
Rosh Hashaná, por exemplo, é o primeiro e segundo dia de Tishrei
Yom Kipur é o décimo dia de Tishrei, e Sucot começa no décimo quinto dia de Tishrei
Pessa’h começa no décimo quinto de Nissan, e Shavuot é no quinquagésimo dia seguinte, (6 e 7 de Sivan).
O próprio Rosh Hodesh é como se fosse um pequeno feriado e têm até rezas especiais.
Na Amidá e no Birkat Hamazon, por exemplo, costumamos acrescentar Yaalé Veiavô.
A Torá nos fala do mês e do dia da celebração de uma festa, como também da estação do ano em que deve ser comemorada.
Por exemplo, que Pessa’h deve ser na primavera, considerando-se as estações do Hemisfério Norte, a estação em que nossos antepassados saíram do Egito
Por isso não podemos ignorar o sistema solar que determina as quatro estações do ano (Tekufot).
O Ano Solar tem pouco menos de 365 dias e meio, enquanto o Ano Lunar tem cerca de 11 dias a menos!
Portanto, se ignorarmos inteiramente o Ano Solar, nossas festas não seriam na mesma época a cada ano, com relação à estação do ano, e iriam atrasar 11 dias.
Em cerca de três anos, sairiam fora de sua respectiva estação por aproximadamente um mês
Em nove anos, por cerca de três meses.
E a festa de Pessa’h que pela Torá tem que ser na primavera cairia no Inverno !
Por essa razão, não devemos permitir que o Ano Lunar se distancie do Ano Solar, e sempre devemos aproximá-los.
É por isso que o calendário judaico tem um mês a mais a cada três anos, ou seja, os 11 dias de diferença a cada três anos formam um novo mês de Adar.
Adicionamos um mês de Adar, e o mês de Adar normal se torna Adar , empurrando Nissan para o seu lugar apropriado, que é na Primavera
E assim todas as outras festas cairão na época certa e nas estações adequadas.
O calendário judaico é de fato maravilhoso.
Nossos sábios, que construíram um calendário para todos os tempos, eram realmente sábios nas ciências da Astronomia e da Matemática.
É preciso um período de 19 anos para “ajustar” o Ano Lunar e o Ano Solar, para que ambos comecem exatamente ao mesmo tempo, sem defasagem.
Portanto, o calendário judaico está dividido em períodos (ou ciclos) de 19 anos. Em cada período, ou ciclo, há sete anos embolísmicos: o 3º, 6º, 8º, 11º, 14º, 17º e 19º.
Assim, torna-se fácil descobrir se aquele ano judaico vai ter dois meses de Andar ou um só. Divide-se o ano judaico por 19; se o resto for 3, 6, 8, 11, 14, 17 ou 19 (no último caso, não sobrará resto), este será um ano com dois meses de Adar.
Rosh Hodesh
O calendário judaico é baseado na Lua. Ela aparece no céu no início de cada mês judaico como um crescente estreito, que gradualmente se torna mais pleno a cada noite, até ficar perfeitamente cheio e redondo, no meio do mês.
Então a Lua “encolhe” até desaparecer totalmente por volta do fim do mês, apenas para reaparecer no começo do novo mês.
Quando a Lua surge primeiramente como um estreito crescente, é chamada de “novilúnio” (em hebraico Molad – “nascimento da Lua”).
No Shabat antes da Lua nova, anunciamos e abençoamos o novo mês (exceto o mês de Tishrei, que é abençoado unicamente pelo próprio D’us).
De um novilúnio ao seguinte passam-se pouco mais de vinte e nove dias e meio. Esta é a duração do mês.
Mas sendo que não podemos ter metade do dia pertencendo a um mês e a outra metade ao seguinte, o calendário foi construído de maneira a termos, às vezes, vinte e nove dias, e outras vezes, trinta dias no mês judaico, nunca mais do que trinta e nunca menos do que vinte e nove.
É por isso que às vezes temos somente um dia de Rosh Hodesh que o início do mês e às vezes dois.
Quando temos um dia de Rosh Hodesh, significa que o mês que terminou tinha somente 29 dias.
Quando temos dois dias de Rosh Hodesh, o primeiro pertence ao mês anterior, ou seja, é o 30º dia do mês que terminou, e o segundo dia de Rosh Hodesh é o primeiro dia do novo mês.
Num ano “comum” temos seis meses “cheios”, ou seja, “completos”, que são os meses de 30 dias cada, e seis meses “curtos” de 29 dias, seguindo-se um ao outro (30, 29, 30, 29, etc).
Isso nos dá um total de 354 dias no ano judaico. Em certos anos “perdemos” um dia, e em outros “ganhamos” um, fazendo com que o número total de dias num ano seja de 353, 354, ou 355, conforme o caso.
Há boas razões para isso, como, por exemplo, evitar que Yom Kipur caia numa sexta-feira, ou num domingo, para não se seguirem dois dias de Shabat.
A Torá nos diz que Pessa’h deve ser na primavera, considerando-se as estações do hemisfério norte, que é a estação em que nossos antepassados saíram do Egito
Portanto, não devemos ignorar o sistema solar que determina as quatro estações do ano que em Hebraico são chamadas de “Tekufot”.
O Ano Solar tem pouco menos de 365 dias e meio, enquanto o Ano Lunar tem cerca de onze dias a menos!
Portanto, se ignorássemos inteiramente o Ano Solar, nossas festas não seriam na mesma época a cada ano com relação à estação do ano, e iriam atrasar onze dias.
Em cerca de três anos, sairiam fora de sua respectiva estação por aproximadamente um mês; em nove anos, por cerca de três meses. Pessa’h não seria mais na primavera, e sim no inverno!
Por essa razão, não devemos permitir que o Ano Lunar se distancie do Ano Solar.
Por isso o calendário judaico tem um mês a mais a cada três anos, enquanto os onze dias de diferença formam cerca de um mês.
Adicionamos mais um mês de Adar empurrando o mês de Nissan para frente, para o seu lugar apropriado na primavera.
Kidush levaná
Quando vemos a Lua, pelo menos sete dias após o início do mês judaico, falamos uma bênção que se chama Kidush Levaná.
Diferentemente do Sol, que ilumina de forma constante e uniforme, a Lua tem um período em que não é vista.
Por isso, quando ressurge e volta a iluminar a noite com seu brilho prateado, agradecemos a D’us.
Kidush Levaná é um mandamento da Torá que não deve ser confundido com o Kidush Ha’hodesh que era a proclamação do começo do mês feita pelo Sanhedrin que era o tribunal rabínico de 71 Sábios que ficava em Jerusalém na época do Beit Hamikdash
O Kidush Levaná não afeta o calendário judaico e é um mandamento que, ao contrário do Kidush Ha’hodesh, aplica-se a todos os judeus do sexo masculino.
Apenas os homens e os meninos têm a obrigação de falar o Kidush Levaná.
Por ser um mandamento “faça” da Torá que tem um tempo determinado, as mulheres são isentas de seu cumprimento.
A bênção da Lua só pode ser feita à noite, após o surgimento das estrelas.
O Kidush Levaná é dito apenas quando a Lua está visível, de preferência após o término do Shabat.
Há, basicamente, dois motivos para o mandamento de Kidush Levaná.
O primeiro diz respeito a D’us; o segundo, ao povo judeu.
No Talmud, Rabi Yochanan ensina que aquele que recita a bênção da Lua é como se estivesse saudando a Presença Divina – a Shechiná.
Um dos maiores sábios de nossa história, Rabeinu Yoná, explicou que quando saudamos a Lua, estamos saudando seu Criador, Mestre do Universo.
Pois, como o rei David decanta em seus Salmos, pode-se perceber e apreciar a grandeza de D’us através de cada um dos elementos de Sua criação.
O segundo motivo para esse ritual é que a Lua simboliza a história do povo judeu.
Aos nossos olhos, a Lua parece diminuir, chegando até a desaparecer completamente; mas sempre volta a crescer até chegar à fase de Lua Cheia.
Este ciclo lunar simboliza a história de nosso povo. Houve épocas de escuridão – perseguições, opressão e assimilação.
Mas os filhos de Israel sempre voltam a crescer física e espiritualmente.
Quando a luz do judaísmo parece estar em perigo, prestes a ser ocultada, há uma reviravolta: toda queda é seguida por uma grande ascensão.
Como a Lua Cheia numa noite de escuridão, o povo judeu – que nas palavras do profeta Isaías é a “luz entre as nações” – tem o mandado Divino de iluminar o mundo.
A Lua ensina o povo judeu a ter fé em D’us. Este tema é especialmente enfatizado em nossas orações do Shabat, quando recitamos, “pela manhã, cantarei Seus louvores, (mas) fé eu terei à noite” (Salmos 92:3).
Simbolicamente, é durante a noite, que representa a severidade e as dificuldades, quando mais precisamos de fé.
A Lua ilumina a noite, lembrando-nos ser a vida um ciclo, como uma Fonte de Luz e Esperança constantes que rege o Universo.
Não é de surpreender que o primeiro mandamento dado por D’us ao povo judeu, mesmo antes do Êxodo do Egito, refere-se ao Rosh Chodesh – o novo mês – determinado pela Lua.
Por ser um tributo a D’us e ao povo judeu, o Kidush Levaná deve ser realizado com alegria.
Um dos motivos pelos quais deve ser recitado de preferência após o Shabat é que os homens estão vestidos em seus belos trajes.
No mês de Menachem Av, o Kidush Levaná só é recitado após Tishá B’Av – o nono dia do mês.
Em Tishrei, o mês que se inicia com Rosh Hashaná, a bênção só pode ser dita após Yom Kipur.
A razão disto é que os sentimentos de tristeza que permeiam os primeiros dias de Av e a introspecção necessária durante os Dias de Julgamento não condizem com o sentimento de grande alegria inerente à berachá da Lua.
Durante a Santificação da Lua, pedimos a D’us que Ele nos proteja de nossos inimigos e que estes passem a temer o povo judeu.
Após proferirmos estas palavras, dirigimo-nos a três pessoas e dizemos “Shalom Aleichêm”: “Que a paz esteja entre vós”, indicando que não nos estamos dirigindo a inimigos em nossa comunidade ou um povo.
O Midrash revela uma outra explicação mística para este desejo de paz.
Explica que a Lua tinha sido criada do mesmo tamanho que o Sol, mas teria reclamado a D’us: “O mesmo reino não pode ser regido por dois soberanos”. Ao que D’us teria respondido: “Então, você, diminua em sua grandeza”.
Na Era Messiânica, a Lua “fará as pazes” com o Sol e D’us lhe devolverá todo o seu esplendor original. Conforme está descrito no texto de Kidush Levaná, a Lua terá a mesma grandeza e brilho que o Sol.
É muito importante ressaltar que esta bênção não é um culto à Lua.
Os idólatras da antiguidade rezavam para a Lua e para outros astros celestiais, pois acreditavam que o mundo era regido por eles.
O judaísmo proíbe isto terminantemente. Portanto, para que o Kidush Levaná não seja mal-interpretado, ele é seguido da reza “Aleinu”, que se inicia com as palavras: “É nossa obrigação louvar o Senhor de tudo”.
O último parágrafo desta reza termina com a afirmação que “Ein Od” – não há nada em nosso mundo – nem no Céu, nem na Terra – digno de ser adorado, além do Todo-Poderoso.
A gratidão é uma virtude intrínseca ao judaísmo. O povo judeu abençoa a D’us todos os dias do ano, louvando e agradecendo a Ele por todas Suas maravilhas e bondades.
A Lua sempre foi de grande utilidade para o homem. Portanto, quando ela se renova a cada mês, emitindo luz que beneficia nosso mundo, nós, judeus, recitamos o Kidush Levaná.
Através desta benção, afirmamos nossa fé em D’us e nossa confiança no brilho do povo judeu que, como a Lua Cheia, em toda a sua plenitude, “deve ser uma luz entre os povos”.
תם ולא נשלם